ORQUESTRAS E MAESTROS JOVEM ORQUESTRA PORTUGUESA A Jovem Orquestra Portuguesa (JOP) é uma iniciativa da Orquestra de Câmara Portuguesa, sob a direção artística de Pedro Carneiro, e apresenta-se em 2015 pela quinta temporada consecutiva, nos Dias da Música, no Centro Cultural de Belém. A JOP é composta por 120 músicos de todo o Portugal Continental e Ilhas, e é a primeira Orquestra Portuguesa associada da EFNYO (European Federation of National Youth Orchestras / Federação Europeia de Orquestras Nacionais Juvenis), assumindo-se como um projeto ambicioso, que tem por objetivo reunir os melhores e servir de embaixadora da excelência da juventude nacional, na Europa e no Mundo. Na Temporada de 2012/2013 o patrocínio da Linklaters foi renovado e alargou-se à parceria com a Guildhall School de Londres. A JOP ingressou na EFNYO, passando a proporcionar aos jovens músicos portugueses intercâmbios com orquestras congéneres e participação em festivais europeus, como em 2014 no de Kassel, em que atuou ao lado de agrupamentos como a Orquestra de Jovens da União Europeia. Em 2015, a JOP volta à Alemanha para se estrear no Young Euro Classic, no prestigiado Konzerthaus Berlin. A JOP tem como visão valorizar o trabalho artístico da juventude portuguesa, servir de embaixadora da excelência e da identidade nacionais e inspirar o público através da integridade e da alegria das suas atuações. A missão da JOP é criar e manter em funcionamento uma orquestra juvenil dedicada a músicos provenientes de todo o território nacional, escolhidos em audição, pela excelência, pelo talento e pelo potencial, projetando na Europa e no Mundo o saber fazer português num ambiente de intercâmbio internacional. A Jovem Orquestra Portuguesa foi lançada em 2010 com o apoio exclusivo da Linklaters e, desde então, tem vindo a crescer e a aumentar a sua atividade. ORQUESTRA ACADÉMICA METROPOLITANA A Orquestra Académica Metropolitana (OAM) estreou-se em 1993, na sequência da criação da Academia Nacional Superior de Orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e Direção de Orquestra. Desde o seu início, a OAM é orientada por Jean-Marc Burfin, seu maestro titular. Constituída inicialmente por menos de 30 elementos, a OAM é hoje uma formação sinfónica englobando cerca de 70 músicos. Com uma temporada que se estende por cada ano letivo, a OAM mantém uma atividade regular de ensaios e concertos, apresentando-se não só na área metropolitana de Lisboa como também noutras localidades do país. Com largas centenas de concertos realizados, abarcando um repertório que vai do barroco à música do século XX, a OAM tem executado obras de compositores tão representativos como Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Brahms, Schubert, Mendelssohn, Mahler, Ravel, Debussy, Milhaud, Bartók, Hindemith, Stravinsky e Varèse, entre outros. Para além do seu maestro titular, a OAM é habitualmente dirigida pelos alunos do Curso Superior de Direção de Orquestra. Muitos dos concertos contam com a presença de maestros convidados, tais como Jean-Sébastien Béreau, Pascal Rophé, Robert Delcroix e Brian Schembri. A OAM possibilita ainda aos alunos da Academia a apresentação regular a solo com orquestra. Teve, ainda, o privilégio de tocar com vários solistas de renome como António Rosado, Gerardo Ribeiro, Paulo Gaio Lima, Liliane Bizineche, Francine Romain, Miguel Borges Coelho, Artur Pizarro, François Leleux e, num concerto humorístico, com o quarteto italiano Banda Osíris. Entre as suas deslocações, a OAM participou no Porto 2001 Capital da Cultura, num encontro internacional de orquestras de jovens onde tocou o War Requiem, de Britten. Fez várias digressões pelos Açores e esteve no VII Ciclo Internacional de Orquestras Universitárias, em Saragoça, e subiu ao palco do Theâtre de la Monnaie, em Bruxelas. Na presente temporada tem agendado seis programas diferentes, participando ainda nos concertos da Orquestra Sinfónica Metropolitana, nomeadamente nos Dias da Música em Belém. A Academia Nacional Superior de Orquestra é uma instituição única no país, pela forma como interliga a formação com a prática musical. Especificamente destinada a preparar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e de Direção de Orquestra, o ensino ministrado baseiase num acompanhamento individual especializado, na prática de música de câmara e numa componente teórica complementar, sendo a Orquestra Académica Metropolitana o eixo central da formação destes jovens músicos. Os resultados pedagógicos são bem evidentes pelo número de alunos premiados em concursos de renome, pelas admissões dos estudantes aqui formados nas melhores escolas internacionais e pela alta taxa de empregabilidade destes jovens quando chegam ao mercado de trabalho. JEAN-MARC BURFIN Jean-Marc Burfin entra em 1983 para o Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, onde obtém, em junho de 1987, e por unanimidade do júri, o 1.º prémio de Direção de Orquestra na classe de Jean-Sébastien Béreau depois de ter feito os seus estudos nos Conservatórios de Nancy, Metz, Estrasburgo e Reims. Durante as masterclasses que frequenta é encorajado pelos seus mestres Franco Ferrara, Charles Bruck, Pierre Boulez e Vitaly Kataev. Diplomado pela Academia de verão do Mozarteum, em Salzburgo, é convidado para dirigir a Orquestra do MIT de Boston em 1984, ao lado de Lorin Maazel. Na sequência de um seminário internacional em Fontainebleau, é notado por Leonard Bernstein e em julho de 1987 convidado para dirigir a Orquestra de Paris. Em 1990/1991 recebe uma bolsa franco-soviética para aperfeiçoamento dos seus conhecimentos do repertório russo com Alexandre Dmitriev, no Conservatório Rimski-Korsakov de São Petersburgo. No Concurso Internacional de Jovens Diretores de Orquestra de Besançon em 1991 foi finalista laureado, e recebeu um prémio especial da Orquestra da Rádio-Televisão de Moscovo através do seu Diretor Vladimir Fedosseiev. Jean-Marc Burfin dirigiu várias orquestras, tanto em França como no estrangeiro (Colónia, Lamoureux, Pays de la Loire, Poitou-Charentes, Picardie, Filarmónicas de Potsdam e Württembergische de Reutlingen, Sinfónica de Oviedo, entre outras). Foi Diretor Artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa durante a temporada de 2003/2004. Gravou um CD na editora Naxos, consagrado à obra de Vincent d’Indy. Pedagogo reconhecido, é um dos raros maestros em atividade a ensinar direção de orquestra. Atualmente é professor na Academia Superior de Orquestra e Maestro Titular da Orquestra Académica Metropolitana. ORQUESTRA DE CÂMARA PORTUGUESA Aclamado pela crítica internacional como um dos mais originais músicos da atualidade, Pedro Carneiro assegura a direção artística da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), onde lidera um grupo excecional de virtuosos instrumentistas, representantes da mais nova geração de talentos musicais. Em pouco tempo, a OCP atingiu um elevado patamar de performance artística, confirmado pelo público e pela crítica. A OCP trabalhou já em ensaio com compositores como Emmanuel Nunes e Sofia Gubaidulina. E além de ter colaborado com solistas nacionais e internacionais, como Jorge Moyano, Cristina Ortiz, Sergio Tiempo, Arnaud Thorette, Bruno Borralhinho, Dmitri Makhtin, Alexandrina Pendatchanska, Elina Vähälä, Diemut Poppen e Adrian Florescu, durante a última temporada apresentou-se também com notáveis solistas, como Geir Draugsvoll, Gary Hoffman, Filipe Pinto-Ribeiro e Heinrich Schiff. O Centro Cultural de Belém acolheu a OCP primeiro como Orquestra Associada, e depois como Orquestra em Residência, colocando o desafio do Concerto Inaugural da Temporada 20072008, que se renovou em 2010/2011. A presença nos Dias da Música em Belém tem sido uma constante, abrindo espaço a jovens solistas e maestros convidados pela OCP, como Pedro Amaral, Pedro Neves, Luís Carvalho, Alberto Roque e José Gomes. A OCP está a criar um ensemble de excelência e apresenta-se como um espaço de valorização dos seus músicos e plataforma de lançamento de novos intérpretes, promovendo a sua integração no mercado de trabalho musical europeu. O virtuosismo das suas atuações é reflexo do empenho e do rigor que envolve a preparação de cada programa, com um mínimo de dez ensaios e a presença de um ou mais ensaiadores convidados, de reconhecido mérito nacional e internacional, como Alejandro Oliva, Norberto Gomes, Andrew Swinerton, Charles Neidich, José Augusto Carneiro, Adrian Florescu, Aníbal Lima e Heinrich Schiff. A RTP 2 e a Antena 2 são os parceiros media da Orquestra, para a promoção e para a gravação dos concertos, tendo sido transmitido várias vezes pela RTP2 o documentário O Nascimento de Uma Orquestra, onde se descreve a constituição da OCP, desde as audições dos músicos até à estreia em 2007. O Município de Portimão juntou-se à OCP, como parceiro institucional, nos anos 2009 e 2010, e ainda em 2009, a OCP abriu o 1.º Festival das Artes, organizado pela Fundação Inês de Castro, em Coimbra. Desde então apresentou-se em Castelo Branco, Vila Viçosa, nos festivais de Alcobaça, Leiria e Paços de Brandão e nos concertos de Natal de Lisboa. A internacionalização da OCP deu-se em 2010 no City Festival of London, com excelente receção pelo público e quatro estrelas no The Times. A OCP é um projeto com credibilidade e pertinência social e cultural, que nasce de uma ação genuína de cidadania proativa, estando também a levar à prática diversos projetos de responsabilidade social: O meu amigo toca na OCP, OCPsolidária, OCPzero e OCPdois. A Linklaters Portugal é o primeiro patrocinador privado na história da OCP, para um período de três anos, ao apoiar o lançamento da OCPzero – uma nova orquestra de jovens estudantes de música. Já em 2011, a consultora Everis Portugal, SA juntou-se à Orquestra de Câmara Portuguesa, para o desenvolvimento de um plano estratégico de gestão. PEDRO CARNEIRO Na sua tripla atividade como instrumentista, chefe de orquestra e compositor, Pedro Carneiro tem vindo a cativar plateias por todo o mundo. Estudou piano, violoncelo e trompete desde os cinco anos de idade. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian no Guildhall School of Music and Drama, onde terminou a sua licenciatura com a distinção Head of Department Award. Seguiu também os cursos de direção de orquestra de Emilio Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica, em Milão. Aclamado internacionalmente como um dos maiores percussionistas da atualidade, apresenta-se regularmente como solista convidado de algumas das mais prestigiadas orquestras internacionais, como: Filarmónica de Los Angeles, Orquestra Sinfónica de Seattle, Orquestra Nacional BBC de Gales, Orquestra Filarmónica de Helsínquia, Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa, Orquestra Sinfónica da Islândia, Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfónica MDR de Leipzig e orquestras de câmara Inglesa, Sueca e de Viena – sob a direção de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver Knussen, John Neschling, Christian Lindberg, entre muitos outros. Tocou, em estreia absoluta, mais de uma centena obras, e trabalha regularmente com prestigiados instrumentistas, orquestras e compositores, assim como com os quartetos Tokyo, Shanghai, Chilingirian, New Zealand e Latinoamericano. Em particular, a sua colaboração estreita com o quarteto Arditti está fixada em dois registos discográficos. Carneiro compõe para teatro, para dança e para cinema. Da sua extensa discografia, destaca-se a monografia de Xenakis (2004) e dois discos concertantes no selo germânico ECM (New Series). Apresenta-se regularmente como chefe de orquestra (por vezes dirigindo a partir do teclado da marimba) em diversas orquestras nacionais, como a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Algarve e Fundação Orquestra Estúdio, e internacionais, como a Orquestra Sinfónica da Estónia, sendo maestro convidado no Round Top Festival, no Texas, EUA e no FEMUSC (Festival de Música de Santa Catarina, Brasil). Premiado no prémio Jovens Músicos, 1997, prémio Maestro Silva Pereira, 1997, Park Lane Young Artists Auditions, 1998, em Londres, prémio da Hattori Foundation for Young Musicians, 2001, em Londres, Medalha de Honra da Cidade de Setúbal, 2011 e prémio Gulbenkian Arte, 2011. É cofundador e diretor artístico da Orquestra de Câmara Portuguesa e da Jovem Orquestra Portuguesa. ORQUESTRA DE SOPROS DA METROPOLITANA A Orquestra de Sopros da Metropolitana, dirigida pelo maestro Reinaldo Guerreiro, desafia-se em programas que permitem mostrar ao público a qualidade dos seus jovens intérpretes. As sonoridades estendem-se por diversos períodos e diferentes géneros, fazendo de cada concerto uma verdadeira celebração da música. Incluindo também alguns alunos mais avançados do Conservatório da Metropolitana, esta formação tem base na Escola Profissional Metropolitana (EPM), cuja criação veio ultrapassar uma necessidade há muito sentida nesta área artística. A EPM proporciona um programa pedagógico que junta disciplinas específicas de música com todas as outras necessárias a uma candidatura à universidade e/ou acesso imediato ao mercado laboral. Como característica inédita no plano nacional, os alunos da EPM têm a vantagem de fazer a formação em contexto de trabalho, de nível profissional, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, interagindo igualmente com as outras formações da Academia Nacional Superior de Orquestra e do Conservatório de Música da Metropolitana. A formação tem tocado em alguns dos mais importantes palcos nacionais, merecendo os elogios tanto da crítica como do público. ORQUESTRA GULBENKIAN Foi em 1962 que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente, no início constituído apenas por 12 elementos (Cordas e Baixo Contínuo), originalmente designada por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Esta formação foi sendo progressivamente alargada, contando hoje a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) com um efetivo de 66 instrumentistas, que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório que abrange todo o período clássico, uma parte significativa da literatura orquestral do século XIX e muita da música do século XX. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem assim ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora interior. Em cada temporada, a Orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas), atuando igualmente em diversas localidades do País, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. Na presente temporada, a Orquestra Gulbenkian regressou a Paris, para um concerto na Salle Pleyel com o pianista Abdel Rahman el Bacha. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Entre os últimos projetos discográficos, refira-se a primeira gravação mundial do Requiem de Salieri e um registo com obras de Ligeti, Kodály e Bartók, ambos sob a direção de Lawrence Foster e editados sob a chancela da Pentatone. Mais recentemente, a Orquestra Gulbenkian lançou um disco dedicado ao público juvenil – Pedro e o Lobo, de Prokofiev, O Carnaval dos Animais, de Saint-Saëns, Guia da Orquestra para Jovens, de Britten –, sob a direção de Joana Carneiro. Desde a temporada de 2002-2003, Lawrence Foster é o responsável pela direção artística do agrupamento, acumulando as funções de maestro titular. Claudio Scimone, que ocupou este último cargo entre 1979 e 1986, foi nomeado em 1987 maestro honorário, enquanto Simone Young e Joana Carneiro detêm os títulos de maestrina convidada principal e maestrina convidada desde as temporadas de 2007-2008 e 2006-2007, respetivamente. PEDRO NEVES Pedro Neves é maestro titular da Orquestra do Algarve e da Orquestra Clássica de Espinho. A sua personalidade artística é marcada pela profundidade, pela coerência e pela seriedade da interpretação musical. Atualmente é doutorando na Universidade de Évora, sendo o seu objeto de estudo as seis sinfonias de Joly Braga Santos. Pedro Neves é convidado regularmente para dirigir as orquestras Gulbenkian, Sinfónica do Porto Casa da Música, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Filarmonia das Beiras, da Cidade de Joensuu (Finlândia). No âmbito da música contemporânea tem colaborado com o Sond’arte Electric Ensemble, com o qual realizou estreias de vários compositores portugueses e estrangeiros. Desta colaboração destacam-se digressões ao Japão e à Coreia do Sul. Em dezembro de 2012 colaborará com Remix Ensemble Casa da Música. É fundador da Camerata Alma Mater, que se dedica à interpretação de repertório para orquestra de cordas. Pedro Neves iniciou os seus estudos musicais na sua terra natal, na Sociedade Musical 12 de abril, com a qual mantém uma ligação até aos dias de hoje. Estudou violoncelo com Isabel Boiça, Paulo Gaio Lima e Marçal Cervera, respetivamente no Conservatório de Música de Aveiro, na Academia Nacional Superior de Orquestra em Lisboa e na Escola de Música Juan Pedro Carrero em Barcelona. No que diz respeito à direção de orquestra estudou com Jean Marc Burfin, Emilio Pomàrico e Michael Zilm. ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA A Orquestra Metropolitana de Lisboa estreou-se no dia 10 de junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma intensa atividade na qual a qualidade e a versatilidade têm presença constante, permitindo abordar géneros diversos, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter inovador do projeto AMEC | Metropolitana, de que esta orquestra é a face mais visível. Nos programas sinfónicos, jovens intérpretes da Academia Nacional Superior de Orquestra juntam-se à Metropolitana, cuja constituição regular integra já músicos formados nesta escola, sinal da vitalidade da ponte única que aqui se faz entre a prática e o ensino da música. Este desígnio, que distingue a identidade da Metropolitana, por ser exemplo singular no panorama musical internacional, complementa-se com a participação cívica, a qual se traduz na apresentação frequente em concertos de solidariedade e em eventos públicos relevantes. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular junto de várias autarquias das regiões Centro e Sul, para além de promover iniciativas de descentralização cultural por todo o país. Desde o seu início, a Metropolitana é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Um ano após a sua criação, apresentou-se em Estrasburgo e em Bruxelas. Deslocou-se depois a Itália, à Índia, à Coreia do Sul, a Macau, à Tailândia e à Áustria. Em 2009 tocou em Cabo Verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica no arquipélago. No final de 2009 e no início de 2010, efetuou uma digressão pela China. Mais recentemente, por ocasião do seu vigésimo aniversário, a Metropolitana regressou à capital belga. Tem gravados 11 CD – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo destas duas décadas, colaborou com inúmeros maestros e solistas de grande reputação no plano nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana Carneiro e Brian Schembri ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Menezes, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel, Thomas Walker e Mark Padmore. A direção artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa é, desde julho de 2013, assegurada pelo maestro e compositor Pedro Amaral. LEONARDO GARCÍA ALARCÓN Leonardo García Alarcón nasceu em La Plata, na Argentina, onde frequentou a Universidade Nacional e foi aluno de piano de Leticia Corral e Susana Romé. A partir de 1997 estudou na Europa com o cravista Christiane Jaccottet no Conservatório de Genebra. Completou a sua formação teórica no Centro de Música Antiga de Genebra. Foi membro do Ensemble Elyma e assistente do maestro Gabriel Garrido antes de fundar o agrupamento Cappella Mediterranea. Investigador apaixonado pela voz, explora continuamente os ideais estéticos próprios da música barroca latina. Investiu na recuperação e na direção de obras como a ópera Ulisse all’ Isola di Circe, de Zamponi, estreada em 2006 com o ensemble Clematis, ou Il Diluvio Universale, de M. Falvetti, estreada em 2010 no Festival d’Ambronay com o Coro de Câmara de Namur e o ensemble Cappella Mediterranea. É maestro residente do Centre Culturel de Rencontre d’Ambronay e diretor artístico e maestro principal do Coro de Câmara de Namur. Também em 2010, decidiu instalar o ensemble Cappella Mediterranea na região Ródano-Alpes, desenvolvendo paralelamente uma relação artística estreita com o meio-soprano Anne Sofie Von Otter. No domínio da formação de jovens músicos, é professor da classe de Maestro al Cembalo e da classe profissional de canto barroco do Conservatório Superior de Música de Genebra. Colabora também com estruturas de inserção profissional como as Academias de Ambronay e de Aix-en-Provence. ORQUESTRA SINFÓNICA METROPOLITANA Espelho da mais-valia que representa a transversalidade do projeto da AMEC / Metropolitana, a Orquestra Sinfónica Metropolitana (OSM) é a formação constituída pelos músicos da Orquestra Metropolitana de Lisboa e pelos melhores elementos da Orquestra Académica Metropolitana, juntos em concerto para dar corpo ao grande reportório sinfónico. Esta formação vinha já obtendo resultados visíveis, aplaudidos quer pela crítica especializada quer pelo público que assistia às apresentações. Mas assumiu recentemente o nome que lhe é merecido: Orquestra Sinfónica Metropolitana (OSM). Foi escolhida pelo Centro Cultural de Belém como orquestra residente em três edições do festival Dias da Música em Belém, estatuto que representa um desafio e também uma importante plataforma de exposição a novos públicos que sempre acorrem a esta iniciativa. Na temporada passada, a Orquestra Sinfónica Metropolitana desafiou-se com a 5.ª Sinfonia de Gustav Mahler, num concerto dirigido por Michael Zilm, uma das presenças importantes e habituais nas programações da Metropolitana. E, em maio de 2010, apresentou uma nova produção de A Sagração da Primavera, de Stravinsky, com coreografia de Olga Roriz e com direção musical de Cesário Costa. Em 2011, a OSM voltou a Mahler, para tocar a sua nona sinfonia, entre outros programas. Haydn, Mozart, Beethoven e Poulenc foram os compositores escolhidos para a passada temporada, em concertos que tiveram as participações do Coro Sinfónico Lisboa Cantat, e de solistas como Anna Samuil, António Rosado, Raquel Camarinha, Valérie Bonnard, João Rodrigues e Job Tomé. No final de 2013, sob a direção do maestro Emílio Pomàrico, a OSM juntou-se às celebrações que assinalaram o centenário do nascimento do compositor britânico Benjamin Britten, no palco do Grande Auditório do CCB. PEDRO AMARAL Nascido em Lisboa, em 1972, Pedro Amaral, compositor e maestro, é um dos músicos europeus mais ativos da nova geração. Inicia os estudos em composição como aluno privado de Lopes-Graça, a partir de 1986, ao mesmo tempo que prossegue a sua formação musical geral, no Instituto Gregoriano (1989/91). Ingressa depois na Escola Superior de Música de Lisboa onde conclui o curso de composição na classe do professor Christopher Bochmann, em 1994. Instala-se em Paris, onde estuda com Emmanuel Nunes no Conservatório Superior, graduando-se com o primeiro prémio em Composição por unanimidade do júri. Estuda ainda direção de orquestra com Peter Eötvös (Eötvös Institute, 2000) e Emilio Pomàrico (Scuola Civica de Milão, 2001). Paralelamente à sua formação musical prática, prossegue os estudos universitários na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, obtendo, em 1998, Mestrado em Musicologia Contemporânea com uma tese sobre Gruppen, de K. Stockhausen – com quem trabalha como assistente em diferentes projetos – e, em 2003, um doutoramento com uma tese sobre Momente e a problemática da forma na música serial. Em maio de 2010, estreou em Londres a sua ópera O sonho, a partir de um drama inacabado de Fernando Pessoa. Unanimemente aplaudida pela crítica, a obra foi interpretada por um prestigioso elenco de cantores portugueses acompanhados pela London Sinfonietta sob a direção do compositor, tendo sido apresentada em Londres e em Lisboa. Como compositor e/ou maestro, Pedro Amaral trabalha regularmente com diferentes ensembles e orquestras, nacionais e estrangeiros. Foi maestro titular da Orquestra do Conservatório Nacional (2008/09) e do Sond’Ar-Te Electric Ensemble (2007/10). Desde o ano letivo de 2007/2008, é Professor Auxiliar da Universidade de Évora (Composição, Orquestração e disciplinas afins). Desde julho de 2013, Pedro Amaral é diretor artístico e pedagógico da AMEC / Metropolitana. ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos e tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo uma programação regular de concertos, participações em festivais de música nacionais e internacionais. No âmbito de outras colaborações, destaque-se a sua presença nos seguintes acontecimentos: 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos transmitido pela Eurovisão para cerca de 15 países (1996); concerto de encerramento do 47.º Festival Internacional de Música e Dança de Granada (1997); concerto de Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo 98; Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000); e Festival de Teatro Clássico de Mérida (2003). Colabora regularmente com a RTP através da transmissão dos seus concertos e óperas pela Antena 2, designadamente a realização da tetralogia O Anel do Nibelungo, transmitida na RTP2, e da participação em iniciativas da própria RTP, como o prémio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, o prémio Jovens Músicos-RDP e a Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito das temporadas líricas e sinfónicas, a OSP tem-se apresentado sob a direção de notáveis maestros, como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Milán Horvat, Jeffrey Tate e Iuri Ahronovitch. A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com as sinfonias números 1, 3, 5 e 6, de Joly Braga Santos, as quais gravou sob a direção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing Borders (obras de Wagner, Gershwin e Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999/2001), Zoltán Peskó (2001/2004) e Julia Jones (2008/2011); Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007. JOÃO PAULO SANTOS Nascido em Lisboa em 1959, João Paulo Santos concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979/84). A sua carreira atravessa os últimos 40 anos da biografia do Teatro Nacional de São Carlos, onde principiou como corepetidor (1976), função que manteve durante a permanência em Paris. Seguiu-se o cargo de maestro titular do coro (1990-2004), desempenhando atualmente as funções de diretor de Estudos Musicais e diretor Musical de Cena. O seu percurso artístico distingue-se, essencialmente, em três áreas. Estreou-se na direção musical em 1990 com a ópera The Bear (William Walton), encenada por Luís Miguel Cintra, para a RTP. Desde então tem dirigido obras tão diversas como óperas para crianças (Menotti, Britten, Henze, Respighi), musicais (Sondheim), concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le Vin herbé (Martin), e The English Cat (Henze), cuja direção musical foi reconhecida com o Prémio Acarte 2000. Colabora com compositores portugueses, destacando-se a estreia absoluta de obras de António Chagas Rosa, António Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa. Na qualidade de pianista, apresenta-se a solo, em grupos de câmara e em duo, nomeadamente com a violoncelista Irene Lima e com o violinista Bruno Monteiro. Concertos e recitais por todo o País com praticamente todos os cantores portugueses preenchem regularmente o seu calendário artístico. A recuperação e a reposição do património musical nacional ocupam um lugar significativo na sua carreira de músico, sendo responsável pelas áreas de investigação, de edição e de interpretação de obras dos séculos XIX e XX. São exemplos as óperas Serrana, Dona Branca, Lauriane e O Espadachim do Outeiro, que já foram levadas à cena no Teatro Nacional de São Carlos e no Centro Cultural Olga Cadaval. Fez inúmeras gravações para a RTP (rádio e televisão) e gravou discos abrangendo um repertório diverso, desde canções do Chat Noir aos clássicos, como Saint-Saëns e Liszt passando por Erik Satie, Martinů, Poulenc, Luís de Freitas Branco ou Jorge Peixinho. Quer como consultor quer na direção musical, é frequentemente convidado a colaborar em espetáculos de prosa encenados por João Lourenço e por Luís Miguel Cintra. ENSEMBLES ALIS UBBO ENSEMBLE O Alis Ubbo Ensemble é uma formação recente no panorama cultural português que pretende explorar diversos trilhos artísticos, incluindo a interação de várias formas de arte, assim alcançando uma audiência generalizada e transversal. A primeira apresentação realizou-se no Jardim das Oliveiras, no CCB, com o grupo rodeado de crianças, que escutaram uma versão das Quatro Estações, de Vivaldi, para quarteto de cordas, com narração e apresentação de ilustrações, tendo como pano de fundo o rio Tejo. A designação deste agrupamento homenageia Lisboa: Alis Ubbo é uma das primeiras denominações da cidade. Em cerca de 1200 a. C., os Fenícios fundaram uma colónia com o nome de Alis Ubbo que, em fenício, significa “porto seguro", "enseada amena". A colónia estendia-se da colina onde hoje se situam o Castelo e a Sé, até ao rio, que chamavam Daghi / Taghi ("boa pescaria" em fenício). O Alis Ubbo Ensemble já participou em concertos promovidos pela Antena 2, tendo também gravado para esta estação de rádio e para a RTP. Em abril de 2013 estreou-se nos Dias da Música em Belém, executando, com sucesso o Quinteto de Cordas de A. Bruckner. Regressou a este importante festival no mês de maio do ano passado. No início de 2014 atuou pela primeira vez no Museu Calouste Gulbenkian, num programa em colaboração com o ilustrador Manuel San-Payo, com assinalável sucesso. Esta formação também já se estreou nos Coliseus, de Lisboa e do Porto, e ainda na Meo Arena, em Lisboa, colaborando em concertos de Músicas do Mundo e no projeto Música em Degradé – Da Ópera ao Rock. Ainda em 2014 foi a formação escolhida para participar no concerto de abertura do Ciclo de Música no Convento dos Capuchos, produzido pela Câmara Municipal de Almada, e também nos Clássicos na Rua, iniciativa promovida pela EGEAC, apresentando programas dedicados ao tango, estreando peças dos compositores portugueses Luís Cipriano, Lino Guerreiro, Tiago Derriça e Miguel Sobrado Curado. Apesar de recente, o Alis Ubbo Ensemble já teve o privilégio de partilhar o palco com personalidades artísticas tão marcantes como Ana Bela Chaves, Mário Laginha, João Paulo Santos, Nuno Inácio, Nuno Silva, Sandra Medeiros, Ricardo Parreira, Teresa Macedo e ainda com os fadistas Hélder Moutinho, Pedro Moutinho e Camané. Colaborou também com o escritor José António Abad Varela e com os ilustradores Emilio Urberuaga e Manuel San Payo. AMARCORD WIEN É difícil categorizar os Amarcord Wien. Apesar de estarem profundamente enraizados na tradição clássica, a abordagem à música deste grupo tem ido além desses limites. O seu princípio-base é o de criar arranjos que constantemente procurem novas formas para interpretar, compreender e comunicar a música, independentemente das tradições, e sem pruridos de se desviarem do manuscrito original, até a transformarem em “Amarcord”. Isto resulta numa experiência musical não adulterada que surge antes da dedicação à partitura, combinada com a típica sonoridade de Amarcord, transparente, incorrigivelmente lúdica, esporadicamente improvisada, tudo aliado a uma perfeição técnica sem paralelo. Fundado em 2000, o ensemble tem sido aclamado em todo o mundo. O Amarcord Wien já foi convidado a atuar em prestigiadas salas de espetáculos e em festivais de todo o mundo, como o Vienna Mysikverein, Vienna Konzerthaus, Schwetzinger e Ludwigsburger Festpiele, Festival Internacional de Música de Istambul, St. Petersburg Philharmonie, Festpielhaus Baden-Baden, Konzerthaus Berlin, Sala de Concertos de Xangai ou Festival de Lucerna. Entre muitos outros locais, o ensemble já tocou em Paris, Bratislava, Munique, Milão, Veneza e Santander. Até hoje o gravou cinco CD. Amarcord Wien plays Astor Piazzola (2003), Amarcord Wien Pictures at an Exhibition (2004) e Satie (2005). Em 2009 lançaram o CD Mahler Lieder com a meio soprano Elizabeth Kulman, graças ao qual foram distinguidos com o prémio Toblacher Komponierhäuschen 2010 e o prémio Pasticchio da Rádio Austríaca. A este disco sucedeu-se um CD de celebração do 10.º aniversário do ensemble, Bon Voyage, lançado no início de 2011. O seu mais recente CD é outra gravação com Elisabeth Kulman, intitulado Wer wagt mich zu höhnen? Ein Ständchen für Richard Wagner und Giuseppe Verdi, e foi lançado em junho de 2014. CAMERATA ATLÂNTICA A Camerata Atlântica é um projeto musical idealizado pela violinista venezuelana Ana Beatriz Manzanilla, sua diretora artística. Constituída por excelentes músicos profissionais, que se dedicam a interpretar com as maiores fidelidade e dedicação estilos e épocas musicais diversos, através de sessões de trabalho individual e de ensaios coletivos, a Camerata tem a flexibilidade de poder ser alargada em número de instrumentistas dependendo do repertório que seja planificado interpretar. A escolha dos seus elementos tem sido feita através duma rigorosa seleção de músicos das melhores orquestras do País que reúnam não só qualidade instrumental e artística como a entrega a um projeto que exige deles as melhores preparação e disponibilidade, uma entrega total dos músicos para alcançar a melhor música. Depois do seu concerto inaugural em novembro de 2013, a Camerata Atlântica gravou um DVD promocional com obras de compositores de América Latina. Apresentou-se com grande sucesso nos Dias da Música 2014 no Centro Cultural de Belém, no Festival Internacional de Música de Leiria, no Festival de Música de Ourique, na Festival Experience da Universidade de Lisboa e no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian, no marco dos Prémios Jovens Músicos 2014. ANA BEATRIZ MANZANILLA A violinista venezuelana Ana Beatriz Manzanilla tem realizado uma variada atividade musical, atuando em recitais e em concertos, sendo acompanhada pelas orquestras mais importantes do seu país, como a Sinfónica Simón Bolívar e a Orquestra Municipal de Caracas, além da Orquestra Nacional do Panamá, da Orquestra da Juventude de Munique, da Filarmónica Rhodanien de França e, em Portugal, da Orquestra Gulbenkian, da Orquestra Sinfónica Portuguesa, da Orquestra do Norte, da Orquestra do Algarve e da Sinfonietta de Lisboa. Apresentou-se também em países latino-americanos, como Colômbia, Costa Rica, Chile e Argentina, e, na Europa, Itália, Espanha, Noruega, Alemanha, Inglaterra, Hungria, Bélgica, Polónia e República Checa. Nascida em Barquisimeto, na Venezuela, foi formada no El Sistema da Orquestra Juvenil da Venezuela, com o professor José Francisco del Castillo. A partir de 1989, estudou com Rony Rogoff e, em 1995, estudou na European Mozart Academy, em Cracóvia (Polónia), onde participou numa diversificada atividade em festivais europeus. Durante vários anos fez parte da Orquestra Sinfónica de Lara (Venezuela), como concertino adjunto. Reside em Portugal desde 1996, onde atualmente é violinista da Orquestra Gulbenkian. Foi concertino da Orquestra do Norte. Gravou dois CD com duos para violino e viola com Pedro Saglimbeni Muñoz. Com a Orquestra Gulbenkian gravou em CD o concerto em Sol maior de Mozart no ano das comemorações dos 50 anos da Orquestra. Em 2012 obteve o título de Especialista em Música pelo Instituto Politécnico de Lisboa. Participou no projeto Orquestra Geração, como fundadora e coordenadora pedagógica. Desde 2013, tem sido convidada como tutora do estágio Gulbenkian para orquestra e participou como professora no quarto curso para cordas em Steinen, na Alemanha. Em 2013 fundou a Camerata Atlântica, da qual é a diretora artística. É professora de violino na Escola Superior de Música de Lisboa. CONCERTO DE’ CAVALIERI Aclamado como «um dos grupos mais vibrantes e entusiasmantes de Itália dedicados à música do século XVIII» (segundo a revista Fanfare), o Concerto de’ Cavalieri foi fundado por Marcello Di Lisa na Scuola Normale Superiore, em Pisa. A orquestra atua regularmente nalgumas das salas de espetáculos mais prestigiadas do mundo, como Musikverein, em Viena, Concertgebouw, em Amesterdão, Auditório Nacional, em Madrid, Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Festival d’Ambronay, entre outros, colaborando com solistas como Daniela Barcellona, Ann Hallengerg, Kristina Hammarström ou Maurice Steger. Intensamente empenhado na redescoberta de obras esquecidas, o Concerto de’ Cavalieri estreou recentemente a serenata de Alessandro Scarlatti, Erminia, a serenata de Nicola Porpora La Iole, e a ópera de Vivaldi Tito Manlio (1720 versão Roma). O Concerto de’ Cavalieri também tem tido bastante atividade na realização de gravações para a editora Sony. Em particular desde 2011, quando iniciou o The Baroque Project, um projeto de gravações para a Sony Classical focado na ópera italiana do século XVIII. O primeiro CD desta série, Alessandro Scarlatti-Opera Arias (2011), com a meio-soprano Daniela Barcellona, inclui sinfonias e árias das últimas seis óperas de Scarlatti, incluindo várias estreias mundiais, tendo sido nomeado para os International Classical Music Awards. O segundo CD, de 2012, dedicado a Pergolsi, novamente com Daniela Barcellona, recebeu aclamação crítica e integrou a “Want List” da revista Fanfare. O terceiro CD, com a meio-soprano sueca Kristina Hammarström, é inteiramente dedicado a árias e concertos de ópera de Vivaldi. Lançado em 2014, integrou o Opernwelt Yearbook como um dos melhores discos do ano. MARCELLO DI LISA Marcello Di Lisa estudou composição, cravo e fortepiano, recebeu o seu Doutoramento em Filologia Grega e Latina pela Universidade de Pisa com uma dissertação sobre a tradição dos manuscritos das obras de Arquimedes. Fundou o Concerto de’ Cavalieri na Scuola Normale Superiore, em Pisa, e desde então tem dirigido o ensemble em festivais e em salas de espetáculos por toda a Itália e além-fronteiras, em colaboração com solistas reconhecidos. As suas gravações para a Sony receberam aclamação crítica pela imprensa internacional. Foi escolhido como Artista do Mês pela revista Musical America. Nos últimos anos a sua pesquisa em musicologia tem-se centrado em música romana do século XVII e do início do século XVIII, com especial interesse nas obras não publicadas de Alessandro Scarlatti. DSCH – SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE O DSCH – Schostakovich Ensemble resulta do encontro de músicos notáveis, mestres nos seus instrumentos, que se movem pelo prazer de fazer música de câmara e por uma profunda cumplicidade artística. O DSCH foi criado em 2006, ano do centenário do nascimento do compositor Dmitri Schostakovich, e apresentou concertos em países como Portugal, Rússia, França, Suécia, Estónia, Espanha, Bélgica e gravou para o canal francês de música Mezzo, obtendo excelente recetividade da crítica e do público. Agrupamento de geometria variável, o DSCH tem contado com a participação de alguns dos maiores nomes do panorama internacional como os violinistas Tatiana Samouil, Corey Cerovsek, Philippe Graffin, Jack Liebeck e Karen Gomyo, os violetistas Gérard Caussé, Lars Anders Tomter, Natalia Tchitch, Vladimir Mendelssohn e Isabel Charisius, os violoncelistas Gary Hoffman, Christian Poltéra, Adrian Brendel e Justus Grimm, os clarinetistas Michel Portal e Pascal Moraguès, o oboísta Ramón Ortega, os percussionistas Juanjo Guillem e Pedro Carneiro, os cantores José Van Dam, Anna Samuil e Maria Gortsevskaya e os pianistas Filipe PintoRibeiro, Eldar Nebolsin e Rosa Maria Barrantes, entre outros. O DSCH aborda um vasto repertório com obras de diversos compositores, de Bach a Schumann, de Brahms a Ravel, de Beethoven a Gubaidulina, compositora com a qual estabeleceu uma estreita colaboração e que tocou aquafone num concerto do ensemble. Destacam-se ainda colaborações com artistas de outras áreas como Paolo Nozolino ou Beatriz Batarda. O DSCH – Schostakovich Ensemble tem a direção artística de Filipe Pinto-Ribeiro. FILIPE PINTO-RIBEIRO Filipe Pinto-Ribeiro é hoje um dos músicos portugueses de maior prestígio nacional e internacional. Pianista laureado, apresenta-se assiduamente nas mais importantes salas de concerto e festivais de música nos vários continentes. Nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, doutorou-se em 2000 no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, na classe de Liudmila Roschina, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Colabora frequentemente como solista com várias orquestras europeias, sob a direção dos maestros J. Nelson, D. Liss, M. Agrest, C. Olivieri-Munroe, R. Gökmen e M. Rachlevsky, entre outros. Colabora regularmente com alguns dos maiores nomes do panorama internacional, como Gérard Caussé, Renaud Capuçon, Michel Portal, Gary Hoffman e José Van Dam. É diretor artístico do DSCH Schostakovich Ensemble com o qual se apresentou em diversos países e que gravou para o canal de televisão francês Mezzo. Gravou diversos CD que obtiveram excelente recetividade por parte do público e da crítica musical. Foi professor de piano, durante a última década, em algumas universidades portuguesas, como a Universidade Católica Portuguesa, e orienta masterclasses em Portugal e no estrangeiro. É frequentemente convidado para diretor artístico de vários projetos musicais como por exemplo Verão Clássico – Academia Internacional de Música de Lisboa. Recentemente, recebeu a nomeação oficial de Steinway Artist. ENSEMBLE DARCOS O Ensemble Darcos foi criado em 2002, na cidade de Faro, Portugal, pelo compositor e maestro Nuno Côrte-Real. Na sua formação-base, clarinete, violino, viola, violoncelo e piano, conta com os conceituados músicos Filipe Quaresma, Helder Marques, Reyes Gallardo, Fausto Corneo e Gaël Rassaert. O repertório do ensemble tem como propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música de Nuno Côrte-Real; esta relação confere-lhe contornos de projeto de autor. Em termos instrumentais, o Ensemble Darcos varia a sua formação consoante o programa que apresenta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de 15 músicos. Para o efeito convida regularmente músicos de excelência oriundos de várias regiões do globo, destacando-se, entre outros, o violoncelista Mats Lidström (solista e professor na Royal Academy of London), os violinistas Giulio Plotino (concertino da orquestra do Teatro La Fenice, em Veneza), Giulio Rovighi (primeiro violino do quarteto de cordas italiano Prometeo), ou o aclamado percussionista Miquel Bernat. Desde 2006, o Ensemble Darcos efetua uma residência artística no concelho de Torres Vedras, Portugal, tendo iniciado em 2008 a Temporada Darcos, série de concertos de música de câmara comentados pelos mais pertinentes músicos e musicólogos portugueses da atualidade. Da sua atividade concertística, destacam-se os concertos na sala Magnus em Berlim, em outubro de 2007, na estreia, em 2008, de um vídeo de Rui Gato, Margarida Moura Guedes e Ricardo Viana, sobre a obra de Olivier Messiaen, Quarteto Para o Fim dos Tempos, e na interpretação do quinteto de cordas em Dó maior de Franz Schubert, com a participação do conceituado violoncelista sueco Mats Lidström. Em janeiro de 2012, o Ensemble Darcos interpretou o triplo Concerto para Violino, Violoncelo, Piano e Orquestra de Beethoven, na famosa igreja de St. John’s, Smith Square, em Londres, com direção musical de Nuno CôrteReal; participou também n’Os Dias da Música 2008, no CCB, Lisboa, interpretando obras de Beethoven e de Côrte-Real. Em janeiro de 2010, o Ensemble Darcos gravou para a Rádio Televisão Portuguesa uma série de canções de Cole Porter com os cantores Sónia Alcobaça e Rui Baeta, programa apresentado em Lião, França, em parceria com a Camerata du Rhône. O CD Volupia, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de Nuno Côrte-Real, foi lançado em outubro de 2012, pela editora Numérica. HUELGAS ENSEMBLE Há mais de 40 anos que o Huelgas Ensemble é considerado o mais prestigiado dos ensembles especializados na música polifónica dos períodos medieval e renascentista. O agrupamento é conhecido mundialmente pelo seu repertório inovador, particularmente de obras desconhecidas, encantando o público muitas vezes com perspetivas novas e com as mais puras entoações. Já se apresentou em algumas das salas de música mais prestigiadas, incluindo o BBC Proms em Londres, o Lincoln Center em Nova Iorque, a Cité de la musique em Paris, a Berliner Philharmonie, a Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa e o Centro Cultural de Belém (Lisboa). Também participa regularmente nos mais importantes festivais de música antiga, onde muitas vezes atua no seu “habitat natural” como capelas antigas, igrejas e abadias, construindo através dos seus concertos uma ponte interdisciplinar entre arquitetura e polifonia. As interpretações do Huelgas Ensemble são caracterizadas pelo conhecimento profundo da estética e do conceito das práticas musicais e vocais dos períodos medievais e renascentistas. A comunicação social e os críticos aclamam regularmente o ensemble pela sua abordagem ao repertório viva e inovadora, apresentando continuamente os mais altos padrões de qualidade neste género. É precisamente por esta razão que cada vez mais os compositores contemporâneos procuram o ensemble para interpretarem as suas obras (Rihm, MacMillan). A sua discografia tem mais de 60 gravações de música vocal e instrumental desde o séc. XIII até ao final do séc. XVI, como Dufay, Brumel, de Rore, Richafort, de Kerle, Ferrabosco, Palestrina, Lassus e Ashewell. Estas gravações foram editadas por diversas etiquetas, incluindo Seon, Sony Classical, Harmonia Mundi France, Deutsche Harmonia Mundi e ECM. A discografia de 2012 – 2014 inclui The Eton Choirbook, Melanges de Claude Le Jeune, Das Ohr von Zurbarán e uma gravação de Et lux, um trabalho para oito cantores e quarteto de cordas pelo compositor alemão Wolfgang Rihm. De prémios destacam-se: vários Caecilia da imprensa belga, Choc du Monde de la Musique e o Diapason d’Or, o Edison Prize, Cannes Classical Award for Early Music, Prix in Honorem da Académie Charles Cros, o Carrièreprijs da estação de rádio de música clássica Klara, um louvor do Europese Radio-Unie e o Canadian Broadcasting Cooperation, o Preis der deutschen Schallplattenkritik, o prémio de música alemão Echo Klassik 1994, 1997, 2010 e 2011 e ainda o Diapason d'or do ano 2014. O Huelgas Ensemble é apoiado por Vlaamse Overheid e pela Universidade Católica de Lovaina. PAUL VAN NEVEL Paul Van Nevel é o diretor artístico do Huelgas Ensemble, que fundou em 1971 como complemento às suas pesquisas e estudos na Schola Basiliensis. Um pioneiro e figura de proa na pesquisa e interpretação da polifonia europeia do séc. XII até ao séc. XVI Paul Van Nevel utiliza uma abordagem interdisciplinar às fontes originais, cfontextualizando-as com o ambiente cultural (literatura, linguagem histórica, temperamento e tempo, retórica etc.). Paul pesquisa continuadamente obras desconhecidas, com atenção particular aos tesouros da polifonia flamenga. É palestrante convidado na Musikhochschule de Hanôver e, durante os últimos 25 anos, foi maestro convidado do Nederlands Kamerkoor. Escreveu uma monografia de Johannes Ciconia e um livro sobre Nicolas Gombert. Publicou também transcrições da música renascentista para a editora alemã Bärenreiter. O conhecimento exaustivo dos catálogos das bibliotecas de música europeias permite a Paul Van Nevel trazer à luz obras desconhecidas, que são interpretadas por este ensemble. Os seus programas surpreendem tanto pela surpresa como pelo encanto devido às perspetivas inovadoras e pelo conhecimento profundo do repertório dos períodos medievais e renascentistas. Paul Van Nevel recebeu inúmeros prémios, incluindo o ‘Prix in Honorem’ da Academia Charles Cros (1994), diversos Diapason d’Or e Choc de l’année (Le monde de la Musique), o Edison Preis, o Cannes Classical Award, vários "Caecilia" prémios da imprensa belga, o "Carrièreprijs" da rádio de música clássica "Klara", o "Preis der deutschen Schallplattenkritik" e diversos prémios de música clássica alemã ECHO. As suas gravações, The Eton Choirbook (Sony Classical, 2012) e La Oreja de Zurbarán (Cypres records, 2014) foram grandemente aclamadas pela imprensa mundial. Pela gravação de Les trésors de Claude Le Jeune (Sony Classical, 2014) recebeu o “Diapason d'or” do ano 2014. LUDOVICE ENSEMBLE O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de música antiga, sediado em Lisboa e criado em 2004 por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim, com o objetivo de divulgar o repertório de câmara vocal e instrumental dos séculos XVII e XVIII através de interpretações historicamente informadas, usando instrumentos antigos. O nome do grupo homenageia o arquiteto e ourives alemão Johann Friedrich Ludwig (1673-1752) conhecido em Portugal como Ludovice. O grupo trabalha regularmente com os melhores intérpretes portugueses especializados, e também com prestigiados músicos estrangeiros. O Ludovice Ensemble apresentou-se em Portugal em vários festivais (Festa da Música e Dias da Música no CCB – Lisboa; Música em S. Roque – Lisboa; Ciclo de Música de Câmara do Palácio da Bolsa – Porto; Música em Leiria; Cistermúsica de Alcobaça; Mafra; Maio Barroco de Óbidos; Encontros de Música Antiga de Loulé; Terras sem Sombra; Eboræ Musica; Ciclo de Música Sacra de Viana do Castelo; Música no Claustro de Braga) e ainda em vários concertos em Lisboa (Temporada da Fundação Calouste Gulbenkian, Instituto Franco-Português, Embaixada de França, Conservatório Nacional, Casa-Museu Anastácio Gonçalves), Évora (Universidade), Porto (showcase do REMA – Rede Europeia de Música Antiga / Casa da Música), Gaia e Espinho. O Ludovice Ensemble estreou-se no estrangeiro em 2010 no Festival Laus Polyphoniae na Bélgica (AMUZ, Antuérpia). Em 2012 foi editado o seu primeiro CD para a conceituada editora francobelga Ramée-Outhere com um conjunto de cantatas francesas para barítono, e que foi calorosamente recebido pelo público e pela crítica especializada em Portugal, Espanha, França, Suíça, Países Baixos e Alemanha, sendo nomeado para os prestigiantes ICMA Awards em 2013 na categoria Vocal Baroque. Neste mesmo ano apresentou-se nos festivais Oude Muziek de Utrecht (Países Baixos); La Chaise-Dieu e Musiques en Vivarais-Lignon (França); Festival de Música Barroca de Praga (República Checa); Festival Camiños de Santiago de Jaca e no Ciclo de las Artes de Lugo (Espanha). Em 2014 apresentou-se no ciclo Febrero Lirico do Real Coliseo Carlos III de San Lorenzo del Escorial, na Semana de Musica Antigua de Vitoria-Gasteiz, em Espanha e no Grande Auditório do CCB. Gravou ao vivo para a RDP-Antena 2, a Rádio Nacional Checa (ČRo) bem como para o canal de televisão francês Mezzo. Em 2015 o Ludovice Ensemble comemorou os seus dez anos com um concerto no Pequeno Auditório do CCB; regressa à Temporada da Fundação Calouste Gulbenkian, aos Dias da Música, ao Grande Auditório do CCB em colaboração com os Huelgas Ensemble, e estreia-se Festival de Órgão da Madeira, entre outros concertos. FERNANDO MIGUEL JALÔTO Natural de Vila Nova de Gaia. Graduou-se com um Bachelor e um Master Degree no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real da Haia (Países Baixos) em Cravo, com Jacques Ogg, sendo bolseiro do Centro Nacional de Cultura. Frequentou masterclasses com Gustave Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski, Ketil Haugsand e Laurence Cummings, e estudou órgão barroco, fortepiano e clavicórdio. Foi membro da Académie Baroque Européenne d'Ambronay em 2004 sob a direção de Cristophe Rousset e das Academias MUSICA (Neerpelt, Bélgica) sob a direção de Dirk Snellings e Wim Becu, em 2006, 2008 e 2010. É mestre em Música pela Universidade de Aveiro, e doutorando em Ciências Musicais / Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, como membro do INET-MD (Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos de Música e Dança). Apresentou-se em vários festivais e concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria, República Checa, Polónia, Bulgária e Japão como solista e continuísta. É cofundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble, membro da Orquestra Barroca da Casa da Música do Porto e solista convidado da Orquestra Gulbenkian em cravo, órgão e fortepiano. Apresenta-se regularmente com grupos especializados internacionais, tais como La Galanía, Capilla Flamenca, Oltremontano, La Colombina e Bonne Corde. Foi durante vários anos membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro. Trabalhou já sob a direção dos maiores especialistas em Música Antiga, como Ton Koopman, Roy Goodman, Christina Pluhar, Christophe Rousset, Fabio Biondi, Laurence Cummings, Antonio Florio, Harry Christophers, Andrew Parrott, Rinaldo Alessandrini, Chiara Banchini, Enrico Onofri, Alfredo Bernardini, Jaap ter Linden, Elizabeth Wallfish, Christophe Coin, Erik van Nevel, Marco Mencoboni, Masaaki Suzuki e Riccardo Minasi, entre outros. Gravou para as editoras Ramée, Glossa, Dynamic, e Anima e Corpo, para as emissoras nacionais portuguesa, francesa, belga e alemã, e para o canal francês Mezzo. O seu primeiro CD com as suítes para cravo solo de Charles Dieupart foi lançado em 2015 para a editora holandesa Brilliant. QUARTETO VINTAGE O Quarteto Vintage (Iva Barbosa, João Moreira, José Gomes e Ricardo Alves) integra alguns dos mais representativos clarinetistas portugueses. Os seus elementos possuem uma sólida carreira profissional e foram premiados em numerosos concursos em Portugal, Espanha, República Checa, Roménia, EUA e Japão. Com 14 anos de existência, o grupo explora as várias possibilidades idiomáticas do instrumento, utilizando os vários tipos de clarinete, nomeadamente a requinta, o cor de basset, o clarinete baixo e o clarinete contrabaixo, e dedica particular importância à experimentação sonora, à criação de novas obras e ao diálogo com os compositores. Foramlhe dedicadas as peças: Ostinando, de Bruno Ribeiro, Fado a Quatro e Tributo a Zeca, de Vítor de Faria, Polyglot, de Mike Curtis, e a adaptação para quarteto de clarinetes, marimba e vibrafone da peça de Luís Tinoco, Short Cuts, estreada no seu primeiro CD com o marimbista Pedro Carneiro. Em setembro de 2010 estrearam a ópera Serrana-Fragmentos, de Vítor de Faria, e a primeira versão para quarteto de clarinetes do Quinteto Stdaler, K581 em Lá M de W. A. Mozart. O quarteto apresenta-se regularmente em festivais como: Festival Internacional de Música Jovens de Gaia, Noites de Massarelos, Festival Foz do Cávado, ClarinetFest 2005 (Tokyo-Japão), Festival do Palácio da Bolsa, Encontros Internacionais de Música de Guimarães, ClarinetFest 2007 (Vancouver-Canadá), Dias da Música – Centro Cultural de Belém, EURORADIO 2008, European Festival for Clarinet Ensembles (Gent, Bélgica), ClarinetFest 09 (Porto), Festival de Música de Grosseto (Itália), Fête de la Musique (Genebra, Suíça), Festival Clarinetando (Pisa, Itália), FDUL Experience. Em 2009, o quarteto foi premiado no I Concurso Internacional de Música de Câmara Cidade de Alcobaça. Em 2013, lançou o seu segundo CD, intitulado Clair de Lune, dedicado à música francesa. Acima de tudo, o Quarteto Vintage pretende criar uma nova sonoridade, capaz de proporcionar verdadeiros momentos de música. SYRINX: XXII Este agrupamento de reconhecidos músicos surge pela vontade de explorar novos mundos e paletas de cores, pela vontade de incursões por ambientes de eras distintas, e pela vontade de explorar musicalmente liberdades artísticas, numa atitude de carte-blanche, dando azo às mais atrevidas e inovadoras combinações. Apresenta obras do século XVII até à música do nosso tempo, o século XXI, proporcionando ao público um espetáculo divertido, livre de preconceitos, cheio de surpresas e de sons inesperados. Estreou-se em abril de 2014, em Nova Iorque, recebendo logo convites para voltar a atuar novamente na cidade norte-americana em março de 2015 e igualmente em Portugal. A formação que se apresentará nos Dias da Música é constituída por: António Carrilho (flautas de Bisel e Eagle Recorder), a quem foram dedicadas obras de compositores portugueses como António Chagas Rosa, Nuno Côrte-Real, Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo ou Luis Tinoco; Katharine Rawdon (flautas transversais), que celebrou recentemente 22 anos como chefe de naipe de flauta da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sendo flautista da OrchestrUtópica desde 2003; e Raj Bhimani (piano), pianista nova-iorquino que editou quatro CD com músicas de Brahms, Schubert, Debussy e Ravel, pela editora Delatour, e obras da compositora francesa Thérèse Brenet, de quem recebeu várias obras a ele dedicadas, na etiqueta La Fabrique. TRIO BEL’ART A violinista Paula Carneiro, a violoncelista Carolina Matos e a pianista Diana Botelho Vieira, motivadas pelo desejo de tocar repertório para trio com piano e de partilhar experiências e conhecimentos adquiridos ao longo dos anos, realizam o primeiro contacto no início de 2014. Rapidamente tornou-se claro que a vontade e o objetivo principal do grupo seria explorar e divulgar repertório menos conhecido e escrito nos séculos XX e XXI, não descurando também o repertório das grandes obras clássicas para esta formação. GRUPOS VOCAIS CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Criado em condições de efetividade em 1943, sob a direção de Mario Pellegrini, o Coro cumpre uma fase intensiva de assimilação do grande repertório operístico e de oratória. Entre 1962 e 1975 colaborou nas temporadas da Companhia Portuguesa de Ópera, sediada no Teatro da Trindade, deslocando-se com a mesma à Madeira, aos Açores, a Angola e a Oviedo (1965), a convite do Teatro Campoamor, e obtendo o Prémio de Música Clássica conferido pela Casa da Imprensa. Participou em estreias mundiais de autores portugueses, casos de Fernando LopesGraça (D. Duardos e Flérida) e António Victorino d’Almeida (Canto da Ocidental Praia). Em 1980 foi criado um primeiro núcleo coral a tempo inteiro, sendo a profissionalização do coro consumada em 1983, sob a direção de Antonio Brainovitch. A plena afirmação artística do conjunto é creditada a Gianni Beltrami, que assumiu a direção em 1985 e beneficiou de condições de trabalho até então inéditas em Portugal. Nesta fase assinalam-se as seguintes intervenções: Oedipus Rex (Stravinski); Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny (Weill); Kiu (Luis de Pablo); L’ Enfant et les Sortilèges (Ravel); e Dido e Eneias (Purcell). Registe-se a participação na Grande Missa dos Mortos (Berlioz), em Turim, a convite da RAI. Depois da morte de Gianni Beltrami, João Paulo Santos assumiu a direção, constituindo-se como o primeiro português no cargo em toda a história do Teatro de São Carlos. Sob a sua responsabilidade registam-se vários êxitos, tais como: Mefistofele (Boito); Blimunda e Divara (Corghi); a Sinfonia n.º 2 de Mahler, com a Orquestra da Juventude das Comunidades Europeias; A Criação (Haydn); a cantata Faust e o Requiem de Schnittke; Perséphone e Le Rossignol (Stravinski); Evgeni Onegin (Tchaikovski); Les Troyens (Berlioz); Missa Glagolítica (Janácek); Tannhäuser e Os Mestres Cantores de Nuremberga (Wagner); e Le Grand macabre (Ligeti). Com o Requiem de Verdi o coro deslocou-se a Bruxelas, por ocasião da Europália (1991). No âmbito da Expo 98 apresentou-se no concerto de encerramento. O conjunto tem atuado sob a direção de algumas das mais prestigiadas batutas, como Antonino Votto, Tullio Serafin, Vittorio Gui, Carlo Maria Giulini, Oliviero de Fabritiis, Otto Klemperer, Molinari-Pradelli, Franco Ghione, Alberto Erede, Alberto Zedda, Georg Solti, Nello Santi, Nicola Rescigno, Bruno Bartoletti, Heinrich Hollreiser, Richard Bonynge, García Navarro, Wolfgang Rennert, Rafael Frühbeck de Burgos, Franco Ferraris, James Conlon, Harry Christophers, Michel Plasson e Marc Minkowski. Também foi dirigido em óperas e concertos pelos mais importantes maestros portugueses, com relevo especial para Pedro de Freitas Branco. GRUPO VOCAL OLISIPO O Grupo Vocal Olisipo foi fundado em 1988, tendo sido desde então dirigido por Armando Possante. O seu repertório é vasto e eclético, abrangendo obras do período medieval aos dias de hoje. Tem colaborado frequentemente com compositores, tendo apresentado em primeira audição obras de Bob Chilcott (Irish Blessing), Ivan Moody (The Meeting in the Garden, The Prophecy of Symeon), Christopher Bochmann (Maria Matos Medley, Morning e a ópera Corpo e Alma), Eurico Carrapatoso (Magnificat em Talha Dourada, Horto Sereníssimo, Stabat Mater), Vasco Mendonça (Era um Redondo Vocábulo), Luís Tinoco (Os Viajantes da Noite) e Manuel Pedro Ferreira (Delirium), entre outros. Trabalhou com dois dos mais prestigiados ensembles mundiais da atualidade – Hilliard Ensemble e The King’s Singres – e também interpretação de ópera barroca com Jill Feldman. Conquistou já diversos prémios em concursos, nomeadamente uma menção honrosa no Concurso da Juventude Musical Portuguesa e o primeiro prémio nos concursos International May Choir Competition em Varna, Bulgária, Tampere Choir Festival na Finlândia, 36.º Concorso Internazionale C. A. Seghizzi em Gorizia, Itália e 5.º Concorso Internazionale di Riva del Garda em Itália, e vários prémios de interpretação. Efetuou inúmeras atuações por todo o País, tendo-se já apresentado nos principais festivais de música em palcos como os do Centro de Arte Moderna, do Centro Cultural de Belém, do Teatro Nacional de S. Carlos, da Casa da Música e do Teatro Rivoli. Tem colaborado com vários ensembles instrumentais e orquestras, como o Quarteto Lacerda, Quarteto Arabesco, Capella Real, Músicos do Tejo, Academia de Música Antiga, Orquestra de Cascais e Oeiras, OrchestrUtopica, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Internacionalmente tem-se apresentado em concertos por toda a Europa. Participou como convidado em Sunderland, Inglaterra e no Festival 500, em St. John’s, no Canadá, e mais recentemente em Singapura, onde apresentou três concertos de música portuguesa com especial enfoque nos compositores Francisco Martins, Estêvão de Brito, Eurico Carrapatoso e Fernando Lopes-Graça. Em todos os festivais, o grupo orientou diversos workshops para coros e maestros de todo o mundo. Em cinema participou no filme As Variações de Giacomo, onde contracenou com os atores John Malkovich e Veronica Ferres e com os cantores Miah Persson, Florian Bösch e Topi Lehtipuu. Gravou o Officium Defunctorum, de Estêvão de Brito, e as Matinas de Natal, de Estêvão Lopes Morago, para a editora Movieplay, Cantatas Maçónicas, de Mozart, para a EMI, e, para a Diálogos, Tenebrae, com música de Francisco Martins e Manuel Cardoso e o Magnificat, de Eurico Carrapatoso. VOCES CAELESTES Voces Caelestes é um grupo vocal de constituição variável, de acordo com as exigências das obras a interpretar. Esta característica, aliada à vasta experiência dos cantores que o integram – que se estende da música medieval à criação musical contemporânea –, permite às Voces Caelestes abordar um extenso repertório. Assim, desde a sua estreia, em setembro de 1997, o grupo tem interpretado obras de Machaut, Ciconia, Lantins, Dufay, Josquin, Lasso, Victoria, Gesualdo, Monteverdi, Allegri, Buxtehude, Bach, Händel, Vivaldi, Scarlatti, Haydn, Schubert, Brahms, Debussy, Ravel, Franck, Grieg, Stanford, Britten, Lloyd Webber e Lopes-Graça, entre outros. Paralelamente, tem feito incursões esporádicas nos domínios da ópera e de outros espetáculos multidisciplinares, tendo participado nas produções de Platée (Rameau), Cenas do Fausto de Goethe (Schumann), A Flauta Mágica e As Bodas de Fígaro (Mozart), A Filha do Regimento (Donizetti), Sonho de uma Noite de Verão (Mendelssohn), Peter Pan (Bernstein) e Rigoletto (Verdi), encenadas por Tito Celestino da Costa, e nos espetáculos Deus. Pátria. Revolução (Luís Bragança Gil / Luísa Costa Gomes), Crioulo – uma ópera cabo-verdiana (António Tavares / Vasco Martins) e Le Carnaval et la Folie (Destouches). A par do seu empenhamento na divulgação da música antiga portuguesa – traduzido, até agora, na apresentação de obras de Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Frei Manuel Cardoso, Estêvão Lopes Morago, Diogo Dias Melgaz, Francisco Martins, António Teixeira, Carlos Seixas, Francisco António de Almeida, João Rodrigues Esteves e Pedro António Avondano –, as Voces Caelestes têm dedicado especial atenção à música contemporânea. Neste âmbito, estrearam em Portugal as Street Songs, de Steve Martland, e apresentaram em estreia mundial obras de Alain Bioteau (Vat 69), Pedro Amaral (Os Jogadores de Xadrez) e Pedro Carneiro (… ni mots, ni signes…). Este vasto repertório tem sido apresentado em diversos auditórios de Lisboa (Centro Cultural de Belém, Culturgest, Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Municipal de S. Luiz, Jardim Botânico e Palácio Nacional da Ajuda, Sé Patriarcal, Basílica dos Mártires, Igreja de S. Nicolau, Igreja de S. Roque, Igreja de S. Vicente de Fora e Convento do Beato), bem como noutras localidades (Cascais, Castelo Branco, Caxias, Coimbra, Évora, Fátima, Guimarães, Mértola, Óbidos, Portimão, Porto, Santarém, Santiago do Cacém, Setúbal, Sintra, Tavira), no âmbito de algumas das mais prestigiadas manifestações musicais (Terras sem Sombra – Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo, Festival Internacional de Música de Coimbra, Primavera Musical – Festival Internacional de Música de Castelo Branco, Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora, Comemorações dos 250 Anos do Nascimento da Cantora Luísa Todi, Música em São Roque, Festival Internacional de Órgão de Lisboa, Festival de Música de Setúbal, Festival Rota dos Monumentos, Festival das Artes). Em agosto de 2006, as Voces Caelestes fizeram a sua estreia internacional, participando, com grande sucesso, no prestigiado Festival Internacional de Música Antiga de Daroca (Espanha). O grupo participou na gravação do CD de música sacra Alleluia, da soprano Teresa Cardoso de Menezes, e gravou para a RTP excertos do Te Deum de Frei José Marques e Silva. As Voces Caelestes têm-se apresentado a cappella e em colaboração com instrumentistas como a cravista Ana Mafalda Castro, a harpista Stéphanie Manzo, a pianista Ana Telles, a contrabaixista Marta Vicente, os organistas António Duarte, António Esteireiro, David Paccetti, Isabel Albergaria, João Vaz, Margarida Oliveira, Rui Paiva e Sérgio Silva, os violoncelistas Paulo Gaio Lima e Miguel Ivo Cruz e os percussionistas Abel Cardoso, Pedro Carneiro e Jean-François Lézé, e agrupamentos como Camerata Academica Salzburg, Divino Sospiro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, orquestra barroca Capela Real, Orquestra Aldrabófona, Quarteto ArtZen, Segréis de Lisboa e Sete Lágrimas, sob a direção dos maestros Pedro Amaral, Stephen Barlow, Martyn Brabbins, Luís Bragança Gil, Pedro Carneiro, Harry Christophers, Laurence Cummings, Christian Curnyn, Osvaldo Ferreira, Sérgio Fontão, Alexander Frey, Manuel Ivo Cruz, Marcos Magalhães, Massimo Mazzeo, Manuel Morais, Pedro Neves, Elio Orciuolo, Jean-Bernard Pommier, João Paulo Santos, Peter Schreier e Michael Zilm. SÉRGIO FONTÃO Sérgio Fontão iniciou os estudos musicais aos cinco anos, sob a orientação de seu pai. Posteriormente, frequentou a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (Linda-a-Velha) e a Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), onde concluiu o curso de Canto, após estudos de Piano, Harpa e Percussão. Paralelamente, concluiu a licenciatura em Comunicação Social na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o curso de Gestão das Artes no Centro de Formação do Centro Cultural de Belém. Atualmente, é mestrando em Direção Coral na Escola Superior de Música de Lisboa. Frequentou cursos de aperfeiçoamento em Canto com Jill Feldman, Marius van Altena, Max von Egmond, Peter Harvey e Tom Krause; em Música Antiga com Richard Gwilt, Ketil Haugsand, Peter Holtslag, Jonathan Manson, Owen Rees e Rainer Zipperling; em Direção Coral com Luc Guilloré, Tõnu Kaljuste, David Lawrence, Julian Wilkins, Simon Halsey, André Thomas, Frieder Bernius, Georg Grün, Peter Broadbent, Colin Durrant e Jo McNally; e em Direção de Orquestra com Robert Houlihan. Como membro ou diretor de diversas formações vocais e instrumentais, realizou concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria, Itália, Malta, Brasil, Argentina, Uruguai, México, EUA, Canadá, Turquia, Índia, Japão e China. Participou, também, em espetáculos de ópera e de teatro e efetuou gravações para cinema, rádio, televisão e, em disco, para as etiquetas Aria Music, Dinemec Classics, EMI Classics, Fnac Music, Milan, Movieplay Classics, Numérica, PentaTone, Philips, PortugalSom, Sole mio, Virgin Classics e Virgin Veritas. Entre os diversos agrupamentos com os quais tem colaborado, contam-se: Coro Gulbenkian, Coro de Câmara de Lisboa, Vozes Alfonsinas e Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Atualmente, além do grupo vocal Voces Caelestes, dirige os coros Polyphonia Schola Cantorum, Coro dos Jerónimos, Coro do Grupo Desportivo e Cultural do Banco de Portugal, Coral Encontro, Coral Allegro, Coral de Linda-a-Velha e Coral Vértice (grupo vocal masculino fundado em 1974 por cantores do Coro Gulbenkian). Leciona as disciplinas de Técnicas de Direção Coral e Instrumental e Educação Vocal, no âmbito da licenciatura em Música na Comunidade (Escola Superior de Educação de Lisboa / Escola Superior de Música de Lisboa). Paralelamente ao seu trabalho como intérprete, tem desenvolvido atividade nas áreas do jornalismo, da comunicação institucional, da edição de música impressa e da gestão de projetos e de instituições culturais. Entre outras atividades, foi colaborador do jornal A Capital, na área da música clássica; foi assistente do editor na Musicoteca – Edições de Música; desempenhou as funções de coordenador artístico-organizativo da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos; ocupou o cargo de vicepresidente do conselho de administração da Federação Internacional das Juventudes Musicais; foi membro do Comité do World Youth Choir (uma organização conjunta da Europa Cantat, da Federação Internacional para a Música Coral e da Federação Internacional das Juventudes Musicais); e ocupou o cargo de secretário-geral da Juventude Musical Portuguesa. Em 2007 foi membro da comissão de apreciação das candidaturas aos apoios financeiros a projetos pontuais atribuídos pela Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura. Em 2008 e 2010 integrou o júri do Concurso Nacional de Música promovido pela Fundação INATEL. Foi o diretor artístico do ciclo Concertos à Conversa | Viagens no Tempo | Música Coral, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em janeiro e fevereiro de 2011. PLURAIS ANTÓNIO VICTORINO D’ALMEIDA Maestro, pianista e compositor, António Victorino d’Almeida dispensa apresentações. Aos cinco anos compôs a sua primeira obra, aos sete deu a primeira audição e interpretou obras de Mozart e de Beethoven, para além de duas peças de sua autoria. Conclui com mérito o curso superior de Piano no Conservatório Nacional de Lisboa e vai estudar para Viena de Áustria, na Academia de Música, onde finaliza esta pós-graduação com a mais alta classificação dada por aquela escola: a distinção por unanimidade do júri e consequentemente Prémio Especial do Ministério da Cultura da Áustria, país onde viveu duas décadas, tornando-se Adido Cultural da Embaixada Portuguesa em Viena, cargo que lhe valeu uma honrosa condecoração. A sua obra é muito vasta, e abrange os mais variados géneros musicais, desde a música a solo, para piano e outros instrumentos, à música de câmara, à música sinfónica e coral-sinfónica, ao Lied ou à ópera, além de muita música para cinema ou para teatro e para fado, sendo sem dúvida um dos compositores portugueses que mais obra produziu. Tem a sua música publicada na AvA Musical Editions. A 9 de junho de 2005 foi galardoado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. BIG BAND JÚNIOR Nascida em outubro de 2010, resultado de uma parceria entre o CCB e o Hot Clube de Portugal, e constituída por cerca de 20 elementos entre os 12 e os 15 anos, a Big Band Júnior (BBJ) é uma orquestra-escola de jazz que tem como missão oferecer uma formação de qualidade aos seus alunos enquanto músicos de uma orquestra de jazz. O repertório da BBJ, inspirado em grande parte na era de ouro do jazz e das big bands, conta também com ritmos e sonoridades mais modernas, que se fazem ouvir especialmente nos temas compostos pelo seu maestro Claus Nymark, por músicos convidados ou pelos próprios alunos da big band. As aulas-ensaio são conduzidas pelo maestro Claus Nymark e decorrem semanalmente de outubro a junho, de acordo com o calendário letivo, nas instalações da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. E porque numa orquestra-escola a vertente performativa é tão importante como a vertente formativa, em cada ano letivo a BBJ tem assegurada a realização de pelo menos três concertos no Centro Cultural de Belém. Além das aulas-ensaio e dos habituais concertos no CCB, em cada edição a Big Band Júnior procura proporcionar aos seus alunos outras experiências musicais. A par das cerca de 20 apresentações em concerto realizadas desde o seu primeiro ano, os alunos tiveram a oportunidade de participar nos seguintes projetos: intercâmbio com big bands juniores de outros países; flashmob nos Pastéis de Belém; parceria com a Bigodes Band numa peça de teatro musical no Festival Big Bang Música e Aventura para Crianças no CCB; gravação do seu primeiro CD nos estúdios Timbuktu. Em 2013-14, a orquestra gravou o seu primeiro teledisco, projeto que resulta de uma parceria estabelecida com a EPI – Escola Profissional de Imagem (ETIC). A realização e captação de som e de imagem estarão a cargo dos alunos da EPI, sob a coordenação dos professores dos módulos de som e de imagem. Em cada edição a Big Band Júnior tem convidado grandes nomes do jazz nacional para trabalharem e partilharem o palco com a orquestra no concerto final de temporada. Até agora os músicos convidados foram Mário Delgado, que compôs para a orquestra o tema Bond and Floyd; e Carlos Bica, de quem a orquestra interpretou três temas, com arranjos de Claus Nymark. Outro momento alto no percurso da BBJ foi a sua estreia no lendário palco do Hot Clube de Portugal, com a participação especial de Mário Laginha, num concerto cujas receitas reverteram a favor da Make-a-Wish Portugal. CLAUS NYMARK Seja como professor, como diretor musical de big bands ou como trombonista, Claus Nymark é um dos músicos mais ativos e mais experientes no meio jazístico em Portugal. Nascido em 1966 na Dinamarca, começou os seus estudos musicais aos dez anos, tendo estudado trompete e posteriormente trombone. Aos 15 anos teve os primeiros contactos com o jazz e, pouco mais tarde, o próprio viria a ser aluno de uma orquestra-escola de big band. Aos 19 anos muda-se para Portugal, onde desde então tem desenvolvido uma intensa e multifacetada atividade enquanto músico. Lidera a sua própria orquestra, a Claus Nymark Big Band. É membro fundador do grupo Dixie Gang, e toca com a Big Band do Hot Clube de Portugal e com o Septeto do Hot Clube de Portugal. É cofundador da Orquestra AngraJazz e da Big Band Nacional da Juventude, sendo também diretor musical da Reunion Big Jazz Band, da Lisbon Swingers e da Big Band do Conservatório Regional de Palmela (Orquestra de Jazz Humanitária). Como professor, leciona no Departamento de Música da Universidade de Évora e no Conservatório Regional de Palmela. Foi formador do curso Férias com Jazz na Lisbon Jazz Summer School no Centro Cultural de Belém nas edições de 2008 a 2010, dirigindo as aulas de big band e de trombone. É diretor pedagógico e musical da Big Band Júnior desde a sua génese, em outubro de 2010. Encontra-se atualmente a tirar o Mestrado em Música e o Mestrado em Educação de Música na Escola Superior de Música de Lisboa. CARLOS BICA Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projeção internacional, tendose tornado uma referência no panorama do jazz europeu. Entre os vários projetos musicais que lidera e para além das suas colaborações com teatro, cinema e dança, o trio Azul, com o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor. Quando fala da música de Carlos Bica, a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas. O que corresponde, como seria natural, à própria trajetória do intérprete compositor. Aprendeu a tocar contrabaixo na Academia dos Amadores de Música, nos Cursos de Música do Estoril, na escola superior de música de Würzburg, na Alemanha. Mas o seu primeiro concerto de jazz deu-o pouco antes de partir para a Alemanha. Fez muita música improvisada, durante anos tocou com Maria João, trabalhou e gravou na área da música popular portuguesa com Carlos do Carmo, José Mário Branco, Janita Salomé e Camané e participou em inúmeros festivais de jazz internacionais, em colaboração com músicos como Kenny Wheeler, Ray Anderson, Aki Takase, Alexander von Schlippenbach, Lee Konitz, Mário Laginha, Albert Mangelsdorf, Paolo Fresu, António Pinho Vargas, Steve Arguelles, John Ruocco e Matthias Schubert. Em outubro de 2005 edita o belíssimo single Bor Land, o seu primeiro álbum de contrabaixo solo, onde músico e instrumento se encontram a sós e onde Bica revela o seu lado musical mais íntimo. Na digressão que fez em Portugal de promoção desse disco, teve como convidados alguns dos seus amigos e músicos favoritos, como: João Paulo Esteves da Silva; Jesse Chandler; Sam the Kid; Kalaf; Alexandre Soares; Jorge Coelho; DJ Il Vibe; Matthias Schubert; Kalle Kalima e Ana Brandão. A colaboração com DJ Ill Vibe prolonga-se agora para o novo álbum, o quarto, – após Azul, Twist e Look What They've Done to My Song – do projeto Azul onde o DJ é convidado especial. Believer marca o 14.º aniversário da existência do Azul, que mantém intacta a formação original, numa empatia rara, que tem contribuído para o reconhecimento internacional do projeto de Carlos Bica, Frank Möbus e Jim Black. Depois da sua experiência em Single e da interação com diversos músicos nacionais de diferentes áreas, Carlos Bica, grava o disco Matéria Prima, onde participam o pianista João Paulo Esteves da Silva e o guitarrista Mário Delgado, companheiros de longas aventuras musicais, e os jovens e talentosos Matthias Schriefl no trompete e João Lobo na bateria. Em outubro de 2011, cinco anos depois de Believer, editou o quinto trabalho discográfico do Trio Azul, Things About. CLÁUDIA FRANCO Cláudia Franco e Rui Caetano deram, em 2013, início a uma colaboração que deu origem a este grupo, tendo desenvolvido um estilo muito próprio na revisitação de algumas das mais famosas canções do repertório universal de jazz, através de interpretações em que a entrega se une ao talento, criando uma atmosfera suave e sedutora. O grupo lançou o seu primeiro CD em março de 2015. COUPLE COFFEE Copule Coffee é o casamento musical de Luanda Cozetti e Norton Daiello, dois artistas brasileiros residentes em Portugal com um crescente protagonismo na música nacional (Luanda é uma das vozes do projeto Rua da Saudade, grupo de homenagem a Ary dos Santos, e participa no novo álbum de Júlio Pereira, Graffiti). Quarto Grão é o seu o primeiro álbum de originais, que conta com uma série de colaborações de músicos e letristas de renome, como JP Simões, Sérgio Godinho e Edu Lobo. GEORGE ESTEVES Natural de Bournemouth, Inglaterra, nasceu a 18 de outubro de 1978. Frequentou o curso de Piano e Composição da Academia de Artes e Novas Tecnologias e estudou Piano Clássico durante cinco anos. Frequentou ainda os cursos de Piano e Percussão na Escola de Jazz do Hot Club. Em Inglaterra completou, com distinção, o curso BTEC National Diploma in Popular Music no Bournemouth and Poole College. A solo atuou como cantor e entertainer, acompanhando-se com sintetizador e piano-solo, em diversos pubs e restaurantes, salientando-se o exclusivo clube privado The Mansion House, em Bournemouth. Atuou diversas vezes acompanhado pela Bournemouth Big Band no Pavillion Theatre de Bournemouth e realizou dois espetáculos cantando musica de Frank Sinatra: Tribute to Frank Sinatra e Sinatra Swings Again, acompanhado pela The Eddie Robinson Orquestra. É pianista residente no Cascais Jazz Club e do Quinteto Maria Viana. Formou o seu próprio trio de jazz em 2012. GONÇALO PESCADA Iniciou os estudos musicais aos oito anos no Algarve e, posteriormente, continuou a sua formação em Lisboa (Instituto Musical Vitorino Matono), Castelo Branco (Escola Superior de Artes Aplicadas), França (Centre National et International de Musique et Accordéon) e Universidade de Évora. Entre outros, obteve o 1.º Prémio no Concurso Nacional de Acordeão (Alcobaça, 1995) e o 1.º Prémio no Concurso Internacional “Citá di Montese” (Itália, 2004). Com o 1.º Prémio no Concurso de Interpretação do Estoril (Portugal, 2006), Gonçalo Pescada viu a sua carreira tomar um rumo internacional, realizando recitais em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Bulgária. Apresentou-se como solista com a Orquestra do Algarve, OrchestrUtopica, Esart Ensemble, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Académica Metropolitana, Estoril Ensemble e Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção dos grandes maestros Cesário Costa, Osvaldo Ferreira, Michael Zilm, Nikolay Lalov, Susana Pescetti e Jean Marc Burfin, entre outros. Foi convidado a participar em festivais de enorme prestígio como o 33.º Festival de Música do Estoril, Dias da Música em Belém 2008, 30.º Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim e 39.º Festival Internacional Sofia Music Weeks (Bulgária), apresentando-se em salas incontornáveis como o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, Bulgária Hall e Queen Elizabeth Hall. O seu vasto programa com orquestra compreende obras de referência, tais como Las Cuatro Estaciones Porteñas e Concierto Aconcágua de Astor Piazzolla, Rossiniana de Vladimir Zubitsky, Sieben Worte de Sofia Gubaidulina, Spring Concert de Yakov Lapinsky e Concerto para Acordeão e Orquestra do compositor português Cristóvão Silva. Em Portugal, todas estas obras foram apresentadas em primeira audição. Tem gravado para rádios e televisões, destacando-se a RDP Antena 2, a RTP e a Rádio e Televisão Nacional Búlgara. A sua discografia inclui os CD Intuição (a solo), Encontros (duo com o pianista Ian Mikirtoumov) e Astor Piazzolla (solista com a Orquestra do Algarve). Concluiu, recentemente, o programa de Doutoramento em Música e Musicologia na Universidade de Évora sob orientação do Professor, Maestro e Compositor Christopher Bochmann. JOÃO PAULO ESTEVES DA SILVA Nasceu em Lisboa, em 1961, de mãe pianista e pai filósofo. Em 1979 participou no Festival de Jazz de Cascais com o grupo Quinto Crescente. Em 1984 completou o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional e partiu para França, mantendo-se no exílio até 1992. Em 1993 gravou o seu primeiro disco em nome próprio, Serra sem Fim, para a editora Farol. Em 1996 conhece o produtor Todd Garfinkle, da editora MA Recordings, com quem inicia uma longa colaboração, documentada em seis discos, e que dura até 2001. Neste ano, instigado por Carlos Bica, grava um primeiro solo de piano, Roda, para a editora francesa L’Empreinte Digitale. Em 2003 começa a gravar para a editora Clean Feed. O seu disco Scapegrace, em duo com Dennis González, foi galardoado com o prémio Autores da SPA de Melhor Disco 2009. Voltou a gravar com o músico norte-americano o álbum So Soft Yet (2011), para a mesma editora. Ao longo dos anos são inúmeras as colaborações, em concertos e discos, com músicos nacionais e estrangeiros. De destacar particularmente os trabalhos com Ricardo Rocha, Carlos Bica, Cláudio Puntin, Samuel Rohrer, Jean-Luc Fillon, Peter Epstein, Ricardo Dias, Dennis Gonzalez no campo da música instrumental; e também as parcerias com cantores e cantoras como Vitorino, Sérgio Godinho, Filipa Pais, Ana Brandão, Maria Ana Bobone, Cristina Branco. Tem vindo a trabalhar cada vez mais noutras áreas, como a poesia publicando dois livros e colaborando em revistas, de papel e online o teatro, enquanto tradutor e músico Beckett, Ibsen, Strindberg, Brecht e a interessar-se por aproximações e diálogos entre a música e outras artes, tendo assinado trabalhos conjuntos com o fotógrafo José Luís Neto e composto, por exemplo, a banda sonora do filme Sem Nome, de Gonçalo Waddington. Desde 2009 é professor da Escola Superior de Música de Lisboa na licenciatura em Jazz. LUIZ AVELLAR O pianista e compositor brasileiro Luiz Avellar iniciou os estudos de piano aos seis anos. Em 1976, estudou Orquestração na Mannes School of Music, em Nova Iorque. Com uma longa trajetória como pianista e arranjador de grandes nomes da música brasileira, entre eles Djavan, Gal Costa, Simone e Milton Nascimento. Em paralelo, surge ao lado de variadíssimos nomes do panorama internacional, Billy Cobham, Toots Thielemanns, Flora Purim e Airto Moreira, são algumas referências. Em 1994, surge o primeiro disco solo Bons amigos, com a participação de Hermeto Pascoal, Paulo Moura e Robertinho da Silva, entre outros nomes da música instrumental brasileira. Contabilizam-se na sua discografia 14 discos. Tocou em concerto, como solista da Orquestra Sinfónica Brasileira, enquanto a sua música era executada, estabelecendo assim um intercâmbio permanente entre todos os seus talentos, desde os ritmos brasileiros, à música clássica ou ao jazz. Tornou-se um convidado frequente do Cello Encounter, Encontro da Música Internacional realizado no Rio de Janeiro, no qual a sua execução é elogiada e partilhada por nomes internacionais da música clássica, como Armen Ksajikian, Mats Lidstrom e Eugene Friesen. É considerado um dos maiores talentos da sua geração. Em 2011 lança o seu primeiro disco em terras lusas: Contrastes. MARIA VIANA Medalha de Mérito Cultural do Município de Cascais, Maria Viana é uma das maiores e mais consagradas intérpretes nacionais do jazz vocal, com uma carreira que leva já mais de 34 anos. A sua voz tem brilhado em várias digressões nacionais com o seu trio, com a Big Band de Jorge Costa Pinto e com o projeto Vozes Três (com Maria João e Maria Anadon), colaborando com artistas como Kirk Lightsey, Zé Eduardo, Sheila Jordan, Peter King e Andrea Pozza. Como diz a critica, «Maria consegue o impossível: fazer renascer cada tema do reportório clássico (já interpretado milhares de vezes) como se tivesse sido escrito nessa mesma manhã (revista Ecoutér – França). Desde 2011, Maria Viana é também Presidente da Jam Session (associação sem fins lucrativos) e dirige o Cascais Jazz Club, por onde têm passado alguns dos nomes mais importantes do jazz nacional e internacional. É também responsável pela produção dos Ciclos Noites com Jazz (Câmara Municipal de Oeiras), 2 Dedos de Jazz e Comemoração de 80 anos de Jazz em Cascais (Câmara Municipal de Cascais), da programação de jazz do Centro Cultural da Malaposta e é coprodutora do Dose Dupla, no Centro Cultural de Belém. Lançou, em 2010, o livro / CD de comemoração dos seus 30 anos de carreira, Maria Viana 30 Anos de Jazz (Editora Principia – Casa Sassetti). MÁRIO LAGINHA A sua "casa" é o jazz, mas recusa encerrar-se lá dentro. Na sua música podemos encontrar um pouco de quase tudo, porque não fecha as portas a quase nada. Mário Laginha procura em vários lugares a matéria com que constrói o seu próprio universo musical. Para Mário Laginha, fazer música é também um ato de partilha. E tem-no feito com personalidades musicais fortes: Maria João, Bernardo Sassetti e Pedro Burmester. Nos três duos é evidente a sua criatividade, uma grande solidez rítmica, uma enorme riqueza harmónica e melódica. Criou o Trio de Mário Laginha com o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão, com o qual editou o CD Espaço, em que relaciona a sua música com o universo da arquitetura. Em 2010, o trio grava Mongrel, um novo trabalho à volta da música de Chopin, e considerado Melhor Disco – Prémio Autor 2011 – SPA. Na sua discografia, já extensa, tem ainda trabalhos a solo (o premiado Canções e Fugas) em quinteto e em duo com Maria João, com Bernardo Sassetti e um com Pedro Burmester. Tem tocado e gravado com músicos excecionais, como Wayne Shorter, Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Gilberto Gil, Lenine, Ralph Towner, Manu Katché, Dino Saluzzi, Julian Argüelles, Django Bates. Com enormes versatilidade e domínio da composição, escreveu para diversas formações, como a Big Band da Rádio de Hamburgo, a Orquestra Filarmónica de Hannover, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Remix Ensemble, o Drumming Grupo de Percussão, a Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música e a Orquestra Sinfónica de Bruxelas. Também compõe para cinema e para teatro. PAUL DWYER Nascido em Somerset, em 1977, numa família de músicos, Paul Dwyer foi introduzido ao piano aos sete anos e mais tarde ao trompete. Aos 17 anos, Paul mudou para o contrabaixo e começou a frequentar sessões de jazz. Em 1995 mudou-se para Londres, formou-se em música comercial na Universidade de Westminster. Depois de tirar um curso de world music no Morley College, Paul interessou-se por música shamisen e em 2002 mudou-se para o Japão, onde estudou com Yuri Okayasu. Em múltiplas visitas a Nova Iorque, Paul estudou com Buster Williams, Ben Wolfe, Marco Panascia e Andy González. Ao longo dos anos tem tocado com grandes músicos como Wataru Hamasaki, Akane Matsumoto, Mayuko Katakura, Tomonao Hara, Takao Uematsu, Gene Jackson, George Colligan, Don Friedman, Tommy Campbell, Sheila Jordan e Jennifer Sanon. PAULO JORGE FERREIRA Paulo Jorge Ferreira nasceu em Lisboa, em 1966. Iniciou os estudos musicais aos cinco anos com o professor José António Sousa. O estudo profundo dedicado ao acordeão, com o seu credenciado professor, proporcionou-lhe várias participações em concursos nacionais e internacionais, obtendo honrosas classificações. Ao longo da sua aprendizagem musical, frequentou seminários dirigidos por alguns dos mais prestigiados acordeonistas contemporâneos. Concluiu o curso complementar de acordeão no Instituto de Música Vitorino Matono, tendo posteriormente finalizado os seus estudos superiores na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, onde lhe foi atribuído o título de especialista em acordeão / performance. Tem realizado recitais a solo e concertos de música de câmara, tanto a nível nacional como internacional, nomeadamente em França, México, Bélgica, Áustria, Itália, Macau, Espanha, Hungria, Holanda e Alemanha, tocando com músicos portugueses e estrangeiros de enorme prestígio. Durante o seu percurso atuou em algumas das mais importantes salas de concerto da Europa, como Musik Werein, Muziekgebouw, De Single, Odéon Theatre de L’Europe, Teátrum House of Future, Berliner Philarmoniker, entre outras. Tem participado como instrumentista, em diversas estreias de obras para orquestra, ensemble e música de câmara, que incluem acordeão. Apresentou-se como músico convidado de orquestras sinfónicas e de câmara, como, Orquestra de Pequim, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Sinfonieta de Lisboa, Orquestra Utópica, Remix Ensemble, e a solo com Esart Ensemble, Remix Ensemble, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e Banda Sinfónica Portuguesa, trabalhando com maestros de reconhecida qualidade internacional, como Stefan Asbury, Jürjen Hempel, Lawrence Foster, Peter Rundel, Martin André, Emílio Pomàrico, Carl St. Clair. Colabora regularmente com Remix Ensemble, Orquestra Gulbenkian e Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música. No domínio da música de câmara, constitui com Pedro Santos um duo de acordeões (Duo Damian), com Carlos Alves um duo de acordeão e clarinete (Artclac), com Catherine Strynckx um duo de acordeão e violoncelo, com Ana Ester Neves (soprano) um duo de acordeão e canto, e um quinteto com quarteto de cordas. Ao longo da sua carreira musical tem participado em inúmeras gravações discográficas e em programas radiofónicos e televisivos. Em 2004 foi editado pela etiqueta Numérica o seu CD a solo, Percursos. A sua atividade como compositor tem-se desenvolvido significativamente nos últimos anos, escrevendo obras para instrumentos solo, música de câmara e orquestra. Devido ao crescente interesse pela sua forma de compor, tem recebido encomendas de alguns dos mais conceituados solistas, grupos de câmara e festivais de música portugueses, e algumas das suas peças têm sido executadas igualmente no estrangeiro. Foram editados discos com algumas das suas obras e a edição impressa da sua música está a ser realizada pela editora AVA Musical Editions. Atualmente é professor de acordeão e música de câmara na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco e na Escola de Música do Conservatório Nacional. Alguns dos seus alunos e grupos de música de câmara têm obtido primeiros prémios em concursos nacionais e internacionais de acordeão e de música de câmara. Paulo Jorge Ferreira é convidado com regularidade como membro de júri em concursos internacionais de acordeão. É diretor artístico do festival e do concurso de acordeão Folefest. Tem sido considerado um elemento preponderante no desenvolvimento artístico do acordeão em Portugal na última década. QUARTETO PARNASO O Quarteto de Guitarras Parnaso foi formado em 2010 e surgiu da iniciativa do guitarrista Augusto Pacheco, pretendendo assim criar em Portugal um tipo de formação instrumental que, embora comum no estrangeiro, é pouco usual no nosso país. Os quatro guitarristas do Quarteto Parnaso, Augusto Pacheco, Carlos David, Gonçalo Morais e Paulo Andrade, além de diplomados por Escolas Superiores de Música em Portugal, vieram a prosseguir a sua especialização no estrangeiro. A sua grande cumplicidade pessoal e musical, associada a um elevado nível de experiência pedagógica e de música de conjunto, contém na sua essência valores e qualidades técnicas e humanas fundamentais para se fazer música de excelência. O quarteto apresenta em concerto um repertório que passa por diversos períodos da história da música, através de transcrições de obras orquestrais, assim como de obras originalmente compostas para quarteto de guitarras. O quarteto realizou a estreia absoluta de obras dos compositores Fernando Lapa, Ricardo Ribeiro e Óscar Rodrigues. Realizarou concertos em diversas salas do país, como Teatro Rivoli, Centro Cultural de Cascais, Theatro Circo e Teatro Helena Sá e Costa. Destacam-se os concertos no 14.º Festival Internacional de Guitarra de Sernancelhe, em Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, no 1.º Festival de Guitarra de Braga e no 5.º Ciclo Seis Cordas Seis Momentos em Santo Tirso. Em 2013 realizaram um concerto para o programa Concerto Aberto, da Antena 2. RICARDO RIBEIRO Frequentou aulas de guitarra clássica e formação musical com os professores: José Carvalhinho, Manuel Soutulho e Lisete Teixeira. Conviveu com o fado desde muito novo, ouvindo grandes fadistas da época, que se tornaram as suas referências: Fernando Maurício, Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Manuel Fernandes, Adelino dos Santos (Guitarra) e José Inácio (Viola), entre outros. Já em 2004 foi editado pela CNM – Coleção Antologia – o seu primeiro álbum, com o nome Ricardo Ribeiro, que conta com as colaborações do guitarrista José Manuel Neto, de Jorge Fernando e de Marino de Freitas. Em 2005, a convite do encenador Ricardo Pais, integra o espetáculo Cabelo Branco é Saudade, com Celeste Rodrigues, Argentina Santos e Alcindo de Carvalho. Ainda em 2005 recebe o prémio Revelação Masculina da Fundação Amália Rodrigues. Em 2008 é convidado pelo alaudista / compositor libanês Rabih Abou-Khalil para cantar Em Português, um álbum com poemas de Silva Tavares, Mário Rainho, Tiago Torres da Silva, José Luís Gordo e António Rocha, editado pela Enja Records. Em português foi eleito Top of the World Album atribuído pela revista inglesa SongLines. Fez parte do filme Fados, de Carlos Saura, e também do Filme do Desassossego, de João Botelho. Participou em Rio Turvo, de Edgar Pêra, e no documentário de Diogo Varela Silva, O Rei sem coroa, sobre a vida e a obra de Fernando Maurício. Em 2010 produz Porta do Coração, com Pedro de Castro (guitarra portuguesa), Jaime Santos (viola) e a colaboração de Prof. Joel Pina (viola-baixo), disco que atinge o galardão de ouro por vendas superiores a dez mil exemplares, em 2012. Em 2011 recebe o prémio de Melhor Intérprete Masculino atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. O quinto álbum, Largo da Memória, editado pela Warner em outubro de 2013, reúne os vários músicos com quem Ricardo tem trabalhado ao longo dos anos: Pedro Caldeira Cabral, Pedro Jóia, Rabih Abou-Khalil ou Ricardo Rocha, entre outros, marcando um momento de afirmação da sua carreira e da sua maturidade artística. Paralelamente, o fadista continua o seu projeto com Pedro Jóia e, semanas antes, o duo esgotou o Elebash Center, em Nova Iorque, proeza que repetiu na Madeira, no verão. Janeiro de 2015 é já um mês com muitos feitos e grandes conquistas: Ricardo Ribeiro foi nomeado para a categoria de Melhor Artista de 2015 pela revista britânica Songlines, a bíblia da world music, e recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. RICHARD GALLIANO Ao longo dos anos parece nunca ter existido um grande artista associado ao acordeão, um instrumento que, devido às suas conotações, deveria estar tão afastado do swing quanto possível. Mas depois surgiu Richard Galliano, movido por uma determinação sem igual para partilhar a sua convicção de que o acordeão era merecedor de ter um lugar no coração do jazz, ao lado do saxofone e do trompete. Richard começou a tocar o seu instrumento aos quatro anos. Ao mesmo tempo que começou a aprender a tocar acordeão, também estudou harmonia, contraponto e trombone no Conservatório de Nice. Foi com a descoberta da música de Clifford Brown que chegou ao jazz, tinha na altura 14 anos, e enquanto se aproximou do seu estilo de tocar refrães, ele descobriu, para seu espanto, que o acordeão era praticamente desconhecido neste tipo de música. Galliano interessou-se depois pelos acordeonistas brasileiros, descobriu especialistas americanos que abordaram o jazz e os grandes instrumentistas italianos, voltando costas ao estilo tradicional de tocar o acordeão que dominava na França. Em 1973 Galliano mudou-se para Paris, onde surpreendeu Claude Nougaro. A partir do início dos anos 1980 começou a tocar com frequência com músicos de jazz de todos os quadrantes, improvisando ao seu lado. Entre eles encontramos nomes como Chet Baker, Steve Potts, Jimmy Gourley, Toots Thielemanns ou o violoncelista Jean-Charles Capon. Em 1991, depois de aconselhado por Astor Piazzolla, Galliano voltou às suas raízes. Isto levou a uma série de álbuns em que Galliano, tocando o seu acordeão Victoria, revelou uma facilidade em adaptar este instrumento à liberdade do jazz. Começou então a ganhar reputação internacional, juntando-se a artistas como Enrico Rava, Charlie Haden e Michel Portal. Galliano é um músico excecionalmente versátil, capaz de deixar a sua marca em quaisquer contextos musicais, desde atuações a solo aos concertos com big band. As suas excecionais habilidades como solista são agora bem reconhecidas, continuando ele a explorar uma vasta gama de música. Empenhado em transmitir a sua rica experiência, ele é o autor, juntamente com o seu pai Lucien, de um método de tocar o acordeão que ganhou o prémio SACEM para Melhor Trabalho Pedagógico, em 2009. (Texto de Vincent Bessières) SAMUEL LERCHER TRIO O Trio de Samuel Lercher propõe um repertório de temas originais que fazem a ponte entre as diferentes influências do seu líder: jazz e música clássica, o todo destilado com um bom toque de groove. A secção rítmica, composta pelos talentosos, André Rosinha, no contrabaixo, e Marcelo Araújo, na bateria, traz profundidade, subtileza e balanço aos temas expressivos de Samuel Lercher. Este pianista francês, residente em Portugal, lançou o seu trio em fevereiro de 2014, na Fábrica de Braço de Prata. Depois de quase um ano de concertos, os três músicos foram para o estúdio Atlântico Blue gravar o disco Epilogue, editado pela Sintoma Records. O primeiro disco do Samuel Lercher Trio é uma viagem musical autobiográfica, com um som muito pessoal, temas cinematográficos e uma energia contagiante. SANDRO NORTON Nasceu no Porto a 9 de dezembro de 1978. Desde cedo mostrou as suas aptidões musicais e desenvolveu um interesse especial pela guitarra. Iniciou os seus estudos com o guitarrista Aires Ramos, que complementou frequentando a Escola de Música Óscar da Silva, em Matosinhos. Em setembro de 2000 segue para Londres onde frequenta a London College of Music, da Universidade Thames Valley. Em 2003 termina a Licenciatura em Popular Music Performance e, em 2004, conclui, com mérito, o Mestrado em Composição / Music Performance. Durante o seu percurso académico estudou, entre outros, com Mike Outram, Shaun Baxter, Ian Scott (Beach Boys), Phillip Mead (George Crumb), Dave Cliff (Lee Konitz), Eddie Harvey (Ella Fitzgerald). Também estudou em privado com Charlie Banacos, Eric Roche, Dr. Barry Harris, Jonathan Kreisberg e Vicki Genfan. Como músico, em Londres atuou em vários locais, Jazz Café, em Camden Town, Ronnie´s Scott, 100Club, em Oxford Street, e Borderline, no Soho, e em Liverpool atuou no Cavern. Foi membro da banda Flipsiders, fazendo três digressões em Inglaterra. Participou com Jojo Watz no Ashton Court Festival, em Bristol, onde atuou para 50 mil pessoas. Atuou também na Noruega, na Suécia, em Espanha e na Holanda como solista e como membro de pequenos ensembles. Também trabalhou na Orquestra Nacional de Londres (NYJO). Teve parcerias musicais com Pip Williams, Mike Outram, Xenopoulos Vasilis, Anderson Ian, Mathias Gwin, Bias, Dyce, Brown Jocelyn e Kahiali Haifa. Em outubro de 2007 regressou a Portugal. STÉPHAN OLIVA Nasceu em 1959 em Montmorency e fez estudos clássicos de piano. Com a sua atividade repartida entre o jazz, a livre improvisação, a escrita para o cinema e, por vezes, a música erudita (com especial incidência na interpretação de Johannes Brahms e Giacinto Scelsi), ganhou estatuto como um dos mais importantes músicos de França, independentemente do género. Tem um estilo muito pessoal derivado das abordagens de Bill Evans e Lennie Tristano. Tocou, em várias formações, com Paul Motian, Linda Sharrock, Joey Baron, Paul Rodgers, Bruno Chevillon, Matthieu Donarier, Marc Ducret, Jean-Marc Foltz e muitos outros, tanto em concerto como em discos premiados, desde a década de 1990, por instituições como a Academie Française du Jazz e a Academie Charles Cros ou por revistas como a Jazzman e a Les Inrockuptibles. Vem desenvolvendo um intenso trabalho pedagógico, sobre as relações do jazz, e da música em geral, com a sétima arte, a história do piano no jazz e as práticas da improvisação. VÂNIA FERNANDES Academicamente, Vânia Fernandes está a terminar o mestrado em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, tendo feito a licenciatura em Música, ramo jazz, da Escola Superior de Música de Lisboa, e frequentado o curso profissional de Canto do Conservatório de Música da Madeira. Passou ainda pelo jazz na escola Hot Clube – Escola de Jazz Luiz Villas Boas. Desenvolve parcerias com diversos projetos musicais, entre os quais Vânia Canta Amália, na área do fado; Tributo a Elis, na área da bossa nova; Cumplicidade, com Júlio Resende, na área do jazz; Lusitânia, na área da música tradicional; Lado Luso, na área experimental, e participa frequentemente nos espetáculos da Orquestra de Salão Imperatriz Sissi. Vânia Fernandes ganhou especial notoriedade pela participação no reality show musical da RTP Operação Triunfo 3, conquistando o primeiro lugar. Em 2008 venceu o Festival RTP da Canção com «Senhora do Mar», com a qual representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção. Participou em diversos eventos musicais, entre eles o Angrajazz, onde foi acompanhada pela Orquestra de Jazz da Ilha da Madeira, e integrou a European Movement Jazz Orchestra. Ganhou o Prémio Reconhecimento, atribuído pelo júri da IV Festa do Jazz, organizado pelo Hot Club de Portugal no Teatro São Luiz em 2005. Atualmente mantém vários projetos em diversos géneros musicais e é docente em ensino especializado de Canto no Hot Clube em Lisboa, na escola Interartes em Cascais, na Sinfonia e Eventos no Montijo, de Expressão Musical na Escolinha Tia Ló em Cascais e é coordenadora do curso de Canto – Instrumentos tradicionais do Inatel. YAN MIKIRTUMOV Natural de Moscovo (Rússia). Iniciou a sua formação profissional aos cinco anos de idade no Colégio Estatal de Coro A. Sveshnikov em Moscovo, onde estudou ao longo de 11 anos e obteve diploma com distinção na especialidade de Direção Coral. Em 1997 finalizou com distinção o curso de Regência Coral na Academia Superior de Arte Coral em Moscovo. Pósgraduação em Composição no Conservatório Superior de P.I. Tchaikovsky em Moscovo (1997 – 1998). Doutorado em Musica e Musicologia pela Universidade de Évora (2013) com uma dissertação sobre as reduções para piano. Entre 1991 e 1999 participou em inúmeros concertos, festivais e gravações com diversos coros, agrupamentos da música antiga e orquestras na Alemanha, França, Suíça, Suécia, Itália, Polónia, Finlândia, Ucrânia, Noruega, Japão, EUA e Rússia como cantor, pianista e maestro de Coro. Escreveu a música para diversos projetos teatrais, cinematográficos e publicidade. Desde 1999 reside em Portugal onde começou a sua carreira como professor. Tem lecionado as disciplinas Coro, Canto, Formação Musical, Musica da Câmara, Piano, Acompanhamento, Direção em várias escolas do País. Entre 2001-2003 ocupou o cargo do Maestro do Coro dos Pequenos Cantores de Academia Amadores de Musica, com qual participou na apresentação de ópera de M. Mussorgsky, Boris Godunov, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. Fundador de Coro Juvenil e Coro Feminino do Conservatório de Musica de Albufeira, com os quais fez digressões na França, Alemanha, Grécia, Áustria e Espanha; entre 2005-2011 ocupou o cargo do Maestro do Coro Brisa, com qual ganhou 3.º prémio no Concurso Internacional de Coros em Bratislava (Eslováquia). Presidente (2012) e membro do júri (2010) da Competição Internacional de Coros em Freamunde (FICC). Em 2001 formou o seu próprio grupo-quarteto Con´tradição para qual escreveu as composições originais. Gravou, editou e participou em mais de 50 CD, incluindo etiquetas Melodia, Dargil, Universal, Radio e Televisão Estatal da Rússia, NDR (Alemanha) e Antena2. Regularmente colabora com diversas entidades no panorama musical português como Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve, Eborae Música, Orquestra da Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Gulbenkian, Concurso de Interpretação do Estoril, Antena 2 entre outras. Realizou diversas encomendas de arranjos e composições para as orquestras, grupos de música da câmara e solistas em Portugal, Espanha e Rússia. Participou em diversos projetos em Cabo Verde e Angola, com destaque para concerto de Tito Paris com Orquestra Metropolitana de Lisboa realizado em salinas de Pedra de Lume (2009) e projeto Sons de Setembro com orquestra clássica ao vivo pela primeira vez em Luanda (2011). Algumas das suas obras foram editadas pelas editoras Copy-us (Alemanha) e AvA Musical Edition (Portugal). É regularmente convidado para acompanhar instrumentistas e cantores. Atualmente é professor no Conservatório de Musica de Albufeira, Academia Nacional Superior de Orquestra, Universidade de Évora e Instituto Piaget. SOLISTAS ABEL CARDOSO Abel Cardoso concluiu o curso na Escola de Música e Bailado de Nossa Senhora do Cabo, em Linda-a-Velha, tendo como professor Carlos Voss. Na Escola Superior de Música de Lisboa obteve a Licenciatura com nota máxima, tendo estudado com os professores Richard Buckley e Carlos Voss. Obteve os graus de mestre em Ensino da Música e Performance sob orientação de Pedro Carneiro. Ao longo da sua formação apresentou-se com a Orquestra da Juventude e a Orquestra Sinfónica Juvenil, entre outras. Enquanto profissional, colaborou com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, a Orquestra do Algarve e a City of London Orchestra. Participou ainda em diversos concertos com os Percussionistas de Estrasburgo, o Ensemble Intercontemporain (Paris), o Ensemble Xenakis (EUA) e o Remix Ensemble. No âmbito da música de câmara, é membro fundador do sexteto de percussão Rhythm Method e diretor artístico dos Percussionistas de Lisboa, tendo recentemente gravado o CD Bach Marimbas. Como docente, foi professor na Escola Profissional de Música de Évora, nos conservatórios de Almada, Alhandra, Palmela e Linda-a-Velha e na Escola Superior de Música de Lisboa. AIDA SIGHARIAN ASL Natural de Teerão, Irão, Aida Sigharian Asl começou a estudar piano aos seis anos. Em 2001 foi aceite na classe de piano de M. Baudet no Conservatório de Amesterdão e, posteriormente, na classe de Willem Brons, com quem obteve o seu diploma. Frequentou o Mestrado no Conservatório de Utrecht com Paolo Giacometti e Ralph van Raat. Teve aulas com professores como H. Austbo, T. Hartsuiker, W. Banfield, N. Grubert. I. Parkany, D. Ferschtman, Udo Reinemann, Rudolf Jansen, Gary Hoffman, I. Grubert, Toby Hoffman, R.Gariud, Vitaly Margulis, Paul Badura Skoda, Luís de Moura Castro e Galina Egyazarova. Aos 17 anos tocou a solo com a Orquestra de Teerão. Em 2006, venceu o concurso Piano Bienal em Teerão. Em 2010 gravou para Antena 2 e realizou um Concerto Aberto transmitido pela mesma rádio. Aida Sigharian Asl apresenta-se regularmente em concerto em Portugal, Holanda, Irão e Inglaterra. Atualmente é pianista acompanhadora no Conservatório de Música do Porto. ALEXANDRA BERNARDO Iniciou os seus estudos de Canto em 2006 com Carla Baptista Alves. Em 2007 ingressou na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (EMNSC), tendo concluído em 2012 o Curso Complementar de Canto com 20 valores, sob a orientação da professora Joana Levy. Nesta escola interpretou os papéis de Orfeo em Orphée (Gluck), Anita em West Side Story e Cunegonde em Candide, (L. Bernstein), entre outros. Apresentou-se a solo no Magnificat em Talha Dourada de E. Carrapatoso (2007, CCB), Gloria de Vivaldi (2008, Aula Magna), Requiem de Duruflé (2010, Jerónimos), e Orfeu e Eurídice de Gluck, bailado de Olga Roriz para a Companhia Nacional de Bailado, com Divino Sospiro (2014). Apresentou-se em recital em salas como o Palácio dos Aciprestes (2011), o foyer do Teatro Nacional de São Carlos (2013) o Pequeno Auditório do CCB (2014), o Centro Nacional de Cultura (2014) e a Casa do Brasil, em Paris (2015), entre outras. Em masterclass trabalhou com Jill Feldman, Nico Castel, João Lourenço, Pierre Mak e João Paulo Santos. Recentemente conquistou o 1.º Prémio e o Prémio do Público no 8.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa. É membro do Ecce Ensemble (sob a direcção do maestro Paulo Lourenço). É professora de Canto desde 2013 na EMNSC (Espaço Arte – Curso Livre). Atualmente, especializa-se em Ópera e Lied com Elena Dumitrescu Nentwig, com quem prepara os papéis de Pamina (Die Zauberflöte de Mozart), Donna Anna (Don Giovanni de Mozart), com o qual se apresentou recentemente com o Atelier de Ópera da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Violetta (La Traviata de Verdi) e Lucia (Lucia di Lammermoor de Donizetti). ANA ESTER NEVES Reconhecida intérprete, tanto em papéis operáticos como em música de câmara, afirma-se no panorama musical português pelas suas qualidade e versatilidade vocais que lhe permitem abraçar projetos muito contrastantes. Tem exercido uma atividade intensa em Portugal e em Inglaterra, Áustria, Alemanha, Itália, Grécia, Espanha, França, Brasil e EUA, onde se apresentou em recitais e também nas óperas: Carmen (no papel de Micaela), As Bodas de Fígaro (Contessa), Eugene Onegin (Tatyana), La Bohéme (Musetta), Porgy and Bess (Bess), D.Giovanni (D. Elvira), Boris Godunov (Xenya), Albert Herring (Lady Billows), Neues vom Tage (Laura), The English Cat, Parsifal, L’Isola Disabitata, Tosca (Tosca) entre outras. O ano de 2007 ilustra bem essa versatilidade : Cio-Cio San em Madama Butterfly e Violetta em La Traviata, o Requiem de Verdi, El Sombrero de Três Bicos, de Falla e também Mrs. Lovett em Sweeney Todd, de Stephen Sondheim, que lhe valeu a nomeação para os Globos de Ouro na categoria de Melhor Atriz e o Prémio Bernardo Santareno de Melhor Interpretação. Vencedora dos concursos Mary Garden e Luísa Todi, é detentora dos prémios operáticos Gilbert Betjemann e Ricordi. Diplomou-se pelo Conservatório Nacional de Lisboa, prosseguiu os seus estudos na Royal Academy of Music, em Londres, e na Universidade de Boston, onde concluiu o mestrado em Interpretação. Estreou a ópera The Bacchae, de Theodore Antoniou, em Atenas, e as óperas O Doido e a Morte, de Alexandre Delgado, e Édipo ou a Tragédia do Saber (Jocasta) e Os Dias Levantados, de António Pinho Vargas. Destacam-se ainda as suas interpretações da 14.ª Sinfonia de Shostakovitch, o Requiem para o Planeta Terra, de João Pedro Oliveira, e o Requiem de Verdi. Estreou, no papel principal de D. Maria I, a ópera A Rainha Louca, de Alexandre Delgado, interpretação que lhe valeu as melhores críticas. Gravou a Sinfonia n.º 6 de Joly Braga Santos, para a Marco Pólo, e Os Dias Levantados, de António Pinho Vargas, para a EMI-Classics. Gravou também para a RTP, a RDP e a BBC. ANA PAULA RUSSO Nasceu em Beja. Completou o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional, estudou em Salzburgo e em Lucerna, com Elisabeth Grümmer e H. Diez, e trabalhou com Gino Becchi, C. Thiolass, Regine Resnick e Marimi del Pozo. Licenciou-se em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa. Como solista tem atuado em inúmeros concertos de Lied, ópera e oratória, quer no país, quer no estrangeiro. Destacam-se, nomeadamente, trabalhos para a Fundação Calouste Gulbenkian, a RTP, a RDP, a Europália-91 (em Bruxelas), espetáculos no âmbito de Lisboa 94 — Capital da Cultura, e a participação nos festivais de música dos Capuchos, de Leiria, do Estoril, do Algarve, da Póvoa de Varzim, da Figueira da Foz e Internacional de Macau. Dos muitos concertos e recitais, destacam-se obras como O Livro dos Jardins Suspensos, de A. Schönberg, Les Noces, de Stravinsky, Les Illuminations, de Britten, a Cantata op. 29 de Webern, obras de A. Chagas Rosa, Carmina Burana, de Orff, as operetas Monsieur Choufleuri e Bataclan, de Offenbach. Em 1988 obteve o 1.º prémio de Canto no concurso da Juventude Musical Portuguesa e no Concurso Olga Violante; no mesmo ano, em Barcelona foi finalista no Concurso F. Viñas. Em 1990 foi laureada nos Concursos Internacionais de Oviedo e Luisa Todi. Em 1989 representou Portugal, através da RTP, no concurso Cardiff Singer of the World. Gravou um CD com uma coletânea de canções de Natal para canto e guitarra e um programa de peças musicais relacionadas com o Palácio da Ajuda. Em 1996 foi a soprano-solista das gravações para CD da obra Matutino dei Morti, de J. D. Bomtempo. Em 1999, integrou o elenco que gravou para CD a ópera de M. Portugal Le Donne Cambiate, no papel de Condessa Ernesta. No Festival de Macau de 1992, interpretou, com grande sucesso, o papel de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. A sua carreira tem tido um destaque especial no âmbito da ópera e no da música cénica, podendo ser referidos os papéis de Oscar (O Baile de Máscaras), Marie (A Filha do Regimento), Ninette (O Amor das Três Laranjas), Musetta (La Bohéme), Adele (O Morcego), Clorinda (La Cenerentola), Condessa Ernesta (As Damas Trocadas), Hanna (A Viúva Alegre), Najade (Ariadne auf Naxos), Cunegonde (Candide), Vespetta (Pimpinone), Eurydice (Orfeu nos Infernos), Rouxinol (na ópera homónima de Stravinsky), The English Cat (Henze), entre muitos outros. Em abril de 1998, integrou o elenco que fez a estreia mundial da ópera Os Dias Levantados, de A. Pinho Vargas, gravada posteriormente em CD para a EMI. Foi escolhida para desempenhar um dos papéis principais da ópera Corvo Branco, de Philip Glass, levada à cena na Expo 98 e no Teatro Real de Madrid e, em julho de 2001, no New York State Theatre (Lincoln Center – Nova Iorque). Em 2004, no 10.º aniversário da morte do compositor, interpretou o soprano solista do Requiem de Fernando Lopes-Graça, versão recentemente editada em CD. Também em 2006 lançou um CD de composições ibero-americanas para canto e guitarra com o título de Melodia Sentimental. Em 2009 gravou um CD de árias e duetos dedicado ao reportório cantado pela cantora Luísa Todi. Gravou também em CD a Missa Grande, de Marcos Portugal. Em 2011 participou na estreia mundial da ópera A Rainha Louca, de Alexandre Delgado, e já em março de 2012 cantou na estreia moderna da ópera O Basculho de Chaminé, de Marcos Portugal. É Professora de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional. ANNA FEDOROVA Anna Fedorova é uma das mais destacadas jovens pianistas do panorama musical da atualidade. Desde muito cedo revelou uma maturidade musical e uma capacidade técnica impressionantes. A sua carreira internacional teve início ainda em criança, sempre deslumbrando com uma expressividade musical particularmente profunda e intensa. Os críticos descreveram esta singularidade como «suavemente contida e de índole selvagem», capaz de deixar os ouvintes «completamente surpreendidos, comovidos e boquiabertos». Em setembro de 2013 interpretou o Concerto n.º 2 para Piano de Rachmaninov na abertura da temporada da série Sunday Morning Concerts, no Auditório da Royal Concertgebouw. Passado meio ano, a gravação deste concerto registou mais de um milhão de visualizações no YouTube e foi largamente elogiada por músicos de renome. Entretanto, tem tocado em algumas das mais prestigiadas salas de concertos na Europa, na América e na Ásia. Com um vasto repertório de concertos, tocou com orquestras do mundo inteiro, entre as quais se destacam a Sinfónica de Dallas, a Filarmónica de Buenos Aires, a Orquestra de Câmara de Lausana, a Residentie Orkest e a Camerata de Amesterdão, a Nova Orquestra da Cidade de Tóquio, a Filarmonia das Nações de Hamburgo, a Filarmónica do Noroeste Alemão, a Sinfónica Nacional do México, a Sinfónica de Xalapa, a OFUNAM do México, a Orquestra de Câmara de Israel e a Camerata da Polónia. Venceu importantes prémios em concursos internacionais de piano, incluindo o Rubinstein In Memoriam na Polónia, o Frederick Chopin em Moscovo e o Grand Prix de Lyon. Recentemente foi distinguida no Festival de Verbier, na Suíça. Foi laureada por duas vezes com o Dorothy MacKenzie Artist Recognition Scholarship Award no International Keyboards Institute & Festival de Nova Iorque. Formada pela Escola de Música de Lysenko em Kiev, na classe de Borys Fedorov, Anna prossegue hoje os estudos com Norma Fisher no Royal College of Music, de Londres, enquanto bolseira. Complementarmente, é aluna do professor Leonid Margarius na prestigiada Academia de Piano de Imola, em Itália. Estudou também com pianistas de renome internacional como Alfred Brendel, Menahem Pressler e Andras Schiff. Entre os seus próximos compromissos destacam-se atuações com a Orquestra Filarmónica de Honguecongue dirigida pelo maestro Jaap van Zweden, e ainda com as Filarmónicas do Noroeste Alemão, da Holanda e de Cracóvia. ANNA SAMUIL A cantora aclamada internacionalmente Anna Samuil é soprano principal da Ópera Estatal de Berlim onde os seus papéis incluem Violetta em La Traviata, Donna Anna em Don Giovanni, Adina em L’Elisir d’Amore, Musetta em La Bohème, Micaëla em Carmen, Eva em Die Meistersinger von Nürnberg, Alice Ford em Falstaff e Fiordiligi em Cosí fan Tutte. Anna Samuil tem igualmente cantado papéis principais no Festival de Edimburgo, Teatro alla Scala de Milão, Metropolitan Opera de Nova Iorque, Festival de Salzburgo, Glyndebourne Festival Opera, Maggio Musicale Fiorentino, Grand Theatre Luxembourg, Festival de Musique de La Réunion, L'Opéra National de Lyon, nas Óperas Estatais de Munique e de Hamburgo, entre outras. Recentemente, Anna Samuil cantou ainda Violetta, em La Traviata, na produção do Festival d’Art Lirique d’Aix-en-Provence com a Mahler Chamber Orchestra sob a direção de Daniel Harding, na Ópera Estatal de Munique, no Grand Theatre Luxembourg, no Festival de Musique de La Reunion e em novas produções com a Vest Norges Opera (Noruega), Donna Anna no Teatro Tokyo Bunka Kankan (Japão), Musetta em La Bohème, Maria em Mazeppa na Ópera Nacional de Lyon e Adina em L’Elisir d’Amore na Ópera Estatal de Hamburgo. Outras atuações incluem Ophelia em Hamlet de Prokofiev no Palais des Beaux Arts em Bruxelas, com a Orquestra La Monnaie sob a direção de Kazushi Ono; concertos na Salle aux Graines em Toulouse, na Konzerthaus de Dortmund, no Festival Diabelli Sommer na Áustria, no Auditório RAI em Turim. Anna Samuil trabalhou intensamente com maestros como Daniel Barenboim, Sir Neville Marriner, Zubin Mehta, Antonio Pappano, Vladimir Jurowski, Gustavo Dudamel, Plácido Domingo, Philippe Jordan, entre outros. Participou em diversas gravações, incluindo o War Requiem, de Britten, com Sir Neville Marriner e o DVD de Evgueni Oneguin, com Daniel Barenboim, que fazem parte da compilação Best of 50 years of Grosses Festpielhaus Salzburg, o DVD de Don Giovanni no Festival Glyndebourne e CD (Helicon) de Don Giovanni, com Zubin Mehta e a Orquestra Filarmónica de Israel. É laureada em vários concursos internacionais: Mikhail Glinka (Rússia, 1.º Prémio), Riccardo Zandonai (Itália, 1.º Prémio), Klaudia Taev (Estónia, 1.º Prémio), bem como no XII Concurso Tchaikovsky de Moscovo (2002, 3.º Prémio), Neue Stimmen na Alemanha e Franco Corelli em Itália. Em 2008, foi distinguida com o prestigiado prémio Daphne para Melhor Intérprete em Berlim. Nascida numa família de músicos, Anna Samuil graduou-se com as mais altas classificações no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo como violinista (em 2000) e como cantora (em 2001), e concluiu os seus estudos de pós-graduação com a professora Irina Arkhipova. Apresentou-se em recitais e concertos em Aix-en-Provence, Berlim, Toulouse, Avignon, Bruxelas, Valladolid, Lisboa, Praga, Cracóvia, Viena, Dresden, Bayreuth, Colónia, Izmir, São Petersburgo, Turim, e continua a dar recitais pela Europa. ARTUR PIZARRO Artur Pizarro nasceu em Lisboa em 1968. Tocou pela primeira vez em público aos três anos e apresentou-se na televisão portuguesa aos quatro. Foi a sua avó materna, a pianista Berta da Nóbrega, quem primeiro lhe despertou o gosto pelo piano, no que foi secundada pelo seu companheiro de duo de piano Campos Coelho, aluno de Vianna da Mota, de Ricardo Viñes e de Isidor Philipp. Entre 1974 e 1990 estudou com Sequeira Costa, que fora também aluno de Vianna da Motta e de Mark Hamburg, Edwin Fischer, Marguerite Long e Jacques Février. Esta distinta linhagem levou Artur a dedicar-se à Idade de Ouro do pianismo e garantiu-lhe uma educação vasta nas escolas e nos repertórios para piano alemães e francêses. Durante uma breve interrupção dos seus estudos nos EUA, trabalhou com Jorge Moyano em Lisboa e também com Aldo Ciccolini, Géry Moutier e Bruno Rigutto em Paris. Artur ganhou o Concurso Vianna da Motta de 1987, a edição de 1988 do Greater Palm Beach Symphony Competition e o Concurso Internacional de Piano de Leeds de 1990, o que marcou o início de uma carreira internacional. Artur Pizarro apresenta-se internacionalmente em recital e em música de câmara e com as principais orquestras e maestros, como Sir Simon Rattle, Philippe Entremont, Yan Pascal Tortelier, Sir Andrew Davis, Esa-Pekka Salonen, Yuri Temirkanov, Vladimir Fedoseyev, Ilan Volkov, Franz Welser-Most, Tugan Sokhiev, Yakov Kreizberg, Yannick Nézet-Séguin, Libor Pešek, Vladimir Jurowski e Sir Charles Mackerras. Artur Pizarro é um músico de câmara ativo, tendo já tocado em festivais de música de câmara de todo o mundo. Gravou para as editoras Collins Classics, Hyperion Records, Linn Records, Brilliant Classics, Klara, Naxos, Danacord, Odradek Records e Phoenix Edition. Recebeu diversos prémios pelas suas contribuições para a música clássica e para a cultura, incluindo o Prémio de Imprensa Portuguesa, prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, a Medalha da Cultura da Cidade do Funchal e a Medalha de Mérito Cultural do governo português. BERNARDO MARQUES Natural de Lisboa, Bernardo Marques iniciou os seus estudos de piano aos seis anos a título particular, tendo ingressado um ano mais tarde na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo (EMNSC). Em 2009 terminou o Curso de Piano com a máxima classificação, sob a orientação da professora Madalena Reis. Nesse ano, ingressou na ESML, na classe do professor Jorge Moyano, terminando em 2012 a licenciatura em Piano. A sua formação passou pela Música Contemporânea, Música Antiga (cravo e baixo-contínuo), canto e ópera. Em 2011 iniciou os seus estudos de direção coral com Paulo Lourenço, e em 2012 os estudos de direção orquestral com Henrique Piloto, trabalhando também com Jean-Sébastien Béreau. Participou no Curso Internacional de Música Vocal de Aveiro de 2012 e nos Estágios Internacionais de Orquestra de Leiria de 2013 e 2014. Em 2013, começou a especializar-se em ópera com Elena Dumitrescu Nentwig. Sob a sua orientação, fundou em 2014 a companhia Nova Ópera de Lisboa, juntamente com a soprano Alexandra Bernardo. Tem trabalhado frequentemente como pianista acompanhador, destacando-se participações no Curso de Verão Vocalizze (2012 e 2014) e colaborações com o Coro de Câmara da ESML e com a Fundação Gulbenkian (Coro e Orquestra). Conquistou o 1.º Prémio do Nível Superior de Piano no 14º Concurso Internacional Cidade do Fundão (2013) e o Prémio de Melhor Pianista Acompanhador no 8.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa (2014), entre outros. Apresenta-se regularmente em público a solo, em formações diversas ou como maestro. BRUNO MONTEIRO Considerado pelo Público como «um dos melhores violinistas portugueses da atualidade» e pelo semanário Expresso como sendo «hoje um dos violinistas portugueses com maior visibilidade», Bruno Monteiro é atualmente reconhecido internacionalmente como um destacado violinista da sua geração. A Fanfare Magazine descreve-o como tendo um «som de ouro polido» e a Strad refere que «o seu generoso vibrato produz cores radiantes». A MusicWeb International afirma que as suas interpretações têm uma «vitalidade e uma imaginação que estão inequivocamente voltadas para o futuro» e que atingem um «equilíbrio quase perfeito entre o expressivo e o intelectual». Por sua vez, a Gramophone elogia as suas «segurança e eloquência infalíveis» e a Strings Magazine conclui que é «merecedor de uma porção muito maior da ribalta no palco mundial». Realizou os seus estudos violinísticos em Nova Iorque com Patinka Kopec (professora associada a Pinchas Zukerman), Isidore Cohen (ex-violinista do Beaux Arts Trio e do Juilliard String Quartet) e com membros do American String Quartet na Manhattan School of Music, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Nacional de Cultura. Aperfeiçoou-se posteriormente em Chicago com Shmuel Ashkenasi (ex-primeiro violino do Vermeer Quartet), como bolseiro do Ministério da Cultura – Gabinete das Relações Internacionais e da Fundação para a Ciência e Tecnologia – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Interpretando um repertório que se estende desde Bach a Coriglino, incluindo os principais compositores portugueses, Bruno Monteiro lidera uma intensa atividade concertística, apresentando-se em recital, como solista com orquestra e em música de câmara nas mais destacadas salas e nos mais importantes festivais de música nacionais. No estrangeiro, atuou igualmente em prestigiados palcos de países tão diversos como Espanha, França, Itália, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Filipinas, Malásia, Coreia do Sul e nos EUA, nomeadamente como solista no Carnegie Hall de Nova Iorque. No domínio do recital, apresenta-se desde 2002 com João Paulo Santos. Tocou como solista com numerosas orquestras, das quais se destacam a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra Sinfónica de Palma de Maiorca, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Sinfónica Portuguesa e a English Chamber Orchestra. Um notável intérprete de gravação, o seu CD com a integral da obra para violino e piano e violino solo de Fernando Lopes-Graça (Naxos) atingiu o top de vendas e foi unanimemente elogiado pela crítica especializada em todo o mundo. O seu novo álbum com a integral da obra para violino e piano de Karol Szymanowski foi recentemente lançado pela Brilliant Classics. As suas gravações encontram-se disponíveis nos principais mercados da Europa, do Extremo Oriente, dos EUA e da Austrália. É o primeiro violinista português a registar em CD muitas destas obras. BRUNO RIBEIRO O tenor português Bruno Ribeiro tem tido sucesso um pouco por toda a Europa e pela América do Norte, tanto nos palcos da ópera como em concertos. Os mais recentes feitos de Bruno incluem participações em La Traviata (Ópera de Honguecongue), Stiffelio (Ópera de Monte Carlo), Manon (Ópera de Montreal), Atila (Ópera de St. Gallen, na Suíça), Carmen (Ópera de Dallas), Adriana Lecouvreur (ABAO, em Bilbao), Opera de Nice Tosca (no Tiroler Festspiele) com o maestro Gustav Kuhn, Tosca (Ópera de Leipzig), La Rondine (na Grande Ópera da Florida), Il Corsaro (Ópera de Bilbau, em Espanha), Virginia (no Festival de Ópera de Wexford, na Irlanda), Nabucco (no Festival Verdi, em Parma, Itália), Roberto Devereux (Ópera de Minnesota, EUA), I Capuleti ed i Montecchi (Dublin), Tosca, La forzadel destino e Don Carlo (Ópera de Belcanto, Reino Unido), Il Barbieri di Siviglia (Festival de Ópera de Florença) e Lucrezia Borgia (Staatsopper, em Munique). Bruno Ribeiro também já atuou em vários teatros de Itália, tendo feito parte de Il Corsaro, no Verdi Festival, em Parma, e de cinco produções no Teatro Regio, em Turim (Salome, L’amore dei tre re, Il turco in Itália, Don Carlo e Tristan und Isolde). Em 2006 cantou o papel de Nemorino em L’elisir d’amore, de Donizetti, no Teatro Rendano di Cosenza, no Teatro Cilea di Reggio Calabria e no Teatro Comunale di Catanzaro. Em 2007 cantou Arlecchino em I pagliacci (dirigido pelo maestro Bruno Bartoletti), no Teatro Carlo Felice, em Génova, e apareceu como Ismaele em Nabucco, no St. Margarethen Opera Festival, na Áustria (disponível em DVD). O tenor tem mantido uma agenda de concertos preenchida. No último ano atuou no Reino Unido, na Itália, na Polónia, no Canadá e no Teatro São Carlos, em Lisboa, Portugal. Os seus compromissos futuros incluem as produções Carmen, no Mainfranken Theater, Nabucco, na Berlin Staatsoper, e Adriana Lecouvreur, no Halle Opera Theatre. CARLOS DAMAS Carlos Damas, notável violinista português com uma brilhante carreira internacional, é considerado pelas revistas Gramophone e TheStrad como um dos melhores intérpretes das obras de Fritz Kreisler. Carlos Damas é comparado pela crítica internacional a grandes violinistas como Thomas Zehetmair, Gidon Kremer e Henryk Szeryng. Com a idade de três anos entrou no Conservatório de Coimbra, onde fez os seus primeiros contactos com o mundo dos sons. Estreou-se como solista, acompanhado pela então Orquestra da Radiodifusão Portuguesa, sob a batuta do maestro Silva Pereira. Viveu em Paris, cujo conservatório frequentou. Estudou com Jacqueline Lefèvre e com o mestre Ivry Gitlis. Durante os anos em que viveu em Paris encontrou-se regularmente com Yehudi Menhuin, o qual o orientou no plano artístico e violinístico. Estreou obras de compositores modernos como Jacques Chayllé, Gracia Finzi, Michel Merlet, Jean Jacques Werner e Jacques Bondon. Carlos Damas tem uma extensa discografia, que na sua maioria dedicou à divulgação de repertório de compositores portugueses. Gravará durante 2015 a obra de Sibelius para violino e piano. As suas gravações são editadas pela Naxos, pela Brilliant Classics e pela Dux. Carlos Damas apresentou-se em concerto, a solo, nos principais países da Europa, da América do Norte e da Ásia. Das orquestras com quem se apresentou a solo destacam-se, Jeune Philarmonie (Val de Marne, Paris), Winnipeg Symphony, North Dakota International Music Camp Orchestra, St. Luke's Orchestra, Camerata de St. Severin (Paris), Orchestre Internationale de la Cité (Paris), Orquestra Sinfónica de Cantão (China), Orquestra de Macau, Mission Chamber Orchestra (San José, Califórnia), Orquestra da Radiodifusão Portuguesa, St. Luke’s Orchestra, Prague Philarmonic Orchestra. Carlos Damas tocará a partir de 2015 um precioso violino do construtor Italiano G. B. Gabrielli, ex. “Isham”, de 1756, que lhe foi doado por um admirador norte-americano. (Yvonne Postma) CÁTIA MORESO Deu início aos seus estudos musicais no ano de 1996, na classe de guitarra clássica no Conservatório de Música D. Dinis, em Odivelas. Dois anos depois iniciou técnica vocal com a professora Margarida Marecos até 2001, prosseguindo os seus estudos com a professora Isabel Biú. No ano de 2002, ingressou no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, na classe de canto da professora Larissa Savchenko e, no ano letivo de 2006/2007, na classe de canto da professora Filomena Amaro. Fez diversas masterclasses com Mercè Obiol, Vianey da Cruz, Margarida Marecos, Elisabete Matos, Mara Zampieri, Tom Krause, Susan McCulloch, Dame Kiri Te Kanawa, Paul Kiesgen, Malcolm Martineau, Sarah Walker, Graham Johnson, Yvonne Minton, Loh Sien-Tuan, entre outros. Como solista participou no Gloria e Magnificat, de Vivaldi, no Stabat Mater, Magnificat, de Pergolesi, no Magnificat, de Bach, na estreia mundial de Cícero Dixit, de Christopher Bochmann, e nas Aventures de Ligeti. Fez os papéis de Pajem em Salomé, de Strauss, na temporada lírica de 2008/2009 e de Eva em Comedy on the Bridge, projeto do estúdio de ópera do Teatro Nacional de São Carlos. Vencedora do 2.º lugar no 1.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa e do Prémio Bocage no Concurso Nacional Luiza Todi em 2007 e do 1.º lugar no 2.º Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa em 2008. Licenciada em 2005 em Design de Interiores pelo IADE, e, em 2009, em Canto na classe de Susan Waters pela Guidhall School of Music and Drama. CHRISTINA MARGOTTO Revelando desde cedo uma grande paixão e talento para o piano, aos oito anos fez a sua primeira apresentação em público e desde então obtém vários 1.os prémios em concursos no Brasil. Bacharel pela Faculdade de Artes Santa Marcelina, em São Paulo, e licenciada pela ESMAE, no Porto, professora do quadro do Conservatório de Música do Porto, é regularmente convidada para júris de concursos nacionais e internacionais. Atua em concertos pela Europa, Estados Unidos e Brasil. Em Portugal desde 1989, tem divulgado a música portuguesa, apoiada pelo Ministério da Cultura, pelo Instituto Camões e pela Antena 2. Em duo com o violoncelista Jed Barahal, realizou várias primeiras audições em Portugal. Discografia: Concerto de Carlos Seixas, Obras para violoncelo e piano de Freitas Branco e Lopes Graça (Numérica) e Melodias Rústicas Portuguesas, de Lopes Graça (Coriolan – FR). Realizou gravações para a Antena 2 e para a RTP – Radio Televisão Portuguesa. ENRIQUE PEREZ PIQUER Nasceu em Carcaixent (Valência) em 1961. É clarinete solista na Orquestra Nacional de Espanha desde 1985 e desde 2008 professor da Escola Superior de Música Rainha Sofía de Madrid. É membro do Quarteto Manuel de Falla desde 2001, clarinete solista Orquestra Sinfónica de Madrid (1981-85), professor da Banda Sinfónica Municipal de Madrid (1982-85), professor dos conservatórios de Guadalajara (199 -2009) e Superior de Saragoça (2007-2009). Obteve o prémio Honor y Mención Honorífica nos Conservatórios Superiores de Valencia e de Madrid, venceu os concursos Internacional de Reims (França, 1988) e Ciudad de Dos Hermanas (Sevilha, Espanha, 1991), foi semifinalista do Concurso Internacional de Toulon (França, 1985) e obteve o 2.º prémio no Concurso Solistas Viento – Madera de Juventudes Musicales Españolas em 1982. Realizou diversas estreias mundiais como clarinete solo e com orquestra, banda, piano e câmara. Apresentou-se em recitais e concertos, como solista, por Espanha, Europa e América do Sul. Das suas gravações destacam-se: a peça para clarinete e piano de Miguel Yuste; Clar i Net obras para clarinete e piano de Julián Menéndez; Fantasía Española, op. 17 para clarinete e orquestra de Julián Bautista, com a Sinfonierorchester Concierto München; obras finalistas e vencedoras dos concursos de composição de Música Contemporânea da SGAE (1992-1995-1996-1997-1998-1999-2000); homenagem a Josep Talens - obras para dois clarinetes e piano; gravações de bandas sonoras para cinema, rádio, televisão espanhola, entre outras. Em setembro de 2014 gravou Spanish Songs & Dances, com música de Falla, de Albéniz, de Turina e de Granados, com o quarteto Manuel de Falla. Foi aluno de Francisco Vidal, José Talens Sebastiá, J. V. Peñarrocha, Lucas Conejero, Guy Deplus, Karl Leister, Thomas Friedli, Anthony Gigliotti, Michel Zukovsky, entre outros. FILIPE RAPOSO Filipe Raposo nasceu em Lisboa em 1979. Desde muito cedo brincava com o piano da sua avó e teve contacto com a música religiosa coral, sendo assim influenciado para iniciar estudos de piano com 11 anos. Esta aprendizagem proporcionou um desenvolvimento musical rápido, que o levou a descobrir a improvisação, e resultou, durante a sua formação clássica como pianista, no seu interesse pelo jazz, pela música improvisada e pelo fado. Desde 2001 trabalha como compositor, arranjador e pianista com muitos dos principais nomes da música e do cinema portugueses. Colabora regularmente com os principais cantautores relevantes da música vocal contemporânea: José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Mafalda Veiga, Janita Salomé e Vitorino. Desde 2004, Filipe Raposo acompanha filmes mudos na Cinemateca Portuguesa, e tem colaborado em festivais de cinema. Com o objetivo de desenvolver a sua própria linguagem, na qual música clássica, música folk e jazz se cruzam, procura constantemente novos desafios como compositor e como músico. Firts Falls (2012), o seu primeiro álbum em nome próprio, revela uma grande variedade de influências, unificadas pela improvisação. Tendo sido premiado com o prestigiado Prémio da Fundação Amália Rodrigues, este trabalho é a confirmação de um jovem compositor em diálogo com músicos excecionais. O seu último disco, A Hundred Silent Ways (2013), é um trabalho a solo que reflete a maturidade e a originalidade de Filipe Raposo enquanto compositor e intérprete, tendo sido amplamente elogiado pelos críticos e pelos seus pares. Foi bolseiro da Royal Music Academy of Sctockholm, onde se encontra a finalizar o seu mestrado. FRANCISCO SASSETTI Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais com Maria Fernanda Costa. Concluiu o Curso Geral de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa na classe de piano de Dinorah Leitão, e a Escola Superior de Música de Lisboa, na classe da pianista Tânia Acho. Ingressou no College Conservatory of Music da Universidade de Cincinnatti (EUA), onde obteve, em 1995, o mestrado em Piano Performance na classe de Eugene Pridonoff. Realizou ainda estudos com Olga Prats, Marie Antoinette Levécque de Freitas Branco, Franck Weinstock, Sequeira Costa, Dmitri Papemo e Olivier Jacquon. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Universidade de Cincinnatti. Foi ainda premiado no 1.º Concurso da Juventude musical Portuguesa (1988). Iniciou a carreira de concertista no Teatro de S. Luiz em Lisboa, em 1988, e desde então tem-se apresentado a solo ou integrado em grupos de música de câmara por todo o país e ainda em Espanha, Alemanha, França, Bélgica, EUA e Uruguai. Nos últimos anos tem trabalhado com alguns dos melhores cantores nacionais, como Elsa Saque, Carlos Guilherme, Teresa Cardoso de Meneses, Sandra Medeiros, Ana Ester Neves, Luís Rodrigues e Isabel Alcobia. Gravou já por diversas vezes para a Antena 2, e também com a cantora alemã Ute Lemper para o filme francês Aurelien; gravou ainda diversos CD, dos quais destaca Vamos Cantar os Clássicos (2009), A História de Babar e o Polegarzinho (2011), com Catarina Molder, A Doce Gotinha (2012) de Emanuel Andrade e Brumas (2010), com a cantora Ângela Silva e o trompista Paulo Guerreiro. Trabalhou com os maestros João Paulo Santos, Paulo Lourenço, Jorge Alves, José Robert, António Lourenço e Vasco Azevedo. Na qualidade de músico-ator trabalhou ainda sob a direção dos encenadores Paulo Matos, Paulo Lages e João de Melo Alvim. É atualmente pianista acompanhador na Escola Superior de Música de Lisboa e nas escolas de música da Orquestra Metropolitana de Lisboa. GIOVANNI BELLUCCI Giovanni Bellucci é considerado um dos pianistas mais influentes do nosso tempo. A sua gravação das paráfrases de Franz Liszt sobre óperas de Verdi e Bellini foi incluída, na seleção feita pela revista Diapason, no top 10 das gravações de Liszt. O crítico de música Alain Lompech, além de Bellucci, só teve em consideração artistas como Martha Argerich, Claudio Arrau, Aldo Ciccolini, Gyorgy Cziffra, Wilhelm Kempff e Krystian Zimerman. À opinião da Diapason acresce o aplauso unânime da imprensa especializada de maior prestígio. De facto, todos os seus CD foram premiados: Choc de L’Année de Clássica, Choc do Le Monde de la Musique, Editor’s Choice da revista Gramophone, cinco estrelas da revista Musica, cinco estrelas da revista de música da BBC, CD Excecional da Répertoire, quatro Chaves de Télérama, e ainda o Melhor CD da revista Suono. Para a revista britânica Gramophone, Bellucci «é um artista destinado a prosseguir com a grande tradição italiana, historicamente representada por Busoni, Zecchi, Michelangeli, Ciani e Pollini.» «Bellucci restabelece a época de ouro do piano», comentou o jornal Le Monde após a sua vitória no concurso World Piano Masters em Monte-Carlo, em 1996, a qual encerra uma longa série de êxitos em concursos internacionais: Reine Elisabeth em Bruxelas, primavera de Praga, prémio Alfredo Casella da RAI, Claude Kahn em Paris, prémio Busoni, Prémio Franz Liszt. Estes resultados são a consequência de um talento musical que se manifesta quase por acaso, em 1979, quando Giovanni Bellucci, com apenas 14 anos, descobriu o piano. Autodidata, interpretou as 32 Sonatas de Beethoven e, dois anos mais tarde, fez a sua primeira aparição pública com orquestra, interpretando Totentanz, de Liszt. Com 20 anos, completou o curso de estudos pianísticos sob a direção de Franco Medori, obtendo o 1.º prémio, decidido por unanimidade do júri, no Conservatório Santa Cecília, em Roma. Em 1991, o grande pianista russo Lazar Berman convidou-o para estudar na Academia de Imola, onde lhe foi concedido o grau de Mestre, em 1996. Consequentemente, pôde afirmarse junto de artistas do calibre de Paul Badura-Skoda, Alfred Brendel, Muray Perahia e Maurizio Pollini. Em Paris, atuou como solista, em orquestras como Filarmónica de Los Angeles, Sinfónica de Sidney, Filarmónica da BBC, Filarmónica de Monte-Carlo, Sinfónica da Accademia Nacional de Santa Cecília, Sinfónica Nacional da RAI, Nacional do Teatro de Mannheim, Nacional da Bélgica, Real Filarmónica da Flandres, Nacional d’Ile de France, Nacional de Montpellier, Sinfónica de Varsóvia, entre outras. Tocou sob a batuta de maestros e colabora com artistas como Abbado, Accardo, Casadesus, Demarquette, Caussé, Coppey, Dumay, Engerer, Entremont, Inbal, Kashkashian, Kavakos, Mackerras, Quarta, Suwanai, Ughi. Giovanni Bellucci foi convidado a atuar em algumas das mais famosas salas de concerto, teatros e festivais internacionais de música: Hollywood Bowl, Performing Arts Society de Washington, Newport, Yokohama, Singapura, Ópera de Sidnei, Grande Salle no Musikverein em Viena, Bath, Radio Suisse de Lugano, La Roque d’Antheron, Besançon, Menton, Radio- France em Montpellier, Folle Journée em Nantes, Filarmónica de Bruxelas, Herkulessaal em Munique, Rádio de Berlim, Rudolfinum em Praga, Radio de Helsínquia, Festival de Brescia e Bergamo, Ravello, Settembre Musica de Turim, Teatro Scala em Milão, Teatro la Venice em Veneza, Teatro Carlo Felice de Génova, Ópera de Roma e nas mais prestigiadas salas parisienses: Cité de la Musique, Salle Pleyel, Auditorium do Louvre, Salle Messiaen da RadioFrance, Salle Gaveau, Thèatre du Chatelet. Em maio de 2010 estreou-se no Teatro dos Campos Elísios. Na área da música contemporânea pode assinalar-se o prémio Choc de l’année de Classica 2010 obtido pela sua gravação da Sonata do Requiem de Olivier Greif, com o violoncelista Henri Demarquette. A Decca publicou a transcendente Sinfonia Fantástica de Berlioz / Liszt interpretada por Giovanni Bellucci, enquanto a Accord-Universal publicou um disco com os concertos para piano e orquestra e as obras para piano solo de Liszt, e ainda um novo CD dedicado a Chopin, Metamorfoses de Chopin, que foi editado em setembro de 2010. Assinala-se também o lançamento na Warner Classics dos três primeiros CD do ciclo dedicado à monumental integral das 32 Sonatas de Beethoven e das 9 Sinfonias de Beethoven / Liszt e a gravação do Concerto, op. 39 de Ferruccio Busoni com a Orquestra e o Coro do Teatro Nacional de Mannheim (Coviello Classics). A editora Accord-Universal publicou recentemente as Rapsódias Húngaras, de Franz Liszt, e a inédita Rapsódia Romena, gravadas por Giovanni Bellucci, que obtiveram prémios atribuídos pela revista francesa Pianiste (janeiro 2012) e pela revista italiana Suono (dezembro 2011). HUGO OLIVEIRA Nascido em Lisboa (1977), Hugo Oliveira iniciou a sua formação musical com seis anos no Instituto Gregoriano de Lisboa. É licenciado em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo estudado com Helena Pina Manique e com Luís Madureira. Enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, prosseguiu os seus estudos no Real Conservatório de Haia (Holanda), onde estudou com Jill Feldman e Michael Chance. Para além da sua especialização no repertório barroco, Hugo Oliveira estende a sua flexibilidade como cantor, ao reportório clássico / romântico e contemporâneo. A convite do grupo inglês Hilliard Ensemble, estreou-se como solista (Jesus), em 1997, na obra Passio, de Arvo Pärt. Hugo tem colaborado com orquestras como Orquestra Sinfónica de Londres, Orquestra Filarmónica da Rádio (Holanda), Orquestra Gulbenkian, Les Concerts des Nations, Schöenberg Ensemble, Orquestra Sinfónica de Düsseldorf, Ebony Band, Remix Ensemble, Ricercar Consort entre outras. Apresentou-se em algumas das mais importantes salas nacionais e europeias (Amesterdão, Londres, Paris, Madrid, Barcelona) e em vários festivais em países como Espanha, França, Inglaterra, Holanda Bélgica e Alemanha. De entre vários maestros, Hugo Oliveira cantou sob a direção de Michel Corboz, Jordi Saval , Jaap van Zweden, Marcus Creed, Gennadi Rozhdestvensky, Laurence Cummings, Christina Pluhar, Stefan Asbury, Reinbert de Leeuw, François Xavier Roth, Martin Andrè, Pierre-André Valade , Werner Herbers, Nigel North e Richard Gwilt. Dentro do vasto reportório interpretado destacam-se obras como Paixão Segundo São Mateus, Paixão Segundo S. João, Paixão Segundo São Marcos e Oratória de Natal, de J. S. Bach, Vespro della beata vergine de C. Monteverdi, Invitatórios e Responsórios de Natal de Casanoves, Paixão Segundo São Mateus de Schütz, Messias, Nisi Dominus e Dixit Dominus de Haendel, Christus e Lauda Sion de Mendelssohn- Bartholdy, Missa Nelson de Haydn, Requiem, Missa em Dó maior e Missa da Coroação de W. A. Mozart, Requiem de Duruflé e Fauré, Requiem de Brahms, Petite Messe Solennelle de Rossini, Pulcinella de Igor Stravinsky, Die Legende von der Heiligen Elisabeth de Liszt, Missa das Crianças de J. Rutter e Jetzt immer Schnee de Gubaidulina. Interpretou também, em estreia absoluta, a Cantata Verbum Caro de Nuno Corte-Real. No domínio da ópera, Hugo Oliveira interpretou As bodas de Fígaro (Fígaro) de Mozart, The Triumph of Time and Truth (Time) de Händel, Venus e Adonis (Adónis) de John Blow (Adónis), Les malheurs d’Orphée de D. Milhaud (Orphée), Melodias Estranhas de António Chagas Rosa (Damião de Góis) e comédia madrigalesca La barca di Venetia per Padova de A. Banchieri, sob a direção de Gabriel Garrido. Enquanto membro do Estúdio de Ópera do Porto – Casa da Música, participou em produções como Joaz (Azaria e Jojada) de Benedetto Marcello, L’Ivrogne Corrigé (Lucas) de Gluck, e Frankenstein! de Heinz-Karl Gruber (coreografia de Paulo Ribeiro). No âmbito do projeto Academia Barroca Europeia de Ambronay (2004), colaborou na ópera Les Arts Florissants (La Discorde) de Marc-Antoine Charpentier, dirigida por Christophe Rousset. ILIAN GARNET Vencedor da Tibor Varga International Competition Switzerland (2008), da Queen Elizabeth Competition (2009) e do David Oistrach International Competition Moscow, Ilian Garnet é um dos violinistas mais promissores do nosso tempo. «É um artista muito cativante e maduro; um violinista que tem uma técnica perfeita, uma tonalidade vasta e colorida, um temperamento explosivo e um encanto artístico que evoca sempre a simpatia do público», disse Igor Oistrach. Garnet já foi convidado como solista por vários festivais, incluindo o Enescu Festival de Bucareste. Já colaborou com uma série de maestros e instrumentistas de toda a Europa, dos Estados Unidos, do Médio e do Extremo Oriente, incluindo Simone Young, G. Varga, Misha Katz, J. van Zweden, Christian Zacharias, P. Goodwin, K. Kawamoto, C. Mandeal, G. Schaller, P. Strub, V. Verbitzki, V. Matchavariani ou Pinchas Zukerman. Ilian Garnet é também um apaixonado músico de câmara. Já tocou em Espanha e na República Checa com o Prague Piano Trio e gravou com o Paian Trio no SWR (Alemanha). Com Alina Bercu fez uma gravação de Schubert-Ysaye-Brahms para a editora Fuga Libera, em 2010. Este CD foi premiado com o Clé d’Or, em França, e com o Golden Label, na Bélgica. Nascido em São Petersburgo, Garnet cresceu em Chișinău, na Moldávia, e começou a tocar violino aos cinco anos. Estudou com o professor Alexandre Vinnitsky na Academia Sibelius, em Helsínquia, e no Conservatório de Moscovo, tendo-se licenciado no Conservatório Real de Bruxelas com o célebre violinista Igor Oistrach. Teve também aulas com Yehudi Menuhin, Stefan Gheorghiu, Gabriel Croitoru, Robert Szreder, Petru Munteanu, Eduard Wulfson, Pavel Vernicov ou Sachar Brohn. Recentemente Garnet juntou-se à Orquestra Filarmónica de Hamburgo como primeiro violino. Como um músico empenhado e representativo do seu país, Ilian Garnet recebeu o título oficial de Artista do Povo da Moldávia. ISABEL CHARISIUS Isabel Charisius é considerada uma das melhores violetistas e intérpretes de música de câmara da sua geração, apresentando-se regularmente nas mais importantes salas de concerto. Foi membro do lendário Quarteto Alban Berg, com o qual se apresentou por todo o mundo. Foi viola-solo na Orquestra de Câmara de Viena, na Orquestra Sinfónica da Rádio de Viena e na Orquestra Filarmónica de Munique. Como solista, tocou no Festival de Lucerna, com a Orquestra Filarmónica de Munique e no Auditório Nacional de Madrid. No domínio da música de câmara, toca regularmente com os melhores músicos da atualidade, como Elisabeth Leonskaia, Maurizio Pollini ou Heinrich Schiff. Colabora ainda frequentemente com os quartetos Arditti, Ysaÿe e Belcea. Desenvolve há vários anos uma intensa atividade no ensino da viola, do violino e da música de câmara. Para além de ser professora nas Escolas Superiores de Música de Lucerna e de Colónia, orienta ainda masterclasses em muitas instituições de prestígio. Os seus alunos são regularmente premiados em concursos internacionais e muitos são membros de orquestras e ensembles de referência. Toca na fantástica viola ABQ-Storioni de 1780. JACK LIEBECK Jack Liebeck nasceu em Londres e é considerado um dos principais jovens violinistas da atualidade. É convidado com frequência como solista por todas as principais orquestras britânicas e ainda pelas Filarmónicas de Estocolmo, de Oslo e de Auckland, as Sinfónicas de Moscovo e de Indianápolis, entre outras. Tem tocado sob a direção de maestros como Martyn Brabbins, Sir Neville Marriner, Sakari Oramo, Vasily Petrenko, Jukka Pekka Saraste e Leonard Slatkin. Em 2002, Jack Liebeck estreou-se em recital no Wigmore Hall com lotação esgotada. Toca frequentemente com os principais músicos da atualidade e apresentou-se em muitos dos mais importantes festivais internacionais. Em 2009 assinou um contrato de exclusividade com a editora Sony Classical, e os seus últimos CD foram muito elogiados pelos críticos. Em 2010, ganhou o prémio de Young British Performer of the Year, e foi também nomeado para os Óscares, para os Globos de Ouro e para os BAFTA, pela banda sonora do filme Anna Karenina (2012), fruto da sua ligação ao compositor Dario Marianelli. É professor de violino na Royal Academy of Music e diretor artístico do Oxford May Music Festival. Toca o violino Ex-Wilhelmj J. B. Guadagnini de 1785. JED BARAHAL Concertista com mais de 25 anos de carreira, Jed Barahal é mestre em música pela Yale University e licenciado pela Juilliard School de Nova Iorque. Estudou com Harvey Shapiro, Lorne Munroe e Aldo Parisot, e frequentou masterclasses com Pierre Fournier, Paul Tortelier e Janos Starker. Natural da Califórnia e residente em Portugal há quase 20 anos, é professor adjunto da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto desde 1993. Nas suas atuações nos Estados Unidos, em Portugal, no Brasil, em França, na Alemanha, no Japão, em Itália e noutros países, registam-se dezenas de concertos a solo com orquestra, para além de inúmeros recitais com piano, a solo, e de música de câmara nas mais variadas formações. Foi violoncelo-solo da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (OSESP), da Orquestra do Capitólio de Toulouse (França) e da Régie Sinfonia do Porto (Portugal), e é membro fundador da Orquestra da Paraíba. Entre as inúmeras gravações realizadas ao longo da sua carreira, destaca-se um CD comemorativo lançado em 2006 (apoiado pelo Ministério da Cultura português), com obras de Fernando Lopes Graça e de Luís de Freitas Branco, em parceria com a pianista Christina Margotto, com a qual mantém um duo há mais de 18 anos. Com a Orquestra Raízes Ibéricas gravou para CD os concertos de Boccherini em Ré (Numérica, 2007) e em Sol (Numérica, 2011). Ministra com frequência seminários de violoncelo na Europa e no Brasil. JILL LAWSON Jill Lawson, pianista de nacionalidade luso-americana, nasceu no México em 1974. Aos oito anos, iniciou os seus estudos de piano na Academia de Música de Antuérpia. Aos 14 anos, entrou no Conservatório Real de Antuérpia, onde teve aulas na classe de Levente Kende, e em 1995 obteve o Prémio Superior para Piano e Música de Câmara magna cum laude. Em 1992, foi aceite na prestigiosa escola Chapelle Musicale Reine Elisabeth em Waterloo (Bruxelas). Após três anos, e como reconhecimento da sua virtuosidade, foi premiada com “grande distinção”. Jill continuou os seus estudos com Jan Wijn no Conservatório em Amesterdão e com Leon Fleisher e Ellen Mack no Peabody Institute em Baltimore (Maryland, EUA) onde, no ano de 2004, obteve o mestrado de Música em Piano e em Musica de Câmara. Fez vários cursos de aperfeiçoamento com Maria Tipo, Sequeira Costa, Vladimir Viardo, Dimitri Bashkirov e Maria João Pires. Colaborou no filme documentário, que se realizou durante um workshop, sobre Belgais em 2001, com Maria João Pires. Ganhou vários prémios em competições nacionais e internacionais nomeadamente: o 2.º prémio no concurso internacional Vianna da Motta (Macau 1997), finalista na Classical Fellowship Awards da American Pianists Association (Indianapolis, 2003), o 4.º prémio no Concurso Internacional Schubert (Dortmund, 2001), finalista no concurso international de piano Premi Principat d’Andorra (Andorra, 2001), 1.º prémio no concurso Cidade de Covilha (2001), 2.º prémio no Concurso de Interpretação (Estoril, 2001), laureado do concurso Tenuto (Bruxelas, 1995). Como solista deu recitais e tocou com orquestras na Europa e nos Estados Unidos. Gravou os Estudos Sinfónicos Opus 13, de Schumann, para a Fundação Internacional de Vianna da Motta. Tem uma atividade intensa no domínio da música de câmara e tocou, entre outros, com David Cohen, Augustin Dumay e Artur Pizarro. É docente na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco, onde leciona piano e o curso reportório para cantores. Juntamente com seu irmão Eliot, violinista, forma o Duo Lawson & Lawson. JOANA GAMA Joana Gama (Braga, 1983) é pianista e investigadora. Foi vencedora da edição de 2008 do Prémios Jovens Músicos, na categoria de piano. A sua atividade concertística – desdobrada em recitais a solo, colaborações com diferentes agrupamentos portugueses e concertos com orquestra – tem-na levado a atuar em Portugal e em países como o Japão, a Bulgária e a Noruega. Na classe de António Rosado, concluiu em 2010 o mestrado em interpretação na Universidade de Évora, onde prossegue atualmente estudos de doutoramento sobre música contemporânea portuguesa para piano, como bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Como pianista e performer, nos últimos anos tem estado envolvida em projetos que associam a música às áreas da dança, do teatro, da fotografia e do cinema. Colaborou várias vezes com a coreógrafa Tânia Carvalho, entrou na curta-metragem La Valse, de João Botelho, e, a partir de uma obra de Carlos Marecos, criou Terras Interiores, com o fotógrafo Eduardo Brito. Faz parte do elenco da peça Pele, da companhia Útero, onde interpreta música original de Pedro Carneiro. Em janeiro estreou Quest, projeto de piano e eletrónica com Luís Fernandes. Trovoada, um dueto com o bailarino e coreógrafo Luís Guerra com música de João Godinho, é um dos projetos que se seguem. É um dos nove membros fundadores do CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães. Gravou diversas vezes para a Antena 2. JOANA SEARA Joana Seara nasceu em Lisboa e estudou na Academia de Música de Santa Cecília e no Conservatório Nacional. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, concluiu a licenciatura, o mestrado e o curso de Ópera na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, tendo sido galardoada com vários prémios em Inglaterra. No domínio da ópera, destacam-se as suas interpretações de Zerlina (Don Giovanni) e Despina (Così fan tutte) na Holanda, em Inglaterra e na Irlanda; Galatea (Acis and Galatea) em França; Margery (The Dragon of Wantley) no Festival de Potsdam, com a Akademie für Alte Musik Berlin; Gretel (Hänsel und Gretel) para a Opera Holland Park, e Damigella (L'incoronazione di Poppea) para a English National Opera, em Londres. No Teatro Nacional de São Carlos, interpretou Susanna (As bodas de Figaro), Frasquita (Carmen), Flora (La traviata), Tebaldo e Voce dal Cielo (Don Carlo) e Ines (Il trovatore). Interpreta também com regularidade o repertório coral-sinfónico, destacando-se Jeanne d’Arc au bûcher, de Honegger, com a Orquestra Gulbenkian, sob a direção de Simone Young; a Paixão segundo São João, com o King’s Consort e o maestro Mathew Halls; a Paixão segundo São Mateus, com a orquestra barroca Divino Sospiro e o maestro Enrico Onofri; o Messias, de Händel, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e Nicholas Kraemer, no Centro Cultural de Belém. Com a Orquestra Barroca Divino Sospiro e o maestro Enrico Onofri, atuou nos festivais de Ile de France, Ambronay, Mafra e Varna. Colabora também regularmente nas produções de ópera dos Músicos do Tejo, sob a direção de Marcos Magalhães, incluindo dois projetos discográficos: La Spinalba, de F. A. de Almeida (Naxos) e As Árias de Luísa Todi. Mais recentemente, gravou com l’Avventura London o CD 18th-Century Portuguese Love Songs (Hyperion). JOÃO DE OLIVEIRA Nascido em Lisboa em 1977, iniciou estudos musicais aos 11 anos de idade. Iniciou estudos de canto no Instituto Gregoriano de Lisboa com Helena Afonso. Na Escola de Música do Conservatório Nacional, no curso de Canto, estudou com António Wagner Diniz e José Manuel Araújo. Participou nos cursos de aperfeiçoamento da Opera Plus (Bélgica, 2002-2003), e em masterclasses com Kurt Widmer, Merce Obiol, Tom Krause, Sarah Walker, Rudolf Knoll, Graham Johnson, Mara Zampieri, Elisabete Matos, Enza Ferrari e Ildebrando D’Arcangelo. Recebeu o 3º Prémio ex aequo no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi em 2005. Estreou-se em 2001, na ópera Rigoletto no papel de Sparafucile. Entre outros papéis destacam-se Sarastro, Orador e 2.º Homem Armado (Die Zauberflöte), Zio Bonzo (Madama Butterfly), Cecco (Il mondo della luna, Pedro António Avondano), Zuniga (Cármen), Rei (Lo scoiatollo in gamba, Nino Rota), D. Basílio (Il Barbiere di Siviglia), Braz (As Damas Trocadas, M. Portugal), Ferrando (Il Trovatore), Comendador (D. Giovanni), D. Bartolo (Le Nozze di Fígaro), Angelotti (Tosca), Betto di Signa (Gianni Schicchi), Castinaldo (Irene, A. Keil), Dottore (La Traviata). Apresenta-se também regularmente em concerto, destacando-se, Concerto Haydn Mozart (dirigido por Marc Minkowsky), Requiem de Mozart, Glória a 7 Voci de Monteverdi (Casa da Música) e Serenade to Music de V. Williams (CCB). Foi dirigido por Manuel Ivo Cruz, João Paulo Santos, Cesário Costa, José Manuel Araújo, Rui Pinheiro, David Miller, José Ferreira Lobo, Nicolas Giusti, Armando Vidal, Rui Massena, Giovanni Andreoli, Donato Renzetti e António Pirolli, entre outros. Em 2008 participou na estreia absoluta da fantasia musical Evil Machines, de Luís Tinoco, com encenação de Terry Jones (Monty Python), no Teatro São Luiz. Foi membro do Programa Jovens Intérpretes deste teatro durante a temporada 2009/2010. Colabora regularmente com a Orquestra do Norte em óperas e concertos. Recentemente fez também a sua estreia no ciclo A Viagem de Inverno, de F. Schubert, ao lado do pianista José Brandão, na temporada Le Foyer, no Salão Nobre da EMCN. Nas últimas temporadas de São Carlos cantou em Otello, O Nariz, de Shostakovitch, Macbeth, Don Carlo, Tosca, Salomé, Bodas de Fígaro, O Gato das Botas, Candide, El Gato Montés, La Fille Du Regiment, Il Viaggio a Reims, La Gioconda e Macbeth. JUSTUS GRIMM Justus Grimm nasceu em Hamburgo e estudou em Colónia e em Estocolmo, com Claus Kanngiesser e Frans Helmerson. Participou em masterclasses com Steven Isserlis, Heinrich Schiff, Boris Pergamenschikov e William Pleeth. Obteve o primeiro prémio como violoncelista na Escola Superior de Música de Colónia e em 1999 ganhou o primeiro prémio no Concurso Nacional Deutscher Musikrat e obteve o primeiro prémio e a medalha de ouro no Concurso Internacional Maria Canals, em Barcelona. Desde então, apresentou-se regularmente em vários festivais europeus. Após a sua estreia como solista em 1993 com a Orquestra Filarmónica de Hamburgo, tem-se apresentado com várias das melhores orquestras europeias. Em música de câmara tem colaborado com músicos como Gerard Caussé, Augustin Dumay, Abdel Rahman El Bacha, Kazushi Ono ou Antonio Pappano, e é membro do Quarteto Malibran. Para além de numerosas apresentações em rádios e televisões (WDR, NDR, SWR, DLF, RTBF, VRT, Musique France), gravou vários CD, que foram elogiados pela crítica musical. Foi durante vários anos primeiro violoncelo solo da Orquestra da Ópera Nacional de la Monnaie, em Bruxelas. Atualmente, é professor de violoncelo no Conservatório Real de Antuérpia. LARA MARTINS Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, realizou sua formação na Guildhall School of Music and Drama em Londres, onde terminou o curso superior de canto, com a mais alta classificação. Terminado o curso, é imediatamente convidada para integrar o grupo de solistas do Centro Francês de Artistas líricos (CNIPAL), do qual foi solista durante a temporada 2002/2003. Em ópera destacam-se apresentações nos Teatros de Modena, Ferrara, Piacenza como Fünf Magd (Elektra, Richard Strauss), com direção do maestro Gustav Kuhn; Teatro Comunale di Bolzano, Kristin (Miss Julie, Philipe Boesmans), com direção de Joana Carneiro; Opéra National de Bordéus, Sofia (Signor Bruschino); Clarissa (Die Drei Pintos, Weber) e Princesa Hirvaia (Dick Whinttington, Offenbach), para o Bloomsbury Theatre de Londres; Digressões no Reino Unido com Adina (L’Elisir d’Amore), para a Swansea City Opera, Flaminia (Il Mondo della Luna, Haydn), para a Opera East; Blondchen (Die Entführung aus dem Serail), Ópera de Marselha; Susanna (Le Nozze di Figaro), Teatro da Trindade; Despina (Cosi fan Tutte), Teatro Rivoli; Paracha (Mavra, Stravinsky), CAM da Fundação Calouste Gulbenkian; Madame Siberklang (Die Schauspieldirektor, Mozart), Festival Internacional de Música do Algarve. Colabora regularmente nas temporadas do Teatro Nacional de São Carlos onde se apresentou em papéis como Rainha da Noite (Flauta Mágica), Elvira (L’italiana in Algeri), Elena (Il capello di paglia di Firenze, Nino Rota), Princesa (O Gato das Botas, Xavier Montsalvatge), Voz na Igreja / Vendedeira / Mulher (O Nariz, Schostakovich), e, mais recentemente, Cunegonde (Candide, Bernstein), no Festival ao Largo e no Concerto de Ano Novo (2014), transmitido em direto pela RTP 2. Em concerto apresentou-se em Moscovo no Kremlin (Exultate et Jubilate, Mozart) e Glazunov Art Gallery (Salve Regina, Schubert); Festival Internacional de Música Tibor Varga na Suíça (Bachianas Brasileiras, Heitor Villa-Lobos); Ópera de Marselha (Sete Canções Populares Espanholas, Falla), Ópera de Avignon (solista do concerto de Ano Novo); Vilar Floral Hall (Royal Opera House, Convent Garden), Ópera de Marseille e Ópera de Toulon. Em Portugal colabora regularmente com as principais orquestras nacionais e apresenta-se frequentemente em recital com o pianista João Paulo Santos, sendo de destacar apresentações na Fundação Calouste Gulbenkian – Ciclo Novos Intérpretes, no Teatro Nacional de São Carlos e nos principais festivais de música portugueses. Dos prémios que lhe foram atribuídos destacam-se o Prémio Donizetti, pela cantora Fiorenza Cossotto, no Concurso Internacional de Canto Jaumme Aragall em Espanha, e o 1º prémio no Concurso de Interpretação de Música do Estoril – Prémio El Corte Inglés. Atualmente interpreta o papel de Carlotta Giudicelli, no musical O Fantasma da Ópera, em cena no Her Majesty's Theater, em Londres. Gravou para a RAI, para a Antena 2 e para a RTP. LARISSA SAVCHENKO Nasceu na Ucrânia e começou a tocar piano aos cinco anos. Estudou no Conservatório Nacional de Kiev, pelo qual se diplomou em Canto Lírico. Na Ópera de Kiev interpretou os papéis de Madalena (Rigoletto), Siebel (Fausto, de Gounod), Olga (Evgeny Onegin), Marta (Iolanta), Liubacha (A Noiva do Czar, de Rimsky-Korsakov) e participou também em L´Enfant et les sortilèges, de Ravel. Foi solista nos requiem de Mozart e de Verdi e no Stabat Mater de Rossini, tendo efetuado diversas digressões na Europa. Foi professora de Canto no Conservatório Regional de Ponta Delgada e em 2001 começou a lecionar no Conservatório Nacional de Lisboa. No Teatro Nacional de São Carlos participou em representações de Alexander Nevsky, Charodeika, Jeanne d’Arc au bûcher (Catherine), Iolanta e Aleko. Em 2004 cantou a Petite messe solennelle, de Rossini, o Stabat Mater, de Dvorák, e interpretou o papel de Suzuki em Madama Butterfly, de Puccini. Em 2007 integrou o elenco de Iolanta, na Arena de Verona, em Itália, com o maestro Vladimir Fedoseev e, em 2008, interpretou o papel de Santuzza, em Cavalleria Rusticana, de Mascagni, pela Companhia Portuguesa de Ópera. No final deste mesmo ano desempenhou o papel de Mãe na ópera Outro fim, de António Pinho Vargas, com direção de Cesário Costa, apresentada na Culturgest. MARCO ALVES DOS SANTOS Licenciado em canto pela Guildhall School of Music & Drama como bolseiro da Gulbenkian, inicia a sua carreira como solista em 2003 nos Jeunes Voix du Rhin (Opéra National du RhinFrança). O seu repertório operático inclui Ernesto (Don Pasquale), com a Orquestra do Norte); Anthony (Sweeney Todd); Duca di Mantova (Rigoletto); Die Hexe – A Bruxa (Hansel & Gretel, Humperdinck); Ferrando (Cosí fan Tutte); Monostatos (Zauberflöte) e El Remendado (Cármen), ambos no Seefestspiele em Berlim, respetivamente em 2011 e em 2012; Prunier (La Rondine, Puccini), no TNSC, Kornélis (La Princesse Jaune, C. Saint-Saëns); Pierre (The Wandering Scholar, G. Holst) e The Governor / Vanderdendur / Ragotski (Candide, L. Bernstein), no TNSC. Apresentou-se em 2014 nas Galas Verdi do TNSC e da Orquestra Sinfónica Juvenil bem como em Les Beatitudes (Cesar Franck) com a OSP no CCB, reencarnou Ferrando com a Orquestra Metropolitana e foi Nearco em Poliuto tendo ainda participado na homenagem a Eliabete Matos como Spoletta em Tosca e como Altoum em Turandot no TNSC. Compromissos em 2015 incluem a ópera Armida de Myslivecek (Orquestra Metropolitana) e Malcolm em Macbeth (TNSC). Do repertório sinfónico destacam-se concertos com: Orquestra Gulbenkian, Remix Ensemble, Orquestra Metropolitana de Lisboa, O.S.P., Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra do Norte, Orquestra Sinfónica Juvenil e Divino Sospiro, tendo atuado na Fundação Gulbenkian, no CCB, na Casa da Música, no Coliseu do Porto, entre outros, tendo ainda participado em concertos e recitais em Portugal, França, Itália e Reino Unido. MÁRIO FRANCO Natural de Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais aos quatro anos no Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa. Posteriormente, na Academia de Amadores de Música, estudou contrabaixo com Fernando Flores e composição com Pedro Rocha. Frequentou cursos de contrabaixo com Ludwig Streicher e foi 1.º prémio em 1988 no Concurso Jovens Músicos. Posteriormente fez parte da Orquestra Sinfónica Juvenil sob a orientação de Christopher Bochmann. Trabalhou também com os maestros Silva Pereira, Miguel Graça Moura, Roberto Perez e Michel Swierczewski. Desde muito cedo interessa-se também pelo jazz. Foi aluno da escola do Hot Clube de Portugal, participou em diversos workshops com músicos dos quais se destacam Rufus Reid, Niels Henning Orsted Peterson, Eberhard Weber, Dave Holland, Gary Burton, David Liebman. Em 1990 apresenta o seu primeiro projeto baseado em originais, no Concurso A Juventude e a Música, no qual obtém o 1.º prémio de grupo e o 2.º prémio de composição. A sua formação diversificada permitiu-lhe trabalhar, desde da década de 1990 até hoje, em diversas áreas da música inserido nos mais variados contextos musicais dos quais se destacam nomes como: Pedro Caldeira Cabral, Miguel Amaral, Ricardo Rocha, José Peixoto, Grupo de Música Antiga e Contemporânea Sete Lágrimas, Miguel Azguime, Camané, Carminho, Sérgio Godinho, Vitorino, Uxia, Lura, José Manuel Barreto, Sofia Vitória, Maria Ana Bobone, Filipa Pais, Bernardo Sassetti, Mário Laginha, João Paulo Esteves da Silva, Luis Barrigas, Luis Figueiredo, António Pinho Vargas, Sérgio Pelágio, António Pinto, Desidério Lázaro, Carlos Martins, Tomás Pimentel, Maria João, Tommy Halferty, André Fernandes, Andy Sheppard, Ralph Peterson Jr., Myra Melford, Jarmo Savolainen, Jon Irabagon, Peter Epstein, David Binney, Paolo Fresu ou Ralph Towner. Participou em diversas gravações discográficas com muitos dos artistas acima referidos. Na área do jazz tem dois discos em nome próprio, editados pela TOAP Records, This Life (2006) e Our Door (2013), muito bem referidos pela crítica especializada. Compõe regularmente para teatro e dança e, a partir de 2013, também para cinema. Participou nos mais importantes festivais de música nacionais e em digressões internacionais por Bélgica, Espanha, França, República Checa, Itália, Noruega, Brasil, China, Rússia e Japão. Paralelamente à música, Mário Franco é bailarino principal da Companhia Nacional de Bailado. MÁRIO REDONDO Nascido em Lisboa em 1971, completou o Curso de Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema, e frequentou ainda o Curso de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional, trabalhando com a professora Manuela de Sá. Trabalha desde 1992 em praticamente todas as áreas de atividade de um ator-cantor: concerto, ópera, musical, teatro, cinema, televisão, dobragem e locução. Na área da ópera, destacam-se as suas criações de Geronimo em O Matrimónio Secreto, de D. Cimarosa (S. Carlos, 2000); Sid em Albert Herring, de B. Britten (Teatro Aberto, 2002); Sam em Trouble in Tahiti, de Bernstein (Amiens, França, 2003); Ivan Iakovlevitch em O Nariz, de D. Shostakovtch (S. Carlos, 2006); Conde em As Bodas de Fígaro, de Mozart (Teatro da Trindade, 2006); Angelotti em Tosca, de Pucinni (S. Carlos, 2008); Kuligin em Katya Kabanova, de Janacek (S. Carlos, 2011); Frate em Don Carlo, de Verdi (S. Carlos, 2011); Monterone em Rigoletto, de Verdi (S. Carlos, 2013); e Pangloss em Candide, de Bernstein (versão concerto, S. Carlos, 2013 e 2014). Mantém ainda uma atividade regular de concerto e recital, destacando-se Swing, Dig The Rhythm, com música de L. Bernstein (Royaumont, França, 2003); Histórias Americanas – A Música de Leonard Bernstein (Antena 2, 2003); Missa em Si menor, de Bach (Belfast, 2006); Night Waltz – a música de Paul Bowles (CCB, 2007); e Lembrando as Heroicas, com música de Lopes-Graça (Teatro Aberto, 2014). Na área do teatro, destacam-se os espetáculos Peregrinação (direção de João Brites, Expo 98); Kvetch, de Steven Berkoff (encenação de Eduardo Condorcet, Ninho de Víboras – Teatro da Trindade, 2004); O Misantropo, de Moliére (encenação de Ana Támen, Palácio Marquês de Tancos, 2009); O Príncipe de Homburgo, de Kleist (enc. A.Pires e L.Costa Gomes, CCB, Lisboa, Fev. 2010); e Ensaio Aberto (encenação de José Lourenço, ACTA – Algarve, julho 2010). Especificamente na área dos musicais destacam-se os espetáculos O Rapaz de Papel (encenação de Juan Font, Teatro da Trindade, 1998); O Último Tango de Fermat (encenação de Cláudio Hochman, Teatro da Trindade, 2004); Ópera de Três Vinténs, no papel de Mack da Naifa (encenação de João Lourenço, T.Aberto, 2005); Os Sonhos de Einstein, no papel de Einstein (encenação de Cláudio Hochman, Teatro da Trindade, 2005/2006); Sweeney Todd, no papel de Sweeney Todd (encenação de João Lourenço, Teatro Aberto, 2007); Evil Machines (encenação de Terry Jones, Teatro S. Luiz, 2008); e Tomorrow Morning – Um Novo Dia (encenação de Eduardo Barreto, Casino Lisboa, 2014). Em 2008 foi nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Ator de Teatro pelo seu trabalho em Sweeney Todd. MARTA MENEZES Marta Menezes é uma das mais promissoras pianistas portuguesas da sua geração. Vencedora do 1.º prémio no Concurso Beethoven no Royal College of Music (Londres, 2013) e do Concurso Internacional de Piano de Nice Côte D'Azur Simone Delbert-Février (2013), conta com vários prémios em concursos internacionais em Portugal, Espanha, França e Itália. Apresenta-se regularmente em recital, tendo atuado em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Suíça, Itália, Alemanha, Cabo Verde e Estados Unidos. Como solista, apresentou-se com a Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música de Lisboa, com a Camerata MusArt, com a Camerata Amicis e com a Orchestre Régional de Cannes, sob a direção dos maestros Vasco Azevedo, Gareguin Aratiounian, Carlos Silva e Nicolas Simon. Marta tem estreado várias obras de compositores portugueses, como Sérgio Azevedo, André Miranda, Nuno da Rocha, Tiago Cabrita e Diogo Alvim, a solo e em música de câmara. Iniciou em 2012 um projeto dedicado à divulgação da música portuguesa para dois pianos e para piano a quatro mãos com a pianista Inês Andrade. Marta trabalhou em masterclass com os pianistas Vitaly Margulis, Boris Berman, Galina Eguiazarova, Mikahil Voskresensky, Vladimir Viardo, Menahem Pressler, Gabriel Tacchino, Luiz de Moura Castro, José Eduardo Martins, Olga Prats, Álvaro Teixeira Lopes e António Rosado, entre outros. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música Jaime Chavinha (Minde), com Gabriela Capaz, tendo estudado mais tarde com Paulo Pacheco. Em 2009 terminou a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do pianista Miguel Henriques. Prosseguiu os seus estudos no mestrado em Música, variante de Performance, na mesma instituição, sob a orientação de Miguel Henriques e Jorge Moyano, onde concluiu o curso com a classificação máxima. Terminou em 2012 o curso de Master of Performance no Royal College of Music (Londres) com distinção, na classe do pianista Dmitri Alexeev, tendo estudado previamente com Andrew Ball. Marta frequenta atualmente o doutoramento em Música na Universidade de Indiana (EUA), na classe do pianista Arnaldo Cohen. Editou recentemente o seu primeiro CD, com obras de Beethoven e de Lopes-Graça. Recebeu em 2014 a Medalha de Prata de Valor e Distinção, atribuída pelo Instituto Politécnico de Lisboa. MÓNICA MONTEIRO É natural da Figueira da Foz. Iniciou os seus estudos musicais como estudante de violino na cidade onde nasceu. Mais tarde realizou os seus estudos de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 2005 licenciou-se em Formação Musical e em 2010 em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa. Depois de vários anos combinando ambas as atividades de professora de formação musical e cantora, Mónica decidiu focar-se em apenas uma delas. E escolheu o canto. Membro do Nederlands Kamerkoor (Coro de Câmara da Holanda), Mónica trabalha ainda em Portugal, Bélgica e Holanda com vários coros e ensembles, como a Netherlands Bach Society e o Amsterdam Baroque Choir (Holanda); Currende (Bélgica); Coro Gulbenkian, Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, Coro Casa da Música, Grupo Vocal Officium, Ensemble Capella Patriarchal, Grupo vocal Olisipo, Sete Lágrimas e Ludovice Ensemble (Portugal). Foi membro fundador do Internationales Vokalensemble Berlin (Alemanha) e do Coro de Câmara Lisboa Cantat (Portugal). Mónica gravou ainda várias obras do Barroco Português. NÉLIA GONÇALVES Nélia Gonçalves é natural de Pombal. Estudou no Conservatório de Música de Coimbra entre 2001 e 2008 onde terminou a classe de canto com a professora Joaquina Ly. Em 2011 terminou a licenciatura em performance (vertente Canto) na Universidade de Aveiro, na Classe de Canto do professor António Salgado, na qual obteve distinção com o Prémio Cidade de Aveiro e, em 2013 concluiu o Mestrado em Ensino de Música (vertente Canto) na mesma instituição. Faz regularmente cursos em várias áreas do domínio musical, como é o caso da música sacra, tendo concluído o Curso de Música Sacra de Coimbra em 2005 e, em 2011 o Curso Nacional de Música Sacra em Fátima na vertente de Direção Coral. Participa regularmente em cursos de aperfeiçoamento vocal, tendo já trabalhado com Claire Vangelisti, Isabel Alcobia, Susan Waters, António Salgado, Laura Sarti, Brian Gill, Pierre Mak, Elisabete Matos, João Paulo Santos, Kathryn Harries, Mark Shanahan e Della Jones. Como solista foi já convidada a interpretar as Liebeslieder de Johannes Brahms, bem como no domínio da oratória Missa Brevis em rém KV65 de Mozart, Te Deum de Charpentier, Missa de Santa Joana de David Perez, Dixit Dominus de Handel, Laudate Dominum de Lalande, Oratorio de Noel (p.12) de Saint-Saens, Messias de Handel, Te Deum de Marcos Portugal, Oratorio de Natal de Bach, Te Deum de António Teixeira, Mass in A flat (D678) de Franz Schubert sob a direcção de diversos maestros entre os quais Vasco Negreiros, Fernando Miguel Jalôto, António Vassalo Lourenço, Laurence Cummings, Luís Carvalho, Brian Mackay e João Paulo Janeiro. Participou em diversas óperas como Dido e Eneas, de Henry Purcell (2002), Vénus e Adónis de John Blow, no papel de Cupido (2007) e Amor de Perdição de João de Arroyo (2009). Foi membro fundadora da Associação Cultural de Musica e Teatro Arte à Parte; na qual integrou o elenco do primeiro projeto desta associação – Ópera Bichus – no papel de Madalena. Ao nível coral, conta já com a participação em diversos coros, tendo sido membro do coro feminino Vox Aetherea (2002-2008) dirigido pelo maestro Alberto Medina de Seiça. Em 2013 integrou o projecto Tenso Europe Chamber Choir sob orientação do maestro Kaspars Putnins. Actualmente integra o Coro da Casa da Música como coralista principal, onde trabalhou já com maestros como Paul Hillier, James Wood, Simon Carrington, Andrew Bizants, Kaspars Putnins, Laurence Cummings, Christoph König, Andrew Parrott e Peter Rundel. Atualmente leciona Canto na Escola Diocesana de Música Sacra de Coimbra, na Filarmónica de Miranda do Corvo e na Academia Norton de Matos em Coimbra. É licenciada em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. NUNO VIEIRA DE ALMEIDA Estudou em Lisboa com José Manuel Beirão e, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Viena com Leonid Brumberg e em Londres com Geoffrey Parsons. Apresenta-se regularmente como pianista de Lied com os maiores cantores nacionais e grandes nomes internacionais em Portugal e no estrangeiro. Deu em Portugal muitas primeiras audições de obras de compositores como: Schönberg, Webern, Wolf, Von Einen, Sckreker, Korngold, Weil, Bernstein, Britten, etc. Em primeira audição mundial obras de: João Madureira, Carlos Caires, Constança Capdeville, Paulo Brandão, entre outros. Autor de diversos projetos de síntese musical com áreas como a pintura, o teatro e a poesia. Foi coautor com Yvette Centeno do programa de rádio O Texto e a Música. Colabora regularmente em espetáculos de teatro e cinema como intérprete e autor de bandas sonoras. É professor na Escola Superior de Música de Lisboa. São alguns dos últimos trabalhos e apresentações: gravação da integral para canto e piano de Luís de Freitas Branco e Joly Braga Santos; gravação de um CD duplo com obra para canto e piano de Fernando Lopes-Graça com Elsa Saque; gravação de um CD com obras de LopesGraça nunca antes gravadas com Ana Maria Pinto e João Rodrigues; recital Mozart em Viena com Peter Weber, Peter Jelosits e Gabriele Fontana; recital Poulenc em Grenoble com Jenniffer Smith; Winterreise de Schubert, com Peter Weber, no Festival de Gaia. Em janeiro de 2011 apresentou com Ana Maria Pinto um programa dedicado a Viktor Ullmann com Lieder em estreia em Portugal. No Teatro S. Luiz em Lisboa, entre março e junho de 2012, apresentou uma série de concertos intitulados, Nuno Vieira de Almeida e Convidados, cujo principal objetivo é a apresentação de jovens cantores. ORLANDA VELEZ ISIDRO Nasceu em Évora, onde iniciou os estudos de violino e piano aos sete anos, tendo terminado o curso geral do conservatório. Iniciou os estudos de canto aos 19, com Maria Repas Gonçalves. Concluiu em junho de 2000 a licenciatura em Canto pelo Conservatório Real da Haia (Países Baixos). Residiu na Holanda até março de 2011, onde é soprano residente do Amsterdam Baroque Choir (Ton Koopman), do Dutch Chamber Choir, no Dutch Bach Society Choir and Orchestra e foi soprano residente do Dutch Radiokoor. Com o Quinteto Kassiopeia gravou a integral dos seis volumes de madrigais de Gesualdo. Em Portugal apresentou-se com os grupos: Divino Sospiro, dirigido por Enrico Onofri, nos Festivais de Ambronay 2005; Nantes 2006; e Festa da Música – Lisboa 2006; Flores da Música, dirigido por João Paulo janeiro em vários festivais de música antiga em Portugal, salientando-se a gravação da obra Te Deum de Francisco António de Almeida; e Ludovice Ensemble dirigido por Miguel Jalôto em vários festivais (REMA – Casa da Música, Ebrae Musica, Leiria, Festa da Música / CCB), apresentado programas de musica do século XVIII. Apresentou-se a solo com os maestros Frans Brüggen, William Christie, Ton Koopman, Eduardo Lopez Banzo, Frederik Malmberg, Gabriel Garrido, entre outros, em projetos com gravações de CD e de DVD de compositores como J. S. Bach, C. P. E. Bach, Buxtehude, Charpentier, Moulinié, e Mendessohn. Gravou ainda com Jill Feldman duetos de Mazzocchi. É licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. PAOLO PERRONE Paolo Perrone licenciou-se em Violino e em Música de Câmara no Conservatório Santa Cecília, em Roma, tendo-se especializado em violino barroco. Após uma longa experiência num quarteto de cordas, dedicou-se exclusivamente à prática historicamente informada da música dos séculos XVII e XVIII. Perrone toca maioritariamente como parte principal ou solista, com os maiores ensembles e nas mais importantes salas de espetáculos e festivais em Itália e além-fronteiras. Já gravou vários CD para prestigiadas editoras como a Sony e a Naïve, incluindo a primeira gravação mundial das sonatas de Domenico Scarlatti para violino e baixo contínuo. PASCAL MORAGUÈS Clarinetista principal da Orquestra de Paris desde 1981, Pascal Moraguès é professor no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, desde 1995, e professor convidado da Escola Superior de Música de Osaka, no Japão, desde 2002. Ao longo da sua carreira como solista, colaborou com maestros de renome, incluindo Daniel Barenboim (que o convidou aos 18 anos para ser clarinete principal da Orquestra de Paris), Pierre Boulez, Carlo-Maria Giulini e Zubin Metha. É membro do Quinteto Moraguès, do Mullova Ensemble, de Katia e Marielle Labèque Ensemble e é regularmente convidado como clarinete solista pela Orquestra de Câmara da Europa. No domínio da música de câmara, tocou com Sviatoslav Richter, Daniel Barenboim, Christophe Eschenbach, Schlomo Mintz, Joshua Bell, Yuri Bashmet, Gary Hoffman, Nathalia Gutmann e Felicity Lott, com o Trio Guarneri e com os quartetos de cordas Borodine, Sine Nomine, Carmina, Amati, Prazák, Lindsay, Endellion, Jerusalem, Isaye, Parisii, etc. A sua gravação do quinteto de Brahms juntamente com o quarteto Talich é hoje reconhecida como uma referência. Apresenta-se regularmente nas mais prestigiadas salas de concerto internacionais e orienta frequentemente masterclasses. Realizou muitas gravações com grandes músicos como Sviatoslav Richter e Viktoria Mullova, e com o Quinteto Moraguès, tendo recebido vários prémios internacionais. PAVEL GOMZIAKOV Pavel Gomziakov nasceu na cidade de Tchaikovsky, na região dos Urais, na Rússia, em 1975. Começou a estudar violoncelo aos nove anos e aos 14 mudou-se para Moscovo, onde estudou na Escola Gnessin e, mais tarde, no Conservatório Estatal de Moscovo, com o Professor Dmitri Miller. Em 2000, continuou os estudos com a professora Natalia Schakhovskaya, na Escola Superior de Música Rainha Sofia, em Madrid. Mais tarde, concluiu o cycle de perfectionnement do Conservatório Nacional de Paris, na classe de Philippe Muller. Como solista e músico de câmara, Pavel tem atuado por todo o mundo, colaborando com artistas como Eldar Nebolsin, Zakhar Bronn, Augustin Dumay, Louis Lortie, José Luis García Asensio, Jesús López Cobos, Antoni Ros Marbà, Christopher Warren-Green, James Judd e Trevor Pinnock. Em julho de 2007, apresentou-se com Maria João Pires no Festival de Escorial, em Espanha. Aqui iniciou-se uma colaboração que os levou a apresentarem-se em conjunto por toda a Europa, pelo Extremo Oriente e pela América do Sul, incluindo o Teatro dos Campos Elísios (Paris), o Victoria Hall (Genebra), o Teatro Real (Madrid), a Köln Philarmonie (Colónia), a Konzerthaus (Viena), o CCB (Lisboa) e o Sumida Tryphony Hall (Tóquio). Em maio de 2009, a sua gravação da Sonata para Violoncelo, de Chopin, com Maria João Pires, editada pela Deutsche Grammophon, foi nomeada para os prémios Grammy. Nas duas últimas temporadas, Pavel apresentou-se com a Nova Filarmónica do Japão, a Orquestra de Câmara de Londres e a Orquestra Nacional de Montpellier. Em novembro de 2008, gravou o concerto para violoncelo de Schumann, com a Orquestra de Câmara da Valónia, dirigida por Augustin Dumay, para o canal Arte, o qual foi transmitido nas televisões da Bélgica, de França e da Alemanha. Em abril de 2010, fez a sua estreia americana, muito aclamada pela crítica, com a Orquestra Sinfónica de Chicago, dirigida por Trevor Pinnock, com quem, em junho de 2012, Pavel interpretou o triplo concerto de Beethoven. Em 2011 fez uma segunda digressão pelo Japão com a Kansai Orchestra e, em abril de 2012, editou um CD com o concerto para violoncelo de Saint-Saëns, com Augustin Dumay e a Kansai Orchestra, para a etiqueta Onyx. Em julho de 2012, estreou-se na Rússia com uma participação no Festival Noites Brancas, em São Petersburgo, com direção artística de Valery Gergiev. PEDRO BURMESTER Pedro Burmester nasceu no Porto. Foi durante dez anos aluno de Helena Costa, tendo terminado o Curso Superior de Piano do Conservatório do Porto com 20 valores em 1981. Posteriormente, deslocou-se aos Estados Unidos onde trabalhou entre 1983 e 1987 com Sequeira Costa, Leon Fleisher e Dmitry Paperno. Paralelamente, frequentou diversas masterclasses com pianistas como Karl Engel, Vladimir Ashkenazi, T. Nocolaieva e E. Leonskaja. Ainda muito novo, foi premiado em diversos concursos, destacando-se o prémio Moreira de Sá, o 2.º prémio Vianna da Motta e o prémio especial do júri no Concurso Van Cliburn nos Estados Unidos. Iniciou a sua atividade concertística aos dez anos de idade e, desde então, já realizou mais de 1000 concertos a solo, com orquestra e em diversas formações de música de câmara, em Portugal e no estrangeiro. Participou em todos os festivais de música portugueses. No estrangeiro são de realçar apresentações em La Roque d’ Anthéron, na Salle Gaveau, no Festival de Flanders, na Frick Collection e 92nd Y em Nova Iorque, na Filarmonia de Colónia, na Gewandhaus de Leipzig, na casa Beethoven em Bona e no Concertgebouw em Amesterdão. São de destacar colaborações com os maestros Manuel Ivo Cruz, Miguel Graça Moura, Álvaro Cassuto, Omri Hadari, Gabriel Chmura, Muhai Tang, Lothar Zagrosek, Michael Zilm, Frans Brüggen e Georg Solti. Dedicou-se também à música de câmara. Mantém há alguns anos um duo com o pianista Mário Laginha e atuou com os violinistas Gerardo Ribeiro e Thomas Zehetmair, com os violoncelistas Anner Bylsma e Paulo Gaio Lima e com o clarinetista António Saiote. Formou um grupo de pianos e percussões que tem atuado com grande sucesso em diversos festivais e concertos em Portugal. Em 1997/98 Pedro Burmester atuou em França, na Alemanha, na Bélgica, na Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, na África do Sul, no Canadá e na Austrália, onde realizou uma digressão com a prestigiada Australian Chamber Orchestra. Já gravou uma dezena de CD. A sua discografia inclui três CD a solo com obras de Bach, Schumann e Schubert, um em duo com Mário Laginha e três gravações com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 1998 foi editado um CD a solo com obras de Chopin. Em 1999 gravou as dez sonatas para violino e piano de Beethoven com o violinista Gerardo Ribeiro. Em 2007, juntamente com Bernardo Sassetti e Mário Laginha, editou o CD e DVD 3 Pianos, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém. Em 2010 grava e edita a Sonata em Lá maior, D959 de Franz Schubert e os Estudos Sinfónicos op. 13 de Robert Schumann. Foi Diretor Artístico e de Educação na Casa da Música, projeto que ajudou a criar e a implementar. Atualmente, para além da sua atividade artística, é professor na Escola Superior de Música Artes e Espectáculo, no Porto, na Escola Profissional de Música de Espinho e na Universidade de Aveiro. RINALDO ZHOK Rinaldo Zhok nasceu em Trieste, em 1980, e recebeu as suas primeiras aulas de piano da sua mãe, tinha então sete anos. Estudou depois com Clara Lenuzza, durante cinco anos, tendo recebido aos 18 anos o diploma com distinção pelo Conservatório de Música Giuseppe Tartini de Trieste. Sob a orientação de Sergio Perticaroli e Stefano Fiuzzi, Rinaldo Zhok também recebeu o Diploma di Perfezionamento na Academia Nacional de Santa Cecília, em Roma. É desde sempre um apaixonado pela música de câmara, em particular pelo piano a quatro mãos. Formou um duo com Cristina Santin, que tocou com muita regularidade, tendo aperfeiçoado a sua técnica na Academia de Música e Teatro de Munique, sob a orientação do célebre duo Yaara Tal e Andreas Groethuysen. Rinaldo prosseguiu os seus estudos com Boris Bloch, tendo recebido o Konzertdiplom na Folkwang Universität, em Essen. Também já tocou com importantes músicos como Lazar Berman, Aldo Ciccolini, Dário De Rosa, Pier Narciso Masi, Mauro Minguzzi e Riccardo Zadra. Rinaldo Zhok atuou como solista, como músico de câmara e como solista com orquestra em Itália, Áustria, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Noruega, Polónia, Eslovénia e Hungria, tendo recebido sempre aclamação crítica. Em 2012 deu mais de 20 concertos a solo em Espanha, Noruega e Itália. Pela sua vasta experiência com música de câmara e vocal, Zhok é considerado pelos críticos como um dos pianistas mais ecléticos e completos da sua geração. Colaborou com talentos emergentes como Massimiliano Miani, primeiro clarinete da Orquestra Filarmónica Eslovena, ou com a violinista Ana Maria Valderrama. Entre as distinções que já recebeu contam-se o que obteve no Concurso International F. Mendelssohn para jovens pianistas, em Munique, há 12 anos; prémio em memória de Halina Czerny-Stefanska, no Concurso International de Piano de Poznan, 2008; prémio “Desempenho sem Limites” no Concurso International de Piano de Lodz, 2013; prémio no Concurso International Giulio Viozzi Trieste 2001; prémio no Concurso International Camillo Togni para dueto de piano e música de câmara; prémio no Concurso International Roma 2005 para dueto de piano; e prémio no Torneio International da Música (TIM) 2006. Em 2014, Rinaldo Zhok e Artur Pizarro formaram uma dupla, com repertório tanto para duo como para dois pianos. Já estão previstas atuações e transmissões de rádio e o lançamento de seu disco de estreia, para a temporada 2015-2016. RUI DOS SANTOS Rui dos Santos, natural do Porto, iniciou os estudos de piano e de canto no Conservatório de Música da mesma cidade. Em 2004 ingressa na Universidade de Évora na classe de Piano da professora Elisabeth Allen e em 2008 na Üniversität der Künste, em Berlim, onde estuda canto com os professores Robert Gambill, Siegfried Lorenz e Dagmar Schellenberger. Do seu repertório destacam-se papéis como L'Aumônier (Dialogues des Carmelites), Leandro (Arlecchino), Beppe (Rita), Tamino (Zauberflöte), Baron (Wildschütz), bem como na Oratória de Natal, de Saint-Säens, em Les illuminanitons, de Britten, e no Requiem de Mozart. Como membro do Estúdio de Ópera de Lyon, participa em várias produções como Mesdames de la Halle, de Offenbach (Lyon), Kaiser von Atlantis, de Ullmann (Valence e Lyon) e 9.ª Sinfonia de Beethoven (Dijon e Chalon-sur-Saône). Fez a sua estreia na Ópera de Lyon com Von Heute auf Morgen, de Schönberg, sob a direção de Bernhard Kontarsky. Em 2013 estreia-se no Seefestspile Mörbisch, no papel de Mayor von Wangenheim, na opereta Der Bettelstudent, de Millöker, onde voltará a cantar em 2016. Os seus compromissos futuros incluem Requiem, de Mozart, em Seelow, e o papel de Orfée em Orfée aux Enfers, de Offenbach, em Klein Leppin. TAMILA KHARAMBURA Tamila Kharambura foi distinguida em 2011, na 25.ª edição do Concurso Prémio Jovens Músicos, com o 1.º prémio em Violino – Nível Superior Maestro Silva Pereira / Jovem Músico do Ano. Nascida em Lviv, na Ucrânia, em 1990, numa família de músicos, iniciou aos quatro anos a aprendizagem do violino com a mãe, Elena Kharambura. Posteriormente estudou com Gareguin Aroutiounian na Escola Superior de Música de Lisboa, com Pavel Vernikov na Escola Superior de Música de Fiesole, em Itália, com Vesna Stankovic-Moffatt na Kunstuniversität de Graz, na Áustria, e com Pierre Amoyal na Universidade Mozarteum de Salzburgo, Áustria. Foi bolseira da Fundação Gulbenkian entre 2011-2014. Tem-se apresentado a solo com as orquestras Gulbenkian, Artquest, Clássica do Centro, da Escola Superior de Música de Lisboa, Metropolitana de Lisboa, de Câmara Lviv Virtuosi da Filarmónica de Lviv, e juntamente com os maestros Osvaldo Ferreira, Pedro Neves, Miguel Henriques, David Wyn Lloyd, Vasco Azevedo, Luís Carvalho, Serguiy Burko, Cesário Costa e Jéan-Sébastien Béreau. É também uma ativa intérprete de música de câmara, tendo colaborado com músicos como Diemut Poppen, Alexander Chausian, Alexander Lonquich, Tanja Becker-Bender, no Festival Cantabile em 2012, e colabora de forma mais regular com Karina Aksenova, Inês Andrade (com quem formou o Art Duo, o qual foi laureado do Concurso Prémio Jovens Músicos 2011, na categoria de música de câmara) e com Anna Ulaieva, juntamente com quem foi laureada nas masterclasses da Académie de Musique de Lausanne 2014, tendo-se apresentado com este duo em recitais em Portugal, na Áustria, na Alemanha e na Suíça. Tamila colaborou também como membro de tutti substituto na Orquestra Gulbenkian, na Orquestra Volkoper de Viena e na Orquestra de Câmara de Viena. Frequentou masterclasses com G. Aroutiounian, Z. Bron, G. Pavliy, S. Kravchenko, A. Mihlin, D. Garlitsky, P. Vernikov, I. Volochine, S. Makarova, L. Issakadze, V. Stankovic-Moffatt, P. Amoyal, R. Levin, R. Davidovici, R. Honeck, N. Chastain e G. Schulz. Ao longo do seu percurso recebeu, entre outros, o grande prémio no Festival Internacional de Interpretação Musical e Pedagogia, realizado na Madeira (2005), o 1.º prémio no II Concurso de Violino Tomás de Borba, na categoria dos 15-18 anos, em Lisboa (2006) e o 1.º prémio no Concurso Jovens Músicos RDP Nível Médio em 2007 (categoria até 18 anos). TIAGO PINTO-RIBEIRO Nasceu no Porto, em 1978. Graduou-se na Escola Superior de Música do Porto e, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, na Universidade das Artes de Berlim, na classe do professor Michael Wolf, concluindo a licenciatura e o mestrado Konzert-Examen com as classificações máximas. Frequentou várias masterclasses com contrabaixistas como R. Zepperitz, Dane Roberts, K. Stoll, W. Güttler, D. Mctier. Ganhou vários prémios nacionais e internacionais, destacando-se o obtido no Concurso Internacional de Contrabaixo da International Society of Bassists (1996), em Houston-Texas, e o 1.º prémio no Concurso Internacional de Cordas Júlio Cardona (2003). Tem-se apresentado a solo e em música de câmara em festivais na Alemanha, em Inglaterra, na Suíça, em França, na Polónia e em Portugal. Colaborou com algumas das melhores orquestras mundiais: Orquestra Sinfónica NDR de Hamburgo, Orquestra Filarmónica NDR de Hannover, Orquestra Sinfónica de Berlim, Orquestra Sinfónica da Galiza, entre outras, sendo dirigido por maestros consagrados, como C. Abbado, C. Eschenbach, C. von Dohnányi e K. Nagano. Colabora frequentemente com o DSCH – Schostakovich Ensemble. É contrabaixista da Orquestra Sinfónica do Porto e professor de contrabaixo na Escola Profissional de Espinho e na Universidade de Aveiro. VERA MORAIS Inicia os seus estudos de flauta transversal na Academia de Amadores de Música de Lisboa, tendo-os prosseguido no Conservatório Nacional de Música onde viria a terminar o curso na classe do professor Carlos Franco. Sucessivamente integra a Escola Superior de Música de Lisboa e após aí ter terminado o grau de Bacharelato em flauta obtém, em 1994, da Fundação Calouste Gulbenkian, uma bolsa de estudo para aperfeiçoamento em Paris por três anos, sob a orientação dos professores Pierre Yves Artaud e Celine Nessi (solista da Opéra Bastille). Tendo ganho, em 1989, o 1.º prémio e uma menção honrosa no Concurso de Música de Alcobaça, inicia a sua atividade profissional, realizando recitais de música de câmara comentados pelo maestro José Atalaya, um pouco por todo o país, trabalhando com músicos como António Rosado, Gabriela Canavilhas, Marcos Magalhães, Lucjan Luc e Carmen Cardeal. Em 1992 obtém o primeiro prémio no Concurso para Jovens Solistas de Instrumentos de Sopro organizado pela Orquestra Nova Filarmonia Portuguesa. Sempre no âmbito deste concurso, grava um CD e realiza diversos concertos a solo com orquestra sob a direção do maestro Álvaro Cassuto. Foi também solista com outras orquestras, nomeadamente com a Orquestra Regie do Porto, Filarmonia das Beiras e Orquestra Clássica da Madeira. Em 1996 vence ainda o Primeiro Prémio no Concurso para Jovens Flautistas em Paris. Em 2003 licenciou-se em Flauta na Escola Superior de Música de Lisboa com a mais alta classificação nacional desse ano (19 valores). No âmbito pedagógico, lecionou no Conservatoire National de Régions de Melun (França), no Conservatório de Setúbal, no Conservatório de Loures, no Conservatório de Linda-a-Velha, na Academia José Atalaya (Fafe), na Escola Profissional de Almada, na Escola de Música Gualdim Pais (Tomar) e no Conservatório – Escola das Artes (Funchal), tanto como professora das disciplinas de Flauta Transversal e Classe de Conjunto como sessões de masterclasses. Enquanto músico de orquestra, foi entre 1997 e 1999 1.ª flauta solista da Orquestra Filarmonia das Beiras sob a direção artística do maestro Fernando Eldoro; 1.ª flauta solista da Orquestra Clássica da Madeira sob a direção artística do maestro Rui Massena entre 2005 e 2012, ano em que é convidada para o lugar de 1.ª flauta – chefe do naipe de madeiras da Fundação Orquestra Estúdio, orquestra residente Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura. É atualmente professora no projeto Orquestra Geração e, como flautista freelancer, Vera Morais integra vários projetos de música de câmara e tem sido convidada a colaborar como flautista com a Orquestra Gulbenkian, Orchestrutópica, Orquestra de Câmara de Lisboa, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquesta de Extremadura (Espanha). VIVICA GENAUX Considerada uma das intérpretes preeminentes da música barroca e bel canto, Vivica Genaux tem continuamente recebido elogios pela beleza da sua voz e pela sua técnica surpreendente. Já atuou em capitais de todo o mundo, de Nova Iorque a Londres, Paris, Berlim, Viena, Milão, Moscovo e Tóquio. Entre 2014 e 2015 Vivica Genaux acrescentou três papéis ao seu repertório: Ruggiero na Alcina de Händel (Moscovo), Farnaspe em Adriano in Siria de Veracini (Valência e Madrid), e o papel principal na Veremonda de Cavalli (Spoleto, nos Estados Unidos), perfazendo 39 papéis, dos quais 33 são en travesti. Esta temporada vai também interpretar Romeu em I Capuleti ed I Montecchi (Rieti), o papel principal em Giulio Cesare (Xangai), e Epitide em L’oracolo in Messenia (Londres e Yokohama). Com a soprano Simone Quermes e Cappella Gabetta Genaux interpretou Rivalries, um programa (também disponível em CD como Rival Queens) inspirado pela feroz mas frutífera competição entre as divas barrocas, Faustina Bordoni e Francesca Cuzzoni, com atuações em Rheifelden, Halle, Hamburgo, Baden-Baden, Budapeste, Landau, Luxemburgo, Olter, Lucerna, Viena, Paris e Ludwigsburg. Vivica Genaux tem também homenageado grandes cantores: do castrato Farinelli com os Les Musiciens du Louvre (em Grenoble) a Pauline Viardot e Teresa Berganza (em Madrid). Genaux canta ainda concertos de Vivaldi com Fabio Biondi e Europa Galante (em Rieti, Birmingham, Tóquio e Matsumoto); música sacra de Vivaldi com o Bach Consort Wien em Stefansdom; fez parte da estreia mundial de Le sac de Louvain, de Piet Swerts e do Requiem de Mozart em Leuwn, na Bélgica. ESCOLAS ACADEMIA DE SANTA CECÍLIA Fundada em 1964 pela Embaixatriz Vera Franco Nogueira a Academia de Música de Santa Cecília, instituição particular sem fins lucrativos, declarada de Utilidade Pública em 1983, é uma escola de ensino integrado que ministra, cumulativamente na mesma escola, o ensino regular do ensino pré-escolar ao 12.º ano de escolaridade, a par do ensino musical oficial, permitindo um desenvolvimento mais completo da personalidade nos seus diversos aspetos: sensibilidade, poder de concentração, hábito de exatidão, disciplina interior e criatividade, garantindo ao mesmo tempo uma acentuada melhoria do nível cultural geral dos seus alunos. As atividades organizadas pela AMSC proporcionam aos alunos o contacto frequente com os palcos, quer nas suas audições escolares quer fora da escola, em grandes audições ou concertos, no CCB, Gulbenkian, Aula Magna ou outras grandes salas. Os excelentes resultados deste modelo de ensino que não obriga a qualquer opção prematura em termos de carreira profissional posterior, são comprovados pela facilidade de ingresso dos seus alunos nos cursos superiores da sua escolha, sejam eles na área da música ou outra (gestão, arquitetura, medicina, economia, direito, etc.). Atualmente com cerca de 630 alunos, de idades compreendidas entre os três e os 17 anos, 120 professores e 40 funcionários não docentes, a AMSC mantém uma dimensão à escala humana, em que é possível atender à especificidade de cada aluno. ACADEMIA MUSICAL DOS AMIGOS DAS CRIANÇAS – ESCOLA DE MÚSICA VECCHI-COSTA A Academia Musical dos Amigos das Crianças – Escola de Música Vecchi-Costa é uma escola de ensino vocacional de Música, com paralelismo pedagógico, autonomia pedagógica e autorização definitiva de funcionamento, com as suas instalações em Lisboa, na zona de Santos. A Academia Musical dos Amigos das Crianças (AMAC) é uma associação cultural sem fins lucrativos e é a entidade tutelar de duas escolas de Música: a Escola de Música Vecchi-Costa (EMVC), em Lisboa, e a Escola de Música Guilhermina Suggia, no Porto. Como a AMAC tem a sua sede social nas instalações da Escola de Música Vecchi-Costa, a escola assume muitas vezes a designação da associação e é assim comummente referida. Mais recentemente, no ano de 2014, a Academia Musical dos Amigos das Crianças teve que proceder à alteração da sua denominação como pessoa coletiva, deixando de se chamar Fundação Musical dos Amigos das Crianças, nome como foi conhecida durante 60 anos. A Academia Musical dos Amigos das Crianças foi criada por Adriana de Vecchi em 1953, com o apoio de diversas personalidades, das quais se destacam o seu marido, Fernando Costa, professor e violoncelista, Sofia Abecassis e Ricardo Espírito Santo. Adriana de Vecchi contou com o valioso apoio de expoentes da cultura portuguesa, como Elisa de Sousa Pedroso, D. Olga de Robillant-Marquesa de Cadaval, João de Freitas Branco, Maestro Silva Pereira, Humberto d’Ávila, Silva Dionísio, António Vitorino d’Almeida, Pedro do Prado, entre tantos outros. Da orquestra de cordas da escola saíram, na década de 60, os primeiros jovens para os quadros da antiga Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Outros alunos da AMAC seguiram carreiras musicais com reconhecido mérito artístico, muitos são solistas, compositores, professores e membros da Orquestra Gulbenkian e da Orquestra Sinfónica Portuguesa. A partir de 1972, e com a morte de Fernando Costa, Adriana de Vecchi, que com ele dirigia a instituição, chamou para o seu lado Leonardo de Barros, um dos primeiros estudantes que frequentaram a escola, seu aluno dileto e de Fernando Costa. Leonardo de Barros, jovem solista da Orquestra Sinfónica da RDP, assume assim a Vice-presidência da FMAC e a direção da Orquestra Juvenil, onde permaneceu durante mais de 30 anos. Em 1985 a AMAC foi agraciada pelo governo português com a medalha de Mérito Cultural. No letivo 2013/2014 a escola comemorou os seus 60 anos de atividade. Atualmente, a AMAC é presidida pela professora, violetista e antiga aluna, Teresa Beatriz Abreu. CONSERVATÓRIO DE LISBOA O Conservatório de Lisboa, ou, na denominação extensa, Conservatório de Música, de Dança e de Arte Dramática de Lisboa, abriu em setembro de 2009. É uma escola privada de ensino artístico especializado da música, da dança e da arte dramática, que pertence à rede de escolas do ensino particular e cooperativo do ministério da Educação e Ciência. Admite alunos a partir dos 3 anos. Entre os vários cursos do departamento de educação pré-escolar do Conservatório de Lisboa, sobressai o programa pedagógico “Jardim Artístico”. Neste programa, as crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, aprendem a tocar um instrumento da orquestra sinfónica, tocam em orquestra, têm aulas de dança e têm expressão dramática. Todas as atividades decorrem em inglês e em português. É um programa único em Portugal, que segue as práticas pedagógicas das melhores escolas norte-americanas. O departamento de música do Conservatório de Lisboa subdivide-se em três. Para além do departamento de música que está sujeito à regulamentação do Ministério da Educação e Ciência, coexistem a Escola de Jazz do Conservatório de Lisboa e a Escola de Rock do Conservatório de Lisboa, que funcionam autonomamente no seio do departamento de música. O projeto pedagógico do Conservatório de Lisboa assenta na motivação dos alunos através de experiências de beleza. Os alunos são incitados a fazer arte em conjunto e têm experiências quase profissionais, ou até profissionais, em cenários onde grandes artistas atuam, e junto com grandes referências da arte, portuguesas e estrangeiras. O álbum Canções de Natal Portuguesas é exemplo disto. Este álbum reúne obras inéditas, especialmente encomendadas para o Conservatório de Lisboa, de Carlos Marecos, João Madureira, Sérgio Azevedo e Vasco Pearce de Azevedo. O álbum foi gravado, para o consórcio Bomtempo – Numérica, com a Camerata de Lisboa, pelo coro infanto-juvenil extraescolar “Pequenos Cantores do Conservatório de Lisboa”, sob a direção de Joana Carneiro. O disco é um exclusivo FNAC e é recomendado pelo canal PANDA. Mil e duzentas pessoas estiveram no concerto de lançamento do álbum no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Entre os grupos de câmara e orquestrais do Conservatório de Lisboa, destacam-se os “Pequenos Violoncelos do Conservatório de Lisboa”, que junta crianças a partir dos 4 anos, e a “Big Band do Conservatório de Lisboa”, que é a primeira big band de jovens da cidade de Lisboa. O Conservatório de Lisboa sobressai pela qualidade do ensino e pela componente internacional. Os alunos são anualmente sujeitos a uma avaliação internacional independente, que avalia mais de 650 mil alunos por ano, em todo o mundo, e que permite comprovar a excelente qualidade do ensino aí. Além disso, recebe regularmente professores, instrumentistas, bailarinos e atores consagrados, portugueses e estrangeiros, para lecionar masterclasses, e os seus alunos participam em concursos internacionais e em intercâmbios com escolas de outros países. Também a gestão e o modelo de gestão do novo Conservatório de Lisboa têm obtido um aplauso internacional. Em 2009, foi “Fellow 2009” da International Society for the Performing Arts, nos Estados Unidos da América. Em 2011, a gestão e o modelo de gestão do novo Conservatório de Lisboa foram objecto de discussão na escola de negócios da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e na escola de negócios da Universidade de São Paulo, no Brasil. Apesar de só existir há cinco anos, os seus alunos, a solo ou integrados em grupos, já actuaram no Palácio de Belém, a convite de S. Exa. o Presidente da República Portuguesa, na Assembleia da República, no Centro Cultural de Belém, por ocasião dos Dias da Música, no Teatro Municipal de Almada Joaquim Benite, para as comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, para as celebrações do 25 de abril de 1974, e na mesma temporada artística que a Orquestra Gulbenkian, no Cinema São Jorge e até na Praça do Rossio, para uma maratona de concertos e para a inauguração da iluminação de Natal do município de Lisboa, a convite da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC. Os alunos do Conservatório de Lisboa actuaram ainda nos canais de televisão RTP, SIC e TVI. O novo Conservatório de Lisboa funciona, desde a sua fundação, na aldeia histórica de Carnide, em Lisboa. Além disso, tem parcerias com colégios privados e escolas públicas de ensino regular onde lecciona cursos de nível de iniciação e até ao fim do ensino secundário. ESCOLA DE MÚSICA DO COLÉGIO MODERNO A Escola de Música do Colégio Moderno nasceu em setembro de 2012, concretizando assim um velho sonho de dar à música toda a sua importância. Dirigida pela professora Inês Saraiva e pelo maestro César Viana - duas referências no meio musical português - a escola conta com um leque de professores de grande qualidade, a que se juntaram os professores de música do colégio. Inicialmente vocacionada para o ensino de instrumentos de corda – violino, viola e violoncelo – a escola apostou no ano letivo passado, também, no ensino do piano, tendo como coordenadora dos professores deste instrumento a pianista Jill Lawson. A Escola de Música do Colégio Moderno, desenvolve ao longo do ano vários projetos e workshops, com a participação de músicos nacionais e internacionais, e está aberta a todos os jovens entre os três e os 18 anos. ESCOLA DE MÚSICA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL A Escola de Música do Conservatório Nacional é uma instituição com 178 anos de existência ao longo dos quais sempre formou músicos e apresentou em concerto os seus alunos. Tem apresentado os seus agrupamentos na Igreja de São Roque, Igreja de São Nicolau e Salão Nobre do Conservatório Nacional, entre muitos outros concertos, nomeadamente com os agrupamentos premiados no Prémio Jovens Músicos e Concurso Internacional de Música de Alcobaça. ESCOLA DE MÚSICA NOSSA SENHORA DO CABO A Escola de Música Nossa Senhora do Cabo foi fundada em 1979 pela Paróquia de Linda-aVelha. Presentemente estão matriculados mais de 800 alunos que se inserem nos níveis de Pré-Iniciação, Iniciação, Cursos Básico e Secundário de Música, bem como no Espaço Arte e na Dança, que se apresenta nas vertentes de Ballet Clássico e Dança Contemporânea. A EMNSC oferece atualmente cursos de Flauta, Flauta de Bisel, Oboé, Fagote, Clarinete, Saxofone, Trompa, Trompete, Trombone, Percussão, Violino, Viola de Arco, Violoncelo, Contrabaixo, Piano, Órgão, Guitarra Clássica, Harpa, Formação Musical, Canto. Como complemento pedagógico, mas sobretudo como aposta artística, a EMNSC tem criado espaços de trabalho para o desenvolvimento da prática musical de conjunto de que são exemplos a Orquestra Maior, a Orquestra Da Capo, o ensemble Zapping Cello, as Vozes de Palmo e Meio, o Coro Infantil, o Coro de Câmara, o Coro Juvenil, o Atelier de Ópera, Ensemble de Sopros, as Mini Guitarras, Ensemble de Guitarras, o Atelier de Música Contemporânea, a Oficina de Música Antiga, ou o Coro Feminino. OJ.COM O primeiro estágio desta orquestra realizou-se no final do ano letivo de 2001/2002. Decorrente da avaliação desse estágio nacional, que permitiu um extraordinário intercâmbio nacional de jovens instrumentistas, surgiu o projeto de criar uma orquestra verdadeiramente nacional, composta por alunos das escolas públicas de música localizadas nos Açores, Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa, Madeira e Porto, proporcionando desta forma uma experiência singular no panorama nacional. Desde esta data, o estágio realiza-se anualmente, e rotativamente nas várias escolas públicas, com um diferente maestro convidado em cada ano. Em 2015, participam na orquestra 80 jovens instrumentistas (com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos) de todo o país Continente e Regiões Autónomas – selecionados através de provas de admissão por um júri da responsabilidade do maestro convidado. O XIV estágio nacional da OJ.COM decorreu entre 16 e 21 de março, em Ponta Delgada, sob a organização do Conservatório Regional de Ponta Delgada, com a direção artística do Maestro Ernst Schelle, que dirigirá a orquestra no presente concerto. ERNST SCHELLE Nasceu na Alemanha (Potsdam), em 1948, encontrando-se atualmente radicado na Suíça. Da sua longa e diversificada carreira musical destaca-se a sua atividade como chefe de orquestra, que iniciou em 1968. É laureado pelo Concurso Internacional de Besançon em1978. Entre 1979 e 1984 desempenhou as funções de diretor da Orquestra de Besançon e, posteriormente foi diretor musical da Academia Internacional de Portarlier (França). Desde 1985 é frequentemente convidado para dirigir orquestras em toda a Europa. Foi convidado, em 1980, pelo Ministério da Cultura Alemão e Egípcio, a dirigir as temporadas musicais da Orquestra Sinfónica do Cairo. As suas tournées internacionais levaram-no por várias vezes aos Estados Unidos, bem como às principais capitais da Europa. De 1990 a 1994 foi o maestro principal da Orquestra de Poitou-Charentes. Dirigiu vários concertos no Festival de Inverno de Sarajevo e gravou com a Orquestra Filarmónica desta cidade. Em 1994, funda a Associação AIDIMOS (Academia Internacional de Interpretação Musical para a Orquestra Sinfónica) em Saintes (França), que reúne todos os anos mais de uma centena de músicos de toda a Europa e da qual é diretor artístico. Paralelamente à sua atividade de maestro tem desenvolvido uma intensa atividade pedagógica e realizado cursos de direção de orquestra. Em Portugal, desde 1999, é maestro e diretor artístico convidado da Orquestra APROARTE (Associação Nacional do Ensino Profissional de Música e Artes).