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Alunos: Erika Karla da Silva
Wendell Rafael Silva da Nóbrega
Therence Yves Pereira Barros da Silva
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO......................................................................................4
2 - O CEREBELO.......................................................................................5
3 – CONCLUSÃO.......................................................................................8
4 – ANEXOS E APÊNDICES......................................................................9
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA.........................................................11
INTRODUÇÃO
Classicamente considerado responsável pela coordenação motora, o
cerebelo tem sido ultimamente implicado também em funções congnitivas. Estudos
anatômicos sugerem que o cerebelo possa estar ligado a áreas associativas dos
hemisférios cerebrais, através de um circuito em ansa fechada.
O texto a seguir tem o objetivo de mostrar toda a anatomia do cerebelo,
buscando foco em seus ramos, lobos, lóbulos e fissuras. Procurando também
mostrar patologias que envolvem o órgão em toda sua generalidade.
O CEREBELO
O Sistema Nervoso (SN) Humano é composto por regiões distintas onde cada
uma possui funções interdependentes, com múltiplos sistemas menores
desenvolvendo uma complexa rede de informações somato-sensoriais, autonômicas
e motoras somáticas. O controle somático e motor trabalham através de receptores
que enviam, por fibras aferentes, estímulos sensoriais e recebem a ação do
movimento
por
fibras
eferentes
gerando
respostas
motoras.
O SN divide-se em periférico (SNP), que corresponde às raízes nervosas, e
central (SNC), que corresponde à medula e ao encéfalo. Estes sistemas possuem
uma comunicação através da medula, onde ocorre o circuito dos impulsos nervosos.
O SNC envolve quatro regiões importantes: tronco cerebral, gânglios da base,
cerebelo e córtex cerebral, que determinam o controle do movimento, a
sincronização, a coordenação e o aprendizado.
Órgão do Sistema Nervoso supra-segmentar, o Cerebelo, situa-se na parte
dorsal do metencéfalo e dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo na formação
do tecto do quarto ventrículo. Acima da fossa cerebelar do osso occipital, o cerebelo
está separado do lobo occipital por uma prega da dura-máter, denominada tenda do
cerebelo.
O Cerebelo possui uma porção ímpar e mediana chamada Vermis, ligado a
duas massas laterais, os Hemisférios Cerebelares. Na face superior dos hemisférios
o vermis é pouco separado, mas na face inferior a separação é bem definida por
dois
sulcos
evidentes.
A divisão do cerebelo é feita por fissuras de orientação transversal
correspondendo
a
cada
lóbulo
de
sua
estrutura.
Os lóbulos recebem dominações diferentes no vermis e nos hemisférios. Os
hemisférios são divididos em Hemisfério Superior (Lobo Rostral) e Hemisfério
Posterior (Lobo Caudal) pela fissura Primária, considerada a mais profunda de todas
as
fissuras
do
cerebelo.
O vermis é dividido em nove lóbulos, delimitados por fissuras: lóbulo língula
(fissura pré-central), lóbulo central (fissura pré-culminar), lóbulo culmen (fissura
prima), lóbulo declive (fissura pós-clival), lóbulo folium (fissura horizontal), lóbulo
tuber (fissura pré-piramidal), lóbulo pirâmide (fissura pós-piramidal), lóbulo úvula
(fissura
póstero-lateral)
e
lóbulo
nódulo.
Cada lóbulo do vermis é referente a uma estrutura dos hemisférios. O
hemisfério superior está referente a língula, lódulo central e o culmen. No hemisfério
superior a língula não tem correspondente, mas referente ao lódulo central é a Asa
do Lóbulo Central, referente ao culmen está a Parte Superior do Lóbulo
Quadrangular. O hemisfério posterior é referente aos lódulos do declive, folium,
tuber, pirâmide, úvula e o nódulo. Todos os lóbulos têm correspondente no
hemisfério posterior: referente ao lóbulo declive é a Parte Posterior do Lóbulo
Quadrangular, referente ao folium está Lóbulo Semilunar Superior, referente ao
túber está o Lóbulo Semilunar Inferior, referente à pirâmide está Lóbulo Biventre,
referente à úvula está a Tonsila e referente ao nódulo está o Flóculo. Estas
subdivisões lobulares só podem ser identificadas no Cerebelo através de um corte
sagital
mediano.
O Cerebelo possui ainda estruturas separadas importantes, como
Pedúnculos Cerebelares que fazem ligações com o Tronco Cerebral e divide-se em
inferior, que se liga ao Bulbo, médio, que se liga à Ponte e superior, que se liga ao
Mesencéfalo e possui também dois Véus Medulares, superior e inferior, que
contribuem com a formação do quarto ventrículo.
A principal característica funcional do cerebelo é sua capacidade
moduladora da atividade motora. O cerebelo processa informações tanto motora
como sensoriais no seu córtex. Ele modula a atividade motora através da
codificação de alterações da frequência de descarga de potenciais de ação dos
núcleos cerebelares.
Cada parte funcional do cerebelo ( arqui, paleo e neocereblo ) está
relacionada com um parâmetro da função motora, e cada parte utiliza núcleos
cerebelares específicos O cerebrocerebelo ( neo ) está mais relacionado com o
planejamento motor e utiliza o núcleo denteado, o espinocerebelo ( paleo ) se
relaciona com a coordenação e correção do movimento e utiliza o núcleo interpósito,
e o vestíbulo-cerebelo se relaciona com a manutenção do equilíbrio e da postura
durante todo o processo.
A ação motora provoca sinais aferentes ao cerebelo. Estes sinais chegam
principalmente pelos tractos espinho-cerebelares que em geral se dirigem
principalmente ao córtex do espino-cerebelo e ao núcleo interpósito. Esse núcleo
vai, então, comparar o plano motor feito pelo denteado com o ato que está sendo
executado e fazer as correções devidas. A informação vai retornar ao córtex motor
ou ao núcleo rubro, e através dessas estruturas vai ocorrer a modulação do ato
motor.após o seu início ( via tractos córtico-espinhal e rubro-espinhal ).
Independentemente de estarmos parados ou em movimento, estamos sempre
mantendo o equilíbrio e a postura necessária para executarmos qualquer atividade.
O cerebelo participa disso através da modulação das informações, relacionadas com
a localização das partes do corpo, que chegam ao arquicerebelo. Depois de
elaboradas, o cerebelo envia informações através dos núcleos fastigiais ou
diretamente através das células de Purkinje para os núcleos vestibulares e os
núcleos da formação reticular do tronco cerebral. Daí partem os tractos reticulo e
vestíbulo-espinhal que inervam a musculatura proximal e do esqueleto axial
mantendo a postura.
Ataxia, do grego ataxis, quer dizer sem ordem ou incoordenação, é um
sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico. Ataxia significa a perda de
coordenação dos movimentos musculares voluntários; é um termo que cobre uma
grande variedade de desordens neurológicas e, portanto, pode fazer parte do quadro
clínico de numerosas doenças do sistema nervoso. Algumas formas de ataxia são
mais comuns que outras e têm até nomes específicos, como por exemplo a ataxia
de Friedreich, a mais comum entre as ataxias. Algumas ataxias são causadas por
uma anormalidade genética e com freqüência os primeiros sintomas aparecem na
infância (early onset). Outras formas podem aparecer até a metade da vida e são
então conhecidas como de iniciação tardia (late onset). Geralmente, todo esse grupo
de desordens neurológicas é conhecido como ataxia degenerativa porque os
sintomas se agravam com o passar do tempo.
A ataxia é mais freqüentemente causada por uma perda da função do
cerebelo, a parte do cérebro que serve como centro de coordenação, localizado na
parte inferior e de trás da cabeça, na base do cérebro. O lado direito do cerebelo
controla a coordenação do lado direito do corpo e o lado esquerdo controla a
coordenação do lado esquerdo. A parte central do cerebelo é responsável pela
coordenação dos complexos movimentos de andar. Outras partes do cerebelo
ajudam a coordenar o movimento dos olhos, da fala e da deglutição.
CONCLUSÃO
Ao término do trabalho, concluímos que o cerebelo, órgão do sistema nervoso
supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente
ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Repousa
sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital por uma
prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Ampliamos os nossos
conhecimentos sobre a morfologia, parte histórica e de patologias sobre o órgão
essencial na coordenação dos movimentos, o cerebelo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
●MACHADO, ÂNGELO. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/ São Paulo:
Atheneu, 1991.
●TORTORA, Gerrard J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto
Alegre: Artmed . 2006.
●Cerebelo
[http://www.geocities.com/epamjr/neuro/cerebelo.html]
Visitado dia: 01/04/2011
●Neurologia – Cerebelo
[http://www.auladeanatomia.com/neurologia/cerebelo.html ]
Visitado dia: 03/04/2011
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