A radioatividade pode ser: Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza e poluem o meio ambiente. Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais. Átomos radioativos De acordo com os estudos realizados sobre a natureza dos átomos radioativos, existem apenas 3 famílias ou séries de desintegração. Isto é, todos os átomos radioativos naturais que existem, foram originados de apenas 3 átomos radioativos. As três famílias radioativas são encabeçadas Ao emitir uma partícula α, o átomo de urânio uma partícula β converte-se em convertido em pelos é convertido em seguintes átomos: que ao emitir , e assim, após sucessivas emissões o átomo é chumbo estável. Inicialmente, surgiu na natureza uma grande aglomeração de átomos radioativos, porém a origem desses átomos era de apenas três tipos de elementos radioativos: Leis da Radioatividade Primeira lei da radioatividade natural (Soddy) Frederick Soddy, um cientista inglês, considerou a suposta idéia de que a radioatividade era um fenômeno que resulta de uma instabilidade nuclear. Desse modo, um átomo radioativo, após emitir uma partícula (α) ou (β), iria converter-se em átomo de outro elemento. Foi constatado que, após a emissão de uma partícula α, o átomo se converte em um elemento no qual seu número atômico diminui 2 unidades, e sua massa atômica diminui de 4 unidades. Assim, Frederick Soddy apresentou a Primeira Lei da Radioatividade também conhecida como Lei de Soddy: Quando um átomo radioativo emite uma partícula (α), seu número atômico diminui de 2 unidades e seu número de massa diminui de 4 unidades. Explicação da 1ª lei Sabendo que a partícula (α) é formada por 2 prótons e 2 nêutrons, haverá uma redução de 2 prótons e 2 nêutrons no núcleo e, conseqüentemente, seu número de massa irá diminuir 4 unidades. Segunda lei de radioatividade natural (Soddy, Fajans e Russel) A Segunda Lei da Radioatividade foi enunciada por Soddy, Fajans e Russel. Esses três cientistas descobriram que ao emitir uma partícula (β), o átomo radioativo aumenta 1 unidade no seu número atômico e seu número de massa permanece constante. Esta Lei também ficou conhecida como Lei de Soddy, Fajans e Russel: Quando um átomo radioativo emite uma partícula (β), seu número atômico aumenta de uma unidade, e seu número de massa permanece constante. Explicação da 2ª lei Sabemos que os nêutrons podem sofrer desintegração. Ele se transforma em próton + elétron + neutrino, sendo que apenas o próton fica no núcleo. O neutrino é uma partícula sem carga e praticamente de sem massa, nem mesmo pode ser detectado pelos contadores Geiger comuns. Além disso, sempre que o núcleo perde um elétron, conseqüentemente um nêutron é convertido em próton. Nesse caso, o número atômico aumenta de 1 unidade e o número de massa permanece constante, pois no lugar de um nêutron que diminuiu apareceu um próton, sem provocar mudanças na contagem de prótons + nêutrons. Características das radiações • Partícula alfa A capacidade de alcance no ar das partículas alfa é menor do que 10 cm. São formadas por 2 prótons e 2 nêutrons, portanto são excessivamente ionizantes. Papel, roupas e a própria pele são barreiras para essas partículas. Sendo assim, quando as partículas alfa são de origem externa ao organismo, elas praticamente não oferecem nenhum risco aos seres humanos. No entanto, se essas partículas forem oriundas de uma fonte interna ao organismo, ou seja, se esse material radioativo foi inalado, ingerido, ou absorvido pela pele, ele apresenta sérios riscos, pois a partícula alfa se desloca lentamente, provocando uma intensa ionização. • Partícula beta As partículas beta são capazes de alcançar até 13 m no ar, e atravessar até 1 mm de alumínio, pois elas são formadas por elétrons mais leves e mais velozes. Porém, possuem um poder de ionização menos intenso, por isso apresentam riscos moderados, seja ele de origem interna ou externa ao organismo. • Raios gama Os raios gama são ondas eletromagnéticas de comprimento de onda muito pequeno, e por isso possuem uma enorme capacidade de penetração, somente placas de chumbo com 3 cm de espessura são barreiras para os raios gama. Os raios gama originados de uma fonte externa ao organismo apresentam sérios riscos aos seres humanos, no entanto quando são de origem interna o risco é menor, pois toda energia das radiações alfa e beta são absorvidas pelo organismo, na medida em que apenas uma porção da radiação gama é absorvida. A capacidade de alcance no ar do raio gama também é muito grande. Poluição radioativa - a energia nuclear é uma das alternativas para se garantir o abastecimento de energia nos próximos anos. A energia é obtida por fissão nuclear, onde os núcleos atômicos são bombardeados por certas partículas e se partem, liberando a energia que armazenam. O grande perigo são os resíduos, o lixo atômico, a resistência dos materiais dos reatores. A poluição radioativa provoca morte imediata, deformações congênitas e câncer, dependendo da intensidade e tempo de exposição. Assim, poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais. A poluição radioativa é o aumento dos níveis naturais de radiação por meio da utilização de substâncias radioativas naturais ou artificiais. A poluição radioativa tem como fontes: substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo, e que acompanham alguns materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineratórias substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”. A fonte de poluição radioativa predominante é a natural, pois a poluição natural da Terra é muito grande, decorrente do decaimento radioativo do urânio, do tório e outros radionuclídeos naturais. Finalmente, devemos lembrar que a poluição radioativa provém principalmente de: indústrias, medicina, testes nucleares, carvão, radônio, fosfato, petróleo, minerações, energia nuclear, acidentes radiológicos e acidentes nucleares. Em nosso planeta, há uma pequena quantidade de radiatividade natural emitida por alguns elementos químicos, como urânio, rádio entre outros, que, espontaneamente liberam radiações de seu núcleo, como partículas alfa e beta, raios gama e outros. Nesse processo, eles se transformam gradativamente em outros elementos, até produzirem átomos não-radiativos, como o chumbo. Para se evitarem os efeitos desastrosos da radiação atômica, o lixo atômico deve ser colocado em recipientes extremamente resistentes e de longa duração. Esses recipientes podem então ser enterrados em formações geológicas rasas ou profundas, ou ainda estocados em instalações especialmente construídas na superfície da Terra. Como, entretanto, essas soluções não são totalmente seguras e não resolvem o problema, pesquisam-se formas de reaproveitar totalmente os resíduos. Quando a outras formas de poluição radiativa, podem ser dadas as seguintes recomendações: a nível individual, não assistir televisão em cores muito de perto e limitar o uso de raios X aos casos de grande necessidade. A nível de sociedade, deveriam ser proibidos testes nucleares e o que seria ideal, armas nucleares, mediante acordo entre as superpotências. O grande problema com a contaminação por radiação é que não existe nenhum meio de livrar-se dela: uma vez contaminado, não existe processo de “limpeza”, como ocorre com outras formas de poluição. Os principais elementos radioativos são o Iodo 131, Plutônio 239, Estrôncio 90, Urânio, Cobalto e Cálcio. Estes elementos não são perigosos ou artificiais se em quantidades controladas, mas seu acúmulo causa danos irreparáveis ao meio ambiente.