Advento da Idade Moderna

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Advento da Idade
Moderna
Prof. Cristóvão penha
As Grandes Navegações
•
Causas do pioneirismo português
1. Formação das monarquias nacionais ibéricas
(Estados Modernos) precocemente;
2. Revolução de Avis (Aliança entre a monarquia e a
burguesia = interesses mercantis);
3. Posição Geográfica Favorável;
4. Escola de Navegação de Sagres;
5. Invenções: astrolábio, bússola e caravela;
6. Espírito “cruzadístico” português.
Mercantilismo
• Doutrina econômica predominante no capitalismo durante a
sua fase comercial (séculos XVI ao XVIII), também chamada
de Antigo Regime.
• O Mercantilismo tinha como principais características:
– Metalismo – Idéia que pregava que a riqueza de uma nação era
medida pelo seu acúmulo de ouro e prata (metais)
– Balança Comercial Favorável
– Protecionismo Alfandegário
– Pacto Colonial
• O Mercantilismo também se caracteriza pelo fortalecimento
dos Estados Nacionais (Estado Moderno), já que estes são
pilares importantes para práticas mercantilistas como o
protecionismo e o Pacto Colonial.
Mercantilismo
• O Estado moderno caracteriza-se:
•
a) pelo desenvolvimento de novas relações econômicas e
políticas, envolvendo os príncipes, as
burguesias e as
nobrezas fundiárias;
•
b) pela contínua expansão geográfica (mercados) ;
•
c) pela formação de máquinas administrativas poderosas e
centralizadas, com vistas à cobrança
de impostos e
controle de monopólios;
•
d) pelos conflitos ("descobrimentos”, guerras coloniais,
pirataria) ;
•
e) pelo monopólio da força (exércitos profissionais e
marinhas) ;
•
f) pela ideologia do “direito divino” dos reis.
Mercantilismo
• Perceba!!!!
• A política colonial de Portugal e a da Espanha fazem
parte do esquema mais amplo da política mercantilista.
Os Estados colonizadores têm como objetivos:
– resguardar a área de seu império colonial contra os interesses
das demais potências, evitando a concorrência destas;
– administrar a colônia a partir da metrópole: a preocupação
fiscal dominará todo o mecanismo administrativo;
– defender o monopólio do comércio colonial (o exclusivo
comercial) e enfatizar o caráter de exploração mercantil de
todo o sistema. O monopólio é privilégio do Estado ou
reservado à classe mercantil da metrópole (comerciantes
nacionais) ; ele define, portanto, todo o sistema colonial.
Renascimento Cultural e Científico
• O Renascimento foi a retomada de formas e valores artísticos,
filosóficos e políticos da Antiguidade Clássica (greco-latina) dando início
a um processo de profunda renovação cultural que se desdobraria por
todo o período da História Moderna (do século 15 ao 18).
• Sua expansão foi facilitada pelo aperfeiçoamento da tipografia (pelo
alemão Gutenberg), que divulgou as obras dos antigos, desencadeando
um movimento de mudança de mentalidades, origem do pensamento
moderno.
• O Renascimento tinha por ideal restaurar a tradição da Antiguidade
Clássica para chegar a uma renovação da vida individual, cultural e
política. Embora assinale o fim do período medieval, o Renascimento
não significa uma brusca ruptura com essa época.
• A religiosidade ainda persiste fortemente, embora de forma mais
humanizada. O novo ideal é o homem pleno, retomando-se o conceito
clássico do filósofo grego Protágoras: “O homem é a medida de todas as
coisas”.
Renascimento Cultural e Científico
• Os humanistas foram os agentes dessa renovação. Com
Petrarca, Dante, Montaigne, Erasmo de Rotterdam e outros, a
literatura e o ensaio político são revigorados. O crescimento
das cidades, a expansão da burguesia comercial e o
desenvolvimento da imprensa estimulam as críticas às rígidas
posições da Igreja e da sociedade feudal.
• Uma nova classe mercantil, mais dinâmica que a velha nobreza
feudal e o clero, alimentava e encorajava os humanistas à
pesquisa, à observação, à leitura livre dos antigos. O método
experimental deu impulso à moderna ciência da natureza. As
viagens ultramarinas estimularam as descobertas científicas
(bússola, pólvora, entre outras),
• Os numerosos artistas e escritores eram protegidos por ricos
mecenas e príncipes, expressões dessa burguesia nova. Na
Itália, os principais centros (cidades-estado) foram Florença,
Veneza, Milão, Roma e Nápoles.
Cosmo de Médici
Renascimento Cultural e Científico
• Nas artes, destacaram-se Miguel Ângelo
(“Davi”), Rafael, El Greco, Brunelleschi e
Leonardo da Vinci (personagem-síntese do
Renascimento). Na literatura, Shakespeare,
Camões, Rabelais e Miguel de Cervantes. No
ensaio filosófico e político, Montaigne, Erasmo
de Rotterdam e Maquiavel. Na moderna ciência
da natureza, Leonardo da Vinci, Bacon,
Copérnico, Kepler, Giordano Bruno e Galileu
Galileu.
Renascimento Cultural e Científico
• OBS: O pensamento propriamente político e
social é secularizado; a Igreja perde o monopólio
da explicação das coisas e das consciências. O
método experimental passa a ser paulatinamente
valorizado como meio de acesso fundamental ao
conhecimento científico da realidade. E a
matemática assume seu papel fundamental na
linguagem científica.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• A Reforma, que deu origem ao protestantismo, foi o
movimento político-religioso de passagem do sistema
feudal ao capitalismo moderno. Ocorrida no fim do
século 15 e início do 16, teve como contrapartida um
movimento religioso na Igreja Católica denominado
Contra-Reforma.
• A Reforma situa-se na linha de desenvolvimento das
crises religiosas do fim da Idade Média, das quais as
heresias foram expressão máxima.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• Antecedentes:
– No século 14, na Inglaterra, camponeses miseráveis aderem a
certo tipo de cristianismo primitivo, estimulados por frades
franciscanos; textos inflamados aparecem em inglês (e não
em latim, como era costume) combatendo a Igreja Católica.
John Wycliff propõe o retorno a uma Igreja pobre, pura e
defensora de uma economia coletiva. Suas idéias repercutem
na Áustria e na Boêmia, onde Jan Hus ataca (no século 15) o
clero católico, o culto dos santos e o pagamento de
indulgências e reivindica a igualdade dos crentes e a
autonomia da Boêmia.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
Em várias regiões da Europa, camponeses, burgueses e pequena
nobreza buscam novas formas de economia que implicavam a
reforma da Igreja, cuja organização não mais respondia às
necessidades dos fiéis.
Na Alemanha, os príncipes cobiçavam os bens eclesiásticos; os
camponeses eram contra os dízimos e a servidão; os reis
necessitavam de recursos para suas guerras de independência de
Roma. A Igreja Católica e suas grandes propriedades tornam-se o
foco das críticas.
Em 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero rebela-se contra
as autoridades eclesiásticas e denuncia a corrupção dos costumes
da Igreja de Roma. Além de ser contra a venda de indulgências
pelos dominicanos, Lutero passa a atacar também os dogmas da
Igreja.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• Excomungado pelo papa em 1520, tem o apoio
do príncipe da Saxônia, traduzindo então o
Novo Testamento do grego para o alemão.
• Estabelece alterações no culto religioso:
– a) substituição do latim pelo alemão nos ofícios
religiosos;
– b) permissão de casamento para os padres;
– c) abolição dos sacramentos, com exceção do
batismo e da eucaristia.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• Na “doutrina da salvação pela fé” (e não pelas
obras) está o cerne da Reforma luterana. No
centro do novo culto, Lutero colocou a leitura
direta e a interpretação pessoal do Evangelho.
• OBS: O mais importante, porém, ocorreu no
plano político: o luteranismo significou o
abandono da idéia da superioridade da Igreja
sobre o Estado.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• Repercussões das idéias de Lutero no século 16:
– revolta de nobres empobrecidos, com Ulrich von Hutten;
– revolta camponesa de Thomas Münzer, com a exigência de uma
reforma agrária, abolição do trabalho servil, dos privilégios e dos
impostos. Segundo Münzer, “todos os bens devem ser divididos
entre todos”.
• Na Inglaterra, Tomás Morus, o autor de Utopia, ataca as
comunidades eclesiásticas. Henrique VIII rompe com a Igreja
Católica (1534) ; o rei passa a ser o chefe espiritual da Igreja
Anglicana, preservando, porém, as hierarquias da Igreja
Católica.
• Na Suíça, as idéias de Lutero repercutem nas ações de
Zwingli, que rompe com Roma, e de Calvino, para quem o
governo das cidades deveria ser conduzido por uma cúpula de
clero protestante, dentro de uma visão rigorosa, exaltando o
trabalho e a poupança.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• OBS: A visão calvinista era rigorosíssima. Proibia o
lazer e a diversão, e exaltava o trabalho e a poupança
como pedras angulares da conduta humana.
“Calvinista” tornou-se sinônimo de severa sobriedade.
O manual da teoria calvinista, Instituições da Religião
Cristã, prega rigidamente que o governo deve estar nas
mãos do clero controlador, que prepara as leis e define
a ordem. Era a ruptura radical como o catolicismo. Os
valores morais e políticos da burguesia comercial
atingem aí o seu ápice: a usura, o trabalho, a poupança e
o lucro estavam consagrados.
Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica
• Reação ao protestantismo, a Contra-Reforma foi
também resultado de uma intensa religiosidade.
Renovou-se a Igreja Católica com a criação da
Companhia de Jesus (1540).
• O Concílio de Trento (1545-1563) definiu as medidas
dessa reação: perseguição aos protestantes, atuação
repressiva da Inquisição, exaltação do Estado
absolutista de direito divino, restauração da autoridade
papal, entre outras.
Reforma Protestante e Contra-Reforma
Católica
• OBS: O protestantismo é, hoje, a religião
predominante em alguns países que assistiram
(ou assistem) a grande desenvolvimento
econômico capitalista, como os EUA, a
Alemanha e a Inglaterra. O catolicismo, por sua
vez, predominou em países em que o
capitalismo se desenvolveu tardiamente, como a
Itália, a Espanha, Portugal e as ex-colônias
ibéricas.
Absolutismo
• O absolutismo é o sistema político no qual toda
a autoridade está concentrada na pessoa do
soberano.
• O absolutismo nasceu com as monarquias
nacionais, no início dos Tempos Modernos
(século XVI) e atingiu o auge no século XVII,
com Luís XVI, da França.
Absolutismo
• A ascensão do poder real
• O poder real cresceu ao mesmo tempo em que progrediu o Estado
nacional. O rei representava o ideal nacional, o interesse da nação.
Exercia de fato o poder: baixava leis, organizava a justiça, arrendava a
cobrança de imposto, mantinha o exército, nomeava funcionários, tudo
em nome do Estado que representava. As guerras acentuaram o
sentimento de amor à pátria, cujo defensor era o rei. A concorrência
comercial com outros países e a disputa dos mercados coloniais aguçou
ainda mais as rivalidades e contribuiu para o fortalecimento do poder
real.
• Este poder crescente não resultou somente da vontade dos reis.
Correspondeu a uma necessidade social. O rei atacou os particularismos
das diferentes regiões do país e opôs-se aos privilégios das várias classes
sociais.
• A luta entre as classes sociais foi o traço essencial do fortalecimento do
poder real. O rei se equilibrou sobre as duas classes sociais mais
importantes, mostrando um ligeiro favoritismo para com a burguesia.
Absolutismo
• Teóricos
• Nicolau Maquiavel deve ser visto como um dos
primeiros teóricos do poder real. Na obra O Príncipe,
considerava que o rei tinha de ser racional na busca do
interesse do estado, o que justificava a utilização da
violência. Daí sua famosa prédica de que “Os fins
justificam os meios”. Para Maquiavel, o estado pairava
acima dos indivíduos. Jean Bodin, em A República,
afirmava que o poder do rei é ilimitado, assemelhandose à autoridade do próprio pai.
Absolutismo
• Thomas Hobbes, em Leviatã, considerava que
o Estado assume as proporções de um monstro;
propõe que, inicialmente, a sociedade vivia em
estado natural, de completa anarquia, e que os
indivíduos formaram o estado civil para se
protegerem contra a violência; só assim o poder
do soberano era ilimitado, porque fora fruto do
consentimento espontâneo.
Absolutismo
• O mais importante entre todos os teóricos do
poder absoluto foi Jacques Bossuet, bispo
francês que escreveu Política, cujas idéias foram
tiradas das próprias palavras da Sagrada
escritura. Para ele as autoridade do rei é sagrada
e absoluta porque emana Deus.
Absolutismo
• O Absolutismo francês
• Carlos IX e a Questão Protestante
• Henrique III e a Crise Religiosa (Noite de São
Bartolomeu)
• Henrique IV e o Edito de Nantes
• Luis XIII e o Cardeal Richelieu – Fortalecimento
• Luis XIV, O Rei Sol – Apogeu
• As três ordens: nobreza, clero e burguesia
Absolutismo
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O Absolutismo inglês
Henrique VIII e a Igreja Anglicana
Elisabeth I – Fortalecimento e Apogeu
Jaime I – Crise!!
Carlos I – Revolta Burguesa.
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