UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA LABORATÓRIO DE PATOLOGIA VETERINÁRIA PROJETO DE PESQUISA Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária - Doutorado Área de concentração: Patologia e Patologia Clínica Veterinária ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO CÂNCER EM CÃES DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL: 50 ANOS (1964-2013) Doutorando: Mariana Martins Flores Orientador: Rafael Almeida Fighera Santa Maria – RS Novembro – 2014 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Identificação do projeto 1.1.1 Título do projeto Aspectos epidemiológicos do câncer em cães da Região Central do Rio Grande do Sul : 50 anos (1964-2013) 1.1.2 Executor Mariana Martins Flores, Médica Veterinária, aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária da UFSM, área de concentração em Patologia e Patologia Clínica Veterinária (matrícula 201160847). Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), Ramal: 8168; E-mail: [email protected] 1.1.3 Equipe de trabalho 1.1.3.1 Orientador Rafael Almeida Fighera, Médico Veterinário, Doutor, Professor Adjunto III do Departamento de Patologia Veterinária da UFSM – CCS (SIAPE 2583800). Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), Ramal: 8168; E-mail: [email protected] 1.1.3.2 Colaboradores Monique Togni Martins, Médica Veterinária, aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária da UFSM, área de concentração em Patologia e Patologia Clínica Veterinária (matrícula 201361114). Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), Ramal: 8168; E-mail: [email protected] 2 Renata Dalcol Mazaro, aluna do curso de graduação de Medicina Veterinária da UFSM (matrícula 201111873). Bolsista PIBIC junto ao Laboratório de Patologia Veterinária (LPV). Ramal: 8168; E-mail: [email protected] Luiz Francisco Irigoyen. Médico Veterinário PhD. Professor Associado IV do Departamento de Patologia Veterinária da UFSM – CCS (SIAPE 1146039). Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), Ramal: 8168; E-mail: [email protected] Glaucia Denise Kommers. Médica Veterinária, PhD. Professora Associada II do Departamento de Patologia Veterinária da UFSM – CCS (SIAPE 0382851). Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), Ramal: 8168; E-mail: [email protected] 1.1.4 Local de execução Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), prédio 97 B, Ala 5, Hospital Veterinário Universitário (HVU), Centro de Ciências Rurais (CCR), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ramal: 8168 2. RESUMO O câncer tem ganhado uma notável importância em Medicina Veterinária nos últimos anos, o que tem estimulado a realização de alguns estudos acerca dos aspectos epidemiológicos desta condição. Esses estudos, quando realizados de forma aprofundada, contribuem com dados bastante úteis para clínicos e patologistas. Apesar da importância de tais aspectos, não existem estudos brasileiros com ênfase em epidemiologia do câncer em cães. Diante disso, o propósito deste estudo é analisar o padrão de ocorrência do câncer como causa de morte em cães necropsiados no LPV-UFSM ao longo de 50 anos, com ênfase 3 na prevalência e nos aspectos epidemiológicos (raça, porte, sexo e idade). Para isso, os arquivos de necropsia de cães referentes aos anos entre 1964 e 2013 serão revisados. Deles, serão retiradas informações referentes à raça, ao porte, à idade e ao sexo com o objetivo de determinar o perfil epidemiológico da “população de risco”. Posteriormente, serão separados apenas os casos diagnosticados como câncer, grupo denominado “população doente”, e deles, serão retirados dados acerca do tipo de neoplasma diagnosticado e sistema corporal/órgão afetado. Será feita uma análise cruzada das raças, portes, sexos e idades das duas populações (“de risco” e “doente”). Com isto, espera-se obter um perfil epidemiológico dos tumores diagnosticados em cães no LPV. Considerando a grande prevalência do câncer como causa de morte em cães no LPV, julgamos importante a investigação epidemiológica desta condição na Região Central do RS, principalmente diante da ausência de estudos epidemiológicos aprofundados acerca do câncer em cães no Brasil. Palavras chave: doenças de cães, epidemiologia, patologia, oncologia, tumores, neoplasmas. 3. REVISÃO DE LITERATURA Com frequência, o câncer é considerado uma das duas principais causas de morte em cães (FLEMING et al., 2011; FIGHERA et al., 2008; BENTUBO et al., 2007; MOORE et al., 2001; BONNETT et al., 1997), chegando a representar 13% a 23% das causas de morte nessa espécie (BENTUBO et al., 2007; PROSCHOWSKY et al., 2003; BRONSON, 1982). Quando se fala em cães com 10 anos ou mais, a prevalência do câncer é ainda maior, subindo de 23% em cães adultos para 45% em cães idosos no estudo de BRONSON (1982) e de 7,8% para 32% no estudo de FIGHERA et al. (2008). A busca por tratamentos cada vez mais eficazes e específicos para cada tipo de câncer tem crescido na medicina veterinária, o que, obviamente, requer cada vez mais estudos de prevalência, epidemiologia e patogênese do câncer 4 (WITHROW et al., 2013). Além da preocupação cada vez maior dos proprietários pelo bem estar de seus cães, há, também, um ramo no estudo do câncer em cães voltado para o uso destes animais como modelos comparativos para a oncologia humana, com o objetivo de elucidar aspectos relacionados à etiologia e à patogênese de determinados tumores de humanos (PAOLONI; KHANNA, 2007). Alguns autores enfatizam que a prevalência do câncer em cães tem aumentado ao longo dos últimos anos (PAOLONI; KHANNA, 2007; WITHROW et al., 2013). Os três fatores que podem estar causando este possível aumento, segundo eles, são: um aumento da própria incidência do câncer, um aumento na população total de cães (população de risco) e/ou um aumento no interesse e no conhecimento da população acerca da qualidade de vida de seus cães, levando a um maior número de casos diagnosticados (PAOLONI; KHANNA, 2007, WITHROW et al., 2013). Uma causa para um possível aumento na incidência de câncer é a maior expectativa de vida dos cães nos dias de hoje, atribuída a uma série de fatores relacionados à nutrição e ao desenvolvimento de medicinas preventivas e terapêuticas mais eficientes (PAOLONI; KHANNA, 2007; WITHROW et al., 2013; NELSON; COUTO, 1998). Embora se saiba da importância do câncer na população de cães, é difícil estimar com precisão a prevalência e a incidência espontâneas dessa afecção em animais de estimação (BUTLER et al., 2013). Muitos autores justificam que a inexistência de censos da população total e a escassez de bancos de dados de diagnóstico de câncer em cães dificultam a determinação da incidência do câncer nessa espécie (DOBSON, 2012; BUTLER et al., 2013). Outro fator agravante é a variação na metodologia dos estudos acerca do assunto, o que muitas vezes torna difícil comparar resultados de estudos diferentes. Alguns autores incluem em seus levantamentos todos os diagnósticos de câncer feitos em hospitais e clínicas veterinárias, muitos dos quais não possuem confirmação histopatológica (BENTUBO et al., 2007; BONNETT et al., 1997). Outros estudos se baseiam apenas em informações relatadas pelos proprietários dos animais, sem sequer a confirmação de um veterinário (PROSCHOWSKY et al., 2003; MICHELL, 1999). 5 Esses são dois exemplos de metodologia que podem não ser muito fidedignos à real ocorrência de câncer na população. A determinação das taxas de mortalidade do câncer em cães é geralmente menos complexa, e se baseia, na maioria das vezes, em estudos de necropsia (FIGHERA et al., 2008; MOORE et al., 2001). Esses estudos têm resultados bastante úteis em vários aspectos, e seus dados podem ser facilmente comparados a outros estudos semelhantes (BONNETT et al. 2005; FLEMING et al., 2011). Isto ocorre principalmente porque eles se baseiam em uma população fixa e facilmente determinada – a população de cães necropsiados –, o que nem sempre ocorre com estudos de prevalência, como vimos no parágrafo anterior. Além disto, geralmente, estudos de necropsia seguem metodologias semelhantes, que incluem diagnóstico microscópico de todos os tumores observados como causa de morte na necropsia (FIGHERA et al., 2008; MOORE et al., 2001). Apesar disso, deve-se levar em conta que o estudo do câncer como causa de morte, obviamente, subestima a ocorrência de neoplasmas incidentais e tende a superestimar aqueles tumores agressivos e frequentemente fatais. Com base nas diferentes metodologias adotadas, a comparação entre estudos de prevalência/incidência do câncer em animais vivos e estudos de câncer como causa de morte deve ser feita com cautela. O diagnóstico dos diferentes tipos de câncer na clínica veterinária está se tornando cada vez mais importante, visto que cada tipo diferente de câncer responde a um tratamento específico (WITHROW et al. 2013). Cada vez menos, os proprietários optam pela eutanásia, principalmente quando há opções terapêuticas viáveis (NELSON; COUTO,1998; WITHROW et al., 2013). O papel do patologista e dos estudos do câncer como causa de morte em cães são importantes para que se saibam quais são os tipos de câncer mais comuns por idade, raças, sexos e portes de cães. Este embasamento teórico voltado para os aspectos patológicos e epidemiológicos do câncer é bastante útil no diagnóstico de novos casos na clínica, bem como no tratamento e na determinação prognóstica dos diferentes tumores (EHRHART et al. 2013). 6 4. JUSTIFICATIVA O câncer tem ganhado uma notável importância na área de Medicina Veterinária nos últimos anos. Estudos europeus e americanos baseados em populações de cães necropsiados (FLEMING et al., 2011), registrados em companhias de seguro de vida (BONNETT et al., 2005; BONNETT et al,. 1997; MICHELL, 1999), pertencentes ao serviço militar (MOORE et al., 2001), cadastrados em associações de criadores (ADAMS et al., 2010; PROSCHOWSKY et al., 2003), atendidos em clínicas (O’NEILL et al., 2013) ou selecionados de forma aleatória (BENTUBO et al., 2007) chamam atenção para um único fato: pelo menos nas últimas décadas, o câncer se mantém entre as duas primeiras causas de morte ou razões para eutanásia em cães em diferentes países ao redor do mundo. Há poucos estudos relacionados à prevalência do câncer em populações de cães no Brasil (TRAPP et al., 2010; FIGHERA et al., 2008; BENTUBO et al., 2007) e mais especificamente no Rio Grande do Sul (FIGHERA et al., 2008). Embora estes estudos reflitam a realidade observada nos outros países ao redor do mundo, eles são voltados apenas para aspectos clínicos e patológicos do câncer em cães e não abordam os seus aspectos epidemiológicos de forma aprofundada. Com base nisto, podemos inferir que não existem estudos epidemiológicos aprofundados acerca da mortalidade por câncer em populações de cães do Brasil, à semelhança dos estudos existentes nos Estados Unidos (FLEMING et al., 2011) e na Suíça (BONNETT et al., 2005). O estudo dos aspectos epidemiológicos do câncer vai muito além de determinar a prevalência dos diferentes tipos de tumores nos segmentos de uma população. Estudos aprofundados podem trazer informações realmente úteis para clínicos e patologistas veterinários. FLEMING et al. (2011), por exemplo, demonstrou que os cães norte-americanos das raças Pinscher e Dachshund miniaturas tinham um menor risco de morrer por câncer quando comparados às outras 80 raças analisadas. Esse estudo também demonstrou que o risco de 7 morte relacionada a câncer era muito maior em cães de grande porte quando comparado ao risco dos cães de pequeno porte. De forma semelhante ao que é relatado mundialmente, o câncer é responsável por 7,8% das causas de morte ou razões para eutanásia de cães que chegam ao LPV-UFSM para realização de necropsia. Em cães idosos, a prevalência sobe para 32%. Apesar de já se conhecer a prevalência do câncer em cães no LPV por meio de um estudo prévio (1964-2004) (FIGHERA et al, 2008), não se sabe se esta categoria de doenças tem realmente se tornado mais comum como causa de morte em relação às outras doenças nos últimos 50 anos. Além disto, os dados relacionados ao diagnóstico do câncer como causa de morte no LPV nunca foram analisados de forma detalhada e com ênfase nos aspectos epidemiológicos, à semelhança dos estudos de FLEMING et al. (2011) e BONNETT (2005), que trouxeram resultados realmente importantes no que diz respeito ao risco de morte por câncer em cães norte americanos e europeus, respectivamente. 5. METAS Visando o aumento da importância do câncer em cães nos últimos anos, a meta desse projeto é gerar conhecimento acerca da prevalência e dos aspectos epidemiológicos do câncer em cães na Região Central do RS nos últimos 50 anos, contribuindo para a identificação de segmentos da população que tenham uma maior predisposição a morrerem de câncer e auxiliando, assim, clínicos de pequenos animais e patologistas veterinários na prevenção e no diagnóstico do câncer em cães dessa região. 6. HIPÓTESE CIENTÍFICA A nossa principal hipótese com a realização deste trabalho é de que o câncer tem sido mais frequentemente diagnosticado em cães nas últimas duas décadas, mas que este aumento seja proporcional ao aumento no número das 8 necropsias de cães, o que significa dizer que o câncer não esteja se tornando mais incidente na população canina da região central do RS. Também hipotetizamos que alguns tipos de câncer ocorrem de forma mais frequente em determinadas raças, portes e idades, e que poderemos observar determinadas mudanças no padrão de ocorrência de alguns tipos de câncer ao longo das cinco décadas incluídas neste estudo, principalmente no que se refere à mudança do perfil racial da população de risco. 7. OBJETIVOS 7.1. Objetivos Gerais Analisar a prevalência e os aspectos epidemiológicos dos neoplasmas diagnosticados como causa de morte ou razão para eutanásia em cães necropsiados no LPV nos últimos 50 anos (1964-2013), possibilitando comparar a incidência dos casos de câncer a cada década e em cada parcela da população, e determinar possíveis fatores de risco relacionados à morte por câncer em cães da Região Central do Rio Grande do Sul. 7.2. Objetivos Específicos Definir a população de risco: analisar o número de cães necropsiados a cada ano no período de 1964 a 2013 e segregar a população por raça, porte, sexo e idade, possibilitando calcular o número de machos, fêmeas, filhotes, adultos e idosos e a proporção das diferentes raças que constituem a população total de cães necropsiados (1964-2013), denominada por nós como “população de risco”. Definir a população acometida por câncer; diante do conhecimento dos dados epidemiológicos da população de risco, separar todos os casos de cães que tiveram o câncer diagnosticado como causa de morte ou razão para eutanásia. 9 Calcular a prevalência total do câncer em cães no LPV e segrega-la: (a) por década (1964-2013), (b) por sexo, (c) por raça, (d) por porte, (e) por idade, (f) por sistema ou órgão acometido e (g) por diagnóstico específico (por exemplo: linfoma). Comparar os dados resultantes entre si e responder aos seguintes questionamentos abaixo. Quanto à prevalência do câncer no LPV: (a) Qual a prevalência total do câncer em cães necropsiados no LPV?; (b) Essa prevalência aumentou ao longo das cinco décadas?; (c) Quais os órgãos/sistemas mais acometidos pelo câncer?; (d) Quais os tipos de câncer mais comuns?; (e) Há variação nos tipos de câncer mais comuns ao longo de cinco décadas?; (f) Se sim, essa variação pode ser explicada? Quanto à faixa etária dos cães acometidos por câncer no LPV: (a) Qual a média de idade da população acometida por câncer no LPV?; (b) Essa média de idade é diferente entre os diferentes tipos de câncer?; (c) Esta média de idade é diferente entre as diferentes raças de cães?;; (d) Quais as faixas etárias com menor risco de morrerem de câncer? Quanto às raças dos cães acometidos por câncer no LPV: (a) podemos observar algum tipo de predisposição racial nas raças predominantes em nossa região?; (b) Podemos observar algum tipo de predisposição ligada ao porte das raças acometidas?; (c) Existe algum porte ou raça na nossa região que parece ter um risco diminuído para desenvolvimento de câncer? 8. METODOLOGIA O levantamento dos dados será realizado (1) separando todas as fichas de necropsias de cães entre 1964 e 2013, (2) analisando individualmente cada laudo e identificando o sexo, a raça, o porte (quando possível) e a idade de todos os cães necropsiados, (3) separando todos os casos cuja causa de morte ou razão para eutanásia tenha relação com câncer, (5) analisando e contabilizando todos os tipos de câncer diagnosticados nos cães que morreram por esta categoria de doenças e (6) procurando os blocos e confeccionando lâminas histológicas para 10 uma análise mais detalhada de casos de câncer que julgarmos interessantes ou incomuns em cães em nosso laboratório. A análise epidemiológica do câncer em cães será baseada na comparação do número de casos de câncer diagnosticados no período total do estudo (19642013) com o número de casos por ano. Também serão analisados sexo, raça, porte e idade dos cães acometidos e comparados aos mesmos parâmetros da população total. Posteriormente, será possível correlacionar a frequência de ocorrência de determinados tipos de câncer em diferentes sexos, raças, portes e idades e determinar se há diferenças na prevalência dos diversos tipos de câncer de um ano para outro. 9. POSSÍVEIS RESTRIÇÕES E SOLUÇÕES Por ser um estudo retrospectivo, este projeto poderá apresentar restrições relacionadas à ausência de fichas e à presença de fichas incompletamente preenchidas (com a ausência de dados essenciais para o estudo epidemiológico, incluindo sexo, raça, idade e diagnóstico definitivo). Isso talvez seja o maior empecilho no estabelecimento de uma prevalência e análise epidemiológica fidedignas. Um número baixo de casos, que resulta em um “N” pequeno, é também um grande problema encontrado em alguns estudos retrospectivos, embora acreditemos que não existirão problemas relacionados ao número de indivíduos incluídos neste estudo. A fim de minimizar um possível baixo número baixo de casos, o estudo irá abranger 50 anos. No entanto, espera-se encontrar dificuldades em relação aos primeiros anos, pois é sabido que nas primeiras décadas de funcionamento do LPV-UFSM, eram utilizados protocolos muito diferentes dos atuais e alguns dados epidemiológicos não eram registrados. Se um item relevante ao trabalho não for descrito no protocolo, será computado como não informado (n.i.). Serão excluídos da análise, casos de protocolos não encontrados, incompletos ou de cães oriundos de experimentos. 11 10. RESULTADOS PRELIMINARES Os resultados a seguir serão enviados para tramitação no periódico Pesquisa Veterinária Brasileira: 11. CRONOGRAMA Atividades para 2013 Atividade Jan Fev 1 2 Mar x Abr x Mai x Mês Jun Jul x x x Mar x Abr x Mai x Mês Jun Jul x x Ago x x Set x x Out x x Nov x x Dez x x Ago Set Out Nov Dez x x x x x Atividades para 2014 Atividade 2 3 4 Jan x Fev x Atividades para 2015 Atividade 5 6 Jan x Fev x Mar x Abr x Mai x Mês Jun Jul x x Ago Set Out Nov Dez x x x x x Mês Jun Jul x x x Ago x x Set x x Out x x Nov Dez x x Mês Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Atividades para 2016 Atividade 6 7 Jan x Fev x Mar x Abr x Mai x Atividades para 2017 Atividade 7 8 Jan x x Fev Mar Abr Mai x 1. Confecção do projeto. 2. Procura e leitura dos laudos nos arquivos do LPV e obtenção dos resultados. 3. Organização dos resultados parciais para exame de qualificação. 4. Período de qualificação 12 5. Adequações do projeto e consequentemente padronização dos resultados obtidos conforme estabelecido na qualificação 6. Elaboração dos artigos científicos 7. Elaboração da tese 8. Preparação para a defesa de tese 12. ORÇAMENTO Quant Unidade Discriminação idade Valor Total unitário (R$) (R$) 01 Frasco 100g Eosina Y 45,00 45,00 01 Frasco 50 g Hematoxilina 270,00 270,00 10 Frasco 1L Xilol 30,00 300,00 01 Frasco 1L Formol 37,00 37,00 10 Pacote 1 Kg Parafina 10,00 100,00 10 Caixa 50 unid. Lâmina para microscopia 3,90 39,00 05 Caixa 100 unid Lamínula 24x50 6,20 31,00 01 Frasco 100 ml Entellan New 85,00 85,00 01 Caixa 100 unid. Navalhas descartáveis 200,00 200,00 02 Caixa 100 unid. Luvas para procedimentos 9,50 19,00 Total 1126,00 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ADAMS, V.J.; EVANS, K.M.; SAMPSON, J.; WOOD, J.L.N. Methods and mortality results of a health survey of purebred dogs in the UK. Journal of Small Animal Practice, v.51, p.512-524, 2010 13 2. BENTUBO, H. D. L. et al. Expectativa de vida e causas de morte em cães na área metropolitana de São Paulo (Brasil). Ciência Rural, v.37, p.1021-1026, 2007 3. BONNETT, B. N.; EGENVALL, A.; OLSON, P.; HEDHAMMER, A. Mortality in insured Swedish dogs: rates and causes of death in various breeds. The Veterinary Record, v.141, p.40-44, 1997 4. BONNETT, B.N.; EGENVALL, A.; HEDHAMMAR, A.; OLSON, P. Mortality in over 350,000 insured Swedish dog from 1995-2000: I. Breed-, gender-, ageand cause-specific rates. Acta vet. Scand. V.46, p.105-120, 2005 5. BRONSON, R. T. Variation in age at death of dogs of different sexes and breeds. American Journal of Veterinary Research, v.43, p.2057-2059, 1982 6. BUTLER, L.M.; BONNETT, B.N.; RODNEY, L.P. Epidemiology and evidencebased medicine aproach. In.: WITHROW, S. J.; VAIL, D. M.; PAGE, R.L. Withrow & MacEwen’s Small Animal Clinical Oncology. 5th edition. Saunders, Elsevier. St. Louis. 2013 7. DOBSON, J. M. Breed-predispositions to cancer in pedigree dogs. Veterinary Science, v.2013, 2013 8. EHRHART, E.J.; KAMSTOCK, D.A.; POWERS, B.E. The pathology of neoplasia. In.: WITHROW, S. J.; VAIL, D. M.; PAGE, R.L. Withrow & MacEwen’s Small Animal Clinical Oncology. 5th edition. Saunders, Elsevier. St. Louis. 2013 9. FIGHERA, R. A. et al. Causas de morte e razões para eutanásia de cães da Mesorregião do Centro Ocidental Rio-Grandense (1965-2004). Pesquisa Veterinária Brasileira, v.28, p.223-230, 2008 14 10. FLEMING, J. M.; CREEVY, K. E.; PROMISLOW, D. E. L. Mortality in North American dogs drom 1984 to 2004: an investigation into age-, size- and breed-related causes of death. J Vet Intern Med, v.25, pg.187-198, 2011 11. MICHELL, A. R. Longevity of British breeds of dog and its relationships with sex, size, cardiovascular variables and disease. The Veterinary Record, v.145, p.625-629, 1999 12. MOORE, G. E. et al. Causes of death or reasons for euthanasia in military working dogs: 927 cases (1993-1996). Journal of American Veterinary Medical Association, v.219, p.209-213, 2001 13. NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 2ª edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1998 14. O’NEILL, D.G.; CHURCH, D.B.; McGREEVY, P.D.; THOMSON, P.C.; BRODBELT, D.C. Longevity and mortality of owned dogs in England. The Veterinary Journal, v.198, p.638-643, 2013 15. PAOLONI, M.; KHANNA, C. Comparative oncology today. Veterinary Clinics Small Animal Practice, v.37, p.1023-1032, 2007 16. PROSCHOWSKY, H. F.; RUGBJERG, H.; ERSBOLL, A. K. Mortality of purebred and mixed-breed dogs in Denmark. Preventive Veterinary Medicine, v.58, p.63-74, 2003 17.TRAPP, S.M. et al. Causas de óbito e razões para eutanásia em uma população hospitalar de cães e gatos. Braz.J.Vet.Res.Anim.Sci., v.47, p.395402, 2010 15 18. WITHROW, S. J.; VAIL, D. M.; PAGE, R.L. Why worry about cancer in companion animals? In.: Withrow & MacEwen’s Small Animal Clinical Oncology. 5th edition. Saunders, Elsevier. St. Louis. 2013 14. RESULTADOS E IMPACTO ESPERADOS Espera-se obter dados que nos permitam conhecer quais os tipos de câncer são mais comuns no LPV e quais as idades, portes e raças mais acometidas pelos diferentes tipos de câncer. Além disso, espera-se responder se realmente têm havido mudanças na prevalência e nos aspectos epidemiológicos do câncer nos últimos 50 anos. A publicação dos dados obtidos é uma etapa importante do projeto, visto que a prevalência do câncer em cães na Região Central do RS é um dado ainda desconhecido, e que estudos epidemiológicos aprofundados em populações de cães que morrem de câncer ainda não existem no Brasil. Esperamos que as informações epidemiológicas publicadas sejam úteis para clínicos, patologistas e criadores de cães, principalmente no diagnóstico e na prevenção da ocorrência de câncer em cães desta região. 16