Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
Subprojeto-Biologia
USO DE JOGOS DIDÁTICOS COMO FERRAMENTA PARA
CONSOLIDAÇÃO DE CONTEÚDOS SOBRE GENÉTICA
Sheila Alves*, Adriana Santos, Thiago Laurentino, Rodrigo Serafim, Flávia Santos,
Marques Francisco e Ivaneide Soares.
OBJETIVOS
Esclarecer conteúdos específicos da genética, partindo das necessidades apresentada
pelo aluno, realizando atividade para consolidação dos conteúdos por meio de um jogo didático,
construção de mapas conceituais e exercícios de fixação.
ABORDAGEM METODOLÓGICA:
Este trabalho foi desenvolvido na escola Estadual Lourdes Guilherme situada no bairro do
conjunto Pirangi da cidade de Natal, RN. A proposta foi desenvolvida pelos bolsistas do
PIBID/BIOLOGIA/UFRN com uma turma do 3º ano de ensino médio do turno vespertino com 15
alunos. Para isso, elaboramos uma sequência didática composta de cinco encontros. No primeiro
encontro foi aplicado o jogo Cruzagens (Figura 1 A e B), o qual foi produzido pelos bolsistas do
PIBID/BIOLOGIA/UFRN-2009, como objetivo de levantar as dificuldades dos alunos sobre os
conteúdos básicos de genética. Os alunos foram dispostos em três grupos contendo cinco
componentes. De forma aleatória os alunos de cada grupo escolhiam uma carta, liam e discutiam as
hipóteses de resposta. A cada resposta errada dava-se a explicação correta de modo que os alunos
participavam da construção e identificação das respostas certas. No segundo e terceiro encontro, foi
ministrada uma aula expositiva dialógica partindo dos conhecimentos prévios e conceitos errôneos
que os alunos possuíam a respeito do conteúdo de genética (Figura 2 A e B). As aulas trataram dos
conteúdos desde Composição química e estrutura do DNA e RNA à herança restrita ao sexo. Ao
termino da sucinta revisão foi aplicado um questionário para avaliar a aprendizagem dos conteúdos.
No quarto encontro reaplicamos o jogo para consolidar os conceitos trabalhados e verificar se os
alunos, após a revisão, ainda possuíam conceitos errôneos internalizados. No quinto e ultimo
encontro construímos um mapa conceitual coletivo como uma atividade recursiva proporcionando
ao aluno a organizar os conhecimentos adquiridos ao longo dessa sequência didática (Figura 3 A e
B).
B
A
Figura 1 A e B – Jogo Cruzagens aplicado aos alunos do 3 ano do ensino médio.
A
B
Figura 2 A e B – Aula expositiva dialógica.
A
B
Figura 3 A e B – Construção do mapa de conceito pelos alunos.
RESULTADOS ALCANÇADOS:
Os resultados foram obtidos por meio de questionários respondidos pelos alunos e por
observações durante aplicação da atividade lúdica com o jogo e construção de mapas conceituais. O
questionário revelou que das 7 perguntas feitas aos alunos, 2 apresentou que 80% do mesmo não
responderam corretamente. Com base na aplicabilidade deste questionário verificamos que ainda
persistia alguma dificuldade com o aprendizado sobre genética, pois alguns alunos ainda
apresentavam concepções errôneas sobre alguns conceitos e estrutura de DNA. Percebemos também
que as dificuldades presentes pelos alunos esta em identificar a estrutura de um nucleotídeo e sua
constituição. Esta consequência, em parte, se deve a desmotivação dos alunos pela falta de
metodologias diversificadas e estimuladoras, assim relatadas por eles e identificadas ao longo da
ação. Porém, com a aplicação da atividade lúdica do jogo cruzagens, foi observado que os alunos
além de se envolverem com a aula eles estão mais atentos identificando mais facilmente os
conceitos. Percebemos então que além do jogo ser utilizado para desmistificar conceitos errôneos
que persistiam serviu também de estimulo para aprendizagem. No termino desse trabalho foi
perceptível que os alunos realmente mudaram suas concepções errôneas e alternativas sobre o
importante conteúdo de genética. Foi constatado por meio das narrativas que a aula se tornava mais
interessante com uso de jogos e metodologia inovadora, pois possibilitava para eles sair da
monotonia e tornava-os mais incentivados no processo de ensino-aprendizagem.
REFLEXÃO E IMPACTO DA AÇÃO:
Esta proposta surgiu das dificuldades na aprendizagem de conteúdos de genética apresentada
pelos alunos de 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Lourdes Guilherme. Foi muito bom esta
em contato com os alunos e outros professores, reconhecer que a mesma escola pode apresentar
realidades educacionais distintas de uma série para outra. Mas o que foi mais importante foi ter
ouvido os alunos falando que gostaram das atividades que o grupo deste trabalho desenvolveu. Os
alunos relataram que a utilização do jogo junto à aula servia de estímulo para o estudo, e que ficava
mais fácil de entender o assunto, pois o mesmo trabalha os conteúdos de forma dinâmica e objetiva,
fazendo com que eles quebrassem a rotina tradicionalista das aulas. Portanto, foi satisfatória a
minha participação neste trabalho, pois consegui mudar minha visão sobre muitos aspectos sobre a
profissão e a modalidade escolhida, licenciatura. Estou aprendendo a enfrentar as barreiras e
dificuldades do processo ensino aprendizagem que surgem no âmbito escolar a partir de muitas
vivencias e experiências importantes.
REFERÊNCIAS:
GENETICA NA ESCOLA: Extração de DNA por meio de uma abordagem experimental
investigativa. Uberlândia/MG: Sbg, 2010.
LONGDEN, B. Genetics – are there inherent learning difficulties? Journal of
Biological Education, v. 16, n. 2, p. 135-140, 1982.
SCHEID, N. M. J., PANSERA DE ARAÚJO, M.C. O ensino de genética e as implicações éticas
no currículo escolar. In: 47º Congresso Nacional de Genética. 2001, São Paulo. Anais. Águas de
Lindóia, São Paulo, p. 1067, 2001.
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