O relevo e a formação das paisagens como consequência de agentes internos e externos Lucia Naegeli Depois de ter estudado o movimento das placas tectônicas, você percebeu que as atividades vindas do interior da Terra podem ocorrer nas bordas das placas, sendo as regiões interiores tectonicamente estáveis. É o caso do Brasil que se encontra em uma área de estabilidade. Em nosso país, o embasamento antigo encontra-se disposto nos escudos. Como se trata de terreno antigo, está submetido a um intenso processo de intemperismo e erosão, isto é, atuação de agentes externos. Portanto, o relevo é suave e ondulado, formando planaltos, platôs, cânions. Cânion conjec-turando.blogspot.com plateau de Kimberley viagembrasil.tur.br Chapada Diamantina Austrália uniaonet.com Uma outra situação estudada por você foi o encontro da crosta continental com a crosta oceânica que não coincide com o limite de placas tectônicas. Nessa área, não há movimentos tectônicos acentuados. Nas bordas dessas crostas, o relevo se destaca por paredões rochosos ou escarpas que caem diretamente no mar, planícies costeiras e blocos falhados, como a da Costa Amalfitana, Itália, na foto. pblower-vistadelvila.blogspot.com movimentos tectônicos nas bordas das crostas A terceira situação estudada por você foi os limites entre placas tectônicas que convergem em direção à outra. Aí ocorrem fortes atividades tectônicas. geoblogendogenos.blogspot.comNesseNe Nesse caso, as unidades de relevo associadas a essa situação são: cadeias de ilhas vulcânicas, cordilheiras oceânicas e cordilheiras continentais, como a dos Andes, que você vê na figura. Portanto, associado aos movimentos tectônicos que são provocados por forças do interior da Terra podemos ter vários padrões de relevo. Os movimentos que ocorrem no interior da Terra de forma lenta e prolongada são chamados de diatrofismos. Podem ser classificados em epirogênese e orogênese. Na epirogênese, os movimentos da crosta são lentos e verticais. Como as rochas são resistentes e de pouca plasticidade, os blocos continentais podem se fraturar, sofrendo levantamentos (o bloco levantado chama-se horst) ou abaixamentos (o bloco rebaixado chama-se graben). Podem formar bacias sedimentares e terraços fluviais. rbrebello.wordpress.com Um exemplo no Brasil é o graben formado pelo Rio Paraíba do Sul que se abateu a partir de movimentos tectônicos, elevando os horst formados pela Serra do Mar e da Mantiqueira. Na orogênese, as pressões são exercidas de forma horizontal, são movimentos intensos e compressivos sobre rochas de maior plasticidade que se encurvam, enrugam, são os dobramentos que dão origem a montanhas e cordilheiras como as Montanhas Rochosas, Andes, Apalaches, Pirineus, Atlas, Alpes, Cárpatos e Himalaia. kelmannygeografia.blogspot.com Nas áreas sedimentares, as principais formas de relevo são: Planaltos - superfície mais ou menos plana, delimitada por escarpas, onde predomina a erosão. Podem apresentar forma aplainada ou morros e serras. Chapadas – elevação íngreme de topo plano. Relevo tabular. revistaspnews.blogspot.com Escarpas – superfícies nas bordas de um planalto, errôneamente chamadas de serras como é o caso da Serra do Mar e da Serra Geral. Planícies – ambientes onde predominam os processos de sedimentação que ocorre frequentemente por agentes como mar, rios, lagos, ventos, gelo. Referências bibliográficas: FLORENZANO, Teresa G.(org.) “Geomorfologia atuais.”São Paulo: Oficina de Textos, 2008 – conceitos e tecnologias TERRA, Lygia e COELHO, Marcos Amorim. “Geografia Geral – o espaço natural e socioeconômico.” São Paulo: Editora Moderna , 2005. TERRA, Lygia, ARAÚJO, Regina, GUIMARÃES, Raul Borges. “Conexões – estudos de Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Moderna, 2008.