venha-o-teu-reino-mt-610 - Paróquia Nossa Senhora Rainha

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CÉLULAS PAROQUIAIS DE EVANGELIZAÇÃO
APOIO À PREPARAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
TEMA
VENHA O TEU REINO!
Mt 6,10
OBJETIVO
CÉLULA – SEMENTE DO REINO!
A - EXORTAÇÃO DO PASTOR
B - OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO
C - ANEXOS
- DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
A- EXORTAÇÃO DO PASTOR
Venha o teu Reino!
"A vida deste reino é Cristo, que continua a viver nos seus;
no coração que já não for alimentado pela força de vida de Cristo,
termina o reino; no coração que for por ela tocado e
transformado, ele começa... as raízes da árvore que não pode ser
destruída procuram penetrar em semelhante coração. O reino é
um só; ele mantém-se apenas pelo Senhor, que é a sua vida, a sua
força, o seu centro...". (Reinhold Schneider)
Pedir pela vinda do Reino significa dizer a Jesus: deixa-nos
ser teus, Senhor! Penetra-nos, vive em nós; reúne a humanidade
dispersa no teu corpo, para que em Ti tudo esteja submetido a
Deus e Tu então possas entregar tudo ao Pai, para que "Deus seja
tudo em todos" (1 Cor 15,26-28).
Cf. Jesus de Nazaré – Bento XVI
B-
OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO
Venha a nós o vosso Reino
No pedido sobre o Reino de Deus, recordamo-nos todos do
que antes refletimos sobre a expressão "Reino de Deus". Com este
pedido reconhecemos, antes de mais nada, o primado de Deus:
onde Ele não está, nada pode ser bom. Onde Deus não é visto, o
homem arruína-se e arruína-se o mundo.
Neste sentido, o Senhor nos diz: "Procurai antes de mais
nada o Reino (de Deus) e a sua justiça, que tudo o mais vos será
dado" (Mt 6,33). Com esta expressão é estabelecida uma ordem
de prioridades para a ação humana, para a nossa atitude no
cotidiano.
De modo nenhum nos é prometida uma terra de delícias para
o caso de sermos piedosos ou de desejarmos de algum modo o
Reino de Deus. Não é apresentado nenhum automatismo de um
mundo a funcionar como o apresentaram as utopias de uma
sociedade sem classes, na qual tudo andaria bem por si só, apenas
porque não há nenhuma propriedade privada. Jesus não nos
fornece receitas tão simples. Mas Ele estabelece — como foi dito
— uma decisiva prioridade. "Reino de Deus" quer dizer
"soberania de Deus", e isso significa: é aceito o critério da sua
vontade. Esta vontade cria justiça, à qual pertence que nós damos
a Deus o seu direito e assim a medida para encontrar o direito entre
os homens.
A ordem das prioridades que Jesus aqui nos indica pode
recordar-nos o relato do Antigo Testamento sobre a primeira
oração de Salomão depois da sua tomada de posse como rei.
Conta-se que o Senhor apareceu durante a noite em sonho ao
jovem rei e que lhe disse que pedisse o que quisesse, prometendolhe que o atenderia. Um clássico motivo de sonho da humanidade!
O que é que Salomão pede? "Concede ao teu servo um coração
que ouve, para que ele governe o teu povo e seja capaz de
distinguir o bem do mal" (lRs 3,9). Deus louva-o, porque ele —
como seria de esperar — não pediu nem riqueza, nem poder, nem
honra, nem a morte dos seus inimigos, nem sequer uma longa vida
(2Cr 1,11), mas sim o que é verdadeiramente essencial: um
coração capaz de escutar, a capacidade de distinção entre o
bem e o mal. E assim obtém Salomão também o restante. Com o
pedido acerca da vinda do "teu Reino" (não do nosso!), o
Senhor quer introduzir-nos precisamente neste tipo de oração e
da ordem da nossa ação. O primeiro e essencial é um coração
que escuta, para que seja Deus e não nós a dominarmos. O
Reino de Deus vem sobre o coração que escuta. Este é o seu
caminho. E assim devemos rezar sempre.
A partir do encontro com Cristo, este pedido aprofundase, torna-se ainda mais concreto. Vimos que Jesus é o Reino de
Deus em pessoa; onde Ele está, aí está o "Reino de Deus". Assim,
o pedido de um coração que escuta tornou-se o pedido de uma
comunhão com Jesus Cristo, o pedido para que sejamos
sempre mais "um só" com Ele (Gl 3,28). É o pedido pelo
verdadeiro seguimento, que se torna comunhão e que nos
torna um corpo com Ele. Reinhold Schneider expressou isto de
um modo penetrante:
"A vida deste reino é Cristo, que continua a viver nos
seus; no coração que já não for alimentado pela força de vida
de Cristo, termina o reino; no coração que for por ela tocado
e transformado, ele começa... as raízes da árvore que não pode
ser destruída procuram penetrar em semelhante coração. O
reino é um só; ele mantém-se apenas pelo Senhor, que é a sua
vida, a sua força, o seu centro..." (p. 31s).
Pedir pela vinda do Reino significa dizer a Jesus: deixanos ser teus, Senhor! Penetra-nos, vive em nós; reúne a
humanidade dispersa no teu corpo, para que em Ti tudo esteja
submetido a Deus e Tu então possas entregar tudo ao Pai, para
que "Deus seja tudo em todos" (1 Cor 15,26-28).
Retirado de “Jesus de Nazaré”, de Bento XVI , de seu magnífico comentário
sobre a Oração do Senhor (os grifos são nossos).
APLICAÇÕES
1. Jesus quer fazer acontecer na humanidade dispersa o Reino
do seu Pai, e isto através da Igreja, a união no seu Corpo. A
Célula, constituinte básico deste Corpo, deve conter nela as
grandes características de Jesus.
Partilhem quais características de Cristo lhes parecem
mais importantes na situação atual da Igreja.
2. “Venha o teu Reino!”. A oração do cristão primeiro Escuta o
coração do Pai, apreende e Ama a sua vontade
misericordiosa, Pede e Anseia para que ela se cumpra e se
Empenha pela vinda do seu Reino.
Partilhem até que ponto estamos conscientes da
vontade do Pai, orando, ansiando e nos empenhando
pela vinda do seu Reino.
COLETA - (sugestão – não se prenda a ela, ouça o Espírito!)
Pode ser uma oração, inspirada pelo que o Espírito Santo revelou e
realizou na partilha. Pode-se orar o que Bento XVI nos ensina ao
final:
Deixa-nos ser teus, Senhor! Penetra-nos, vive em nós; reúne a
humanidade dispersa no teu corpo, para que em Ti tudo esteja
submetido a Deus e Tu então possas entregar tudo ao Pai, para
que "Deus seja tudo em todos".
EXERCÍCIO PARA A SEMANA - Sugestão
Orar várias vezes ao dia o Pai Nosso, dando destaque ao “Venha a
nós o vosso Reino! ”.
ANEXOS - do Catecismo da Igreja Católica
(os grifos são nossos)
II. Venha a nós o vosso Reino
2816 No Novo Testamento o mesmo termo
"Basiléia" pode ser traduzido por realeza
(nome abstrato), reino (nome concreto) ou
reinado (nome de ação). O Reino de Deus existe
antes
de
nós.
Aproximou-se
no
Verbo
encarnado, é anunciado ao longo de todo o
Evangelho, veio na morte e na Ressurreição de
Cristo. O Reino de Deus vem desde a santa Ceia
e na Eucaristia: ele está no meio de nós. O
Reino virá na glória quando Cristo o restituir
a seu Pai:
O Reino de Deus pode até significar o Cristo em
pessoa, a quem invocamos com nossas súplicas
todos os dias e cuja vinda queremos apressar
por nossa espera. Assim como Ele é nossa
Ressurreição, pois nele nós ressuscitamos,
assim também pode ser o Reino de Deus, pois nele
nós reinaremos.
2817 Este pedido é o "Marana Tha", o grito do
Espírito e da Esposa: "Vem, Senhor Jesus":
Mesmo que esta oração não nos tivesse imposto
um dever de pedir a vinda deste Reino, nós
mesmos, por nossa iniciativa, teríamos soltado
este grito, apressando-nos a ir abraçar nossas
esperanças. As almas dos mártires, sob o altar,
invocam o Senhor com grandes gritos: "Até
quando, Senhor, tardarás a pedir contas de nosso
sangue aos habitantes da terra?" (Ap 6,10). Eles
devem, com efeito, obter justiça no fim dos
tempos. Senhor, apressa portanto a vinda de teu
reinado.
2818
Na
Oração
do
Senhor,
trata-se
principalmente da vinda final do Reinado de
Deus mediante o retorno de Cristo. Mas este
desejo não desvia a Igreja de sua missão neste
mundo, antes a empenha ainda mais nesta
missão. Pois a partir de Pentecostes a vinda
do Reino é obra do Espírito do Senhor "para
santificar todas as coisas, levando à
plenitude a sua obra".
2819 "O Reino de Deus é justiça, paz e alegria
no Espírito Santo" (Rm 14,17). Os últimos
tempos, que estamos vivendo, são os tempos da
efusão do Espírito Santo. Trava-se, por
conseguinte, um combate decisivo entre "a
carne" e o Espírito:
Só um coração puro pode dizer com segurança:
"Venha a nós o vosso Reino". E preciso ter
aprendido com Paulo para dizer: "Portanto, que
o pecado não impere mais em vosso corpo mortal"
(Rm 6,12). Quem se conserva puro em suas ações,
em seus pensamentos e em suas palavras pode
dizer a Deus: "Venha o vosso Reino!"
2820 Num trabalho de discernimento segundo o
Espírito, devem os cristãos distinguir entre
o crescimento do Reino de Deus e o progresso
da cultura e da sociedade em que estão
empenhados. Esta distinção não é separação. A
vocação do homem para a vida eterna não
suprime, antes reforça seu dever de acionar
as energias e os meios recebidos do Criador
para servir neste mundo à justiça e à paz.
2821 Este pedido está contido e é atendido na
oração de Jesus, presente e eficaz na
Eucaristia; produz seu fruto na vida nova
segundo as Bem-aventuranças.
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