Dispepsia,Gastrite - Dr Leo Kahn

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Dispepsia
Dispepsia
Também conhecida como indigestão, é uma síndrome caracterizada por sintomas que possuem relação com o
aparelho digestivo alto, sendo uma manifestação de diferentes enfermidades, principalmente das doenças
pépticas.
Podemos destacar a gastrite e a úlcera péptica, durante a gastrite o estômago fica inflamado através do consumo
de álcool, de medicamentos e até mesmo causado pela presença da bactéria H pylori. Já úlcera péptica ocorre
devido à ação do ácido clorídrico na parede dos órgãos. Além disto, o estresse e o hábito de fumar são também
fatores a serem levados em conta para o surgimento de dispepsia.
Pode ser dividida em:
- Dispepsia funcional é aquela na qual os sintomas não possuem relação com enfermidades de base orgânica.
- Dispepsia orgânica é a que possui sinais vinculados a uma doença orgânica.
- Dispepsia não diagnosticada é a que possui os sintomas ainda não investigados.
A indigestão pode ser causada por excesso de álcool; alimentos condimentados e gordurosos; comer em excesso e
muito rápido; estresse emocional ou nervosismo; alimentos com alto teor de fibras; tabagismo; excesso de cafeína;
cálculos biliares; pancreatite, úlceras e pelo uso de certas drogas, como antibióticos, aspirina e drogas antiinflamatórias não esteroides.
A dispepsia acomete mais de 25% da população dos países desenvolvidos, é diagnosticada em 10% da população
dos EUA a cada ano, sendo mais comum em mulheres dos 16 a 60 anos e nos homens acima de 40 anos de idade.
Sinais e Sintomas:
- Queimação e dor no estômago;
- Náuseas;
- Plenitude gástrica após as refeições;
- Sensação de que o estômago está distendido;
- Azia;
- Má digestão;
- Excessos de arrotos;
- Saciação precoce.
O diagnóstico é feito pelo médico após realizar um cuidadoso exame físico com a finalidade de detectar sinais e
sintomas de uma dispepsia. A história clínica do paciente também pode ajudar por este motivo uma conversa e o
estudo de exames anteriores pode ser algo positivo.
Pode solicitar um exame de fezes para fazer uma pesquisa de verminoses, a endoscopia digestiva com biópsia e
ultrassonografia abdominal, para que outros órgãos possam ser avaliados, como o pâncreas e a vesícula biliar.
SAIBA MAIS:
- 15% das pessoas buscam atenção médica no prazo de 3 meses de início dos sintomas.
- Os sintomas envolvidos são geralmente dores epigástricas e desconforto pós-prandial.
- A dor epigástrica é uma sensação desagradável proveniente de lesão tecidual.
- O desconforto pós-prandial é uma sensação estranha e parece que a comida ainda está no estômago mesmo
após longos períodos.
- Doenças que não estão relacionadas com o estômago podem provocar a dispepsia, como a síndrome do intestino
irritável.
- Mudar seus hábitos alimentares pode aliviar os sintomas.
- Tenha tempo suficiente para as refeições.
- Mastigue a comida com cuidado e completamente.
- Evite discussões durante as refeições.
- Evite excitação ou exercício logo após uma refeição.
- Um ambiente calmo e descanso podem ajudar a aliviar a indigestão relacionada ao estresse.
- Evite aspirina e outros antinlamatórios e se tiver que tomá-los, faça-o com o estômago cheio.
- Uma vez que a indigestão pode ser um sinal de uma doença mais séria, pessoas devem ir ao médico se tiverem:
vômito; perda de peso ou de apetite; sangue no vômito ou na evacuação; dor severa no abdômen superior direito;
desconforto não relacionado a comer; indigestão acompanhada por falta de ar, suor, ou dor radiando para o
maxilar, pescoço ou braço e se os sintomas de indigestão persistir por mais de duas semanas.
O tratamento costuma ser efetivo e rápido, procure um médico gastroenterologista diante dos sinais clássicos.
Gastrite - Dr Leo Kahn
GASTRITE
A gastrite é uma doença inflamatória da camada superficial interna que reveste o estômago, chamada de mucosa
gástrica.
A gastrite pode ser aguda, que surge de repente, sendo caracterizada por uma situação passageira, podendo
evoluir para crônica.
A gastrite crônica pode evoluir para a forma de gastrite erosiva ou gastrite hemorrágica, causando até perdas de
sangue pela boca ou pelo ânus.
Acomete mais as mulheres com vida agitada e alimentação deficiente, mas o estresse é o grande fator para o
aparecimento da gastrite, atingindo milhares de pessoas no mundo anualmente.
As principais causas de gastrite são:
- Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A
prevalência da infecção por esse micro-organismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e
permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas
vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e
que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, em longo prazo, ao câncer de
estômago.
- Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores
agressores externos. Em algumas situações o organismo produz anticorpos, de forma errônea, contra seus
próprios órgãos. Doenças como: lúpus, hipotiroidismo, artrite reumatoide e diabetes que requerem insulina são
exemplos. Neste tipo de gastrite, anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a
produção e redução de absorção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer
em longo prazo.
- Gastrite por aspirina e por antiinflamatórios: Estes medicamentos quando utilizados por pouco tempo não causam
problemas. Ao contrário o seu uso regular pode levar para uma gastrite ou uma situação mais séria como a úlcera.
- Álcool e certas substâncias químicas podem causar inflamação e dano ao estômago quando consumido em
grandes quantidades e por longos períodos.
Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por
exemplo, a bactéria da tuberculose e a da sífilis; podem também ser causados por vírus, fungos e outros parasitas.
Formas incomuns: são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica; a gastrite granulomatosa
isolada; e a gastrite associada a outras doenças como a sarcoidose e a doença de Crohn.
A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento
intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimados.
Sinais e Sintomas:
- Dor e queimação.
- Azia.
- Perda de apetite.
- Náuseas e vômitos.
- Distensão da região do estômago.
- Sensação de saciedade alimentar precoce.
- Fraqueza.
- Ardência da língua (glossite).
- Irritação dos cantos dos lábios (comissurite).
- Diarréia.
Mais raramente, alterações neurológicas envolvendo memória, orientação e coerência, quadro clínico relacionado
à gastrite atrófica.
O diagnóstico na gastrite aguda é baseado na história clínica, sendo em geral desnecessário exames. Na suspeita
de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame indicado, entretanto em 40% dos
casos de gastrite crônica nada mostram.
Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é, fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo
exame microscópico de fragmentos da mucosa colhidos por pinça de biópsia que passa através do próprio
endoscópio.
SAIBA MAIS:
- Evitar o uso de medicações irritativas como os anti-inflamatórios e a aspirina, o abuso de bebidas alcoólicas e dofumo.
- Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de 3 horas
seguidas.
- Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.
- Evite alguns alimentos como frutas cítricas (laranja, limão, tangerina, acerola, abacaxi, kiwi, morango entre
outras), refrigerante, condimentos como pimenta, canela, legumes ácidos como pepino, tomate, couve, couve-flor,
brócolis, repolho, pimentão, nabo, rabanete,
- Outros alimentos também devem ser evitados como os ricos em gordura (leite e derivados, frango com pele –
maionese, creme de leite, entre outros), temperos como vinagre, pimenta, molhos industrializados, molho de
tomate, ketchup, caldos,
- Fuja dos enlatados e conservas. Linguiça, salsicha, patês, mortadela, presunto, bacon, carne de porco, carnes
gordas;- – O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não são contra-indicados se o paciente tolera
bem essas bebidas.
- Mudar o estilo de vida agitado para uma vida mais calma parece ajudar na melhora nos sintomas da gastrite,
juntamente com uma alimentação saudável.
No caso de sintomas acima procure o gastrologista.
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