Aula 04_Revisão Conceitos TMA_2016_1

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Disciplina : Metalurgia Física- MFI
Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica
Aula 04: Revisão de Conceitos Fundamentais da
Termodinâmica dos Materiais
Conceitos: sistema, fases, componentes, constituintes,
equilíbrio, transformações de fases.
Energia Livre de Gibbs.
Propriedades Termodinâmicas
Diagramas de Equilíbrio
Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
SISTEMA
FASE
⇒
⇒
Conjunto específico de matéria limitado
real ou imaginariamente no espaço.
Parte de um sistema com propriedades e
composições homogêneas e fisicamente
distinta de outras partes do sistema.
Diferentes elementos ou compostos
COMPONENTES ⇒ químicos que formam um sistema.
Ex.: Fe-C, Fe-Fe3C
CONSTITUINTES
⇒
Substâncias ou espécies químicas que
participam na configuração de um
sistema de ligas metálicas.
Ex.:perlita, ferrita.
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Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
EQUILÍBRIO ⇒
Condição de mínima Energia Livre de um
Sistema que não apresenta modificações
espontâneas em suas propriedades com o
tempo, não absorvendo nem perdendo
energia para certas imposições de
concentração, pressão, temperatura, etc..
Quando existe um estado de equilíbrio
interno com íntima possibilidade de ser
EQUILÍBRIO
⇒ ativado, devendo no entanto, vencer uma
METAESTÁVEL
barreira energética e atingir uma
configuração mais estável, de menor
energia.
Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
SISTEMA
⇒
HOMOGÊNEO
SISTEMA
⇒
HETEROGÊNEO
SISTEMA DE
02 COMPONENTES
E 02 FASES
SISTEMA DE
02 COMPONENTES
E 01 FASE
Apresenta apenas uma fase.
Apresenta duas ou mais fases.
⇒
⇒
Componentes ou constituintes
são imiscíveis e identificáveis
ao microscópio.
Os elementos são perfeitamente
miscíveis em qualquer proporção
no estado sólido.
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• Como uma fase se transforma em outra fase ou
mistura de fases?
CONDIÇÃO
ESSENCIAL
O estado inicial deve ser instável
com relação ao estado final
⇒
• Como se mede a estabilidade de uma fase?
Para uma transformação à P e T constantes a
estabilidade relativa do sistema é determinada pela
ENERGIA LIVRE DE GIBBS (G)
Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
ENERGIA LIVRE DE GIBBS
H = Entalpia
⇒
⇒
G = H – TS Eq.(1)
Medida da quantidade de calor de um
sistema.
T = Temperatura Absoluta (K)
S = Entropia ⇒
Medida da desordem do sistema.
H = E + PV Eq. (2)
E = Energia Interna do Sistema
P = Pressão
V = Volume
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Cinética
Vibrações atômicas nos líquidos e
sólidos.
Potencial
Interações/ligações entre os
átomos dentro de um sistema.
E
Para fases condensadas (sólidos e líquidos)
PV << E ⇒
H≅ E
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
• Um sistema está em equilíbrio quando está no seu estado
de maior estabilidade.
• Termodinamicamente para P e T constantes um sistema
fechado (massa e com[posição definidas) está em equilíbrio
estável para o seu menor valor possível de Energia Livre de
Gibbs, matematicamente:
dG = 0 Eq. (3)
• Pela eq. (1) o estado de maior estabilidade está
relacionado com a combinação de baixa H e alta S.
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Baixas T
⇒
Sólidos são estáveis porque têm ligações
atômicas fortes reduzindo E (H)
Altas T
⇒
Predomina o termo ( -TS ) e as fase com
maior mobilidade atômica (líquidos e
gases) são mais estáveis
• Considerando-se a ocorrência de ∆P, pode-se deduzir a
partir da Eq.(2) que fases com pequenos volumes são
favorecidas pela existência de altas pressões.
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Na Tt
G∝ = Gβ logo
∆G = 0
⇓
Tt
= Temperatura de
transformação de α
para β
Variação da Energia Livre com a Temperatura
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Variação no valor da
Energia Livre de um
cristal com a Temperatura
⇓
H e TS são plotados em
função da Temperatura
⇓
Na Tt ∆H = L e ∆S = L/Tt
⇓
O gráfico de G = H - TS não
apresenta grandes desvios em
Ts , mas apenas pequenos
desvios na inclinação
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Variações da entropia
(a) e da energia livre (b)
em função da
composição para
soluções ideais e para
soluções não ideais (c) e
(d)
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
A figura mostra a variação
da entropia em função da
composição química em
um sistema binário A-B
⇓
Quanto maior a quantidade de impurezas
maior a entropia devido ao maior número
de arranjos possíveis entre os átomos das
substâncias puras A e B.
Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
Variação da Energia Livre
em função da composição
química em um sistema
binário A-B para Soluções
Ideais
A variação da
Entalpia com a
composição química
é Linear
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Variação da Energia Livre
em função da composição
química em um sistema
binário A-B para Soluções
Não Ideais
Os átomos de A situam-se
preferencialmente nas
vizinhanças dos átomos
de B , e vice-versa
⇒
A variação da
Entalpia diminui
com o acréscimo de
soluto
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Quando os átomos de A
situam-se preferencialmente
nas vizinhanças dos átomos
de A e os átomos de B idem.
• A variação da
Entalpia aumenta com
o acréscimo de soluto
A curva de Energia Livre
adquire a forma
apresentada na figura ao
lado
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Metalurgia Física
Revisão Termodinâmica dos Materiais
Quando existe uma
região de curvatura
negativa, a mistura
de fases é mais
estável com relação
à solução sólida
Uma liga de composição C apresenta o menor
valor de energia livre para uma mistura das
fases α1 (rica em A) e α2 (rica em B)
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Pode ocorrer Miscibilidade
Parcial no estado sólido
quando as Estruturas
Cristalinas dos componentes
do sistema são diferentes
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G
∆G = 0
∆G = 0
B
A
Arranjo Atômico
• O Arranjo Atômico A é mais estável sob condições de equilíbrio.
• O Arranjo Atômico B representa um estado de equilíbrio metaestável.
• Os estado intermediários ( ∆G ≠ 0) são instáveis.
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
Exemplos:
Grafite ⇒
Estado de equilíbrio estável
para T e P ambiente.
C
Diamante ⇒
Estado de equilíbrio
metaestável .
Equilíbrio Estável
Perlita
Aço 1080
Equilíbrio MetaEstável
Martensita
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CRITÉRIO PARA QUALQUER TRANSFORMAÇÃO DE FASE:
∆G = G2 – G1 < 0
G1 = Estado Inicial
G2 = Estado Final
⇒
Diagrama Fe-C
Diversos Estados Metaestáveis
Intermediários
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Propriedades
Intensivas
Propriedades
Extensivas
Independem
⇒ do tamanho do
sistema
São diretamente
proporcionais à
⇒
quantidade de
material do sistema
(Volume)
Temperatura
Pressão
Energia Interna
Entalpia
Entropia
Energia Livre
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
MEDIDA DO
TAMANHO DO
SISTEMA
=
NÚMERO DE MOLS
⇓
Propriedades Extensivas
são expressas em mols
⇒ Unidade/mol
Disciplina : Metalurgia Física- MFI
Aula 04.b: Diagramas de Equilíbrio
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Diagramas de Equilíbrio são gráficos que
mostram as fases presentes em um material
em equilíbrio com o ambiente.
Um Diagrama de Equilíbrio serve para indicar :
• Número de Fases Presentes
• Composição das Fases
• Peso Relativo de Cada Fase
em função da Temperatura (T), da Pressão (P) e
da composição.
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REGRA DAS FASES
Gibbs determinou através de considerações
termodinâmicas, que:
P+F =C+2
onde
P = número de fases em equilíbrio
F = graus de liberdade
C = número de componentes
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Diagramas Unitários
• Temperatura , Pressão e Composição Global
determinam quais as fases existentes em um
material em equilíbrio.
• Sistemas Unitários (C=1) ⇒ T e P podem
ser variadas
⇓
São as coordenadas dos D.E. Unitários)
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Usando a Regra das Fases e supondo equilíbrio
entre duas fases:
C=1 e P=2, logo F=1 o que significa que podem
ocorrer variações na T ou na P (mas não em ambas),
sem alterar o número de fases em equilíbrio.
Portanto em um diagrama unitário:
• Linhas ou Curvas ⇒ equilíbrio entre 02 fases
•
Ponto ⇒ equilíbrio entre 03 fases.
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Diagrama de Equilíbrio Unitário para um Metal Puro
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Sistemas de Dois Componentes
Solubilidade no Estado Sólido
Dois componentes são completamente solúveis
um no outro se o estado de equilíbrio de qualquer
combinação dos dois é uma fase única.
Ex.: Cu-Ni
Tipos de Soluções Sólidas
Solução Sólida Substitucional (SSS): o átomo de
soluto substitui um átomo do solvente em sua célula
unitária.
Solução Sólida Intersticial (SSI) : o átomo de soluto
ocupa uma posição intersticial entre os átomos da
célula unitária do solvente.
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Regras de Hume-Rothery
Estabelecem as condições para que SSS possam ser
formadas em todas as proporções de ambos os componentes.
Os 02 átomos devem:
1 - Apresentar ≠ de tamanho inferior a 15%.
2 - Possuir a mesma estrutura cristalina.
3 - Não apresentar diferença apreciável de eletronegatividade.
4 - Ter a mesma valência.
Metalurgia Física
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Diagramas Binários
Em um Sistema c/ 02 Elementos ou Compostos Puros,
para cada composição global, o “estado de equilíbrio” é
uma função da Temperatura e da Pressão.
Nos D.E. relativos à maioria dos materiais P = 1atm, de
modo que a regra das fases passa a ter a forma:
P+F=C+1
Nos
Diagramas
Binários
Temperatura → Ordenadas
Composição → Abscissas
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Diagrama Isomorfo
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Diagrama Eutético Binário
Resfriamento de uma liga com composição C0
T
TA
α+L
Te
α
2
3
fase sólida (α)
β+L
e
α+β
1. Material totalmente líquido
2. Formação dos primeiros cristais da
Líquidus
4
5
TB
Líquidus
1
Sólidus
β
3. Existência de fases sólida (α) e
líquida (L) em equilíbrio.
4. Última fração de líquido sofre
reação eutética.
Solvus
5 Existência de fases sólidas (α) e
A
C0
Ce
B
(β ) em equilíbrio.
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Diagrama Peritético
T
L
a
TA
Solidus
α+L
c
p
Cαp
α+β
C0
α +L → β
Solidus
Solvus
Solvus
Cαl
Tp
β+L
α
A
Ponto de Reação
Peritética
Líquidus
b
TB
β
C βp
Clp
B
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Revisão Termodinâmica dos Materiais
REAÇÕES INVARIANTES
1) No Resfriamento uma fase se separa em
duas outras fases
2) No Resfriamento duas fases reagem para
produzir uma terceira fase, distinta das duas
iniciais.
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REAÇÕES INVARIANTES
1) No Resfriamento uma fase se separa em duas
outras fases (Eutectic-Type Reactions)
MONOTÉTICA
L1 → α + L2
EUTÉTICA
L → α+β
EUTETÓIDE
γ → α +β
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REAÇÕES INVARIANTES
2) No Resfriamento duas
fases reagem para
produzir uma terceira fase, distinta das duas iniciais
(Peritectic-Type Reactions)
SINTÉTICA
L1 + L2 → β
PERITÉTICA
α +L → β
PERITETÓIDE
α+β → γ
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REAÇÕES INVARIANTES
Representação esquemática e exemplos.
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