Ficha de preparação para o teste do próximo dia

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E S C O L A
S E C U N D Á R I A / 3
A NT Ó NI O
S É R G I O - V. N. Gaia
BIOLOGIA – Módulo 2 – 12º CTec
CURSO CIENTÍFICO-HUMANÍSTICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

Sistema imunitário – imunidade e controlo de doenças 
Ficha de preparação para o teste
N OM E: …………………………………………………………… Nº ……. . . DATA :
20/03/2017
1. As barreiras físicas e as secreções são mecanismos de defesa não específicos importantes, que atuam
como uma primeira linha de defesa impedindo a entrada de microrganismos. Atribua a cada agente de
defesa da coluna I a respetiva função expressa na coluna II.
Coluna I
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(F)
(G)
(H)
Pele
Secreções ácidas
Membranas mucosas
Secreções mucosas
Pelos nasais
Cílios
Suco gástrico
Lágrimas e saliva
Coluna II
I. Movem o muco e retêm materiais longe do trato
respiratório.
II. Inibem o crescimento bacteriano na pele.
III. Previne a entrada de agentes patogénicos e
substâncias estranhas.
IV. Capturam bactérias e outros agentes patogénicos nos
tratos digestivo e respiratório.
V. Lubrifica, limpa e contém lisozimas, que destrói
bactérias.
VI. Concentrado de HCL e proteases que destroem
agentes patogénicos.
VII. Filtram as bactérias.
VIII. Previnem a entrada de agentes patogénicos.
2. Leia atentamente o texto que se segue.
Possível vacina contra
mutações do vírus da
gripe das aves
Investigadores
japoneses
afirmaram ter encontrado
uma vacina que pode
funcionar contra eventuais
mutações do vírus da gripe das aves.
A equipa testou a sua vacina num rato
sobre o qual foram implantados genes
humanos e a experiência confirmou que o
tratamento funcionou mesmo no caso de
mutação do vírus, segundo anunciou
Tetsuya Uchida, investigador no Instituto
Nacional das Doenças Infeciosas. De
acordo com estes cientistas,
esta
descoberta pode permitir evitar uma
pandemia se o vírus H5N1 da gripe das
aves sofrer uma mutação para se transmitir
de homem para homem, uma hipótese que
provoca o receio de milhões de mortos por
parte da Organização Mundial da Saúde
(OMS).
As vacinas habituais contra a doença
apoiam- -se na proteína que abrange o
conjunto
dos vírus,
mas esta
é
frequentemente sujeita a mutação, tornando
a vacina ineficaz (…).
Anticorpos humanos neutralizam vírus H5N1
Investigadores conseguiram imunizar ratos contra o vírus
H5N1 da gripe aviária, utilizando anticorpos humanos
retirados de sobreviventes infetados. Os anticorpos agora
descobertos foram produzidos em grande quantidade a
partir de amostras de sangue de quatro adultos vietnamitas
que sobreviveram, apesar de infectados com o vírus H5N1
(…). Antonio Lanzavecchia, coordenador do estudo (…),
sublinha que a descoberta faz renascer a esperança
quanto à possibilidade do desenvolvimento de terapêuticas
para a doença. "Estamos convencidos que este
elemento pode ser reproduzido no homem",
acrescentando que os anticorpos "procuram
imediatamente imunidade a curto prazo" em ratos (…).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, desde
o seu aparecimento no final da década de 90, o H5N1
matou 185 pessoas e infetou 306. Os especialistas
continuam a temer que o vírus sofra uma mutação
facilmente transmissível ao homem.
O desenvolvimento de uma vacina contra uma eventual
pandemia é um dos objetivos dos especialistas (…) Ainda
assim, este fármaco pode dar uma imunidade a longo
prazo, talvez permanente, mas demora algumas semanas
ou meses a atuar, tornando-se inútil quando uma pessoa já
está infetada. Os anticorpos, pelo contrário, agem
imediatamente, são fáceis de reproduzir à escala industrial,
mas a proteção dura apenas alguns meses (…)
http://ciberia.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=id.
stories/4142
Adaptado (Ciência Hoje, 2009-01-29)
“Os homens sentem mais a necessidade de curar as suas doenças do que os seus erros” Ségur, Sophie
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2.1. As vacinas habituais contra a doença da gripe das aves provocada pelo vírus H5N1, apoiam-se na
proteína que abrange o conjunto dos vírus, mas esta é frequentemente sujeita a mutação, tornando a
vacina ineficaz.
Explique recorrendo aos dados fornecidos, a razão da ineficácia da vacina contra o vírus da gripe
das aves.
3. A imunização de ratos com o vírus H5N1 permite a obtenção de anticorpos que podem ser usados para o
tratamento e a imunização humana.
O diagrama que se segue mostra dois métodos de imunização que podem ser aplicados na proteção
contra doenças.
Método 1
Método 2
A pessoa recebe pequenas doses
de um vírus da poliomielite,
atenuado na sua virulência.
Vírus H5N1 injectada num
animal.
Produção de anticorpos pelo
animal.
O vírus multiplica-se lentamente
no organismo.
O organismo produz anticorpos.
É removido sangue do animal e
separado o soro com anticorpos
dos restantes constituintes.
Segunda dose de vírus atenuado
e, passado algum tempo,
produção de anticorpos.
Soro injectado numa pessoa
infectada com vírus H5N1.
Figura 1
Selecione a alternativa que completa corretamente as afirmações seguintes:
3.1. As células efetoras do sistema imunitário humano implicadas no método 1 são...
(A) … linfócitos T.
(B) … linfócitos B.
(C) … macrófagos.
(D) … fagócitos.
3.2. Relativamente aos métodos referidos, pode afirmar-se que intervém…
(A) … imunidade ativa nos dois casos.
(B) … imunidade ativa em 2 e passiva em 1.
(C) … imunidade passiva nos dois casos.
(D) … imunidade ativa em 1 e passiva em 2.
3.3. Relativamente aos métodos 1 e 2, no tratamento dos respetivos doentes, é verdadeiro afirmar-se
que…
(A) … 1 é mais lento, mas mais duradouro do que 2.
(B) … 1 é mais rápido e mais duradouro do que 2.
(C) … 1 é mais lento do que 2 e menos duradouro.
(D) … 1 é mais rápido do que 2, mas menos duradouro.
3.3.1 Explique as diferenças apontadas na questão 3.1.
“Os homens sentem mais a necessidade de curar as suas doenças do que os seus erros” Ségur, Sophie
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4. Faça corresponder, a cada uma das letras relativas a alguns intervenientes na resposta imunitária, um dos
números das características a seguir indicadas.
Intervenientes na
resposta imunitária
(A) Macrófagos
(B) Plasmócitos
(C) Anticorpos
(D) Linfócitos B
(E) Linfócitos T
Características
I. Proteínas que se ligam aos antigénios ajudando a eliminá-los.
II. Estimuladas pelos antigénios, originam células produtoras de
anticorpos.
III. Maturados no timo, atuam na mediação celular.
IV. Derivadas dos monócitos, fagocitam corpos estranhos.
V. Células efetoras produtoras de imunoglobulinas.
5. O sistema imunitário realiza uma ação de vigilância que permite eliminar células cancerosas e que, em
caso de transfusões sanguíneas, enxertos de tecidos ou transplantes de órgãos, pode conduzir à sua
rejeição.
O gráfico da figura 2 representa a percentagem de sucesso de transplantes realizados com doadores de
diferentes origens.
Figura 2 – Relações dador-recetor.
5.1. Tendo em conta os mecanismos de defesa do organismo, justifique as diferentes percentagens de
sobrevivência dos transplantes.
6. Faça corresponder um dos intervenientes na defesa do organismo da chave a cada uma das afirmações
que se seguem.
Chave
A - Linfócitos T
B - Neutrófilos
C - Lisozima
D - Histamina
E - Sistema de complemento
F - Linfócitos B
G - Interferão
H - Anticorpos
Afirmações
1 - Conjunto de proteínas que circula no sangue na forma inativa e que, quando ativado, estimula a
fagocitose e a lise celular.
2 - Realizam a fagocitose na fase inicial da reação inflamatória.
3 - Estimula a vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos que ocorrem durante a
reação inflamatória.
4 - Moléculas proteicas pertencentes à classe das imunoglobulinas e com funções na imunidade humoral.
5 - Sofrem maturação no timo e atuam na imunidade celular.
6 - Proteína antimicrobiana presente na saliva e nas lágrimas.
7 - Produzidos na medula óssea, atuam na imunidade humoral.
8 - Produzido por células infetadas por vírus, previne a expansão da infeção.
“Os homens sentem mais a necessidade de curar as suas doenças do que os seus erros” Ségur, Sophie
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7. A figura 3 ilustra um local onde tem início uma reação inflamatória.
7.1 Identifique o fator que desencadeia a reação inflamatória.
7.2 Refira duas alterações visíveis que surgirão no local representado na
figura e explique as razões da sua ocorrência.
7.3 Os microrganismos que atingiram o local representado na figura serão
eliminados, principalmente, por fagocitose.
7.3.1 Explique em que consiste a fagocitose.
7.3.2 Refira quais os principais fagócitos que acorrem ao local e
distinga-os quanto à sua origem, características e atividade.
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Figura 3
7.4 Explique por que razão a reação inflamatória constitui um mecanismo de imunidade inata.
8. Várias experiências têm vindo a ser efetuadas ao longo do tempo, com o objetivo de compreender os
fenómenos de aceitação e rejeição de tecidos enxertados e órgãos transplantados.
Figura 4
8.1. Descreva, em termos experimentais, o procedimento efetuado.
8.2. Quais os resultados obtidos? Justifique-os.
8.3. Que conclusões podemos retirar desta experiência?
8.4. Comente a afirmação: "É importante estar em contacto com muitos dos antigenes em idades
bastante prematuras, pois a sociedade atual, ao evitar desde muito cedo esse contacto, provoca
reações tardias mais graves".
“Os homens sentem mais a necessidade de curar as suas doenças do que os seus erros” Ségur, Sophie
1. (A) – III; (B) – II; (C) – VIII; (D) – IV; (E) – VII; (F) – I; (G) – VI; (H) – V.
2.
2.1. A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
o numa vacina são administrados antigénios que desencadeiam uma resposta imunitária específica;
o esta vacina só protege o indivíduo da infeção causada por um vírus que possua antigénios semelhantes aos
utilizados na vacina, neste caso para a proteína que abrange o conjuntos dos vírus;
o como esta proteína é frequentemente sujeita a mutação, embora um indivíduo tenha sido imunizado
relativamente a essa proteína, o facto de sofrer alteração tornará a vacina ineficaz, porque a proteína funciona
como um antigénio diferente.
3.
3.1. Opção (B).
3.2. Opção (D).
3.3. Opção (A).
3.3.1 A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
o o processo 1 é mais lento por causa do período de reação que vai desde a ativação dos linfócitos B até à
produção de anticorpos específicos pelos plasmócitos, visto tratar-se de uma resposta primária;
o é mais duradouro porque se formam células memória que têm longa duração, ficando armazenadas nos órgãos
linfóides.
o o processo 2 é rápido porque os anticorpos vão atuar de imediato sobre o antigene, mas como não foram
produzidos pelo indivíduo, rapidamente se degradarão.
4. (A) – IV; (B) – V; (C) – I; (D) – II; (E) – III.
5.1. A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
o o transplante proveniente de outro indivíduo é reconhecido como estranho pelo recetor porque não possui os
mesmos marcadores (antigenes);
o o recetor mobiliza, por isso, o seu sistema de defesa específica com a ativação e formação de linfócito T
citolíticos;
o os LT citolíticos atacam as células do órgão transplantado levando, por isso, à rejeição;
o a percentagem de sobrevivência será maior quando o indivíduo doador do órgão a transplantar tem um CMH
idêntico (mesmos marcadores) e será muito baixa quando não há qualquer relação de parentesco (marcadores
diferentes).
6.
1 - E.
2 - B.
3 - D.
4 - H.
5 - A.
6 - C.
7- F
8 - G.
7.
7.1. Uma perfuração da pele que permite a entrada de microrganismos.
7.2. Rubor e edema. O rubor resulta da vasodilatação e consequente aumento da quantidade de sangue a circular no
local. O edema é causado pelo aumento da permeabilidade dos capilares sanguíneos que permite a saída de fluidos
para os tecidos.
7.3.1. A fagocitose consiste na captura, por endocitose, dos microrganismos, que são destruídos em vesículas
digestivas.
7.3.2. Os principais fagócitos são os neutrófilos e os macrófagos. Os neutrófilos formam-se na medula óssea, são células
pequenas, com núcleo polilobado que vivem poucas horas. São os primeiros a chegar aos locais de infeção por
quimiotaxia, mas têm uma capacidade de fagocitose limitada, morrendo após uma, ou poucas, fagocitoses. Os
macrófagos formam-se a partir dos monócitos, são células de grandes dimensões, que vivem muito tempo e são muito
eficientes na fagocitose, conseguindo fagocitar um grande número de microrganismos, os neutrófilos mortos e os restos
dos tecidos lesados.
7.4. A reação inflamatória ocorre de modo semelhante qualquer que seja o agente invasor e o número de vezes que
contacta com o organismo. Não apresenta especificidade nem memória, que caracterizam a imunidade adquirida.
8.
8.1. Foram retiradas células de linfa do rato da linhagem A. Essas células foram injetadas num lote de ratos recémnascidos da linhagem B, mas não nos ratos do outro lote B; 8 a 10 semanas depois, fizeram-se enxertos de pele em
ratos de ambos os lotes B.
8.2. Os ratos que previamente tinham recebido células de linfa do lote A foram tolerantes aos enxertos, enquanto os
outros rejeitaram-nos.
8.3. O contacto precoce com um tecido/organismo estranho torna-nos mais tolerantes ao mesmo.
8.4.Não devemos viver os nossos primeiros anos numa "redoma de vidro", pois, neste caso, o sistema imunitário não se
familiarizará com corpos estranhos e reagirá exageradamente quando estiver mais tarde em contacto com os mesmos.
Biologia
Módulo 2
Resolução da Ficha de preparação para o teste do dia 27 de março
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