Por que estudamos proteínas? Luis Felipe Santos Mendes Laboratório de Biofísica Molecular – DF – FFCLRP - USP O programa de pós-graduação em física aplicada à medicina e biologia se subdivide em três categorias principais intituladas “Física Médica”, “Biofísica Molecular” e “Física de sistemas complexos” (http://prpg.usp.br/famb//paginas/mostrar/3211). Dentro da categoria “Biofísica Molecular” se encontra o grupo de Biofísica Molecular que trabalha com, entre outros projetos, o estudo de estrutura-função-interações de proteínas e peptídeos. Mas o que são proteínas e qual é a relevância de se estudar essas macromoléculas biológicas no contexto de física aplicada à medicina e biologia? De forma a responder essas questões, serão apresentados os resultados obtidos pelo palestrante ao longo do seu doutorado e que mostram o como o físico pode auxiliar na solução de diversos problemas em biologia estrutural e celular. O primeiro exemplo envolve a Golgi Re-Assembly and Stacking Protein (GRASP), uma proteína que tem sido implicada em uma série de funções tanto em mecanismos de secreção nãoconvencional quanto de estruturação e organização do aparato de Golgi e cujo estudo visa contribuir com a definição de um possível alvo contra a criptococose e a fibrose cística. O segundo exemplo envolve a dinâmica de interação entre a Acyl CoA Binding Protein (ACBP) com o seu ligante natural acil-CoA éster. Essa proteína é responsável pelo tamponamento celular e delivery de acil-CoA ésteres, moléculas essas que são substratos para uma série de reações enzimáticas importantes e que desempenham um papel central no metabolismo atuando como reguladores alostéricos de uma série de enzimas. Contato: [email protected]