ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. anteriormente denominada ZON MULTIMÉDIA – SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES E MULTIMÉDIA, SGPS, S.A. (“ZON”) até ao registo da fusão por incorporação da OPTIMUS – SGPS, S.A. (“OPTIMUS”) na ZON (“Fusão”) Sociedade Aberta Sede: Rua Ator António Silva, n.º 9, Campo Grande, Lisboa Número de matrícula na C.R.C. de Lisboa e de identificação de pessoa coletiva: 504 453 513 Capital social integralmente subscrito e realizado: EUR 5.151.613,80 DOCUMENTO INFORMATIVO PARA EFEITOS DA ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO NO EURONEXT LISBON GERIDO PELA EURONEXT LISBON – SOCIEDADE GESTORA DE MERCADOS REGULAMENTADOS, S.A. DE 206.064.552 NOVAS AÇÕES COM O VALOR NOMINAL UNITÁRIO DE EUR 0,01 EMITIDAS NO ÂMBITO DO AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL REALIZADO POR EFEITO DA FUSÃO Documento considerado pela CMVM equivalente a um prospeto de admissão de ações à negociação em mercado regulamentado, para efeitos da alínea a) do n.º 2 do artigo 134.º ex vi alínea a) do n.º 2 do artigo 236.º, ambos do Código dos Valores Mobiliários 5 de setembro de 2013 -1- ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 1.1 DEFINIÇÕES ................................................................................................................. 6 1.2 ENQUADRAMENTO ..................................................................................................... 8 1.3 ADVERTÊNCIAS........................................................................................................... 9 1.4 RESPONSÁVEIS ........................................................................................................ 12 1.5 FATORES DE RISCO ................................................................................................. 16 1.5.1 Fatores de Risco advenientes da Fusão ............................................................. 16 1.5.2 Fatores de Risco em relação à Emitente e à sua atividade ................................ 19 2. FUSÃO ................................................................................................................ 21 2.1 DESCRIÇÃO ............................................................................................................... 21 2.1.1 Identificação das sociedades participantes ......................................................... 21 2.1.2 Modalidade, motivos e objetivos ......................................................................... 21 2.1.3 Relação de troca ................................................................................................. 24 2.1.4 Efeitos da Fusão .................................................................................................. 25 2.2 PROCESSO DE FUSÃO ............................................................................................. 25 2.2.1 Aprovação do Projeto de Fusão .......................................................................... 25 2.2.2 Deliberação de não oposição à Fusão por parte das assembleias gerais de obrigacionistas e não oposição por parte dos credores...................................................... 26 2.2.3 Deliberação da CMVM sobre a derrogação do dever de lançamento de OPA obrigatória ............................................................................................................................ 26 2.2.4 Autorizações, notificações e formalidades administrativas aplicáveis ou necessárias à concretização da Fusão ............................................................................... 27 2.2.5 Decisão de não oposição da Autoridade da Concorrência ................................. 27 2.2.6 Ato de Fusão e registo comercial da Fusão ........................................................ 28 2.2.7 Admissão à negociação das Novas Ações .......................................................... 28 2.3 ENQUADRAMENTO FISCAL APLICÁVEL À FUSÃO ................................................ 28 3. INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA EMITENTE ................................................................................................................. 30 4. 3.1 ATIVIDADE DA EMITENTE ......................................................................................... 30 3.2 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PROFORMA DA EMITENTE ................................. 31 3.3 PARECER SOBRE AS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PROFORMA DA EMITENTE 39 INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA ZON ... 42 4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 42 -2- 4.2 PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA ZON: TELEVISÃO POR SUBSCRIÇÃO, BANDA LARGA E VOZ ........................................................................................................... 44 4.2.1 Triple Play ............................................................................................................ 45 4.2.2 Televisão ............................................................................................................. 46 4.2.3 Banda larga fixa ................................................................................................... 48 4.2.4 Voz fixa ................................................................................................................ 49 4.2.5 Voz e banda larga móvel ..................................................................................... 50 4.2.6 Empresarial ......................................................................................................... 50 4.2.7 Rede e tecnologia ................................................................................................ 51 4.2.8 Marca ZON .......................................................................................................... 51 4.2.9 Outros negócios .................................................................................................. 52 4.3 RESUMO DA PERFORMANCE OPERACIONAL DA ZON POR REFERÊNCIA A 30 DE JUNHO DE 2013 ............................................................................................................... 55 4.4 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS.................................................................................. 56 4.5 HISTORIAL FINANCEIRO DA ZON ............................................................................ 58 4.6 ANÁLISE DA EXPLORAÇÃO E DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA ZON ................... 59 4.6.1 Evolução dos principais indicadores financeiros ................................................. 60 4.6.2 Informação financeira intercalar – primeiros semestres de 2012 e 2013 ........... 67 4.7 REVISÃO OFICIAL DE CONTAS E AUDITORIA EXTERNA ..................................... 67 4.7.1 Identificação dos revisores oficiais de contas e auditores externos da ZON...... 67 4.7.2 Auditoria das informações financeiras ................................................................ 68 4.8 PERÍODO COBERTO PELAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS AUDITADAS ......... 68 4.9 ZON ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NA SITUAÇÃO FINANCEIRA OU COMERCIAL DA 69 4.10 DEPENDÊNCIA PARA COM AS ENTIDADES DO GRUPO ZON ............................. 69 5. INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA OPTIMUS ................................................................................................................... 70 5.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 70 5.2 PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA OPTIMUS ................................................... 71 5.2.1 Segmento Móvel Particulares ............................................................................. 71 5.2.2 Segmento Fixo Residencial ................................................................................. 73 5.2.3 Segmento Corporate ........................................................................................... 74 5.2.4 Segmento PME’s ................................................................................................. 75 5.2.5 Segmento de Wholesale ..................................................................................... 75 5.2.6 Rede .................................................................................................................... 76 5.2.7 Serviço ao Cliente ............................................................................................... 77 5.3 RESUMO DA PERFORMANCE OPERACIONAL DA OPTIMUS POR REFERÊNCIA A 30 DE JUNHO DE 2013 ....................................................................................................... 80 5.4 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS.................................................................................. 80 -3- 5.5 HISTORIAL FINANCEIRO DA OPTIMUS ................................................................... 81 5.6 ANÁLISE DA EXPLORAÇÃO E DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA OPTIMUS .......... 82 5.6.1 Evolução dos principais indicadores financeiros da OPTIMUS .......................... 84 5.6.2 Informação financeira intercalar – primeiros semestres de 2012 e 2013 ........... 90 5.7 REVISÃO OFICIAL DE CONTAS E AUDITORIA EXTERNA ..................................... 90 5.7.1 Identificação dos revisores oficiais de contas e auditores externos da OPTIMUS 90 5.7.2 Auditoria das informações financeiras ................................................................ 91 5.8 PERÍODO COBERTO PELAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS AUDITADAS ......... 92 5.9 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NA SITUAÇÃO FINANCEIRA OU COMERCIAL DA OPTIMUS ................................................................................................................................ 92 5.10 6. DEPENDÊNCIA PARA COM ENTIDADES DO GRUPO OPTIMUS .......................... 92 INFORMAÇÃO ADICIONAL SOBRE A EMITENTE............................................ 93 6.1 ESTRUTURA ORGANIZATIVA ................................................................................... 93 6.2 ACIONISTAS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS .......................... 94 6.2.1 Listagem de Titulares de Participação Qualificada ............................................. 94 6.2.2 Transações com partes relacionadas ................................................................. 95 7. 6.3 ACORDO PARASSOCIAL RELATIVO À ZOPT ......................................................... 95 6.4 GOVERNO SOCIETÁRIO ........................................................................................... 97 INFORMAÇÃO SOBRE AS AÇÕES DA EMITENTE .......................................... 99 7.1 IDENTIFICAÇÃO, MONTANTE E FORMA DE REPRESENTAÇÃO ......................... 99 7.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ......................................................................................... 99 7.3 DIREITOS INERENTES .............................................................................................. 99 7.3.1 Direito à Informação ............................................................................................ 99 7.3.2 Direito de Participação nos Lucros .................................................................... 101 7.3.3 Direito de Participação nas Assembleias Gerais e Direito de Voto .................. 102 7.3.4 Outros direitos ................................................................................................... 104 7.4 LIMITAÇÕES À TRANSMISSÃO DAS AÇÕES DA EMITENTE .............................. 104 7.5 OFERTAS PÚBLICAS DE AQUISIÇÃO.................................................................... 104 7.6 REGIME FISCAL APLICÁVEL ÀS AÇÕES DA EMITENTE ..................................... 105 7.6.1 Advertência Geral .............................................................................................. 105 7.6.2 Pessoas singulares residentes para efeitos fiscais em Portugal ...................... 105 7.6.3 Pessoas singulares não residentes para efeitos fiscais em Portugal ............... 107 7.6.4 Pessoas coletivas residentes para efeitos fiscais em Portugal ........................ 108 7.6.5 Pessoas coletivas não residentes para efeitos fiscais em Portugal ................. 112 7.7 INFORMAÇÃO ADICIONAL ...................................................................................... 114 7.7.1 Capital Social ..................................................................................................... 114 -4- 7.7.2 Ações próprias ................................................................................................... 114 7.7.3 Valores mobiliários convertíveis, passíveis de troca ou acompanhados de cupões de subscrição (warrants) ...................................................................................... 114 7.7.4 Estatutos da Emitente ....................................................................................... 115 8. DOCUMENTAÇÃO ACESSÍVEL AO PÚBLICO ............................................... 116 8.1 INFORMAÇÃO INSERIDA POR REMISSÃO ........................................................... 116 8.2 COMUNICAÇÕES ..................................................................................................... 116 8.3 LOCAIS DE CONSULTA ........................................................................................... 117 -5- 1. INTRODUÇÃO 1.1 DEFINIÇÕES Exceto se expressamente indicado de outro modo, os termos a seguir mencionados têm, no presente documento, os significados aqui referidos: “Central de Valores Mobiliários” ou “CVM” significa o sistema centralizado de valores mobiliários escriturais gerido pela Interbolsa e composto por conjuntos interligados de contas, através das quais se processa a constituição e a transferência dos valores mobiliários nele integrados e se assegura o controlo da quantidade dos valores mobiliários em circulação e dos direitos sobre eles constituídos; “CMVM” significa a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; “Código do IRC” significa o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, republicado pelo Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho, conforme alterado; “Código do IRS” significa o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, tal como aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88, de 30 de novembro, conforme alterado; “Cód.VM” significa o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de novembro, conforme alterado; “CSC” significa o Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro, conforme alterado; “Diretiva dos Prospetos” significa a Diretiva 2003/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho de 4 de novembro de 2003, conforme alterada; “Documento Equivalente” significa o presente documento informativo, considerado pela CMVM equivalente a um prospeto de admissão de ações à negociação, para efeitos da alínea a) do n.º 2 do artigo 134.º ex vi alínea a) do n.º 2 do artigo 236.º, ambos do Cód.VM; “Emitente” significa a sociedade “ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.” tal como denominada e existente após o registo definitivo da Fusão; “Euro”, “euro”, “EUR” ou “€” significa o euro, a moeda única Europeia; “Euronext Lisbon” significa a Euronext Lisbon - Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.; -6- “Fusão” significa a fusão por incorporação da OPTIMUS na ZON, mediante a transferência global do património da OPTIMUS para a ZON e a atribuição aos acionistas da OPTIMUS de ações da Emitente, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 4 do artigo 97.º do CSC; “Grupo OPTIMUS” significa a OPTIMUS e as sociedades que se encontram com a mesma em relação de domínio ou de grupo; “Grupo ZON” significa a ZON e as sociedades que se encontram com a mesma em relação de domínio ou de grupo; “Interbolsa” significa Interbolsa - Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A.; “Novas Ações” significa as 206.064.552 (duzentos e seis milhões sessenta e quatro mil quinhentas e cinquenta e duas) ações emitidas pela ZON OPTIMUS, na sequência do aumento de capital decorrente da Fusão, e atribuídas aos acionistas da OPTIMUS; “OPTIMUS” significa a OPTIMUS – SGPS, S.A., anteriormente denominada Sonae Telecom, SGPS, S.A.; “OPTIMUS Comunicações” significa a Optimus Comunicações S.A.; “Projeto de Fusão” significa o projeto de fusão por incorporação da OPTIMUS na ZON, aprovado pelos órgãos de administração da ZON e da OPTIMUS em 21 de janeiro de 2013, e subsequentemente aprovado pelas respetivas assembleias gerais realizadas em 7 de março de 2013; “Sociedades Participantes” significa a ZON, enquanto sociedade incorporante, e a OPTIMUS, enquanto sociedade incorporada no contexto da Fusão; “ZON” significa a sociedade “ZON Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.” tal como denominada e existente até ao registo definitivo da Fusão; “ZON OPTIMUS” significa a sociedade “ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.”, tal como existente após o registo definitivo da Fusão. -7- 1.2 ENQUADRAMENTO Em 21 de janeiro de 2013, os órgãos de administração da ZON MULTIMÉDIA – SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES E MULTIMÉDIA, SGPS, S.A. (“ZON”) e da OPTIMUS – SGPS, S.A. (“OPTIMUS”) aprovaram um projeto de fusão (“Projeto de Fusão”), por incorporação da OPTIMUS na ZON (“Fusão”). Por sua vez, em 7 de março de 2013, o Projeto de Fusão foi aprovado no âmbito das assembleias gerais da ZON e da OPTIMUS. Na sequência do cumprimento das formalidades, requisitos e condições a que a Fusão se encontrava sujeita, em 27 de agosto de 2013, foi efetuado o registo comercial da Fusão, a qual produziu assim, e a partir dessa data, plenamente os seus efeitos. A Fusão foi efetuada mediante a transferência global do património da OPTIMUS – sociedade incorporada - para a ZON - sociedade incorporante, que passou a denominar-se ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (“Emitente”). A Fusão determinou a extinção da OPTIMUS e a atribuição aos acionistas da OPTIMUS de ações da Emitente, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 4 do artigo 97.º do Código das Sociedades Comerciais (“CSC”). Por conseguinte, a Fusão envolveu a emissão de 206.064.552 (duzentos e seis milhões sessenta e quatro mil quinhentas e cinquenta e duas) ações pela Emitente (“Novas Ações”), por via de um aumento de capital, e a sua atribuição aos acionistas da já extinta OPTIMUS. A Fusão encontra-se descrita no âmbito da Secção 2. infra e no Projeto de Fusão, o qual está disponível em formato físico na sede da Emitente e sob a forma eletrónica em www.cmvm.pt e em www.zon.pt. A emissão das Novas Ações e sua atribuição aos acionistas da OPTIMUS não consubstanciou qualquer oferta pública de valores mobiliários, nos termos do artigo 109.º do Código dos Valores Mobiliários (“Cód.VM”). A Emitente requereu a admissão à negociação em mercado regulamentado das Novas Ações, termos em que está obrigada a divulgar (i) um prospeto de admissão, nos termos dos artigos 236.º e segs. do Cód.VM, ou (ii) um documento com informações consideradas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (“CMVM”) equivalentes às de um prospeto, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 134.º ex vi alínea a) do n.º 2 do artigo 236.º, ambos do Cód.VM. A CMVM considerou que o presente documento informativo contém informações equivalentes às de um prospeto (“Documento Equivalente”), conforme descrito no -8- ponto (ii) do parágrafo anterior, para efeitos da admissão à negociação em mercado regulamentado das Novas Ações e da não exigibilidade de divulgação de um prospeto. 1.3 ADVERTÊNCIAS A forma e o conteúdo deste Documento Equivalente atendem, com as necessárias adaptações atenta a sua natureza descrita na Secção 1.2 supra, ao preceituado no Cód.VM e à demais legislação e regulamentação aplicável a prospectos. As entidades que se indicam na Secção 1.4 infra são responsáveis pela veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação ou de parte da informação nele contida à data da sua publicação, nos termos do artigo 7.º do Cód.VM. Deste modo, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no Documento Equivalente, a Emitente, os titulares dos órgãos de administração e de fiscalização da Emitente, a sociedade de revisores oficiais de contas e o auditor externo da Emitente, assim como os titulares dos órgãos de administração e de fiscalização, Revisor Oficial de Contas e auditor externo da OPTIMUS e demais peritos adiante referidos na Secção 1.4 infra, nos termos indicados nas Secções 1.2 a 1.4 deste Documento Equivalente. O Documento Equivalente diz respeito à admissão à negociação das Novas Ações no mercado regulamentado Euronext Lisbon, gerido pela Euronext Lisbon – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A. (“Euronext Lisbon”), e foi considerado pela CMVM, enquanto autoridade competente nos termos da Diretiva 2003/71/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de novembro de 2003, conforme alterado (“Diretiva dos Prospetos”), como um documento com informações equivalentes às de um prospeto de admissão à negociação, nos termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 134.º ex vi alínea a) do n.º 2 do artigo 236.º, ambos do Cód.VM, encontrando-se disponível em formato físico na sede da Emitente e sob a forma eletrónica em www.cmvm.pt e em www.zon.pt. Nos termos do artigo 118.º do Cód.VM, aplicável com as necessárias adaptações a este Documento Equivalente atenta a sua natureza descrita na Secção 1.2 supra, a mencionada posição da CMVM não envolve qualquer garantia por parte desta quanto ao conteúdo da informação, à situação económica ou financeira da Emitente ou à qualidade dos valores mobiliários, e apenas respeita à verificação da sua conformidade com as exigências de completude, veracidade, atualidade, clareza, objetividade e licitude da informação e à verificação dos requisitos impostos pelo Cód.VM. Por sua vez, nos termos do n.º 2 do artigo 234.º do Cód.VM, a decisão de admissão à negociação pela Euronext Lisbon não envolve qualquer garantia por parte da Euronext Lisbon quanto ao conteúdo da informação, à situação económica e financeira da Emitente e à qualidade dos valores mobiliários emitidos. -9- Foi requerida pela Emitente a inscrição das Novas Ações na Central de Valores Mobiliários (“CVM”) operada pela Interbolsa - Sociedade Gestora de Sistemas de Liquidação e de Sistemas Centralizados de Valores Mobiliários, S.A. (“Interbolsa”), tendo aquela inscrição e a emissão das Novas Ações ocorrido em 28 de agosto de 2013. Foi, ainda, dado início pela Emitente à instrução do pedido de admissão à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisbon das Novas Ações, nos termos descritos em 2.2.7 infra, que se estima venha a ocorrer em 9 de setembro de 2013. Para além da Emitente, nenhuma entidade foi autorizada a dar informação ou prestar qualquer declaração que não esteja contida no Documento Equivalente ou que seja contraditória com informação contida no Documento Equivalente. Caso um terceiro venha a emitir tal informação ou declaração, a mesma não deverá ser tida como autorizada pela, ou feita em nome da Emitente e, como tal, não deverá ser considerada fidedigna. Nem a emissão do Documento Equivalente, nem a emissão das Novas Ações, devem ser tomadas como confirmação de que, desde a data do Documento Equivalente, não houve qualquer alteração nas atividades da Emitente ou das sociedades que de si dependem e com quem consolida contas, ou de que a informação contida no Documento Equivalente, em qualquer altura posterior à data do Documento Equivalente, reúne as características exigidas por lei quanto à informação a prestar a investidores. O Documento Equivalente não constitui uma oferta das Novas Ações nem um convite à subscrição das mesmas ou de quaisquer ações representativas do capital social da Emitente. O Documento Equivalente não configura igualmente uma análise quanto à qualidade das Novas Ações ou de quaisquer ações representativas do capital social da Emitente, nem uma recomendação à sua aquisição ou subscrição. O Documento Equivalente contém previsões (“Previsões”) e declarações relativas ao futuro (forward looking statements ou “Declarações”). Essas Previsões e Declarações incluem matérias que não constituem factos históricos, designadamente relativas à situação financeira, receitas e rentabilidade, estratégia empresarial, perspectivas, planos e objetivos para a atividade da Emitente. As Previsões ou Declarações podem usar termos como “antecipa”, “acredita”, “estima”, “espera”, “pretende”, “prevê”, “planeia”, “pode”, “poderá” e “poderia” ou expressões semelhantes, sendo que tais expressões não constituem a única forma utilizada para identificar Previsões ou Declarações. Por natureza, as Previsões e as Declarações implicam riscos e incertezas porque dizem respeito a eventos, e dependem de circunstâncias, que podem, ou não, ocorrer no futuro. Assim, o órgão de administração da Emitente avisa os investidores de que as Previsões e as Declarações, apesar de terem sido - 10 - elaboradas com base no seu melhor conhecimento e convicção e, bem assim, com base na informação disponível à data em que as mesmas foram preparadas, não constituem garantias de desempenho, podendo os resultados efetivos diferir substancialmente daqueles, expressa ou implicitamente, contidos neste Documento Equivalente. Adicionalmente, mesmo que aqueles resultados estejam de acordo com as Previsões e Declarações contidas neste Documento Equivalente, esses resultados ou desenvolvimentos podem não ser indicativos de resultados ou desenvolvimentos em períodos futuros. Caso ocorra que algum dos riscos identificados no Documento Equivalente ou algum dos pressupostos da Fusão venha a revelar-se incorreto, as Previsões e as Declarações mencionadas no Documento Equivalente poderão não se verificar total ou parcialmente e os resultados efetivos poderão ser significativamente diferentes dos descritos no Documento Equivalente como antecipados, esperados, previstos ou estimados. As Previsões e Declarações reportam-se à data do Documento Equivalente ou à data de referência indicada no mesmo. A Emitente não assume qualquer obrigação ou compromisso de divulgar quaisquer atualizações ou revisões a qualquer Previsão ou Declaração constante do Documento Equivalente visando refletir qualquer alteração das suas expetativas decorrente de alterações aos factos, condições ou circunstâncias em que os mesmos se basearam. A informação financeira contida no Documento Equivalente foi preparada a partir de elementos contabilísticos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), da ZON e da OPTIMUS, referentes aos exercícios de 2010, 2011 e 2012, assim como aos primeiros semestres de 2012 e 2013. As demonstrações financeiras da ZON referentes aos exercícios de 2010 a 2012 foram auditadas e as referentes aos primeiros semestres de 2012 e 2013 sujeitas a revisão limitada (sendo incorporadas neste documento por remissão) pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. e objeto de revisão oficial de contas pela Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda. As demonstrações financeiras individuais da OPTIMUS referentes aos exercícios de 2010 a 2012 (Anexos I, II e III ao presente) foram objeto de revisão oficial de contas pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. Não obstante a dispensa de apresentação de informação financeira consolidada em virtude de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Sonaecom, entidade que produz demonstrações - 11 - financeiras consolidadas, disponíveis para uso público, de acordo com as IFRS/IAS, a OPTIMUS preparou demonstrações financeiras consolidadas proforma respeitantes ao exercício de 2012, incluindo dados comparativos respeitantes ao exercício de 2011 (Anexo IV ao presente), as quais foram também auditadas pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. Esta informação financeira consolidada proforma da OPTIMUS foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 1 de janeiro de 2010 e de 2011 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquelas datas. Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, em 31 de dezembro de 2010 e de 2011, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. A OPTIMUS elaborou ainda demonstrações financeiras individuais e consolidadas proforma referentes ao primeiro semestre de 2013, incluindo dados comparativos respeitantes ao primeiro semestre de 2012 (Anexos V e VI ao presente), as quais foram objeto de exame simplificado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. Esta informação financeira consolidada proforma da OPTIMUS foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 30 de junho de 2012 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquela data. Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, também em 30 de junho de 2012, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. A informação financeira da ZON, da OPTIMUS e da Emitente é apresentada em Euros, exceto se contrariamente especificado ou se um determinado contexto assim o exigir. Referências a “euro”, “Euro”, “EUR” ou “€” referem-se à moeda única dos Estados-Membros da União Europeia que participam na terceira fase da União Económica e Monetária Europeia. A Fusão rege-se pelo disposto no CSC e legislação complementar e ocorrerá exclusivamente em território português. O presente Documento Equivalente não esgota toda a informação prestada ao mercado sobre a Emitente nem sobre a Fusão. Assim, recomenda-se aos investidores que consultem a informação divulgada no contexto da Fusão, comunicados ao mercado anteriores, publicações e informação financeira divulgados pela Emitente, em todos os casos disponibilizados em www.zon.pt, em www.sonae.com e em www.cmvm.pt. 1.4 RESPONSÁVEIS Conforme referido na Secção 1.3 supra, a forma e conteúdo do Documento Equivalente consideram, com as necessárias adaptações atenta a sua natureza - 12 - descrita na Secção 1.2 supra, o preceituado no Cód.VM e demais legislação e regulamentação aplicáveis. As seguintes entidades são responsáveis por eventuais desconformidades do conteúdo deste Documento Equivalente ou de parte(s) dele (conforme adiante melhor explicitado) com o disposto no artigo 7.º do Cód.VM, nos seguintes termos: (i) Emitente ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. (ii) Membros dos órgãos de administração e fiscalização da Emitente Os membros do Conselho de Administração da Emitente são os seguintes Daniel Proença de Carvalho Presidente do Conselho Administração Rodrigo Jorge de Araújo Costa Presidente da Comissão Executiva José Pedro Pereira da Costa Vogal da Comissão Executiva Luís Miguel Gonçalves Lopes Vogal da Comissão Executiva Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Vogal da Comissão Executiva Calheiros Fernando Fortuny Martorell Vogal Não Executivo António Domingues Vogal Não Executivo Lázló Hubay Cebrian Vogal Não Executivo Joaquim Francisco Alves Ferreira de Vogal Não Executivo Oliveira Mário Filipe Moreira Leite da Silva Vogal Não Executivo Isabel dos Santos Vogal Não Executivo Miguel Filipe Veiga Martins Vogal Não Executivo Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira Vogal Não Executivo André Palmeiro Ribeiro Vogal Não Executivo - 13 - (1) : de Vítor Fernando da Conceição Gonçalves Presidente da Comissão Auditoria Paulo Cardoso Correia Mota Pinto Vogal da Comissão Auditoria Nuno João Francisco Soares de Oliveira Vogal da Comissão Auditoria Silvério Marques (1) Na data de aprovação da informação financeira referente ao exercício de 2012 e ao primeiro semestre de 2013, as mencionadas pessoas já integravam o Conselho de Administração da ZON, sucedendo o mesmo em relação às datas de aprovação da informação financeira referente aos exercícios de 2010 e de 2011 e ao primeiro semestre de 2012, com exceção dos membros não executivos Isabel dos Santos, Miguel Filipe Veiga Martins, Catarina Eufémia Amorim da Luz Tavira e André Palmeiro Ribeiro, que foram cooptados para o Conselho de Administração, em reunião realizada a 27 de novembro de 2012 (cooptação ratificada pela Assembleia Geral da ZON em 7 de março de 2013). Por sua vez, na data de aprovação da informação financeira referente aos exercícios de 2010 e de 2011 e ao primeiro semestre de 2012, os Senhores Luís Bordalo da Silva, Norberto Emílio Sequeira da Rosa e Jorge Telmo Maria Freire Cardoso exerciam as funções de Administradores não executivos do Conselho de Administração da ZON, tendo renunciado a tais cargos após o termo daquele semestre. Na data de aprovação da informação financeira referente ao exercício de 2010, os Senhores João Manuel Matos Borges de Oliveira e António Henriques da Silva integravam o Conselho de Administração da ZON, tendo renunciado ao cargo de Administradores não executivos durante o segundo semestre de 2011. (iii) Revisor Oficial de Contas e Auditor Externo da Emitente A sociedade de revisores oficiais de contas Oliveira, Reis & Associados, SROC, Lda., representada pelo Dr. José Vieira dos Reis, na qualidade de revisor oficial de contas efetivo, ou pelo Dr. Fernando Marques Oliveira, na qualidade de revisor oficial de contas suplente, é responsável pela certificação legal de contas relativa à informação financeira individual e consolidada da ZON referente aos exercícios 2010, 2011 e 2012, bem como pela revisão das contas referentes aos primeiros semestres de 2012 e 2013. A sociedade de revisores oficiais de contas PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., presentemente representada pelo Dr. Abdul Nasser Abdul Sattar, na qualidade de auditor externo, é responsável pelo (i) relatório de auditoria relativo à informação financeira individual e consolidada da ZON referente aos exercícios 2010, 2011 e 2012, bem como pelo relatório de revisão limitada relativo à informação financeira consolidada da ZON referente aos primeiros semestres de 2012 e de 2013, e pelo (ii) parecer sobre a informação financeira consolidada proforma constante da Secção 3.3 ao presente. - 14 - (iv) Consultores da Emitente A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados, Sociedade de Advogados, R.L., na qualidade de consultor jurídico da Emitente, é responsável pela informação constante nas Secções 7.3. e 7.6. ao presente. (v) Membros dos órgãos de administração e fiscalização, Revisor Oficial de Contas e auditor externo da OPTIMUS Os seguintes membros do Conselho de Administração da OPTIMUS são responsáveis pela informação financeira constante da Secção 5: Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério (Presidente) Miguel Nuno Santos Almeida Maria Cláudia Teixeira de Azevedo António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier Paulo Joaquim dos Santos Plácido Ana Paula Garrido de Pina Marques David Pedro de Oliveira Parente Ferreira Alves Manuel António Neto Portugal Ramalho Eanes José Manuel Pinto Correia A sociedade de revisores oficiais de contas Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada pelo Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, na qualidade de revisor oficial de contas e fiscal único efetivo, ou pelo Dr. Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar, na qualidade de revisor oficial de contas e fiscal único suplente, é responsável pelo relatório e parecer do Fiscal Único e pela certificação legal de contas relativos à informação financeira individual da OPTIMUS referente aos exercícios 2010, 2011 e 2012. A sociedade de revisores oficiais de contas Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada pelo Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves, na qualidade de auditor externo, é responsável (i) pelo relatório de auditoria relativo à informação financeira proforma consolidada da OPTIMUS referente ao exercício de 2012 e (ii) pelo relatório de exame simplificado relativo à informação financeira individual e proforma consolidada da OPTIMUS referente ao primeiro semestre de 2013. - 15 - (vi) Revisor oficial de contas independente nomeado pela OROC para proceder ao exame do Projeto de Fusão nos termos do artigo 99.º do CSC O Senhor Dr. José Rodrigues de Jesus, Revisor Oficial de Contas n.º 201, com domicílio profissional na Rua Arquiteto Marques da Silva, n.º 285, 3.º Dto, 4150-484 Porto, na qualidade de revisor oficial de contas nomeado pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas para proceder ao exame do Projeto de Fusão nos termos dos n.ºs 2 a 4 do artigo 99.º do CSC. 1.5 FATORES DE RISCO 1.5.1 Fatores de Risco advenientes da Fusão 1.5.1.1 Impugnação de deliberações sociais A Emitente é uma sociedade aberta regida pelo direito português e os direitos dos titulares das suas ações ordinárias são os decorrentes do CSC, no Cód.VM e dos Estatutos da Emitente, conforme melhor detalhado na Secção 7.3 infra. Neste contexto, e a título de exemplo, os acionistas podem requerer a declaração de nulidade ou anulação de deliberações dos órgãos sociais da Emitente que violem disposições legais ou estatutárias. Tais atos podem surgir, por exemplo, com respeito a deliberações adoptadas relativamente a aumentos ou reduções de capital e outras quaisquer alterações aos Estatutos, bem como deliberações relativas a fusões ou cisões. Esta atuação, no caso de fusão e concomitante aumento de capital social de uma sociedade aberta, pode levar a que as ações emitidas na sequência do dito aumento de capital não sejam fungíveis com as já existentes, até que se resolva a questão, como estabelece a alínea b) do artigo 25.º do Cód.VM. 1.5.1.2 Impugnação de deliberações sociais após o registo comercial de fusão Já realizado o respetivo registo comercial, apenas a declaração de nulidade ou de anulação das deliberações das assembleias gerais de aprovação do projeto de fusão ou a inobservância da forma legalmente exigível poderá acarretar a nulidade da fusão, na eventualidade de a mesma ser declarada por decisão judicial no âmbito de ação proposta no prazo de 6 meses a contar da publicação do registo definitivo da fusão ou da publicação da sentença transitada em julgado que declare nula ou anule alguma das referidas deliberações, nos termos do artigo 117.º do CSC. - 16 - 1.5.1.3 Responsabilidade solidária Tendo em conta a sua eficácia retroativa, a declaração de nulidade de uma fusão implica a reconstituição da sociedade incorporada extinta e a concomitante perda da qualidade de acionistas da sociedade incorporante por parte dos acionistas da sociedade incorporada. Adicionalmente, e embora tal declaração da nulidade não afete os efeitos dos atos praticados pela sociedade incorporante depois da inscrição da fusão no registo comercial que sejam prévios à referida declaração, a sociedade incorporada passa a ser solidariamente responsável pelas obrigações contraídas pela sociedade incorporante durante esse período. 1.5.1.4 Sinergias As sinergias de custos e investimentos que os órgãos de administração da ZON e da OPTIMUS estimaram que pudessem advir da Fusão, conforme descritas em 2.1.2.2 infra, consubstanciam Previsões e Declarações, nos termos enunciados em 1.3 supra. Deste modo, e apesar de as sinergias estimadas pelos órgãos de administração da ZON e da OPTIMUS terem sido elaboradas de acordo com o seu melhor conhecimento e convicção, com base na informação disponível à data do Projeto de Fusão, não constitui tal estimativa de sinergias qualquer garantia de desempenho, podendo os resultados efetivos vir a diferir substancialmente dos estimados, designadamente em função da verificação de fatores exógenos à atividade da Emitente. 1.5.1.5 Compromissos assumidos no âmbito da decisão de não oposição da Autoridade da Concorrência Não se antecipam riscos substanciais para a operação da OPTIMUS Comunicações decorrentes da implementação dos compromissos impostos pela Autoridade da Concorrência. Regista-se, contudo, que o cumprimento do 3.º compromisso (descrito em 2.2.5 infra) relativo à eliminação da fidelização de clientes Triple Play da OPTIMUS Comunicações existentes à data da decisão 1 sobre as redes de fibra ótica da OPTIMUS e da Vodafone Portugal, Comunicações Pessoais, S.A. (“Vodafone Portugal”) objeto do contrato de partilha OPTIMUS / Vodafone aumenta a 1 Data da assinatura, pelo Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, da decisão de não oposição à operação. - 17 - probabilidade de perda dos referidos clientes, não se podendo afastar a possibilidade de, no caso de alguns deles, não ser possível recuperar eventuais valores de subsidiação. Note-se, no entanto, que o compromisso prevê que os clientes que pretendam cessar o aludido serviço devolvam os equipamentos que lhe foram entregues pela OPTIMUS Comunicações, o que minimiza este risco. De referir ainda que a implementação dos 4.º e 5.º compromissos (descritos em 2.2.5 infra), relativos à negociação de acesso grossista à Rede Optimus Partilhável 2 e à opção de compra sobre a Rede Optimus Alienável 3 , respetivamente, pressupõe a concretização, no âmbito da negociação com terceiros, dos termos e condições técnicas, operacionais e económico-financeiras. Apesar de os compromissos especificarem já, em ambos os casos, um conjunto de termos e condições, não se pode, contudo, afastar a eventual existência de divergências e consequente desacordo na sua negociação definitiva, que, a ocorrerem, poderão dar lugar à intervenção de uma comissão arbitral. A OPTIMUS Comunicações está vinculada a aceitar a decisão da comissão arbitral sobre os termos mais adequados a serem contratados, ainda que os mesmos não sejam os que a OPTIMUS Comunicações considera mais apropriados. Finalmente há ainda que salientar que a implementação do 4.º compromisso (conforme descrito na Secção 2.2.5 infra) poderá implicar uma concorrência acrescida nas zonas onde a Rede Optimus Alienável se encontra implantada. 1.5.1.6 Valor de goodwill e de outros ativos associados à OPTIMUS A Fusão implicou um aumento do capital social da ZON através da emissão das 206.064.552 Novas Ações, cujo valor ascendeu a EUR 856.404.278,00 (oitocentos e cinquenta e seis milhões quatrocentos e quatro mil duzentos e setenta e oito euros), refletindo o custo de aquisição atribuído à OPTIMUS. Embora o exercício de alocação do custo de aquisição só seja concluído após a obtenção de toda a informação necessária para a identificação e mensuração da totalidade dos referidos ativos e passivos (com o limite máximo de um ano após a data da operação), o goodwill final a apurar poderá ser de montante significativo. 2 Rede de FTTH da OPTIMUS, situada nos concelhos de Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Odivelas, Lisboa, Oeiras e Sintra, a que se refere o 4.º compromisso constante na decisão de não oposição à operação. 3 Rede FTTH da OPTIMUS, situada nos concelhos de Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Odivelas, Lisboa, Oeiras e Sintra, a que se refere o 5.º compromisso constante na decisão de não oposição à operação. - 18 - O valor de goodwill e de outros ativos associados à OPTIMUS terão, no futuro, de ser sujeitos a testes de imparidade, podendo ser alvo de uma imparidade contabilística, caso o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pelas respetivas áreas de negócio (unidades geradoras de caixa) seja inferior à quantia escriturada para estes mesmos ativos. 1.5.2 Fatores de Risco em relação à Emitente e à sua atividade 1.5.2.1 Riscos concorrenciais A Emitente enfrenta concorrência nos mercados de telecomunicações e entretenimento em que opera. No caso do negócio de Triple Play, apesar do aumento de concorrência verificado e que resultou numa redução, ainda que não material, na quota de mercado da Emitente, a empresa tem conseguido manter um perfil de crescimento material ao nível do número de serviços subscritos, das suas receitas e do seu EBITDA. No negócio móvel, apesar da forte concorrência que se tem feito sentir no mercado Português e que tem levado a uma queda material da receita média por cliente, a Emitente tem obtido aumentos significativos do seu EBITDA. Todavia, um potencial aumento adicional dos níveis de concorrência pode ter como resultado uma redução da rentabilidade dos mercados em que a Emitente desenvolve as suas atividades, com eventual impacto nos resultados das operações. 1.5.2.2 Riscos regulatórios A generalidade das atividades desenvolvidas pelas sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Emitente encontra-se sujeita a regulação, sendo objeto de supervisão por diversas autoridades, a nível nacional e europeu. Eventuais alterações regulatórias ou de posicionamento das autoridades poderão afetar de modo adverso as áreas de negócio da Emitente, por exemplo, impedindo a comercialização de certos produtos ou serviços, impondo custos administrativos e operacionais acrescidos, ou limitando as receitas de exploração das sociedades que compõem o grupo empresarial da Emitente. 1.5.2.3 Riscos tecnológicos As atividades e operações da Emitente e a sua capacidade de desenvolver e oferecer produtos e serviços competitivos estão dependentes de desenvolvimentos tecnológicos, que podem ser difíceis de prever e acompanhar. A eventual incapacidade de a Emitente acompanhar o avanço tecnológico ou de antecipar os níveis de adesão a novos produtos e serviços oferecidos aos seus clientes poderá afetar o negócio da Emitente ou os resultados das suas operações. - 19 - 1.5.2.4 Riscos operacionais Na sua atividade, a Emitente está sujeita a determinados riscos operacionais, incluindo interrupções no serviço, erros, fraudes atribuíveis a terceiros, omissões e atrasos na prestação de serviços e na implantação de requisitos para a gestão dos riscos. Apesar de estes riscos serem monitorizados pela Emitente, não é possível garantir que o acompanhamento e a prevenção destes riscos serão plenamente eficazes, impedindo que os riscos se materializem. Falhas materiais nas políticas de gestão e controlo dos riscos operacionais poderão afetar o negócio da Emitente e os resultados das operações. - 20 - 2. FUSÃO 2.1 DESCRIÇÃO O Projeto de Fusão descreve detalhadamente os termos e condições da Fusão, encontrando-se o mesmo disponível em formato físico na sede da Emitente e sob a forma eletrónica em www.cmvm.pt e em www.zon.pt. Não obstante, proceder-se-á de seguida a uma descrição sucinta da Fusão, com a especificação de determinados aspetos descritos no Projeto de Fusão. 2.1.1 Identificação das sociedades participantes Conforme descrito na Secção 1.2 supra, as seguintes sociedades comerciais foram partes na Fusão (“Sociedades Participantes”): (i) A ZON, sociedade aberta, com sede na Rua Ator António Silva, n.º 9, Campo Grande, freguesia do Lumiar, concelho de Lisboa, pessoa coletiva n.º 504453513, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o mesmo número, com o capital social de EUR 3.090.968,28 (três milhões, noventa mil novecentos e sessenta e oito Euros e vinte e oito cêntimos) em momento anterior à Fusão, na qualidade de sociedade incorporante; e (ii) A OPTIMUS, sociedade anónima, que tinha sede na Via Norte-Espido, freguesia da Maia, concelho da Maia, que apresentava o n.º de pessoa coletiva 504668358, que se encontrava matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o mesmo número e que apresentava o capital social de EUR 115.000.000,00 (cento e quinze milhões de Euros), na qualidade de sociedade incorporada. 2.1.2 Modalidade, motivos e objetivos 2.1.2.1 Modalidade da Fusão A Fusão realizou-se, mediante registo definitivo ocorrido em 27 de agosto de 2013, na modalidade de transferência global do património da OPTIMUS para a ZON, nos termos do disposto na alínea a) do n.º 4 do Artigo 97.º do CSC, tendo sido, deste modo, efetuada mediante a incorporação da OPTIMUS na ZON. Nessa medida, todos os elementos do ativo e do passivo da OPTIMUS que integravam o seu património na data do registo comercial da Fusão, incluindo os - 21 - direitos e obrigações decorrentes da sua atividade, foram transferidos de forma global para a esfera patrimonial da Emitente. A Fusão foi escriturada de acordo com os princípios contabilísticos vigentes em Portugal e nos termos das disposições legais relativas às operações de fusão em geral. 2.1.2.2 Motivos e Objetivos O Projeto de Fusão contém a exposição detalhada dos motivos e dos objetivos da Fusão. Na presente Secção, proceder-se-á à sua enunciação sucinta: (i) Criação de um grupo de telecomunicações com dimensão relevante e com capacidade de aumentar a projeção do mercado de capitais Português; (ii) No potencial de crescimento originado pela complementaridade e convergência das infraestruturas próprias da ZON e da OPTIMUS, com o consequente desenvolvimento de produtos e serviços inovadores e mais abrangentes em Portugal; (iii) No fomento da concorrência, da produtividade e da inovação, através da criação de um operador com presença relevante e dimensão em todos os segmentos de mercado em Portugal, com impacto positivo no nível global de preços praticado, em todos os segmentos de mercado, e com benefícios claros para os consumidores; (iv) Na criação de um operador mais sólido e mais forte, em resultado de uma operação com maior escala, com a respetiva captura de sinergias de natureza operacional, administrativa, financeira e funcional; e (v) Na possibilidade de aumentar a exposição e o crescimento internacional da entidade resultante da Fusão. No que concerne à previsível captura de sinergias de natureza operacional, administrativa, financeira e funcional em virtude da Fusão, mencionada em (iv) supra, destacam-se as seguintes sinergias de custos e investimentos: (i) Otimização do investimento em infraestruturas; (ii) Gestão e planeamento integrados da rede fixa e móvel, com a respetiva exploração da convergência de redes; - 22 - (iii) Redução da dependência de infraestruturas de operadores concorrentes; (iv) Redução de custos inerentes ao investimento do Grupo ZON, no segmento móvel, e do Grupo OPTIMUS, no segmento fixo e no projeto de televisão por subscrição, com a captura recíproca de valor dos negócios core de cada um dos grupos; (v) Otimização da estratégia de abordagem a segmentos de mercado em que cada uma das empresas individualmente tem mais experiência; (vi) Otimização resultante da negociação agregada de contratos e compras; e (vii) Oferta de produtos e soluções integradas e convergentes. Estas sinergias de custos e investimentos foram identificadas através de um trabalho conjunto das equipas de gestão da ZON e da OPTIMUS que, comparando a base de custos e investimentos do plano de negócios de ambas as entidades, identificaram poupanças em diversas áreas funcionais, nomeadamente, nas áreas de marketing, canais de distribuição, customer care e outros serviços de suporte, redes fixas, móvel e outras infraestruturas, sistemas de informação e outros custos diretos dos segmentos residencial e empresarial. As sinergias identificadas têm em consideração o valor futuro descontado dos ganhos resultantes da Fusão deduzidos dos respetivos custos de integração, pressupondo-se que a larga maioria das sinergias (redução de custos e investimentos) será totalmente capturada num período entre 3 e 5 anos e que nos anos subsequentes se manterá o nível alcançado de redução de custos e investimentos. Para além destas sinergias, cumpre sublinhar a força que decorre da junção de duas equipas e da sua vasta experiência no setor, e a oportunidade que resulta da exploração de uma base de clientes mais alargada e de um conjunto de infraestruturas de qualidade e abrangência inegáveis, cujo valor potencial não se encontra incluído acima. Em suma, a Fusão permite a criação de um grupo de comunicações que consideramos mais forte e sólido, dotado de uma maior capacidade de prossecução de uma estratégia de crescimento sustentável, de internacionalização e de gestão eficiente, onde a partilha de experiência e competências das suas equipas será um fator decisivo e fundamental. Resulta, ainda, da Fusão um grupo capaz de investir e promover a sua competitividade e a do setor, a par da geração de valor e criação de novas - 23 - oportunidades para os acionistas, os colaboradores, os clientes e os fornecedores. Um grupo que trará benefícios para a sociedade em geral e para a defesa dos interesses económicos nacionais. 2.1.3 Relação de troca A relação de troca que serviu de base à determinação do número de ações a emitir pela Emitente e a atribuir aos acionistas da OPTIMUS foi estabelecida por acordo entre a ZON e a OPTIMUS, com base nos seguintes critérios de avaliação listados no Projeto de Fusão: (i) A avaliação através dos fluxos de caixa livres descontados (“Discounted Cash Flows”), aplicada ao Grupo ZON e ao Grupo OPTIMUS; e (ii) A avaliação através da aplicação de diversos múltiplos de mercado de capitais, nomeadamente os múltiplos de EBITDA e de EBITDA-CAPEX. Esta relação de troca foi apoiada e corroborada pelas análises da razoabilidade económico-financeira dos termos de troca definidos (fairness opinions) preparadas pelo Banco Português de Investimento, S.A. e pelo Banco Santander Totta, S.A, dirigidas ao Conselho de Administração da OPTIMUS e, ainda, pelas análises da razoabilidade económico-financeira dos termos de troca definidos (fairness opinions) preparadas pelo Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. e pela Caixa – Banco de Investimento, S.A., dirigidas ao Conselho de Administração da ZON. Os bancos procederam à análise da avaliação relativa da ZON e OPTIMUS através das metodologias de avaliação comuns para estas transações, designadamente, Discounted Cash Flow, comparação de múltiplos de mercados de capitais, evolução histórica do preço das ações e análise de relatórios de analistas do mercado de capitais, concluindo as quatro fairness opinions que o rácio de troca proposto situavase dentro de um razoável intervalo de avaliação relativa entre a ZON e a OPTIMUS. Com base nos resultados obtidos mediante a aplicação dos critérios de avaliação referidos, relativamente à ZON e à OPTIMUS, foi apurada uma relação de troca cujo quociente entre o valor da ZON e o da OPTIMUS foi calculado em 1,5. Por conseguinte, e tendo ainda em conta que o capital social da ZON Multimédia era de EUR 3.090.968,28, representado por 309.096.828 de ações, com o valor nominal de EUR 0,01 cada uma, e que o capital social da OPTIMUS era de EUR 115.000.000,00, representado por 115.000.000 de ações, com o valor nominal de EUR 1,00 cada uma, aquando da emissão das Novas Ações e respetiva inscrição em conta, - 24 - os acionistas da OPTIMUS receberam, por força da Fusão, 1,791866 ações da Emitente por cada ação então representativa do capital social da OPTIMUS. A diferença entre o valor dos capitais próprios da OPTIMUS e o valor nominal global das Novas Ações constituiu o prémio de emissão das Novas Ações. 2.1.4 Efeitos da Fusão Em resultado do registo comercial da Fusão, a Emitente, enquanto sociedade incorporante, passou a assumir todas as situações ativas e passivas emergentes dos contratos anteriormente celebrados pela OPTIMUS, incluindo quaisquer garantias prestadas. Tal como comunicado ao mercado pela Emitente, esta assumiu a posição de emitente no âmbito (i) do empréstimo obrigacionista emitido por subscrição particular com a designação de “SONAECOM – 2010/2015”, no montante de €40.000.000 (quarenta milhões de euros) cuja emissão foi organizada e montada pelo Caixa Banco de Investimento, S.A., e do (ii) empréstimo obrigacionista emitido por subscrição particular com a designação de “€100,000,000.00 FLOATING RATE UNSUBORDINATED NOTES DUE 2015” no montante de €100.000.000 (cem milhões de euros) cuja emissão foi organizada, montada e subscrita pelos Bancos BNP Paribas – Sucursal em Portugal, ING Belgium SA/NV – Sucursal em Portugal e WestLB AG (atualmente Portigon AG), em consequência da transmissão por parte da Sonaecom dos direitos e obrigações por si detidos no âmbito das supra mencionadas emissões para a OPTIMUS e da Fusão. De realçar que as supra mencionadas operações não originaram qualquer alteração no total de dívida financeira líquida da Emitente, uma vez que, em simultâneo com as referidas transferências de posição de emitente, a Sonaecom procedeu à transferência para a OPTIMUS e, consequentemente para a Emitente, dos fundos associados a estas emissões obrigacionistas no montante total de €140.000.000. As operações da OPTIMUS passaram a ser consideradas, do ponto de vista contabilístico, como efetuadas por conta da Emitente, a partir da data do registo definitivo da Fusão. 2.2 PROCESSO DE FUSÃO 2.2.1 Aprovação do Projeto de Fusão Conforme mencionado em 1.2 supra, o Projeto de Fusão foi aprovado pelos órgãos de administração da ZON e da OPTIMUS em 21 de janeiro de 2013, tendo sido - 25 - subsequentemente aprovado pelas respetivas assembleias gerais em 7 de março de 2013. 2.2.2 Deliberação de não oposição à Fusão por parte das assembleias gerais de obrigacionistas e não oposição por parte dos credores Perante o direito legal de os credores das Sociedades Participantes se oporem judicialmente à Fusão no prazo de um mês após a publicação do registo do Projeto de Fusão, procedeu-se, nos termos dos artigos 101.º-C e 355.º do CSC, à convocação de duas assembleias gerais de obrigacionistas da Emitente, referentes às emissões “Obrigações ZON Multimédia 2010-2014” e “Obrigações Zon Multimédia 2012/2015”, respetivamente. No âmbito das mencionadas assembleias gerais de obrigacionistas, ambas realizadas em 21 de fevereiro de 2013, foi deliberado o não exercício do direito de oposição à Fusão, tendo a ZON emitido no mesmo dia um comunicado ao mercado a este respeito, a título de informação privilegiada. Acrescenta-se ainda que nenhum credor, nem da ZON nem da OPTIMUS, deduziu oposição judicial à Fusão no prazo mencionado, pelo que se verificou a inexistência de impedimento para a inscrição definitiva da Fusão no registo comercial, nos termos dos artigos 101.º-B e 111.º do CSC. 2.2.3 Deliberação da CMVM sobre a derrogação do dever de lançamento de OPA obrigatória Em 19 de abril de 2013, a ZON recebeu uma comunicação das acionistas Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, B.V., a informar sobre a decisão da CMVM de deferimento do pedido de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição obrigatória sobre a Emitente, nos termos do disposto na alínea c) do n.º 1 do Artigo 189.º do Cód.VM, sujeita a confirmação por parte da sociedade ZOPT, SGPS, S.A. (“ZOPT”) de que, à data da concretização da Fusão, não ocorreram quaisquer alterações aos pressupostos de facto em que a mencionada decisão se fundamentou. Por sua vez, a ZON foi informada, em 27 de agosto de 2013, pela sociedade ZOPT da não ocorrência de qualquer alteração aos referidos pressupostos, designadamente, ao nível (a) dos ultimate beneficial owners da ZOPT (que continuam a ser o Eng.º Belmiro Mendes de Azevedo e a Eng.ª Isabel dos Santos), (b) das participações sociais detidas pela Sonaecom, pela Kento Holding Limited e pela Unitel International Holdings, B.V. na ZOPT (respetivamente, de 50%, 17,35% e 32,65%), nem (c) dos - 26 - documentos que foram disponibilizados à CMVM em momento anterior à decisão de deferimento. Na mesma data, a CMVM emitiu ofício corroborando a plena produção de efeitos da mencionada decisão de deferimento do pedido de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição obrigatória sobre a Emitente. 2.2.4 Autorizações, notificações e formalidades administrativas aplicáveis ou necessárias à concretização da Fusão Em 28 de março de 2013, foi emitida pelo Gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, decisão de autorização para alteração da titularidade do capital social da OPTIMUS para os efeitos do licenciamento de âmbito nacional para sistemas UMTS atribuído à OPTIMUS. 2.2.5 Decisão de não oposição da Autoridade da Concorrência No passado dia 26 de agosto de 2013, a Autoridade da Concorrência emitiu a respetiva decisão de não oposição à Fusão, a qual foi objeto de comunicado ao mercado por parte da ZON no mesmo dia, a título de informação privilegiada. Aquela decisão de não oposição prevê os seguintes compromissos assumidos pelas empresas notificantes (Sonaecom, Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, B.V.): (i) 1.º Compromisso: Assegurar que a OPTIMUS Comunicações prorroga o prazo de vigência do contrato de partilha recíproca de rede entre a OPTIMUS Comunicações e a Vodafone Portugal; (ii) 2.º Compromisso: Assegurar que a OPTIMUS Comunicações modifica o contrato de partilha recíproca de rede entre a OPTIMUS Comunicações e a Vodafone Portugal, no sentido da não aplicação de limitação de responsabilidade em caso de resolução injustificada pela OPTIMUS Comunicações ou de resolução justificada pela Vodafone Portugal por motivo imputável à OPTIMUS Comunicações; (iii) 3.º Compromisso: Assegurar que a OPTIMUS Comunicações não cobrará aos seus clientes do serviço triple play sobre tecnologia de FTTH (Fiber-to– the–home) suportados nas redes objeto do contrato de partilha OPTIMUS Comunicações/Vodafone Portugal, os montantes devidos a título de cláusulas de fidelização, em caso de pedido de desligamento efetuado pelos aludidos clientes durante um período de 6 meses; - 27 - (iv) 4.º Compromisso: Assegurar que a OPTIMUS Comunicações negociará de boa-fé e em termos não-discriminatórios, com terceiros que lho solicitem, um contrato que permita o acesso grossista à rede de FTTH da OPTIMUS Comunicações, objeto do contrato de partilha OPTIMUS Comunicações/ Vodafone Portugal, por um período mínimo de 5 (cinco) anos, com níveis de serviço adequados e condições razoáveis de remuneração e em que qualquer dissenso entre as partes será submetido a arbitragem. Esta obrigação de negociação termina em 31 de outubro de 2015; e (v) 5.º Compromisso: Assegurar que a OPTIMUS Comunicações negociará e celebrará com a Vodafone Portugal um contrato de opção de compra da rede de FTTH da OPTIMUS Comunicações localizada nas zonas metropolitanas de Lisboa e Porto, que terá como preço de compra o valor contabilístico daquela rede, líquido de amortizações. 2.2.6 Ato de Fusão e registo comercial da Fusão (i) O ato de Fusão para efeitos do art. 106.º do CSC e a apresentação a registo comercial da Fusão e do inerente aumento de capital social da Emitente tiveram lugar em 27 de agosto de 2013; (ii) O registo comercial definitivo da Fusão e do referido aumento de capital social teve lugar em 27 de agosto de 2013. Tendo o processo societário de Fusão e o referido aumento de capital social sido concluídos por força do seu registo comercial, a inscrição das Novas Ações na CVM, operada pela Interbolsa, e a respetiva emissão ocorreram em 28 de agosto de 2013. 2.2.7 Admissão à negociação das Novas Ações Em 28 de agosto de 2013, foi apresentado pela Emitente o pedido de admissão à negociação das Novas Ações junto do mercado regulamentado Euronext Lisbon, a qual se estima tenha lugar no dia 9 de setembro de 2013. A Fusão não engloba ou implica qualquer oferta pública de valores mobiliários, nos termos do disposto no Cód.VM. 2.3 ENQUADRAMENTO FISCAL APLICÁVEL À FUSÃO A totalidade dos elementos que constavam do ativo e do passivo da OPTIMUS, tal como constam do balanço junto como Anexo II ao Projeto de Fusão foram globalmente - 28 - transmitidos a favor da Emitente ao abrigo do regime especial aplicável às fusões, cisões, entradas de ativos e permutas de partes sociais (“regime da neutralidade fiscal”) previsto no artigo 73.º e seguintes do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“Código do IRC”), o qual determina que a Emitente mantenha, para efeitos fiscais, os elementos patrimoniais objeto de transferência pelos mesmos valores que tinham na OPTIMUS antes da realização da fusão, devendo tais valores ser considerados como os que resultam da aplicação das disposições daquele Código ou de reavaliações efetuadas ao abrigo de legislação de carácter fiscal. - 29 - 3. INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA EMITENTE 3.1 ATIVIDADE DA EMITENTE No seguimento da Fusão, a Emitente passa a liderar um grupo empresarial de telecomunicações mais sólido e de maior dimensão, com um volume de negócios de 1.584 milhões de Euros, uma rentabilidade operacional (EBITDA) de 555 milhões de Euros (valores proforma a 31 de dezembro de 2012, conforme Secção 3.2 infra) e uma quota de receitas estimada em cerca de 26% do mercado nacional de telecomunicações (calculado com base na informação financeira respeitante a 2012). A Emitente torna-se, na sequência da Fusão por incorporação da OPTIMUS, uma empresa com presença relevante nos principais segmentos do mercado de telecomunicações em Portugal, conforme pode ser observado nos seguintes gráficos de quotas de mercado proforma (considerando a adição das bases de clientes da ZON e da OPTIMUS), referentes ao primeiro trimestre de 2013. Voz Fixa (1) Móvel (2) [% de Subscritores] [% de Subscritores] ZON 25.9% + OPT 12.3% VOD 35.2% PT 50.9% ZON 0.7% + OPT 20.3% ZON + OPT 21.0% ZON + OPT 38.3% PT 43.8% Others 0.3% Cabovisão Vodafone 6.3% 4.3% Banda Larga Fixa (1) TV por Subscrição (1) [% de Subscritores] [% de Subscritores] ZON 33.0% + OPT 4.2% PT 51.6% Outros 0.8% (1) (2) ZON 49.7% + OPT 1.2% PT 39.9% ZON + OPT 37.2% ZON + OPT 50.9% Outros 0.2% Vodafone 1.4% Cabovisão Vodafone 6.5% 3.9% Cabovisão 7.6% Fonte: Cálculos ZON com base em dados da ANACOM do primeiro trimestre de 2013, i.e.: Relatório Televisão por subscrição - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1161915 Relatório Banda Larga - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1162197 Relatório Voz Fixa - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1161903 Quotas de Mercado estimadas com base no número de subscritores reportados, nos respetivos documentos de prestação de contas, pelas empresas em causa. - 30 - Dada a forte complementaridade e convergência das infraestruturas próprias da ZON e da OPTIMUS, existe um potencial significativo na exploração conjunta dos negócios com o consequente desenvolvimento de produtos / serviços inovadores e mais abrangentes e captura de sinergias operacionais conforme descrito na Secção 2.1.2.2. Excluindo tais mais-valias da maior relevância, e tornadas possíveis pela Fusão, o negócio da Emitente resulta da junção das atividades do Grupo ZON e do Grupo OPTIMUS. Assim sendo, e tendo em consideração que, até à Fusão, a ZON e a OPTIMUS conduziram a sua atividade e divulgaram a respetiva informação financeira enquanto entidades independentes, nas Secções 4 e 5 infra realiza-se uma análise detalhada da evolução de cada uma das Sociedades Participantes. 3.2 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PROFORMA DA EMITENTE As informações proforma da Emitente infra correspondem (i) aos balanços consolidados elaborados por referência a 31 de dezembro de 2012 e 30 de junho de 2013 e (ii) às demonstrações de resultados consolidados referentes aos exercícios de 2011 e 2012 e aos primeiros semestres de 2012 e 2013. Dada a sua natureza, as referidas informações financeiras proforma infra dizem respeito a uma situação hipotética, pelo que não representam a situação financeira efetiva da Emitente, nem os seus resultados. Numa base proforma, as Receitas de Exploração da Emitente cifraram-se em 1.583,8 milhões de euros em 2012, representando um decréscimo de 2,0% face ao ano de 2011. Já o EBITDA ascendeu a 555,5 milhões de euros, representando um crescimento de 2,3% face aos 542,9 milhões de euros atingidos em 2011. O Resultado Líquido proforma da Emitente para 2012 cifrou-se em 124,1 milhões de euros, um crescimento de 16,8% versus o ano anterior. - 31 - ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PROFORMA CONSOLIDADAS - 32 - DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PROFORMA DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2013 E 30 DE JUNHO DE 2012 (montantes expressos em milhões de Euros) ZON 6M 12 OPTIMUS 6M 13 6M 12 Ajust ament os 6M 13 6M 12 ZON OPTIMUS 6M 13 6M 12 6M 13 Receit as de exploração 428,6 425,0 361,6 347 ,3 (3,6) (4,5) 7 86,6 7 67 ,8 Cust os Operacionais, Excluindo Depreciações e Amort izações Custos com Pessoal Custos Diretos dos Serv iços Prestados Custos Com erciais Outros Custos Operacionais 27 0,1 2 9,4 1 1 7 ,7 3 3 ,2 89,8 261,4 2 7 ,0 1 2 0,3 2 8,3 85,8 239,7 2 4,0 1 1 7 ,0 3 4,9 63 ,8 225,9 2 3 ,1 1 1 7 ,3 3 0,4 55,1 (3,6) 0,0 (3 ,6) 0,0 0,0 (4,5) 0,0 (4,5) 0,0 0,0 506,2 53 ,4 2 3 1 ,2 68,1 1 53 ,6 482,8 50,1 2 3 3 ,1 58,7 1 40,9 EBITDA 158,5 163,6 121,9 121,4 0,0 0,0 280,4 285,0 Depreciações e Am ortizações 1 07 ,5 1 03 ,6 68,0 69,6 0,0 0,0 1 7 5,5 1 7 3 ,2 51,0 59,9 53,8 51,8 0,0 0,0 104,9 111,8 0,9 (0,5) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 (0,5) 50,1 60,5 53,8 51,8 0,0 0,0 104,0 112,3 (1 9,0) (2 5,5) (3 ,9) (1 1 ,6) 0,0 0,0 (2 2 ,9) (3 7 ,1 ) 31,1 34,9 50,0 40,2 0,0 0,0 81,1 7 5,1 (1 0,5) (1 0,2 ) (6,3 ) (6,3 ) 0,0 0,0 (1 6,8) (1 6,5) Result ado Operacional Outros Custos / (Prov eitos) EBIT (Custos) / Ganhos Financeiros Líquidos Result ado Ant es de Impost os Im posto Sobre o Rendim ento Result ado das Operações Cont inuadas 20,7 24,7 43,7 33,9 0,0 0,0 64,3 58,7 Interesses Não Controlados (0,6) (0,4) 0,0 0,0 0,0 0,0 (0,6) (0,4) Result ado Consolidado Líquido 20,0 24,4 43,7 33,9 0,0 0,0 63,7 58,3 As notas explicativas fazem parte integrante da demonstração do rendimento integral consolidado proforma para o período de seis meses findo em 30 de junho de 2013. DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PROFORMA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (montantes expressos em milhões de Euros) ZON 12M 11 OPTIMUS 12M 12 12M 11 Ajust ament os 12M 12 12M 11 ZON OPTIMUS 12M 12 12M 11 12M 12 Receit as de exploração 854,8 858,6 7 66,0 7 32,1 (5,3) (6,9) 1.615,6 1.583,8 Cust os Operacionais, Excluindo Depreciações e Amort izações Custos com Pessoal Custos Diretos dos Serv iços Prestados Custos Com erciais Outros Custos Operacionais 543,6 59,3 2 43 ,9 62 ,1 1 7 8,3 545,7 59,8 2 43 ,4 66,0 1 7 6,5 534,3 53 ,8 2 46,6 99,4 1 3 4,5 489,5 47 ,9 2 3 6,4 83 ,8 1 2 1 ,4 (5,3) 0,0 (5,3 ) 0,0 0,0 (6,9) 0,0 (6,9) 0,0 0,0 1.07 2,6 1 1 3 ,1 485,2 1 61 ,5 3 1 2 ,8 1.028,3 1 07 ,7 47 2 ,9 1 49,8 2 97 ,9 EBITDA 311,2 312,9 231,7 242,6 0,0 0,0 542,9 555,5 Depreciações e Am ortizações 2 1 7 ,6 2 1 4,6 1 42 ,8 1 3 9,7 0,0 0,0 3 60,4 3 54,3 93,6 98,3 88,9 102,9 0,0 0,0 182,5 201,2 Result ado Operacional Outros Custos / (Prov eitos) EBIT (Custos) / Ganhos Financeiros Líquidos Result ado Ant es de Impost os Im posto Sobre o Rendim ento 1 ,0 1 ,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1 ,0 1 ,0 92,7 97 ,3 88,9 102,9 0,0 0,0 181,6 200,2 (43 ,0) (42 ,4) (9,1 ) (1 1 ,3 ) 0,0 0,0 (52 ,1 ) (53 ,7 ) 49,6 54,9 7 9,8 91,6 0,0 0,0 129,4 146,5 (1 4,8) (1 8,0) (7 ,7 ) (3 ,5) 0,0 0,0 (2 2 ,5) (2 1 ,5) 125,0 Result ado das Operações Cont inuadas 34,8 36,9 7 2,1 88,1 0,0 0,0 106,9 Interesses Não Controlados (0,6) (0,9) 0,0 0,0 0,0 0,0 (0,6) (0,9) Result ado Consolidado Líquido 34,2 36,0 7 2,1 88,1 0,0 0,0 106,3 124,1 As notas explicativas fazem parte integrante da demonstração do rendimento integral consolidado proforma para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012. - 33 - DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA PROFORMA EM 30 DE JUNHO DE 2013 E 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (montantes expressos em milhões de Euros) ZON Tot al do At ivo At ivo corrent e Clientes Liquidez Outros At ivo não corrent e Ativ os fixos tangív eis e intangív eis (excl goodwill) Goodwill Inv estim entos em em presas participadas Im postos diferidos ativ os Outros OPTIMUS Ajust ament os 31-12-2012 30-06-2013 31-12-2012 30-06-2013 1.611,0 1.37 1,7 1.857 ,6 1.828,3 542,3 1 7 2 ,4 3 08,3 61 ,6 366,6 1 89,5 1 2 6,9 50,2 245,0 1 1 8,4 3 3 ,5 93 ,1 1.068,7 7 7 5,7 1 7 5,5 0,2 48,1 69,1 1.005,1 7 2 9,3 1 7 5,5 0,1 46,4 53 ,8 31-12-2012 ZON OPTIMUS 30-06-2013 31-12-2012 30-06-2013 (194,1) (202,7 ) 3.27 4,4 2.997 ,3 242,6 1 2 2 ,7 7 ,2 1 1 2 ,7 (3,1) (3 ,1 ) 0,0 0,0 (2,4) (2 ,4) 0,0 0,0 7 84,2 2 87 ,7 3 41 ,8 1 54,7 606,8 3 09,8 1 3 4,1 1 62 ,9 1.612,6 949,8 565,1 0,0 94,1 3 ,6 1.585,7 92 8,9 565,1 0,0 88,1 3 ,6 (191,0) 0,0 (1 91 ,0) 0,0 0,0 0,0 (200,3) 0,0 (2 00,3 ) 0,0 0,0 0,0 2.490,3 1 .7 2 5,5 549,6 0,2 1 42 ,2 7 2 ,7 2.390,5 1 .658,2 540,3 0,1 1 3 4,5 57 ,4 Capit al Próprio 219,2 207 ,1 1.047 ,5 1.056,7 (191,0) (200,3) 1.07 5,7 1.063,5 Tot al do Passivo 1.391,7 1.164,6 810,1 7 7 1,6 (3,1) (2,4) 2.198,7 1.933,8 Passivo corrent e Em préstim os Fornecedores Outros 651,8 3 63 ,3 2 1 4,1 7 4,4 427 ,8 1 48,0 1 92 ,9 86,9 397 ,6 1 08,1 1 57 ,6 1 3 1 ,9 37 0,0 1 1 3 ,8 1 2 7 ,9 1 2 8,3 (3,1) 0,0 (2 ,5) (0,6) (2,4) 0,0 (1 ,9) (0,5) 1.046,3 47 1 ,4 3 69,2 2 05,7 7 95,4 2 61 ,8 3 1 8,9 2 1 4,7 Passivo não corrent e Em préstim os Prov isões para outros riscos e encargos Outros 7 39,9 7 2 1 ,2 8,4 1 0,3 7 36,8 7 2 0,3 8,6 7 ,9 412,5 3 3 2 ,4 3 9,8 40,3 401,6 3 3 1 ,5 3 5,5 3 4,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1.152,4 1 .053 ,6 48,2 50,6 1.138,4 1 .051 ,8 44,1 42 ,5 1.611,0 1.37 1,7 1.857 ,6 1.828,3 (194,1) (202,7 ) 3.27 4,4 2.997 ,3 Tot al do Passivo e Capit al Próprio As notas explicativas fazem parte integrante da demonstração da posição financeira consolidada proforma em 30 de junho de 2013. - 34 - NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PROFORMA EM 30 DE JUNHO DE 2013 1. Bases de preparação No seguimento do acordo entre a Sonaecom SGPS, S.A. (“Sonaecom”), Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, B.V., foi aprovado o projeto de fusão relativo à fusão por incorporação da Optimus – SGPS, S.A. (“OPTIMUS”) na ZON Multimédia – SGPS, S.A. (“ZON Multimédia”), pelos Conselhos de Administração e pelas Assembleias Gerais de Acionistas das duas sociedades, respetivamente em 21 de janeiro e 7 de março de 2013. No âmbito do referido projeto de fusão, foi considerado um aumento do capital social da ZON Multimédia, enquanto sociedade incorporante, nesta data denominada “ZON OPTIMUS, SGPS, S.A.”, de 3.090.968 Euros para 5.151.614 Euros, com a decorrente emissão de 206.064.552 novas ações, mantendo o valor nominal de 0,01 Euros cada. As demonstrações financeiras consolidadas proforma foram preparadas com base nas demonstrações financeiras consolidadas da ZON Multimédia e pró-forma (1) da OPTIMUS do período de seis meses findo em 30 de junho de 2013 e do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia em vigor a 1 de janeiro de 2013 e 1 de janeiro de 2012, respetivamente, as quais foram ajustadas, tendo em conta a fusão ocorrida entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS em 27 de agosto de 2013. Desta forma, estas demonstrações financeiras consolidadas proforma devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas da ZON Multimédia e pró-forma (1) da OPTIMUS à data de 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012. Os ajustamentos proforma são baseados em premissas e estimativas, as quais a Administração considera serem razoáveis e são descritos na nota 2. Estas demonstrações financeiras consolidadas proforma foram preparadas apenas para efeitos ilustrativos e não pretendem constituir a representação da posição financeira consolidada e dos resultados consolidados das operações, nem naquela data nem no futuro, que resultariam caso a fusão projetada tivesse ocorrido. _____________________________________________________________________ (1) Não obstante a dispensa de apresentação de informação financeira consolidada, a OPTIMUS preparou demonstrações financeiras consolidadas pro forma, assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 1 de janeiro de 2010 e de 2011 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012. - 35 - Desta forma, estas demonstrações financeiras não refletem, por exemplo, os custos de integração das atividades da ZON Multimédia e da OPTIMUS, assim como qualquer sinergia de custos que possam ocorrer com a fusão e qualquer benefício gerado pelo crescimento combinado das duas entidades. Adicionalmente, a ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. ainda não concluiu a análise detalhada sobre o justo valor dos ativos e passivos da OPTIMUS. 2. Notas explicativas aos ajustamentos proforma Os ajustamentos proforma são baseados em premissas e estimativas, as quais a Administração considera serem razoáveis e detalham-se como segue: Eliminação de saldos (ii) 31-12-2012 Tot al do At ivo At ivo corrent e Clientes Liquidez Outros At ivo não corrent e Ativ os fixos tangív eis e intangív eis (excl goodwill) Goodwill Inv estim entos em em presas participadas Im postos diferidos ativ os Outros 30-06-2013 Eliminação do Goodwill e capit al da OPTIMUS (iii) e (iv) Aument o de capit al e apurament o do Goodwill (iii) e (iv) 31-12-2012 Tot al dos ajust ament os 30-06-2013 31-12-2012 30-06-2013 (3,1) (2,4) (565,1) (565,1) 37 4,0 364,8 31-12-2012 (194,2) 30-06-2013 (202,7 ) (3,1) (3 ,1 ) 0,0 0,0 (2,4) (2 ,4) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (3,1) (3 ,1 ) 0,0 0,0 (2,4) (2 ,4) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (565,1) 0,0 (565,1 ) 0,0 0,0 0,0 (565,1) 0,0 (565,1 ) 0,0 0,0 0,0 37 4,0 0,0 3 7 4,0 0,0 0,0 0,0 364,8 0,0 3 64,8 0,0 0,0 0,0 (191,1) 0,0 (1 91 ,1 ) 0,0 0,0 0,0 (200,3) 0,0 (2 00,3 ) 0,0 0,0 0,0 Capit al Próprio 0,0 0,0 (1.047 ,5) (1.056,7 ) 856,4 856,4 (191,1) (200,3) Tot al do Passivo (3,1) (2,4) 0,0 0,0 0,0 0,0 (3,1) (2,4) (3,1) 0,0 (2 ,5) (0,6) (2,4) 0,0 (1 ,9) (0,5) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (3,1) 0,0 (2 ,5) (0,6) (2,4) 0,0 (1 ,9) (0,5) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 (3,1) (2,4) (1.047 ,5) (1.056,7 ) 856,4 856,4 (194,2) (202,7 ) Passivo corrent e Em préstim os Fornecedores Outros Passivo não corrent e Em préstim os Prov isões para outros riscos e encargos Outros Tot al do Passivo e Capit al Próprio Os ajustamentos apresentados na demonstração do rendimento integral consolidado proforma respeitam totalmente a anulação de transações entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS. (i) Inclusão dos resultados das operações da OPTIMUS Na demonstração dos resultados consolidada proforma do período de seis meses findo em 30 de junho de 2013 e do exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foram incorporados os resultados gerados pelas atividades da OPTIMUS para os períodos de seis meses e doze meses findos nas datas acima referidas. - 36 - (ii) Anulação dos saldos e transações entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS Anulação das transações efetuadas entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS no período de seis meses findo em 30 de junho de 2013 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2012, correspondentes a 4,5 milhões de Euros e 6,9 milhões de Euros, respetivamente, de receitas de exploração e de custos diretos dos serviços prestados. Anulação de 2,4 milhões de Euros e 3,1 milhões de Euros em 30 de junho de 2013 e 31 de dezembro de 2012, respetivamente, de valores a pagar e a receber entre a ZON Multimédia e a OPTIMUS associados às receitas de exploração e custos diretos. (iii) Aumento de capital A fusão implicou um aumento do capital social da ZON Multimédia através da emissão de 206.064.552 novas ações. O ajustamento proforma ao valor do capital próprio, no valor de 200 milhões de Euros apresentado para as contas proforma a 30 de junho de 2013, reflete a anulação do valor de capital próprio da OPTIMUS nessa data (1.056,7 milhões de Euros) e o aumento de capital da ZON Multimédia no valor de 856,4 milhões de Euros, usando como base a cotação de fecho das ações da ZON Multimédia a 27 de agosto de 2013 (de 4,156€ por ação). (iv) Apuramento do goodwill Tal como referido nas bases de preparação das demonstrações financeiras, a ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. ainda não concluiu a análise detalhada sobre o justo valor dos ativos e passivos da OPTIMUS, pelo que o ajustamento proforma negativo no valor de 200 milhões de euros corresponde à anulação do goodwill existente na OPTIMUS a 30 de junho de 2013 (de 565,1 milhões de Euros) e à inscrição nas contas da nova entidade do goodwill apurado tendo em conta os valores contabilísticos dos ativos e passivos da OPTIMUS a 30 de junho de 2013 (goodwill no valor de 364,8 milhões de Euros). Como a ZON OPTIMUS, SGPS, S.A. ainda não concluiu a análise detalhada sobre o justo valor dos ativos e passivos da OPTIMUS, as contas consolidadas pró-forma apresentam os ativos e passivos da OPTIMUS ao seu exato valor contabilístico, aparecendo, como resultado, o goodwill como a diferença entre a retribuição transferida pela ZON Multimédia e os valores contabilísticos dos ativos e passivos da OPTIMUS. Quando for concluída a análise do justo valor dos ativos e passivos da OPTIMUS, é expectável que sejam identificados, entre outros, os seguintes ativos e passivos: Diferença entre o justo valor de ativos tangíveis e o seu valor contabilístico; Justo valor de licenças; - 37 - Justo valor da carteira de clientes; Passivos contingentes; Impostos diferidos associados. - 38 - 3.3 PARECER SOBRE AS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS PROFORMA DA EMITENTE A PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. elaborou o seguinte parecer sobre a informação consolidada proforma referida na Secção 3.2 supra: - 39 - - 40 - - 41 - 4. INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA ZON 4.1 INTRODUÇÃO Conforme exposto ao longo desta Secção, a ZON tem vindo a liderar um grupo empresarial de telecomunicações e multimédia com negócios nas áreas de televisão por subscrição (“Pay TV”), banda larga (fixa e móvel) e comunicações de voz (fixa e móvel), publicidade e produção de canais de Pay TV, exibição e distribuição de cinema, distribuição de vídeo e direitos audiovisuais. Estas atividades da ZON têm vindo a ser desenvolvidas através de diversas entidades, infraestruturas e plataformas, que incluem a maior rede híbrida de fibra e cabo - “HFC” existente em Portugal, uma plataforma de satélite digital e 29 complexos “multiplexes”, com 210 salas de cinema. A ZON tem estado também presente no negócio de Pay TV em Angola e Moçambique, através de uma joint-venture e operando, com a marca “ZAP”. Em 31 de março de 2013, a ZON era o maior prestador de serviços de Pay TV em Portugal, com uma quota de mercado de 49,7%4. Por sua vez, a 30 de junho de 2013, a ZON tinha cerca de 1.543 mil clientes de Pay TV - incluindo 338,7 mil clientes IRIS by ZON Fibra e 786,1 mil clientes de Triple Play – 805,3 mil clientes de banda larga fixa e 989,8 mil clientes de voz fixa5. Nos últimos anos, os investimentos na melhoria da rede dotaram a ZON da maior Rede de Nova Geração (“RNG”) nacional6, disponível em 98% dos 3,2 milhões de casas cobertas pela rede de cabo HFC, permitindo o desenvolvimento e apresentação dos produtos “ZON Fibra” e “IRIS by ZON Fibra”, a oferta de TV multi-plataforma de nova geração da ZON lançada pela ZON em janeiro de 2011, e a disponibilização de serviços de banda larga de muito alta velocidade. Adicionalmente, a plataforma de satélite que serve de complemento à rede de HFC, assegura à ZON cobertura nacional no mercado Pay TV. A 31 de março de 2013, a ZON, por intermédio da ZON Lusomundo Cinemas, assumia-se, igualmente, como o maior operador de cinemas em Portugal, tendo, no primeiro trimestre de 2013, uma quota de mercado de 62,1% em termos de espetadores e de 62,3% em termos de receita bruta 7 . A ZON era também, e por referência a 31 de março de 2013, a maior distribuidora de filmes, com uma quota de 4 Fonte: ANACOM (http://www.anacom.pt/streaming/1T13_servTVsubscricao.pdf?contentId=1161850&field=ATT ACHED_FILE – Relatório Serviço de Televisão por Subscrição - primeiro trimestre de 2013). 5 Fonte: Relatório e Contas da ZON relativo ao primeiro semestre de 2013. 6 Fonte: Informação pública divulgada pelos operadores. 7 Fonte: ICA – Newsletter do primeiro trimestre de 2013. - 42 - mercado de receitas de 55,8%7, para além de produzir e distribuir programas de televisão, incluindo canais de desporto, de filmes e séries televisivas. Em 2010, a ZON iniciou operações em África através da ZAP, uma joint-venture detida em 30% pela ZON e em 70% pela SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A., com o objetivo de desenvolver uma oferta de TV por subscrição por satélite na região. Após o lançamento de operações comerciais em Angola em julho de 2010, a ZAP expandiu, em 2011, as suas operações comerciais para Moçambique. O Grupo ZON tinha, por referência a 31 de dezembro 2012, receitas de exploração anuais de 858,6 milhões de Euros e um resultado operacional antes de impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) de 312,9 milhões de Euros 8 . Para obter informação financeira mais detalhada relativa à evolução do negócio da ZON, vide Secção 4.6 infra. Para informação detalhada sobre a estrutura do Grupo ZON e as participações detidas nas subsidiárias mais relevantes, vide Secção 6.1 infra. A análise que se apresenta de seguida deverá ser lida conjuntamente com os documentos de prestação de contas da ZON, incluindo balanços, demonstrações de resultados e respetivas notas, inseridos por remissão no presente Documento Equivalente, nos termos da Secção 8.1 infra. Todas as informações constantes da presente Secção 4 cujas fontes não sejam expressamente indicadas ao longo da mesma terão como fonte os referidos documentos de prestação de contas da ZON. 8 Fonte: Relatório e Contas da ZON relativo aos anos de 2010, 2011 e 2012. - 43 - 4.2 PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO SUBSCRIÇÃO, BANDA LARGA E VOZ Triple Play TELEVISÃO POR Quota de Mercado – 50% Banda Larga Fixa Voz Fixa Quota de Mercado – 33% (2) ZON: Televisão Quota de Mercado – 43% (1) DA Quota de Mercado – 26% As quotas de mercado assinaladas nos gráficos supra referem-se a número de clientes da ZON e são calculadas por referência a 31 de março de 2013. Fonte: Relatórios ANACOM adiante referidos e cálculos efetuados pela ZON com base nos dados da ANACOM na Voz Fixa: Relatório Televisão por subscrição - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1161915 Relatório Banda Larga - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1162197 Relatório Voz Fixa - http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1161903 - 44 - 4.2.1 Triple Play A ZON é, por referência a 30 de junho de 2013, um dos maiores operadores portugueses de Triple Play – Pay TV, banda larga e voz – com 786,1 mil clientes que contratam os três serviços à ZON, o que representa uma penetração de 65,3% da base de clientes de cabo. Adicionalmente, a ZON é líder no mercado de Pay TV em Portugal, de acordo com os dados publicados pelos operadores do setor, e um dos maiores operadores de Pay TV na Europa9, com cerca de 1.543 mil de clientes a 30 de junho de 2013. Igualmente a 30 de junho de 2013, a ZON liderava também o mercado nacional na oferta de canais HD de alta definição em Portugal, uma vez que disponibilizava um maior número de canais HD do que qualquer outro operador em Portugal10. No ECSI (European Customer Satisfaction Index) referente a 2012 11 , a ZON foi nomeada como o melhor prestador de serviços de Triple Play em Portugal. Pelo terceiro ano consecutivo, os consumidores votaram a ZON como o melhor operador de TV por Subscrição e este ano a ZON obteve o primeiro lugar nos três serviços – TV por Subscrição, Banda Larga e Voz Fixa. Em janeiro de 2011, a ZON lançou a sua nova plataforma TV “IRIS by ZON Fibra” e, já em outubro de 2011, consolidou a sua estratégia multi-plataforma com o lançamento do ZON Online para laptops, tablets e smartphones. Em setembro de 2012, a ZON lançou a funcionalidade Timewarp nessa plataforma, um serviço de gravação simplificada num servidor de dados que permite aos clientes gravar automaticamente, navegar e assistir à programação dos últimos 7 dias, consolidando a posição deste serviços como a oferta Triple Play de referência da ZON. No final de junho de 2013, o número de clientes IRIS by ZON Fibra ascendia a 338,7 mil. Em 2007, a oferta da ZON foi alargada com o serviço telefónico, que, em 30 de junho de 2013, representava 989,8 mil subscritores. Atualmente, a oferta de telefone fixo da ZON inclui chamadas ilimitadas para as redes fixas nacionais e 50 destinos internacionais, em horário noturno durante a semana e 24 horas nos fins de semanas. 9 Fonte: Relatório e Contas da ZON relativo ao primeiro semestre de 2013, website ZON (www.zon.pt) e informação pública divulgada por outros operadores na Europa. 10 Fonte: Website da Emitente (www.zon.pt) e informação pública divulgada por outros operadores em Portugal. 11 Fonte:http://www.ecsiportugal.pt/Apresentacao_Seminario_ECSI_2012_16_7_2013.pdf#Resu ltados_ECSI_2012_16julho2013. - 45 - Em maio de 2013, a ZON lançou a sua oferta integrada de Quadruple Play, que engloba o serviço de TV por Subscrição da ZON, incluindo a interface de utilização IRIS, banda larga fixa com uma velocidade de 100 Mbps, voz fixa com chamadas ilimitadas para as redes fixas nacionais e 50 destinos internacionais e uma oferta de voz móvel ilimitada. Todos estes serviços, com exceção do mobile virtual network (“MVNO”), estão suportados numa das redes de telecomunicações mais avançadas da Europa, fruto dos significativos investimentos de melhoria realizados pela ZON nos últimos 5 anos. Entre 2010 e o primeiro semestre de 2013, a receita média mensal por cliente (“ARPU”) apresentou um ligeiro decréscimo médio anual de 1,0% para Euro 34,50, um desempenho resiliente, tendo em conta a combinação de um contexto competitivo e macroeconómico desafiante e que atesta o sucesso da estratégia de aumentar o número de serviços subscritos por cada cliente e do lançamento de novas funcionalidades. Por referência a 30 de junho de 2013, merece destaque o crescimento de 0,6%, face ao primeiro semestre de 2012, das receitas de ARPU dos subscritores de cabo, excluindo as receitas provenientes de canais premium, refletindo o maior valor das propostas de serviços em pacote e a melhoria do mix de clientes, com o crescimento da penetração dos pacotes IRIS de Triple e Quadruple Play12. 4.2.2 Televisão A ZON, atuando por intermédio das empresas do grupo ZON TV Cabo, é líder no mercado de Pay TV em Portugal, com cerca de 1.543 mil de clientes, em 30 de junho de 2013, dos quais 338,7 mil clientes na plataforma IRIS by ZON Fibra, de acordo com os relatórios publicados pelos operadores. Por referência a 30 de junho de 2013, a rede de cabo/HFC detida e operada pela ZON está disponível em aproximadamente 3,2 milhões de casas, sendo as restantes habitações residenciais no território português – que são estimadas em 2,7 milhões – servidas pelo serviço de DTH (satélite) operada pela ZON. Igualmente por referência ao semestre findo em 30 de junho de 2013, a ZON apresentou um nível recorde de 54,3 mil adições líquidas de clientes IRIS by ZON Fibra, representando este serviço já 43,1% da base de subscritores de Triple Play, a grande maioria com serviços de banda larga com velocidades de acesso iguais ou superiores a 100 Mbps. O número de clientes de Triple Play registou um acréscimo 12 Fonte: Relatórios e Contas da ZON relativos aos anos de 2010 a 2012 e ao Primeiro Semestre de 2013. - 46 - anual de 7,6%, representando uma penetração de 65,3% da base de clientes de cabo, um dos níveis mais elevados do setor a nível Europeu13. A ZON Box, lançada em maio de 2008, marcou uma etapa decisiva no crescimento da ZON. O equipamento descodificador, disponível para clientes de cabo e de satélite, apresentou-se como um dos mais avançados da Europa, sendo compatível com a mais recente tecnologia de alta definição (HD). Em simultâneo, a ZON Box foi introduzida com um gravador digital incorporado, com capacidade de gravação até 400 horas, que permite controlar a emissão (parar e retomar a emissão televisiva sempre que se quiser ou retroceder até ao início do programa que está a decorrer no momento). Atualmente, os serviços disponibilizados pela nova geração de equipamentos descodificadores são um fator determinante nas ofertas Pay TV. A 30 de junho de 2013, mais de 60% dos clientes estavam equipados com uma ZON Box, aos quais a ZON disponibiliza a maior oferta de canais HD (mais de 40 canais), liderando o mercado da alta definição em Portugal14. Em janeiro de 2011, foi lançado o serviço IRIS by ZON Fibra. Trata-se de uma oferta inovadora pelos seus interface e design e pelo facto de os seus pacotes comerciais serem facilmente reconfiguráveis em função das preferências de cada cliente. Este serviço, que imediatamente se posicionou como a oferta de referência Triple Play do Grupo ZON, tem se revelado um enorme sucesso, atingindo os 100 mil clientes em menos de um ano. Este serviço, que já foi premiado internacionalmente 15, tem por base uma interface de utilização que coloca o enfoque nos conteúdos e foi concebido desde a sua origem para múltiplas plataformas, sendo o primeiro serviço em Portugal a oferecer uma experiência realmente integrada através da set-top-box, PC e tablet. O serviço é oferecido ao utilizador enquanto parte de um pacote de serviços Triple Play ou Quadruple Play, com conteúdos lineares e não lineares, podendo o pacote ser personalizado de acordo com as preferências do cliente. O ano de 2012 foi um ano de consolidação para a IRIS by ZON Fibra. Após o lançamento do Restart TV em setembro de 2011 (serviço que dá ao utilizador a possibilidade de recomeçar programas de televisão que tenham terminado nas últimas duas horas), 2012 assistiu ao lançamento da oferta do Timewarp – funcionalidade que 13 Fontes: B Sky B – “Annual Review 2012”; Ziggo – 1Q13 Results Press Release; Comhem – “Comhem’s First Quarter 2013 results”; Liberty Global – “Liberty Global Reports First Quarter 2013 Results”. 14 Fonte: Website da Emitente (www.zon.pt) e informação pública divulgada pelos outros operadores. 15 Janus Award, pelo Institut Français du Design (novembro/2010) e 'Most Innovative Design or User Interface', pelo TV of Tomorrow Show (junho/2011). - 47 - permite a gravação e posterior visualização dos últimos 7 dias de programação de televisão em mais de 70 canais de forma simples e eficaz, alavancando o investimento da ZON numa rede híbrida de cabo e fibra ótica de topo de gama a nível mundial e data centers de última geração. Já o primeiro semestre de 2013 assistiu a níveis de reconhecimento sem precedentes da IRIS por parte dos clientes e do mercado em geral, com o Timewarp a ser votado pelos consumidores como o produto do ano em marketing e inovação16. 4.2.3 Banda larga fixa Na Internet de banda larga, a ZON tinha, por referência a 30 de junho de 2013, 805,3 mil clientes, sendo o segundo operador em Portugal com uma quota de 33%17 por referência a 31 de março de 2013. Os níveis de performance e qualidade de experiência na utilização da rede operada pela ZON, incluindo a RNG, foram o catalisador para o crescimento da base de clientes de banda larga (805,3 mil clientes a 30 de junho de 2013, o que equivaleu a um aumento de 7,2% face ao primeiro semestre de 2012 e a um crescimento líquido da base de clientes de 15,3 mil subscritores face a 31 de dezembro de 201218). Face a 2010, a ZON adicionou cerca de 115 mil clientes neste serviço, um crescimento de 16,7%18. A penetração dos serviços de banda larga na base de clientes de cabo era de 66,9%, por referência a 30 de junho de 2013. Por sua vez, no final de 2012, a ZON contava com mais de 30% dos seus clientes com velocidades iguais ou superiores a 100 Megas e com mais de 90% com velocidades acima dos 12 Megas. Nas novas adições, mais de 40% têm velocidades iguais ou superiores a 100 Megas19. A forte vantagem tecnológica da ZON em termos da capacidade da sua rede permite-lhe oferecer serviços de RNG a praticamente toda a sua base de clientes. Em 30 de junho de 2013, a ZON era também líder na oferta Wi-Fi 20 . Com o ZON@FON, os clientes do serviço de Internet da ZON têm disponível gratuitamente 16 Fonte: http://www.produtodoano.com. Fonte: Anacom (http://www.anacom.pt/streaming/SAI_1trimestre2013.pdf?contentId=1161990&field=ATTACHE D_FILE) - Informação Estatística do Serviço de Acesso à Internet – Primeiro trimestre de 2013. 18 Fonte: Relatórios e Contas da ZON relativos aos anos de 2010 a 2012 e ao primeiro semestre de 2013. 19 Fonte: Relatório e Contas da ZON relativo ao ano de 2012. 20 Fonte: Website da Emitente (www.zon.pt) e informação pública divulgada por outros operadores em Portugal. 17 - 48 - mais de 500 mil hotspots Wi-Fi em Portugal e mais de 7 milhões em todo o mundo, através da rede de parceiros da FON. O serviço é totalmente gratuito e de utilização ilimitada, tendo registado um crescimento exponencial da utilização. Em 31 de dezembro de 2012, o serviço ZON@FON era usado regularmente por cerca de 25% dos clientes ZON, tendo o tráfego triplicado em 2012. Em 2013, a ZON lançou uma nova aplicação para smartphone que, após ser descarregada da App Store, identifica automaticamente os hotspots ZON@FON, em Portugal e no estrangeiro, proporcionando um processo de login muito simples. 4.2.4 Voz fixa O produto ZON Phone, destinado a oferecer serviços de comunicação de voz fixa, ultrapassou os 989,8 mil clientes a 30 de junho de 2013, tendo mantido um forte ritmo de crescimento de subscritores desde o seu lançamento em 2007 (vide 4.4 infra). Por referência a 30 de junho de 2013, a base total de clientes de voz fixa representava uma penetração de 80,7% da base de clientes de cabo, com captação líquida de 13,4 mil clientes entre 31 de dezembro de 2012 e 30 de junho de 2013. Os dados mais recentes divulgados pela ANACOM relativos às quotas do mercado de voz fixa demonstram que a quota de mercado da ZON continuava a crescer, cifrandose em 25,9% no final do primeiro trimestre de 2013, por comparação a 25,7% no final de 2012 - sendo a ZON o único dos principais operadores a registar crescimento no número de clientes de voz fixa21. A 15 de dezembro de 2011, foi apresentado um serviço inovador: a App ZON Phone. A ZON reforçou assim a sua aposta no complemento da sua oferta com serviços OTT (over-the-top). Depois da parceria FON para acesso internet, do lançamento do ZON Online, foi também lançada uma versão do ZON Phone para smartphone e tablet (sistema operativo iOS e Android). Trata-se de uma aplicação que permite realizar e receber chamadas utilizando o número fixo do serviço ZON Phone e utilizando exatamente o mesmo tarifário e as mesmas funcionalidades configuradas para o telefone de casa. A app funciona em qualquer ligação Wi-Fi, podendo tirar partido dos mais de 7 milhões de hotspots FON a nível mundial. 21 Fonte: Relatório da ANACOM sobre Informação Estatística do Serviço Telefónico Fixo relativo ao primeiro trimestre de 2013 (http://www.anacom.pt/streaming/STF1trimestre2013.pdf?contentId=1161961&field=ATTACHE D_FILE) - 49 - Atualmente, a oferta de telefone fixo da ZON inclui chamadas ilimitadas para as redes fixas nacionais e 50 destinos internacionais, em horário noturno durante a semana e 24 horas nos fins de semana. 4.2.5 Voz e banda larga móvel A ZON tem fornecido também serviços de voz e Internet banda larga móvel, no quadro de um acordo de MVNO com a Vodafone Portugal. Em maio de 2013, a ZON lançou a sua oferta Quadruple Play, que engloba o serviço de TV por Subscrição da ZON, incluindo a interface de utilização IRIS, banda larga fixa com uma velocidade de 100 Mbps, voz fixa com chamadas ilimitadas para as redes fixas nacionais e 50 destinos internacionais e uma oferta de voz móvel ilimitada. 4.2.6 Empresarial A ZON tem vindo a consolidar, nos anos recentes, a sua oferta e a sua presença nos mercados de grandes empresas (“Grandes Empresas”) e de SoHo (Small Office Home Office), assim como PMEs (“Pequenas e Médias Empresas”). Na área das Grandes Empresas e por referência ao ano de 2012, a ZON aumentou a sua penetração no mercado com serviços de dados (VPN MPLS, circuitos ethernet dedicados e acessos dedicados de Internet até 10 Gbps) e de voz (soluções de comunicações unificadas, acesso direto em SIP, serviços inteligentes – 800, 808, 707, etc.). A ZON alargou, adicionalmente, a capacidade para dar resposta às necessidades dos seus clientes em Managed Services5. Por forma a assegurar uma cobertura nacional do esforço comercial, a ZON reforçou as suas equipas de venda e de pré-venda, e realizou parcerias com fornecedores e integradores dedicados em exclusivo ao mercado de Grandes Empresas. A ZON serve clientes em diversos setores como: banca, indústria, construção e setor público. Adicionalmente, a ZON tem vindo a apostar em alargar a penetração de mercado nos serviços de carrier para outros operadores de telecomunicações (p. ex., ligações ethernet ponto a ponto e back-hauling). A ZON vem igualmente crescendo de forma sustentada nos segmentos SoHo e PMEs, tendo reforçado a sua aposta através do produto ZON Office (central telefónica IP-PBX integrada no ZON HUB) e introdução de Cloud Apps (aplicações na cloud para faturação, helpdesk, prescrição médica, etc.). Os novos pacotes de entrada para pequenas empresas como o STARTUP e a introdução de uma lógica modular na oferta permitiram uma melhor adequação às necessidades dos clientes. - 50 - No primeiro trimestre de 2013, a ZON angariou um contrato muito relevante com um dos principais bancos de retalho em Portugal, presente em Portugal Continental e nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores. Este acordo contribui para fortalecer a reputação da ZON enquanto fornecedora competitiva de serviços de telecomunicações para o setor empresarial, alavancando a capilaridade e sofisticação da sua rede. 4.2.7 Rede e tecnologia A ZON tem colocado ao dispor dos seus clientes uma das redes de telecomunicações mais avançadas da Europa. De facto, e principalmente devido ao esforço de modernização e upgrade da rede realizado entre 2008 e 2012 (que resultou num investimento acumulado de 832 milhões de Euros nesses 5 anos), a ZON construiu uma RNG disponível na quase totalidade das suas 3.2 milhões de casas cobertas pela rede HFC. A rede HFC construída pela ZON permite elevadas velocidades de acesso à Internet em Portugal, a maior oferta de canais HD e avançados serviços de Video-on-Demand. Adicionalmente, o investimento de rede realizado pela ZON nos últimos anos teve em atenção o crescimento expectável do consumo de tráfego Internet. A ZON é atualmente proprietária da grande maioria da referida rede HFC devido ao investimento significativo realizado no âmbito do projeto ZON – IN, que consistiu na construção de fibra própria ao nível da rede primária e no realojamento de Hubs na sua infraestrutura22. 4.2.8 Marca ZON A ZON apresenta-se como uma marca incontornável nos mercados de Triple Play e de Pay TV, o que contribuiu para o reforço da lealdade e a preferência dos seus clientes. O ano 2011 caracterizou-se por uma nova fase na estratégia de comunicação da ZON, mais high-tech e sofisticada – alavancada no lançamento de um serviço pioneiro e inovador no mercado – o sistema IRIS by ZON Fibra. Este lançamento permitiu um reforço na comunicação dos valores core da marca, especialmente ao nível da inovação, juventude e modernidade, reforçando a confiança e credibilidade na empresa, bem como na sua qualidade do serviço e apoio ao cliente. A publicidade da ZON tem sido premiada com medalhas de prata e bronze nos últimos três anos nos prémios CAP Awards instituídos pela secção europeia de CTAM, The 22 Do total da sua rede HFC, a ZON detém 98,2% do total de pares de fibra e 100% do cabo coaxial. - 51 - Cable & Telecommunications Association for Marketing. Em 2011, a campanha de lançamento de ZON ÍRIS foi premiada com Medalha de Ouro na categoria “New Brand Launches and Rebrands”. Em 2012, a notoriedade da marca atingiu os mais elevados níveis de sempre, com valores acima dos 88%. A propósito do lançamento da funcionalidade Timewarp, foram feitos centenas de testemunhos nas redes e impactados mais de 220.000 utilizadores. Segundo o Estudo “Marcas Líderes no Facebook” da eLife, em outubro, a ZON aparece mesmo no Top 2 das marcas com mais engagement no Facebook em Portugal, graças ao lançamento da funcionalidade Timewarp e a referências à Liga ZON Sagres. No final do ano de 2012, a comunicação “IRIS by ZON Fibra” foi distinguida com o prémio de Ouro na categoria “Telecomunicações e Media” dos Prémios de Eficácia da APAN/Grupo de Consultores, uma distinção que premeia a criatividade e inovação da linha de comunicação lançada em 2011, bem como os resultados de marca e de negócio atingidos. 4.2.9 Outros negócios 4.2.9.1 Cinemas A ZON opera, através da ZON Lusomundo Cinemas – detida a 100% pela ZON –, a cadeia líder de mercado em Portugal com 210 salas de cinema, em 29 complexos comerciais em todo o território português. No primeiro trimestre de 2013, a ZON Lusomundo Cinemas teve uma quota de mercado de 62,1% em termos de espetadores e de 62,3,% em termos de receita bruta7. A ZON tem respondido às necessidades dos espetadores de cinema, introduzindo novas tecnologias que têm permitido melhorar a experiência de cinema, com a introdução de melhor qualidade de som e de imagem. A empresa tem 100% das suas salas com equipamentos de projeção digital, sendo que, desses, 40% têm tecnologia de projeção 3D Real D9. A introdução em dezembro de 2012 da tecnologia HFR (High Frame Rate) permitiu a introdução de imagens mais imersivas, mais nítidas e realísticas através do aumento de número de fotogramas por segundo (de 24 para 48). Para além da exibição comercial de filmes, a ZON passou ainda a exibir conteúdos alternativos de desporto, música e bailado ao vivo ou gravados em 2D ou 3D. Em junho de 2013, a ZON Lusomundo Cinemas, em parceria com a IMAX, corp e a Sonae Sierra, abriu a primeira sala de cinema IMAX@DMR – Digital 3D em Portugal. Esta nova tecnologia caracteriza-se por: (i) uso de ecrãs gigantes; (ii) maior resolução de imagem, o que permite reduzir a distância dos espetadores em relação ao ecrã; (iii) uso de um leque mais diversificado de efeitos sonoros; e (iv) design especial da plateia. - 52 - Em 2012, a ZON Lusomundo Cinemas vendeu 7,815 milhões de bilhetes e exibiu 307 filmes, num número total de cerca de 345 mil sessões de cinema. 4.2.9.2 Audiovisuais e conteúdos A ZON atua também no segmento da distribuição de produtos audiovisuais e conteúdos, através das empresas ZON Lusomundo Audiovisuais, ZON Conteúdos, ZON Lusomundo TV, Dreamia e Sport TV. A ZON Lusomundo Audiovisuais distribui filmes para cinema, vídeos para venda (formato DVD e Blue-Ray) e produtos Video on Demand. Esta atividade é desenvolvida ao abrigo de contratos de distribuição celebrados tanto com as principais produtoras cinematográficas (por exemplo, Universal, Disney, Paramount/Dreamworks), como com produtoras independentes (Icon, Revolution Studios, Spyglass, entre outras). Na área de distribuição de filmes para cinema, a ZON Lusomundo Audiovisuais é líder em Portugal, tendo registado uma quota de mercado de 56,9% em espetadores e 55,8% em receita, bem como distribuído no primeiro trimestre de 2013 4 títulos do Top10 de bilheteira em Portugal 7. No negócio de conteúdos de televisão, a ZON, através da ZON Lusomundo TV e da ZON Conteúdos, produz e distribui os canais premium de cinema TV Cine e o canal de séries TV Séries. Através da empresa DREAMIA, uma Joint-Venture entre a ZON e a Chello-Multicanal, a ZON também produz 4 dos canais de TV por subscrição de maior audiência em Portugal, nomeadamente os canais: Panda, Panda Biggs, MOV e Hollywood 23. No quadro de uma parceria com a empresa Sportinveste, a ZON detém uma participação de 50% na empresa Sport TV - empresa que produz os canais premium líderes no segmento desportivo em Portugal. Em dezembro de 2012, a ZON alcançou um acordo com a PT e a Sportinveste para consolidar as participações que estas empresas detinham na Sport TV Portugal S.A., (“Sport TV”), na Sportinveste Multimédia, SGPS, S.A., e na PPTV Publicidade de Portugal e Televisão, S.A., e das suas respetivas operações, numa única entidade que passará a gerir os direitos desportivos de TV e Multimédia detidos por essas entidades. Em resultado das transações necessárias para consolidar estas operações, a ZON reduzirá a sua participação na Sport TV para 25%, recebendo um encaixe 23 Fonte: Audiências GfK. - 53 - financeiro de cerca de 46 milhões de Euros. A efetivação deste acordo está dependente da aprovação por parte da Autoridade da Concorrência e da obtenção de financiamento autónomo pela Sport TV. 4.2.9.3 ZAP A ZAP opera nos mercados de Angola, desde 2010, e Moçambique, desde 2011, sendo uma joint-venture detida em 30% pela Emitente e em 70% pela SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A., uma sociedade angolana controlada pela Eng.ª Isabel dos Santos. A ZAP opera nos mercados de televisão paga de Angola e Moçambique, suportada em tecnologia DTH através do satélite Eutelsat W7. Em 2012, Angola e Moçambique foram mercados de forte crescimento económico, que se refletiu no desenvolvimento de uma classe média cada vez mais numerosa, com apetência e poder de compra para o consumo de serviços de televisão paga. Segundo as mais recentes estimativas do FMI (de outubro de 2012), em 2012 o PIB real de Angola e Moçambique estima-se que tenha crescido 3,9% e 7,5%, respetivamente8. A televisão paga tem acompanhado o crescimento das economias destes países, tendo a ZAP sido, desde o seu lançamento, um dos principais dinamizadores do mercado, mercê de uma oferta de produtos inovadora e desenhada para os diversos segmentos de consumidores, de uma comunicação desenhada para as realidades locais e de uma estratégia comercial orientada aos objetivos de crescimento da operação, aspetos fortemente alicerçados em recursos locais e em sinergias com a operação da ZON em Portugal. Atualmente a ZAP passou a oferecer aos seus clientes pacotes de canais: “ZAP Mini”, com cerca de quarenta canais, “ZAP Max”, com cerca de 90 canais, e “ZAP Premium”, com cerca de 110 canais disponíveis (dos quais quinze em HD) e ainda o pacote “ZAP Plus” com 10 canais adicionais, comercializado como add-on aos restantes pacotes. A forte aposta em campanhas publicitárias na TV, rádio e imprensa escrita permitiu que a ZAP se consolidasse como uma das marcas com maior índice de notoriedade no mercado. Adicionalmente, o aumento da abrangência da sua rede comercial foi também uma das prioridades da ZAP desde o seu lançamento. Em Angola, a rede de distribuição da ZAP contava, no final de 2012, com 13 lojas próprias, 700 agentes autorizados e cerca de 200 vendedores porta-a-porta. Em Moçambique, a estrutura da ZAP contava com 5 lojas próprias e cerca de 120 agentes autorizados, no final de 20128. - 54 - No final de 2012, a equipa da ZAP contava com um total de cerca de 360 colaboradores localizados em Angola e Moçambique, o que tem sido um dos principais pilares para o sucesso do crescimento da operação. Para além dos postos de trabalho diretos, a ZAP tem contribuído para o desenvolvimento das economias locais proporcionando a criação de um número estimado de mais de 1.300 postos de trabalho indiretos (call center, vendedores porta a porta, etc.)8. Em 2012, a ZAP lançou um pacote de cerca de 10 canais de língua francesa como add on aos pacotes base e onde se incluem os canais Tiji, France 2, France 3, France 5, LCI, entre outros. Adicionalmente, foram incluídos nos pacotes já existentes canais de qualidade reconhecida internacionalmente, tais como os canais FOX HD, FOX Life HD, Discovery Science, 24 Kitchen, TLC, Disney Channel e Disney Junior – tendo sido ainda reforçada a oferta de canais em português com a introdução do ZAP Viva, Porto Canal, Afromusic Concerts e SportTV África 2. Em setembro de 2012, a ZAP passou também a disponibilizar aos seus clientes o serviço Pay-Per-View ZAP. 4.3 RESUMO DA PERFORMANCE OPERACIONAL REFERÊNCIA A 30 DE JUNHO DE 2013 DA ZON POR 2010 2011 2012 1S13 2012 / 2010 (5) 1S13 / 2010 (5) 3.190,7 3.147,4 2,25 1.571,6 1.163,9 642,3 55,2% 407,6 690,2 777,6 107,9 35,4 3.152,6 3.315,1 2,36 1.567,1 1.178,4 708,7 60,1% 388,7 739,2 883,9 125,0 35,7 3.243,2 3.467,0 2,45 1.570,1 1.209,6 772,6 63,9% 360,5 790,0 976,4 130,5 34,5 3.270,9 3.478,5 2,48 1.543,3 1.203,3 786,1 65,3% 340,0 805,3 989,8 140,1 34,5 0,8% 5,0% 4,4% (0,0%) 1,9% 9,7% 4,3pp (6,0%) 7,0% 12,1% 10,0% (1,3%) 1,0% 4,1% 4,1% (0,7%) 1,3% 8,4% 4,1pp (7,0%) 6,4% 10,1% 11,0% (1,0%) 4,7 9.100,6 213 4,9 8.742,2 217 4,8 7.814,6 210 4,6 3.542,8 210 1,6% (7,3%) (0,7%) (0,4%) n.a. (0,6%) Indicadores de Negócio ('000) TV por Subscrição, Banda Larga e Voz Casas Passadas (1) RGUs (2) RGUs de Cabo por Subscritor (unidades) (3) Subscritores (4) dos quais Subscritores de Cabo Clientes de Triple Play % Clientes Cabo com Triple Play dos quais Subscritores de Satélite Banda Larga Fixa Voz Fixa Mobile ARPU Global (Euros) Exibição Cinematográfica Receitas por Espetador (Euros) Bilhetes Vendidos Salas (unidades) (1) O número de Casas Passadas foi corrigido no 3T11, consistindo numa atualização da base de dados em 86,5 mil Casas Passadas. Os dados referentes a trimestres anteriores não foram reexpressos. (2) O número total de RGUs reportado reflete a soma dos subscritores de TV por Subscrição, Banda Larga, Voz Fixa e M obile. (3) RGUs de Cabo por Subscritor correspondem à soma dos subcritores de Cabo de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz divididos pelo número de subscritores de TV por Subscrição por Cabo. (4) Os números apresentados referem-se ao número total de clientes do serviço básico da ZON M ultimédia, incluindo as plataformas de cabo e de satélite. Saliente-se que a ZON M ultimédia oferece vários serviços básicos, suportados em diversas tecnologias, direcionados para diferentes segmentos de mercado (doméstico, imobiliário e empresarial), com distinto âmbito geográfico (Portugal Continental e ilhas) e com um número variável de canais. (5) Taxa de crescimento médio anual. Nota: Estes indicadores referem-se às operações Portuguesas. - 55 - 4.4 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS Entre 2010 e 2012, o CAPEX realizado pela ZON ascendeu a 521,1 milhões de Euros.24 O ano 2010 encerrou um período de crescimento acelerado do CAPEX que permitiu à ZON digitalizar uma parte significativa da sua base de clientes cabo (77% dos clientes cabo tinham serviços digitais em dezembro de 2010), aumentar significativamente a penetração de serviços Triple Play (55,2% da sua base de clientes cabo) e instalar uma Rede de Nova Geração em mais de 3 milhões de lares capaz de oferecer aos seus clientes ligações de Internet com velocidades de 360Mbps e serviços de televisão interativos e inovadores. Este ciclo de investimento foi de grande importância para o lançamento no ano seguinte da plataforma IRIS, um serviço que recebeu vários prémios internacionais15, pelo seu carácter inovador e funcionalidades best-in-class. Os anos de 2008 a 2010 foram assim marcados por um forte investimento no negócio de Pay TV da ZON decorrente de (i) aumento significativo da penetração de serviços de televisão digital e pacotes Triple Play e (ii) melhorias de redes e infraestruturas através da implementação de uma Rede de Nova Geração HFC assente em Eurodocsis 3.0, do processo do cell spliting, do projeto ZON IN (através do qual a ZON desenvolveu a sua própria rede primária substituindo a infraestrutura previamente alugada ao operador incumbente) e da construção de um novo data center de Nova Geração, capaz de consolidar toda a infraestrutura de sistemas de informação da ZON e toda a componente aplicacional de suporte ao negócio. Para além do CAPEX de rede elevado neste período e de investimentos não recorrentes associados ao processo de spin-off do Grupo Portugal Telecom, a ZON levou também a cabo um programa de CAPEX orientado para o cliente associado ao aumento do número de set-top boxes e EMTAs instaladas em casa do cliente por via do aumento de funcionalidade e da inclusão da Alta Definição (ZON Boxes HD e EMTAs). O ano 2010 foi igualmente marcado pela implementação com sucesso de um processo de recuperação e reinjeção de equipamentos desativados em casa de clientes, que a par dos níveis já elevados de penetração de set top boxes de Nova Geração, originou uma inversão na tendência do investimento em equipamento terminal. Desta forma, o CAPEX Total ascendeu a 248,1 milhões de euros em 2010, enquanto o CAPEX Recorrente decresceu para 178,3 milhões em 2010. 24 A informação constante desta Secção 4.4 tem por base os relatórios e contas da ZON relativos aos anos de 2010 a 2012. - 56 - A partir de 2011, verificou-se uma redução acentuada do CAPEX da ZON para níveis mais próximos dos evidenciados pelos operadores internacionais de redes cabo, fixando-se num valor de 17,5% da receita em 2011 e 14,3% da receita em 2012. A evolução anual de CAPEX da ZON para o período 2010 e 2012 é apresentada no gráfico seguinte. CAPEX Total (Milhões de Euros) Conforme referido, o nível de CAPEX reduziu-se gradual e significativamente nos anos 2011 e 2012 quando comparado com 2010. O CAPEX total em 2011 ascendeu a 149,9 milhões de euros, sendo que o CAPEX Recorrente atingiu os 140,5 milhões de euros enquanto que, em 2012, o CAPEX total decresceu para 123,1 milhões de euros, uma redução de 17,9% face a 2011. O equipamento terminal, no montante de 33,2 milhões de euros, representou 27% do CAPEX em 2012, um nível muito inferior ao dos anos anteriores. Este decréscimo é o reflexo do efeito combinado da já elevada penetração de serviços digitais e Triple Play e, consequentemente, da menor necessidade de CAPEX de cliente, com o sucesso do processo de recuperação, reacondicionamento e reinjeção de equipamentos. O CAPEX Total representou 16,3% das receitas de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz e 14,3% do total de receitas de exploração da ZON em 2012, refletindo os investimentos de manutenção necessários e ainda algum investimento direcionado para o crescimento. O investimento da ZON nestes 2 últimos anos continuou a traduzir-se numa forte capacidade de inovação tecnológica. No início de 2011, foi lançado o já mencionado serviço IRIS by ZON Fibra, uma oferta Triple Play de referência inteiramente nova, proporcionando uma experiência televisiva revolucionária. A nova interface de utilizador foi desenvolvida pela NDS com base no premiado software “Snowflake”, que conheceu a sua estreia a nível mundial na plataforma ZON. Esta nova interface possui diversas funções que a destacaram de outros sistemas, entre as quais a gestão avançada de gravações, Restart TV, pesquisa inteligente e pesquisa cruzada, recomendações baseadas em preferências e personalização de serviços adicionais. - 57 - Durante o quarto trimestre de 2011, a interface IRIS foi também disponibilizada em laptops, tablets e smartphones, permitindo assim o acesso remoto à programação de TV e a funcionalidades de EPG, tais como a gravação de programas e acesso ao arquivo e ao videoclube, através da plataforma ZON Online. No final de 2011, a base de clientes IRIS já atingia os 97 mil clientes. No primeiro trimestre de 2012, a ZON lançou uma nova e inovadora funcionalidade para os seus clientes de Voz Fixa, a aplicação ZON Phone, que lhes permite utilizar os seus smartphones para realizar e receber chamadas utilizando os seus números de telefone e tarifários fixos, onde quer que estejam, desde que tenham acesso a uma rede Wi-Fi. Em maio de 2012, a plataforma ZON Online foi estendida também a smartphones, com o lançamento da sua aplicação para iPhone. O grande desenvolvimento de 2012 teve lugar em agosto, com o lançamento da funcionalidade Timewarp para a base de clientes IRIS. A ZON foi o primeiro operador a nível mundial a oferecer um serviço deste género, um serviço de gravação simplificada que permite aos clientes navegar e assistir à programação dos últimos 7 dias, que é gravada, após opção por parte do cliente, num servidor de dados central. Os clientes podem assistir aos seus programas favoritos que tenham sido transmitidos na última semana, utilizando a interface de TV premiada e de fácil utilização da IRIS. No final de 2012, a ZON já registava 235 mil clientes IRIS, um crescimento de 138 mil clientes face ao final de 2011. No final do primeiro semestre de 2013, o número de clientes IRIS ascendia já aos 338,7 mil. O CAPEX no primeiro semestre de 2013 ascendeu a 55,8 milhões de euros, um decréscimo de 2,6% em comparação com o primeiro semestre de 2012, permanecendo em níveis normalizados de cerca de 15% das receitas core de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz no primeiro semestre de 2013. Estes níveis recorrentes refletem o necessário investimento de rede e de manutenção, acomodando ainda algum CAPEX relacionado com o crescimento. O CAPEX Total como percentagem das Receitas de Exploração cifrou-se em 13,1% no primeiro semestre de 2013. Em suma, a ZON construiu uma moderna e independente Rede de Nova Geração com ampla capacidade e flexibilidade para acomodar os previsíveis requisitos de desenvolvimentos do negócio nos próximos anos e através da qual disponibilizava aos seus clientes os mais avançados e inovadores serviços de televisão e de Internet. 4.5 HISTORIAL FINANCEIRO DA ZON A análise que se apresenta de seguida deverá ser lida conjuntamente com os seguintes documentos de prestação de contas da ZON (inseridos por remissão no - 58 - presente Documento Equivalente, nos termos descritos em 8.1. infra), os quais podem ser consultados nos websites da CMVM (www.cmvm.pt) e da ZON (www.zon.pt): (i) Relatórios e contas anuais individuais e consolidados da ZON relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2012, incluindo relatórios e pareceres da Comissão de Auditoria, relatórios dos auditores, a certificação legal de contas e as notas às demonstrações financeiras; (ii) A divulgação dos resultados consolidados, sujeitos a revisão limitada, relativos ao primeiro semestre de 2013, efetuada pela ZON no dia 24 de julho de 2013; e (iii) Relatórios e contas consolidados relativos a 30 de junho de 2012 e 30 de junho de 2013, incluindo relatórios de revisão limitada dos auditores, a revisão legal de contas e as notas às demonstrações financeiras. 4.6 ANÁLISE DA EXPLORAÇÃO E DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA ZON A análise efetuada neste capítulo é apresentada em milhões de Euros, exceto quando indicado em contrário, e foi preparada a partir da informação financeira acima referida, divulgada pela ZON no respetivo website e no website da CMVM acima mencionados. A informação da ZON relativa ao período financeiro coberto por este Documento Equivalente (exercícios de 2010, 2011 e 2012 e primeiros semestres de 2012 e 2013), foi baseada nos documentos de prestação de contas da ZON acima referidos, os quais foram sujeitos a auditoria no caso dos exercícios de 2010, 2011 e 2012 e revisão limitada no caso dos primeiros semestres de 2012 e 2013, bem como elaborados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS/IAS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), tal como adotadas pela União Europeia. Para mais informação sobre as políticas contabilísticas adotadas pela ZON ao tempo de elaboração das informações financeiras ora objeto de análise, consultar as notas às demonstrações financeiras consolidadas relativas aos períodos referidos, as quais se encontram inseridas por remissão. Certos valores apresentados no Documento Equivalente, incluindo informações financeiras e operacionais apresentadas em milhões, foram sujeitos a arredondamento e, como resultado, os totais dos referidos valores podem variar ligeiramente dos totais aritméticos reais de tais informações. As variações dos dados financeiros e outros expressas em montante e/ou percentagem são calculadas usando os dados numéricos das demonstrações - 59 - financeiras incluídas no Documento Equivalente ou a apresentação tabular de outros dados (sujeitos a arredondamentos) contidos no Documento Equivalente, conforme aplicável, e não usando os dados numéricos na descrição narrativa dos mesmos. 4.6.1 Evolução dos principais indicadores financeiros Milhões de Euros Demonstração de Resultados Receitas de Exploração TV por Subscrição, Banda Larga e Voz Audiovisuais Exibição Cinematográfica Internacional Outros e Eliminações Custos Operacionais, Excluindo Amortizações Custos com Pessoal Custos Diretos dos Serviços Prestados Custos Comerciais (1) Outros Custos Operacionais EBITDA (2) Margem EBITDA Amortizações Resultado Operacional (3) Outros Custos / (Proveitos) EBIT (Res. Antes de Resultados Financeiros e Impostos) (Custos) / Ganhos Financeiros Líquidos (Perdas) / Ganhos em Empresas Participadas, Líquidas Resultado Antes de Impostos e Interesses Minoritários Imposto Sobre o Rendimento Resultado das Operações Continuadas Interesses Minoritários Resultado Consolidado Líquido 2010 2011 2012 1S13 2012 / 2010 (4) 872,3 785,8 73,0 61,5 0,0 (48,0) (570,0) (58,3) (251,7) (74,8) (185,1) 302,4 34,7% (219,6) 82,8 (0,6) 82,3 (28,2) (7,9) 46,1 (9,3) 36,8 (1,3) 35,4 854,8 772,4 72,4 59,2 0,0 (49,2) (543,6) (59,3) (243,9) (62,1) (178,3) 311,2 36,4% (217,6) 93,6 (1,0) 92,7 (32,7) (10,3) 49,6 (14,8) 34,8 (0,6) 34,2 858,6 755,0 70,0 52,8 31,6 (50,8) (545,7) (59,8) (243,4) (66,0) (176,5) 312,9 36,4% (214,6) 98,3 (1,0) 97,3 (42,4) (0,2) 54,9 (18,0) 36,9 (0,9) 36,0 425,0 372,1 34,1 23,9 21,0 (26,1) (261,4) (27,0) (120,3) (28,3) (85,8) 163,6 38,5% (103,6) 59,9 0,5 60,5 (25,5) (0,2) 34,9 (10,2) 24,7 (0,4) 24,4 (0,8%) (2,0%) (2,1%) (7,3%) n.a. 3,0% (2,2%) 1,3% (1,7%) (6,1%) (2,4%) 1,7% 0,4pp (1,1%) 9,0% 33,1% 8,8% 22,6% (83,4%) 9,1% 38,7% 0,1% (19,7%) 0,8% (1) Custos Comerciais incluem Comissões, M arketing e Publicidade e Custos das M ercadorias Vendidas. (2) EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações. (3) Resultado Operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Custos com redução de efetivos ± Imparidade do Goodwill ± M enos/M ais valias na Alienação de Imobilizado ± Outros Custos/Proveitos. (4) Taxa média de crescimento anual. (Milhões de Euros) Balanço Consolidado 2010 2011 2012 1S13 Ativo Corrente Ativo Não Corrente Total do Ativo Passivo Corrente Passivo Não Corrente Total do Passivo Capital Próprio Total do Passivo e Capital Próprio 531,4 1.119,3 1.650,7 398,7 1.001,8 1.400,5 250,2 1.650,7 708,9 1.076,7 1.785,6 789,1 761,5 1.550,6 235,0 1.785,6 542,3 1.068,7 1.611,0 651,8 739,9 1.391,7 219,2 1.611,0 366,6 1.005,1 1.371,7 427,8 736,8 1.164,6 207,1 1.371,7 (Milhões de Euros) Outros Indicadores Financeiros 2010 2011 2012 1S13 CAPEX Free Cash Flow Dívida Financeira Líquida Dívida Financeira Líquida / EBITDA 248,1 (47,8) 793,1 2,1x 149,9 51,5 637,5 2,0x 123,1 106,5 605,0 1,9x 55,8 37,2 605,2 1,9x - 60 - Entre 2010 e 2012, a ZON conseguiu uma performance muito positiva ao nível dos seus principais indicadores financeiros, revelando uma significativa capacidade de resiliência, ao nível da sua receita, e de crescimento, ao nível da sua rentabilidade. Nesse período, a ZON conseguiu limitar o decréscimo da sua receita a uma média anual de 0,8% e obter um crescimento ao nível do EBITDA a uma média anual de 1,7%, fruto da resiliência das receitas do seu negócio doméstico, do bom desempenho do seu negócio internacional e da sua disciplina financeira. Esta performance ganha ainda mais destaque quando tomado em consideração o enquadramento concorrencial e macroeconómico global do mercado em que a ZON opera. O resultado consolidado líquido da ZON revelou também uma tendência relativamente estável de 2010 para 2012, tendo crescido a uma taxa média anual de 0,8%. 4.6.1.1 Receitas de Exploração As Receitas de Exploração da ZON cifraram-se em 858,6 milhões de euros em 2012, representando um acréscimo de 0,4% face ao ano de 2011. Em 2011, as Receitas de Exploração tinham registado um decréscimo de 2,0% face ao ano de 2010. As receitas de TV por subscrição, banda larga e voz tiveram um bom desempenho ao nível das receitas provenientes das tarifas fixas, tendo, no entanto, sentido pressão decorrente do decréscimo anual de 13,4% das receitas de canais premium e tendo registando, assim, um decréscimo anual de 2,3% para 755,0 milhões de euros. Excluindo o efeito das receitas de ARPU premium, em 2012, as receitas core de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz mantiveram-se estáveis face a 2011. As receitas de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz decresceram 1,7% em 2011 em comparação com 2010. Em 2012, as receitas de ARPU dos subscritores de cabo, excluindo as receitas provenientes de canais premium, aumentaram 1,3% face a 2011, refletindo a maior estabilidade da base de clientes e o maior valor das propostas de serviços em pacote, nomeadamente através do aumento da penetração da IRIS. O ARPU Base, excluindo o efeito do menor nível de receitas da subscrição de canais premium, de caráter discricionário, registou um decréscimo anual de 1,3% em 2012, em resultado da combinação da estabilidade dos serviços de Triple Play e do crescimento dos RGUs e do aumento na subscrição dos pacotes de topo de gama IRIS, com a diluição provocada pelos pacotes de nível de entrada. Excluindo o impacto destas ofertas de gama mais baixa, o ARPU Base teria crescido marginalmente em 0,5%. O desempenho das receitas de ARPU base de Triple Play em 2012 confirmou a resiliência destes serviços ao cenário económico desafiante. No entanto, os - 61 - consumidores têm exibido padrões de consumo mais cautelosos no que diz respeito aos elementos mais discricionários da sua fatura mensal, tais como os canais premium, levando à materialização de uma maior pressão sobre essas receitas. As receitas da divisão de Audiovisuais da ZON registaram um decréscimo de 3,3% em 2012 de 72,4 milhões de euros para 70 milhões de euros, continuando a ser afetadas pelo decréscimo das vendas de homevideo, bem como pela diminuição das receitas provenientes da venda de direitos sobre conteúdos a canais de sinal aberto. Em 2011, as receitas da divisão de Audiovisuais tinham apresentado um decréscimo ligeiro de 0,8%. As receitas de exibição cinematográfica decresceram 10,8% em 2012 face a 2011, para 52,8 milhões de euros, refletindo essencialmente o impacto da redução de 10,6% do número de bilhetes vendidos. Durante o ano de 2011, as receitas de Exibição Cinematográfica registaram uma queda de 3,7%. No primeiro semestre de 2013, a ZON registou uma quebra de 0,8% das suas receitas em relação ao primeiro semestre de 2012, para 425 milhões de euros. Este desempenho foi bastante influenciado pelo difícil contexto macroeconómico sentido em Portugal, que se refletiu de forma muito significativa nas receitas obtidas com canais Premium. 4.6.1.2 EBITDA No ano de 2012, o EBITDA cresceu 0,5% para 312,9 milhões de euros, registando-se a manutenção da margem EBITDA (36,4%) face a 2011, ano em que o EBITDA cresceu 2,9% face a 2010, para 311,2 milhões de euros, representando um crescimento da margem EBITDA de 1,7%. EBITDA (Milhões de Euros) e Margens EBITDA (%) - 62 - A melhoria anual do EBITDA, num contexto de grande retração do consumo, sublinha o forte enfoque no controlo e redução dos custos, tendo vindo a ser obtida devido aos esforços para garantir maior eficiência na estrutura de custos e ao ambiente de rotatividade de clientes mais reduzido. Os custos operacionais consolidados, excluindo depreciações e amortizações, diminuíram em 4,6% no ano de 2011 e tiveram um aumento marginal de 0,4% em 2012. No primeiro semestre de 2013, o EBITDA consolidado da ZON cifrou-se em 163,6 milhões de euros, representando um crescimento de 3,2% face ao primeiro semestre de 2012. Igualmente no primeiro semestre de 2013, a margem EBITDA da ZON foi de 38,5%, o que representou um crescimento de 1,5 pontos percentuais face ao primeiro semestre de 2012. 4.6.1.3 Custos operacionais consolidados Os custos operacionais consolidados registaram um crescimento marginal de 0,4% para 545,7 milhões de euros no ano de 2012. No entanto, estes valores não são diretamente comparáveis, devido à consolidação proporcional da joint venture Africana, ZAP, a partir do primeiro trimestre de 2012. Excluindo o impacto da consolidação da ZAP, os custos operacionais decresceram 3,8% no ano de 2012. Os custos com pessoal mantiveram-se relativamente estáveis no ano de 2012, com 59,8 milhões de euros, em comparação com os 59,3 milhões de euros que foram registados em 2011, ano em que tinham crescido 1,7% face a 2010. Excluindo o efeito da consolidação da ZAP, os custos com pessoal comparáveis decresceram 3,5%. Os custos diretos ascenderam a 243,4 milhões de euros em 2012, 0,2% abaixo do valor registado em 2011. Excluindo o impacto da consolidação da ZAP, os custos diretos decresceram 1,8% no ano de 2012. Ao longo do ano, foram obtidas poupanças relevantes em alguns contratos relacionados com custos de programação e também em resultado da continuação dos esforços de otimização da utilização da infraestrutura de telecomunicações. Em 2011, os custos diretos tinham decrescido 3,1% face a 2010. Após um decréscimo significativo de 17% dos custos comerciais em 2011 face a 2010, em 2012 tais custos tiveram um aumento de 6,3% face a 2011. Os custos comerciais, excluindo o impacto da consolidação da ZAP, decresceram em 13,2% no ano de 2012, em resultado de um decréscimo no nível de comissões pagas e de custos com marketing. Nos custos comerciais totais verificou-se um crescimento de 6,3% em 2012, sendo que excluindo o impacto da consolidação da ZAP os custos comerciais decresceram - 63 - 13,2%, mantendo-se a tendência verificada no ano anterior. A redução dos custos comerciais, entre 2010 e 2012, em Portugal resultou de uma utilização mais eficiente dos canais de venda, de um ambiente competitivo e promocional menos agressivo, impulsionando menores níveis de desligamentos e de custos relacionados com vendas. Os restantes custos operacionais diminuíram 1,0% em 2012 face a 2011, para 176,5 milhões de euros, após uma diminuição de 3,7% no ano de 2011 face a 2010. Excluindo o impacto da consolidação proporcional da ZAP, os restantes custos operacionais teriam decrescido 3,4% no ano de 2012. Poupanças significativas foram obtidas em áreas relevantes do negócio doméstico, nomeadamente serviços de suporte à atividade, em resultado da implementação de várias medidas ao nível dos contact centers, manutenção e reparações e outros custos gerais e administrativos. No primeiro semestre de 2013 manteve-se uma forte disciplina de contenção de custos, tendo esta redução sido materializada no significativo crescimento da margem de EBITDA da ZON, que atingiu 38,5%. 4.6.1.4 Resultado Líquido O resultado líquido do Grupo ZON cifrou-se em 36,0 milhões de euros no ano de 2012, registando um acréscimo de 5,3% e 1,7% face a 2011 e a 2010, respetivamente. As depreciações e amortizações em 2012 ascenderam a 214,6 milhões de euros, representando um decréscimo de 1,4% face a 2011, quando tinham decrescido em 0,9% face a 2010. As depreciações e amortizações ainda se mantiveram num nível relativamente elevado, devido ao significativo ciclo de CAPEX acelerado do período 2008-2010. O resultado financeiro líquido no ano de 2012 conheceu uma melhoria de 1,4% em 2012 face a 2011, cifrando-se em 42,4 milhões de euros. Excluindo o efeito da consolidação da ZAP, o resultado financeiro líquido decresceu 9,2 milhões de euros, explicado essencialmente pelo aumento do custo médio de financiamento. Em 2011, o resultado financeiro líquido cifrou-se em 43 milhões de euros, um agravamento de 19,2% face a 2010. O imposto sobre o rendimento ascendeu a 18,0 milhões de euros no ano de 2012, um acréscimo de 21,6% face a 2011, representando uma taxa efetiva de imposto de 32,8%. Este valor revelou-se ligeiramente superior à taxa de IRC de 29,5% devido a efeitos não recorrentes que impactaram a taxa efetiva de imposto de 2012. - 64 - Em relação ao primeiro semestre de 2013, a ZON obteve um crescimento do resultado líquido consolidado de 21,6% face ao primeiro semestre do ano anterior, em grande medida resultante do crescimento do EBITDA verificado nesse período. 4.6.1.5 CAPEX Conforme explicado na Secção 4.4 supra, o nível de CAPEX reduziu-se significativamente em 2011 e 2012. Em 2012, o CAPEX total ascendeu a 123,1 milhões de euros, um decréscimo de 17,9% face a 2011 e representou cerca de 16,3% das receitas core de TV por Subscrição, Banda Larga e Voz em 2012. Em 2011, o CAPEX Total ascendeu a 149,9 milhões de euros, um decréscimo significativo de 39,6% face ao valor de 248,1 milhões de euros registado em 2010. No primeiro semestre de 2013, o CAPEX total ascendeu a 55,8 milhões de euros, uma redução de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. CAPEX Total (Milhões de Euros) 4.6.1.6 Cash Flow operacional O EBITDA-CAPEX aumentou 17,6%, em 2012, para 189,8 milhões de euros, principalmente em resultado de uma redução de 17,9% do CAPEX face ao período homólogo, e ao ligeiro crescimento anual do EBITDA. Em 2011, o EBITDA -CAPEX quase que triplicou para 161,4 milhões de euros, o que compara com um valor de 54,3 milhões de euros em 2010. O Cash Flow Operacional Após Investimento registou um acréscimo anual de 25,9%, de 149,9 milhões de euros em 2011 para 188,7 milhões de euros em 2012. No ano de 2012, os Itens Não Monetários Incluídos no EBITDA-CAPEX e Variação no Fundo de - 65 - Maneio contribuíram positivamente para o Cash Flow Operacional, ascendendo a 1,1 milhões de euros negativos, o que compara com os 11,5 milhões de euros negativos registados em 2011. 4.6.1.7 Free Cash Flow O Free Cash Flow total, no ano de 2012, ascendeu a 106,5 milhões de euros, representando mais do que o dobro do montante gerado em 2011. Este aumento foi o resultado do sólido desempenho operacional, da disciplina de custos, da redução do CAPEX para níveis mais normalizados e de uma redução nos pagamentos anuais relacionados com contratos de longo prazo. Em 2011, o Free Cash Flow total tinha-se cifrado em 51,5 milhões de euros, o que compara com um valor de (47,8) milhões de euros em 2010. No primeiro semestre de 2013, o Free Cash Flow total foi de 37,2 milhões de euros, uma redução de 25,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. 4.6.1.8 Estrutura de capital (Milhões de Euros) Dívida Financeira Líquida 2010 2011 2012 1S13 Dívida de Curto Prazo Empréstimos Bancários e Outros Locações Financeiras Dívida de Médio e Longo Prazo Empréstimos Bancários e Outros Locações Financeiras Dívida Total Caixa, Equivalentes de Caixa e Empréstimos Intra-Grupo Dívida Financeira Líquida Rácio de Alavancagem Financeira (1) Dívida Financeira Líquida / EBITDA 45,5 41,4 4,1 867,4 853,3 14,0 912,9 273,2 639,7 71,9% 2,1x 467,4 462,4 5,0 640,4 628,6 11,7 1.107,8 470,3 637,5 73,1% 2,0x 342,2 334,8 7,3 615,8 607,5 8,3 958,0 353,0 605,0 73,4% 1,9x 128,1 120,6 7,5 620,4 613,8 6,6 748,5 143,3 605,2 74,5% 1,9x (1) Rácio de Alavancagem Financeira = Dívida Financeira Líquida / (Dívida Financeira Líquida + Capital Próprio) No final de dezembro de 2011, a dívida financeira líquida do Grupo ZON cifrava-se em 637,5 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de 2,2 milhões de euros face ao final de 2010. Por sua vez, no final de dezembro de 2012, a dívida financeira líquida cifrava-se em 605,0 milhões de euros, um decréscimo de 32,6 milhões de euros face ao final de 2011. A redução da dívida líquida foi possível devido à forte geração de Free Cash Flow previamente abordada. - 66 - Por referência a 31 de dezembro de 2012, a ZON encontrava-se totalmente financiada até final de 2014, sendo que a maturidade média da sua Dívida Financeira Líquida era de 1,98 anos. A dívida financeira total no final de 2012 ascendia a 958,0 milhões de euros, sendo compensada por uma posição de caixa e equivalentes de caixa no balanço consolidado de 353 milhões de euros. O custo médio all-in da Dívida Financeira Líquida da ZON foi de 4,96% em 2012. O rácio de alavancagem financeira aumentou ligeiramente para 73,4% no final de 2012 face aos 73,1% que se registavam no final de 2011, e o rácio Dívida Financeira Líquida / EBITDA (últimos 4 trimestres) situava-se em 1,9x a 31 de dezembro de 2012. No final do primeiro semestre de 2013, a dívida financeira líquida ascendia a 605,2 milhões de euros, um acréscimo ligeiro de 0,2 milhões de euros face ao final de 2012. 4.6.2 Informação financeira intercalar – primeiros semestres de 2012 e 2013 (Milhões de Euros) Destaques Financeiros Receitas de Exploração TV por Subscrição, Banda Larga e Voz EBITDA Margem EBITDA Resultado Consolidado Líquido CAPEX Free Cash Flow 1S12 1S13 1S13 / 1S12 428,6 382,8 158,5 37,0% 20,0 57,3 49,9 425,0 372,1 163,6 38,5% 24,4 55,8 37,2 (0,8%) (2,8%) 3,2% 1,5pp 21,6% (2,6%) (25,5%) As demonstrações financeiras consolidadas relativas aos períodos intercalares findos em 30 de junho de 2012 e em 30 de junho de 2013 foram apresentadas de acordo com o disposto no artigo 9.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2008. 4.7 REVISÃO OFICIAL DE CONTAS E AUDITORIA EXTERNA 4.7.1 Identificação dos revisores oficiais de contas e auditores externos da ZON Os Revisores Oficiais de Contas da ZON durante o triénio de 2010 a 2012, eleitos pela assembleia geral, sob recomendação da Comissão de Auditoria, são os seguintes: Efetivo: Oliveira, Reis & Associados – SROC, com sede em Lisboa, na Avenida da Liberdade, n.º 245, 8.º A, B e C, inscrita na Ordem de Revisores - 67 - Oficiais de Contas sob o n.º 23 e registada na CMVM sob o n.º 329, representada por José Vieira dos Reis (ROC n.º 359); Suplente: Fernando Marques Oliveira (ROC n.º 207). Durante o mesmo período, a PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., com sede em Lisboa, no Palácio Sottomayor, na Rua Sousa Martins, n.º 1, 3.º andar, inscrita na Ordem de Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 183 e registada na CMVM sob o n.º 9077, desempenhou as funções de auditor externo da ZON, tendo sido representada pelo Dr. Abdul Nasser Abdul Sattar nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2012, assim como nos semestres findos em 30 de junho de 2012 e 30 de junho de 2013, e pelo Dr. Ricardo Filipe de Frias Pinheiro no exercício findo em 31 de dezembro de 2010. 4.7.2 Auditoria das informações financeiras As informações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro 2012 foram objeto de auditoria, nos termos do artigo 8.º do Cód.VM, efetuada pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Por sua vez, as informações financeiras relativas aos semestres findos em 30 de junho de 2012 e 30 de junho de 2013 foram objeto de revisão limitada, nos termos do artigo 8.º do Cód.VM, efetuada igualmente pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. 4.8 PERÍODO COBERTO PELAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS AUDITADAS O último exercício efetivamente coberto por informações financeiras auditadas, quer consolidadas quer individuais, da ZON reporta-se a 31 de dezembro de 2012. As informações financeiras relativas ao exercício de 2012 foram, assim, objeto de relatório e parecer da Comissão de Auditoria, de certificação legal das contas consolidadas elaborada pela Oliveira, Reis Associados, SROC, Lda. e de relatório de auditoria sobre a informação financeira consolidada elaborado pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. Por sua vez, o relatório e contas consolidados relativos aos semestres findos em 30 de junho de 2012 e de 2013 foram objeto de parecer / revisão legal elaborado pela Oliveira, Reis Associados, SROC, Lda. e de relatório de revisão limitada elaborado - 68 - pela PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. 4.9 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS COMERCIAL DA ZON NA SITUAÇÃO FINANCEIRA OU Não ocorreram quaisquer alterações significativas na situação financeira ou comercial da Emitente desde o final do último período financeiro em relação ao qual foram publicadas informações financeiras auditadas (reportadas a 30 de junho de 2013), para além das decorrentes da Fusão e tratadas neste Documento Equivalente. 4.10 DEPENDÊNCIA PARA COM AS ENTIDADES DO GRUPO ZON Enquanto sociedade gestora de participações sociais, a ZON não tem vindo a desenvolver, diretamente, qualquer atividade de caráter operacional – dependendo o cumprimento das obrigações por si assumidas dos cash flows gerados pelas suas participadas. A ZON, enquanto SGPS, tinha como principais ativos as ações representativas do capital social das sociedades por si participadas. A ZON e, nesta data, a Emitente depende assim da eventual distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades. - 69 - 5. INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE E SITUAÇÃO FINANCEIRA DA OPTIMUS 5.1 INTRODUÇÃO A OPTIMUS, um operador integrado de telecomunicações, contou, no final do primeiro semestre de 2013, com 3,4 milhões de clientes no móvel e 330 mil clientes no fixo, empresas e particulares, com soluções de última geração. Lançado em 1998 após ter ganho a terceira licença móvel GSM em Portugal, o negócio móvel da OPTIMUS tem vindo a oferecer uma vasta gama de serviços de comunicações móveis a clientes residenciais e empresariais, incluindo ofertas tradicionais de voz, dados, televisão móvel e um amplo conjunto de soluções móveis e serviços de roaming, assim como serviços grossistas a terceiros. Através do produto de convergência fixo-móvel, o OPTIMUS Home, da oferta de serviços de banda larga móvel, o Kanguru, bem como do seu produto direcionado para um público jovem, o TAG (que se materializa em chamadas gratuitas dentro de uma comunidade), a OPTIMUS tem vindo a consolidar a sua posição no mercado português, atingindo, no final do primeiro trimestre de 2013, data da informação pública mais recente reportada pelos operadores móveis nacionais, uma quota de mercado de subscritores de cerca de 20%. No que respeita às atividades de comunicações fixas, a OPTIMUS tem estado presente tanto no mercado residencial como no mercado empresarial, oferecendo serviços de voz, de dados e de televisão. As operações fixas foram levadas a cabo após a liberalização, em 2000, do mercado de comunicações fixas em Portugal, tendo sido a subsidiária Novis Telecom, S.A. a desenvolver, até 2007, as atividades neste segmento. Em 2007, a Novis Telecom, S.A. foi objeto de fusão, tendo integrado a Optimus Telecomunicações, S.A. e adotado a designação social de Sonaecom – Serviços de Comunicações, S.A. Também em 2007, a OPTIMUS fortaleceu os seus serviços de comunicações fixas através da aquisição da Tele2 Portugal e da base de clientes residencial e SOHO de um dos seus concorrentes. Com o objetivo de obter sinergias, foram criados, em 2001, alguns serviços partilhados entre as equipas de fixo e móvel. Posteriormente, a OPTIMUS foi pioneira na convergência técnica ao fundir a infraestrutura de rede e as respetivas equipas. Constituindo uma alternativa ao incumbente, a OPTIMUS, ao antecipar as necessidades do segmento de Corporate e PMEs, tem apresentado equipas comerciais e de marketing totalmente integradas, prestando simultaneamente serviços móveis e fixos a este segmento. - 70 - Na sequência do leilão de espetro Long Term Evolution (“LTE”) ocorrido no final de 2011, a OPTIMUS assegurou uma combinação ideal de espetro em três bandas: 800MHz, 1800MHz e 2600MHz, permitindo, deste modo, o máximo de eficiência e desenvolvimento de rede. No final do primeiro semestre de 2013, 80% da população Portuguesa encontrava-se já coberta com a rede 4G da OPTIMUS, que apresentava a mais abrangente cobertura com débitos até 150Mbps25, um passo fundamental para contribuir para a liderança da OPTIMUS num futuro de dados móveis. A OPTIMUS tinha, por referência a 31 de dezembro 2012, receitas de exploração anuais de 720,7 milhões de Euros, um resultado operacional antes de impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) de 242,6 milhões de Euros e uma margem EBITDA móvel de 43,1%, um benchmark no universo de operadores móveis europeus. No final do primeiro semestre de 2013, as receitas de exploração da OPTIMUS ascenderam a 341,6 milhões de Euros e o EBITDA a 121,4 milhões de Euros, sendo a margem EBITDA móvel de 48,4%. Para obter informação financeira mais detalhada relativa à evolução do negócio da OPTIMUS, vide Secção 5.6. 5.2 PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DA OPTIMUS 5.2.1 Segmento Móvel Particulares Neste segmento, a OPTIMUS tem estado focada nos seus principais eixos de atividade. Em primeiro lugar, incrementar a receita por utilizador, por via da aposta no 4G, smartphones, serviços de Internet móvel e por uma gama cada vez mais ampla de tarifários que incluem dados. Em segundo lugar, criando e explorando novas oportunidades de crescimento no universo pós-pago e em cross-selling. Terceiro, melhorando a retenção e valor em produtos pré-pagos essenciais e desenvolvendo a oferta no segmento jovem. Finalmente, desenvolvendo uma base sólida em termos de valor e gestão de fidelização, colocando uma ênfase renovada na qualidade da experiência do cliente. 25 Fonte: Documento de Resultados Consolidados da Sonaecom relativo ao primeiro semestre de 2013. - 71 - 5.2.1.1 4G A OPTIMUS lançou os seus serviços de 4G em março de 2012. Desde então, a OPTIMUS tem desenvolvido a sua estratégia no sentido de incrementar a utilização de dados, contribuindo para uma experiência do cliente cada vez mais rica. Ao longo do último ano, foi disponibilizado um número crescente de smartphones 4G e foram lançadas novas ofertas pré-pagas e pós-pagas. 5.2.1.2 SMART Dado o elevado nível de penetração de pré-pagos em Portugal, as soluções à base de pós-pagos afiguram-se como uma área relevante de crescimento, onde a OPTIMUS tem investido oferecendo tarifários de voz ilimitada para todas as redes móveis, pacotes de dados e uma gama competitiva de smartphones. Esta proposta de valor incluiu, atualmente, 1 GB mensal de banda larga, permitindo uma utilização intensiva de Internet e aplicações. 5.2.1.3 Internet móvel Os serviços de Internet móvel continuaram a crescer rapidamente, tanto no nível de adoção como em receitas. Quer através de produtos que já incluem pacotes de dados como parte de sua proposta de valor, quer através do aumento da penetração de smartphones e outros dispositivos de dados. Além disso, têm sido feitos avanços significativos no sentido de melhorar a experiência do usuário de Internet móvel, o que tem tipo impacto positivo ao nível da retenção de serviços. 5.2.1.4 TAG Em 2012, no âmbito das comemorações dos 4 anos após o lançamento do TAG, foram lançadas várias campanhas com o fim de aumentar a satisfação do cliente, retenção e aquisição com base na recomendação. Estas e outras campanhas contribuíram significativamente para aumentar os níveis de retenção. A fim de ampliar o segmento jovem, a OPTIMUS lançou propostas de valor específicas: "TAG<25" para o segmento sub-25 e "TAG First" para o segmento sub-13, desenvolvendo, assim, abordagens específicas para cada faixa etária. 5.2.1.5 Produtos pré-pagos Ao longo de 2012, a OPTIMUS desenvolveu um grande número de iniciativas destinadas a melhorar a sua posição neste mercado, melhorando a comunicação e - 72 - presença no segmento discount POP, desenvolvendo uma nova plataforma técnica para produtos de mensalidades constantes, e explorando opções de geração de valor em produtos sem recargas obrigatórias e em migrações entre os produtos. Já após o final do primeiro semestre de 2013, a OPTIMUS lançou o OPTIMUS Liga, um tarifário pré-pago, que permite falar para qualquer rede nacional móvel ou fixa, disponibilizando 100 minutos de conversação, SMS ou MMS, por 9,90 Euros por mês. 5.2.1.6 Smartphones Ao longo de 2012 e no primeiro semestre de 2013, foram lançadas várias campanhas de diferenciação com base em smartphones, nomeadamente a campanha de desbloqueados. No que respeita à gestão de portfólio, a OPTIMUS introduziu várias ações de melhoria ao nível da gestão do ciclo de vida do produto, da seleção de produtos e gestão de inventário, resultando num processo de abastecimento mais eficiente, numa redução de stocks e investimento optimizado. 5.2.1.7 OPTIMUS Kanguru O ano de 2012 marcou um momento de viragem na banda larga móvel. Se, por um lado, com o termo do programa e-iniciativas, em 2011, se verificou uma retração da expressão desta forma de acesso, por outro, o início do roll out da tecnologia 4G veio permitir entregar aos consumidores de Internet em Portugal velocidades de conectividade elevada. Apesar disso, a evolução da base de clientes foi condicionada, em 2012, por uma significativa erosão da base de clientes proveniente do programa e-iniciativas, assim como por todo o contexto macroeconómico Português. Contudo, é de realçar que não se verificaram repercussões na receita unitária, que se manteve estável ao longo do ano, refletindo uma forte estabilidade do mix de tarifários que compõem a base de clientes. Em jeito de balanço, destacam-se os 3 grandes temas que mais marcaram a atividade da Optimus Kanguru: (i) o lançamento do 4G, (ii) a aposta nos equipamentos de partilha de tráfego e (iii) o enfoque em toda a experiência do cliente. 5.2.2 Segmento Fixo Residencial Neste segmento, a OPTIMUS tem vindo a disponibilizar pacotes incluindo serviços de TV, voz fixa e banda larga fixa. Em 2012, o maior objetivo da OPTIMUS consistiu na - 73 - ampliação da base de clientes Fiber To The Home (“FTTH”) e na gestão da base de clientes Unbundled Local Loop (“ULL”). No final de 2012, a oferta de fibra da OPTIMUS estava presente em cerca de 400 mil casas passadas, nas zonas mais densamente povoadas do país, contemplando uma experiência de TV de qualidade superior: uma seleção completa com mais de 150 canais com qualidade digital, que inclui os canais nacionais e internacionais de maior audiência. A base de clientes FTTH da OPTIMUS evidenciou, em 2012, um aumento de dois dígitos face ao ano anterior, muito em virtude do esforço comercial nas áreas de cobertura. No entanto, este movimento não compensou a diminuição da base de clientes ULL, cuja angariação terminou em 2011. A fim de promover a mobilidade e disponibilidade de conteúdos em qualquer lugar, 2012 foi o ano de grandes melhorias para o serviço OPTIMUS Clix Mobile TV. O serviço foi estendido a partir de dispositivos móveis para tablets e PCs, tornando-se um verdadeiro multiscreen e experiência multidispositivo. Ao mesmo tempo, a experiência de TV em qualquer dispositivo está já disponível, não só em 3G/4G, mas também via Wi-Fi. Em abril de 2013, a OPTIMUS lançou o wOw, um produto de double-play inovador assente em tecnologia 4G destinado ao mercado residencial, que oferece voz fixa ilimitada e tráfego ilimitado de banda larga, afigurando-se como uma solução simples e instantânea, cujo funcionamento depende apenas de um ponto de fornecimento de eletricidade. 5.2.3 Segmento Corporate A OPTIMUS Corporate tem vindo a posicionar-se como um fornecedor de soluções integradas, disponibilizando um portfólio de produtos e serviços integrados, convergentes e tecnologicamente avançados, capazes de entregar o máximo valor aos seus clientes. O principal objetivo da OPTIMUS tem consistido em ser o melhor operador de comunicações para grandes empresas em Portugal, liderando a convergência do mercado Corporate com uma oferta global. Nos segmentos mais exigentes do mercado, como é o caso do segmento de grandes empresas e administração pública, a OPTIMUS tem crescido de forma consistente através de ofertas integradas e de uma base crescente de clientes convergentes (ou - 74 - seja, clientes que subscrevem quer serviços móveis quer serviços fixos), registando no final de 2012 cerca de 45% de clientes convergentes. 26 Neste segmento, a OPTIMUS tem sido capaz de entregar com elevada qualidade e robustez soluções complexas de telefonia e dados, reforçando a solidez e o potencial das suas parcerias e conseguindo níveis crescentes de produtividade comercial. Em menos de três anos, a OPTIMUS dobrou o número de circuitos e equipamentos sob a sua gestão e foi pioneira em projetos-bandeira de virtualização de Private Branch Exchange (“PBX”), de redes de dados e de gestão de redes (como é o exemplo do Wi-Fi). 5.2.4 Segmento PME’s A abordagem integrada e convergente às necessidades das empresas, sob uma única marca, com equipas dedicadas e com uma arquitetura de rede totalmente convergente e de última geração, tem permitido à OPTIMUS liderar, de forma consistente, o movimento das empresas Portuguesas para soluções integradas e convergentes, mais eficientes e indutoras de maior produtividade, e geradoras efetivas de valor para os seus negócios. No final de 2012, 42,8% da base de clientes empresariais já tinha ofertas integradas fixo-móvel com a OPTIMUS, um crescimento muito significativo quando comparado com os 29,2% referentes a 2010 27 . O sucesso registado na oferta de soluções integradas e convergentes ficou também a dever-se à forte alavancagem na infraestrutura própria (fibra e móvel 2G, 3G e, mais recentemente, 4G), resultante da integração da arquitetura de rede. Em 2012, 40% da base e 60% da aquisição empresarial de fixo foi já feita sobre infraestrutura própria, com melhorias significativas na qualidade de entrega e serviço, e com impactos importantes na margem do negócio. 5.2.5 Segmento de Wholesale A OPTIMUS Wholesale tem procurado a maximização do valor de um dos mais importantes ativos da OPTIMUS: a rede. Disponibilizando um portfólio alargado de serviços de comunicações de voz, banda larga e dados a operadores fixos e móveis, a OPTIMUS Wholesale tem vindo a endereçar as necessidades de fornecedores mundiais de comunicações. 26 27 Fonte: Documento de Resultados Consolidados da OPTIMUS relativo a 2012. Fonte: Documento de Resultados Consolidados da OPTIMUS relativo a 2012. - 75 - Com este objetivo, a OPTIMUS tem vindo consistentemente a estabelecer relações com diversos parceiros comerciais, designadamente parceiros internacionais, bem como a desenvolver diversas iniciativas para fornecer aos seus clientes soluções diferentes e inovadoras que respondam às suas necessidades específicas. Apesar da pressão regulatória sobre terminação e roaming, foi possível, em 2012 e durante o primeiro semestre de 2013, atingir recordes de tráfego e contribuir fortemente para o regresso da OPTIMUS ao crescimento no fixo, pela primeira vez desde 2008. Salientamos, também, o reforço das parcerias com operadores Tier 1 e o lançamento do seu primeiro MVNO, bem como os objetivos alcançados pela OPTIMUS no segmento de Machine To Machine (“M2M”). 5.2.6 Rede 5.2.6.1 Modernização de plataformas (2G e 3G) Em 2012, a OPTIMUS terminou o processo de modernização do acesso à rede 2G e 3G, o que levou a uma diminuição significativa no custo de propriedade, a uma redução substancial dos níveis de consumo de energia e a melhorias consideráveis no desempenho e na capacidade da rede rádio. Em geral, o novo equipamento instalado conduziu a um aumento significativo do tráfego de rede 2G e 3G, proporcionando novas funcionalidades rádio e uma melhoria na qualidade que, em última instância, reforçará a experiência do cliente e proporcionará uma diminuição na pegada de carbono da rede. 5.2.6.2 Otimização de energia e contratos de arrendamento dos sites Em linha com o plano de sustentabilidade delineado, a OPTIMUS reviu os seus contratos de fornecimento de energia, procurando alcançar uma redução no consumo, assim como novas tarifas de eletricidade. Fez um esforço considerável na renegociação dos arrendamentos dos espaços/sites, tendo revisto contratos existentes e promovido acordos especiais com os proprietários dos sites. Juntamente com outras iniciativas de conservação de energia ao nível do equipamento rádio, a OPTIMUS implementou funcionalidades de poupança de energia com resultados muito positivos. 5.2.6.3 Migração de IP e rede de transporte própria Ao longo de 2012, a OPTIMUS continuou a instalar a sua rede de fibra e de micro-ondas de alta capacidade, substituindo ligações arrendadas e investindo mais em - 76 - redes de transporte/acesso próprias. Graças à modernização da rede 2G e 3G e à introdução do LTE, a migração de IP foi alargada, o que permitiu alcançar sinergias importantes e fornecer soluções de conectividade para as três tecnologias usando uma única ferramenta de transporte. Além de utilizar a fibra como uma solução natural para o LTE em áreas urbanas e suburbanas, a OPTIMUS atualizou ainda a sua rede de micro-ondas de alta capacidade de forma a suportar os requisitos do LTE, especialmente em zonas rurais, tendo aumentado a capacidade, mas minimizado os custos de licenciamento do espetro. Foram concluídos desenvolvimentos significativos no design e no footprint da rede de packet-backhaul da OPTIMUS, tendo sido alargada a rede de metro Ethernet. No final de 2012, a OPTIMUS era proprietária da infraestrutura compatível com Gbps num grande número de sites móveis, o que permitirá responder aos desafios de capacidade que irá encontrar ao longo dos próximos anos. 5.2.7 Serviço ao Cliente Em 2011, a estratégia de serviço da OPTIMUS foi redefinida com base num único princípio - ”Make it Easier” - simplificar ao máximo o processo de contato para promover a satisfação de cliente. Seguindo esta estratégia, foram dados, já em 2012, passos significativos na restruturação do modelo operacional, atuando nas equipas, processos e sistemas. Os prémios obtidos, tal como o Best Customer Service – EMEA, alcançado em julho de 2013 pelo terceiro ano consecutivo, e o Best Customer Service in the World, obtido em 2012, ambos atribuídos pelo Contact Center World, vieram reforçar que a OPTIMUS se encontra no caminho certo no que respeita à qualidade de serviço. O Contact Centre World – The Global Association for Contact Center Best Practices & Networking distingue, anualmente, as empresas que mais se destacaram em todas as indústrias do setor, ao nível mundial. 5.2.7.1 Voz do Cliente como ponto de partida para melhorias operacionais Em 2011, foi lançado um programa de Voz do Cliente, com o objetivo de recolher o feedback dos clientes em relação aos processos de serviço e, assim, garantir que as ações de melhoria contínua das operações incorporam a perspectiva dos clientes. Com o objetivo de sustentar a estratégia da OPTIMUS de serviço ao cliente, foi incluído o indicador-chave Customer Effort Score (“CES”). - 77 - Em 2012, foi implementado um sistema de monitorização integrado, que combina indicadores operacionais e indicadores do programa de Voz do Cliente. Este sistema integrado de monitorização é a base para os Ciclos de Melhoria Contínua (“CIC”) que visam a melhoria estruturada das operações, orientada para o cliente. Como consequência, o indicador de CES registou uma queda de 5%. 5.2.7.2 Revisão de processos a partir do momento de contato com o cliente Para dar maior consistência à entrega de serviço, a OPTIMUS iniciou uma revisão exaustiva dos processos a partir do momento de contato. Foram desenhados guias, passo a passo, para simplificar o processo de resolução aos assistentes, melhorar a qualidade de informação disponibilizada aos clientes e promover o next issue avoidance. Pensada inicialmente para o canal de apoio telefónico, esta iniciativa permitiu a avaliação dos processos nos diferentes canais de contato, reforçando a consistência global da experiência de serviço prestada aos clientes. Ao longo de 2012, a taxa de resolução no momento de contato atingiu os 94%. Foram implementadas novas equipas multidisciplinares, que centralizam um conjunto alargado de competências técnicas e processuais, completamente focadas na qualidade de resolução. Esta alteração organizacional permitiu melhorar significativamente a qualidade da resolução de reclamações e assegurar uma resposta mais rápida aos clientes. Como consequência, a taxa de reincidência de reclamações reduziu 5% e o tempo de resolução 31%. A OPTIMUS continuou a desenvolver esforços para reduzir o número de aplicações que tem vindo a disponibilizar aos assistentes do serviço de apoio ao cliente para gestão das interações com os clientes. Um dos resultados mais significativos foi a integração das principais aplicações numa só, que integra um conjunto de informação relevante do cliente, tal como a sua informação pessoal, o histórico de contatos através de diferentes canais, o portfólio de serviços subscritos e o perfil de pagamento. A disponibilização desta visão integrada ao assistente permite uma contextualização prévia do cliente, que facilita a experiência de interação no momento de contato. 5.2.7.3 Promoção da autonomia do cliente através de self-servicing A OPTIMUS lançou, em 2012, a área de clientes convergentes, que permite a gestão dos diferentes serviços subscritos pelo cliente de forma integrada através de único login. Esta nova área assegura as anteriores funcionalidades com uma experiência de utilização melhorada no que respeita a apresentação da informação, navegação e usabilidade. Utilizando o programa de Voz do Cliente, a OPTIMUS continuou a identificar oportunidades de melhoria em termos de navegação e a qualidade de conteúdos e a avaliar a inclusão de novas funcionalidades relevantes. - 78 - A crescente necessidade de acesso fácil à informação combinada com o aumento da utilização de smartphones levou a OPTIMUS a desenhar e implementar aplicações móveis de apoio aos clientes para os segmentos particular e empresarial. Através da aplicação “Cliente OPTIMUS”, os clientes podem gerir convenientemente a sua conta monitorizar a utilização do serviço de voz e de dados, controlar carregamentos ou pagamento de faturas e verificar ou alterar o seu tarifário - onde e quando mais lhes for mais adequado. - 79 - 5.3 RESUMO DA PERFORMANCE OPERACIONAL DA OPTIMUS REFERÊNCIA A 30 DE JUNHO DE 2013 POR 2010 2011 2012 1S13 2012 / 2010 1S13 / 1S12 3.604,1 2.418,4 1.185,7 171,5 3.639,4 2.435,6 1.203,8 35,3 3.568,6 2.379,5 1.189,1 (70,7) 3.434,6 2.283,7 1.150,9 (134,0) (1,0%) (1,6%) 0,3% - (3,7%) (3,4%) (4,1%) 80,2% Receitas dados como % Receitas Serviços 30,6% Receitas Dados Não SMS como % Receitas Serviços 75,1% Total #SMS/mês/cliente 47,7 MOU(1) (min.) 133,9 32,5% 76,0% 42,8 126,1 31,8% 76,3% 41,7 123,2 31,7% 79,4% 39,2 121,8 1,1pp 1,2pp (12,6%) (8,0%) (0,4)pp 2,9pp (5,1%) (0,8%) 13,7 11,4 2,2 0,10 12,9 11,2 1,7 0,10 12,0 10,6 1,4 0,10 11,1 10,2 1,0 0,09 (12,4%) (7,4%) (38,1%) (4,8%) (7,3%) (4,0%) (32,0%) (6,6%) Total de Acessos 417.066 375.826 334.939 339.281 (19,7%) (4,3%) Corporate e PME's PTSN/RDIS Banda Larga Outros 151.305 107.204 37.366 6.735 158.449 113.643 34.681 10.125 158.472 114.798 30.998 12.676 160.268 116.530 30.039 13.699 4,7% 7,1% (17,0%) 88,2% 3,3% 4,9% (7,5%) 17,8% Residencial PTSN/RDIS Banda Larga TV 265.761 131.719 102.924 31.118 217.377 100.254 81.654 35.469 176.467 72.505 67.542 36.420 179.013 69.585 70.678 38.750 (33,6%) (45,0%) (34,4%) 17,0% (10,2%) (21,1%) (4,8%) 4,9% 23,7 23,3 22,6 22,2 (4,8%) (4,2%) NEGÓCIO MÓVEL Clientes (EOP) ('000) Clientes Pré-Pagos ('000) Clientes Pós-Pagos ('000) Novos Clientes ('000) ARPU(2) (euros) Cliente Interligação ARPM(3) (euros) NEGÓCIO FIXO Receita Média por Acesso - Retalho (1) M inutos de Utilização por Cliente por mês; (2) Receita M édia M ensal por Utilizador; (3) Receita M édia por M inuto. 5.4 PRINCIPAIS INVESTIMENTOS Entre 2010 e 2012, o CAPEX total realizado pela OPTIMUS ascendeu a 496,1 milhões de euros. No mesmo período, o CAPEX Operacional totalizou 485,4 milhões de euros, sendo 144,6 milhões de euros referentes a 2010, 234,5 milhões de euros referentes a 2011 e 128,9 milhões de euros referentes a 2012. Em 2010, a OPTIMUS investiu, sobretudo, na expansão e cobertura da rede móvel, tendo adotado um posicionamento “capital light” no negócio fixo, concentrado na prossecução de formas alternativas de expansão da OPTIMUS na cobertura de fibra, sem investimentos adicionais. Ao longo de 2011, a OPTIMUS centrou-se no desenvolvimento de projetos e soluções que permitiram a redução de custos de backhaul no negócio móvel, assim como a redução da dependência da infraestrutura de terceiros. Em novembro de 2011, no seguimento do leilão de espetro de 4G ocorrido em Portugal, a OPTIMUS adquiriu espectro por 113 milhões de euros (correspondente ao - 80 - valor líquido atualizado de 110,4 milhões de euros). A OPTIMUS adquiriu um total de 9 lotes em três faixas de frequências: 2 lotes de 2x5MHz na faixa de 800MHz, 2 lotes de 2x5MHz e 1 lote de 2x4MHz na faixa de 1800MHz e 4 lotes de 2x5MHz na faixa de 2,6GHz. Entre 2011 e 2012, o CAPEX Operacional da OPTIMUS diminuiu 45%. No entanto, excluindo o investimento relacionado com a aquisição de espectro de 4G, o CAPEX Operacional aumentou 3,8% no mesmo período. Este aumento foi motivado pelo desenvolvimento da rede 4G no negócio móvel, onde se excedeu o objetivo inicialmente previsto para o ano, tendo a OPTIMUS concluído 2012 com um nível de cobertura de 80% (da população portuguesa). No âmbito da adoção, por parte da OPTIMUS, de soluções que lhe permitiram otimizar os custos da operação móvel, reduzindo a dependência de infraestruturas alugadas, um trabalho que se manteve ao longo de 2012, a OPTIMUS encerrou 2012 com 80% dos seus sites ligados por infraestrutura própria, nomeadamente utilizando fibra nas áreas de maior densidade e micro-ondas nas áreas rurais. CAPEX Operacional (€M) 234,5 128,9 122,0 2010 2011 2012 NOTA: O CAPEX Operacional referente a 2011 inclui um investimento de 110,4 milhões de euros relacionado com a aquisição de espetro de 4G, ocorrida em novembro de 2011. No final do primeiro semestre de 2013, o CAPEX Operacional da OPTIMUS ascendeu a 49,4 milhões de euros, dos quais 39,3 milhões de euros referentes ao negócio móvel e 10,1 milhões de euros referentes ao negócio fixo. No mesmo período de 2012, o CAPEX Operacional foi de 58,8 milhões de euros. É de realçar que, no seguimento do esforço de investimento realizado até ao final de 2012, o CAPEX Operacional da OPTIMUS encontra-se, atualmente, em níveis regulares. 5.5 HISTORIAL FINANCEIRO DA OPTIMUS As seguintes informações financeiras históricas respeitantes à OPTIMUS encontramse nos seguintes Anexos ao presente Documento Equivalente: - 81 - (i) Relatórios e contas anuais individuais da OPTIMUS relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2012, incluindo relatório e parecer do Fiscal Único, certificação legal de contas e as notas às demonstrações financeiras (Anexos I a III); (ii) Relatório e contas anuais consolidadas proforma da OPTIMUS relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 (com os respetivos comparativos a 31 de dezembro de 2011), incluindo opiniões dos auditores e as notas às demonstrações financeiras (Anexo IV); e (iii) Relatórios e contas individuais e consolidadas proforma da OPTIMUS relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2013 (com os respetivos comparativos a 30 de junho de 2012), incluindo notas às demonstrações financeiras e o relatório de exame simplificado por auditor relativamente ao semestre findo em 30 de junho de 2013 (Anexos V e VI). Os referidos documentos em anexo ao presente contêm a informação disponível sobre a OPTIMUS à data a que respeitam e da sua divulgação em anexo a este Documento Equivalente não resulta, em nenhuma circunstância, que não tenham existido alterações nos negócios da OPTIMUS desde a respetiva data de referência ou que a informação seja correta em qualquer momento subsequente a essa data. 5.6 ANÁLISE DA EXPLORAÇÃO E DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DA OPTIMUS A análise que se apresenta de seguida deverá ser lida conjuntamente com os documentos de prestação de contas da OPTIMUS, incluindo balanços, demonstrações de resultados e respetivas notas, anexos ao presente Documento Equivalente. A análise efetuada neste capítulo é apresentada em milhões de Euros, exceto quando indicado em contrário. A informação da OPTIMUS relativa ao período financeiro coberto por este Documento Equivalente (exercícios de 2010, 2011 e 2012 e primeiros semestres de 2012 e 2013) foi elaborada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS/IAS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”), tal como adotadas pela União Europeia. A informação financeira consolidada proforma da OPTIMUS relativa ao exercício de 2012 foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 1 de janeiro de 2010 e de 2011 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquelas datas. - 82 - Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, em 31 de dezembro de 2010 e de 2011, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. Tal como já referido, a informação financeira consolidada proforma da OPTIMUS relativa ao primeiro semestre de 2013 foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 30 de junho de 2013 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquela data. Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, também em 30 de junho de 2012, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. Para mais informação sobre as políticas contabilísticas adotadas pela OPTIMUS ao tempo de elaboração das informações financeiras ora objeto de análise, consultar as notas à referidas informações financeiras em anexo ao presente. Certos valores apresentados no Documento Equivalente, incluindo informações financeiras e operacionais apresentadas em milhões, foram sujeitos a arredondamento e, como resultado, os totais dos referidos valores podem variar ligeiramente dos totais aritméticos reais de tais informações. As variações dos dados financeiros e outros expressas em montante e/ou percentagem são calculadas usando os dados numéricos das demonstrações financeiras incluídas no Documento Equivalente ou a apresentação tabular de outros dados (sujeitos a arredondamentos) contidos no Documento Equivalente, conforme aplicável, e não usando os dados numéricos na descrição narrativa dos mesmos. - 83 - 5.6.1 Evolução dos principais indicadores financeiros da OPTIMUS Milhões de euros DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Volume de Negócios Receitas de Serviço Receitas de Clientes Receitas de Operadores Vendas de Equipamentos Outras Receitas Custos Operacionais Custos com o Pessoal Custos Diretos de Serviços Prestados (1) Custos Comerciais (2) Outros Custos Operacionais (3) EBITDA Margem EBITDA Depreciações e Amortizações EBIT Resultados Financeiros Proveitos Financeiros Custos Financeiros EBT Impostos Resultado Líquido 2010 2011 2012 1S13 2012 / 2010 780,4 744,6 587,6 157,0 35,7 10,1 578,7 55,6 754,7 723,0 572,4 150,6 31,7 11,3 534,4 53,8 720,7 687,8 531,0 156,8 32,9 11,4 489,4 47,9 341,6 327,9 248,5 79,4 13,7 5,7 224,6 23,1 (7,7)% (7,6)% (9,6)% (0,1)% (8,0)% 13,3% (15,4)% (13,9)% 274,8 246,6 236,4 117,3 (14,0)% 108,3 99,4 83,8 30,4 (22,7)% 140,0 211,7 27,1% 143,9 67,8 (9,7) 3,2 12,9 58,1 (13,2) 44,9 134,5 231,7 30,7% 142,8 88,9 (9,1) 5,2 14,3 79,8 (7,7) 72,1 121,4 242,6 33,7% 139,7 102,9 (11,3) 4,2 15,6 91,6 (3,5) 88,1 53,8 121,4 35,5% 69,6 51,8 (11,6) 1,8 13,4 40,2 (6,3) 33,9 (13,3)% 14,6% 6,5pp (3,0)% 51,9% 17,0% 31,1% 20,6% 57,7% (73,5)% 96,3% (1) Custos Diretos de Serviços Prestados = Interligação e conteúdos + Circuitos Alugados + Outros Custos de Operação de Rede; (2) Custos Comerciais = Custos das M ercadorias Vendidas + Custos de M arketing e Vendas; (3) Outros Custos Operacionais = Serviços Subcontratados + Despesas Gerais e Administrativas + Provisões + Outros custos. - 84 - Milhões de euros BALANÇO CONSOLIDADO Ativo Líquido Ativos Não-Correntes Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis Goodwill Impostos Diferidos Ativos Outros Ativos Correntes Clientes Liquidez Outros Capital Próprio Passivo Passivo Não Corrente Empréstimos Provisões para Outros Riscos e Encargos Outros Passivo Corrente Empréstimos Fornecedores Outros 2011 2012 1S13 2012 / 2011 1.938,3 1.625,1 962,3 565,1 97,6 0,1 313,2 121,4 99,7 92,2 1.057,4 881,0 481,7 360,7 46,8 74,2 399,2 0,3 159,0 239,9 1.857,5 1.612,5 949,8 565,1 94,1 3,6 245,0 118,4 33,5 93,1 1.047,5 810,0 412,4 315,2 39,8 57,5 397,6 104,6 157,6 135,4 1.828,2 1.585,6 928,9 565,1 88,1 3,6 242,6 122,7 7,2 112,7 1.056,7 771,5 401,5 314,3 35,5 51,7 370,0 110,7 127,9 131,4 (4,2)% (0,8)% (1,3)% 0,0% (3,6)% (21,8)% (2,4)% (66,4)% 1,0% (0,9)% (8,1)% (14,4)% (12,6)% (15,0)% (22,5)% (0,4)% (0,9)% (43,6)% 234,5 31,1% 234,7 (2,8) 128,9 17,9% 130,1 113,7 49,4 14,4% 49,4 72,0 (45,0)% (13,2)pp (44,6)% - 83,3 (3,2) 15,7 (103,9)% FCF 55,4 (29,1) (6,0) (152,6)% Dívida Bruta Dívida Líquida Dívida Líquida/ EBITDA últimos 12 meses EBITDA/Juros (4) últimos 12 meses Dívida / (Dívida + Capital Próprio) 379,6 279,9 1,2x 440,5 407,0 1,7x 445,4 438,2 1,8x 16,0% 45,4% 0,5x 16,7x 26,4% 17,5x 29,6% 11,3x 29,7% 0,8x 3,2pp CAPEX Operacional(1) CAPEX Operacional como % Volume Negócios CAPEX Total EBITDA - CAPEX Operacional Cash Flow Operacional(2) (3) (1) Capex Operacional exclui Investimentos Financeiros; (2) Cash Flow Operacional = EBITDA - CAPEX Operacional - Variação de Fundo de M aneio - Items não M onetários e Outros; (3) FCF após Custos Financeiros e antes de Fluxos de Capitais e Custos de Emissão de Empréstimos; (4) Cobertura de Juros. Entre 2010 e 2012, os principais indicadores financeiros da OPTIMUS evoluíram positivamente, sendo de destacar, em particular, a rentabilidade operacional da OPTIMUS. Devido ao programa transversal de eficiência em curso, com reflexo evidente nas principais linhas de custos operacionais da empresa, o EBITDA da OPTIMUS aumentou 14,6% entre 2010 e 2012, para 242,6 milhões de euros, alcançado em 2012 uma margem EBITDA de quase 34%. Este desempenho assume ainda mais importância dado o contexto macroeconómico nacional. - 85 - 5.6.1.1 Volume de Negócios O volume de negócios consolidado, em 2012, atingiu 720,7 milhões de euros, ou seja, 7,7% menos que em 2010. Esta evolução foi motivada pelo decréscimo de 7,6% nas receitas de serviço e pela diminuição de 8,0% na venda de equipamentos. A evolução da OPTIMUS foi afetada pelo ambiente de austeridade que se vive em Portugal, e que continua a provocar um impacto negativo nos níveis de consumo, e pelas tarifas reguladas (tarifas de terminação móvel e de roaming). No primeiro semestre de 2013, o volume de negócios da OPTIMUS registou uma queda de 3,9% face ao período homólogo. Este desempenho é justificado pelo impacto das tarifas reguladas (tarifas de terminação móvel e roaming in) e pelo ambiente económico de austeridade que se vive em Portugal e que continua a ter efeitos negativos nos níveis de consumo. 5.6.1.2 EBITDA Em resultado do desempenho da OPTIMUS ao nível do Volume de Negócios e dos Custos Operacionais infra descritos, o EBITDA consolidado aumentou 14,6% para 242,6 milhões de euros, traduzido num aumento da Margem EBITDA para 33,7%, ou seja, mais 6,5 pontos percentuais que em 2010. - 86 - No primeiro de semestre de 2013, a OPTIMUS registou um EBITDA de 122,7 milhões de euros (ou 121,4 milhões de euros considerando os custos incorridos com o processo de Fusão), correspondendo a um crescimento de 0,7% face ao primeiro semestre de 2012 e a um crescimento de 1,7 pontos percentuais, para 35,9%, de margem EBITDA (ou 35,5%, considerando os referidos custos de Fusão). 5.6.1.3 Custos Operacionais Os custos operacionais situaram-se nos 489,4 milhões de euros, menos 15,4% do que os verificados em 2010. Os custos operacionais beneficiaram dos planos transversais de otimização lançados pela OPTIMUS há 3 anos. Como resultado das medidas de eficiência implementadas pela OPTIMUS, a empresa conseguiu reduzir os seus custos de estrutura. Com um significativo número de medidas já concluídas, a OPTIMUS tem continuado a implementar medidas adicionais, ao mesmo tempo que reforça a aposta em áreas críticas como o reconhecimento da marca, a qualidade de serviço e a experiência de cliente. Durante o primeiro semestre de 2013, e como resultado de um conjunto de medidas de eficiência, a OPTIMUS conseguiu reduzir os seus custos operacionais em 6,3% para 224,6 milhões de euros (239,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2012). 5.6.1.4 Resultado Líquido O Resultado Líquido atingiu 88,1 milhões de euros, aumentando 96,3% quando comparado com 2010, impulsionado pelo aumento significativo do EBITDA, por um menor nível de depreciações e amortizações e por um menor nível de impostos. As depreciações e amortizações da OPTIMUS evoluíram de 143,9 milhões de euros, em 2010, para 139,7 milhões de euros, em 2012. - 87 - A evolução dos Resultados Líquidos dos 3 períodos foi ainda impactada por um nível relativamente estável dos custos financeiros entre os três períodos. A empresa registou um custo com impostos de 3,5 milhões de euros, valor que compara com 13,2 milhões de euros registados em 2010, devido ao reconhecimento adicional de impostos diferidos. No primeiro semestre de 2013, a OPTIMUS registou um resultado líquido positivo de 33,9 milhões de euros, que compara com 43,7 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2012. Esta diminuição é maioritariamente justificada pelos custos incorridos com o processo de Fusão (1,3 milhões de euros) e pelo aumento de custos financeiros decorrentes do aumento da dívida líquida. 5.6.1.5 CAPEX Operacional NOTA: O CAPEX Operacional referente a 2011 inclui um investimento de 110,4 milhões de euros relacionado com a aquisição de espetro de 4G, ocorrida em novembro de 2011. O CAPEX Operacional aumentou 5,6% entre 2010 e 2012. Excluindo os 110,4 milhões de euros relacionados com a aquisição de espectro de 4G em 2011, o CAPEX operacional aumentou 3,8% entre 2011 e 2012. Este aumento foi motivado pelo desenvolvimento da rede 4G no negócio móvel, onde se excedeu o objetivo inicialmente previsto para o ano. A OPTIMUS tem vindo a adotar soluções que lhe permitiram otimizar os custos da operação móvel, na medida em que reduzem a dependência de infraestruturas alugadas. Nesse sentido, 80% dos sites da OPTIMUS são já ligados por infraestrutura própria, nomeadamente utilizando fibra nas áreas de maior densidade e micro-ondas nas áreas rurais. O Capex Operacional do primeiro semestre de 2013 alcançou os 49,4 milhões de euros, 16,1% abaixo do nível registado no período homólogo, e representou 14,4% do volume de negócios do período (face a 16,5% no período homologo). - 88 - 5.6.1.6 Free Cash Flow O EBITDA-CAPEX Operacional aumentou, entre 2010 e 2012, 26,8%, devido, exclusivamente, ao maior nível de EBITDA entre os dois períodos. Excluindo os 110,4 milhões de euros relacionados com a aquisição de espectro de 4G em 2011, este indicador aumentou 5,6% entre 2011 e 2012. O Free Cash Flow ou meios libertos registou um valor negativo de 29,1 milhões de euros em 2012, impactado sobretudo pelos pagamentos de 20 milhões de euros, da operação de securitização, e de 83 milhões de euros, referentes ao espectro. Excluindo estes impactos, o Free Cash Flow em 2012 atingiu 73,9 milhões de euros, valor que compara com 75,4 milhões de euros atingidos em 2011 e com 27,8 milhões em 2010 (excluindo o pagamento da operação de securitização). No primeiro semestre de 2013, a OPTIMUS apresentou um Free Cash Flow negativo de 6,0 milhões de euros, incluindo: (i) o pagamento de 10,0 milhões de euros relativos à operação de securitização; (ii) o pagamento de 6,0 milhões de euros referentes à aquisição de espectro; e (iii) o pagamento de 11,9 milhões de euros devido a fees regulatórios relativos a 2012 do ICP-ANACOM. 5.6.1.7 Estrutura de Capital Milhões de euros ESTRUTURA DE CAPITAL Dívida Bruta Dívida Líquida Dívida Líquida/ EBITDA últimos 12 meses EBITDA/Juros (1) últimos 12 meses Dívida / (Dívida + Capital Próprio) 2011 2012 1S13 2012 / 2011 379,6 279,9 1,2x 440,5 407,0 1,7x 445,4 438,2 1,8x 16,0% 45,4% 0,5x 16,7x 26,4% 17,5x 29,6% 11,3x 29,7% 0,8x 3,2pp (1) Cobertura de Juros. - 89 - A Dívida Bruta da OPTIMUS evoluiu de 379,6 milhões de euros em 2011 para 440,5 milhões de euros em 2012. Já a Dívida Líquida da OPTIMUS aumentou no mesmo período 45,4%, para 407,0 milhões de euros. Em 2012, a Dívida Financeira Líquida consolidada atingiu os 386,2 milhões de euros em 2012, à qual corresponde um rácio de 1,6x EBITDA. A Dívida Líquida consolidada, incluindo as locações financeiras, atingiu 407,0 milhões de euros, com o rácio da dívida líquida face ao EBITDA a situar-se em 1,7x. Em 30 de junho de 2013, a Dívida Líquida consolidada atingiu os 438,2 milhões de euros, à qual corresponde um rácio de 1,8x EBITDA. 5.6.2 Informação financeira intercalar – primeiros semestres de 2012 e 2013 Milhões de euros DESTAQUES FINANCEIROS Volume de Negócios Custos Operacionais EBITDA Margem EBITDA Resultado Líquido CAPEX Operacional FCF 1S12 1S13 1S13 / 1S12 355,6 239,7 121,9 34,3% 43,7 58,8 (65,8) 341,6 224,6 121,4 35,5% 33,9 49,4 (6,0) (3,9)% (6,3)% (0,4)% 1,3pp (22,3)% (16,1)% (90,9)% (1) Custos Diretos de Serviços Prestados = Interligação e conteúdos + Circuitos Alugados + Outros Custos de Operação de Rede; (2) Custos Comerciais = Custos das M ercadorias Vendidas + Custos de M arketing e Vendas; (3) Outros Custos Operacionais = Serviços Subcontratados + Despesas Gerais e Administrativas + Provisões + Outros custos. As demonstrações financeiras consolidadas proforma da OPTIMUS relativas aos períodos intercalares findos em 30 de junho de 2012 e em 30 de junho de 2013 incluem os elementos mínimos previstos na IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar. 5.7 REVISÃO OFICIAL DE CONTAS E AUDITORIA EXTERNA 5.7.1 Identificação dos revisores oficiais de contas e auditores externos da OPTIMUS Os Revisores Oficiais de Contas da OPTIMUS durante o período de 2010 a 2012, eleitos pela assembleia geral, são os seguintes: Efetivo: Deloitte & Associados, SROC, S.A., com sede no Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, n.º 1, 6.º piso, Lisboa, pessoa coletiva n.º 501 776 311, inscrita na Ordem de Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 43, representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves (ROC n.º 746). - 90 - Suplente: 5.7.2 Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar (ROC n.º 1300). Auditoria das informações financeiras A OPTIMUS declara que as informações financeiras individuais relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2012 (Anexos I a III ao presente) foram objeto de revisão legal de contas, com emissão da respetiva Certificação Legal de Contas pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. A OPTIMUS declara ainda que, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2012, se encontrava dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas, em virtude de ser uma subsidiária e as suas demonstrações financeiras serem incluídas no perímetro de consolidação da Sonaecom, entidade que produz demonstrações financeiras consolidadas, disponíveis para uso público, de acordo com as IFRS/IAS. Não obstante, a OPTIMUS preparou demonstrações financeiras consolidadas proforma respeitantes ao exercício de 2012, com os respetivos comparativos a 31 de dezembro de 2011 (Anexo IV ao presente), as quais foram também auditadas pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. A informação financeira consolidada proforma da OPTIMUS relativa ao exercício de 2012 foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 1 de janeiro de 2010 e de 2011 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquelas datas. Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, em 31 de dezembro de 2010 e de 2011, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. A OPTIMUS elaborou ainda demonstrações financeiras individuais e consolidadas proforma referentes ao primeiro semestre de 2013 (Anexos V e VI ao presente), com os respetivos comparativos relativamente ao primeiro semestre de 2012, as quais foram objeto de exame simplificado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. Esta informação financeira proforma foi preparada assumindo que a estrutura do Grupo OPTIMUS a 30 de junho de 2013 correspondia à estrutura do Grupo OPTIMUS à data de 31 de dezembro de 2012, o que se refletiu no cálculo do goodwill naquela data. Adicionalmente, a OPTIMUS considerou, também em 30 de junho de 2012, as políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados em 31 de dezembro de 2012. - 91 - 5.8 PERÍODO COBERTO PELAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS AUDITADAS O último exercício efetivamente coberto por informações financeiras auditadas relativas à OPTIMUS reporta-se a 31 de dezembro de 2012. Não obstante a dispensa de apresentação de contas consolidadas, a OPTIMUS preparou demonstrações financeiras consolidadas proforma relativas a 31 de dezembro de 2012 que foram objeto de relatório de auditoria elaborado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. Por sua vez, as informações financeiras individuais da OPTIMUS relativas ao exercício de 2012 foram objeto de Certificação Legal das Contas e Relatório e Parecer do Fiscal Único, elaborados pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. A OPTIMUS preparou ainda demonstrações financeiras individuais e consolidadas proforma referentes ao semestre findo em 30 de junho de 2013, as quais foram objeto de exame simplificado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. 5.9 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS COMERCIAL DA OPTIMUS NA SITUAÇÃO FINANCEIRA OU Não ocorreram quaisquer alterações significativas na situação financeira ou comercial da OPTIMUS desde o final do último período financeiro em relação ao qual foram elaboradas informações financeiras sujeitas a exame simplificado por auditor (reportadas a 30 de junho de 2013), para além das decorrentes da Fusão e tratadas neste Documento Equivalente. 5.10 DEPENDÊNCIA PARA COM ENTIDADES DO GRUPO OPTIMUS Enquanto sociedade gestora de participações sociais, a OPTIMUS não tem vindo a desenvolver, diretamente, qualquer atividade de caráter operacional – dependendo o cumprimento das obrigações por si assumidas dos cash flows gerados pelas suas participadas. A OPTIMUS, enquanto SGPS, tinha como principais ativos as ações representativas do capital social das sociedades por si participadas. A OPTIMUS dependia, assim, da eventual distribuição de dividendos por parte das sociedades suas participadas, do pagamento de juros, do reembolso de empréstimos concedidos e de outros cash flows gerados por essas sociedades. - 92 - 6. INFORMAÇÃO ADICIONAL SOBRE A EMITENTE 6.1 ESTRUTURA ORGANIZATIVA À data do registo definitivo da Fusão, a ZON liderava um grupo empresarial exercendo a sua atividade económica, na qualidade de sociedade gestora de participações sociais, por intermédio de participações noutras sociedades comerciais. O quadro infra contém uma representação das principais sociedades que integravam o Grupo ZON antes de registada a Fusão: Uma vez registada a Fusão, a Emitente passou a estruturar-se nos termos constantes do quadro seguinte: (100%) (100%) (100%) (100%) (100%) (100%) Outras Empresas do Grupo Optimus • Sontária • Be Towering • Be Artis • Per-Mar (84%) (50%) (78%) (50%) - 93 - (30%) 6.2 ACIONISTAS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS 6.2.1 Listagem de Titulares de Participação Qualificada Na sequência do registo da Fusão e da emissão das Novas Ações, e até 5 de setembro de 2013, a Emitente recebeu as seguintes comunicações relativamente a participações qualificadas, nos termos do disposto nos artigos 16.º e 20.º do Cód.VM: Acionistas (1) ZOPT (1) Sonaecom (2) Banco BPI, SA 1. 2. Número de Ações 257.632.005 37.489.324 23.344.798 % Direitos de Voto 50,01% 7,28% 4,53% De acordo com as alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 20.º e artigo 21.º do Cód.VM, é imputável uma participação qualificada de 57,29% do capital social e direitos de voto da ZON OPTIMUS, calculada nos termos do artigo 20.º do Cód.VM, à ZOPT, à Sonaecom e às seguintes entidades: a. Às sociedades Kento Holding Limited e Unitel International Holdings, BV, bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, sendo (i) a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, BV, sociedades direta e indiretamente controladas pela Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e (ii) a ZOPT, uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV e Sonaecom em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado, melhor descrito na Secção 6.3 infra; b. Às entidades em relação de domínio com a Sonaecom, designadamente, a SONTEL, BV, a Sonae Investments, BV, a SONAE, SGPS, S.A., a EFANOR INVESTIMENTOS, SGPS, S.A. e o Senhor Eng.º Belmiro Mendes de Azevedo, igualmente em virtude da referida relação de domínio e do acordo parassocial mencionado em a. Em virtude da participação de 23.287.499 ações detida pelo Fundo de Pensões do Banco BPI e da participação de 57.299 ações detida pela BPI Vida e Pensões – Companhia de Seguros, S.A., são imputáveis ao Banco BPI, S.A., respectivamente, 4,520% e 0,011% dos direitos de voto, num total de 4,531% dos direitos de voto na ZON OPTIMUS, nos termos do artigo 20.º do Cód.VM. Ainda na sequência do registo da Fusão e da emissão das Novas Ações, até 5 de setembro de 2013, a Emitente foi também informada pelo (i) Norges Bank (The Central Bank of Norway), pela (ii) Zadig Gestion (Luxembourg) S.A. (sociedade gestora dos fundos Zadig Master Fund, Memnon Fund e Single Select Platform / M – European Equity (ZAD)), pela (iii) Goldman Sachs Group, Inc., pelo (iv) Grupo Visabeira SGPS, S.A. e pela (v) BlackRock, Inc. de que estes deixaram de ser titulares de qualquer participação qualificada igual ou superior a 2% dos direitos de voto correspondentes - 94 - ao capital social da Emitente, nos termos do disposto nos artigos 16.º e 20.º do Cód.VM. Relativamente às demais participações qualificadas no capital social e direitos de voto da Emitente, a última informação por esta recebida e divulgada a este propósito, nos termos e para os efeitos do artigo 16.º do Cód.VM, consta do relatório e contas consolidado da ZON referente a 30 de junho de 2013, data em que a Fusão e o consequente aumento de capital e emissão das Novas Ações não tinham ainda ocorrido. 6.2.2 Transações com partes relacionadas Caso a Fusão tivesse produzido efeitos a 31 de dezembro de 2012, não existiriam transações com partes relacionadas materialmente relevantes, a reportar nos termos do IAS24, para além das indicadas na nota 43 do relatório e contas consolidado da ZON referente àquela data. 6.3 ACORDO PARASSOCIAL RELATIVO À ZOPT Conforme comunicado a esta Sociedade, a Sonaecom, a Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, B.V. celebraram, em 14 de dezembro de 2012, um acordo parassocial relativamente à ZOPT, na qual detêm, as seguintes participações (“Acordo Parassocial”): a) A SONAECOM detém 50% do capital social e direitos de voto da ZOPT; b) A Kento Holding Limited e a Unitel International Holdings, B.V. (“Grupo KJ”) detêm 50% do capital social e direitos de voto da ZOPT, encontrando-se 17,35% na titularidade da Kento Holding Limited e 32,65% na titularidade da Unitel International Holdings, B.V. Por sua vez, a ZOPT - inicialmente detentora de 28,81% do capital social e dos direitos de voto da Sociedade -, passou, em resultado da Fusão, a ser titular de mais de 50% do capital social e dos direitos de voto da Sociedade. Em virtude do Acordo Parassocial, esta participação qualificada é imputável, por um lado, à Kento Holding Limited e à Unitel International Holdings, B.V., bem como à Senhora Eng.ª Isabel dos Santos, e, por outro, à Sonaecom e a todas as entidades com esta em relação de domínio e ao Senhor Eng.º Belmiro Mendes de Azevedo, nos termos descritos na Secção 6.2.1 supra. - 95 - As Partes celebraram o referido Acordo Parassocial com vista a regular as suas posições jurídicas na qualidade de acionistas da ZOPT, nos termos adiante sumariados: 1. Órgãos Sociais 1.1 O Conselho de Administração da ZOPT será composto por número par de membros. A Sonaecom e o Grupo KJ terão cada um o direito de designar metade dos membros do Conselho de Administração, de entre os quais será escolhido o respectivo Presidente por acordo entre as Partes. O Conselho de Administração da ZOPT pode reunir validamente quando estiver presente, pelo menos, a maioria dos seus membros, sendo as suas deliberações tomadas com o voto favorável da maioria dos Administradores da ZOPT, sempre com o voto favorável de, pelo menos, um dos membros designados por cada uma das Partes. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral e o Secretário da ZOPT serão designados por acordo das Partes. A Assembleia Geral apenas pode reunir, em primeira ou segunda convocação, quando estiverem presentes ou representados mais de cinquenta por cento do capital social da ZOPT. A ZOPT será fiscalizada por um Conselho Fiscal cujos membros serão designados por acordo das Partes. Qualquer membro dos órgãos sociais designados no âmbito do Acordo Parassocial poderá ser destituído ou substituído a qualquer momento, mediante proposta apresentada para esse efeito, pela Parte que o indicou ou, tratando-se de membro designado por acordo, por qualquer das Partes, devendo a outra Parte votar favoravelmente e praticar todos os demais atos necessários a essa destituição ou substituição. O exercício do direito de voto da ZOPT em relação à designação e eleição de membros dos órgãos sociais de sociedades subsidiárias ou nas quais a ZOPT tenha participação social, bem como em relação a quaisquer outros temas, será determinado pelo Conselho de Administração. 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 2. Alienação de Ações 2.1 As Partes obrigam-se a não transmitir as ações representativas do capital social da ZOPT de que são titulares, nem a permitir que sobre estas recaiam quaisquer ónus. As Partes obrigam-se a fazer o necessário para que a ZOPT não transfira a titularidade das ações representativas do capital social da Sociedade de que venha a ser titular e para que sobre as mesmas não 2.2 - 96 - 2.3 2.4 recaiam quaisquer ónus, com exceção das ações que excedam a quantidade necessária para que a sua participação não se torne igual ou inferior a metade do capital e direitos de voto na Sociedade. As Partes obrigam-se a não adquirir nem deter (diretamente ou por via de pessoas que consigo estejam em qualquer das situações previstas no art. 20.º do Cód.VM) quaisquer ações representativas do capital social da Sociedade, a não ser por via da ZOPT e/ou, no caso da Sonaecom, em resultado da Fusão. Decorridos dois anos sobre o registo comercial da Fusão, o Grupo KJ terá o direito a adquirir à Sonaecom, ou a quem esta indicar, até metade das ações representativas do capital social da Sociedade de que a Sonaecom e/ou as pessoas que consigo estejam em qualquer das situações previstas no art. 20.º do Cód.VM - com exceção da ZOPT e das pessoas abrangidas pelo art. 20º, n.º 1, al. d) - sejam titulares, salvo se as Partes acordarem que, findo aquele período, as ações em causa serão adquiridas pela ZOPT. 3. Cessação 3.1 O Acordo Parassocial vigorará por prazo indeterminado, apenas cessando, por caducidade, no caso de extinção da ZOPT na sequência da sua dissolução e liquidação, ou de uma das Partes adquirir as ações representativas do capital social da ZOPT pertencentes à outra. Em situações de impasse e na falta de uma solução concertada, assim como decorridos doze meses sobre o registo comercial da Fusão, qualquer das Partes terá o direito de requerer a dissolução da ZOPT. No caso de ocorrer uma situação de impasse, as Partes procurarão uma solução concertada para o assunto, nomeando cada uma das Partes um representante para o efeito, cuja identidade será comunicada à outra Parte no prazo máximo de cinco dias a contar da verificação daquela situação. Se, nos quinze dias seguintes, o impasse não tiver sido resolvido qualquer uma das Partes terá o direito de requerer a dissolução da ZOPT. 3.2 3.3 6.4 GOVERNO SOCIETÁRIO No dia 30 de agosto de 2013, a ZOPT veio solicitar ao Presidente da Mesa da assembleia geral da Emitente a convocação de uma assembleia geral extraordinária com a seguinte ordem de trabalhos, a qual terá lugar no próximo dia 1 de outubro de 2013: Ponto Um: Deliberar sobre a alteração, por meio de modificação, supressão e/ou - 97 - aditamento, de todos os artigos dos estatutos da Emitente, com exceção dos artigos 1.º, 5.º, 6.º e 8.º; Ponto Dois: Deliberar sobre a eleição dos órgãos sociais, exceto o Revisor Oficial de Contas para o triénio de 2013/2015; Ponto Três: Deliberar sobre a eleição do Revisor Oficial de Contas para o triénio de 2013/2015; Ponto Quatro: Deliberar sobre a nomeação da Comissão de Vencimentos. Neste âmbito, foi apresentado um conjunto de propostas relativamente a cada um dos pontos da ordem de trabalhos, as quais podem ser consultadas no website da Emitente e no website da CMVM (sendo incorporadas neste documento por remissão). Designadamente no que respeita ao Ponto Um da ordem de trabalhos, a ZOPT propôs as seguintes alterações principais aos estatutos da Emitente em matéria de governo societário (as quais constam de anexo à referida proposta, que ora se incorpora neste documento por remissão): (i) (ii) (iii) (iv) (v) Em substituição do modelo anglo-saxónico atualmente previsto nos estatutos da Emitente, e caso aquela proposta seja aprovada, a Emitente passa a apresentar um modelo de governo monista, no âmbito do qual serão órgãos sociais a Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal (constituído por três membros) e o Revisor Oficial de Contas, cujo mandato terá a duração de três anos civis renováveis; O número de ações a que corresponde um voto em Assembleia Geral será reduzido de 400 para 100, em caso de aprovação desta proposta; Em caso de aprovação desta proposta, a Assembleia Geral pode funcionar em primeira reunião desde que se encontrem presentes ou representados acionistas possuidores de ações que representem mais de cinquenta por cento do capital social; Em caso de aprovação desta proposta, o número de membros do Conselho de Administração passa a poder corresponder a um número máximo de vinte e três membros (ao invés do atual máximo de dezanove membros); O Presidente do Conselho de Administração passará a poder ser substituído, nas suas faltas ou impedimentos, por um dos Vice-Presidentes, pela ordem designada para o efeito pela assembleia geral, caso esta proposta seja aprovada. Quaisquer alterações ao governo societário da Emitente e à composição dos respectivos órgãos sociais que possam vir a verificar-se na sequência da Fusão e destas propostas a apreciar pela referida assembleia geral extraordinária convocada pela Emitente para o dia 1 de outubro de 2013 serão objeto de pronta divulgação ao mercado pela Emitente, nos termos da legislação e demais regulamentação aplicáveis. - 98 - 7. INFORMAÇÃO SOBRE AS AÇÕES DA EMITENTE 7.1 IDENTIFICAÇÃO, MONTANTE E FORMA DE REPRESENTAÇÃO O capital social da Emitente encontra-se integralmente representado por ações ordinárias, que são nominativas e assumem a forma escritural. 7.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL As Novas Ações foram emitidas ao abrigo do direito português, estando designadamente sujeitas ao disposto no CSC e no Cód.VM. 7.3 DIREITOS INERENTES Do mesmo modo que as restantes ações representativas do capital social da Emitente, as Novas Ações integram os direitos previstos no CSC, no Cód.VM e nos Estatutos, na sua versão atual - que corresponde ao Anexo IV ao Projeto de Fusão -, sendo de salientar os seguintes direitos: 7.3.1 Direito à Informação Nos termos do artigo 288º do CSC, qualquer acionista que possua ações correspondentes a, pelo menos, 1% do capital social pode consultar, desde que alegue motivo justificado, na sede da Emitente: “(a) Os relatórios de gestão e os documentos de prestação de contas previstos na lei, relativos aos três últimos exercícios, incluindo os pareceres do conselho fiscal, da comissão de auditoria, do conselho geral e de supervisão ou da comissão para as matérias financeiras, bem como os relatórios do revisor oficial de contas sujeitos a publicidade, nos termos da lei; (b) As convocatórias, as atas e as listas de presenças das reuniões das assembleias gerais e especiais de acionistas e das assembleias gerais de obrigacionistas realizadas nos últimos três anos; (c) Os montantes globais das remunerações, relativamente a cada um dos últimos três anos, aos membros dos órgãos sociais; (d) Os montantes globais das quantias pagas, relativamente a cada um dos últimos três anos, aos 10 ou aos 5 empregados da sociedade que recebam as remunerações mais elevadas, consoante os efetivos do pessoal excedam ou não o número de 200 e (e) O documento de registo de ações”. A exatidão dos elementos referidos nas alíneas (c) e (d) supra deve ser certificada pelo revisor oficial de contas, se o acionista o requerer. A consulta pode ser feita pessoalmente pelo acionista ou por pessoa que possa representá-lo na assembleia geral, sendo permitido fazer-se assistir de um revisor - 99 - oficial de contas ou de outro perito, bem como usar da faculdade reconhecida pelo artigo 576.º do Código Civil. No que respeita à informação a disponibilizar pelas sociedades emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado previamente à realização da assembleia geral, como sucede no caso da Emitente, encontra-se estabelecido um período mínimo de 21 dias entre a divulgação da convocatória e a realização da assembleia (artigo 13.º, n.º 2 dos Estatutos). Nos termos do disposto no artigo 21.º-C, n.ºs 1 e 2 do Cód.VM e do artigo 289.º, n.º 1 do CSC, as sociedades emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado devem, na data da convocatória, facultar igualmente aos seus acionistas, na sede da sociedade e no respetivo sítio na internet, os seguintes elementos: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) (vii) (viii) (ix) A convocatória para a reunião da assembleia geral; O número total de ações e dos direitos de voto na data da divulgação da convocatória, incluindo os totais separados para cada categoria de ações, caso aplicável; Os formulários de documento de representação e de voto por correspondência, tendo em conta que os Estatutos da Emitente o permitem; Outros documentos a apresentar à assembleia geral; Os nomes completos dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, bem como da mesa da assembleia geral; A indicação de outras sociedades em que os membros dos órgãos sociais exerçam cargos sociais, com exceção das sociedades de profissionais; As propostas de deliberação a apresentar à assembleia pelo órgão de administração, bem como os relatórios ou justificação que as devam acompanhar; Quando estiver incluída na ordem do dia a eleição de membros dos órgãos sociais, os nomes das pessoas a propor, as suas qualificações profissionais, a indicação das atividades profissionais exercidas nos últimos cinco anos, designadamente no que respeita a funções exercidas noutras empresas ou na própria sociedade, e do número de ações da sociedade de que são titulares; Quando se trate da assembleia geral anual, o relatório de gestão, as contas do exercício, demais documentos de prestação de contas, incluindo a certificação legal das contas, o parecer da comissão de auditoria e o relatório anual desta última. - 100 - No caso de o sítio na internet da sociedade não disponibilizar os formulários previstos na alínea (iii) supra por motivos técnicos, a sociedade deverá enviá-los, gratuitamente, em tempo útil, aos acionistas que o requeiram. De acordo com o artigo 290.º do CSC, em assembleia geral deverão ser prestadas ao acionista informações verdadeiras, completas e elucidativas que lhe permitam formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação. O dever de informação abrange as relações entre a sociedade e outras sociedades com ela coligadas. As informações requeridas devem ser prestadas pelo órgão da sociedade que para tal esteja habilitado e só poderão ser recusadas se a sua prestação for susceptível de causar grave prejuízo à sociedade ou a outras sociedades com ela coligadas ou aquela prestação implicar violação de segredo imposto por lei. A recusa injustificada das informações é causa de anulabilidade da deliberação. Nos termos do artigo 291.º do CSC, os acionistas titulares de ações representativas de, pelo menos, 10% do capital social, podem solicitar, por escrito, ao órgão de administração, que lhes sejam prestadas, por escrito, informações sobre assuntos sociais, apenas podendo ser recusada a prestação da informação solicitada nos casos previstos na lei. Ao abrigo do artigo 292.º do CSC, o acionista a quem tenha sido recusada informação a que tinha direito, nos termos da lei, ou a quem tenha sido prestada informação presumivelmente falsa, incompleta ou não elucidativa, pode requerer ao tribunal a realização de inquérito à sociedade. Tendo em conta que a Emitente é uma sociedade emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, os seus acionistas gozam ainda dos direitos de informação previstos nos artigos 244.º a 251.º do Cód.VM e no Regulamento da CMVM n.º 5/2008 sobre deveres de informação, na versão atual. 7.3.2 Direito de Participação nos Lucros As Ações Novas conferem aos seus titulares, nos termos legais, o direito a participar na distribuição de lucros da Emitente, na proporção da respetiva participação no capital social da Emitente. Em relação ao exercício de 2013 e aos exercícios subsequentes, e conforme mencionado em 2.1.4. supra, as Ações Novas conferem direito ao dividendo ou a outras remunerações que venham a ser deliberadas, pagas ou realizadas. Nos termos do artigo 294.º, n.º 2 do CSC, o crédito do acionista à sua parte nos lucros vence-se decorridos que sejam 30 dias sobre a deliberação de distribuição de lucros, - 101 - salvo diferimento consentido pelos acionistas e sem prejuízo de disposições legais que proíbam o pagamento antes de observadas certas formalidades. Os dividendos não reclamados consideram-se abandonados a favor do Estado após 5 anos, nos termos do artigo 1.º, n.º 1, alínea b) do Decreto-Lei n.º 187/70, de 30 de abril. Nos termos do artigo 25.º dos Estatutos da Emitente estabelece, em derrogação parcial do artigo 294.º do CSC, que “Os lucros líquidos anuais, devidamente aprovados, terão a seguinte aplicação: a) Uma percentagem não inferior a cinco por cento será destinada à constituição da reserva legal, até atingir o montante exigível por lei; b) Uma percentagem não inferior a quarenta por cento será distribuída pelos acionistas, a título de dividendo, sem prejuízo de a assembleia geral, por maioria qualificada de dois terços dos votos expressos, poder deliberar no sentindo da redução do dividendo ou mesmo da sua não distribuição; c) O remanescente será afeto aos fins definidos pela assembleia geral”. Ademais, a distribuição de lucros aos acionistas encontra-se sujeita a limitações, nomeadamente as constantes dos artigos 31.º a 33.º do CSC. Neste âmbito, importa realçar que, salvo os casos de distribuição antecipada de lucros previstos no n.º 2 do artigo 25.º dos Estatutos, bem como noutros casos expressamente previstos na lei, nenhuma distribuição de bens sociais, ainda que a título de distribuição de lucros de exercício ou de reservas, pode ser feita aos acionistas sem ter sido objeto de deliberação destes. 7.3.3 Direito de Participação nas Assembleias Gerais e Direito de Voto De acordo com o artigo 12.º dos Estatutos da Emitente, têm direito a estar presentes nas assembleias gerais os acionistas com direito de voto, sendo que a cada 400 ações corresponde um voto. Nos termos do n.º 1 do artigo 23.º-C do Cód.VM, “nas sociedades emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, tem direito a participar na assembleia geral e aí discutir e votar quem, na data de registo, correspondente às 0 horas (GMT) do 5.º dia de negociação anterior ao da realização da assembleia, for titular de ações que lhe confiram, segundo a lei e o contrato de sociedade, pelo menos um voto”, constando a mencionada regra igualmente do artigo 12.º, n.º 2 dos Estatutos da Emitente. De acordo com n.º 2 do artigo 23º-C do Cód.VM, o exercício dos direitos não é prejudicado pela transmissão das ações em momento posterior à data de registo, nem depende do bloqueio das mesmas entre aquela data e data da assembleia geral. - 102 - Dispõe ainda o n.º 3 do artigo 23.º-C do Cód.VM que quem pretenda participar em assembleia geral de sociedade emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado declara-o, por escrito, ao presidente da mesa da assembleia geral e ao intermediário financeiro onde a conta de registo individualizado esteja aberta, o mais tardar, até ao dia anterior à data de registo, podendo, para o efeito, utilizar o correio eletrónico. Nas últimas assembleias gerais da ZON tem sido dispensado o envio de qualquer declaração expressa do acionista ao Presidente da Mesa da assembleia geral, tendo sido suficiente o envio desta declaração ao intermediário financeiro até ao dia anterior à data de registo suficiente para efeitos do cumprimento das formalidades legais. Por seu turno, e nos termos do n.º 4 do artigo 23.º-C do Cód.VM, deverá o intermediário financeiro enviar ao Presidente da Mesa, até ao fim do dia correspondente à data de registo, uma comunicação com o número de ações registadas em nome do seu cliente, por referência àquela data. Nos termos do artigo 12.º, n.º 8 dos Estatutos da Emitente, o exercício do voto por correspondência ou por meios eletrónicos pode abranger todas as matérias constantes da convocatória, nos termos e condições nela fixados, podendo o voto por meios eletrónicos ser sujeito pelo Presidente da Mesa da assembleia geral à verificação das condições que fixar para a respetiva segurança e fiabilidade. Os acionistas poderão fazer-se representar na assembleia geral, nos termos do disposto no artigo 380.º do CSC e no artigo 23.º do Cód.VM, bastando, como instrumento de representação, uma carta com assinatura dirigida ao Presidente da Mesa da assembleia geral. Sem prejuízo da unidade de voto prevista no artigo 385.º do CSC, qualquer acionista pode nomear diferentes representantes relativamente às ações detidas em diferentes contas de valores mobiliários. No caso de acionista que seja pessoa coletiva, a declaração de voto deverá ser assinada por quem a represente e a assinatura reconhecida nessa qualidade. As cartas de representação dos acionistas, bem como as cartas dos acionistas que sejam pessoas coletivas a comunicar o nome de quem as representará, deverão ser dirigidas ao Presidente da Mesa da assembleia geral, no prazo legalmente previsto, podendo, para o efeito, ser utilizado o endereço de correio eletrónico especificado na respetiva convocatória. As demais condições que regem a convocação das assembleias gerais, o exercício do direito de voto e a inclusão de assuntos na ordem do dia e apresentação de propostas encontram-se previstas no CSC, no Cód.VM e nos Estatutos da Emitente. Em - 103 - particular, o(s) acionista(s) titular(es) de, pelo menos, 2% do capital social da Emitente podem requerer a convocação de reunião da assembleia geral, o aditamento de pontos à ordem de trabalhos de assembleia já convocada e apresentar propostas relativamente aos pontos da ordem de trabalhos de cada assembleia, nos termos previstos nos artigos 23.º-A e 23.º-B do Cód.VM. 7.3.4 Outros direitos De acordo com o artigo 26.º dos Estatutos da Emitente, a respetiva dissolução e liquidação estão sujeitas aos termos legais e deliberações da assembleia geral, tendo os acionistas o direito à partilha do ativo restante no património da Emitente, nos termos do artigo 156.º do CSC. Os acionistas da Emitente têm direito de preferência na subscrição de novas ações resultantes de aumentos de capital por entradas em dinheiro, nos termos do artigo 458.º do CSC. Este direito de preferência poderá ser limitado ou suprimido, desde que o interesse social o justifique, nos termos do artigo 460.º do CSC. Nos termos dos artigos 367.º e 372.º-B do CSC, os acionistas gozam ainda do direito de preferência na subscrição de obrigações convertíveis em ações da Emitente e na subscrição de obrigações com direito de subscrição de ações da Emitente (obrigações com warrants), nas mesmas condições que para os aumentos de capital por entradas em dinheiro. 7.4 LIMITAÇÕES À TRANSMISSÃO DAS AÇÕES DA EMITENTE Não existem limites ou restrições à transmissibilidade das ações representativas do capital social da Emitente, com exceção das restrições previstas no artigo 9.º dos Estatutos, que estabelece que os acionistas que exerçam, direta ou indiretamente, atividade concorrente com a atividade desenvolvida pelas sociedades participadas da Emitente, não podem ser titulares, sem prévia autorização da assembleia geral, de ações ordinárias representativas de mais de 10% por cento do capital social da Emitente. 7.5 OFERTAS PÚBLICAS DE AQUISIÇÃO Em 2012 e até à data do presente Documento Equivalente, não existiram quaisquer ofertas públicas de aquisição aplicáveis às ações da Emitente. - 104 - 7.6 REGIME FISCAL APLICÁVEL ÀS AÇÕES DA EMITENTE 7.6.1 Advertência Geral Esta Secção constitui um resumo do regime fiscal aplicável em Portugal, na data do presente Documento Equivalente, aos rendimentos resultantes de ações emitidas por uma entidade residente em Portugal, às mais-valias fiscais obtidas aquando da sua alienação e à sua transmissão a titulo gratuito. O enquadramento descrito está sujeito a alterações, incluindo alterações com efeito retroativo, não tendo sido tomados em consideração regimes transitórios eventualmente aplicáveis. Esta Secção não representa uma análise completa dos potenciais efeitos fiscais da decisão de adquirir ou deter ações representativas do capital social da Emitente, pelo que os adquirentes destas ações devem consultar os seus próprios consultores sobre as implicações fiscais e para-fiscais associadas à aquisição, detenção e transmissão das ações em apreço à luz das suas circunstâncias particulares, incluindo as implicações fiscais potenciais porventura aplicáveis em outros ordenamentos jurídicos, tendo em atenção, quando aplicável, as disposições legais previstas em convenções para evitar a dupla tributação celebradas por Portugal. 7.6.2 Pessoas singulares residentes para efeitos fiscais em Portugal 7.6.2.1 Rendimentos decorrentes da titularidade das ações Os dividendos colocados à disposição dos titulares de ações estão sujeitos a retenção na fonte de IRS à taxa de 28%, no momento da sua colocação à disposição, tendo esta retenção na fonte natureza liberatória. Os titulares dos dividendos podem optar por englobar estes rendimentos, declarandoos em conjunto com os demais rendimentos auferidos, desde que obtidos fora do âmbito do exercício de atividades empresariais e profissionais. Sendo realizada a opção pelo englobamento, os dividendos serão tributados em apenas metade do seu montante, à taxa que resultar da aplicação da tabela prevista no artigo 68.º do Código de IRS (acrescido de uma taxa adicional de solidariedade de 2,5% e 5%, que incidirá sobre o rendimento coletável que exceda os € 80.000 e € 250.000, respectivamente) e a retenção terá a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final. No caso de exercício da opção pelo englobamento, sobre a parte do rendimento coletável de IRS que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da retribuição mínima mensal garantida, incidirá ainda uma sobretaxa extraordinária de 3,5%. - 105 - A opção pelo englobamento dos dividendos determina também a obrigatoriedade de englobamento de outros rendimentos eventualmente obtidos e sujeitos a taxas liberatórias ou especiais, como, por exemplo, juros e mais-valias. A taxa de retenção na fonte corresponde a 35% e tem natureza liberatória quando os dividendos sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados. Se for identificado o beneficiário efetivo, aplicam-se as regras gerais acima descritas. 7.6.2.2 Mais-valias fiscais e menos-valias fiscais realizadas na transmissão onerosa das ações O saldo anual positivo entre as mais-valias e as menos-valias realizadas com a alienação de ações (e outros valores mobiliários e ativos financeiros) é tributado à taxa especial de IRS de 28%, sem prejuízo do seu englobamento por opção dos respetivos titulares e tributação à taxa que resultar da aplicação da tabela prevista no artigo 68.º do Código de IRS (acrescido de uma taxa de solidariedade de 2,5% e 5%, que incidirá sobre o rendimento coletável que exceda os € 80.000 e € 250.000, respectivamente). Sobre a parte do rendimento coletável de IRS que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da retribuição mínima mensal garantida, incidirá ainda uma sobretaxa extraordinária de 3,5%. A opção pelo englobamento das mais-valias determina também a obrigatoriedade de englobamento de outros rendimentos eventualmente obtidos e sujeitos a taxas liberatórias ou especiais, como, por exemplo, juros e dividendos. Em qualquer caso (com ou sem englobamento) o imposto apurado será devido em termos finais, após a entrega de declaração de IRS. Para apuramento do saldo, positivo ou negativo, não relevam as perdas apuradas quando a contraparte da operação estiver sujeita no país, território ou região em que se encontre domiciliada para efeitos fiscais a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/2011, de 8 de novembro. Verificando-se um saldo negativo entre as mais e menos-valias resultantes de operações realizadas no mesmo ano, o reporte do saldo negativo poderá ser efectuado, aos rendimentos da mesma natureza, nos dois anos seguintes, desde que haja opção pelo englobamento. - 106 - 7.6.2.3 Aquisição gratuita das ações Está sujeita a Imposto do Selo, à taxa de 10%, a aquisição a título gratuito (por morte ou em vida) das ações nas situações em que o seu adquirente tenha domicílio em território Português. O cônjuge, unido de facto, ascendentes ou descendentes beneficiam de isenção de Imposto do Selo em tais aquisições. 7.6.3 Pessoas singulares não residentes para efeitos fiscais em Portugal 7.6.3.1 Rendimentos decorrentes da titularidade das ações Os dividendos colocados à disposição dos titulares de ações estão sujeitos a retenção na fonte de IRS à taxa de 28%, no momento da sua colocação à disposição, tendo esta retenção na fonte natureza liberatória. A taxa referida pode ser reduzida nos termos de uma Convenção em vigor entre Portugal e o país de residência fiscal do titular das ações, caso se verifiquem as condições substanciais de aplicação de tal redução e se cumpram as formalidades previstas na legislação fiscal portuguesa para o efeito. A taxa de retenção na fonte corresponde a 35% e tem natureza liberatória quando os dividendos sejam pagos ou colocados à disposição: (i) em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados. Se for identificado o beneficiário efetivo, aplicam-se as regras gerais acima descritas; e (ii) de entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/ 2011 de 8 de novembro. 7.6.3.2 Mais-valias fiscais e menos-valias fiscais realizadas na transmissão onerosa das ações As mais-valias na transmissão a título oneroso de ações obtidas por pessoas singulares não residentes estão sujeitas a IRS. O saldo anual positivo entre as maisvalias e as menos-valias realizadas com a alienação de ações (e outros valores mobiliários e ativos financeiros) é tributado à taxa especial de IRS de 28%. - 107 - Às mais-valias realizadas na transmissão a título oneroso de ações obtidas por pessoas singulares não residentes é, porém, aplicável uma isenção de IRS, salvo no caso de pessoas singulares domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/ 2011, de 8 de novembro. Nos termos das Convenções, o Estado Português está geralmente limitado na sua competência para tributar as mais-valias mobiliárias, mas esse tratamento fiscal convencional deve ser aferido casuisticamente. 7.6.3.3 Aquisição gratuita das ações Não está sujeita a Imposto do Selo a aquisição a título gratuito (por morte ou em vida) de ações nas situações em que o seu adquirente não tenha domicílio em território Português. 7.6.4 Pessoas coletivas residentes para efeitos fiscais em Portugal 7.6.4.1 Rendimentos decorrentes da titularidade das ações Os dividendos estão sujeitos a retenção na fonte de IRC à taxa de 25%, a qual tem natureza de imposto por conta do IRC devido a final. A taxa geral de IRC corresponde a 25%, à qual pode acrescer a derrama municipal, a uma taxa variável, até 1,5% do lucro tributável. Poderá ainda ser aplicável uma derrama estadual, à taxa de 3%, sobre a parte do lucro tributável que exceda € 1.500.000 e seja igual ou inferior a € 7.500.000, aplicando-se uma taxa de 5% sobre a parte do lucro tributável que exceda € 7.500.000. Caso o titular das ações detenha ações representativas de, pelo menos, 10% do capital social, os dividendos serão dedutíveis para efeitos de apuramento do lucro tributável da sociedade beneficiária, contanto que as ações permaneçam na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante um ano. Caso o referido período de detenção de um ano já estiver cumprido no momento em que os dividendos sejam colocados à disposição ou sejam pagos, consoante o que ocorrer primeiro, haverá lugar a dispensa de retenção na fonte de IRC. A taxa de retenção na fonte aplicável sobre os dividendos distribuídos será, contudo, de 35%, tendo neste caso carácter definitivo, sempre que os mesmos sejam pagos ou colocados à disposição em contas abertas em nome de um ou mais titulares, mas por conta de terceiros não identificados, exceto quando o beneficiário efetivo seja identificado, caso em que se aplicará a taxa de retenção na fonte de 25% infra descrita. - 108 - Há lugar a tributação autónoma, à taxa de 25%, dos lucros distribuídos a entidades que beneficiem de isenção total ou parcial de IRC (abrangendo, neste último caso, os rendimentos de capitais) se as ações não forem detidas por tais entidades pelo período mínimo de um ano, o qual pode ser completado após a colocação à disposição. Esta taxa é elevada em 10 pontos percentuais quanto às entidades que apresentem prejuízo fiscal no período de tributação em que ocorre a colocação à disposição do rendimento. 7.6.4.2 Mais-valias fiscais e menos-valias fiscais realizadas na transmissão onerosa das ações Consideram-se rendimentos ou ganhos ou gastos ou perdas, para efeitos de determinação do lucro tributável em IRC, as mais-valias ou as menos-valias realizadas. A taxa de IRC é de 25%, à qual pode acrescer a derrama municipal, a uma taxa variável, até 1,5% do lucro tributável. Poderá ainda ser aplicável uma derrama estadual, à taxa de 3%, sobre a parte do lucro tributável que exceda € 1.500.000 e seja igual ou inferior a € 7.500.000, aplicando-se uma taxa de 5% sobre a parte do lucro tributável que exceda € 7.500.000. Para efeitos de apuramento das mais e menos-valias fiscais, o custo de aquisição, deduzido das perdas por imparidade e depreciações aceites fiscalmente, das ações detidas, há, pelo menos dois anos na data da transmissão onerosa, é objeto de atualização mediante a aplicação de coeficientes de desvalorização monetária aprovados anualmente por Portaria do Ministro das Finanças. Quando, nos termos do regime especial de neutralidade fiscal, em sede de IRC, haja lugar à valorização das participações sociais recebidas pelo mesmo valor pelo qual as antigas se encontravam registadas, considera-se, para efeito da aplicação dos coeficientes de desvalorização monetária, data de aquisição das primeiras a que corresponder à das últimas. Para efeitos de determinação do lucro tributável, a diferença positiva entre as maisvalias e as menos-valias realizadas mediante a transmissão onerosa de partes de capital, incluindo a sua remição e amortização com redução de capital é considerada em apenas 50% do seu valor, desde que respeitadas as seguintes condições: a) O valor de realização seja totalmente reinvestido no período de tributação anterior ou até ao final do segundo período de tributação seguinte ao da realização (i) na aquisição de participações no capital de sociedades - 109 - comerciais ou civis sob a forma comercial; e/ou (ii) na aquisição, produção ou construção de ativos fixos tangíveis, de ativos biológicos que não sejam consumíveis ou em propriedades de investimento, afetos a exploração, com exceção dos bens adquiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS ou IRC com o qual existam relações especiais nos termos do n.º 4 do artigo 63.ºdo Código do IRC (“entidades relacionadas”); b) As participações alienadas devem ter sido detidas por período não inferior a um ano e corresponder a, pelo menos, 10% do capital da sociedade participada, devendo as partes de capital adquiridas ser detidas por igual período; c) As transmissões onerosas e aquisições de partes de capital não podem ser efetuadas com (i) entidades com domicilio, sede ou direção efetiva em pais, território ou região sujeito a um regime fiscal mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/ 2011 de 8 de novembro, e (ii) entidades relacionadas, exceto quando se destinem a realização de capital social, caso em que o reinvestimento se considerará totalmente concretizado quando o valor das participações sociais assim realizadas não seja inferior ao valor de mercado daquelas transmissões. Caso se verifique o reinvestimento parcial do valor de realização, apenas a parte proporcional da mais-valia é considerada em 50% do seu valor para efeitos de determinação do lucro tributável sujeito a IRC. Não sendo concretizado o reinvestimento, total ou parcialmente, até ao fim do segundo período de tributação seguinte ao da realização, considera-se como rendimento desse período de tributação a diferença ou a parte proporcional da diferença acima referida ainda não incluída no lucro tributável, majorada em 15%. A diferença negativa entre as mais-valias e menos-valias realizadas mediante a transmissão onerosa de partes de capital, incluindo a sua remição e amortização com redução de capital, bem como outras perdas ou variações patrimoniais negativas relativas a partes de capital ou outras componentes do capital próprio concorre para a formação do lucro tributável em apenas metade do seu valor. Todavia, não serão dedutíveis, para efeitos de determinação do lucro tributável em IRC, os gastos suportados com a alienação de partes de capital detidas por período inferior a três anos quando tenham sido adquiridas (i) a entidades relacionadas, considerando-se como tal, entre outras, as entidades com domicilio, sede ou direção efetiva em território sujeito a um regime fiscal mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/2011, de 8 de - 110 - novembro; ou (ii) a entidades residentes em território português sujeitas a um regime especial de tributação. Não são, igualmente, aceites como gasto em sede de IRC as menos-valias decorrentes da transmissão onerosa de partes de capital, qualquer que seja o título por que se opere, a entidades com as quais existam relações especiais ou a entidades residentes em território português sujeitas a um regime especial de tributação. Adicionalmente, não são dedutíveis para efeitos de determinação do lucro tributável em IRC as menos-valias e outras perdas relativas a partes de capital, na parte do valor que corresponda aos lucros distribuídos que tenham beneficiado, nos quatro anos anteriores, da dedução para efeitos de eliminação da dupla tributação económica prevista no artigo 51.º do Código do IRC. Não são, por fim, dedutíveis para os efeitos referidos os gastos suportados com a transmissão onerosa de partes de capital sempre que a entidade alienante tenha resultado de transformação, incluindo a modificação do objeto social, de sociedade a qual fosse aplicável regime fiscal diverso relativamente a estes gastos e tenham decorrido menos de três anos entre a data da verificação desse facto, e a data da transmissão. As mais-valias e as menos-valias realizadas por sociedades gestoras de participações sociais e sociedades e investidores de capital de risco mediante a transmissão onerosa de ações detidas por um período não inferior a um ano, bem como os encargos financeiros suportados com a sua aquisição, não concorrem para a formação do respetivo lucro tributável, ou seja, as mais-valias não são tributadas, e as menosvalias não são dedutíveis para efeitos de IRC. O regime descrito não é aplicável, relativamente às mais-valias realizadas e aos encargos financeiros suportados, quando as partes de capital tenham sido adquiridas a: a) Entidades relacionadas, considerando-se como tal, entre outras, entidades com domicilio, sede ou direção efetiva em território sujeito a um regime fiscal mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/2011, de 8 de novembro; b) Entidades residentes em território português sujeitas a um regime especial de tributação, e tenham sido detidas pela alienante por período inferior a 3 anos, bem como quando a alienante tenha resultado de transformação de sociedade à qual não fosse aplicável este regime relativamente às mais-valias das partes de capital, desde que, neste - 111 - último caso, tenham decorrido menos de 3 anos entre a data da transformação e a data da transmissão. 7.6.4.3 Aquisição gratuita das ações A aquisição gratuita das ações a favor de pessoas coletivas residentes sujeitas a IRC, ainda que dele isentas, não está sujeita a Imposto do Selo. Contudo, e com exceção dos casos previstos no n.º 1 do artigo 21.º do Código do IRC, a variação patrimonial positiva não refletida no resultado do exercício, e resultante da aquisição gratuita de ações por pessoas coletivas residentes sujeitas a IRC, concorre para a formação do lucro tributável em sede de IRC. O IRC incide a taxa de 25%, podendo acrescer ao mesmo a derrama municipal, a uma taxa variável, até 1,5% do lucro tributável. Poderá ainda ser aplicável uma derrama estadual, à taxa de 3%, sobre a parte do lucro tributável que exceda € 1.500.000 e seja igual ou inferior a € 7.500.000, aplicando-se uma taxa de 5% sobre a parte do lucro tributável que exceda € 7.500.000. 7.6.5 Pessoas coletivas não residentes para efeitos fiscais em Portugal 7.6.5.1 Rendimentos decorrentes da titularidade das ações Os dividendos estão sujeitos a retenção na fonte de IRC à taxa de 25%, no momento da sua colocação à disposição, tendo esta retenção na fonte natureza liberatória. A taxa referida pode ser reduzida nos termos de uma Convenção para evitar a dupla tributação em vigor entre Portugal e o país de residência fiscal do titular das ações, caso se verifiquem as condições substanciais de aplicação de tal redução e se cumpram as formalidades previstas na legislação fiscal portuguesa para a aplicação de uma Convenção para evitar a dupla tributação. A pedido do beneficiário dos rendimentos, pode ser devolvido o IRC retido e pago na parte em que seja superior ao que resultaria da aplicação das taxas gerais deste imposto e de derrama estadual de que seja beneficiária entidade residente noutro Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, neste último caso desde que exista obrigação de cooperação administrativa em matéria fiscal equivalente à estabelecida na União Europeia e que sejam preenchidas as condições estabelecidas no artigo 2.º da Diretiva 2011/96/UE, do Conselho, de 30 de novembro de 2011. Neste caso, serão tomados em consideração todos os rendimentos, incluindo os obtidos em território português. - 112 - A taxa de retenção na fonte corresponde a 35% e tem natureza liberatória quando os dividendos sejam pagos ou colocados à disposição: (i) em contas abertas em nome de um ou mais titulares mas por conta de terceiros não identificados. Se for identificado o beneficiário efetivo, aplicam-se as regras gerais acima descritas; e (ii) de entidades não residentes sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da lista aprovada pela Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/ 2011 de 8 de novembro. 7.6.5.2 Mais-valias fiscais e menos-valias fiscais registadas na transmissão onerosa das ações As mais-valias provenientes da transmissão a título oneroso de ações realizadas por pessoas coletivas não residentes em território português e sem estabelecimento estável em Portugal ao qual as mesmas sejam imputáveis estão sujeitas a IRC. Não obstante, as mais-valias realizadas com a transmissão onerosa de ações estão isentas de tributação, salvo se: (i) a entidade alienante for detida, direta ou indiretamente, em mais de 25% por entidades residentes para efeitos fiscais em território português; (ii) a entidade alienante for residente para efeitos fiscais em país, território ou região, sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorável, constante da Portaria n.º 150/2004, de 13 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 292/ 2011 de 8 de novembro. Adicionalmente, podem ser excluídas de tributação em Portugal as mais-valias realizadas com a transmissão onerosa de ações por um residente, para efeitos fiscais, num país com o qual vigore uma Convenção para evitar a dupla tributação com Portugal, o que deverá ser confirmado numa base casuística. O saldo anual positivo entre as mais-valias não isentas de tributação nos termos dos parágrafos anteriores e as menos-valias realizadas com a transmissão onerosa de ações (e outros ativos previstos na lei), deduzido das despesas necessárias e efetivamente incorridas na sua transmissão onerosa, é tributado à taxa de 25%. 7.6.5.3 Aquisição gratuita das ações O incremento patrimonial resultante da aquisição de ações a título gratuito por pessoas coletivas não residentes sem estabelecimento estável ao qual as ações sejam imputáveis é tributado à taxa de 25%. - 113 - Nos termos das Convenções para evitar a dupla tributação, o Estado Português está geralmente limitado na sua competência para tributar estes rendimentos, mas esse tratamento fiscal convencional deve ser aferido casuisticamente. 7.7 INFORMAÇÃO ADICIONAL 7.7.1 Capital Social Conforme mencionado na Secção 2.1.1 supra, em momento anterior ao registo comercial da Fusão e do inerente aumento de capital, o capital social da Emitente correspondia a EUR 3.090.968,28 (três milhões noventa mil novecentos e sessenta e oito Euros e vinte e oito cêntimos), representado por 309.096.828 (trezentas e nove milhões, noventa e seis mil, oitocentas e vinte e oito) ações ordinárias, nominativas e escriturais. No seguimento do registo comercial da Fusão e do inerente aumento de capital social, a Emitente emitiu e entregou aos acionistas da OPTIMUS as Novas Ações, as quais, por força da relação de troca estabelecida nos termos descritos na Secção 2.1.3 supra, corresponderam a 206.064.552 (duzentos e seis milhões, sessenta e quatro mil, quinhentas e cinquenta e duas) ações, no valor nominal de EUR 0,01 (um cêntimo de Euro) cada, representativas de 40% do montante do capital social da Emitente já resultante do aumento de capital realizado por efeito da Fusão. Assim, e por efeito da Fusão, o capital social da Emitente corresponde atualmente ao montante de EUR 5.151.613,80 (cinco milhões cento e cinquenta e um mil, seiscentos e treze Euros e oitenta cêntimos), representado por 515.161.380 (quinhentas e quinze milhões cento e sessenta e um mil trezentas e oitenta) ações ordinárias, nominativas e escriturais, no valor nominal de EUR 0,01 (um cêntimo de Euro) cada. 7.7.2 Ações próprias À data do Documento Equivalente, a Emitente detém diretamente 138.703 (cento e trinta e oito mil setecentas e três) ações próprias, com o valor contabilístico de EUR 412.205,01 (quatrocentos e doze mil duzentos e cinco euros e um cêntimo) e com o valor nominal de EUR 0,01 (um cêntimo de Euro) cada. 7.7.3 Valores mobiliários convertíveis, passíveis de troca ou acompanhados de cupões de subscrição (warrants) À data do Documento Equivalente, não se encontram emitidos e/ou admitidos à negociação em mercado regulamentado quaisquer valores mobiliários convertíveis em - 114 - ações representativas do capital social da Emitente, passíveis de troca ou acompanhados de cupões de subscrição (warrants). 7.7.4 Estatutos da Emitente No seguimento do registo comercial da Fusão bem como do inerente aumento de capital social e alteração da denominação social da Emitente, os Estatutos da Emitente passaram a ter a redação plasmada no Anexo IV do Projeto de Fusão, nos termos expostos nas Secções 2.1.2.1 e 7.7.1 supra. - 115 - 8. DOCUMENTAÇÃO ACESSÍVEL AO PÚBLICO 8.1 INFORMAÇÃO INSERIDA POR REMISSÃO Os documentos abaixo indicados são inseridos por remissão (na sua totalidade) e, nessa medida, constituem parte integrante deste Documento Equivalente: (i) (ii) (iii) (iv) (v) (vi) Projeto de Fusão; Estatutos da Emitente; Relatórios e contas anuais individuais e consolidados da ZON relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2012, incluindo os relatórios e pareceres da Comissão de Auditoria, os relatórios dos auditores, a certificação legal de contas e as notas às demonstrações financeiras; A divulgação dos resultados consolidados da ZON, sujeitos a revisão limitada, relativos ao semestre findo em 30 de junho de 2013, efetuada pela ZON em 24 de julho de 2013; Relatório e contas consolidados da ZON relativos aos semestres findos em 30 de junho de 2012 e 30 de junho de 2013, incluindo os relatórios de revisão limitada dos auditores, a revisão legal de contas e as notas às demonstrações financeiras; Propostas apresentadas pela ZOPT relativamente a cada um dos Pontos da Ordem de Trabalhos da Assembleia-Geral Extraordinária convocada pela Emitente para o dia 1 de outubro de 2013 e respectivos anexos. Estes documentos encontram-se disponíveis para consulta, mediante solicitação e sem encargos, nos locais indicados em 8.3. infra. Os documentos inseridos por remissão neste Documento Equivalente contêm a informação disponível sobre a ZON à data em que são publicados e da sua inclusão não resulta, em nenhuma circunstância, que não tenham existido alterações nos negócios da Emitente desde a data de publicação ou que a informação seja correta em qualquer momento subsequente a essa data. 8.2 COMUNICAÇÕES Todas as comunicações à Emitente deverão ser dirigidas à Direção de Relação com Investidores, à atenção da Dra. Maria João Carrapato (Diretora), Rua Ator António Silva, n.º 9 – Campo Grande, 1600-404 Lisboa – Portugal (Telefone + 351 21 782 47 00; Telefax: + 351 782 47 35; e-mail: [email protected]). Qualquer mudança do destinatário - 116 - das comunicações à Emitente só produzirá efeitos depois de anunciada no boletim de cotações da Euronext Lisbon. 8.3 LOCAIS DE CONSULTA Encontram-se à disposição do público, para consulta, mediante solicitação e sem encargos, na sede da Emitente, sita na Rua Ator António Silva, n.º 9 – Campo Grande,1600-404 Lisboa – Portugal e em www.zon.pt, a informação incluída por remissão conforme descrito em 8.1. supra. A informação incluída por remissão mencionada acima pode igualmente ser consultada em formato eletrónico através do site oficial da CMVM (www.cmvm.pt). O presente Documento Equivalente encontra-se disponível para consulta nos seguintes locais: Sede da Emitente, sita na Rua Ator António Silva, n.º 9 – Campo Grande, 1600-404 Lisboa – Portugal; Euronext Lisbon, sita na Av. da Liberdade, n.º 196 – 7.º, 1250-147 Lisboa; Site da Emitente na internet, em www.zon.pt; Site oficial da CMVM na internet, em www.cmvm.pt. Uma versão em papel será entregue, gratuitamente, aos acionistas da Emitente que o solicitem na sua sede. - 117 -