Monitoramento e Controle de Vetores - Hackathon em Saúde

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Monitoramento e Controle de Vetores
a) Antecedentes (até 1.000 caracteres com espaços).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estudos recentes estimam que anualmente
em torno de 390 milhões de infecções por dengue ocorram no mundo todo. Além disto,
estima-se que 3.9 bilhões de pessoas possuam risco de infecção. O vírus da dengue, como
outros flavivirus, se caracteriza pela transmissão em humanos através da picada do mosquito
Aedes aegypti, vetor da transmissão. No Brasil, o município do Rio de Janeiro é um dos
principais afetados pelos 4 sorotipos do vírus, em função de suas condições climáticas e
sociodemográficas favoráveis ao desenvolvimento deste mosquito e seu forte contato com a
população humana.
Recentemente, com a introdução dos vírus chikungunya e Zika, doenças com possibilidade de
desfechos sintomáticos ainda mais graves do que a dengue e transmitidas pelo mesmo vetor,
torna-se imperativo a construção de um sistema adequado para monitoramento e controle
populacional deste vetor, a fins de mitigar a transmissão destas doenças na população
humana.
b) Justificativa e relevância para o SUS (até 1.000 caracteres com espaços).
O registro de casos de dengue notificados desde 1990 até o ano de 2014 mostram não apenas
o crescimento no número de casos reportados mas também sua disseminação no território
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nacional. Desde o ano de 2007, anualmente mais de 400 mil casos são notificados no SINAN,
sendo que em 2010 e 2013 mais de 1 milhão de casos foram notificados.
Em 2016, até a semana epidemiológica 27, mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue
haviam sido registrados em todo o território nacional, além de 419 óbitos confirmados por
dengue (outros 618 óbitos ainda estão sob investigação). Neste mesmo período, mais de 160
mil casos prováveis de chikungunya e 174 mil casos prováveis de Zika foram registrados.
Destes últimos, cerca de 14 mil foram registrados em gestantes, população de atenção
especial em decorrência da possibilidade do desenvolvimento de fetos com microcefalia. Tais
números destacam o impacto destas arboviroses na população e no sistema de saúde
Brasileiro.
c) Problema específico a ser abordado (até 1.500 caracteres com espaços).
Atualmente, o monitoramento do mosquito Aedes aegypti no território nacional é feito por
meio do sistema LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) que,
através de visitas a domicílios e construções em locais determinados por critérios amostrais,
busca identificar possíveis focos de proliferação deste mosquito bem como sua abundância
em determinados municípios. Através deste levantamento amostral, é feita a construção de
um indicador que representa a presença do vetor na região definida. Embora de extrema
relevância, este sistema sofre de algumas carências como os custos operacionais e falta de
cobertura espaço-temporal de alta resolução. Estes dados são apresentados duas vezes por
ano para agregados territoriais que são aglomerados de bairros do município. Embora
relevante para órgãos municipais, tal estrutura dificulta a interpretação destes dados para a
realidade local e atual dos moradores.
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Um sistema que permita o registro e/ou apresentação de dados, seja de criadouros, seja de
presença do mosquito adulto, com maior resolução espaço-temporal, isto é, com registros por
setor censitário e bairro, com informes semanais ou mensais, aumentaria sobremaneira a
identificação, por parte da população, da necessidade de tomar medidas de proteção contra a
picada do mosquito e de controle dos potenciais criadouros, conforme a situação. Para tanto,
não apenas o registro de casos deve ser estratificado, como as medidas preventivas e
identificação do mosquito devem ser disseminadas para o público de forma ágil.
d) Objetivos a serem alcançados pelo aplicativo (favor itemizar ou diagramar).

Informações baseadas em localização geográfica d@ usuári@;

Armazenamento dos dados reportados preservando anonimidade d@ usuári@ quando
necessário;

Fornecimento de material didático para identificação do mosquito e ações d@ usuári@
para prevenção e/ou controle de focos.
e) Legislação ou documentos de referência (links ou anexos)

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/

http://info.dengue.mat.br

http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/dengue-lira

http://www.riocontradengue.com.br/site/Conteudo/Liraa.aspx

http://www.combateaedes.saude.gov.br/pt/situacao-epidemiologica

http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/10minutos.html

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-02/aedes-e-pernilongoconheca-diferencas
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
Gomes, Almério de Castro. (1998). Medidas dos níveis de infestação urbana para aedes
(stegomyia) aegypti e aedes (stegomyia) albopictus em Programa de Vigilância
Entomológica.
Informe
Epidemiológico
do
Sus,
7(3),
49-57.
https://dx.doi.org/10.5123/S0104-16731998000300006

Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Ministério
da Saúde, 2009.

Dengue - Instruções para Pessoal de Combate ao Vetor. Manual de Normas Técnicas,
Ministério da Saúde, 2001.
f) Serão fornecidas bases de dados para resolução do problema? Se sim, listar e
anexar com dicionário de variáveis
◦
Shapefile dos bairros do município;
◦
Shapefile das Áreas Programáticas de Saúde (APS);
◦
Resultado do LIRAa 2016 para estas APS;
◦
10 minutos contra o Aedes;
◦
Documentos técnicos.
g) Recomendações, condições e restrições (até 1.000 caracteres com espaços).
Ao fazer uso da solução proposta, @ usuári@ deve ser capaz de identificar a situação em
termos da potencial presença do mosquito no local onde ele estiver bem como reportar a
presença do mosquito neste local, com base na sua geolocalização e período do ano. Além
disto, o sistema deve fornecer material que facilite a identificação correta do mosquito, para
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evitar reporte de infestação por outras espécies, bem como medidas necessárias para sua
proteção contra a picada, identificação e erradicação de possíveis criadouros.
O aplicativo não deve veicular qualquer tipo de propaganda de cunho comercial.
Favor indicar 2 membros externos para a Comissão Julgadora
Flávio Coelho (EMAp-FGV)
Onicio Neto (Epitrack)
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