TÍTULO: BIORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS POR

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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: BIORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS POR PETRÓLEO EM MANGUEZAL POR
FUNGOS E BACTÉRIAS NO MUNICÍPIO DE BERTIOGA – SÃO PAULO
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: BIOMEDICINA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
AUTOR(ES): AGATHA NAGLI DE MELLO GOMES
ORIENTADOR(ES): LILIANA PATRICIA VITAL DE MATTOS
COLABORADOR(ES): SARAH PIGATTO CANOVA, THÁDYLA NAHYAN ROZÃO CYPRIANO
CATEGORIA EM ANDAMENTO
BIORREMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS POR PETRÓLEO EM
MANGUEZAL POR FUNGOS E BACTÉRIAS NO MUNICÍPIO DE BERTIOGA –
SÃO PAULO
1.
RESUMO
O presente trabalho expõe técnicas de biorremediação para o tratamento de
solos contaminados por petróleo na região estuarina do litoral de São Paulo no
município de Bertioga. E se propõe em utilizar fungos e bactérias na
descontaminação de substratos presentes no petróleo e compreender como que se
dá a identificação e isolamento de micro-organismos biodegradadores. A
metodologia a ser empregada visa, por meio de análises físico-química e biológica:
recognição taxonômica e a separação dos mesmos com o intuito de uma possível
degradação dos hidrocarbonetos contaminantes do manguezal.
PALAVRAS-CHAVE: Biossurfactante; Biodegradação; HPA.
2.
INTRODUÇÃO
Os manguezais são ecossistemas com particularidades que se estabelecem
em regiões tropicais e costeiras, têm sua origem a partir da confluência de águas
doces e salgadas, originando águas salobras (LAMPARELLI, 1999). Recentemente
o processo de industrialização em concomitância com o crescimento econômico vem
acompanhado de riscos como o aumento na poluição. Estes impactos levam ao
desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos para remoção de sedimentos
contaminados, deste modo, estudos têm reportado que comunidades de microorganismos, como certas bactérias e determinados fungos, têm considerável
potencial de biorremediação de sedimentos contaminados com óleo (OLIVEIRA et
al, 2007).
3.
OBJETIVO
Agregar informações sobre a utilização de fungos e bactérias na
biorremediação.
4.
METODOLOGIA
Amostras foram coletadas de três pontos diferentes do manguezal do
município de Bertioga- SP, sendo ponto A: franja, ponto B: zona intermediária e
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CATEGORIA EM ANDAMENTO
ponto C: restinga, esta coleta foi realizada por meio de uma perfuração do solo de 5,
15 e 25 cm de profundidade com tubos de PVC com sete centímetros de diâmetro,
cada ponto com cinco repetições. Para o isolamento dos micro-organismos, das
amostras coletadas nos tubos foram retiradas frações de 1g do sedimento nas
profundidades de 5, 15 e 25 cm. Este foi suspenso em 9 mL (1:10) de água destilada
esterilizada realizadas diluições seriadas em solução salina (10-1 a 10-5). De cada
uma as diluições foram retirados 100 μL e semeados em placas contendo o meio de
cultivo Amido Caseína (AC) para bactérias, Meio Batata Dextrose e cloranfenicol
para isolamento de fungos filamentosos e Bushnell Hass (BH) sendo para todos os
meios foram adicionados 1% de petróleo e 2% de NaCl sob agitação de 200 g
(gravitacional), durante 21 dias As culturas foram incubadas por 30 dias a 28ºC.
Para o isolamento dos micro-organismos, foram retiradas, a cada sete dias,
alíquotas de 10 mL dos meios estas foram cultivadas em meio BH sólido, Amido
caseína Agar (ACA) e Batata dextrose Agar e cloranfenicol (BDA+C) suplementado
com 1% de petróleo e 2% de NaCl. As colônias isoladas e estriadas em placas de
Petri, Tryptic Soy Agar (TSA) para bactérias e Sabouraud para fungos filamentosos.
Após o período de incubação a 30°C por 7 dias para fungos e 37°C por 2 dias para
bactérias.
Após
esse
isolamento
os
fungos
serão
caracterizados
macroscopicamente, e as bactérias caracterizadas por meio da técnica de coloração
de Gram. Esta caracterização preliminar dos isolados tem como objetivo apenas
diferenciá-los para o teste de biodegradação pois o potencial de degradação do
petróleo por bactérias e fungos filamentosos serão avaliadas segundo Hanson et al.
(1993). A técnica consiste na utilização do indicador redox 2,6 diclorofenol-indofenol
(DCPIP) em meio mineral BH com um derivado de petróleo em uma microplaca.
5.
Os
DESENVOLVIMENTO
hidrocarbonetos
policíclicos
aromáticos
(HPA)
encontrados
em
sedimentos são considerados poluentes para o meio ambiente por afetarem a flora e
fauna ao acumular elementos tóxicos nas cadeias alimentares (LIU et al., 2001). Os
tratamentos biológicos, denominados de biorremediação consistem basicamente em
um processo natural onde os micro-organismos degradam os contaminantes
ambientais em formas menos tóxicas (VIDALI, 2001), ao longo dos anos tem
demonstrando solução efetiva para a eliminação de diversos poluentes, entre eles
os produtos do petróleo, óleo bruto e graxas. A biodegradação dos hidrocarbonetos
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de petróleo ocorre através de reações de oxi-redução, nas quais os contaminantes
são oxidados na presença de certos receptores de elétrons.
Diversas bactérias
foram descritas como responsáveis por processos de biorremediação de petróleo e
derivados, entre elas: Pseudomonas, Mycobacterium, Acinetobacter sp. Serratia
marcescens (WONGSA et al., 2004). As principais espécies que assimilam
hidrocarbonetos, os fungos do gênero Aspergillus e Penicillium, contudo esta
característica é uma propriedade individual da espécie e não necessariamente uma
característica particular do gênero.
6.
RESULTADOS PRELIMINARES
Foram isolados um total de 64 micro-organismos destes 60% foram de
bactérias, 33 % de leveduras e 7% de fungos filamentosos. Ainda faltam ser
realizados os testes de identificação microbiana bem como analise para verificar a
degradação dos hidrocarbonetos.
7.
FONTES CONSULTADAS
LAMPARELLI, C.C.; MOURA, D. O. Mapeamento dos ecossistemas costeiros do
Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente - CETESB,
1999. 108p.
LIU, K.; HAN, W.; PAN, W-P.; et al.
Polycyclic aromatic hydrocarbon (PAH)
emissionsfrom coal fired pilot FBC system. J. Hazard. Mater., v. 84, p. 175188, 2001).
OLIVEIRA C. R., VECCHIA, I.. D., MADUREIRA, L. A. S. Avaliação da
biodegradação de pireno pela microbiota nativa de manguezais da ilha de
Santa Catarina, Brasil. Geochim. Brasil., v. 21, n.3, p. 274 - 281, 2007.
VIDALI, M. Bioremediation: An overview, Journal of Applied Chemistry, v.73, n.7,
p.1163-1172, 2001.
WONGSA, P.; TANAKA, M.; UENO, A.; HASANUZZAMAN, M.; YUMOTO, I.;
OKUYAMA, H. Isolation and Characterization of Novel Strains of Pseudomonas
aeruginosa and Serratia marcescens Possessing High Efficiency to Degrade
Gasoline, Kerosene, Diesel Oil and Lubricating Oil. Current Microbiology, v. 49,
p. 415–422, 2004.
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