Reumatologia e Dermatologia

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CLÍNICA MÉDICA
Reumatologia e
Dermatologia
Autoria e colaboração
REUMATOLOGIA
Aleksander Snioka Prokopowistch
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e
em Reumatologia e doutor em Reumatologia pelo HCFMUSP. Médico assistente da Divisão de Clínica Médica
do HU-USP.
Hérica Cristiani Barra de Souza
Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do
Pará (UEPA). Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Ana Cristina de Medeiros Ribeiro
Graduada em Medicina pela Universidade Federal da
Paraíba (UFPB). Especialista em Reumatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Reumatologista Assistente no Ambulatório de Reumatologia do HC-FMUSP
e no Centro de Dispensação de Medicamentos de Alto
Custo (CEDMAC), do HC-FMUSP.
Renan de Almeida Agustinelli
Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS) e residente em Reumatologia da
Universidade Federal de São Paulo.
Felipe Omura
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em
Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP),
onde é médico assistente da disciplina de Emergências
Clínicas.
Atualização 2016
Aleksander Snioka Prokopowistch
Assessoria didática
Gustavo Swarowsky
DERMATOLOGIA
Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e
em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Jundiaí
(FMJ). Professor assistente do Serviço de Dermatologia
da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté
(UNITAU).
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos
(FCMS). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Atualização 2016
Jozélio Freire de Carvalho
Assessoria didática
Graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde
Pública. Especialista e doutor em Reumatologia pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP). Pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv. Livre-docente da FMUSP. Membro de Comissões da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diretor científico
da Sociedade Bahiana de Reumatologia. Médico do Centro Médico Aliança, Salvador.
Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues
Ronald Reverdito
Apresentação
O estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apaixonado
por desafios, depois de anos submetido a aulas teóricas e plantões em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha de uma
especialização, sobretudo se esta exige pré-requisito, seguida da conquista
do ingresso em um centro e programa de Residência Médica de renome.
Mas isso só é possível com o auxílio de um material didático prático, bem
estruturado e preparado por quem é especialista no assunto, e a Coleção
R3, da qual fazem parte 8 volumes só de Clínica Médica, foi desenvolvida
nesse contexto. Os capítulos baseiam-se em temas recorrentes nas provas
dos principais concursos do Brasil, com pré-requisito em Clínica Médica, ao
passo que os casos clínicos e as questões são comentados a fim de oferecer
a interpretação mais segura possível de cada resposta.
Bons estudos!
Índice
REUMATOLOGIA
Capítulo 1 - Osteoartrite..................................21
1. Introdução................................................................... 22
2. Epidemiologia............................................................ 22
3. Classificação............................................................... 22
4. Fisiopatologia............................................................. 24
5. Manifestações clínicas............................................ 25
6. Achados radiológicos ..............................................27
7. Achados laboratoriais.............................................. 29
8. Diagnóstico................................................................. 29
9. Tratamento................................................................. 30
Resumo..............................................................................35
Capítulo 2 - Artrite reumatoide......................37
1. Introdução................................................................... 38
2. Epidemiologia............................................................ 38
3. Etiologia....................................................................... 38
4. Patologia e patogenia............................................. 39
5. Manifestações clínicas articulares......................40
6. Manifestações extra-articulares ........................ 43
7. Achados laboratoriais..............................................48
8. Avaliação radiológica.............................................. 49
9. Diagnóstico.................................................................. 51
10. Diagnóstico diferencial......................................... 52
11. Evolução e prognóstico .........................................53
12. Tratamento............................................................... 54
13. Síndrome de Felty.................................................. 62
Resumo............................................................................. 63
Capítulo 3 - Artrite idiopática juvenil........... 65
1. Introdução................................................................... 66
2. Epidemiologia............................................................ 66
3. Achados clínicos........................................................ 66
4. Forma sistêmica ou doença de Still.....................67
5. Forma oligoarticular ............................................... 69
6. Formas poliarticulares (fator reumatoide
positivo ou negativo)............................................... 70
7. Forma relacionada a entesite................................ 70
8. Forma psoriásica....................................................... 71
9. Forma indiferenciada...............................................72
10. Achados laboratoriais e de imagem..................73
11. Diagnóstico diferencial...........................................74
12. Tratamento................................................................75
Resumo............................................................................. 78
Capítulo 4 - Artrites sépticas..........................79
1. Introdução...................................................................80
2. Artrite não gonocócica............................................80
3. Artrite gonocócica.................................................... 87
4. Artrite viral................................................................. 89
5. Micobactérias..............................................................91
6. Fungos.......................................................................... 92
Resumo............................................................................. 94
Capítulo 5 - Espondiloartrites
soronegativas.....................................................95
1. Introdução................................................................... 96
2. Epidemiologia.............................................................97
3. Espondilite anquilosante.........................................97
4. Artrite reativa..........................................................114
5. Artrite relacionada a doenças inflamatórias
intestinais (enteroartrites)................................... 119
6. Artrite psoriásica.................................................... 120
7. Miscelânea..................................................................125
Resumo............................................................................127
Capítulo 6 - Febre reumática.........................129
1. Introdução................................................................. 130
2. Epidemiologia.......................................................... 130
3. Etiopatogenia........................................................... 130
4. Quadro clínico........................................................... 131
5. Achados laboratoriais............................................137
6. Diagnóstico diferencial..........................................137
7. Tratamento.................................................................139
8. Alergia a penicilina................................................. 142
Resumo........................................................................... 144
Capítulo 7 - Gota...............................................145
1. Introdução............................................................... 146
2. Epidemiologia.......................................................... 146
3. Fisiopatologia............................................................147
4. Estágios clássicos ................................................... 151
5. Associações clínicas................................................153
6. Achados radiográficos.......................................... 154
7. Achados laboratoriais.............................................155
8. Diagnóstico................................................................156
9. Tratamento................................................................157
10. Tratamento da hiperuricemia isolada.............163
11. Condrocalcinose – pseudogota..........................163
12. Doença articular por deposição de outros
cristais....................................................................... 166
Resumo........................................................................... 168
Capítulo 8 - Síndromes reumáticas
dolorosas regionais.........................................169
1. Introdução................................................................. 170
2. Ombro........................................................................ 170
3. Cotovelo......................................................................175
4. Punho e mão.............................................................178
5. Quadril........................................................................ 182
6. Joelho......................................................................... 184
7. Tornozelo e pé...........................................................187
Resumo........................................................................... 190
Capítulo 9 - Fibromialgia................................193
Capítulo 14 - Síndrome antifosfolípide.......313
1. Introdução................................................................. 194
2. Epidemiologia.......................................................... 194
3. Etiopatogenia........................................................... 194
4. Manifestações clínicas...........................................195
5. Investigação laboratorial e radiológica ...........197
6. Critérios diagnósticos.............................................197
7. Tratamento................................................................ 199
Resumo...........................................................................202
1. Introdução............................................................... 314
2. Anticorpos antifosfolípides................................. 314
3. Critérios diagnósticos ............................................315
4. Quadro clínico...........................................................315
5. Diagnóstico diferencial...........................................317
6. Tratamento............................................................... 318
Resumo...........................................................................320
Capítulo 10 - Vasculites................................. 203
1. Introdução................................................................. 322
2. Epidemiologia.......................................................... 322
3. Patogênese............................................................... 323
4. Quadro clínico ......................................................... 324
5. Exames laboratoriais.............................................328
6. Outros exames........................................................329
7. Diagnóstico................................................................329
8. Diagnóstico diferencial.........................................330
9. Tratamento............................................................... 332
10. Dermatomiosite juvenil...................................... 332
Resumo.......................................................................... 340
1. Introdução................................................................ 204
2. Classificação.............................................................205
3. Vasculite predominantemente de grandes
vasos..........................................................................206
4. Vasculite predominantemente de médios
vasos...........................................................................212
5. Vasculite predominantemente de pequenos
vasos...........................................................................215
6. Miscelânea................................................................ 227
Resumo........................................................................... 237
Capítulo 11 - Síndrome de Sjögren.............. 239
1. Introdução.................................................................240
2. Epidemiologia..........................................................240
3. Etiopatogenia...........................................................240
4. Quadro clínico..........................................................240
5. Achados laboratoriais...........................................244
6. Outros exames........................................................244
7. Diagnóstico................................................................246
8. Tratamento...............................................................248
Resumo........................................................................... 252
Capítulo 12 - Lúpus eritematoso sistêmico....253
1. Definição....................................................................254
2. Epidemiologia..........................................................254
3. Etiopatogenia...........................................................254
4. Manifestações clínicas.......................................... 255
5. Avaliação laboratorial........................................... 267
6. Diagnóstico e diagnóstico diferencial............... 272
7. Tratamento................................................................ 274
8. Prognóstico e sobrevida...................................... 280
9. Situações especiais................................................ 280
Resumo...........................................................................285
Capítulo 13 - Esclerose sistêmica................. 287
1. Definição...................................................................288
2. Epidemiologia..........................................................288
3. Etiopatogenia...........................................................288
4. Classificação.............................................................289
5. Manifestações clínicas.......................................... 293
6. Exames complementares.....................................305
8. Prognóstico.............................................................. 310
Resumo............................................................................ 311
Capítulo 15 - Dermatomiosite e polimiosite.... 321
DERMATOLOGIA
Capítulo 1 - Dermatologia normal............... 343
1. Da anatomia à fisiologia....................................... 344
2. Lesões elementares...............................................349
3. Cicatrização normal............................................... 353
4. Queloides.................................................................. 355
Resumo........................................................................... 356
Capítulo 2 - Doenças infectocontagiosas
virais ................................................................. 357
1. Introdução.................................................................358
2. Verrugas....................................................................358
3. Herpes........................................................................360
4. Molusco contagioso...............................................366
5. Nódulo dos ordenhadores................................... 367
6. Doenças exantemáticas........................................368
7. Doença mão–pé–boca........................................... 373
8. Manifestações cutâneas na dengue ................ 375
Resumo........................................................................... 376
Capítulo 3 - Doenças infectocontagiosas
bacterianas agudas........................................ 377
1. Introdução................................................................. 378
2. Impetigo e ectima................................................... 378
Capítulo 4 - Doenças infectocontagiosas
bacterianas crônicas...................................... 385
1. Hanseníase................................................................386
2. Sífilis............................................................................ 392
3. Sífilis congênita........................................................ 397
Resumo..........................................................................400
Capítulo 5 - Doenças infectocontagiosas
fúngicas – micoses superficiais................... 401
1. Introdução................................................................ 402
2. Dermatofitoses ...................................................... 402
3. Micoses por leveduras......................................... 406
Resumo........................................................................... 410
Capítulo 6 - Doenças infectocontagiosas
fúngicas – micoses profundas....................... 411
1. Introdução..................................................................412
2. Esporotricose............................................................412
3. Cromomicose............................................................413
4. Paracoccidioidomicose......................................... 414
Resumo........................................................................... 418
Capítulo 7 - Doenças infectocontagiosas –
protozoárias e parasitárias...........................419
1. Introdução................................................................ 420
2. Leishmaniose.......................................................... 420
3. Escabiose...................................................................424
4. Pediculose.................................................................425
5. Miíase..........................................................................427
6. Tungíase.....................................................................428
Resumo...........................................................................430
Capítulo 8 - Doenças eczematosas..............431
1. Introdução.................................................................432
2. Eczema de contato.................................................432
3. Eczema atópico........................................................436
4. Eczema seborreico.................................................439
5. Eczema numular..................................................... 440
6. Eczema disidrótico................................................ 442
7. Fotoeczemas............................................................ 444
Resumo.......................................................................... 446
Capítulo 9 - Doenças
eritematodescamativas .............................447
1. Psoríase..................................................................... 448
2. Pitiríase rósea de Gilbert...................................... 453
3. Pitiríase rubra pilar................................................456
4. Parapsoríases..........................................................458
5. Eritrodermias.......................................................... 460
6. Eritemas figurados.................................................462
Resumo...........................................................................466
Capítulo 10 - Doenças inflamatórias........... 467
1. Doenças papulopruriginosas.............................. 468
2. Doenças bolhosas................................................... 474
3. Doenças de vasos e lesões ulceradas.............. 484
Resumo...........................................................................498
Capítulo 11 - Reações alérgicas e
farmacodermias – lato sensu.......................499
1. Introdução................................................................ 500
2. Farmacodermias.................................................... 500
3. Eritema multiforme.............................................. 504
4. Síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica ..................................................505
5. Urticárias...................................................................507
Resumo........................................................................... 510
Capítulo 12 - Medicina interna...................... 511
1. Introdução..................................................................512
2. Sarcoidose..................................................................512
3. Amiloidoses...............................................................514
4. Porfirias......................................................................518
5. Pelagra....................................................................... 522
6. Doenças do colágeno............................................. 524
Resumo.......................................................................... 540
Capítulo 13 - Tumores malignos....................541
1. Pré-malignos.............................................................542
2. Carcinoma basocelular.......................................... 547
3. Carcinoma espinocelular......................................550
4. Melanoma cutâneo................................................ 553
5. Linfomas e leucemias............................................ 557
Resumo...........................................................................562
CASOS CLÍNICOS
COMENTÁRIOS
Reumatologia............................................................... 565
Dermatologia................................................................ 577
Reumatologia
QUESTÕES
Reumatologia
Cap. 1. Osteoartrite.................................................... 587
Cap. 2. Artrite reumatoide.......................................590
Cap. 3. Artrite idiopática juvenil............................. 595
Cap. 4. Artrites sépticas............................................ 596
Cap. 5. Espondiloartrites soronegativas.............598
Cap. 6. Febre reumática........................................... 600
Cap. 7. Gota...................................................................602
Cap. 8. Síndromes reumáticas dolorosas
regionais.......................................................... 604
Cap. 9. Fibromialgia....................................................606
Cap. 10. Vasculites....................................................... 608
Cap. 11. Síndrome de Sjögren.....................................612
Cap. 12. Lúpus eritematoso sistêmico.....................614
Cap. 13. Esclerose sistêmica.......................................618
Cap. 14. Síndrome antifosfolípide.............................621
Cap. 15. Dermatopolimiosite e polimiosite...........622
Outros temas................................................................623
Dermatologia
Cap. 1. Dermatologia normal................................... 627
Cap. 2. Doenças infectocontagiosas virais..........628
Cap. 3. Doenças infectocontagiosas
bacterianas agudas......................................628
Cap. 4. Doenças infectocontagiosas
bacterianas crônicas....................................630
Cap. 5. Doenças infectocontagiosas fúngicas –
micoses superficiais......................................631
Cap. 6. Doenças infectocontagiosas fúngicas –
micoses profundas....................................... 632
Cap. 7. Doenças infectocontagiosas –
protozoárias e parasitárias........................ 633
Cap. 8. Doenças eczematosas................................. 635
Cap. 9. Doenças eritematodescamativas............ 636
Cap. 10. Doenças inflamatórias................................638
Cap. 11. Reações alérgicas e farmacodermias –
lato sensu......................................................... 641
Cap. 12. Medicina interna.......................................... 644
Cap. 13. Tumores malignos.........................................646
Outros temas................................................................649
Cap. 1. Osteoartrite.....................................................651
Cap. 2. Artrite reumatoide.......................................654
Cap. 3. Artrite idiopática juvenil............................. 659
Cap. 4. Artrites sépticas............................................660
Cap. 5. Espondiloartrites soronegativas.............662
Cap. 6. Febre reumática............................................666
Cap. 7. Gota...................................................................668
Cap. 8. Síndromes reumáticas dolorosas
regionais...........................................................670
Cap. 9. Fibromialgia.................................................... 674
Cap. 10. Vasculites........................................................ 677
Cap. 11. Síndrome de Sjögren....................................683
Cap. 12. Lúpus eritematoso sistêmico....................685
Cap. 13. Esclerose sistêmica.......................................691
Cap. 14. Síndrome antifosfolípide............................ 695
Cap. 15. Dermatopolimiosite e polimiosite........... 697
Outros temas................................................................698
Dermatologia
Cap. 1. Dermatologia normal....................................701
Cap. 2. Doenças infectocontagiosas virais...........701
Cap. 3. Doenças infectocontagiosas
bacterianas agudas......................................702
Cap. 4. Doenças infectocontagiosas bacterianas
crônicas...........................................................702
Cap. 5. Doenças infectocontagiosas fúngicas –
micoses superficiais..................................... 703
Cap. 6. Doenças infectocontagiosas fúngicas –
micoses profundas.......................................704
Cap. 7. Doenças infectocontagiosas –
protozoárias e parasitárias........................704
Cap. 8. Doenças eczematosas................................. 705
Cap. 9. Doenças eritematodescamativas............706
Cap. 10. Doenças inflamatórias................................ 707
Cap. 11. Reações alérgicas e farmacodermias –
lato sensu.........................................................708
Cap. 12. Medicina interna........................................... 710
Cap. 13. Tumores malignos.......................................... 711
Outros temas.................................................................713
Referências bibliográficas.........................................715
CLÍNICA MÉDICA
Reumatologia
Rodrigo Antônio Brandão Neto / Ana Cristina de Medeiros Ribeiro
Aleksander Snioka Prokopowitsch / Hérica Cristiani Barra de Souza
Renan de Almeida Augustinelli
2
A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória
autoimune crônica progressiva, com sinovite persistente de grandes e pequenas articulações periféricas,
simétrica, nos membros superiores e inferiores, pelo
comprometimento inflamatório da membrana sinovial
articular. Predomina em mulheres (de 2,5 a 3 vezes),
com início durante a 4ª e a 6ª décadas, enquanto nos
homens surge durante a 6ª a 8ª décadas. A AR possui início insidioso, acompanhado de sintomas constitucionais
inespecíficos como fadiga, anorexia, fraqueza generalizada, perda de peso e febre baixa. Sintomas específicos,
em geral, surgem gradualmente em várias articulações,
sobretudo mãos, punhos, joelhos e pés, de forma simétrica: artralgia inflamatória, que é pior no repouso, com
melhora ao movimento, edema e espessamento articular, além de rigidez matinal prolongada (mais de 1 hora).
Acomete, caracteristicamente, pequenas articulações
de mãos (metacarpofalangianas e interfalangianas proximais), punhos, joelhos, cotovelos, tornozelos, quadris
e ombros, em geral nessa ordem de aparecimento (de
pequenas para grandes). À medida que a doença evolui, há atrofia de músculos interósseos, desvio ulnar das metacarpofalangianas, desvio radial e, posteriormente, volar do
punho. Nos quirodáctilos, pode haver deformidades “em pescoço de cisne”, ou dedos “em botoeira”, polegar em “Z”; o nervo
mediano também pode ser acometido e gerar síndrome do túnel do carpo. Nos pés, as articulações mais acometidas são as
metatarsofalangianas, podendo resultar em hálux valgo, desvio lateral e subluxação dorsal dos dedos do pé. O joelho desenvolve hipertrofia sinovial, derrame articular crônico e frouxidão ligamentar. Na coluna, o acometimento geralmente é cervical
alto e, na maioria dos casos, assintomático, sendo que, quando de longa duração, pode ocorrer subluxação atlantoaxial
(desvio entre a 1ª e a 2ª vértebras cervicais). Acometimento extra-articular é visto como nódulos reumatoides (estruturas periarticulares, superfícies extensoras ou áreas expostas à pressão mecânica), vasculite reumatoide (mononeurite
múltipla, úlceras cutâneas, necrose dérmica), manifestações pleuropulmonares (pleurite, fibrose intersticial, nódulos),
manifestações cardíacas (pericardite), manifestação hematológica (anemia de doença crônica) e acometimento ocular (ceratoconjuntivite seca, uveíte e episclerite). Não existe marcador diagnóstico específico para AR. O fator reumatoide e o anti-CCP
podem ter significado prognóstico, pois pacientes com títulos elevados tendem a ter doença articular mais grave e progressiva, associada a manifestações extra-articulares. Outros anticorpos inespecíficos podem estar presentes, como fator
antinúcleo e p-ANCA, além de anemia normocrômica normocítica e VHS aumentada. No raio x, sinais precoces são edema
de partes moles, osteopenia justa-articular e cistos subcondrais em articulações clássicas. Para o diagnóstico, podem-se
utilizar critérios ACR/EULAR (2010), em que é obrigatória a presença de sinovite clínica definida, em pelo menos 1 articulação, associada à soma de fatores como acometimento articular, sorologia, duração e provas inflamatórias. O diagnóstico
diferencial inclui osteoartrite, artrite reativa, artrite psoriásica, gota tofácea, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, pseudogota etc. As metas do tratamento são alívio da dor, redução da inflamação, proteção das estruturas articulares,
preservação articular e controle de envolvimento sistêmico. Anti-Inflamatórios Não Hormonais (AINHs) têm ação analgésica
e anti-inflamatória, mas não alteram o curso da doença nem previnem destruição articular. Corticosteroides são usados no
controle da dor e inflamação (enquanto se aguarda o efeito das Drogas Modificadoras do Curso da Doença – DMCDs), sempre
em baixas doses (até 15mg/d de prednisona, ou equivalente), pelo menor tempo possível. As DMCDs são as drogas de escolha,
pois reduzem e previnem dano articular. Metotrexato é droga de escolha no início, pela ação rápida, em relação aos demais
da classe. Quando há falha no tratamento exclusivo com DMCDs, podem-se introduzir os agentes biológicos, sendo agentes
anti-TNF-alfa primeiramente usados (etanercepte, infliximabe, adalimumabe); não havendo melhora, substituir por outros
como rituximabe (anti-CD20), abatacepte ou tocilizumabe. Ao tratamento medicamentoso se deve associar fisioterapia e, em
alguns casos, cirurgia para liberação articular. E a síndrome de Felty é uma doença rara, que tem como tríade AR, neutropenia
e esplenomegalia. É mais prevalente entre mulheres e na faixa etária da 5ª à 7ª décadas, em portadoras de AR de longa duração, com importante destruição articular, com manifestações extra-articulares exuberantes. A mortalidade está acima de
36% em 5 anos devido às infecções recorrentes (sobretudo quando leucócitos <500 células/mm3). O metotrexato associado a
corticosteroide (>30mg/d) tem sido utilizado com bons resultados.
Artrite
reumatoide
42
R3
CLÍNICA MÉDICA - REUMATOLOGIA
desenvolvendo síndrome do túnel do carpo (compressão do nervo mediano), com parestesias na face palmar das mãos, poupando o lado medial do 4º e 5º quirodáctilos, mas com possível compressão do nervo
ulnar (síndrome do canal de Guyon) e do túnel do tarso.
Tenossinovites, com inflamação dos tendões e das suas bainhas sinoviais, são comuns também nas mãos, principalmente no dorso, e podem ser um achado inicial. A persistência da inflamação pode levar a
roturas de tendões com grande perda funcional.
Cistos sinoviais podem ocorrer perto de qualquer articulação acometida, por herniação da membrana sinovial através da cápsula articular
sob pressão de líquido sinovial e deformidades que alteram os vetores
articulares, como acontece principalmente no dorso dos punhos e das
mãos e no joelho, no caso do cisto de Baker.
Figura 1 - Sinovite (inflamação) da articulação interfalangiana proximal do 2º quirodáctilo direito (dedo “em fuso”)
Figura 2 - Mão reumatoide: atrofia da musculatura interóssea, dedos “em pescoço de cisne” (3º a 5º) e espessamento sinovial de metatarsofalangianas e punho,
e polegar “em Z”, pela subluxação da 1ª metacarpofalangiana
Figura 4 - Deformidade em extensão das interfalangianas proximais e em flexão das
interfalangianas distais, caracterizando dedos “em pescoço de cisne” em paciente com
artrite reumatoide: notar aumento de volume das metacarpofalangianas
Figura 3 - Mão reumatoide: atrofia da
musculatura interóssea e cisto sinovial
no dorso da mão direita “em dorso de
camelo”
Figura 5 - Deformidade “em botoeira”, por hiperextensão da
metacarpofalangiana e flexão
da interfalangiana proximal
Rodrigo Antônio Brandão Neto / Ana Cristina de Medeiros Ribeiro
Aleksander Snioka Prokopowitsch / Hérica Cristiani Barra de Souza
Renan de Almeida Augustinelli
A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença rara, com maior
incidência em mulheres entre 30 e 50 anos. O diagnóstico é realizado com a presença de critério maior (alterações cutâneas
esclerodérmicas próximo às metacarpofalangianas), ou 2 ou
mais critérios menores (esclerodactilia, úlceras digitais ou pitting
scars e fibrose pulmonar bibasal). Na forma difusa, o espessamento cutâneo ocorre no tronco e nas extremidades proximais,
podendo também acometer a face e a porção distal dos membros, estando mais associada a fibrose pulmonar e anticorpo
antitopoisomerase (anti-Scl-70). Na forma limitada, há espessamento cutâneo limitado a membros distalmente aos cotovelos e
joelhos, estando mais associada a hipertensão pulmonar e anticorpo anticentrômero (ACA), e síndrome CREST (C – Calcinose;
R – Raynaud; E – dismotilidade Esofágica; S – eSclerodactilia; e
T – Telangiectasias), com diagnóstico na presença de 3 ou mais
critérios, tendo relação alta com ACA. Há, ainda, esclerodermia
localizada, que afeta áreas restritas à pele, como morfeia, esclerodermia linear ou face (lesão “em golpe de sabre”). Sintomas
iniciais são inespecíficos e incluem Fenômeno de Raynaud (FRy),
fadiga e sintomas musculoesqueléticos, que duram por semanas
e meses, sendo que o 1º sinal clínico que sugere diagnóstico de
ES na pele é o edema dos quirodáctilos ou da mão. FRy ocorre,
na maioria das vezes, desencadeado por temperaturas frias ou
estresse emocional, gerando contratura da musculatura das
artérias digitais e pré-capilares, com palidez cutânea, cianose,
hiperemia reativa, promovendo lesões cutâneas típicas (geradas
pela isquemia): reabsorção de polpas digitais, pitting scars, reabsorção óssea e perda de falanges. A esclerose possui 3 fases:
edematosa, fibrótica e atrófica. O acometimento pulmonar é
a principal causa de mortalidade, sendo que pacientes com a
forma difusa da ES têm maior risco de doença intersticial pulmonar (anti-Scl-70), enquanto aqueles com a forma limitada têm
maior risco de hipertensão pulmonar (ACA positivo). O aparelho
digestório é o 2º mais atingido depois da pele. Podem ocorrer
artralgias e mialgias inespecíficas, sendo artrite das mãos e
dos punhos, simétrica, não erosiva e responsiva a terapia com
imunossupressores. Pode haver, ainda, osteólise ou reabsorção
de extremidades ósseas distais. A crise renal esclerodérmica
caracteriza-se por hipertensão arterial acelerada com perda da
função renal, proteinúria e hematúria microscópica. Inibidores
da enzima conversora de angiotensina devem ser rapidamente
instituídos. Nos exames complementares, pesquisa do fator
antinúcleo é indispensável (positiva em 95%, porém inespecífico), além de anti-Scl-70, ACA e os anti-RNA polimerase. Outros
exames, para acompanhamento, são: Esôfago–Estômago–Duodeno, pHmetria e endoscopia digestiva alta, prova de função
pulmonar completa, tomografia computadorizada de alta resolução, ecocardiograma, eletrocardiograma e cateterismo cardíaco
direito, para acometimentos pulmonar e cardíaco. Não existe
tratamento específico para a doença, sendo medidas gerais
e medicamentos sintomáticos o mais recomendado. Medidas
gerais, como proteção das extremidades contra o frio, fisioterapia e terapia ocupacional, ajudam a evitar a progressão das
deformidades e estados de contratura.
13
Esclerose
sistêmica
298
R3
CLÍNICA MÉDICA - REUMATOLOGIA
Figura 15 - Espessamento cutâneo e retração da pele dorsal dos dedos (esclerodactilia), com contratura em flexão de interfalangianas proximais e distais
Figura 16 - Espessamento cutâneo no dorso das mãos (proximal às metacarpofalangianas), posição de contratura dos dedos pela esclerodactilia, hipopigmentação
sobre as articulações e úlceras de tração sobre a 3ª metacarpofalangiana e a 2ª
interfalangiana proximal da mão direita
Figura 17 - Afinamento dos lábios e redução da rima oral
A pele ainda pode apresentar alterações de coloração, tanto hiper
como hipopigmentações. É comum a lesão “em sal e pimenta” (Figura
18), com áreas alternadas de hipopigmentação e hiperpigmentação.
As telangiectasias são outro achado característico, principalmente em
pacientes com ES limitada, sobretudo aqueles com síndrome CREST.
São mais comuns em mãos, rosto, pescoço e dorso e infrequentes nos
membros inferiores. O maior problema que causam é cosmético. Podem acometer inclusive a língua e outras mucosas (Figuras 19 e 20), e
CLÍNICA MÉDICA
Dermatologia
Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues
Este capítulo aborda temas básicos da Dermatologia:
anatomia, fisiologia, lesões elementares e cicatrização. Quanto a anatomia e fisiologia, a pele apresenta
3 camadas distintas, denominadas epiderme, derme e
hipoderme. A primeira, formada pelos queratinócitos, é
a camada superficial em contato com o ambiente, sendo
subdividida em basal (mais profunda), espinhosa, granulosa e córnea (a mais externa/superficial). A derme é um
tecido conectivo denso, composto de colágeno, elastina
e glicosaminoglicanos, sendo a porção mais superficial
a derme papilar, e a profunda, a reticular. Já a hipoderme é composta por grupos de adipócitos, formando
ácinos lobulados separados por septos fibrosos que contêm o maior plexo vascular que nutre a pele. As lesões
elementares, por sua vez, foram aqui didaticamente
divididas em lesões planas, elevadas, coleções líquidas,
deprimidas e lineares. Já a cicatrização compreende um
processo dinâmico de reparação tecidual e possui fases
inflamatória, proliferativa e de remodelação. Havendo
distúrbios em alguma dessas fases, temos as cicatrizes
hipertróficas e os queloides.
1
Dermatologia
normal
350
R3
CLÍNICA MÉDICA - DERMATOLOGIA
a) Mácula e mancha
Mácula é uma lesão plana, menor do que 1cm, sem alteração de relevo
ou de textura, apenas mudada na coloração (qualquer tonalidade mais
clara ou escura do que a pele normal); a mancha teria as mesmas características, porém sendo maior do que 1cm. A mácula pode ser eritematosa, devido à vasodilatação; acastanhada, em razão da melanina;
arroxeada, pelo extravasamento de sangue etc.
b) Poiquilodermia
Figura 9 - Mácula: lesão plana,
sem alteração de relevo ou de
textura
Área delimitada em que são encontradas atrofia discreta, hiperpigmentação acastanhada e telangiectasias. Acomete predominantemente o
pescoço e a face de forma simétrica, poupando a área encoberta pelo
mento, sendo sua ocorrência associada a predisposição genética, exposição cumulativa ao sol, processo de envelhecimento e fatores
hormonais.
Figura 10 - Poiquilodermia: atrofia + telangiectasias + hiperpigmentação
c) Equimoses
Mácula causada pelo extravasamento de sangue/hemácias, maior do
que 1 cm, sem alteração de volume.
Figura 11 - Equimoses e púrpuras: o mesmo que máculas,
porém violáceas
d) Petéquia
Uma equimose puntiforme (<1cm).
Figura 12 - Petéquias isoladas e agrupadas
Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues
Neste capítulo, serão abordados temas de medicina interna, porém
com manifestações dermatológicas, como a sarcoidose, a amiloidose,
porfirias e colagenoses. A sarcoidose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de granulomas em qualquer tecido
orgânico, entretanto com preferência por 3 acometimentos distintos:
cutâneo, ocular e pulmonar (incluindo a linfadenopatia hilar). O acometimento cutâneo pode ser inespecífico, representado pelo eritema
nodoso ou específico, por meio do lúpus pérnio, da sarcoidose papulosa, da sarcoidose cicatricial e da sarcoidose do couro cabeludo. A
biópsia da pele ou do tecido pulmonar é o exame padrão-ouro, apresentando 2 características importantes: a presença de granulomas
de células epitelioides com poucos linfócitos e células gigantes multinucleadas (chamados de “granulomas nus”) e os corpos asteroides
(figuras eosinofílicas nos histiócitos). O melhor tratamento é feito
com corticosteroides, sendo sistêmicos nos casos com comprometimentos mais graves. As amiloidoses são doenças em que ocorre
depósito de substância proteica; acometem qualquer tecido, gerando
disfunções dos órgãos afetados. Existem formas localizadas (macular,
líquen amiloidótico e nodular) e sistêmicas nas suas formas primárias
e secundárias (associada a mieloma múltiplo). Na forma sistêmica,
a biópsia da lesão de pele deve ser corada com o vermelho-congo.
Na coloração de rotina com hematoxilina-eosina, em alguns casos,
podem-se ver concentrações homogêneas de material eosinofílico
amorfo. No tratamento são utilizados esquemas imunossupressores
e quimioterápicos em combinação. A associação a melhores resultados foi de prednisona e melfalana. Já as porfirias formam um grupo
de doenças de origem metabólica associadas a várias deficiências enzimáticas no metabolismo do grupo heme, o que resulta em
superprodução/acúmulo de produtos tóxicos. Basicamente, podemos classificá-las em porfirias agudas e crônicas (predomínio das
manifestações dermatológicas). Entre as alterações cutâneas, estão
fotodano, lesões bolhosas principalmente em áreas fotoexpostas e de
trauma (fragilidade cutânea), lesões esclerodermiformes (cicatriciais)
e hipertricose. Para o diagnóstico, devem-se pesquisar porfirinas na
urina de 24 horas, e a histopatologia das bolhas mostra a clivagem
subepidérmica e poucas células inflamatórias. O tratamento visa à
redução dos níveis do heme, o que é obtido por meio das flebotomias,
cujo objetivo é manter a hemoglobina por volta de 12g/dL. Dentre as
colagenoses, destaca-se o lúpus eritematoso sistêmico, uma doença
reumatológica com espectro variando por meio das 3 formas clínicas
principais: lúpus cutâneo crônico, lúpus subagudo e lúpus sistêmico,
este último a forma principal da doença. O lúpus sistêmico é a forma
que acomete vários órgãos; dentre as suas lesões mais características, o rash malar “em asa de borboleta” se destaca. São placas
eritematosas, pouco infiltradas, mas edemaciadas, distribuídas como
uma máscara no centro facial. Outras lesões possíveis são de urticária, vasculite, púrpuras palpáveis, lesões bolhosas, além das lesões
de lúpus crônico e subagudo já descritas. As lesões mucosas se manifestam como ulcerações no palato ou na mucosa jugal. As lesões do
couro cabeludo, por sua vez, podem ser discoides cicatriciais ou na
forma de alopecia difusa não cicatricial. O diagnóstico se baseia em
critérios clínicos e laboratoriais, e o tratamento, em imunossupressores como a prednisona, o metotrexato e a azatioprina.
12
Medicina
interna
mediciNa iNterNa
semanas, mas pode ser abreviada com o uso de anti-inflamatórios e
corticosteroides sistêmicos.
Figura 1 - Sarcoidose e a síndrome de Löfgren
Figura 2 - Eritema nodoso: lesões eritematosas e equimóticas sobrelevadas na região anterior da tíbia de aspecto contusiforme
Tabela 1 - Manifestações específicas da sarcoidose
Lúpus pérnio
Caracteriza-se por placas infiltradas, eritematovioláceas, de superfície levemente descamativa, que
surgem na face (nariz, bochecha e orelhas) lembrando a “asa de borboleta” do lúpus eritematoso
sistêmico. Quando comprimidos, as placas e os nódulos assumem coloração que lembra “geleia de maçã”.
Sarcoidose
papulosa
Contém pápulas e pequenos nódulos de coloração
eritematoviolácea, com predomínio na face e nas
extremidades; são idênticas às placas do lúpus
pérnio, porém com menor tamanho.
Sarcoidose
cicatricial
Os nódulos são semelhantes aos da forma papulosa,
mas surgem sobre cicatriz antiga.
Sarcoidose do
couro cabeludo
Pode levar a áreas de alopecia cicatricial com
aspecto atrófico e irreversível.
Figura 3 - Exemplo de lúpus pérnio
513
CLÍNICA MÉDICA
Reumatologia e
Dermatologia
CASOS CLÍNICOS, QUESTÕES E COMENTÁRIOS
C ON
Ú DO M ED
Caro leitor,
Este espaço é reservado para os Casos Clínicos das instituições que optam por esse formato de prova em seus concursos, além de questões dissertativas sobre condutas diagnósticas e terapêuticas elaboradas pelo corpo docente Medcel.
Isso significa que o seu conteúdo é exclusivo, servindo como complementação às questões comentadas ao final do livro.
Para tanto, foi extraído material de importantes provas, além de novos casos, com base nos temas mais abordados em
processos seletivos para Residência Médica, o que permite estudar resolvendo testes semelhantes aos aplicados nos
principais concursos do país. Temos certeza de que, com mais forma de revisar o conteúdo dos capítulos, você se sentirá
mais preparado para garantir a sua vaga na especialidade e na instituição desejadas.
REUMATOLOGIA
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
1. Uma paciente de 32 anos procura frequentemente
posto de saúde e pronto-socorro devido a dor abdominal. Tem antecedente de tabagismo e nega etilismo. O
quadro é recorrente há vários anos, sendo muitas vezes uma dor vaga, incaracterística, com diarreia intermitente e sem tenesmo. Ocasionalmente, após alimentar-se, ocorre distensão abdominal, náusea, vômito e
febre baixa e a dor passa a localizar-se no quadrante
inferior direito do abdome. Nos últimos meses perdeu
alguns quilos e passou a apresentar dor lombar, lesão
progressiva em membro inferior direito e dor ocular
(vide Figuras). Exame físico: abdome doloroso, sem
visceromegalias. Toque retal e retossigmoidoscopia
normais. Foi submetida a apendicectomia na infância.
Hemoglobina = 8,5g/dL, VHS e proteína C reativa aumentados.
b) Qual é a principal hipótese para a dor ocular?
2014 - UNIFESP - CLÍNICA MÉDICA
2. Uma paciente idosa, portadora de osteoporose, em
uso de alendronato e vitamina D, refere que ingere 1
copo de leite desnatado (200mL) e 1 fatia de queijo
branco fresco por dia. Quantos copos de leite desnatado
(200mL) são necessários para complementar a necessidade diária de cálcio desta paciente?
a) Considere que ela não ingere nenhuma outra fonte de
cálcio.
a) Qual é a principal hipótese para a lombalgia?
R3 Casos Clínicos
TE
CE
C ON
L
L
Reumatologia e Dermatologia
Ú DO M ED
CE
Casos Clínicos
TE
DERMATOLOGIA
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
28. Uma mulher de 32 anos procura frequentemente
posto de saúde e pronto-socorro devido a dor abdominal. Tem antecedente de tabagismo e nega etilismo. O
quadro é recorrente há vários anos, sendo muitas vezes uma dor vaga, incaracterística, com diarreia intermitente e sem tenesmo. Ocasionalmente, após alimentar-se, ocorre distensão abdominal, náusea, vômito e
febre baixa e a dor passa a localizar-se no quadrante
inferior direito do abdome. Nos últimos meses perdeu
alguns quilos e passou a apresentar dor lombar, lesão
progressiva em membro inferior direito e dor ocular
(vide Figuras a seguir). Exame físico: abdome doloroso,
sem visceromegalias. Toque retal e retossigmoidoscopia normais. Foi submetida a apendicectomia na infância. Hemoglobina = 8,5g/dL, VHS e proteína C reativa
aumentados.
577
a) Qual foi o provável fator desencadeante do quadro intraoperatório?
b) Qual é a relação entre a urticária desencadeada por
alimentos e o quadro intraoperatório?
c) A paciente recebeu 3 doses de epinefrina intramuscular e expansão volêmica vigorosa na tentativa de reversão do quadro de choque, sem resposta. Qual é a conduta neste momento?
a) Qual é a principal hipótese para a lesão no membro
inferior?
2013 - UNIFESP - CLÍNICA MÉDICA
30. Cite o sedativo ou analgésico responsável pelo evento a seguir:
a) Paciente em cuidados paliativos na unidade de terapia
intensiva evolui com urticária, prurido e broncoespasmo.
2014 - FMUSP - CLÍNICA MÉDICA
29. Uma enfermeira de 32 anos, submetida a colecistectomia, apresentou no período intraoperatório eritema
generalizado e hipotensão (PA = 80x30mmHg). Já havia
sido submetida a 2 cesarianas (a última há 5 anos) sem
intercorrências. Há 6 meses, quadro de urticária aparentemente desencadeada pela ingestão de mandioca,
kiwi e abacaxi.
2013 - UNIFESP - CLÍNICA MÉDICA
31. Uma paciente de 40 anos apresenta, há 4 meses, rash
cutâneo nos membros inferiores e, há 1 ano, fenômeno
R3 Casos Clínicos
reumatologia e dermatologia
f) Qual é o tratamento?
MEDCEL
33. N.A.C., 57 anos, branca, divorciada, trabalhadora autônoma (vendas), natural de Minas Gerais e procedente
de Rondônia há 30 anos, vem ao consultório com queixa
de fraqueza generalizada há 1 semana, com presença
de dor localizada na região toracodorsal esquerda de
intensidade 7 em 10, refratária a analgesia. Apresentou,
nesse período, episódios de febre não aferida. Relata que há 3 dias, no local da dor, surgiu vermelhidão e
que há 1 dia apareceram “bolinhas” nessa mesma área
(Figura). Nega demais alterações sistêmicas. Ao exame
dermatológico, observaram-se lesões vesiculares múltiplas, algumas confluentes em base eritematosa que
acompanha um dermátomo na região toracodorsal no
hemicorpo à esquerda. Observam-se algumas lesões
com superfície coberta por crostas melicéricas:
579
b) Cite 1 exame ambulatorial inicial para confirmação do
quadro.
c) Qual é a principal complicação que pode surgir?
d) Qual é o tratamento indicado?
RESPOSTAS
REUMATOLOGIA
a) Quais são o provável diagnóstico e o agente envolvido?
Caso 1
a) Sacroileíte/espondiloartropatia enteropática. A paciente
apresenta enteroartropatia, ou seja, artrite associada a doença
inflamatória intestinal. A mesma apresenta quadro intestinal de
diarreia, dor abdominal, febre, lombalgia inflamatória, pioderma
gangrenoso e provas de atividade inflamatórias alteradas.
R3 Casos Clínicos
reumatologia e dermatologia
584
sic
R3
reumatologia e dermatologia
b) Um processo estressante desencadeou a gota. Os níveis de
ácido úrico muitas vezes são normais durante crise aguda, e ele
não deve ser utilizado como um teste de diagnóstico.
Caso 22
a) Esta paciente tem TTPA prolongado, trombocitopenia, anticardiolipina fortemente positivo e anticoagulante lúpico positivo. Embora não tenha antecedente de tromboses, ela está em
alto risco de desenvolver síndrome antifosfolípide. Pacientes
como essa são de alto risco para hipercoagulabilidade, e não
devem ser administrados produtos contendo estrogênio devido ao aumento do risco de trombose. Ela deve ser aconselhada
a utilizar método de barreira, pílula de progesterona ou dispositivo intrauterino. No lúpus eritematoso sistêmico, recomenda-se que sejam evitados contraceptivos contendo estrogênio em
pacientes com doença vascular, nefrite, ou anticorpo antifosfolípide positivo.
Caso 23
a) Artrite gonocócica disseminada. A paciente tem a clássica
artrite-dermatite, caracterizada por tenossinovite e vesículas
purulentas. O quadro é mais comum em mulheres e tipicamente ocorre próximo ao período menstrual. O diagnóstico é estabelecido pela cultura (hemocultura, cérvice, uretra, reto, faringe ou líquido sinovial). A paciente e seu parceiro também devem
ser submetidos a testes para clamídia.
Caso 27
a) Erosões (“em saca-bocado”) na 2ª, na 3ª e na 4ª interfalangianas distais das mãos.
b) O diagnóstico mais provável é gota, devendo-se lembrar o
diferencial com osteoartrite erosiva e artrite psoriásica.
DERMATOLOGIA
Caso 28
a) O pioderma gangrenoso é uma doença autoimune que se
enquadra nas dermatoses neutrofílicas e frequentemente vem
associado a outras doenças autoimunes. A lesão clássica é uma
úlcera extensa, de bordas infiltradas, eritematovioláceas, subminadas, com fundo necrótico e tecido de granulação. São profundas e atingem a derme e o tecido subcutâneo, podendo aparecer em qualquer porção do corpo. Também há um fenômeno
a ele relacionado, que é chamado de patergia – surgimento da
lesão em um ponto onde houve trauma. Responde bem ao uso
de corticoides e/ou outros imunossupressores.
Caso 29
a) Látex presente nas luvas cirúrgicas ou equipamentos.
b) O tratamento requer cefalosporina intravenosa (ceftriaxona)
até melhora clínica, seguida de cefalosporina oral.
b) Antígenos comuns entre o látex e os alimentos citados, também chamada de reação cruzada.
Caso 24
c) Epinefrina intravenosa.
a) Biópsia de artéria temporal bilateral de 4 a 6cm. Este idoso
tem sintomas clássicos de arterite temporal, cefaleia e claudicação de mandíbula com VHS marcadamente elevada. A biópsia
de 1cm é inadequada, sendo que a de 4 a 6cm aumenta a sensibilidade do método. A arterite temporal em geral responde de
forma satisfatória a altas doses de prednisona, e o não tratamento adequado leva ao risco de arterite óptica, com amaurose
irreversível.
Caso 30
Caso 25
a) Granulomatose com poliangiite (Wegener).
R3 Casos Clínicos
b) Este paciente apresenta sinusite recorrente, doença inflamatória ocular e lesão cavitária pulmonar típicas de granulomatose de Wegener. O diagnóstico definitivo é dado pela
presença de granulomas não caseosos na biópsia. Testes sorológicos incluem a presença de anticorpos anticitoplasma de
neutrófilos (ANCA-c), que têm sensibilidade de 60 a 88%. Anticorpos antiproteinase 3 são altamente sensíveis na granulomatose de Wegener (90%). Outras características incluem
estenose subglótica, glomerulonefrite pauci-imune, mononeurite múltipla e artrite. Nesta paciente, por conta da lesão
cavitária pulmonar, devem-se excluir sempre causas infecciosas (especialmente tuberculose) antes de instituir a terapia
imunossupressora.
Caso 26
a) Fusão (anquilose) de articulação sacroilíaca direita.
b) O diagnóstico mais provável, neste caso, é espondilite anquilosante.
a) Normalmente são os analgésicos opioides derivados da morfina que promovem degranulação direta dos mastócitos, levando a quadro de urticária aguda e angioedema.
Caso 31
a) Considerando que a biópsia foi realizada na lesão purpúrica dos membros inferiores, deveremos encontrar um infiltrado misto na derme e a presença de vasculite leucocitoclástica
(agressão da parede dos vasos por polimorfonucleares), além
de extravasamento de hemácias na derme. Toda púrpura palpável é indício de vasculite franca.
Caso 32
a) Nódulos eritematosos contusiformes, profundos, nos membros inferiores.
b) Sindromicamente, temos síndrome de paniculite; o eritema
nodoso é o diagnóstico etiológico. Cerca de 50% dos casos são
idiopáticos, porém, neste, suspeita-se de eritema nodoso como
manifestação de doença sistêmica (tuberculose, sarcoidose,
micose profunda). Em nosso meio, é comum eritema nodoso
pós-infecção estreptocócica, bem como pelo uso de anticoncepcionais orais. Entretanto, a anamnese descarta as 2 possibilidades.
c) - Hemograma com contagem de plaquetas;
- Biópsia da lesão cutânea;
- Proteína purificada derivada;
- Raio x de tórax.
Reumatologia
Osteoartrite
2015 - SANTA CASA-BH - CLÍNICA MÉDICA
1. Com relação à osteoartrite, assinale a alternativa correta:
a) no acometimento das coxofemorais, a cabeça do fêmur migra em direção ao acetábulo, indicando perda
da cartilagem. A migração superior ocorre em 15% dos
casos, principalmente em homens, tendendo a ser simétrica, e associa-se à displasia congênita da cabeça
femoral
b) os fármacos de ação lenta incluem diacereína, sulfato
de condroitina, sulfato de glicosamina, estratos não saponificados de soja e abacate, hialuronato e cloroquina.
Esses fármacos devem ser sempre usados para a restauração da integridade da cartilagem articular, perdida
nessa doença
c) a síndrome de Milwaukee é uma doença degenerativa
do ombro com a presença de cristais de fosfato básico
de cálcio, colágeno particulado, elevação da colagenase
e atividade de proteases no líquido sinovial
d) é uma doença que se caracteriza por alterações da
estrutura cartilaginosa de origem genética, havendo
pouca ou nenhuma correlação com outros fatores, como
distúrbios endócrino-metabólicos, sinovite inespecífica,
sinovite hiperplásica, ação enzimática decorrente da
presença de cristais e acúmulo de produtos bioquímicos
Tenho domínio do assunto
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2015 - UFPR - CLÍNICA MÉDICA
2. Um homem de 65 anos apresenta-se com quadro de
dor no joelho direito de 2 anos de evolução. A dor é caracteristicamente mecânica, sem rigidez matinal e que
piora muito ao subir e descer escadas. Ao exame físico, o
joelho direito está aumentado de volume, sem aumento
da temperatura local, com discreta restrição à extensão
total e com sensação de crepitação e dor à mobilização
passiva. O paciente traz radiografia que mostra diminuição assimétrica do espaço articular, esclerose do osso
subcondral e osteófitos no platô tibial. O paciente relata
que consegue desempenhar suas tarefas da vida diária
só com o uso constante de ibuprofeno 600mg 3x/d e lhe
pergunta se pode continuar com esse esquema de tratamento. Assinale a alternativa correta:
a) os fatores de risco mais importantes para lesão gastrintestinal por ibuprofeno incluem sintomas dispépticos
atuais, história pregressa de úlcera péptica, idade acima
de 60 anos e uso concomitante de corticosteroides
b) o uso de anti-inflamatórios da classe seletiva para
COX-2 (coxibes) diminui o risco de lesão gastrintestinal
e renal em pacientes que devem usar essa classe por
longo prazo
c) o uso de anti-inflamatórios tópicos apresenta menor
eficácia do que os sistêmicos, mas com menor risco de
efeitos colaterais
d) a prevenção da lesão gastrintestinal no uso crônico
de anti-inflamatórios é preferencialmente feita com bloqueadores dos receptores H-2 em altas doses
e) pacientes que usam ácido acetilsalicílico em baixas
doses, quando necessitam de anti-inflamatórios, devem
receber de preferência coxibes, sem a necessidade de
proteção gástrica adicional
Tenho domínio do assunto
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2015 - AMP - CLÍNICA MÉDICA
3. Um paciente de 53 anos procura atendimento por
dor e aumento do volume articular no joelho direito,
com cerca de 6 meses de evolução. A dor ocorre principalmente ao deambular, com alívio parcial ao repouso.
Tem história de obesidade e hipotireoidismo. Ao exame,
apresenta crepitação e aumento de volume difuso do joelho direito, com derrame articular discreto, sem outra
alteração articular. Considerando a hipótese diagnóstica principal, na análise do líquido sinovial, é esperado
encontrar:
a) viscosidade normal
b) contagem de polimorfonucleares >50.000/μL
c) aspecto purulento
d) glicose <20mg/dL
e) cristais com birrefringência negativa
Tenho domínio do assunto
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2015 - PUC-RS - ACESSO DIRETO/CLÍNICA MÉDICA
4. Quais são as articulações tipicamente acometidas na
artrose primária generalizada?
a) metacarpofalangianas, mediotársicas, da coluna
lombar
b) interfalangianas distais de mãos e joelhos, da coluna
cervical
Reumatologia - R3 Questões
Questões
Dermatologia
Dermatologia normal
2015 - UFSC - CLÍNICA MÉDICA
233. Com relação à morfologia das lesões cutâneas, analise as afirmativas a seguir:
I - Bolha é uma lesão circunscrita e elevada contendo
fluido seroso límpido ou hemorrágico no seu interior,
>2cm de diâmetro, como o herpes-simples.
II - Pústula é uma vesícula contendo exsudato purulento
no seu interior, como a foliculite.
III - Pápula é uma elevação sólida ou cística <1cm de diâmetro, como a acne.
IV - Urtica é uma elevação circunscrita, achatada e firme, com uma margem bem demarcada e palpável, como
a urticária.
V - Placa é uma lesão elevada >1cm de diâmetro, como
a psoríase.
Está(ão) correta(s):
a) I, II, III, IV, V
b) I, III
c) somente V
d) II, III, IV, V
e) II, IV, V
Tenho domínio do assunto
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2015 - UEPA - CLÍNICA MÉDICA
234. Uma paciente de 50 anos, menopausada, chega a
um consultório dermatológico com queixa de vermelhidão, sensação de calor e prurido na face, além do aparecimento de lesões “acneicas” nessa mesma região há
cerca de 6 meses, de forma recorrente e que se exacerbam após períodos de estresse. Ao exame físico, evidenciavam-se eritema com telangiectasias em região de
bochechas, nariz e queixo e algumas pápulas isoladas na
bochecha e no nariz. Não se viam comedões. O diagnóstico deve ser de:
a) acne da mulher adulta
b) dermatite lúpica
c) rosácea
d) dermatite atópica
e) rubéola
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2013 - AMP - ACESSO DIRETO/CLÍNICA MÉDICA
235. Com relação à terminologia descritiva da morfologia de lesões cutâneas individuais, considere as alternativas a seguir e assinale a correta:
a) erosão é a perda circunscrita da epiderme e da derme,
podendo acometer a hipoderme e tecidos subjacentes
b) dermatite de contato se manifesta a lesão tipo bolha
c) vesícula é uma lesão elevada e circunscrita, com fluido
seroso claro ou hemorrágico de menos de 1cm de diâmetro
d) nódulo é a elevação firme, circunscrita e achatada da
pele, com margens palpáveis e bem demarcadas
e) ictiose se manifesta com lesão tipo placa e urtica
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2008 - AMP - CLÍNICA MÉDICA
236. Assinale a alternativa correta com relação à associação entre a categorização morfológica das lesões e
das doenças cutâneas:
I - Lesões vesiculosas
II - Lesões pigmentadas
III - Lesões descamativas
IV - Lesões bolhosas
V - Lesões pustulosas
A - Acne vulgar, candidíase
B - Herpes-simples, disidrose
C - Impetigo, pênfigo
D - Lentigo, nevo halo
E - Psoríase, líquen simples
a) I-D, II-B, III-E, IV-A, V-C
b) I-B, II-D, III-E, IV-C, V-A
c) I-C, II-D, III-E, IV-A, V-B
d) I-B, II-E, III-D, IV-A, V-C
e) I-A, II-C, III-E, IV-D, V-B
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2008 - UEL - CLÍNICA MÉDICA
237. Com relação à definição das lesões elementares da
pele e seus exemplos, é correto afirmar que:
a) atrofia é espessamento da pele de coloração clara,
tendo como exemplos o queloide e a psoríase
b) liquenificação é a perda de substância de superfície
plana e regular, tendo como exemplos as dermatites
agudas e a hanseníase
Dermatologia - R3 Questões
Questões
Reumatologia
Osteoartrite
Questão 1. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O acometimento das coxofemorais é mais
comum no sexo masculino. A migração superior ocorre
em 78% dos casos. A displasia acetabular é mais frequente nas mulheres.
b) Incorreta. Os fármacos citados, considerados fármacos de ação lenta, constituem opção ao uso de analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio dos sintomas e
melhora da funcionalidade. Faltam evidências definitivas
do seu uso para deter ou reverter o processo de doença.
c) Correta.
d) Incorreta. A osteoartrite resulta de um dano na cartilagem articular induzida por uma complexa inter-relação
de fatores genéticos, metabólicos, bioquímicos e mecânicos.
Gabarito = C
Questão 2. A questão descreve o caso de um paciente de
65 anos com osteoartrite de joelho direito e uso crônico
de anti-inflamatório.
Analisando as alternativas:
a) Incorreta. Os fatores de risco para lesão gastrintestinal por AINEs são: definitivos – idade >65 anos, doença
ulcerosa prévia, AINEs em dose alta ou associação, uso
concomitante de anticoagulantes e/ou corticoides e doença sistêmica de base grave; possíveis: tabagismo, etilismo e Helicobacter pylori.
b) Incorreta. O uso de anti-inflamatórios da classe COX-2
possui risco de lesão gastrintestinal reduzido em relação
à classe COX-1. Porém, os efeitos adversos renais são semelhantes nas 2 classes. Tal fato é explicado devido à isoforma COX-2 ser expressa de forma induzida na mucosa
gastrintestinal e de forma constitutiva no rim, enquanto
a COX-1 é expressa de forma constitutiva nesses 2 sítios.
c) Correta. É explicada pela menor absorção da forma
tópica
d) Incorreta. A prevenção de lesão gastrintestinal no uso
crônico de AINEs é realizada, Preferencialmente, com inibidores da bomba de prótons ou misoprostol.
e) Incorreta. Em pacientes em uso de baixas doses de
AAS® e AINEs (classe COX-1 ou 2), o uso de inibidores da
bomba de prótons ou misoprostol está indicado.
Gabarito = C
Questão 3. Trata-se de um caso de osteoartrose de joelho,
quadro caracterizado por dor crônica exacerbada ao esforço e com melhora ao repouso associado à presença de
crepitação ao exame físico. Além disso, é importante notar a presença de fatores de risco para o desenvolvimento
de osteoartrose: idade, obesidade e hipotireoidismo.
Analisando as alternativas:
a) Correta. Como não se trata de líquido sinovial infeccioso, a viscosidade será normal.
b) Incorreta. Valores acima de 50.000 sugerem artrite
séptica.
c) Incorreta. Aspecto purulento também está presente
na artrite séptica.
d) Incorreta. O consumo de glicose também sugere artrite séptica.
e) Incorreta. A birrefringência negativa está presente
nos casos de gota.
Gabarito = A
Questão 4. Na osteoartrite generalizada primária, as articulações mais acometidas são: interfalangianas distais de
mãos, coluna cervical e lombar, quadris, 1ª articulação carpometacarpiana da mão (seu acometimento é chamado de
rizartrose), joelhos, 1ª articulação metatarsofalangiana.
Gabarito = B
Questão 5. Nesse caso, temos um paciente com quadro
de dor articular de longa data com agudização há 2 dias,
apresentando artrite de tornozelo, hipertensão, disfunção renal e hiperuricemia, caracterizando um quadro
agudo de gota.
Analisando as alternativas:
a) Incorreta. O alopurinol nunca deve ser iniciado durante uma crise de gota. Alteração súbita nos níveis sérios
de ácido úrico podem induzir ou exacerbar uma crise.
b) Incorreta. A hidroclorotiazida diminui a excreção de
ácido úrico, portanto não deve ser usada em pacientes
com gota. AINH é contraindicado devido à insuficiência
renal que o paciente apresenta.
c) Correta. Prednisona é a droga de escolha a pacientes
com crise de gota com contraindicação ao uso de AINHs.
Losartana é o anti-hipertensivo de escolha àqueles com
gota, pois funciona como uricosúrico. Colchicina pode
ser utilizada nas crises e em seguida mantida em doses
menores, para evitar novos episódios de exacerbação,
porém, como o paciente possui insuficiência renal, essa
droga deve ser utilizada com cautela.
Reumatologia - R3 Comentários
Comentários
Dermatologia
Dermatologia normal
Questão 233. Somente a 1ª está incorreta, pois o tamanho deve ser menor do que 1cm. As demais podem ser
aproveitadas para o estudo.
Gabarito = D
Questão 234. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. A acne da mulher adulta não tem telangiectasias.
b) Incorreta. O lúpus não tem lesões acneicas.
c) Correta. A rosácea lembra o quadro de acne, porém,
em faixa etária mais elevada, as telangiectasias faciais
são bem exuberantes, o que leva a eritema facial característico e dá nome à doença. As demais características
são comuns e podem ser assimiladas no estudo.
d) Incorreta. Dermatite atópica tem quadro eczematoso
em dobras.
e) Incorreta. Rubéola cursa com exantema generalizado.
Gabarito = C
Questão 235. Analisando as alternativas:
a) Incorreta. Erosão é uma perda superficial, podendo chegar, no máximo, à derme superficial e não à hipoderme.
b) Incorreta. Pode ter bolhas, mas não é o típico (placas,
eritema e descamação, sim).
c) Correta. A bolha é maior que 1cm.
d) Incorreta. Se o nódulo é elevado, não pode ser achatado.
e) Incorreta. Manifesta-se com descamação ictiosiforme
(tipo escamas de peixe).
Gabarito = C
Questão 236. Vesículas agrupadas são comuns no herpes
e na disidrose. As lesões pigmentadas planas são vistas
no lentigo e nevo halo (cursam com hipopigmentação); já
as descamativas são vistas em processos inflamatórios
da epiderme, como na psoríase e líquen. Lesões bolhosas
podem ser encontradas nos pênfigos e no impetigo causado por Staphylococcus (impetigo bolhoso). As pústulas
satélites são vistas na candidíase e as isoladas na acne.
Gabarito = B
Questão 237. Atrofia é um afinamento da pele como no
líquen escleroso; liquenificação é o espessamento da
epiderme como na psoríase; nódulo é uma lesão sólida
sem cavidade e a pápula tem menos de 1cm.
Gabarito = C
Doenças infectocontagiosas virais
Questão 238. Como se trata de doença exantemática e
com sinal de Köplik, sarampo é a única possibilidade. Escarlatina e rubéola são bem semelhantes, mas não apresentam o sinal. A varicela não é uma doença exantemática. A síndrome de Reed também não é exantemática – é
um quadro genético complexo.
Gabarito = E
Questão 239. Como o enunciado já apresenta o diagnóstico, sabemos que o herpes-zóster só pode ser tratado
com antivirais sistêmicos; a forma em pomada não é eficiente. Não há nenhuma contraindicação absoluta ao uso
da medicação pelos antecedentes da paciente. O fato de
as lesões se iniciarem a menos de 48 horas da consulta
também é favorável ao tratamento com aciclovir comprimido.
Gabarito = C
Questão 240. Todas estão corretas, exceto a “c”, pois a
neuralgia é realmente a complicação mais frequente, porém ela é muito mais comum em idosos.
Gabarito = C
Questão 241. Quadro típico de herpes-zóster (varicela-zóster), iniciando-se com dor prodrômica (neuralgia)
seguida do acometimento em dermátomo com lesões
vesiculosas agrupadas. Nessa fase, é muito comum a
confusão, e os pacientes procuram o pronto-socorro
diagnosticados como dor torácica aguda e/ou abdome
agudo; somente após o surgimento das vesículas é que o
diagnóstico se torna mais evidente.
Gabarito = E
Questão 242. O herpes-vírus 3 é exclusivo de humanos.
Sua primoinfecção é a varicela, e a recorrência é o zóster (lesões vesiculosas em distribuição de dermátomo).
O tratamento é feito com antivirais como aciclovir, fanciclovir e outros, e pode acelerar o tempo de cicatrização se começado nas primeiras 24 horas, o que é raro
Dermatologia - R3 Comentários
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