verônica alves de medeiros souza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS
DEPARMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADA
AO ENSINO MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO
DE SOLÂNEA-PB.
VERÔNICA ALVES DE MEDEIROS SOUZA
BANANEIRAS – PB
MARÇO – 2007
ii
VERÔNICA ALVES DE MEDEIROS SOUZA
A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO
DE SOLÂNEA-PB
Orientador: Prof. M. Sc. Edson Brito Guedes
BANANEIRAS – PB
MARÇO - 2007
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS
DEPARMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL
MÉDIO INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO DE SOLÂNEA-PB
Monografia apresentada à Universidade Federal da
Paraíba-UFPB, em cumprimento dos requisitos básicos
a obtenção do grau de Especialista em Educação
Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao
Ensino Médio na Modalidade Jovens e Adultos-EJA,
elaborado após integralização curricular.
Orientador: Prof. M. Sc. Edson Brito Guedes.
BANANEIRAS-PB
MARÇO – 2007
iv
Ficha catalográfica elaborada na Seção de Processos Técnicos da
Biblioteca Setorial de Bananeiras
UFPB/CFT – Bibliotecária: Merilande Rodrigues Fonseca – CRB.4/988
S729a
SOUZA, Verônica Alves de M.
A relação professor-aluno na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Arlindo Ramalho nas séries iniciais do Ensino Médio Noturno no município
de Solânea-PB. / Verônica A. de M. S. – Bananeiras, 2007.
60 P.: Il.
Orientador: Edson Brito Guedes
Monografia (Especialização) CFT/UFPB.
1. Relações Humanas - Professor-aluno. 2. Aluno EJA - Permanência
Escolar
UFPB/CFT/BS
C.D.U.:37.06(043.2)
v
VERÔNICA ALVES DE MEDEIROS SOUZA
A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS SÉRIES INICIAIS DO
ENSINO MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO DE SOLÂNEA-PB.
Aprovado em: _________ / _________/ _________
NOTA: _______________
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________________________________
Prof. Ms. Edson Brito Guedes
ORIENTADOR
______________________________________________________________________________
Prof. Dr. Gerson Alves de Azeredo
EXAMINADOR
______________________________________________________________________________
Prof. Dr. Francisco Marinaldo Fernandes Corlett
EXAMINADOR
vi
AGRADECIMENTOS
A Deus, ser maior e supremo, que me presenteou com o dom de inteligência, da humildade
e da perseverança, sem os quais eu não estaria aqui feliz e proporcionando alegrias a todos que me
querem bem;
À minha família que sempre me incentivou a continuar nesse caminho que nos engrandece
como seres humanos;
Aos meus filhos, João Ranielly, Jean Randerson e Jéssica Rayonara, que são a razão maior
da minha existência, sem eles nada disso estaria acontecendo;
Ao meu grande e querido professor Edson Brito Guedes, que durante todo o tempo do curso
procurou incentivar, apoiar, ensinar e se dedicar para que esse momento em minha vida fosse
possível, meus sinceros agradecimentos;
Aos demais mestres, colegas de curso, colegas de trabalho e a todos que colaboraram para
que eu conquistasse mais essa etapa da vida;
E finalmente, meu especial agradecimento ao meu companheiro, Normando, que sempre
esteve comigo, torcendo, ajudando compreendendo e me dando provas de amor.
vii
MENSAGEM
Ser mestre não é apenas lecionar.
Ensinar não é só transmitir conhecimentos.
É caminhar com o discípulo, passo a passo.
É transmitir a estes o segredo da caminhada.
Ser mestre é ser exemplo de dedicação, doação,
dignidade pessoal e, sobretudo, amor.
(Lenner)
viii
A
RELAÇÃO
PROFESSOR-ALUNO
NA
ESCOLA
ESTADUAL
DE
ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO DE SOLÂNEA-PB.
Autora: Verônica Alves de Medeiros Souza
Orientador: Prof. M. Sc. Edson Brito Guedes
RESUMO:
Optou-se por este tema, relação professor-aluno, por se tratar de um assunto de suma
importância na vida escolar. Diante de tantos problemas, principalmente de evasão e de repetência
por parte dos nossos alunos, vimos que seria muito útil pesquisar a relação que há entre professores
e alunos para detectarmos se essa relação influi diretamente no desestímulo de muitos alunos
permanecerem na escola, objetivando comprovar a importância de um bom relacionamento entre
educadores e educandos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa complementada por entrevista com
questionários aplicados entre alunos das séries iniciais do Ensino Médio Noturno na Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho na cidade de Solânea-PB.
PALAVRAS-CHAVE: Relação professor-aluno, permanência na escola e afetividade.
ix
A
RELAÇÃO
PROFESSOR-ALUNO
NA
ESCOLA
ESTADUAL
DE
ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO DE SOLÂNEA-PB.
Autora: Verônica Alves de Medeiros Souza
Orientador: Prof. M. Sc. Edson Brito Guedes
ABSTRACT: This theme was chosen, relation teacher-student, for deal with subject of huge
importance in school life. Faced with many problems, specially about truancy and repetition for our
students part, we saw that would be very useful search the relation among teachers and students to
detect if this relation has influenced directly os students stimulus to keep at school. Objecting prove
the importance of a good relationship among educators and educatives. Deal with a qualitative
research that was complemented for interviews using questonnaire applied among night high school
students at Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho in Solânea, PB.
KEY-WORDS: Relation teacher-student, keep at school and affectivity.
x
Sumário
1 – Introdução .
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1
2 – Fundamentação Teórica .
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3
3 – Estruturação Metodológica da Pesquisa .
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13
3.2 – Procedimentos metodológicos .
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13
3.3 – Campo de pesquisa
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14
3.4 – Sujeitos da pesquisa
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15
3.5 – Instrumentos de coleta de dados
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15
3.6 – Análise dos dados
3.1 – Abordagem metodológica
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19
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4.1 – Professores falam sobre a relação professor-aluno
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4.1.1 – Professores falam como iniciam o ano letivo
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22
4.1.2 – Professores falam quais as metodologias mais utilizadas em suas aulas
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23
4.1.3 – Professores falam como se comportam os alunos em sala de aula .
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24
4.1.4 – Professores falam como os alunos interagem na escola e na família
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25
4 – Discussão dos Resultados
4.1.5 – Professores falam dos elementos que facilitam ou dificultam a aprendizagem dos
alunos .
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26
4.1.6 – Professores falam sobre a influência da sua vida particular na relação com os alunos
/ reclamações dos alunos em relação a escola em todo seu contexto
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4.2 – Diálogo entre professores e alunos em relação a escola em todo o seu contexto
28
4.3 – Alunos falam da relação professor-aluno na escola
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29
4.3.1 – Linguagem e comunicação do professor com o aluno
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4.3.2 – Relação pessoal dos alunos com os professores
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4.3.3 – Alunos falam como os professores se apresentam para ministrarem suas aulas
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xi
4.3.4 – Como se comportam os alunos diante das dúvidas dos conteúdos / porque
permanecem na escola
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4.3.5 – Alunos falam se os professores consideram seus conhecimentos adquiridos em sua
vivência
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35
4.3.6 – Alunos falam sobre o olhar dos professores quanto aos seus problemas pessoais e a
sua sexualidade
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36
5 – Conclusão .
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39
6 – Referências Bibliográficas
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42
7 – Apêndices .
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45
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1. INTRODUÇÃO
1
Existem professores que mantêm um relacionamento distante com seus alunos, por receio de não
perder a autoridade diante deles, o que nos preocupa, pois reconhecemos que onde há uma boa
relação entre professores e alunos há uma melhor aprendizagem.
Para os professores que atuam em sala de aula, necessário se faz uma auto-reflexão de suas
ações quanto a relação que tem com seus alunos no dia-a-dia em sala de aula, precisamos resgatar o
afeto e a boa relação para com nossos alunos, não se pode mais nesses novos tempos, onde surgem
novas expectativas educacionais a cada instante, que haja um relacionamento frio e distante entre
professores e alunos. Quando acontece uma relação agradável e respeitosa, a tendência é que haja
sempre uma maior aprendizagem pois entendemos que o aluno terá maior prazer em ir para à
escola, em desempenhar suas atividades, pois quando esse educando se relaciona bem com o seu
professor o ambiente torna-se agradável e propício para ambos. Desta forma o educador terá
melhores condições de trabalhar, além dos conteúdos escolares, uma boa formação do cidadão no
que diz respeito a sua conduta emocional, social e moral.
Partindo-se do princípio que esta pesquisadora levantou como hipótese a insatisfação dos
alunos no que diz respeito ao relacionamento que mantinham com alguns professores, mostrandose desestimulados a freqüentarem as aulas, neste sentido esta pesquisa objetivou investigar as
causas reais da Relação professor-aluno nas séries inicias do ensino médio noturno.
2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3
A relação professor-aluno dá-se pela interação social entre ambos. É no contexto da sala de
aula, e, no convívio diário entre si, que o aluno vai aprendendo hábitos, assimilando valores,
desenvolvendo habilidades. O que segundo Garcia (2000, p. 63):
A educação seja ela escolar ou “do mundo” é o fenômeno que só ocorre em razão de um
processo básico de interação entre pessoas. Que a Educação é um processo
eminentemente social, julgamos desnecessários investir, tal a evidência com que isto se
manifesta. Aliás, poderíamos ir mais além, ao dizer que a Educação existe exatamente
porque o homem é um ser gregário e que só se realiza como tal a partir do momento em
que entra em relação com o seu semelhante.
O ato de ensinar e aprender é um processo essencialmente social, porque “as relações entre
quem ensina e que aprende repercutem sempre na aprendizagem.” Nos afirmou isso Bruner (2000,
p. 50).
De certa forma o professor sempre aprende algo com o seu aluno, na medida em que
reconhece que esse aluno traz consigo um mundo particular, cheio de conhecimentos singulares,
que adquiriu no seu ambiente familiar, no seu grupo social.
O educando é uma pessoa que se desenvolve, que atualiza suas possibilidades, que se ajusta
e se reajusta, mediante processos dinâmicos, orientados por valores que lhe conferem
individualidade e prospectividade.
Deste modo ao professor cabe a responsabilidade de valorizar cada vez mais a interação que
deve haver entre ele e o seu aluno, pois se vê nessa interação um processo de intercâmbio entre
conhecimentos, idéias, ideais e valores, que atuam diretamente na formação da sua personalidade
enquanto ser humano. E para que isso aconteça, para que haja a construção coletiva do
conhecimento, é preciso que a relação professor-aluno seja baseada no diálogo livre, espontâneo e
verdadeiro.
Por interação social entende-se que seja o processo da influência mútua que as pessoas
exercem entre si. Assim numa sala de aula, deve haver essa troca de influência, recíproca do
professor em relação ao aluno e vice-versa, pois destacamos pelo nosso contexto escolar atual que a
4
influência que o professor exerce sobre o aluno é ainda muito grande, e esta pode ser positiva ou o
que é pior, negativa. Por isso se diz que o comportamento e as atitudes de um professor são de
fundamental importância para que contribuam para a aprendizagem do seu aluno e para a sua
formação.
Muitos professores se posicionam com autoridade excessiva diante dos seus alunos. Logo,
se o ensino é a orientação da aprendizagem visando a construção do conhecimento, a autoridade do
professor em sala de aula deve ser uma autoridade amiga, que estimule, incentive, oriente, reforce
os acertos, conserte as falhas e ajude a impedi-las de acontecer. Desta forma a autoridade precisa
ser aquela que auxilia, que descobre alternativas, que mostra os caminhos e que abre perspectivas.
Nunca a que pune, inibe a dificulta os relacionamentos.
Tomando como discussão a questão da autoridade do educador e da atitude dialógica, o
professor Reboul (2001, p. 56) assim nos disse:
O verdadeiro educador compreende que a autoridade por ele exercida não é sua. Mostra
por toda a sua conduta, que não é o detentor da autoridade, mas o testemunho. Essa
autoridade é a da humanidade sobre todos os homens, a da razão, da ciência, da arte, da
consciência, o papel do educador não é confiscá-la, mas, testá-la. Se lhes corrige as faltas
(dos alunos), admite ser também corrigido, se exige que dêem razão aos seus atos, admite
que lhe peçam a razão dos seus. Não está acima deles, está com eles.
Autoridade e autonomia são dois pólos dos processos pedagógicos. A autoridade do
professor e a autonomia dos alunos são realidades aparentemente contraditórias, mas, na verdade,
complementares. O professor representa a sociedade exercendo um papel de mediador entre o
indivíduo e a sociedade, enquanto que o aluno traz consigo a sua individualidade e sua liberdade.
Nessa visão Libâneo (1994, p. 252) afirmou que o professor autoritário não exerce a autoridade a
serviço do desenvolvimento da autonomia e independência dos alunos. Transforma uma qualidade
inerente à condição do profissional professor numa atitude personalista.
Deste modo, professores e alunos devem ter uma relação dinâmica, amigável e respeitosa
como toda e qualquer relação entre seres humanos. Pesquisas realizadas nesse campo mostram que
5
os professores que gostam do que fazem, que são amigos, que se mostram tolerantes diante de
algumas situações, que ouve os alunos, que estimula sua participação na aula, obtêm melhores
resultados do que professores competentes, mas frios e distantes em relação aos seus alunos.
Na análise de Mizukami (1986, p. 14,15) sobre a relação professor-aluno pode definir com
mais abrangência este tema. A autora divide os diversos períodos da história da educação em
abordagens e nos mostra que na pedagogia tradicional, predomina a autoridade do professor, que
exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O
professor transmite o conteúdo da forma de verdade absoluta, pronta para ser absorvida, em
conseqüência a disciplina imposta é o meio mais eficaz, para assegurar a atenção e o silêncio dos
alunos. A relação é vertical, e, o mestre ocupa o centro de todo o processo cumprindo objetivos
selecionados pela escola e pela sociedade. O professor comanda todas as ações da sala de aula e sua
postura está intimamente ligada à transmissão de conteúdos. Ao aluno neste contexto era reservado
o direito de repetir as informações sem nenhum questionamento.
O professor como facilitador da aprendizagem é aberto a novas experiências, procura
compreender numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e
procura conduzi-los a auto-realização. A responsabilidade da aprendizagem e dos objetivos a serem
alcançados é missão de ambos, o professor deve identificar no aluno o que é mais significativo para
ele e conduzi-lo a alcançar essa meta. Portanto o processo de ensino-aprendizagem depende
também de como se dá a relação entre eles.
Em um estudo sobre “o bom professor”, foi investigado por Cunha (1994, p. 70-71), o diaa-dia deste como indivíduo e como educador, analisa também sua prática metodológica, e a partir
de uma caracterização deste profissional, foram propostos novos direcionamentos para a formação
dos mesmos e também para os cursos de magistério. No entanto, sua análise a respeito da relação
professor-aluno passa pela forma com que o professor trabalha os conteúdos, como se relaciona em
sua área de conhecimentos e por sua satisfação em ensinar. A importância da relação entre o
6
educador e o educando é tão fundamental, de forma que a predileção do aluno por algumas
disciplinas, muitas vezes passa pelo gostar ou não de um determinado professor.
O primeiro professor da uma criança tem uma importância muito grande na atitude futura
desse educando, não só durante sua fase de aprendizagem, mas na sua relação com os sucessivos
professores é o que nos disse Hilal (1985, p. 19).
A relação professor-aluno deve acontecer num clima que facilite ao aluno sua
aprendizagem, o professor por sua vez deverá valorizar seu aluno permitindo que o mesmo avance
em sua jornada de construir seu conhecimento e será assim, cada vez mais sujeito da sua história.
A motivação dos alunos para a aprendizagem, através de conteúdos significativos e
compreensíveis para eles, assim como os métodos adequados, é fator preponderante na atitude de
concentração e atenção dos alunos. Se estes estiverem envolvidos nas tarefas, diminuíram as
oportunidades de distração e de indisciplina. Por outro lado, a aprendizagem não é uma atividade
que nasce espontaneamente dos alunos, por mais que o professor consiga a motivação e o empenho
dos alunos e os estimule com elogios e incentivos, deverá sempre cobrar o cumprimento das
tarefas, mesmo que eles não queiram, devem estar cientes que o não-cumprimento dessas
atividades terá conseqüências desagradáveis.
Ao nosso entender, as relações estabelecidas entre o professor e o aluno constituem a cerne
do processo pedagógico. É impossível desvincular a realidade escolar da realidade do mundo
vivenciada pelos discentes uma vez que essa relação segue na mesma direção, sendo assim ambos
podem aprender e ensinar através de suas experiências.
As relações entre os professores e os alunos, a forma como se comunicam, os
relacionamentos afetivos e emocionais, as dinâmicas aplicadas em sala de aula fazem parte das
condições organizativas do trabalho do educador, isso seguido de muitas outras ações praticadas
por ele. A interação professor-aluno é um aspecto fundamental dessa organização no sentido da boa
7
relação entre eles favorecer melhores condições para a transmissão e a assimilação dos
conhecimentos, hábitos e habilidades.
Podemos ressaltar dois aspectos da interação professor-aluno no trabalho docente: O
aspecto cognoscitivo (que diz respeito a formas de comunicação dos conteúdos escolares e às
tarefas escolares indicadas pelos alunos) e o aspecto sócio-emocional (que diz respeito as relações
pessoais entre o professor e o aluno e as normas disciplinares indispensáveis ao trabalho docente)
conforme afirmou Libâneo (1998, p. 249).
Desta forma entendemos por aspecto cognoscitivo o processo que acontece entre o ato
de ensinar e o ato de aprender, considerando-se que todo aluno dispõe de um grau determinado de
potencialidades cognoscitivas dependendo do nível de seu desenvolvimento mental, de sua idade,
de suas experiências de vida, de seu conhecimento prévio adquirido de sua vivência. O trabalho
docente deve acontecer de forma onde os objetivos, os temas de estudo e as tarefas escolares sejam
apresentadas de forma compreensível e clara, de maneira que todos os alunos possam entender. O
professor deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor suas opiniões e
a dar suas respostas. O trabalho do professor nunca deve ser unidirecional.
No que diz respeito ao aspecto sócio-emocional, ainda segundo Libâneo, refere-se aos
vínculos afetivos que se estabelecem entre o professor e o aluno.Ao educador cabe a tarefa de saber
combinar severidade e respeito, diferenciando essa relação afetiva da relação familiar, os alunos
não são nossos filhos, nossos sobrinhos, nossos parentes, são educandos. Temos que saber
diferenciar. Ainda que o professor necessite atender a um aluno em especial, deve ter o cuidado
para que essa ação esteja voltada para a atividade de todos os alunos em torno dos objetivos e dos
conteúdos da aula.
O trabalho do bom professor é reflexo do bom relacionamento que ele tem com seu aluno,
e, segundo Abreu e Masseto (1990, p. 115): É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do
que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos
alunos. É o modo de agir do professor que por sua vez, reflete valores e padrões da sociedade.
8
Desta forma convém concordar com o autor que a maneira de agir de um professor é de
fundamental importância na aprendizagem de seu aluno. Cabe ao educador dar condições para que
o educando construa seu conhecimento, desenvolva suas habilidades, deixe aflorar sua capacidade
de criar, construir, elaborar. Outra questão a se considerar ainda segundo o mesmo autor é o
professor como transmissor de conhecimentos, onde é questionado que na maioria das vezes, a
escola não oferece condições aos professores para que estes desenvolvam atividades com seus
alunos, onde eles tenham oportunidade de construírem seus próprios conhecimentos, dessa forma,
se limitam apenas a repassar conteúdos, prontos e acabados e que serão apenas assimilados pelos
alunos.
O enfoque do professor estará centrado em ser “aberto” para aprender a cada momento, e,
não em ser “correto”, nos afirmou Borges (1995). Ao professor caberá a tarefa de ensinar aos seus
alunos a tomarem decisões neste mundo marcado pela pluralidade de informações. Nesse contexto,
competirá ao professor auxiliar seu aluno na coleta de dados, na análise de questões, na elaboração
e na construção do seu próprio conhecimento. Desta forma não se dará tanta ênfase ao certo ou ao
errado, mas, sim em se estar aberto para aprender.
Assim, reconhecendo qual grande é a importância de haver um bom relacionamento entre
professor e aluno, citamos Haidt (2000, p. 7), em sua magnífica obra: Professores para quê?
Quando nos disse que:
Cada um de nós conserva imagens inesquecíveis dos primeiros dias de aula e da lenta
odisséia pedagógica a que se deve o desenvolvimento do nosso espírito e, em larga
medida, a formação da nossa personalidade. O que nos ensinaram a matéria desse ensino,
perdeu-se. Mas, se adultos esquecemos o que em criança aprendemos, o que nunca
desaparece é o clima desses dias de colégio: as aulas e o recreio, os exercícios e os
jogos,os colegas.
Na discussão entre os diversos autores, sobre o tema relação professor-aluno, citamos o
que nos disse Morales (2000):
9
1. Características e atitudes dos professores que mantêm bom relacionamento com os alunos.
Entrar na questão de selecionar as características do professor ideal nos distanciaria do tema
mais específico da relação professor-aluno; tomamos aqui como exemplo, mestres influentes e
inspiradores como: Aristóteles, Platão, Jesus de Nazaré, Dewey e muitos outros. Essa lista é muito
heterogênea, mas destaca a influência que pode ser exercida por uma só pessoa. Que características
tinham esses mestres que os tornaram tão influentes?
O professor ideal não existe, porque atende a pessoas diferentes, com comportamentos e
atitudes diferentes, vindas de diversas realidades, inseridas em diferentes contextos.
Todos nós podemos lembrar de bons professores muito diferentes entre si; e que jamais
serão esquecidos.
1.1 O bom professor visto pelos alunos
São muitas as pesquisas e os estudos realizados sobre quais seriam as características do
professor ideal. Desse tipo de estudo emergem duas categorias de traços ou condutas: Alguns
dizem respeito à competência do professor para ensinar, a maneira como transmite os conteúdos, a
segurança a respeito do assunto, o controle de classe... Outros se referem ao seu relacionamento
com os alunos, seu modo de agir, de ser compreensivo com todos, de ser paciente, de estar
disponível para ajudar.
Podemos ser bons professores e ao mesmo tempo pessoas diferentes, embora haja um perfil
claro do bom professor, não se trata de um perfil rígido; os próprios alunos reconhecem que seus
bons professores eram pessoas bem diferentes.
10
1.2 Características pessoais
Há uma série de estudos que mostram a relação entre qualidade do professor, no entender
dos alunos, e traços de personalidade e de caráter. Os professores distantes, agressivos ou
neuróticos são mais mal avaliados que aqueles considerados flexíveis, próximos, organizados,
perfeccionistas e eficazes.
Sem dúvidas, há traços de personalidade mais promissores que outros, para ser um bom
professor e estabelecer um bom relacionamento com os alunos, talvez nos convenha além de falar
em traços, falar também em atitudes, e de como concebemos nosso papel de professor, pois o que
fazemos surge das nossas atitudes, e, na hora da verdade, importa mais o que fazemos do que como
somos. A reflexão e a mudança são possíveis, não apenas no que diz respeito ao senso de humor,
mas, no que se refere ao nosso modo de agir.
1.3 Atitudes e condutas: como nos vemos como professores.
Os bons professores coincidem em uma série de pontos:
Em ver sua profissão docente como uma oportunidade para ajudar e servir aos outros.
Em acreditar que os professores têm a responsabilidade ética e moral de fazer-se
conscientes do impacto que eles tem sobre os alunos.
Em considerar-se como modelos de identificação e em aceitar as responsabilidades que essa
percepção de si mesmos, implica.
É necessário enfatizar a importância de como nos vemos a nós mesmos, como concebemos
nosso papel de professor, nossas condutas, nossas funções, como podemos fazer para levar nosso
aluno a refletir.
11
1.4 Reflexão sobre como somos e como podemos ser.
Mesmo sem reconhecer nossa profissão docente, como uma profissão de ajuda integral, é
lamentável desperdiçarmos a ocasião que nos é proporcionada de passar tantas horas com nossos
alunos, sem tirar proveito dessa situação e ajudá-los em sua formação.
A docência de conhecimentos e habilidades, a relação e comunicação inevitáveis,
produzidas em torno do puramente acadêmico como provas, normas etc, pode tornar-se veículo de
mensagens mais importantes, do que a relação humana propriamente dita.
Somos pessoas ocupadas: as tarefas docentes cansam, obedecemos a horários, sempre temos
tarefas extras, nossa energia é quase sempre consumida pelos alunos para mantermos o controle da
classe. Na verdade, para haver uma reflexão sobre nossas múltiplas atividades, sobre onde estão
nossas ênfases e prioridades, os únicos conselhos úteis que poderemos dar, serão os que dermos a
nós mesmos.
12
3. ESTRUTURAÇÃO METODOLÓGICA
DA PESQUISA
13
3.1 Abordagem Metodológica
Ao desenvolver este projeto de pesquisa, optou-se por uma metodologia onde foi
considerado principalmente o aspecto qualitativo das relações estabelecidas entre professores e
alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho em Solânea-PB.
Porém não deixando de buscar na pesquisa quantitativa subsídios que elucidam as falas da pesquisa
qualitativa.
Em todos os casos já estudados, observou-se que as mudanças quantitativas progridem até
certo ponto no interior dos seres humanos, porém ao chegar a um certo nível, essas mudanças
geram uma transformação qualitativa do objeto. De acordo com Trivinos (1987: p. 91) os estudos
acima citados nos afirmam que “mudanças quantitativas produzem sempre mudanças qualitativas”.
As pesquisas qualitativas nos dão condições de entender com mais precisão o que ocorre de
verdade no campo pesquisado, e, ainda nos permite entrar no desconhecido, descobrindo coisas
novas e contribuindo assim de forma científica, na área do conhecimento conforme nos afirmou
Lakatos (1992: p. 28).
3.2 Procedimentos Metodológicos
Esta pesquisa foi realizada no sentido de conhecer como se dava a relação professor-aluno
na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho em Solânea-PB, haja vista a
possibilidade de descontentamento por parte de alguns alunos, que apresentavam dificuldade de
permanecerem na sala de aula, permaneciam mais tempo na frente ou nos corredores da escola
do que nas salas de aulas. Deste modo surgiu a necessidade de pesquisarmos entre professores e
alunos a relação entre eles, para entendermos melhor porquê os alunos agiam daquela maneira.
14
Ao nosso entender é na sala de aula, principalmente, que o aluno adquire conhecimentos e
habilidades que o ajudarão na sua formação de ser humano capaz e consciente, preparado para
entender que os nossos direitos acabam onde começam os direitos dos outros, capacitados para
criticarem e aceitarem críticas, respeitarem e serem respeitados, nessa perspectiva citamos a
afirmação de Libâneo (2000, p. 249) que nos disse: a interação professor-aluno é um aspecto
fundamental da organização “situação-didática” tendo em vista alcançar objetivos do processo de
ensino: a transmissão e a assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades.
Entendemos ainda que conhecendo a relação professor-aluno, poderemos contribuir para
que se estabeleçam situações onde o aluno obtenha uma maior aprendizagem.
3.3 Campo de pesquisa
Esta pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo
Ramalho, local onde não há nenhum vínculo empregatício entre o agente da pesquisa e a Instituição
Escolar.
A escola está situada a Rua Alfredo Bandeira s/n na cidade de Solânea – PB. Em prédio
cedido pela Prefeitura Municipal de Solânea, onde no turno diurno funciona a Escola Municipal de
Ensino Fundamental Ernestina Pinto. Sua fundação se deu no ano de 1985 no governo do
Ilustríssimo Governador do Estado da Paraíba Ronaldo da Cunha Lima e recebeu este nome por ter
sido um dos idealizadores para a fundação da escola profissionalizante Técnico em Contabilidade.
Após sua morte, seu filho, então deputado Ramalho Leite apresentou um projeto que foi aprovado e
deu o nome a escola.
Atualmente, funciona no período noturno e conta com um quadro Administrativo de 01
diretor, 01 vice-diretor, 01 supervisor, 16 professores, 03 agentes administrativos e 05 funcionários
de apoio.
15
A escola tem 06 salas de aula do Ensino Médio e 04 salas de aula da EJA (Educação de
jovens e adultos) de 5ª a 8ª série, atendendo em média 500 alunos.
Trata-se de uma escola bem equipada com computadores, aparelho de televisão, antena
parabólica, vídeo cassete, retro-projetor, mimeógrafo a álcool, aparelho de som, bebedouro,
máquina de datilografia entre outros equipamentos.
Essas informações foram fornecidas pela direção da escola.
3.4 Sujeitos da pesquisa
Alunos e professores do 1º ano Médio Noturno da Escola Estadual do Ensino Fundamental e
Médio Arlindo Ramalho em Solânea – PB, de ambos os sexos e foram selecionados obedecendo
aos seguintes critérios:
Para os professores:
a) Estarem lecionando no 1ª ano médio noturno/2006;
b) Serem assíduos;
c) Serem licenciados,
Para os alunos:
a) Serem regularmente matriculados e estarem cursando o 1º ano médio noturno/2006;
b) Serem maiores de 18 anos;
c) Freqüentarem regularmente as aulas;
d) Os que voluntariamente dentro dos critérios acima citados, se apresentarem para
participarem da pesquisa.
3.5 Instrumentos de coleta de dados
Para a realização desta pesquisa, primeiramente, enviamos à direção da Escola Estadual
16
de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho, um ofício datado de 20 de novembro de 2006,
solicitando a autorização para que a pesquisa fosse realizada. Após a entrega e o recebimento do
deferimento do ofício, permanecemos na escola e na companhia da diretora, visitamos os
professores e os alunos do 1º ano médio das turmas A, B e C. Entregando-lhes a carta convite para
que os mesmos participassem da pesquisa, feito esse trabalho, retornamos às salas para saber quais
alunos gostariam de participar voluntariamente da pesquisa, obedecendo assim aos critérios já
descritos nesse trabalho, foram selecionados para participar 10 alunos do 1º ano A, 10 alunos do
1° ano B e 11 alunos do 1° ano C. Quanto aos professores, os que estavam presentes na escola
naquele dia, que foram 9 (nove) professores, todos gentilmente aceitaram o convite.
Os 31 alunos selecionados foram convidados a ir para outra sala que no momento estava
disponível na escola, isso com a permissão dos professores que em comum acordo, liberaram pelo
tempo necessário para a realização da pesquisa, deste modo foram distribuídos os questionários
individualmente e todos responderam na presença desta pesquisadora que ficou à disposição para
esclarecer qualquer dúvida. Esse processo durou em torno de 40 minutos.
Após o término do preenchimento dos questionários distribuídos, foram devolvidos à
pesquisadora que os identificou por ordem de entrega através do código de anonimização.
Exemplo: D1 1º A (D1 = discente que primeiro entregou o questionário pertence ao 1º ano da turma
A do turno Noturno). Da mesma forma se deu com os demais alunos que responderam ao
questionário. Logo após o término da pesquisa, os alunos retornaram para suas salas de aula.
No que se refere aos professores, 09 participaram da pesquisa, esses eram os educadores que
se encontravam presentes na escola no momento em que a pesquisa foi realizada. Todos eram
professores do 1° Ano Médio Noturno das turmas A, B e C e lecionavam as disciplinas: português,
geografia, história, artes, ciências, matemática, biologia, espanhol e educação religiosa. Todos se
dirigiram à Secretaria da Escola no horário do intervalo das aulas e individualmente receberam e
responderam ao questionário na presença dessa pesquisadora que permaneceu na secretaria da
escola e se dispôs a esclarecer qualquer dúvida. Todos responderam e devolveram os questionários
17
que foram identificados através de um código de anonimização por ordem de entrega. No quadro 2
constam essas informações. P = professor, 1 = ordem de entrega, 1° Ano A, B ou C = Ano e turma
que lecionam, turno noturno = horário que lecionam.
As questões formuladas nos questionários foram direcionadas para o nosso objetivo e
obedeceram a um roteiro seqüencial de acordo com a nossa perspectiva. Assim para os alunos
apresentamos um questionário com 14 perguntas, sendo 10 perguntas objetivas e 04 perguntas
subjetivas. Para os professores o questionário continha também 14 questões. Sendo todas
subjetivas.
A importância desse instrumento de pesquisa está na legitimidade da liberdade e sinceridade
com que foram respondidos todos os questionários por professores e alunos.
A pesquisadora guarda em seus arquivos pessoais a identificação dos participantes da
pesquisa, sendo que os questionários não constavam com identificação particular nos formulários
distribuídos tanto para os alunos quanto para os professores.
Quadro I – Codificação para identificação dos professores
P1 1ºANO
Docente
11 A,B,C
Turno - Noturno
P2 1ºANO
Docente
21 A,B,C
Turno - Noturno
P3 1ºANO
Docente
31 A,B,C
Turno - Noturno
P4 1ºANO
Docente
41 A,B,C
Turno - Noturno
P5 1ºANO
Docente
51 A,B,C
Turno - Noturno
P6 1ºANO
Docente
61 A,B,C
Turno - Noturno
P7 1ºANO
Docente
71 A,B,C
Turno - Noturno
P8 1ºANO
Docente
81 A,B,C
Turno - Noturno
P9 1ºANO
Docente
91 A,B,C
Turno - Noturno
18
Quadro 2 – Codificação para identificação dos alunos
D1 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D2 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D3 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D4 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D5 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D6 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D7 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D8 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D9 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D10 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D11 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D12 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D13 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D14 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D15 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D16 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D17 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D18 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D19 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D20 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D21 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D22 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D23 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D24 1ºB
Discente
Do 1º ano B
Turno Noturno
D25 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D26 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D27 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D28 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
D29 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D30 1ºC
Discente
Do 1º ano C
Turno Noturno
D31 1ºA
Discente
Do 1º ano A
Turno Noturno
19
3.6 Análise dos Dados
Fez-se análise qualitativa do material coletado através de entrevistas escritas onde foi
utilizado um questionário com questões subjetivas para os professores. As categorias de análises
foram construídas a partir da questão central da pesquisa que se desenvolveu abrangendo o tema
relação professor-aluno na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho na
cidade de Solânea-PB.
Para análise das entrevistas com os professores foram construídas seis categorias a partir do
questionário elaborado. (1) Professores falam como iniciam o ano letivo, (2) qual metodologia mais
utilizam em suas aulas, (3) como se comportam os alunos em sala de aula, (4) como os alunos
interagem na escola e na família, (5) elementos que facilitam em dificultam a aprendizagem dos
alunos, influências da vida particular do professor na relação com os alunos, (6) e do que os alunos
reclamam em relação a escola em todo seu contexto.
Para analisar as respostas dos questionários respondidos pelos alunos, foram construídas 06
categorias: (1) linguagem e comunicação dos professores com os alunos, (2) relação pessoal dos
alunos com os professores, como se apresentam, (3) como ministram suas aulas, (4) como se
comportam os alunos diante das dúvidas dos conteúdos, (5) se os professores consideram o
conhecimento adquirido pelo aluno em sua vivência e (6) olhar dos professores quanto à
sexualidade dos alunos.
Estas categorias regeram a entrevista em sua totalidade, tendo sido esses temas abordados
através de várias perguntas direcionadas ao assunto.
Transcreveu-se a entrevista em forma de codificação, por exemplo todas as respostas dadas
a uma mesma pergunta feita aos professores: P significa professor, P1 (corresponde ao primeiro
professor que entregou o questionário), P2 (segundo professor que entregou o questionário) e assim
sucessivamente. Todos os professores entrevistados lecionavam simultaneamente nas turmas A, B e
C.
20
A mesma forma foi utilizada para a entrevista com os alunos: D (discente), D1 (discente que
pela ordem entregou o primeiro questionário), D2 (Discente que entregou o segundo questionário),
A, B e C, correspondem as turmas dos respectivos alunos. Por exemplo, D3. C (terceiro discente a
entregar o questionário pertence a turma C).
Na análise dos resultados tem-se a exposição desses dados com as respectivas análises,
resultando num texto definido para a conclusão da pesquisa.
21
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
22
4.1 Professores falam sobre a relação professor-aluno
Os professores que participaram desta pesquisa são profissionais com formação superior, e
tem em média mais de seis anos de experiência com jovens e adultos. Acredita-se portanto, que são
capacitados e que apresentam prática e habilidade no ato de ensinar e lidar com esse alunado.
Vê-se então, que por se tratar de uma relação entre jovens e adultos, pessoas que trazem
consigo todo um aprendizado de sua vivência, precisamos que se instale entre educadores e
educandos um ótimo relacionamento como ponto de partida. Pois sabemos que o professor serve de
referência para seus alunos e que é um formador de opiniões. Por isso, uma boa relação
estabelecida entre ambos é um caminho para que se chegue ao objetivo de todo professor que é a
aprendizagem do aluno. É o que nos disse Morales (2000, p. 157):
Nosso impacto e nossa influência sobre os alunos vão além dos conhecimentos e
habilidades que ensinamos. Nisto pode consistir o mais importante de nossa atividade
como professores: incidimos em valores, atitudes, hábitos, motivação, em como eles vêem
a si mesmos.
4.1.1 Professores comentam sobre como iniciam o ano letivo
É de fundamental importância que um professor, ao iniciar o ano letivo com uma turma,
procure conhecer sobre a realidade social e econômica desses alunos, para que assim ele tenha
condições de saber com que pessoa vai conviver e lidar durante todo o ano. É importante saber de
onde esse aluno vem, como se relaciona com sua família, o que pretende para o futuro, se apresenta
alguma dificuldade. Obtendo essas informações tão necessárias, o educador poderá direcionar ajuda
especificamente ao aluno que precisa e de acordo com a realidade desse aluno. O nosso
entrevistado P5 nos afirmou:
Sim. A entrevista acontece no 1º dia de aula, procuro saber o colégio de onde eles vêem, o
bairro, a rua e observo o perfil psicológico, já que permite ter uma idéia de como conduzilos.
23
Outra questão que apresentamos foi quanto ao material didático solicitado aos alunos pelo
professor no início do ano letivo, no intuito de facilitar suas aulas, haja vista que consideramos que
para acontecer uma aula proveitosa o material didático utilizado pelo aluno e pelo professor tem
importante papel, tanto para despertar o interesse do aluno, quanto para tornar a aula mais
agradável. Principalmente em se tratando de alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) que, na
sua grande maioria, são muito trabalhadores, que precisam ter aulas atrativas e interessantes para
permanecerem na escola. E, ao contrário da nossa expectativa, o nosso entrevistado P 1 ministrava
suas aulas usando apenas o livro didático ou uma apostila, outros materiais didáticos que serviriam
de subsídios para ilustrar melhor os conteúdos não eram usados. Segundo Nérice (1983, p. 186)
“cada professor deveria providenciar a aquisição e confecção do material necessário à sua
disciplina, que iria sendo enriquecido de ano para ano.
Por se tratar de uma escola pública e da maioria dos alunos pertencerem a uma classe social
menor favorecida, os docentes P1, P2, P3 e P9 disseram que quase não pedem material e justificam:
Peço o mínimo possível, já que quase a totalidade dos alunos é de origem pobre,
economicamente.
4.1.2 Professores comentam quais as metodologias mais utilizadas em suas aulas
O educador deve propiciar aos seus alunos condições para que todos tenham o maior
aproveitamento possível dos conteúdos ministrados, as situações que favoreçam o desenvolvimento
da sociabilidade, da cooperação e do respeito mútuo devem ser uma constante, na prática
pedagógica do professor. O entrevistado P.1 nos respondeu quanto a essa questão:
O método que aplico é de procurar envolver o aluno a entrar na discussão dos conteúdos,
ou seja, fazer com que o aluno interaja, para que se processe a aprendizagem.
24
Os métodos mais utilizados pelos professores diferenciam a aprendizagem dos alunos,
professores que são capazes de descobrir qual a metodologia que mais se adequa ao seu alunado,
sempre demonstra mais êxito em suas aulas, bem como seus alunos apresentam um rendimento
mais significativo. O professor P2 nos disse:
Como sabemos, a educação pública precisa melhorar, mas tento usar o método de Paulo
Freire.
Alguns professores entrevistados ainda culpam o sistema educacional que não fornece
subsídios para que sejam usadas, em sala de aula, novas metodologias. Acreditamos que o
professore realmente comprometido com a educação poderá utilizar a metodologia que mais
favoreça ao alunado de acordo com as condições psicológicas, sociais ou particulares que
apresentam, independentemente do sistema educacional do país. Já que esse sistema não impõe ao
professor que ele se prenda a algum método, todo professor tem liberdade para utilizar em suas
aulas as metodologias que lhe convierem. Porém o professor P.9 nos respondeu quanto a esse
questionamento:
São as aulas expositivas, lamentavelmente por falta de alguns recursos tais como:
técnicos, econômicos, pedagógicos, etc.
Para outros professores entrevistados a metodologia que mais usam são o diálogo, a
conversação, a aula expositiva, leitura de apostilas e discussão. Segundo Nérice (1983, p. 304):
O professor deve incentivar a participação dos educandos, aproveitando ao máximo idéias
e sugestões dos mesmos. Não deve também inibi-los quando emitirem conceitos menos
felizes, sim orientá-los para melhorarem os mesmo.
4.1.3 Professores falam como se comportam os alunos em sala de aula
Os professores precisam entender que todo educador serve de exemplo para o educando,
pois a postura do professor influencia no comportamento dos alunos, lembro-me de uma frase que li
em um pára-choque de um caminhão que me chamou bastante atenção; “O que o mestre é
25
vale mais do que os ensinamentos do mestre”. Em muitos casos, os alunos ainda se espelham em
seus professores, ainda se comportam de acordo com o que vêem em seus professores, na medida
em que ele impõe respeito e autonomia em sala de aula, seus alunos responderão da mesma forma.
O nosso entrevistado P1 nos disse:
As turmas são ecléticas e os alunos se comportam de maneira diferentes, uns melhores que
outros. Acho normal, pois por serem jovens geralmente são irreverentes.
Por essa pesquisa ter sido realizada com alunos vindos da EJA (Educação de Jovens e
Adultos) e que infelizmente ainda há um certo preconceito, por se tratar de alunos que perderam
alguns anos de escolarização por diversos motivos, e cursam séries que já deveriam ter sido
cursadas, esses alunos ainda sofrem algum tipo de discriminação. Porém em nossa pesquisa o
professor P2 nos disse:
Na visão de muitos: quem estuda à noite não tem compromisso. Isso não é verdade, os
alunos que estudam à noite se comportam maravilhosamente (com algumas exceções).
De acordo com nossos entrevistados a maioria dos alunos do 1º ano noturno na Escola
Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho em Solânea-PB, se comportam bem,
apresentam dedicação e entusiasmo, participam das aulas. O nosso entrevistado P3 nos disse:
Há uma diversidade nas turmas, os mais jovens são desinteressados, os mais maduros
prestam mais atenção.
4.1.4 Professores falam como os alunos interagem na escola e na família
Ainda há muita dificuldade em se tratando da interação entre a escola e a família. Essas duas
importantes instituições ainda agem separadamente cada uma em seu lugar. Sabemos que muitos
dos problemas que a escola enfrenta com o aluno, e exatamente pela falta de interação que devia
haver entre a escola e a família. Sabiamente Pillete (1995, p. 97) nos disse:
26
O trabalho do professor torna-se mais fácil na medida em que ele puder obter dos alunos
informações sobre seus problemas e temas favoritos.
Observou-se com a pesquisa realizada que a interação entre a família e a escola ainda está
distante do almejado, sentimos isso quando questionamos aos professores quanto ao envolvimento
deles em algum problema emocional dos alunos, e verificamos que ainda não há esse
comprometimento da família e dos profissionais em educação quando o aluno apresenta alguma
dificuldade ou descontrole no seu campo emocional. Citamos o que nos disse o P1:
Não. Até porque geralmente alunos com problemas emocionais se afastam da escola.
Diante do exposto, questionamos: se houvesse interação entre a família dos jovens que são
considerados problemáticos e a escola, será que não poderíamos ajudar esses alunos? Até que ponto
essa falta de interação tem prejudicado nossos alunos?
Acreditamos que é possível fazer alguma coisa para ajudar nossos alunos que precisam de
nós. E algumas informações para que essa ajuda possa acontecer, precisa vir da família e viceversa. O entrevistado P5 nos disse que:
Sim. Meus alunos já me procuraram e me procuram sempre para falar de assuntos
pessoais.
É de suma importância que o educador tenha um certo conhecimento a respeito do seu aluno
em relação a sua vida familiar, pois o aluno apesar de todos os problemas, se está na escola é por
que vê nela uma possibilidade de melhorar a sua vida e cabe a nós educadores oferecer a este aluno
a base para que ele tenha condições de lutar para alcançar seus objetivos.
4.1.5 Professores falam dos elementos que facilitam ou dificultam a aprendizagem dos alunos
Para muitos dos professores entrevistados, as maiores dificuldades encontradas para
ministrarem suas aulas e alcançarem bom êxito na aprendizagem são: P9: Falta de conhecimento
acumulativo de outros conteúdos e de outras disciplinas; P5: É quando os alunos não estão
27
todos em sala de aula; P3: A falta de interesse pelo estudo, pois os alunos do turno da noite não dão
valor ao desenvolvimento cultural. P1 ainda nos disse:
É juntar os alunos para realizar algumas atividades, pois uns chegam muito atrasados e
outros não vem à escola. E quando vem não traz o livro didático, que é a ferramenta
principal.
Porém sobre os fatores já mencionados como principais dificuldades para a realização das
atividades em sala de aula o entrevistado P.3 nos revelou:
A falta de compromisso dos educandos com o ensino-aprendizagem, muitos vão a escola
como um passeio.
Outros entrevistados afirmam que a infra-estrutura da escola apresenta dificuldades para que
sejam desenvolvidas algumas atividades. Entendemos que o professor precisa ser hábil para
desvendar e driblar esses desajustes e essa carência ocasionada pela falta de compromisso do
próprio sistema educacional, pois afinal o aluno não tem que pagar o preço total por isso.
Enfim, entendemos que o professor, que vê na educação um caminho para a prática socialtransformadora, precisa vencer os obstáculos e as dificuldades que surgem e dá sempre o melhor de
si, o melhor que for possível para que impere no seu trabalho de educador o compromisso com a
aprendizagem dos seus alunos. Para isso terá que planejar bem suas aulas de acordo com a
realidade da sua turma, desenvolver atividades que privilegiem os conteúdos mais significativos
para a vida do seu aluno e que seja compatível com o seu contexto social.
4.1.6 Professores falam sobre a influência de sua vida particular na relação com os alunos / do
que reclamam os alunos em relação a escola em todo seu contexto.
Para cumprir bem sua missão, todo professor deve demonstrar continuamente coerência
entre ações e seus caráter. Seu comportamento e momento algum deve contradizer seus preceitos,
pois nada poderá ser mais desastroso em educação que atitudes incoerentes do educador.
28
Lembro-me de um pensamento que eu li há algum tempo atrás de um autor desconhecido, que me
chamou muito a atenção quando disse: “o que o mestre é, vale mais do que os ensinamentos do
mestre.” Assim continua sendo mestre um espelho, um exemplo a ser seguido, o que nos leva a
afirmar que o professor deverá ter bons costumes puros, e terá que ter cuidado para não dizer nem
fazer alguma coisa que seja mau exemplo para os seus educandos, ou os leve a imitar o que não
possa ser justificado. Porém não queremos dizer com isso que o professor não tenha liberdade de
agir com bom senso diante dos seus alunos, questionamos que o mesmo deverá ser cauteloso em
suas atitudes para não servir de mau exemplo para seus educandos.
Quando indagam os professores sobre o estado civil de cada um, e até que ponto sua
situação emocional ajudava ou prejudicava o seu desempenho em sala de aula, o entrevistado P2
nos disse:
Sou casada e tento não levar os problemas pessoais para a sala de aula. Os alunos não têm
culpa pelos meus problemas.
Observou-se nessa pesquisa que a maioria dos professores entrevistados são casados e vêem
nessa condição que a mesma ajuda a manter o equilíbrio e tratar todos como uma grande família.
Como nos diz o entrevistado P1:
Sou bem casado. Vivo de bem com a vida. Entendo que a sala de aula não é um divã, nem
os alunos são psicólogos para resolverem problemas emocionais dos professores.
Para os entrevistados solteiros, os mesmo nos dizem que suas condições emocionais estão
separadas do profissional e o estado civil não altera em nada. Assim nos diz o educador P5:
Sou solteiro. A emoção é casada com a razão, separo as duas na ocasião oportuna.
4.2 Diálogo entre professores e alunos em relação a escola em todo o seu contexto
Procuramos saber dos educadores se em algum momento os alunos reclamam a respeito de
alguma coisa e que reclamações seriam essas, que geravam insatisfações a esses educandos. O
nosso entrevistado P1 nos diz:
29
Sim. Reclamam de aulas vagas. Não posso fazer nada, pois não é de minha competência.
Outros professores aos serem indagados sobre o assunto falaram que os alunos do Ensino
Médio, por na sua grande maioria, serem pessoas adultas e trabalhadoras, geralmente são muito
exigentes e não gostam quando há aulas vagas, se queixam se outro colega conversa na hora da aula
e lhes tira a atenção da explicação, se mostram descontentes se há conversas nos corredores da
escola próximo a sala de aula, e ainda se os
professores copiarem muito a matéria no quadro-negro, alguns ainda reclamam por a escola não
possuir prédio próprio, pois não se sentem a vontade na casa alheia.
Indagamos também aos professores o que eles fazem diante das reclamações dos alunos e o
nosso entrevistado P9 responde:
Os alunos reclamam sempre dos professores que faltam constantemente as aulas. A
respeito disso, oriento a procurar a direção.
Percebemos que a maior parte dos nossos entrevistados orientam os alunos a procurarem a
direção da escola diante de algumas reclamações, não detectamos em nenhuma das respostas dos
educadores, outra posição que não seja a essa e confirmando o que relatamos, citamos o que nos
respondeu o professor P2:
Reclamam. Sou sempre sincera e falo: Não se cale, procure explicação e exija solução aos
responsáveis pela situação.
4.3 Alunos falam da relação professor-aluno na escola
Para os alunos, sujeitos de grande importância para nossa pesquisa, a maneira como se dá a
relação entre professores e alunos na escola, é um dos fatores de muita relevância para o bom
desenvolvimento da aprendizagem e da convivência entre toda comunidade escolar. É de
fundamental importância que entre professores e alunos haja sempre a abertura para
30
conversações, espaços livres onde possa haver reflexões, discussões, onde haja liberdade para se
expor opiniões. A respeito disso, para Pillete (1995. p. 79):
O aluno é capaz de pensar, refletir, discutir, ter opiniões, participar, decide o que quer
fazer e o que não quer. O aluno é gente assim como o professor.
De acordo com esse pensamento, é que defendemos a idéia de que é preciso haver em todas
as circunstâncias e em todos os momentos um bom relacionamento entre professores e alunos,
dessa forma haverá
sempre
mais
facilidade
para
o
professor desenvolver bem o seu
trabalho e o aluno obter um maior aprendizado que o eleve na vida, tanto como estudante como ser
humano.
4.3.1 Linguagem e comunicação do professor com o aluno
Os alunos do 1° ano A, B e C nos afirmaram que a linguagem utilizada pelos seus
professores e a forma como se dá a comunicação entre eles é: 3,22% ruim, 25.81% regular, 38.71%
boa e 32.26% ótima.
Sabemos da importância que existe quanto a linguagem utilizada pelo professor e pela
forma como se dá a comunicação entre ele e seu aluno em sala de aula. Essa prática deve buscar
alternativas na linha de um ensino mais participando, onde ambos compartilhem idéias, busquem
entendimentos através do diálogo e construam conhecimentos simultâneos.
De forma geral, entendemos que os professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental
e Médio Arlindo Ramalho se esforçam para utilizarem uma linguagem boa com os
seus alunos e que existe comunicação entre eles, o que nos leva a afirmar que a linguagem utilizada
pelos professores satisfaz a maioria dos alunos, com isso não pretendemos afirmar que não precise
haver melhoras na linguagem e na comunicação, é óbvio que o ideal seria atingir a
uma meta de cem por cento, ou se aproximar disso, no que for possível.
31
LEGENDA
ruim 3,22%
regular 25,81%
boa 38,71%
ótima 32,26%
Gráfico 1, linguagem e comunicação dos professores.
4.3.2 Relação pessoal dos alunos com os professores
Observou-se no gráfico 2, que 58,07% dos alunos perguntados se conversam assuntos
pessoais com seus professores na escola responderam que não, entretanto 22,59% responderam que
as vezes, sendo que 6,45% não se sentem a vontade e 12,9% sempre que necessário.
Para se compreender melhor as ações, o comportamento, as atitudes de outra pessoa,
precisamos conhecê-la melhor. Se não corremos o risco de ter uma impressão errada, ou até mesmo
de agir de maneira errônea com essa pessoa, que não sabemos nada, ou sabemos muito pouco a
respeito. Assim é com o nosso aluno, precisamos saber mais sobre ele, para termos condições de
entendê-los melhor ou até mesmo de poder ajudá-los, seja no âmbito escolar, profissional ou moral.
É preciso que se estabeleça um elo de amizade e confiança entre educador e educando, para
que possa haver um trabalho bem mais proveitoso, pois quando se conhece melhor o aluno é mais
fácil para o professor traçar uma linha de trabalho que possa melhor atender as necessidades
individuais desse aluno.
Deste modo entendemos que não há entre a maioria dos alunos e seus professores a
confiança ou até mesmo a oportunidade de aproximação para que possa haver esse elo de diálogo
32
entre ambos. Verificamos que na relação pessoal a maioria se mantém distante dos seus
professores, cada um em seu mundo, não podendo compartilhar entre si, dos problemas ou até
mesmo dos bons momentos de suas vidas pessoais.
Vale salientar que alguns, mesmo representando pequena parte, afirmaram que conversam
com seus professores sobre assuntos pessoais sempre que necessário. Desta forma entendemos que
há um caminho a ser seguido, se vê uma possibilidade de professores e alunos ampliarem essa
relação e se ajudarem mutuamente sempre que for preciso. O ideal seria que os professores e alunos
ampliassem essa abertura para que o aluno se sentisse à vontade para iniciar a conversa quando
houvesse necessidade. E Pilleti (1995, p. 96.) nos afirmou:
O professor precisa ter sempre em mente que o aluno é um ser humano comum, com altos
e baixos, com medos, problemas, aspirações e desejos a realizar.
Naturalmente, fatos pessoais que podem ser contados na sala de aula não são os mesmo
contados em outro tipo de relação. Não se trata, porém, dos professores contar aos alunos ou viceversa fatos da sua vida pessoal, mas, podem ser trocadas experiências, episódios, opiniões e até
êxitos ou fracassos que tem relação com o que está se tratando na sala de aula. A finalidade não é
em entrar na intimidade do outro e sim encurtar distâncias.
LEGENDA
não 58,07%
às vezes 22,59%
não se sentem a
vontade 6,45%
sempre necessáro
12,9%
Gráfico 2, relação pessoal dos alunos com os professores
33
4.3.3 Alunos falam como os professores se apresentam para ministrarem suas aulas.
No gráfico 3, perguntamos aos alunos e 3,22% responderam aborrecidos, enquanto que
6,45% indiferentes, porém 83,88% normais e 6,45% entusiasmados.
Sabemos que o modo como os professores se apresentam a turma para ministrarem suas
aulas é de fundamental importância. Existem professores que embora não assumam que o seu astral
é variável, o aluno percebe isso e se comporta também de maneira variável. Quando um professor
chega à sala de aula e apresenta entusiasmo, a tendência é que ele transfira para o seu aluno o
mesmo entusiasmo, e dessa forma caminha todo um processo de aprendizagem. Pois hoje nossos
alunos querem professores que não apenas lhes apresentem o mundo, mas também lhes mostrem
como nele caminhar. É importante que os professores não apenas digam que é preciso atenção e
entusiasmo para aprender, mas que os conduza a isso.
Desta forma a grande maioria dos nossos alunos entrevistados consideram que seus
professores se apresentam e ministram suas aulas normalmente, não se mostram mais dispostos
nem menos dispostos a enriquecerem suas aulas com mais ênfase com mais criatividade, inserindo
novidades.
Entendemos que grande parte dos alunos esperam mais dos seus professores ao ministrarem
suas aulas e estes ainda não conseguiram corresponder a tais expectativas.
LEGENDA
aborrecidos 3,22%
indiferentes 6,45%
normais 83,88%
entusiasmados 6,45%
Gráfico 3, alunos comentam como os professores se apresentam para ministrarem suas
aulas.
34
4.3.4 Como se comportam os alunos diante das dúvidas dos conteúdos / Porque permanecem na
escola.
Ao serem indagados no gráfico 4 sobre como se comportam quando não entendem um
conteúdo, 22,58% responderam que perguntam a um colega, enquanto 41,94% pede explicação em
público, porém 19,35% em outro momento procuram o professor e 16,13% deixa passar.
De acordo com as respostas dadas pelos nossos entrevistados, percebemos que apesar de
muitos alunos procurarem tirar suas dúvidas com os professores, a maioria ou procura tirar suas
dúvidas com um colega ou sozinho, e depois procura o professor, certamente não se sente a vontade
para perguntar diante de sua turma e ainda tem aqueles que ficam com as dúvidas. Essa atitude da
maioria é preocupante, pois com dúvida não há aprendizagem que é o principal objetivo do
professor.
LEGENDA
pergunto a um colega
22,58%
peço explicação em
público 41,94%
em outro momento
procuro o professor
19,35%
deixo passar 16,13%
Gráfico 4, como se comportam os alunos diante das dúvidas dos conteúdos
Perguntamos no gráfico 5 qual a razão principal da permanência deles na escola e 54,83%
responderam que é para adquirir um diploma para conseguir emprego, sendo que 45,17% se
preparar para o vestibular, porém 0% porque a família obriga você a estudar e 0% outros.
Percebemos que nossos entrevistados apresentam dois objetivos permanecendo na escola,
uns pensam em ter um diploma para tentar arrumar emprego, o que não é fácil no nosso país, onde
milhões e milhões de jovens sofrem com a falta de emprego. E os outros pensam em
35
estudar mais, se preparar para enfrentar o vestibular e ter uma maior e melhor qualificação
profissional.
LEGENDA
adquirir um diploma para
conseguir emprego
54,83%
preparar-se para o
vestibular 45,17%
porque a família obriga
você a estudar 0%
outro 0%
Gráfico 5, razão principal da permanência dos alunos na escola
4.3.5 Alunos falam se os professores consideram seus conhecimentos adquiridos em sua vivência.
Ao interrogarmos nossos alunos no gráfico 6 se os seus professores levam em consideração
seu conhecimento adquirido em sua vivência, 29,04% responderam que não, porém 67,74%
disseram que às vezes e 3,22% sempre.
Todo ser humano traz consigo desde o seu nascimento um conjunto de aprendizados e
saberes adquiridos em sua vivência, com a sua família, com o grupo social a que pertence. E esse
conjunto de saberes precisa ser considerado. Todo professor necessita da sensibilidade para
perceber que o seu aluno já traz consigo uma infinidade de habilidades e capacidades que precisam
apenas ser melhoradas, serem acrescidas por outros elementos, pois entendemos que ser capaz não
é uma condição solitária e fixa: As habilidades desenvolvem-se em diferentes contextos e em
diferentes momentos.
Verificamos que para a maioria dos nossos entrevistados, apenas às vezes é considerado o
conjunto de conhecimentos que cada aluno em particular traz consigo. É uma pena que esse
36
método de valorizar os conhecimentos prévios dos alunos ainda não esteja sendo posto em prática
por todos os professores, pois vemos nela uma forma de valorizar o aluno, de mostrar-lhes o quanto
seus saberes podem contribuir para a vida de outras pessoas, precisamos aceitar a diversidade de
tempos e de culturas na aprendizagem de nossos alunos.
LEGENDA
não 29,04%
às vezes 67,74%
sempre 3,22%
outro 0%
Gráfico 6, os professores levam em consideração os conhecimentos que os alunos adquirem em sua
vivência.
4.3.6 Alunos falam sobre o olhar dos professores quanto aos seus problemas pessoais e a sua
sexualidade
Questões como problemas pessoais e sexualidade são temas muito complexos e ainda pouco
discutidos entre alunos e professores. Quando os alunos chegam á escola ainda trazem consigo
aquele receio de falar com seus professores sobre determinados assuntos principalmente em se
tratando de sexualidade, onde infelizmente ainda existem muitos tabus, muitos preconceitos vindos
da própria sociedade. A escola cabe o papel de informar cientificamente sobre o assunto, o que dá
condições aos professores de esclarecer dúvidas, desfazer crenças, orientar corretamente aos jovens
como proceder. Não compete a nenhum professor julgar ou opinar sobre a orientação sexual dos
seus alunos, essa é uma questão particular e que deve ser respeitada por todos. De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais, volume 10, pluralidade cultural e orientação sexual, p. 112:
37
O fato de a família ter valores conservadores, liberais ou progressistas, professar alguma
crença religiosa ou não e a forma como o faz, determina em grande parte a educação das
crianças. Pode-se afirmar que é no espaço privado, portanto, que a criança recebe com
maior intensidade as noções a partir das quais construirá sua sexualidade na infância.
Deste modo não compete à escola em nenhuma situação, julgar como certa ou errada a
educação que cada família oferece aos seus filhos, mas trabalhar o respeito e a aceitação pela
orientação individual de cada ser.
A respeito da nossa entrevista, quando perguntamos se o tema sexualidade era explorado
pelos professores em sala de aula, alguns responderam que as vezes, outros responderam não, e os
nossos entrevistados: D27.C, D24.B e D4.C nos disseram respectivamente:
Só em alguns momentos e por alguns professores, e, não relatam muito bem.
Só alguns professores que falam, e muito tímido.
Às vezes, e por um professor que comenta o assunto. Mas bem que poderia ser mais
explorado.
Deste modo entendemos que os alunos sentem falta que o assunto seja mais explorado na
escola, quem sabe, sintam vontade de esclarecer dúvidas e terem mais aprofundados seus
conhecimentos a respeito do assunto.
38
5. CONCLUSÃO
39
Constatou-se nessa pesquisa que precisa haver melhorias, mais entrosamento e maior interação
entre educandos e educadores nessa instituição educacional, onde foi possível concluir que:
Os professores sentem dificuldades de se relacionarem afetivamente com os seus alunos;
Os alunos não se sentem a vontade para falarem dos seus problemas pessoais com os seus
professores;
Os professores não se sentem confortáveis para tratarem com seus alunos sobre o tema
sexualidade;
Grande parte dos professores não leva em consideração o conhecimento prévio dos alunos;
Os alunos sentem falta de aulas mais atrativas;
Os professores utilizam muito o método de aulas expositivas;
Que haja uma consciência crítica de todo o corpo docente / administrativo da escola com
relação ao funcionamento da mesma em todo seu contexto;
Que o professor repense sua prática pedagógica e se adeque a que mais favoreça ao seu
aluno;
Que o aluno tome consciência do seu dever como educando e contribua para o bom
desenvolvimento das atividades escolares;
Que os professores busquem incansavelmente mais qualificações para terem melhores
condições de transmitirem e produzirem com qualidade seus conhecimentos e levem seus
alunos a se tornarem homens e mulheres críticos e conscientes.
40
Considerações finais
De acordo com a nossa pesquisa, e tornando válidas as hipóteses levantadas em nosso
projeto, professores e alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arlindo Ramalho,
com as turmas do 1° ano médio noturno, nas turmas A, B e C, poderão trabalhar possibilidades de
implantar entre si um melhor relacionamento, adotando princípios de amor e carisma com o seu
semelhante, tomando atitudes de compreensão, e respeitando as escolhas e as individualidades,
superando os desafios e entendendo que cada um de nós tem valor único e incomparável. Agindo
assim as diferenças serão compreendidas e todos passarão a se relacionar melhor.
Nessa perspectiva recomendamos:
Que haja uma maior interação entre professores e alunos;
Que os professores procurem dinamizarem suas aulas, tornando-as atrativas e pouco
cansativas;
Que os professores procurem conhecer melhor seus alunos interagindo com suas famílias;
Que os alunos vejam em seus professores a possibilidade de ampliar as dimensões do
processo ensino-aprendizagem;
Que os professores se conscientizem que a atitude com relação aos alunos condiciona suas
atitude diante de nós.
41
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG
Editores Associados, 1990, p. 115.
BARDIN, L. Análise de conteúdos. 70º ed. Lisboa – Portugal: 1997.
BORGES, Pedro F. O professor da década de 90. Artigo apresentado no Simpósio de qualidade
total na Universidade Mackenzie, 1995, p. 95.
BRUNER, J. Cultura da educação. Lisboa: Ed. 70, 2000, p. 50.
CUNHA, M. I. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 1994, p.70,71.
GARCIA, Regina Leite. O papel social da Universidade e sua repercussão na formação de
professores. Movimento, 2000, p. 61-70.
HAIDT, R. C. C. Curso de Didática Geral. São Paulo, Ática, 2000, p. 7.
HILAL, Josephina. Reação professor-aluno: formação do homem consciente. São Paulo:
Ed. Paulinas, 2ª edição, 1995, p. 19.
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa
bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 4ª edição,
1992,
43
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. (Coleção Magistério 2º grau. Série formação do professor) São
Paulo: Cortez, 1994, p. 252.
LIBÂNEO, José C. Didática e formação de professores: percursos e perspectivas no Brasil e em
Portugal. São Paulo: Cortez, 2000. p.
LIBÂNEO, José C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez Editora, 1998, p. 249.
MORALES, Pedro. A relação professor-aluno: o que é, como se faz . São Paulo: Edições Loyola,
1999, p.157.
MIZUKAMI, Maira G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986, p. 14,15.
NÉRICI, I. G. Didática Geral, Dinâmica. 9ª ed., São Paulo, Ática, 1983, p. 304.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Pluralidade Cultural e Orientação Sexual,
Temas transversais. Volume 10, 1997, p. 112.
PILLETI, Nelson. Psicologia educacional. São Paulo, Ática, 1995, p. 97.
REBOUL, Olivier. Filosofia da educação, 5a. ed., São Paulo: Nacional, 2001, p. 56.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987, p. 91.
44
7. APÊNDICE
45
Anexo 1
Ofício a direção
46
Ofício nº 01/2006
Solânea, 20 de novembro de 2006
Ilmª Srº Diretora
Mirian Ferreira do Amaral
E.E.E.F.M. Arlindo Ramalho
Solânea – PB
Assunto: Solicitação (faz)
Senhora diretora, como aluna do curso de pós-graduação Especialização em Educação
Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade educação de
Jovens e Adultos – EJA, na Universidade Federal da Paraíba, Campus III Bananeiras - Pb, venho
através desta solicitar a V. Sª a permissão para realizar uma pesquisa com professores e alunos do
1° ano médio desta escola, através de uma entrevista que faz parte da monografia para conclusão do
mencionado curso.
Contando com sua compreensão apresentamos nossos protestos de elevada estima e
consideração.
Atenciosamente,
___________________________________________________
Verônica Alves de Medeiros Souza
47
Anexo 2
Carta aos professores
48
Caro professor,
Como aluna do curso de pós-graduação Especialização em Educação Profissional Técnica
de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade educação de Jovens e Adultos – EJA,
na Universidade Federal da Paraíba, Campus III Bananeiras - Pb, venho através desta pedir sua
colaboração no sentido de responder a um questionário, que fará parte da minha monografia para
conclusão do curso.
Sua colaboração é de uma importância para o desenvolvimento da minha pesquisa.
Atenciosamente,
___________________________________________________
Verônica Alves de Medeiros Souza
49
Anexo 3
Questionário aos professores
50
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE TECNÓLOGOS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL
MÉDIO INTEGRADA AO NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
ALUNA: VERÔNICA ALVES DE MEDEIROS SOUZA
MATRÍCULA: 2006.082
DATA: 20/11/2006
TURNO: NOTURNO
CÓDIGO: __________
HORÁRIO: 19:00 h
PESQUISA: RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO ARLINDO RAMALHO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
MÉDIO NOTURNO, NO MUNICÍPIO DE SOLÂNEA-PB.
Questionário para professores
1 – No início do ano letivo você aplica questionário ou entrevista com seus alunos sobre a realidade
econômica e social deles?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2 – No começo das aulas o q você pede de material escolar para seus alunos no intuito de facilitar
suas aulas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3 – Quanto tempo você gasta individualmente em sala de aula para atendimento ao aluno?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4 – Você é solteiro(a) ou casado(a)? Até que ponto a sua situação emocional ajuda ou prejudica o
seu desempenho em sala de aula?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5 – Qual a metodologia que você mais usa em suas aulas?
_________________________________________________________________________
51
6 – Como se comportam na sala de aula a maioria dos seus alunos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7 – Seus alunos lhe procuram ou já lhe procuraram para lhe falar de algum assunto pessoal?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8 – Você já deixou se envolver por algum problema emocional dos seus alunos? Qual mais lhe
chamou a atenção?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9 – Quando você apresenta um conteúdo novo, o que mais dificulta o entendimento dos alunos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10 – Qual a maior dificuldade que você encontra pra realizar suas atividades em sala de aula?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
11 – Os seus alunos reclamam de alguma coisa da escola ou de um professor? O que você faz nessa
situação?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
12 – Você costuma falar com seus alunos assuntos extra-classe? Quais?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
13 – Quando você planeja suas aulas, o que é mais importante o conteúdo a ser dado ou a
aprendizagem dos seus alunos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14 – O que mais dificulta sua relação com seus alunos?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
52
Anexo 4
Carta aos alunos
53
Caro aluno(a),
Na condição de aluna do curso de pós-graduação Especialização em Educação Profissional
Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade educação de Jovens e Adultos –
EJA, na Universidade Federal da Paraíba, Campus III Bananeiras – PB, venho através desta
solicitar a sua colaboração no sentido de responder a um questionário que faz parte da minha
monografia para conclusão do curso.
Atenciosamente agradeço.
Verônica Alves de Medeiros Souza
54
Anexo 5
Questionário aos alunos
55
Questionário para o aluno
1 – Qual a sua idade?
_________________________________________________________________________.
2 – Você gosta de ir à escola? Porque?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3 – Como você se comunica com seus professores?
( ) com respeito
( ) tem uma comunicação razoável
( ) tem ótima comunicação
( ) se comunica apenas o necessário
4 – Como é a linguagem dos professores?
( ) ruim
( ) regular
( ) boa
( ) ótima
5 – Você conversa assuntos pessoais com seus professores?
( ) não
( ) às vezes
( ) não se sente a vontade
( ) sempre que necessário
6 – Os seus professores se apresentam para darem aulas normalmente?
( ) aborrecidos
( ) indiferentes
( ) normais
( ) entusiasmados
7 – Alguma vez que você foi a escola com problemas pessoais, seus professores notaram?
( ) não
( ) algumas vezes
( ) sempre
8 – Quando você não entende um conteúdo ministrado pelo professor, o que você faz?
( ) pergunta para o colega
( ) pede explicação em público
( ) em outro momento procura o professor
( ) deixa passar
56
9 – Como são as aulas que os seus professores ministram?
( ) atrativas
( ) cansativas
( ) monótonas
( ) agradáveis
( ) outro: ______________________________________________________________
10 – Quando seu professor está ministrando o conteúdo, você participa dando exemplos do que
acontece no seu dia-a-dia.
( ) não
( ) às vezes
( ) sempre
( ) outro _______________________________________________________________
11 - Seus professores levam em consideração seu conhecimento adquirido em sua vivência?
( ) não
( ) às vezes
( ) sempre
( ) outro _______________________________________________________________
12 – A razão principal de sua permanência na escola é:
( ) adquirir um diploma para arrumar um emprego
( ) se preparar para o vestibular
( ) porque a família obriga você a estudar
( ) outro _______________________________________________________________
13 – Se você fosse professor como seriam suas aulas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14 – O tema sexualidade é explorado pelos professores em sala de aula?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
57
Anexo 6
Quadros referentes aos questionários dos alunos
58
ALUNOS FALAM DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NA ESCOLA
TABELA 3 – LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO DO PROFESSOR COM O ALUNO
EM SUA ESCOLA, COMO VOCÊ SE COMUNICA COM
SEUS PROFESSORES?
NÚMERO
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) COM RESPEITO
18
58,06%
( ) TEM UMA COMUNICAÇÃO RAZOÁVEL
05
16,13%
( ) TEM ÓTIMA COMUNICAÇÃO
03
9,68%
( ) COMUNICA-SE APENAS O NECESSÁRIO
05
16,13%
TABELA 4 - COMO É A LINGUAGEM DOS SEUS PROFESSORES?
NÚMERO
COMO É A LINGUAGEM DOS SEUS PROFESSORES?
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) RUIM
01
3,22%
( ) REGULAR
08
25,81%
( ) BOA
12
38,71%
( ) ÓTIMA
10
32,26%
59
TABELA 5 – RELAÇÃO PESSOAL DOS ALUNOS COM OS PROFESSORES
VOCÊ CONVERSA ASSUNTOS PESSOAIS COM SEUS
PROFESSORES?
NÚMERO
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) NÃO
18
58,06%
( ) ÀS VEZES
07
22,58%
( ) NÃO SE SENTE A VONTADE
02
6,45%
( ) SEMPRE QUE NECESSÁRIO
04
12,91%
TABELA 6 – ALUNOS FALAM COMO OS PROFESSORES SE APRESENTAM PARA
MINISTRAREM SUAS AULAS
OS PROFESSORES SE APRESENTAM PARA DAREM
AULAS NORMALMENTE:
NÚMERO
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) ABORRECIDOS
01
3,22%
( ) INDIFERENTES
02
6,46%
( ) NORMAIS
26
83,86%
( ) ENTUSIASMADOS
02
6,46%
TABELA 7 – COMO SE COMPORTAM OS ALUNOS DIANTE DAS DÚVIDAS DOS
CONTEÚDOS E PORQUE PERMANECEM NA ESCOLA
QUANDO VOCÊ NÃO ENTENDE UM CONTEÚDO
MINISTRADO PELO PROFESSOR, O QUE VOCÊ FAZ?
NÚMERO
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) PERGUNTA PARA UM COLEGA
07
22,58%
( ) PEDE EXPLICAÇÃO EM PÚBLICO
13
41,93%
( ) EM OUTRO MOMENTO PROCURA O PROFESSOR
06
19,36%
( ) DEIXA PASSAR
05
16,13%
60
TABELA 8 – PRINCIPAL RAZÃO DA PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA ESCOLA
A RAZÃO PRINCIPAL DE SUA PERMANÊNCIA NA
ESCOLA É:
( ) ADQUIRIR UM DIPLOMA PARA CONSEGUIR
NÚMERO
DE
ALUNOS
% DE
ALUNOS
17
54,83%
( ) PREPARAR-SE PARA O VESTIBULAR
14
45,17%
( ) PORQUE A FAMÍLIA OBRIGA VOCÊ A ESTUDAR
00
0%
( ) OUTRO
00
0%
EMPREGO
TABELA 9 – ALUNOS FALAM SE OS PROFESSORES
CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS EM SUA VIVÊNCIA.
SEUS PROFESSORES LEVAM EM CONSIDERAÇÃO SEU
CONHECIMENTO ADQUIRIDO EM SUA VIVÊNCIA
CONSIDERAM
NÚMERO
DE
ALUNOS
SEUS
% DE
ALUNOS
( ) NÃO
09
29,04%
( ) ÀS VEZES
21
67,74%
( ) SEMPRE
01
3,22%
( ) OUTRO
00
0%
TABELA 10 – ALUNOS FALAM SOBRE O OLHAR DOS PROFESSORES QUANTO AOS
SEUS PROBLEMAS PESSOAIS.
ALGUMA VEZ QUE VOCÊ FOI A ESCOLA COM
NÚMERO
PROBLEMAS PESSOAIS, SEUS PROFESSORES
DE
NOTARAM?
ALUNOS
% DE
ALUNOS
( ) NÃO
22
70,97%
( ) ALGUMAS VEZES
08
25,81%
( ) SEMPRE
01
3,22%
Download