Análise da inserção Alu c.156_157insAlu e de ancestralidade em

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Análise da inserção Alu c.156_157insAlu e de
ancestralidade em pacientes com síndrome de câncer
de mama e/ou ovário hereditário na Bahia
Abe-Sandes, C1,2; Abe-Sandes, K1, 3; Machado, TMB; Toralles, MBP1, 4; Meyer, L1,6; Romeo, M4; Canguçú,
AKF4; Freire, SM1; Garicochea, B5; Meyer, R1; Nascimento, I1
Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Universidade Federal da Bahia - UFBA, Salvador, BA
Universidade Federal da Bahia
3
Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia, UNEB, Salvador, BA
4
Serviço de Oncogenética, Hospital Universitário Professor Edgar Santos, UFBA, Salvador, BA
5
Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC, RS
6
Faculdade de Tecnologia e Ciências, FTC
[email protected]
1
2
Palavras-chave: inserção Alu, câncer de mama; câncer hereditário, ancestralidade, BRCA2
Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários e 80% destes são devido a mutações germinativas
pontuais e/ou grandes rearranjos genômicos, nos genes BRCA1 e BRCA2. Os grandes rearranjos representam de
8% a 40% de todas as mutações no gene BRCA1, mas apenas sete rearranjos foram descritos no BRCA2 em famílias
com história para câncer de mama e/ou ovário hereditários. Estima-se que uma em 600 mutações causadoras
de doenças são inserções Alu. A inserção Alu c. 156_157insAlu no gene BRCA2, é o rearranjo mais frequente em
pacientes portugueses com câncer de mama e ovários hereditários e foi considerada por Machado et. al. 2007
como uma mutação fundadora portuguesa. Com objetivo de identificar a inserção Alu c. 156_157insAlu e estimar
a ancestralidade genômica 86 pacientes com câncer de mama e/ou ovário e com história familiar positiva,
atendidas no Ambulatório de Oncogenética do Hospital Universitário Professor Edgar Santos (HUPES-UFBa)
foram analisadas. Todas as pacientes foram avaliadas pelo geneticista clínico, pelo psicólogo e assinaram o termo
de consentimento livre e esclarecido, antes da coleta do material biológico. O DNA genômico, foi extraído a
partir de 5 ml de sangue periférico, com o auxílio do Gentra Blood Kit® segundo as recomendações do fabricante e
estocado à temperatura de -20ºC. A mutação c.156_157insAlu foi analisada por PCR (Polimerase Chain Reaction)
utilizando primers específicos para a inserção. Para estimar a ancestralidade foram estudados sete marcadores
informativos de ancestralidade – AIMs (AT3, APO, Sb19.3, PV92, CKMM, FYnull e LPL) e o cálculo realizado no
programa ADMIX. A estimativa de mistura mostrou 71,1% de contribuição européia, 22,6% africana e 6,4%
ameríndia. Apesar da contribuição européia predominante e de 32,53% das pacientes terem referido ancestralidade
portuguesa não encontramos esta mutação em nenhuma das amostras analisadas. A ausência da inserção Alu
possivelmente é devido à região de origem dos migrantes portugueses que vieram para a Bahia e/ou efeito fundador.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPEX
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