672 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO FACIAL INJURIES BY COLD STEEL CASE REPORT Pedro Henrique Silva GOMES-FERREIRA * Luiz Fernando Azambuja ALCALDE ** Norton Ryuji NARAZAKI * Marcos Maurício CAPELARI *** Gustavo Lopes TOLEDO *** Clóvis MARZOLA *** _________________________________________ * Cirurgião Dentista concluinte do Curso de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Hospital Beneficência Portuguesa, Bauru, SP, Brasil. ** Cirurgião Dentista e Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pelo Curso de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial e Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia BMF, credenciado pelo CFO. *** Professor do Curso de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, Hospital Beneficência Portuguesa, Bauru, SP, Brasil. GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 673 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO RESUMO Ferimentos por armas brancas (FAB) na face são pouco relatadas na literatura nacional e, sua maior incidência ocorre em indivíduos do gênero masculino, entre 15 e 35 anos de idade, com prevalência pela hemi-face esquerda. No atendimento inicial há o reconhecimento das lesões e aplicação de medidas para manutenção da vida. O diagnóstico e a classificação dos ferimentos faciais são de suma importância possibilitando que o tratamento seja baseado na etiologia e complexidade do trauma. A profundidade e extensão da lesão, a necessidade de reconstruções, injúrias às estruturas anatômicas nobres e, o tempo decorrido desde o trauma são informações essenciais para definir o tratamento específico. Este trabalho tem como objetivo apresentar um caso de agressão física com múltiplos ferimentos por arma branca envolvendo região facial e torácica em um paciente do gênero masculino, 35 anos de idade, que deu entrada no Pronto Socorro Municipal Central de Bauru. Paciente apresentou quadro de pneumotórax direito e hemotórax esquerdo, tratado emergencialmente pela equipe médica, seguindo o protocolo do ATLS (Advanced Trauma Life Support). Com o quadro clínico do paciente estabilizado, a equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial iniciou o tratamento. Em análise de tomografia computadorizada, observou-se fratura de parede anterior do seio maxilar e hemossinus esquerdo, sendo instituído o tratamento conservador. Foram realizadas infiltrações anestésicas nas bordas das feridas, antissepsia com PVPI degermante e tópico, debridamento das feridas e sutura por planos. No pós-operatório de 30 dias, observou-se uma condição estética aceitável dos ferimentos por arma branca na face ao serem tratados adequadamente. ABSTRACT Injuries by cold steel in the face are little reported in the national literature. Its incidence is higher in male subjects, between 15 and 35 years of age, with prevalence on the left hemi-face. On the initial care there is recognition of the injuries and the implementation of measures to sustain life. Diagnosis and classification of facial injuries are of paramount importance allowing the treatment to be based on etiology and complexity of trauma. The depth and extent of the injury, the need for reconstruction, injuries to significant anatomical structures and the time elapsed since the trauma is essential information to define the specific treatment. This work aims to present a case of physical aggression with multiple stab wounds involving facial and thoracic region in a male patient, 35 years of age, who was admitted to the Emergency Municipal Center Bauru. Patient presented depneumotórax right and left hemothorax treated by an emergency medical team, following the protocol of ATLS (Advanced Trauma Life Support). With the clinical condition of the patient stabilized, the team of Oral and Maxillofacial Surgery treatment started. In analysis of computed tomography, there was the front wall of the maxillary sinus and left hemossinus fracture, in which conservative treatment was instituted. Anesthetic infiltration was carried out at the edges of wounds, antisepsis with povidone degermant and topic, debridement of the wound and suture in layers. Postoperatively 30 GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 674 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO days, there was an acceptable esthetic condition of stab wounds in the face when these are properly treated. UNITERMOS: Ferimentos Traumatologia. e Lesões; Ferimentos Penetrantes; UNITERMS: Wounds and Injuries; Wounds; Penetrating; Traumatology. INTRODUÇÃO Ferimentos por armas brancas (FAB) na face são pouco relatadas na literatura nacional e, sua maior incidência ocorre em indivíduos do gênero masculino, entre 15 e 35 anos de idade, com prevalência pela hemi-face esquerda (DIMITROULIS; EYRE, 1991; PENA; MARZOLA; CAMPOS et al., 2000; LE; DIERKS; UEECKS et al., 2001; SHINOHARA; HERINGER; CARVALHO JR, 2001; GASPARINI; BRUNELLI; RIVAROLI et al., 2002; AZEVEDO; CARNEIRO JR; GONZALES, 2003; MOTAMEDI, 2003; FRIEDRICH; SCHULZ, 2005; PENA; MARZOLA; CAMPOS et al., 2006 e MARZOLA, 2008). Este tipo de trauma pode resultar em diferentes injúrias, como a laceração de tecidos moles, a fratura de tecido ósseo e, laceração e fratura com retenção de corpo estranho na região (MOTAMEDI, 2003 e FRIEDRICH; SCHULZL, 2005). Estas lesões apresentam incidência relacionada aos fatores socioeconômicos (SANTOS JR, 1992; AZEVEDO et al., 2003 e MARZOLA, 2008). Muitos eventos ainda influenciam na gravidade da lesão facial, como o objeto usado, sua forma e tamanho, direção e intensidade do trauma e, as regiões afetadas (GASPARINI; BRUNELLI; RIVAROLI et al., 2002; FRIEDRICH; SCHULZ, 2005 e MARZOLA, 2008). Para o atendimento inicial o objetivo de reconhecimento das lesões oferecendo risco de morte além da aplicação de medidas para manutenção da vida, até que o tratamento definitivo seja iniciado, evitando erros que possam levar à morte, é indispensável (TEIXEIRA; INABA; HADJIZACHARIA et al., 2007; IVATURY; GUILFORD; MALHOTRA et al., 2008 e MARZOLA, 2008). O diagnóstico e a classificação dos ferimentos faciais são de suma importância possibilitando que o tratamento seja baseado na etiologia e complexidade do trauma. A profundidade e extensão da lesão, a necessidade de reconstruções, injúrias às estruturas anatômicas nobres, além do tempo decorrido desde o trauma são informações essenciais para definir o tratamento específico (MARZOLA, 2008 e CARRASCO; ZORZETTO; MARZOLA et al., 2012) O tratamento das injúrias faciais compreende a sutura dos tecidos moles e, redução e fixação de possíveis fraturas ósseas. Ainda, reconstruções faciais em caso de perda de substância, respeitando-se os princípios e técnicas de cada etapa, fazendo parte do tratamento definitivo e transitório durante o atendimento inicial do paciente poli traumatizado (COHEN; BOYES-VARLEY, 1986 e MARZOLA, 2008). Este trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico de tratamento de ferimentos faciais por arma branca na face. GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 675 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO RELATO DE CASO Paciente J.M.V., 31 anos, gênero masculino, deu entrada no Pronto Socorro Municipal Central de Bauru, vítima de agressão física com múltiplos ferimentos por arma branca envolvendo região facial (Fig. 1). Fig. 1 - Ferimentos faciais por arma branca. Fonte - Acervo do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Pronto Socorro Central de Bauru. Paciente apresentou quadro de pneumotórax direito e hemotórax esquerdo, diagnosticado com auxílio de radiografia de tórax (Fig. 2) e, tratado emergencialmente pela equipe médica, seguindo o protocolo do ATLS (Advanced Trauma Life Support). Fig. 2 – Rx P-A de Tórax. Fonte - Acervo do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Pronto Socorro Central de Bauru. GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 676 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO Com quadro clínico do paciente estabilizado, a equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial iniciou o tratamento das lesões na face. Em análise de TC em corte axial da região do seio maxilar, observou-se fratura de parede anterior de seio maxilar e hemossinus esquerdo (Fig. 3), sendo instituído o tratamento conservador. Fig. 3 – Tomografia computadorizada com velamento de seio maxilar esquerdo. Fonte - Acervo do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Pronto Socorro Central de Bauru. Em relação aos ferimentos corto-contusos, não houve envolvimento de estruturas nobres, sendo realizadas infiltrações anestésicas nos lábios das feridas, antissepsia com PVPI degermante e tópico, debridamento das feridas e, sutura por planos utilizando-se fios de poliglactina 910 e nylon (Fig. 4). Fig. 4 – Aspecto final da sutura. Fonte - Acervo do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Pronto Socorro Central de Bauru. GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 677 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO No pós-operatório de 30 dias, observou-se ausência de qualquer grau de paralisia facial e, uma condição estética aceitável dos ferimentos por arma branca devido ao correto tratamento adequadamente. (Fig. 5). Fig. 5 – Aspecto pós-operatório de 30 dias (vista frontal). Fonte - Acervo do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Pronto Socorro Central de Bauru. DISCUSSÃO O paciente que da entrada em um Serviço de Urgência e Emergência, após ter sido vitima de lesões por arma branca, o atendimento inicial é baseado em etapas que obrigatoriamente devem ser seguidas, visando à correta identificação das lesões e, podendo levar ao risco de morte e, posteriormente ter o tratamento definitivo realizado. Para isto, a equipe multiprofissional chefiada pelo cirurgião responsável deve agir rapidamente, ditando as necessidades do paciente naquele momento (BERNHARD; BECKER; NOWE et al., 2007; TEIXEIRA; INABA; HADJIZACHARIA et al., 2007; IVATURY; GUILFORD; MALHOTRA et al., 2008 e MARZOLA, 2008). Como descrito no presente caso, onde ao diagnosticar pneumotórax e hemotórax, injurias que poderiam levar o paciente a óbito e, foram tratadas adequadamente visando a estabilidade vital do paciente, para assim então iniciar o tratamento definitivo. Não foram diagnosticadas lesões sensoriais ou motoras que prejudicassem a função e o convívio social do paciente posteriormente ao tratamento, pelo fato de seu ferimento se apresentar em região terminal de nervos e, distante de outras estruturas. Com isso tudo, não se levou a intervir com procedimentos microcirúrgicos para reparação nervosa, bem como para reparação de ductos de glândulas salivares como descrito na literatura pesquisada (DAVIS; TELISCHI, 1995; ARNAUD; BATIFOL; GOUDOT et al., 2006 e DEMIAN; CURTIS, 2008). GOMES-FERREIRA, P. H. S.; ALCADE, L. F. A.; NARAZAKI, N. R. et al., Ferimentos faciais por arma branca – Relato de caso. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 14, n. 11, p. 672-679, nov., 2014. 678 FERIMENTOS FACIAIS POR ARMA BRANCA RELATO DE CASO Na hemostasia realizada não foi necessário o uso de eletrocautério e/ou ligaduras, apenas uma leve compressão manual se mostrou eficaz no trans operatório, cursando sem hematomas no pósoperatório que poderiam prejudicar a reparação da ferida. A literatura aponta uma baixa incidência de hemorragias nos traumas faciais que podem colocar o paciente em risco (ARDEKIAN; SAMET; SHOSHANI et al., 1993; YANG; TSAI; HUNG et al., 2001; BYNOE; KERWIN; PARKER et al., 2003; MARZOLA, 2008 e DEAN; LEDGARD; KATSAROS et al., 2009) corroborando com o caso apresentado, haja visto que o sangramento era mínimo e não apresentava riscos ao paciente. O manejo destes ferimentos é simples, desde que não apresentem sangramentos excessivos, hematomas com rápida expansão ou comprometimento de regiões que comportem grandes vasos, podendo ser feita sob anestesia local (MEER; SIDDIQI; MORKEL et al., 2009). Este tipo de ferimento na face pode lesionar estruturas como o ducto da parótida, a própria glândula e o nervo facial pelo caráter penetrante e cortante. Este tipo de lesão ao nervo facial é incomum, cerca de 5% dentre todos os tipos de danos traumáticos do nervo facial (LI; GOLDBERG; MUNIN et al., 2004). Visto no presente caso onde o procedimento foi realizado sob anestesia local com paciente consciente e, posteriormente apresentava função motora (músculos da mimica) preservada. CONCLUSÕES Os traumas em face por FAB apresentam baixa taxa de complicação quando tratados adequadamente. É possível obter uma condição estética aceitável dos FAB em face quando um adequado protocolo é instituído. 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