Realismo na Europa

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Realismo na Europa
“Uma base filosófica para todas as concepções de espírito - uma lei,
uma carta de guia, um roteiro do pensamento humano, na eterna região
do belo, do bom e do justo,(...)é a crítica do Homem,(...)para condenar o
que houver de mau na nossa sociedade.(...)É não simplesmente o expôr
(o real) minudente, trivial, fotográfico,(...)mas sim partir dele para a
análise do Homem e sociedade.“
Eça de Queirós
Contexto histórico
• Europa: O Realismo foi um reflexo do
materialismo e do cientificismo presentes na
segunda metade do século passado: a
glorificação da ciência.
CARACTERÍSTICAS
• Impessoalidade;
• Oposição ao Romantismo;
• Os escritores realistas não fogem à realidade,
antes, buscam mostrar os defeitos da sociedade.
• Verossimilhança: procura apresentar a verdade,
retratando o real na descrição dos personagens
que são indivíduos e concretos, conhecidos, tipos
particulares.
•
CARACTERÍSTICAS
• Psicologismo: análise do espírito, do mundo
exterior, da vida social.
• Objetivismo: a vida é encarada objetivamente
em todos os seus aspectos. O autor não se
intromete no andamento das ações, deixando
que personagens e circunstâncias atuem uns
sobre os outros, na busca da solução.
• Retrato da vida contemporânea: interessa-lhe o
fato presente, o homem, seu tempo, ao contrário
dos românticos, que amavam o passado.
• Interpretação da vida: Através da percepção, da
observação e da análise apurada de fatos e coisas,
denuncia o adultério, a inveja, a corrupção, a miséria
do comportamento moral da sociedade.
• A narrativa move-se lentamente: O Realismo
apresenta,
durante
a
narrativa,
detalhes,
aparentemente insignificantes, porém, reunidos e
harmonizados, levam-nos ao descortinar da
realidade.
• Linguagem simples: O realista procura utilizar a
linguagem mais próxima da realidade, principalmente
a dos personagens que deve aproximar-se da fala
coloquial e retratar os diversos níveis pessoais.
• Personagens femininas descritas de forma
irônica, sem idealizações, mostradas com suas
virtudes e defeitos;
• A mulher, por vezes, é descrita como materialista
e adúltera;
• No Realismo, os romances são denunciadores da
realidade.
Questão Coimbrã
Já havia alguns anos, os meios literários portugueses tinham como
principal expressão o consagrado Antônio Feliciano de Castilho,
poeta árcade, idoso e cego, respeitado por sua vasta cultura e
profundo conhecimento dos clássicos. Castilho, representante do
academicismo e do tradicionalismo literários, reunia em torno de
si jovens escritores a quem protegia e por quem era tido como
mestre.
A Questão Coimbrã tem início quando Castilho, ao posfácio
elogioso ao livro Poema da mocidade, de seu protegido Pinheiro
Chagas, aproveita para criticar um grupo de poetas de Coimbrã, a
quem acusa de exibicionistas e obscurantistas. São citados no
posfácio os escritores Teófilo Braga e Antero de Quental, que
acabara de publicar a obra Odes modernas. Antero responde a
Castilho com uma carta aberta, em forma de panfleto, intitulada Bom
senso e bom gosto.
Para Antero de Quental, a agressão sofrida não se limitava ao
plano estritamente literário ou pessoal; era, na verdade, uma reação
do velho contra o novo, do conservadorismo contra o progresso, da
literatura de salão contra a literatura viva e atuante exigida pelos
novos tempos. Antero de Quental desejava modernizar o país
colocando-o ao lado das nações europeias mais desenvolvidas. Na
carta ao velho mestre, Quental procura demonstrar que o atraso em
que se encontrava Portugal podia ser creditado, em parte, à
veneração tipicamente romântica do passado.
A Questão Coimbrã durou todo o segundo semestre de 1865,
com publicações e ataques de ambos os lados. Também participaram
dela, entre outros, Teófilo Braga,
Ramalho Ortigão e Pinheiro Chagas. Eça
de Queirós, embora fizesse parte do grupo
coimbrão, não interveio na polêmica.
As conferências do Cassino e a geração de 70
Por volta de 1870, e tendo já concluído os estudos
universitários em Coimbra, o grupo de amigos se reencontra em
Lisboa e passa a travar debates acerca da renovação cultural
portuguesa. A volta de Antero de Quental, que estivera na França,
na América e na ilha de São Miguel, dinamiza essas reuniões, que
passam a contar com leituras sistematizadas e a ter um objetivo
definido. Como resultado desse esforço, nasce a iniciativa
ambiciosa das Conferências
Democráticas, que visavam à
reforma da sociedade portuguesa.
Essas conferências eram realizadas no Cassino Lisbonense,
provocando escândalo. Depois de proferidas cinco conferências duas de Antero de Quental e uma de Eça de Queirós - , o governo
proíbe a continuidade do ciclo, alegando que os oradores suscitavam
“doutrinas e proposições que atacavam a religião e as instituições do
Estado”. Apesar da censura, o Realismo já era vitorioso em Portugal,
e a partir de então se colheriam seus melhores frutos.
O barco desaparecido (1890), de José Júlio Sousa
Pinto.
A carruagem de terceira classe (1863-65)
Daumier, Honoré (1808-1879)
José Maria Eça de Queirós (1845 – 1900)
13
O Realismo teve início efetivo
no país em 1875, quando Eça de
Queirós lançou O Crime do
Padre Amaro, primeira obra com
características realistas.
O Crime do Padre Amaro (1875);
O Primo Basílio (1878);
O Mandarim (1879);
Os Maias (1888);
A Ilustre Casa de Ramires (1900);
A Cidade e as Serras (1901) entre outras.
Características literárias de sua obra
• Cenas “grotescas” com linguagem “polida”;
• Ironia: A ironia utilizada em seus romances
desmascara o comportamento hipócrita e
ocioso da burguesia lisboeta;
• Descritivismo e detalhismo;
• Determinismo.
• A crítica literária costuma identificar três
fases distintas na obra de Eça de Queirós .
O CRIME DO PADRE AMARO
CARACTERIZAÇÃO DE AMARO: PSICOLÓGICA
• A educação de Amaro é feita sem a presença da figura paterna,
deturpada por um mundo feminino.
• É isolado do mundo exterior, apenas convivendo com as filhas
da Marquesa que têm uma vivência religiosa muito particular: é
uma forma de ocupar o tempo livre porque “elas enfastiavamse” e como “Deus era o seu luxo de verão” conseguem conciliar
o inconciliável: religião e moda.
• É neste processo que Amaro cresce: uma fé falsa e
superficialidade religiosa.
• Marquesa e filhas = educação moral
• Criadas = descoberta da carne e desejos sexuais.
• O sacerdócio como “um libertamento”.
CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA E FÍSICA
• Narrativa em analepse, que mostra quais os vetores responsáveis
pela personalidade de Amaro. Dá-nos o determinismo inicial que
originará o crime, que a intriga se encarregará de demonstrar.
• No seminário tinha uma debilidade física, embora um rosto
bonito, porém, em sua estadia na serra, se tornou um homem
bonito e viril.
• A impressão do povo de Leria é que o novo pároco é “uma boa
figura de homem”.
• Numa autolamentação, sente que lhe cortaram a sua virilidade e
vê-se inferior aos outros homens, porque “Era padre! Fora aquela
infernal praga da Marquesa de Alegros!” e o que limitava “ao
espiritual, sem direito sobre o corpo, a vida e a riqueza dos
homens”.
• Amaro tem raciocínio falseado, a mentira, a hipocrisia, que o leva
rumo à degradação, ao crime.
CARACTERIZAÇÃO DA AMÉLIA
• Sua infância é marcada fortemente pela ausência do pai (idêntico a
Amaro). A substituição desta referência ausente é a presença dos
padres.
• Amélia é uma mulher romântica: Influência do Bovarismo de
Flaubert: Também Madame Bovary lia muitos livros românticos e a
frustração da realidade leva-a a cometer o adultério. Também em
Amélia estas histórias excitam sua imaginação.
• Sempre que sofre uma desilusão amorosa, refugia-se na religião.
• O ambiente em que Amélia cresce é um ambiente onde Deus e o
padre se confundem, onde se privilegia o aspecto físico e material
dos padres .
• Deus era como um castigador, e para aplacar a sua ira divina é
preciso “minar os padres”.
PROBLEMÁTICAS E PRINCIPAIS TEMAS
• Sem dúvida, encontramos na presente obra o início da mais forte
ironia queirosiana, bem como algumas de suas mais contundentes
críticas à sociedade lusitana. O anticlericalismo fica evidente através
de pinceladas de pura ironia, que desnudam o sacerdócio sem
vocação e a educação religiosa que procura elevar o padre a uma
figura divina e irreal. Assim, podemos elencar os principais temas
apresentados:
• Crítica à decadência moral da sociedade.
• A hipocrisia do clero e da sociedade.
• Censura e desconformidade entre os atos e os ideais.
• A hipocrisia religiosa.
• O culto das aparências / O convencionalismo social.
• Crítica à beatice doentia.
O PRIMO BASÍLIO
AÇÃO = ADULTÉRIO (triângulo)
LUÍSA
JORGE
PRIMO
BASÍLIO
ESTUDO DAS PERSONAGENS
LUÍSA
• Oriunda de uma burguesia decadente, é inculta,
devotada a um cristianismo de fachada. Tem
caráter instável: ora atacada por um sentimento
de medo indecifrável — teme perder o status que
adquiriu com o casamento com Jorge — ora
entregue às carícias do amante Basílio.
Representa bem a estrutura cultural, moral e
religiosa da parcela burguesa de Lisboa.
JORGE
• Casado com Luísa, é engenheiro. Carrega
concepções de superioridade hierárquica no
casamento, embora leve vida ambígua: tem
diversas relações amorosas furtivas, apoiadas nas
frequentes viagens que faz, por força da profissão.
Assim, representa o que há de falso moralismo e
arrogância na sociedade.
JULIANA
• É a criada. Subjugada pela condição social, vive o
inferno da inveja. É malévola, desonesta e não
perde oportunidade para explorar, roubar e exigir
sob ameaça. Guarda como relíquia tudo que possa
ser arma contra a família para quem trabalha.
CONSELHEIRO ACÁCIO
• Representa a pseudoformalidade das relações
sociais: político dado à corrupção, de fala
convincente e amante dos provérbios e frases de
efeito, adota um comportamento populista, a fim
de se beneficiar.
SEBASTIÃO
• Aparentado de Jorge, revela-se prestativo, o
“ombro amigo” e seguro. Mostra ser bom
caráter.
LEOPOLDINA
• Outra burguesa de maus hábitos, maritalmente
desonesta e amiga de Luísa, à revelia do falso
moralista Jorge.
DONA FELICIDADE
• É o protótipo da beata ignorante. Pratica uma
religiosidade impura, eivada de superstições.
Representa a parcela da sociedade estúpida,
devota a uma religião inócua.
ERNESTINHO
• Representante do insucesso profissional: é
escritor frustrado, voltado para o “ultrarromantismo” decadente.
BASÍLIO
• O mau-caráter, representa o burguês de
prosperidade duvidosa, pronto a se aproveitar de
toda e qualquer situação. Reveste-se de uma
maldade inescrupulosa e irônica, usando um falar
característico de sua dissimulação.
LINGUAGEM E ESTILO
• Eça depura a linguagem, tira-lhe as rebarbas, os
excessos. Valoriza a carga semântica. Dá à palavra
a exata medida de seu conteúdo.
• ESPAÇO
• LISBOA: séc. XIX
Alentejo (rouba Jorge)
Paris (devolve Basílio)
• FOCO NARRATIVO
• Um narrador em terceira pessoa, onisciente, é o
recurso utilizado por Eça para a expressão do
ponto de vista. Tal recurso permite um certo
distanciamento entre o leitor e as personagens, o
que concede àquele um vislumbre do caráter
destas.
Trailer do filme:
http://mais.uol.com.br/view/kyxgsudzcayb/trailer--primo-basilio0402C0B143A6?types=A
ANTERO DE QUENTAL (1842 – 1891)
Características literárias de sua obra
A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:
• A das experiências juvenis, em que coexistem diversas
tendências;
• A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da
revolução”;
• E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da
angústia de quem busca um sentido para a existência.
A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da
ação e da capacidade humana, e uma poesia intimista,
direcionada para a análise de uma individualidade angustiada,
parece ter sido constante na obra madura de Antero,
abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência
cronológica de três fases.
Obra
•
•
•
•
Sonetos de Antero, 1861;
Raios de extinta luz, 1892;
Primaveras românticas, 1872;
Odes modernas, 1865 (na origem da polêmica
Questão Coimbrã);
• Sonetos, 1886.
• Prosas.
Hino à Razão
Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Antero de
Tendo o teu nome escrito em seus escudos! Quental
O Que Diz A Morte
Deixai-os vir a mim, os que lidaram;
Deixai-os vir a mim, os que padecem;
E os que cheios de mágoa e tédio encaram
As próprias obras vãs, de que escarnecem...
Em mim, os Sofrimentos que não saram,
Paixão, Dúvida e Mal, se desvanecem.
As torrentes da Dor, que nunca param,
Como num mar, em mim desaparecem.
Assim a Morte diz. Verbo velado,
Silencioso intérprete sagrado
Das cousas invisíveis, muda e fria,
É, na sua mudez, mais retumbante
Que o clamoroso mar; mais rutilante,
Na sua noite, do que a luz do dia.
Antero de
Quental
CESÁRIO VERDE
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Características realistas
• Supremacia do mundo externo, da materialidade dos objetos; impõe
o real concreto à sua poesia.
• Predomínio do cenário urbano (o favorito dos escritores realistas e
naturalistas).
• Situa espaço-temporalmente as cenas apresentadas (ex: Num Bairro
Moderno – “dez horas da manhã”).
• Atenção ao pormenor, ao detalhe.
• A seleção temática: a dureza do trabalho (Cristalizações e Num
Bairro Moderno); a doença e a injustiça social (Contrariedades); a
imoralidade das “impuras”, a desonestidade do “ratoneiro” e a
“miséria do velho professor” (O Sentimento dum Ocidental).
• A presença do real histórico: a referência a Camões e o contexto
sociopolítico em O Sentimento dum Ocidental.
• A linguagem burguesa, popular, coloquial, rica em termos
concretos.
• Pelo fato da sua poesia ser estimulada pelo real, que inspira o poeta,
se deixa absorver pelas formas materiais e concretas.
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Características temáticas:
•
•
•
•
•
A questão da inviabilidade do amor na cidade.
A humilhação (sentimental, estética, social).
A preocupação com as injustiças sociais.
O sentimento antiburguês.
O perpétuo fluir do tempo, que só trará
esperança para as gerações futuras.
• Presença obsessiva da figura feminina.
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Obra
• O Livro de Cesário Verde é a edição póstuma da coletânea dos
poemas do poeta português Cesário Verde, feita por seu amigo
Silva Pinto em 1887, reunindo os poemas editados em
periódicos.
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AVE-MARIAS
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
Cesário Verde
Outros autores
• Júlio Dinis, pseudônimo de
Joaquim Guilherme Gomes
Coelho (1839 - 1871), é por
muitos considerado como um
escritor de transição entre o
fim do Romantismo e o
princípio do Realismo.
Principal Obra:
• As Pupilas do Senhor Reitor
(1867)
41
Naturalismo
“Para os naturalistas, o homem é
visto como um “caso” a ser
cientificamente analisado.”
42
Naturalismo
•
•
O Naturalismo foi um movimento cultural
relacionado às artes plásticas, literatura e teatro.
Surgiu na França, na segunda metade do século
XIX. Este movimento foi uma radicalização do
Realismo.
Émile Zola: principal representante do
Naturalismo.
• Entusiasmado com as descobertas das ciências naturais
e da medicina, o escritor Émile Zola, representante
máximo do Naturalismo na França, produziu romances
com personagens doentias, dominadas pelos apelos da
carne, do sangue e pela herança transmitida por seus
ancestrais.
• Com Thérèse Raquin, Zola inaugurou, em 1867, o
Naturalismo. Esse "romance experimental" tinha como
objetivo confirmar o que na época era tido como
verdade científica: heranças biológicas, condições do
meio ambiente e momento histórico determinavam o
caráter, a psicologia e o comportamento do ser humano.
•
Raspando o assoalho (1875), de Gustave Caillebotte.
Características
•
•
•
A principal característica do Naturalismo é o
cientificismo exagerado que transformou o homem
e a sociedade em objetos de experiências.
Descrições minuciosas e linguagem simples.
Preferência por temas como miséria, adultério,
crimes, problemas sociais, taras sexuais e etc. A
exploração de temas patológicos traduz a vontade
de analisar todas as podridões sociais e humanas
sem se preocupar com a reação do público.
Evolucionismo:
Charles Darwin, o cientista inglês,
em 1859, deu início a uma profunda
evolução na história da ciência ao
publicar sua obra fundamental
denominada Sobre a origem das
espécies, cujas principais ideias são:
a “luta pela sobrevivência” e a
“seleção natural”.
Determinismo:
Hippolyte Taine defende que
o comportamento humano é
determinado por três fatores:
o meio, a raça e o momento histórico.
Socialismo científico:
Também
denominado
socialismo
marxista, o socialismo científico foi
desenvolvido no século XIX por Karl
Marx e Friedrich Engels.
“A religião é o ópio do povo”.
Positivismo
O positivismo defende a ideia
de
que
o
conhecimento
científico é a única forma de
conhecimento verdadeiro. De
acordo com os positivistas,
somente pode-se afirmar que
uma teoria é correta se ela foi
comprovada
através
métodos científicos válidos.
de
Diferenças entre o Realismo e o
Naturalismo
• Todo naturalista é realista, mas nem todo realista
é naturalista.
• O Naturalismo “é” uma tendência dentro do
Realismo.
• O Naturalismo é o Realismo levado às últimas
consequências.
A distinção entre os dois estilos nem sempre é muito nítida.
PERSONAGENS
• Condicionada
a um destino contra o qual
não pode lutar.
• Sua vida interior é reduzida a quase nada.
• Seu
comportamento aproxima-se do
comportamento animal, é movido pelo
instinto.
• Ênfase
na hereditariedade física e psicológica
como fator determinante do comportamento das
personagens.
• O desequilíbrio das personagens aparece
quando o ambiente físico e social favorece sua
manifestação.
• As condições para a manifestação do conflito
dramático da personagem naturalista são
herança biológica e ambiental.
• Os espaços miseráveis evidenciam os
desequilíbrios que o escritor pretende denunciar.
• O autor tem intenção combativa, ou seja,
pretende provocar a reflexão sobre a realidade
social da época.
• O autor é objetivo, tem compromisso com a
realidade.
• A visão apresentada é imparcial e impessoal.
• Há uma interpretação da vida através de
métodos científicos.
• Há preocupação com o momento histórico.
• Não há idealização.
• Condicionamento das personagens ao meio físico
e social:
- Fatores naturais (temperamento, raça)
- Fatores socioculturais (ambiente, educação)
• Apresentam relação de causa e efeito.
• Explicação lógica e racional.
• Descrição minuciosa do espaço e da
personagem.
• Linguagem mais simples que a dos românticos.
• Preferência por períodos curtos e de
compreensão imediata.
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