Celebração para vivência do Tríduo Pascal Início Animador 1: Sejam todos bem-vindos a esta celebração. Hoje, estamos reunidos para refletir sobre a caminhada que vamos iniciar a partir de amanhã, uma caminhada de Fé e de conversão. Três dias que mudaram o destino da humanidade. Iniciemos este nosso encontro cantando: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém Estamos vivendo a Semana Santa, mas antes de tudo, devemos nos fazer uma pergunta: O que tem de santa a Semana Santa? (silêncio) Animador 2: Mais uma vez é Semana Santa. O que ela tem de santa? Nada de santa se a nossa vida não se aproximar da vida do Santo Filho de Deus, que morreu e ressuscitou possibilitando a todos saírem dos seus túmulos existenciais. Nada de santa se a nossa vida não melhorar. Ela será santa para quem perceber o seu significado mais profundo e procurar viver a mística que dela emana. Animador 1: Esta semana merece ser vivida em clima de muita oração, contemplação, esforço de conversão e convivência fraterna. A oração, como disse Paulo VI, nos faz respirar na graça. Através dela a leveza de Deus suaviza a vida dos peregrinos. Com esta grande Semana chega, para nós, o tempo de rezar contemplando a redenção. Animador 2: Nesta semana maior da Igreja celebramos o mistério central da nossa fé. Do Domingo de Ramos até Quinta-feira Santa, completamos o grande retiro quaresmal iniciado na Quarta-feira de Cinzas e vivido na perspectiva do crescimento cristão. Com a missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira à noite, inicia-se o Tríduo pascal da morte e ressurreição do Senhor. O cume de todas as celebrações desta grande semana é a Vigília Pascal na noite do Sábado Santo. Essa Vigília desdobra-se na alegria do Domingo da Ressurreição e nos cinquenta dias do Tempo Pascal até o Pentecostes. Todo o tempo pascal é considerado como que um único e grande domingo, uma única e grande celebração. Animador 1: Para vivermos cheios de esperanças o Tríduo Pascal que toda a Igreja começa a celebrar amanhã, com o desejo de revigorar a vida cristã e de entrar na Páscoa com semblantes de ressuscitados, vamos meditar sobre cada momento que compõe esse Tríduo. 1º Momento: O Pão do Céu se Fez Pão dos Homens Vamos refletir sobre o primeiro momento, oferecendo a Deus a nossa vida como oferta de amor, simbolizados no pão e no vinho cantando: (Enquanto se canta, entronizar o pão e o vinho, colocando-os no altar). Todos: Venho Senhor minha vida oferecer / Como oferta de amor e sacrifício / Quero minha vida a ti entregar / Como oferta viva em teu altar 1 Pois pra te adorar foi que eu nasci / Cumpre em mim o teu querer / Faça o que está em teu coração / E que a cada dia eu queira mais e mais / Estar ao teu lado / Estar ao teu lado / Estar ao teu lado Senhor! Iluminando com a Palavra de Deus Animador 1: Na quinta-feira santa, à noite, celebramos a Ceia do Senhor. Animador 2: Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que se devia matar o cordeiro pascal. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Ceia da Páscoa. ... Ao chegar a hora, Jesus se pôs à mesa com os apóstolos e lhes disse: Desejei ardentemente comer esta Ceia da Páscoa convosco antes de sofrer. Pois vos digo: Nunca mais a comerei até que ela se realize no Reino de Deus. Tomando um cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois eu vos digo: não mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus. E tomando um pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, derramado por vós. Refletindo: Animador 1: Na Ceia Pascal, celebramos o mistério da Eucaristia, pão e vinho que se tornam Corpo e Sangue do Senhor. Na noite em que foi traído, Jesus não retirou seu dom, mas doou tudo aquilo que tinha para dar: corpo e sangue. Por meio do alimento comido juntos, Jesus deixa um exemplo e o sinal da sua futura presença. Porém, o evangelista João narra que, antes da partilha do pão, Jesus faz outro gesto inusitado, Ele lavou os pés dos discípulos. E depois de lavar seus pés Ele se colocou à mesa e disse: Animador 2: Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Deivos o exemplo para que façais o mesmo que eu vos fiz. Animador 1: Na quinta-feira, além de celebrar o mistério da Eucaristia, celebramos também o mandato do serviço. Eucaristia e Serviço unidos na mesma celebração e no mesmo mandato: “Fazei isto em memória de mim”. Não podemos celebrar a Eucaristia se não vivemos o serviço ao próximo. Deus, que um dia se fez carne para ficar mais perto de nós, pela eucaristia, nos sinais do pão e do vinho, também nos pediu que, assim como Ele fez, nos coloquemos a serviço do próximo e para nos fortalecer garantiu sua presença e sua vida. Elevemos a Jesus Cristo nossos louvores e gratidão pelo dom da eucaristia. Todos: (oração) “Vós sois o Pão vivo descido do céu. Sois o caminho que devemos seguir; sois a verdade que devemos proclamar; a vida na qual devemos esperar. A vós o nosso louvor e a nossa gratidão”. Leitor 1: (sobe ao altar trazendo uma bonita vela acesa, que depois será colocada ao lado do pão) A eucaristia é vida! Senhor, nós vos louvamos pela vida a nós doada, e vos pedimos que nos ajudeis a defender e construir a vida onde quer que estejamos. Todos: “Jesus, Tu que és o Pão da vida, sustentai-nos com seu amor!” 2 Leitor 2: (sobe trazendo uma grande pedra, que depois será colocada ao lado do pão) A eucaristia é força! Senhor, nós vos louvamos e vos bendizemos porque nos sustentais com vossa palavra e com vosso corpo e sangue, e vos suplicamos: fortalecei nossa caminhada, para que sejamos firmes e corajosos no testemunho do vosso reino. Todos: “Jesus, Tu que és o Pão da vida, sustentai-nos com seu amor!” Leitor 3: (traz um coração, que depois será colocado ao lado do pão) A eucaristia é amor! Senhor, nós vos rendemos graças por vosso amor extremado, provado na entrega da própria vida pela salvação de todos! Nós vos pedimos a vossa graça, para que amemos a todos, especialmente os mais pobres, os marginalizados e os que não têm o amor de outras pessoas. Todos: “Jesus, Tu que és o Pão da vida, sustentai-nos com seu amor!” Leitor 4: (traz um bonito vaso de flores, que depois será colocado ao lado do pão) A eucaristia é alegria! Senhor, vós nos ensinastes que não pode haver alegria para todos, se não houver justiça, fraternidade e paz. Nós vos louvamos porque sois a razão maior de nossa alegria, e vos pedimos: fazei que sejamos geradores da alegria e da paz para nossos irmãos, no empenho por um mundo justo e solidário. Todos: “Jesus, Tu que és o Pão da vida, sustentai-nos com seu amor!” Animador 2: (Oração) “Senhor Jesus Cristo, no admirável sacramento da Eucaristia vós nos destes o memorial da vossa paixão, morte e ressurreição. Dai a todos nós, que celebraremos tão grande mistério, colher os frutos da redenção em nosso dia a dia. Por Cristo Senhor nosso. Todos: Amém! Animador 1: A celebração da quinta-feira não tem fim, não há despedida, o altar será desnudado, Jesus sacramentado será transladado. A Igreja ficará de portas abertas para a nossa oração, qual a casa de um ente querido que se foi, e cheios de saudades nela voltaremos para orar, mas, até que venha a ressurreição, o sacrário estará vazio. 2º Momento: Olharão para Aquele que Transpassaram Animador 2: Na sexta-feira santa, nos reuniremos para celebrar a Paixão e Morte do Senhor! Vamos acolher a cruz do Senhor em silêncio. (Entra a cruz) Iluminando com a Palavra de Deus Animador 1: Olhemos para a cruz. Jesus está diante de nós, crucificado. A morte não faz parte do projeto do Pai. O Senhor é o Deus da Vida, portanto a morte não pode ser plano do nosso Deus. A morte é consequência do pecado humano. Mas, Jesus não pecou! Na verdade, diante da evidência da trama de morte perpetrada por aqueles que fecharam o coração ao amor de Deus, Ele assumiu conscientemente o caminho da cruz como prova do seu amor pelos pequeninos, pelos pecadores e pelos excluídos. Somente essa escolha livre poderia abrir o caminho da redenção. Esse é o significado de dizer: Ele morreu por nós! (Silêncio) 3 Animador 2: "Já era quase meio-dia quando toda a região ficou coberta de escuridão até às três da tarde. O sol escureceu e a cortina do Santuário se rasgou ao meio. Clamando com voz alta, Jesus disse: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. Dizendo isso, expirou. Vendo o que acontecera, o oficial do exército romano glorificava a Deus dizendo: Realmente, este homem era um justo. Toda a multidão que tinha vindo para assistir ao espetáculo, vendo o que acontecera, retirou-se, batendo no peito." Refletindo: Animador 1: Jesus morreu por nós, vítima do pecado humano. Ele, que veio para trazer a paz e a vida, foi condenado à morte. E hoje, será que seria diferente? Será que o pecado humano não continua a impor a cruz e o sofrimento a Jesus. E nós, com nossos pecados, também não estamos ferindo Jesus? A última tortura para Jesus é que não seja compreendido nem mesmo estando na Cruz. Ajoelhemo-nos, e olhando para a cruz vamos refletir ouvindo as palavras de Jesus em um canto lamento, vamos meditar em silêncio. Cantor: (apenas o cantor) Tenho esperado este momento, /Tenho esperado que viesses a mim,/Tenho esperado que me fales/Tenho esperado que estivesses assim. Eu sei bem o que tens vivido/Sei também que tens chorado/Eu sei bem que tens sofrido/Pois permaneço ao teu lado Ninguém te ama como eu/Ninguém te ama como eu/Olhe pra cruz/Esta é a minha grande prova/Ninguém te ama como eu. Ninguém te ama como eu/Ninguém te ama como eu/Olhe pra cruz/Foi por ti porque te amo/Ninguém te ama como eu. (Bis) Todos: Jesus, que por amor deste a vida para nos salvar e, assim, revelaste de modo pleno o amor de Deus por cada um de nós: tem compaixão de mim, pecador(a)! Quero amar do mesmo modo que tu nos amas, mas sei que sou fraco(a) e nem sempre consigo viver em sintonia com teu projeto. Reconheço minha condição de pecador(a). Conto com teu perdão e tua graça, para transformar meu coração e ser um(a) cristão(ã) melhor. Amém! Animador 2: Deus e Pai das luzes, pela morte e ressurreição de vosso Cristo expulsastes as trevas do ódio e da mentira, e fizestes jorrar sobre a família humana a luz da verdade e do amor, concedei aos que escolhestes e chamastes ao convívio dos filhos da vossa adoção, passarem da escuridão à claridade e, libertados de todo mal, serem filhos da luz para sempre. Todos: Amém! 3º Momento: A Vida Nova em Cristo Animador 1: O terceiro momento da grande celebração do Tríduo Pascal é a Celebração da Vida que vence a morte. No sábado santo celebraremos a Vigília Pascal, a Ressurreição de Jesus. A Vigília Pascal é a Celebração da Luz. Animador 2: “O povo que vivia nas trevas viu surgir uma grande Luz!” 4 Todos: Iluminados pela luz de Cristo, queremos nos tornar reflexos do seu amor e da sua bondade no meio do mundo carente do testemunho cristão! Animador 1: É também a Celebração da Vida Nova, da renovação do nosso Batismo, para que banhados na Água Viva de Jesus, possamos ressurgir purificados e transformados. Animador 2: “A água que eu lhe der será nele uma fonte que jorra para a vida eterna”. Todos: Banhados em Cristo, queremos nos tornar sinais da sua paz no mundo. Animador 1: Vamos acolher o Círio e a Água, símbolos da Luz e do Batismo, cantando: Todos: (cantando) Sim, eu quero que a luz de Deus, que um dia em mim brilhou,/ jamais se esconda e não se apague em mim o seu fulgor./ Sim, eu quero que o meu amor ajude o meu irmão/ a caminhar, guiado por tua mão, / em tua Lei, em tua luz, Senhor! Esta vida nova, comunhão com Deus,/no Batismo aquele dia eu recebi./Vai aumentando e sempre vai me transformando,/até que Cristo seja todo o meu viver. (refrão) Quando eu sou um sol a transmitir a luz,/ e meu ser é templo onde habita Deus./ Todo o céu está presente dentro em mim/, envolvendo-me na vida e no calor. Animador 2: “É muito bonito conservar a luz que recebemos de Jesus. Guardá-la. Conservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que traz a luz, que sempre dá luz. Uma luz que não é sua, mas é um presente de Deus, o presente de Jesus. E nós levamos em frente esta luz. Se o cristão apaga esta luz, a sua vida não tem sentido: é um cristão somente de nome, que não leva a luz, uma vida sem sentido”. (Papa Francisco) Todos: Ó Deus, que em Cristo nos tornastes luz do mundo, fazei que caminhemos sempre como filhos da luz para que, perseverando na fé, possamos ir ao encontro do Senhor. Amém! Animador 1: A Água do Batismo nos transforma, por meio dela somos purificados, nascemos de novo, recebemos a identidade cristã. O Batismo é o ponto de partida do caminho de conversão que faremos durante esta vida terrena. Todos: Senhor, da mesma forma que fomos imersos na água do Batismo, para nascermos de novo, possamos imergir espiritualmente na morte de Cristo, para ressuscitar com Ele para uma vida nova. Amém! Animador 2: (oração) “Concedei, Senhor, que nós, vossos filhos, acolhendo o vosso plano de amor e os mistérios da vida de vosso Cristo, possamos sempre proclamá-los com palavras e vivê-los pela fé, cumprindo em ações a vossa vontade. Por Cristo nosso Senhor. Todos: Amém! Animador 1: "A Ressurreição nos abre à esperança maior, porque abre a nossa vida e a vida do mundo ao futuro eterno de Deus, à felicidade plena, à certeza que o mal, o pecado, a morte, podem ser vencidos. E isto nos leva a viver com mais confiança as realidades quotidianas, enfrentá-las com coragem e com empenho. A ressurreição de 5 Cristo ilumina com uma luz nova estas realidades quotidianas. A ressurreição de Cristo é a nossa força!" (Papa Francisco) Animador 2: Que Cristo, Luz do mundo, que, pela sua Páscoa nos faz novas criaturas, nos dê a graça de viver fielmente o Tríduo Pascal que vamos iniciar, para que assim possamos dissipar toda a treva com nossas atitudes e compromisso cristão. Todos: Amém! Cantemos: Eu não sou nada e do pó nasci,/ mas Tu me amas e morrestes por mim,/ diante da cruz só posso exclamar:/ teu sou, teu sou. Toma minhas mãos te peço,/ toma meus lábios, te amo./ Toma minha vida,/ oh Pai, teu sou,/ teu sou. (bis) Quando de joelhos te olho oh Jesus,/ vejo tua grandeza, e minha pequenez./ Que posso dar-te eu? Só meu ser,/ teu sou, teu sou. 6