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patrocinam e apresentam
agosto de 2014
Rio de Janeiro (6 a 9), Brasília (10 e 11) e Recife (13 e 14)
Grandes músicos do Brasil e do exterior celebram o maestro,
compositor, orquestrador e instrumentista
O FESTIVAL TEM SHOWS, PALESTRAS, MESAS REDONDAS E OFICINA
Figura das mais importantes na música brasileira, o compositor, instrumentista e maestro
pernambucano Moacir Santos (1926-2006) é homenageado na segunda – e ampliada – edição
do Festival Moacir Santos. O evento acontece entre os dias 6 e 9 de agosto no Centro Cultural
Banco do Brasil, no Rio Janeiro; nos dias 10 e 11 de agosto o festival ocupa o CCBB-DF; a última
parada é em Recife, nos dias 13 e 14 de agosto, no Teatro de Santa Isabel, onde foi realizada a
primeira edição, no ano passado. A programação reúne shows, mesas-redondas, palestras e oficina
com músicos brasileiros e estrangeiros, além do lançamento de livro sobre a vida e obra do
maestro e de CD com músicas inéditas do compositor.
A concepção e direção artística são da
flautista Andrea Ernest Dias, autora do livro Moacir
Santos, ou os caminhos de um músico brasileira, que
assina também a curadoria dos shows em parceria
com o pianista Paulo Braga. O Festival Moacir Santos
tem o patrocínio do BNDES e do Banco do Brasil.
Hubert Laws, um dos principais flautistas do
jazz americano em todos os tempos e o trombonista e
arranjador Curt Berg, orquestrador de discos do
maestro, são as atrações internacionais. No festival,
Hubert Laws tem como convidados o contrabaixista
John Leftwich, de Los Angeles, e os brasileiros
Ricardo Silveira (guitarra) e Kiko Freitas (bateria).
Rique Pantoja, pianista brasileiro radicado na Califórnia há mais de 20 anos se apresenta
com seu grupo Rique Pantoja & LA Friends, formado pelo saxofonista Justo Almario, que tocou
com Moacir Santos, pelo baixista Randy Tico e pelo baterista Michael Shapiro.
A programação privilegia músicos que têm afinidade com a obra de Moacir Santos e
também promove encontros no palco. São eles: Banda Ouro Negro com participação especial de
Curt Berg; o grupo de percussão Baticun com Carlos Malta e Alex Meirelles; Joana Queiroz &
Quartabê; Laudir de Oliveira & Armando Marçal; Sambajazz Trio e o trombonista Raul de Souza
(que também se apresenta com o seu quinteto); Pau Brasil; Sizão Machado Quarteto; Trio 3-63 e,
finalmente, a Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música.
Formado por Andrea Ernest Dias, pelo pianista Paulo Braga e pelo percussionista Marcos
Suzano, o Trio3-63 lança o seu novo CD Muacy (Sambatown, 2014) durante o evento, com três
músicas inéditas de Moacir Santos: o mojo The Beautiful Life, a balada Love Go
Down e Sambatango.
A homenagem se estende ao lançamento do livro Moacir Santos, ou os caminhos de um
músico brasileiro (Editora Folha Seca), fruto da tese de dourado de Andrea. O livro recupera a
trajetória do compositor dosando biografia e a análise musical. Durante o festival, o título estará à
venda nas livrarias dos Centros Culturais Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em Brasília.
SOBRE MOACIR SANTOS (Flores-1926 * Pasadena-2006)
A obra do compositor, instrumentista e maestro brasileiro Moacir Santos, nascido no Alto
Sertão Pernambucano, é reconhecida como uma das mais ricas e originais da música brasileira.
Seu estilo peculiar, desenvolvido sobre gêneros populares e eruditos, associa a sonoridade
característica das bandas de música e jazz-bands de sua formação inicial no sertão à ampla
experiência adquirida em sua atuação como maestro e arranjador no Brasil e nos Estados Unidos
Na infância, Moacir tocava nas bandas do sertão. Depois de percorrer diversas cidades e
capitais do Nordeste, chegou ao Rio de Janeiro no fim da década de 1940, onde trabalhou na Rádio
Nacional. Foi contratado inicialmente como saxofonista, mas pouco depois tornou-se maestro,
passando a integrar um time de profissionais do gabarito de Radamés Gnattali e Lyrio Panicalli. No
auge da bossa nova, foi professor de personagens fundamentais da música popular brasileira,
como Baden Powell, Paulo Moura, João Donato, Sergio Mendes e Nara Leão.
Na década de 60, compôs trilhas sonoras para o cinema novo (Ganga Zumba, O Beijo, Os
Fuzis e Seara Vermelha) e lançou o seminal LP Coisas. Sua música de maior sucesso, Nanã, foi
gravada em centenas de interpretações e é tocada no mundo todo. Em quarenta anos de vida nos
Estados Unidos, onde foi morar em 1967 após a ótima repercussão da trilha sonora composta para
a produção hollywoodiana Amor no Pacífico, Moacir Santos consolidou sua reputação como
compositor e professor. Lançou quatro LPs autorais, três deles pela renomada gravadora Blue
Note, e passou a ter seu nome associado a grandes expoentes do jazz, como Horace Silver, Joe Pass,
J.J.Jonhson, Frank Rossolino, Gary Foster e Clare Fischer.
No Brasil, sua obra foi reapresentada ao público no início dos anos 2000, no âmbito do
Projeto Ouro Negro, dos produtores e instrumentistas Mario Adnet e Zé Nogueira. Moacir Santos
foi agraciado com inúmeros prêmios e homenagens, entre eles a Grã-Cruz da Ordem do Mérito
Cultural do Ministério da Cultura e o Prêmio Shell da Música Brasileira, em 2006.
PROGRAMAÇÃO DIA A DIA – RECIFE
13/08 (quarta)
19h30
Abertura: Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música.
Regência: Marcos F.M.
20h
Trio 3-63 no show Muacy
21h30
Raul de Souza Quinteto
14/08 (quinta)
10h
Oficina com Trio 3-63 no Conservatório Pernambucano de Música
20h
Pau Brasil
21h30
Hubert Laws e convidados: Ricardo Silveira, Kiko Freitas e John Leftwich
SERVIÇO RECIFE
Local dos shows: Teatro de Santa Isabel
Endereço: Praça da República, s/n
Informações: (81) 3355.3323 / 3355.3324
Datas e horários:
13/08 (quarta) às 19h30, 20h e 21h30
14/08 (quinta) às 20h e 21h30
Ingressos: R$ 30 inteira e R$ 15 meia
Classificação etária: livre
Oficina com o Trio 3-63
Local: Conservatório Pernambucano de Música
Endereço: Av. João Barros, 594 – Bairro de Santo Amaro
Data e horário: 14/08 (quinta), às 10h
Site oficial do festival: www.festivalmoacirsantos.art.br
SOBRE OS ARTISTAS
Baticun convida Carlos Malta e Alex Meirelles – Abrindo o Festival Moacir Santos, o grupo de
percussão Baticun destaca o lugar da percussão na obra de Moacir Santos, tendo como convidados
o multissoprista Carlos Malta e o pianista Alex Meirelles. Na ocasião, os músicos também farão
uma homenagem ao saxofonista Paulo Moura, grande referência para o grupo, e ele mesmo, exaluno de Moacir Santos.
Baticun– Criado em 1991, o grupo carioca de percussão é formado por Beto Cazes, Carlos
Negreiros, Jovi Joviniano e Marcos Suzano. A primeira apresentação do Baticun foi nos jardins do
MAM, no Rio de Janeiro, junto com o quarteto alemão Fun Horns. No ano seguinte, durante a RIO92, o grupo se apresentou no projeto Cargo, em Nantes, na França. De lá pra cá, já fizeram turnê na
Europa e participaram de várias gravações ao lado de Ney Matogrosso, Antônio Adolfo, José
Lourenço, Hélcio Milito, entre outros artistas. Em 2001, o grupo lançou o disco 1991 - Wilson
Moreira + Baticun – 2011, com um repertório autoral de temas afro-brasileiros do compositor
Wilson Moreira.
Carlos Malta – Conhecido como “O escultor do vento”, o carioca Carlos Malta é
multinstrumentista, compositor, orquestrador, educador e produtor. Dono de um estilo original e
criativo, lançou vários CDs, entre eles Rainbow, em duo com o violoncelista suíço Daniel Pezzotti,
indicado ao Prêmio Sharp. No álbum O Escultor do vento, Malta mostra algumas de suas
composições criando uma verdadeira orquestra de sopros. Em Carlos Malta e Pife Muderno
(indicado ao Grammy Latino), o músico apresenta uma nova leitura para o repertório das bandas
de pífano. Pimenta foi uma homenagem a “Pimentinha” Elis Regina, recriando clássicos
eternizados pela voz da cantora. Com uma carreira plural, Malta fez participações especiais em
shows de artistas como Bob Mc Ferryn, Dave Matthews Band, Edu Lobo, Roberto Carlos e Caetano
Veloso, no tributo a Tom Jobim.
Alex Meirelles – Pianista, compositor, arranjador e produtor, o carioca Alex Meirelles já
participou de gravações de mais de 60 discos de cantores populares, bandas, maestros e solistas
instrumentais. Alex estudou piano e teoria musical no Conservatório Brasileiro de Música,
Licenciatura em Música na FEFIERJ (atual UNIRIO) e composição na UFRJ. Faz parte da Banda
Cidade Negra e, em dupla com o percussionista Marcos Suzano, se apresenta em festivais no Brasil
e no exterior.
Trio 3-63 - O Trio 3-63 é formado pela flautista Andrea Ernest Dias, pelo pianista Paulo Braga e
pelo percussionista Marcos Suzano. O nome do grupo faz referência ao ano de nascimento dos três
integrantes. Em seu novo CD, Muacy (Sambatown, 2014), o Trio 3-63 presta uma homenagem ao
maestro Moacir Santos. Muacy é uma corruptela do nome de Moacir Santos, como consta em seu
registro de batismo. O repertório do show traz clássicos do compositor como Paraíso e Coisa no 1 e
pérolas inéditas como o mojo The Beautiful Life, a balada Love Go Down e Sambatango, descobertas
durante a pesquisa de doutorado realizada por Andrea no acervo de Moacir Santos, na Califórnia.
O Trio 3-63 apresenta também músicas de Radamés Gnattali e Guerra-Peixe, de quem Moacir foi
discípulo, mostrando a ligação do maestro com o universo da composição erudita.
Sizão Machado Quarteto - O contrabaixista Sizão Machado é reconhecido nacional e
internacionalmente por suas atuações ao lado de Chet Baker, Herbie Mann, Elis Regina, Jim Hall,
Chico Buarque, Dori Caymmi, Djavan, Milton Nascimento, Dionne Warwick, Ivan Lins, Paulo César
Pinheiro, Paul Winter, Hendrick Merkins, entre outros. No disco solo Quinto Elemento (2001),
Sizão reuniu composições próprias e peças tocadas ao longo da carreira. Em seu trabalho mais
recente – A Bênção, maestro Moacir Santos – Sizão faz um tributo ao maestro Moacir Santos,
gravando sua obra e também composições inéditas de grandes instrumentistas, como Nailor
Proveta, Maurício Carrilho, Paulo Flores e Nenê Baterista. No Festival Moacir Santos, Sizão é
acompanhando por Josué dos Santos (saxofone e flauta), Joabe Reis (trombone) e Dudu Portes
(bateria e percussão).
Sambajazz Trio convida Raul da Souza - Marcando o espaço do sambajazz – tradicional gênero
instrumental brasileiro – no festival, o grupo formado pelo pianista Kiko Continentino, pelo
contrabaixista e Luiz Alves e pelo baterista e trompetista Clauton “Neguinho” Sales recebe o
trombonista Raul de Souza como convidado especial. Abordando o repertório de Moacir Santos
com estilo próprio, o Sambajazz Trio também mostra o repertório de seu mais recente CD Alegria
de Viver, e passeia por composições próprias e clássicos do samba, MPB, bossa nova e choro com
arranjos originais. O Sambajazz Trio participa de festivais de jazz e MPB por todo o Brasil, na
Europa e no norte da África.
Rique Pantoja & L.A. Friends – O carioca Rique Pantoja tem uma trajetória plural, atuando como
pianista, compositor, arranjador, professor e produtor musical. Aos 19 anos foi estudar na Berklee
College Music, em Boston, de onde seguiu para Paris para tocar com o mítico trompetista Chet
Baker. De volta ao Brasil, ainda nos anos 80, foi um dos fundadores do grupo Cama de Gato e tocou
com artistas como Djavan, Ivan Lins, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Gal Costa, Chico Buarque,
Gonzaguinha, Paulinho da Viola e Tim Maia.
Radicado em Los Angeles há duas décadas, Rique já trabalhou com muitos artistas da cena
internacional, entre eles Alejandro Sanz, Carlos Santana, Ernie Watts, Ricky Martin, Christopher
Parkening, Abraham Laboriel, Luis Conte, Lee Ritenour, Kirk Whalum e Sadao Watanabe. Discípulo
e amigo de Moacir Santos, Rique Pantoja tocou com o maestro no Free Jazz Festival de 1985 e
dedicou-lhe um tributo no Ford Amphitheater em Los Angeles, nos anos 90. Rique Pantoja
participa do Festival Moacir Santos ao lado de amigos de Los Angeles, também músicos de sólida
carreira internacional: o baixista Randy Tico, o baterista Michael Shapiro e Justo Almario, flautista
e saxofonista que integrou grupos de Moacir nos Estados Unidos, e com quem também mantinha
mútua relação de admiração e amizade.
Banda Ouro Negro. Direção: Mario Adnet e Zé Nogueira. Participação especial: Curt Berg –
Concebida por dois dos mais importantes produtores musicais brasileiros da atualidade, Mario Adnet
(vencedor do Grammy Award 2010 com Jobim Sinfônico, do Prêmio da Música Brasileira 2013 de
Melhor Arranjador e Melhor Produtor) e Zé Nogueira (curador do BMW Jazz Festival e do extinto Free
Jazz), a Banda Ouro Negro reúne, desde 2001, um seleto grupo de instrumentistas. O formato do grupo,
de 15 músicos, foi pensado em função das exigências da música do maestro Moacir Santos e baseado na
formação usada por ele em seu primeiro disco, Coisas, de 1965. A banda gravou o CD Ouro Negro
(troféu de Melhor CD Instrumental no Prêmio da Música Brasileira de 2001). Em 2005, lançou o CD
Choros & Alegria (indicado ao Grammy Latino como Melhor CD Instrumental), que contou com a
participação do trompetista americano Wynton Marsalis. Ainda em 2005, gravou o DVD Ouro Negro
(Canal Brasil). Mario Adnet e Zé Nogueira também produziram os Cancioneiros Moacir Santos – Ouro
Negro, Coisas e Choros & Alegria, lançados pela Jobim Music. Moacir acompanhou todo o trabalho de
perto e participou de todos os eventos de lançamento. Em maio de 2006 o maestro esteve pela última
vez no Brasil para a apresentação da Banda Ouro Negro no Canecão, Rio de Janeiro. Em maio de 2010 o
grupo se apresentou em duas noites com lotação esgotada no Rose Theater, Jazz at Lincoln Center, em
Nova Iorque, a convite de seu diretor, Wynton Marsalis. Pela primeira vez a Banda Ouro Negro
recebe o trombonista norte-americano Curt Berg, orquestrador de Moacir Santos em seus LPs
americanos.
Curt Berg –O trombonista e arranjador Curt Berg nasceu em Iowa, nos Estados Unidos. Na
Universidade de Drake e durante o período em que esteve no exército americano, Berg participou
das bandas das instituições compondo e fazendo arranjos. Depois de se formar, foi morar na
Califórnia, onde participou da Orquestra de Herman Woody e também trabalhou com Harry James,
Don Ellis e Louis Bellson. Na década de 70, Berg se tornou copista de Don Piestrup, arranjador de
jazz e compositor de jingles. Foi também nesta época que ele começou a sua própria Big Band.
Graças a um investimento do National Endowment for the Arts, Berg organizou projetos sobre a
obra de Charles Mingus e Moacir Santos. Em outra ocasião, Curt Berg gravou, com sua big band,
seis músicas de Moacir, contando com a participação do compositor. Após oito anos como líder de
uma big band, decidiu formar um sexteto com ex-membros do grupo. Na década de 1990, Curt e
sua esposa Janet mudaram-se para Seattle, onde ele lecionou jazz instrumental no Edmunds
Community College. Hoje, dividindo suas atividades entre Burbank, na Califórnia e Seattle, em
Washington, Berg faz a preparação musical para grandes artistas, compõe e ensaia com o seu
quinteto.
Joana Queiroz & Quartabê – Clarinetista, saxofonista e compositora, Joana Queiroz se divide
entre as cenas musicais do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Integra diferentes grupos,
como o sexteto de sopros “Inventos” (RJ), o sexteto do pianista e compositor Rafael Martini (BH), o
do flautista, violonista e compositor Alexandre Andrés (BH) e o de Arrigo Barnabé (SP). Por dez
anos, Joana integrou a Itiberê Orquestra Família, com a qual gravou três discos e se apresentou em
diversas cidade no Brasil e no exterior. Participou do disco “Mundo Verde Esperança” de Hermeto
Pascoal. Em 2008, gravou “Abrideira”, do grupo Fina Estampa, com direção musical de Maurício
Carrilho. Entre 2010 e 2012, participou de apresentações com diferentes grupos na Argentina
(Liliana Herrero, Carlos Aguirre, Aca Seca, Cecilia Pahl, entre outros), Chile (em duo com Simon
Gonzalez), Uruguai (Associação Livre, Joana Queiroz Quarteto, participações em shows de Arismar
do Espirito Santo, Hugo Fattoruso, Tatiana Parra), entre outros países.
Quartabê é um grupo criado especialmente para o Festival Moacir Santos e surgiu a partir da
banda Claras e Crocodilos, a mais nova leitura de Arrigo Barnabé de sua obra-prima de 1980. Ana
Karina Sebastião (baixo), Joana Queiroz (sax, clarinete e clarone), Maria Beraldo Bastos (clarinete
e clarone) e Mariá Portugal (bateria) são a ala feminina do projeto de Arrigo. As “Claras” unem-se
a Rafael Montorfano, pianista e tecladista atuante na cena musical e teatral paulistana, para trazer
uma leitura diferente do repertório já consagrado do maestro. A banda lança mão de referências
que vão do free jazz escandinavo ao afro.
Hubert Laws & convidados – Vencedor do NEA Jazz Masters Award de 2011, Hubert Laws é um
dos principais flautistas do jazz americano. Em mais de cinco décadas de carreira, Hubert Laws
também percorreu outros gêneros musicais: pop, rhythm & blues e clássico. Durante dez anos,
ficou em primeiro lugar como melhor flautista no ranking da revista americana DownBeat e foi a
principal escolha dos críticos por sete anos consecutivos. Como artista clássico, foi solista em
concertos com a Filarmônica de Nova York sob o comando de Zubin Mehta e com as orquestras de
Los Angeles, Dallas, Chicago, Cleveland, Amsterdam, Japão e Detroit, além do Quarteto de Cordas
de Stanford. Hubert Laws se apresenta anualmente no Carnegie Hall e já fez shows no Hollywood
Bowl com o flautista Jean-Pierre Rampal. Com 20 discos lançados, Laws foi indicado três vezes ao
Grammy Award. Participou de gravações de artistas como Quincy Jones, Miles Davis, Herbie
Hancock, Chick Corea, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Paul McCartney, Stevie Wonder, Paul Simon,
Aretha Franklin, Lena Horne, Sergio Mendes, entre outros. No Festival Moacir Santos, Laws terá
como convidados o contrabaixista John Leftwich, de Los Angeles, e os brasileiros Ricardo Silveira
(guitarra) e Kiko Freitas (bateria), apresentando suas leituras jazzísticas para temas de Moacir
Santos, Clare Fischer, Horace Silver, Tom Jobim e Milton Nascimento.
Laudir de Oliveira & Armando Marçal – A dupla de percussionistas e mestres da tradição
musical afro-brasileira abre o Festival Moacir Santos em Brasília. Laudir de Oliveira começou a
carreira na década de 60 como percussionista do grupo folclórico da coreógrafa Mercedes Batista.
Alguns anos depois, participou do grupo Moacir Santos and The Fabulous Prees, acompanhou
Sérgio Mendes & Brasil’66 em shows realizados nos Estados Unidos e integrou o conjunto Vox
Populi. De volta ao Brasil, fundou o Som Imaginário com Wagner Tiso, Zé Rodrix, Tavito e Luis
Alves, para acompanhar o cantor Milton Nascimento. Na década de 70, aceitou o convite de Sergio
Mendes para integrar o Brasil’66 e mudou-se para o Estados Unidos, onde viveu até 1984. Lá,
participou do grupo americano Chicago e de duas turnês internacionais de Chick Corea. Fez parte
do Paul Winter Consort, ao lado do violinista Oscar Castro Neves. Ao longo de sua carreira,
acompanhou em shows e gravações diversos artistas brasileiros: Hermeto Pascoal, Marcos Valle,
Toninho Horta, Beth Carvalho, Martinho da Vila, João Nogueira, Fagner, Maria Bethânia, Gal Costa,
Gilberto Gil e Dori Caymmi. Atuou ainda em gravações de artistas internacionais, destacando-se
Chicago, Earl Klugh, Leon Ware, Kemmy Loggins, Paul Winter, Jackson Five, Chick Corea, Nina
Simone e Sadao Watanabe.
Armando Marçal – O percussionista carioca, também conhecido como Marçalzinho, começou a
carreira aos 16 anos. Faz parte da terceira geração de uma família de percussionistas. É filho
de Mestre Marçal, um dos maiores diretores de bateria de escola de samba de todos os tempos
(atuou na Portela, Unidos da Tijuca e Viradouro) e neto de Armando Marçal, compositor que
formou uma das duplas mais marcantes da história do samba, Marçal & Bide. Nos Estados Unidos,
Marçalzinho trabalhou com artistas como Pat Metheny, Paul Simon e Al Jarreau. No Brasil, atuou
ao lado de grandes nomes da música popular brasileira como Gal Costa, Jorge Benjor, Caetano
Veloso, Emilio Santiago, Marina, João Bosco, Djavan, Vanessa da Mata, Chico Buarque, Paralamas
do Sucesso e Lulu Santos, entre outros. Marçalzinho integra também a Banda Ouro Negro desde o
início do grupo.
Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música – Regida Pelo Maestro Marcos
F.M, a banda é formada por alunos do Conservatório Pernambucano de Música e professores. O
repertório do grupo é composto por músicas populares, tradicionais de bandas de música,
eruditas e pernambucana. A BSCPM abre o Festival Moacir Santos em Recife tocando as músicas
vencedoras do concurso “Prêmio de Composição Moacir Santos”, promovido pelo Conservatório
Pernambucano de Música, além de um frevo composto por Moacir.
Pau Brasil – O prestigiadíssimo grupo é formado por Nelson Ayres, Rodolfo Stroeter, Paulo
Bellinati, Teco Cardoso e Ricardo Mosca. Com uma carreira nacional e internacional estabelecida
desde a década de 80, o Pau Brasil fez apresentações nos mais renomados festivais e teatros do
Brasil, além de numerosas turnês e shows pela Europa, Estados Unidos e Japão. Seus projetos
mais recentes são o CD Villa-Lobos Superstar, que conta com a participação especial do quarteto de
cordas Ensemble SP e do cantor Renato Braz; e o lançamento da discografia completa do grupo no
Caixote Pau Brasil – 1982/2012, que contém oito CDs, um DVD e um livro sobre a história da
formação e a trajetória do grupo, escrito pelo jornalista Carlos Calado.
Raul de Souza Quinteto – Comemorando 80 anos de vida e 60 anos de carreira, o trombonista é
um dos grandes estilistas do instrumento. Batizado artisticamente por Ari Barroso, tocou com
Pixinguinha e Agostinho dos Santos, antes de gravar o que é considerado um marco da história da
música brasileira instrumental, o LP Turma da Gafieira, de 1957, ao lado de Sivuca, Altamiro
Carrilho e Baden Powell. Consolidou sua carreira internacional nos anos 1970, quando gravou
álbuns nos EUA que foram lançados no mundo todo. Tocou com artistas como Sergio Mendes,
Airto Moreira, Sonny Rollins, George Duke, Freddie Hubbard e Cannonball Adderley. O seu disco
Colors virou matéria de estudo na renomada Berklee College of Music. Hoje é considerado uma
referência mundial no virtuosismo de seu instrumento pela ginga e fraseado brasileiros,
adquiridos nas gafieiras cariocas. Dividindo seu tempo entre o Brasil e a França, nunca pára de
produzir e experimentar diferentes instrumentos e propostas musicais. Gravou recentemente o
CD Voilá! e o DVD ao vivo O Universo Musical de Raul de Souza, com participações de João Donato,
Hector Costita e Altamiro Carrilho. Músico da “turma” de Moacir Santos, gravou uma das mais
vigorosas interpretações de Nanã no LP Edison Machado, você ainda não ouviu nada, com arranjo
do compositor. No Festival Moacir Santos, Raul de Souza se apresenta com seu sexteto.
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