Resumo 6º ano – 04 – Planeta Terra – Evolução

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Evolução da Terra e fenômenos
geológicos
ESTRUTURA DA TERRA
O interior da Terra divide-se em três
partes quimicamente diferentes:
crosta, manto e núcleo, de maneira
semelhante à composição de um
ovo.
A crosta terrestre – tipos de rochas
A crosta é a porção externa, fina e rígida da Terra. Embora seja composta de material rochoso,
é muito frágil em resistência. Nosso planeta possui uma crosta continental e uma oceânica que
diferem em espessura, densidade e tipo de rochas.
A crosta continental possui as rochas mais antigas já encontradas (4 bilhões de anos). A
relativamente jovem crosta oceânica compõe-se de material rochoso pesado; pelo fato de
prevalecerem os compostos de silício e magnésio, ela também é conhecida como “SiMa”. O
material da crosta continental é menos denso, composto de granito com alto conteúdo de
silício e alumínio (“SiAl”).
As rochas são compostas por um agregado sólido de minerais. As primeiras rochas da Terra
foram formadas a partir do resfriamento superficial do magma, fazendo com que a rocha
derretida cristalizasse, essas rochas são chamadas magmáticas ou ígneas.
Quando essa rocha sofre mudanças na estrutura cristalina original (mineralogia, textura ou
composição química), devido a mudanças de pressão ou temperaturas altas o bastante para as
rochas modificarem, seja por recristalização ou por reações químicas, surgem as rochas
metamórficas.
As rochas sedimentares, mais abundantes na superfície da Terra, são formadas pela
compactação de sedimentos produzidos pelo intemperismo (sedimentação), isto é, a
desagregação física, dissolução química ou decomposição biológica das rochas em fragmentos
de vários tamanhos.
O manto
Em média, o manto tem 2.850 km de espessura e representa aproximadamente 68% da massa
da Terra. Sua camada superior consiste em material rochoso e, junto com a crosta sólida,
forma a litosfera. Há, no manto terrestre, alguns pontos mais quentes que o restante,
chamados de hot spots (pontos quentes). Nesses locais, o material do manto tende sempre a
subir e atravessar a crosta. Quando ele consegue isso, forma-se na superfície da Terra
um vulcão.
O núcleo
O núcleo é composto basicamente de ferro (80%) derretido, alcançando uma temperatura de
até 6.000°C. Acredita-se que o núcleo terrestre seja formado de duas porções, uma externa, de
consistência líquida, e outra interna, sólida e muito densa.
Apesar de a Terra ter se formado como um planeta completo a bilhões de anos, ela nunca
permaneceu em seu estado original. Ao longo das eras varias mudanças ocorreram que
alteraram a face do planeta e transformaram sua atmosfera e clima.
De todas as forças transformadoras responsáveis por essas mudanças, algumas foram rápidas
e ocasionais dependendo da “sorte do planeta” e outras foram de ação lenta, constante e
duradoura, atuando até os dias de hoje. Neste ultimo caso podemos citar os exemplos do
tectonismo de placas e da ocorrência da vida que lentamente moldaram o nosso mundo de
uma bola venenosa de rocha, lava e mares rasos para o planeta agradável de hoje.
FORMAÇÃO DOS CONTINENTES
Apesar da atual divisão do mundo em continentes parecer uma situação estática, se nos
basearmos em um referencial de milhões de anos, tudo indica que não é bem assim.
Segundo a Teoria da Deriva dos Continentes, existe um movimento, imperceptível para os
nossos olhos, mas detectável pela tecnologia moderna, que faz com que os continentes se
desloquem lentamente, flutuando sobre o oceano de lava do manto de maneira semelhante a
um barco se movendo em uma corrente marinha. Essa teoria foi proposta em 1912 pelo
alemão Alfred Wegener, que observou o recorte da costa leste da América do Sul e o
comparou com a da costa oeste da África e notou algumas semelhanças, como se os dois lados
tivessem um dia estado juntos.
Em determinada época, há centenas de milhões de anos, todos os continentes formavam um
só bloco, a Pangeia. Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas a
Pangeia dividiu-se inicialmente em duas partes: Gondwana e Laurásia. Daí para frente, as
partes foram fragmentadas, até assumir a forma atual.
Teoria da tectônica de placas
A tectônica de placas é uma teoria geológica sobre a estrutura da litosfera. A teoria explica o
deslocamento das placas tectônicas que formam a superfície terrestre, assim como a formação
de cadeias montanhosas, as atividades vulcânicas e sísmicas e a localização das grandes fossas
submarinas. Dessa forma, a crosta está dividida em muitos fragmentos, as placas tectônicas.
As placas flutuam sobre o manto, mais precisamente sobre a astenosfera, uma camada
bastante maleável situada abaixo da crosta. Movimentam-se continuamente, alguns
centímetros por ano. Em algumas regiões do globo, duas placas se afastam uma da outra e em
outros, elas se chocam. Acredita-se que o motor da tectônica de placas seja a corrente de
convecção – material quente que sobe e material frio que desce produzida por essa troca.
Os continentes continuam se movendo até hoje. A teoria da Tectônica de Placas, que
aperfeiçoou a Teoria da Deriva Continental, é, atualmente, a forma mais aceita de se explicar a
formação dos continentes.
Atmosfera
Atmosfera é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera
terrestre ela é composta por inúmeros gases que ficam retidos por causa da força da gravidade
e do campo magnético que envolve a Terra.
No início da formação do planeta Terra a atmosfera era composta basicamente por gases
Metano, amônia, nitrito, vapor de água e dióxido de carbono (mistura altamente toxica para
nós seres humanos), resultantes das constantes erupções e colisões na superfície inóspita da
terra primitiva, além dos que eram expelidos por rachaduras na crosta terrestre.
Então, em uma segunda fase, surgem os
primeiros organismos vivos, bactérias
simples, que às vezes se uniam em colônias
chamadas estromatólitos e eram capazes de
realizar fotossíntese, processo bioquímico
que transforma dióxido de carbono e água
em oxigênio e açucares simples absorvendo
luz solar (hoje realizado pelos vegetais e
algumas algas).
Como ocorreu a origem desses primeiros organismos vivos ainda hoje não é bem entendido.
Alguns estudiosos acreditam que as moléculas básicas que compões esses organismos foram
espalhadas no oceano primitivo da Terra, trazida do espaço por cometas, enquanto outros
acreditam que pelo menos uma parte dessas moléculas foram produzidas na Terra pela ação
da forte radiação solar e de relâmpagos sobre o ar primitivo da Terra.
Qualquer que seja a sua origem esses primeiros seres vivos são responsáveis por uma das
maiores transformações causadas no planeta por algum organismo vivo até hoje: a atmosfera
foi enormemente modificada, de uma mistura gasosa completamente impropria para nós,
tornando-se saturada de oxigênio. Ironicamente, os primeiros organismos a realizar a
fotossíntese eram anaeróbios (organismo que vivem sem oxigênio e morrem na presença
dele), e são extintos. Alguns organismos, entretanto, continuaram evoluindo e se adaptaram a
nova atmosfera cheia de oxigênio.
Atualmente, o nitrogênio e o oxigênio juntos, somam cerca de 99% dos gases que compõem a
atmosfera terrestre. O oxigênio é consumido pelos seres vivos através do processo de
respiração e transformado em dióxido de carbono e vapor de água que serão depois
reabsorvidos pelos organismos vivos em um ciclo continuo. O dióxido de carbono será
consumido no processo de fotossíntese, e o vapor de água, responsável, por redistribuir o
calor solar, produzir o efeito estufa e causar as chuvas, será novamente consumido pelos
organismos vivos na sua forma líquida.
Outros gases que compõem a atmosfera terrestre são: dióxido de carbono, argônio, metano,
óxido nitroso, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido e dióxido de nitrogênio, os
clorofluorcarbonos, ozônio, e outros que integram o 1% restante da atmosfera.
Para fins de estudos a atmosfera terrestre é dividida em algumas camadas de acordo com a
variação das transições de temperatura:
A troposfera, que geralmente se estende a 12 km (entre 20 km no equador e 8 km nos polos).
É nesta camada que acontecem praticamente todos os fenômenos que influenciam o tempo.
A estratosfera, estende-se até aproximadamente 50 km com temperaturas parecidas com as
da troposfera até o limite de 20km. Esta camada é mais quente por causa do ozônio que se
acumula e que absorve os raios ultravioletas.
Na mesosfera, a temperatura novamente diminui. Esta camada vai até cerca de 80 km. A esta
altura, a temperatura chega a -90°C!
E a termosfera, que não possui um limite inferior
muito bem definido. Aqui as moléculas se agitam
com uma velocidade enorme, o que significaria uma
temperatura altíssima. Entretanto, a concentração
dessas moléculas é muito baixa o que diminui
drasticamente a quantidade de energia que essas
moléculas poderiam transmitir para qualquer corpo
que se encontrasse ali, anulando, de certa forma, a
temperatura. A termosfera, por sua vez,
compreende uma camada situada entre 80 a 900
km, chamada de ionosfera.
A ionosfera, como o próprio nome já diz, é
composta por uma infinidade de íons criados a
partir da radiação solar que incide nas moléculas de
oxigênio e nitrogênio. A ionosfera é composta por
três camadas (da mais próxima a mais distante) D, E
e F que possuem concentrações diferentes de íons.
Durante a noite as camadas D e E praticamente
desaparecem, porque não há incidência de raios
solares e, consequentemente, não há formação de
íons. Ou seja, durante a noite, os íons se
recombinam formando novamente as moléculas de
oxigênio e nitrogênio. Mas, à noite ainda há incidência de raios solares, mesmo que de menor
intensidade, o que explica porque a camada F não se extingue também.
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