Bemvindo Sequeira - Memorial Brasil de Artes Cênicas

Propaganda
Bemvindo Sequeira
Ator, autor, produtor, humorista, diretor de teatro, cinema e televisão. Nasceu em 27 de julho
de 1947, em Carangola, Minas Gerais, cidadão soteropolitano, Salvador – Bahia.
Iniciou sua carreira teatral, em 1966, no Rio de Janeiro com o espetáculo "Joana Flor", com os
iniciantes Gonzaguinha e Reinaldo Gonzaga. Em 1970, durante o período refugiou-se em
Salvador, Bahia, permanecendo na cidade por quatorze anos. Além de atuar, dirigir e escrever,
por três anos, 1979 – 1982, Bemvindo Sequeira exerceu também a função de Crítico Teatral do
"Jornal da Bahia" em Salvador.
Durante dez anos trabalhou no Teatro Vila Velha, sob direção de João Augusto Azevedo – ator,
autor, crítico teatral, tradutor, professor da Escola de Teatro da Universidade da Bahia – diretor
do grupo Teatro Livre da Bahia e do Teatro Vila Velha. Daí, destaca-se a parceria entre João
Augusto Azevedo e Bemvindo Sequeira.
Escrito por João Augusto, "Teatro de Cordel" (1972/1974) e estrelado por Bemvindo Sequeira,
a peça foi encenada pelo Brasil e em alguns países como, França, Itália e Inglaterra. Sequeira
trabalhou com Eugenio Barba (autor, pesquisador e diretor de teatro) em Roma, e com Jean
1/4
Bemvindo Sequeira
Louis Barrault (ator francês) no Theatre D'Orsay, em Paris.
Ainda como integrante do Teatro Livre da Bahia, participa de Festivais Mundiais de Teatro, em
1975, em Caracas, Bogotá e Panamá com a peça "A Morte de Quincas Berro D'Água"
adaptação de João Augusto da obra de Jorge Amado. Nesse período, Bemvindo Sequeira cria
a Associação dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado da Bahia –
APATEDEBA – posteriormente chamada de SATED Bahia, eleito como vice-presidente e
depois como presidente. Em 1976 estreia "Gracias a la vida", de Isaac Chocron, sob direção de
João Augusto, encenando em diversas capitais.
Em Salvador, em 01 de maio de 1977, cria o Teatro de Rua no Brasil, , na Praça da Piedade,
mantendo-se como Autor e Diretor até l979, ano em que cria e dirige o Projeto do Circo Teatro
Livre da Bahia, um Circo com 1.200 lugares para apresentações circenses e de repertório
teatral. Deste, o mais importante trabalho foi o espetáculo "Almanaque do Teatro Livre para
l981". Tal Projeto também acompanha a criação de uma Casa de Cultura em Salvador, para
Oficinas, Cursos e Seminários.
Bemvindo Sequeira, em 1978, cria e participa do Trabalho Conjunto de Salvador, uma ampla
organização de massas na luta pela redemocratização. Apoia a criação do Movimento
Feminino pela Anistia, criando o Comitê de Anistia. Ao lado de Fernando Santana, dirige e cria
o Centro Brasil Democrático – CEBRADE Bahia; participa da elaboração da Lei 6533, que
regulamenta a profissão de artista e recebe o registro profissional número 01. Cria a primeira
Intersindical do Brasil – proibida pela Ditadura Militar – juntamente com Vanda Lacerda (Rio de
Janeiro) e Lélia Abramo (São Paulo) entre outros Presidentes de Entidades.
Na década de 1980, Bemvindo Sequeira, escreveu as peças, "Uma mãe é uma mãe", 1980;
"Yes, nós temos cordel", 1981 e "Me segura que eu vou dar um voto", 1982. Dirigido por Paulo
Afonso, Rio de Janeiro, em 1989 atua na peça "Por falta de roupa passei o ferro na Velha".
Na década de 1990, com direção de Bibi Ferreira, estreia "Roque Santeiro – O Musical" de
Dias Gomes, em 1996; atua em "Bonifácio Bilhões" escrito e dirigido por João Bettencourt,
fazendo turnê pelo país, em 1998. Já em 1999 encena a peça "Deus lhe pague", de Joravy
Camargo, dirigido por Paulo A. Lima e supervisionado por Bibi Ferreira.
2/4
Bemvindo Sequeira
"O Doente imaginário", de Moliére, foi traduzido e adaptador por Bemvindo Sequeira e dirigido
por J. Laurence, com turnê pelo país, em 2002. Dirigido por Rogério Fabiano, em 2004, estreia
a peça "Camisa de força", de Cyrano Rosalem, com Fafy Siqueira. Em 2005, 2006 atua na
peça, de Paulo Graça Couto, "Um Aposentado adolescente", dirigido por João Bettencourt.
Bemvindo Sequeira atua com Suely Franco a peça, "Há um homem na minha casa", de Chico
Anysio e dirigida por Rogério Fabiano, em 2007, no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro. De
Moacyr Veiga, a peça "Pais criados trabalhos dobrador", foi encenada por Bemvindo Sequeira,
Moacyr e Berta Loran, no Teatro Vanucci, Rio de Janeiro, em 2008.
Destaca-se, ainda, os trabalhos televisivos de Bemvindo Sequeira, assim pode-se elencar na
TV Globo: "Tieta", personagem Bafo Bode (1989/1990); "Anos Rebeldes", personagem Xavier
(1992); "Felicidade", personagem Delegado Noronha (1993) e "Escolinha do "Professor
Raimundo", personagem Brasilino Roxo (1994).
Já na TV Manchete atuou em "Tocaia Grande", com o personagem Lupiscinio, (1996) e
"Mandacaru", personagem Zebedeu, (1998).
Na Rede Record, destaca-se: "Escolinha do Barulho", personagem Professor, (2001/2003);
"Cidadão Brasileiro", personagem Alfredo Dias (20--); "Luz do Sol", personagem Juarez
Macedo, (2008); "Pode Paralelo", personagem Chef Victor Danesi, (2009) e "Bela, a Feia",
personagem Clemente, (2009/2010).
No cinema seus trabalhos recentes foram, "Amores Possíveis", de Sandra Werneck; "Um
espírito baixou em mim", de Ademar Freitas; "Metade sexo, metade mussarela" , de João
Camargo e "Deja vu", de Gulherme Moretszhon.
Como escritor tem-se a obra "Humor, graça e comédia", pela editora Litteris, em 2004, nas
Bienais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Benvindo Sequeira, recebeu treze prêmios, nacionais e regionais, ao longo de sua carreira
artística. Destaca-se, aqui, outras atuações de Sequeira, como, Secretário Geral da Sociedade
3/4
Bemvindo Sequeira
Brasileira de Autores Teatrais – SBAT – e também Vice-Presidente por vários períodos;
membro do Conselho Estadual de Defesa da Propriedade Intelectual – Secretaria de
Desenvolvimento do Rio de Janeiro.
Nos últimos anos mantém a Família Oficina, oficina de teatro para profissionais, tendo dirigido
muitos espetáculos, tais como: 1998 – "Adolescentes, Aborrecentes e Aborrecidos" – de Gisa
Gonsiorosk i, Teatro Glauco Gill e Villa Lobos, Rio de Janeiro; 2000 – "Alforria da beleza" –
Teatro Glaucio Gill , Rio de Janeiro; 2001 – "Na tígona, O Nordeste quer Falar" – Teatro
Glaucio Gill, Villa Lobos, Rio de Janeiro; 2003 – "Cândido" – de Voltaire, Teatro Ipanema, Rio
de Janeiro; 2004 – "Viva o cordel Encantado" - de Bemvindo Sequeira, Teatro Ipanema,
Glaucio Gill e Glauce Rocha, Rio de Janeiro; 2006 – "No Tempo do Guaraná com Rolha" –
Adaptação de Bemvindo Sequeira, Teatro Ipanema e Glauce Rocha, Rio de Janeiro; 2007 –
"Almanaque Ponto Com" – Adaptação de Bemvindo Sequeira, Teatro Ipanema, Rio de Janeiro,
2009 – "Cordel, Graça e Grécia!" – de Bemvindo Sequeira, Teatro Ipanema, Rio de Janeiro;
2009 – "Feira de Humor" – Autores Diversos, Teatro Ipanema, Rio de Janeiro; 2010 –
"Prohibidão" – de Thiago Chagas e Thiago Braga, Teatro Gláucio Gill, Rio de Janeiro; 2010 –
"Trocando as Bolas" – de Suely Vaz, Teatro Ipanema, Rio de Janeiro.
4/4
Download