LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA BÁSICA I – EE531 TERCEIRA EXPERIÊNCIA ALUNOS: Douglas Pagani Pereira Kauê Tebaldi Miranda Otavio Mateus Bernardi RA 090954 Turma W RA 097650 Turma W RA 092538 Turma W Data: 27/04/2012 1. RESULTADOS DO EXERCÍCIO PREPARATÓRIO DA TERCEIRA EXPERIÊNCIA 1.1 CIRCUITO BARGRAPH O circuito a ser estudado nesta experiência encontra-se abaixo: Fig.1 – Diagrama do circuito bargraph. O circuito mostrado é denominado Bargraph. Ele é composto, basicamente, por comparadores e resistores. Os comparadores, no caso da simulação do Spice, foram substituídos pelo somador, com uma das entradas invertidas, ou seja, este componente tem na saída a diferença entre dois sinais de entrada. Esta saída recebe um alto ganho, de 1000 vezes, entretanto tem seu valor limitado entre 0 e 5 V. Deste modo, quando a entrada positiva (não invertida) for maior que a entrada invertida, a saída positiva será amplificada 1000 vezes, porém limitada em 5V. Assim, por menor que seja a diferença entre as duas tensões, a saída será 5V. Caso contrário, com o módulo da entrada negativa maior, a saída será limitada em 0V. Portanto, o funcionamento do comparador é o seguinte: Entrada positiva maior que a entrada invertida resulta em 5V na saída. Entrada invertida maior, 0V na saída. Como as entradas são analógicas, o caso das duas tensões de entrada iguais é praticamente inalcançável, porém, se acontecesse, resultaria em 0V na saída, pois a diferença entre ambos seria 0, e qualquer amplificação ainda resultaria 0V. Feita a análise dos comparadores, pode-se analisar o circuito como um todo. Existe um divisor de tensão gerando 12 tensões diferentes, como indicado na figura 1. Observa-se que as tensões vão crescendo a cada resistor e, obviamente, a tensão no resistor mais próximo ao potencial de terra é a menor, e a tensão no resistor seguinte é sempre maior que o resistor anterior e menor que no próximo. Esta análise é trivial, mas importante pra descrever o funcionamento do circuito. Com as 12 tensões disponíveis como descrito, cada uma delas é ligada à entrada negativa de um comparador. Já as entradas positivas de todos os comparadores são ligadas ao sinal de entrada. Desta forma o sinal de entrada é comparado a 12 valores diferentes. Se a entrada for maior que todos os 12 valores, todos os comparadores terão saída igual a 5V. Se a tensão de entrada for maior que a tensão do sexto resistor, a saída de todos os 6 comparadores com tensão menor que a de entrada serão 5V. Desta forma, todos comparadores com tensão na entrada invertida menor que a tensão de entrada terão 5 V na saída. Se forem ligados LEDs à saída dos comparadores, tem-se uma indicação visual do valor de entrada: acendem todos os LEDs que representam tensões menores que a tensão de entrada. Feita a análise teórica do circuito, realizou-se a simulação no Pspice. O resultado é mostrado na figura abaixo: Fig. 2 – Simulação do circuito bargraph, com a entrada variando de 0 a 10V No gráfico pode-se observar o comportamento descrito anteriormente: quando a tensão de entrada ultrapassa um dos 12 valores setados nos resistores (valores mostrados na figura 1), a saída com comparador correspondente vai para 5V. Nota-se grande concentração de valores no início da escala e o espaçamento entre valores vai aumentando quanto maior a tensão. Isto é característica de escala logarítmica. Para comprovar esta escala, deve-se partir da definição de dB: VdB= 20 log10(V/V0) Em nosso circuito é indicado que Vo=16 V, portanto para a tensão de cada resistor podemos calcular o valor em dB equivalente e assim comparar como valor em dB indicado no circuito. Usando a fórumla acima e o Vo dado é posível montar a tabela abaixo: Vindicada dBcalculado db indicado 0,041 -31,83 -30 0,1289 -21,88 -20 0,4732 -10,58 -10 0,715 -7,00 -7 1,06 -3,58 -4 1,3 -1,80 -2 1,65 0,27 0 2,02 2,02 2 2,47 3,77 4 3,43 6,62 7 4,89 9,70 10 8,99 14,99 Tabela 1 – Tensão em cada um dos resitores e o seu valor em dB equivalente calculado comparado ao valor indicado no circuito Na tabela 1 observa-se que os valores indicados no circuito ficam realmente próximos aos valores indicados no circuito, com erro de, no pior dos casos, 10%. Assim comprova-se a utilização da escala logrítmica 2. RELATÓRIO DA TERCEIRA EXPERIÊNCIA 2.1 INTRODUÇÃO Neste experimento foi analisado o circuito de “Bargraph” da figura 3 abaixo. Figura 3 – Circuito de Bargraph Este circuito funciona como um comparador de tensões e será explicado a seguir com mais detalhes. 2.2 CIRCUITO BARGRAPH Partimos com um sinal de entrada e com uma tensão contínua fixa que, ao passar por resistores, vai diminuindo. O circuito possui 2 fileiras que realiza 12 comparações cada, somando um total de 24 comparações, as quais podemos visualizar cada resultado observando os 24 LEDs da placa. Caso o LED acenda, quer dizer que o sinal de entrada do comparador em questão possui tensão maior que a entrada contínua decaída pelo número de resistores em série. Caso o LED fique apagado, a tensão contínua naquele ponto é menor que a tensão CC e então o coletor do transistor do comparador deixa de puxar corrente. A explicação mais detalhada encontra-se na parte da simulação do circuito equivalente. 2.2.1 Simulações e Resultados experimentais Foram realizadas medições de tensão nos resitores R7 ao R19 com o auxílio de um multímetro. Assim, formamos a tabela 1. Tensão [V] R13 1,63 R7 14,93 R8 8,95 R9 4,87 R10 3,42 R11 2,45 R12 2,08 R14 1,28 R15 1,05 R16 0,71 R17 0,47 R18 0,13 R19 0,04 Tabela 2 – Medições de tensão do R7 ao R19 Para podermos comparar as tensões, temos abaixo a tabela 2, a qual indica os valores nominais das resistências do circuito. Resistor Resistência (Ω) R7 8200 R8 5600 R9 2000 R10 1300 R11 510 R12 620 R13 470 R14 330 R15 470 R16 330 R17 470 R18 120 R19 56 Tabela 3 – Valores nominais das resistências do circuito Temos então que o valor da resistência equivalente da tensão CC é de 20476 Ω (Soma do R7 ao R19). Então, como a tensão CC é de 15V, temos uma corrente de aproximadamente 0,73mA. Então, podemos montar a tabela 3, que corresponde aos valores de tensão esperados em cada resistor. Resistor Resistência (Ω) Tensão (V) R7 R8 8200 5600 14,94748 8,96148 R9 2000 4,87348 R10 1300 3,41348 R11 510 2,46448 R12 620 2,09218 R13 470 1,63958 R14 330 1,29648 R15 470 1,05558 R16 330 0,71248 R17 470 0,47158 R18 120 0,12848 R19 56 0,04088 Tabela 4 – Valores nominais de tensões nos resistores Podemos observar que os valores da tabela 3 estão muito próximos da tabela 1. Sabemos que na tabela 3 temos um erro devido à aproximação do valor de corrente CC do circuito e que na tabela 1 temos erros de medições devido aos erros percentuais dos resistores e imprecisões do multímetro. Agora verificaremos para quais tensões os LEDs de cada canal acenderam. Para isso foi-se aumentando a tensão do sinal quadrado de entrada e os valores de tensão foram anotados. As medidas foram colocadas na tabela 4. LED 12 LED 11 LED 10 LED 9 LED 8 LED 7 LED 6 LED 5 LED 4 LED 3 LED 2 LED 1 CH1 0,042 0,129 0,466 0,707 1,050 1,280 1,620 2,080 2,450 3,400 4,870 8,950 CH2 0,044 0,132 0,480 0,729 1,080 1,320 1,670 2,150 2,530 3,520 5,020 9,230 Tabela 5 – Tensões para acender os LEDs (considerando que o LED 1 é o mais próximo da fonte CC) Mais uma vez percebemos que os valores para acender os LEDs estão muito próximos dos valores da tabela 1. Afinal, o LED acende quando a tensão do sinal senoidal está ligeiramente acima da tensão CC no resistor correspondente ao comparador do LED. Percebemos também que há uma discrepância entre os valores encontrados no canal 1 e no canal 2. Isso ocorre devido a diferença do ganho dos AmpOPs do circuito. A tabela 5 mostra o ganho medido em cada AmpOP. Para obter esses valores colocamos uma tensão de entrada e medimos a tensão de saída de cada Amplificador. Ganho Amp OP1 0,971154 Ganho Amp OP2 1,0096154 Tabela 6 – Ganhos dos AmpOPs Sabendo desses valores de ganhos, vamos normalizar a tabela 4 dividindo os valores das medidas pelo valor do ganho, sendo assim analizaremos os 2 canais em uma mesma situação. Essa normalização pode ser vista na tabela 6. LED 12 LED 11 LED 10 LED 9 LED 8 LED 7 LED 6 LED 5 LED 4 LED 3 LED 2 LED 1 CH1 0,043 0,133 0,480 0,728 1,081 1,318 1,668 2,142 2,523 3,501 5,015 9,216 CH2 0,044 0,131 0,475 0,722 1,070 1,307 1,654 2,130 2,506 3,486 4,972 9,142 Diferença 0,000 0,002 0,004 0,006 0,011 0,011 0,014 0,012 0,017 0,015 0,042 0,074 Tabela 7 – Valores da tabela 4 normalizados Agora vemos que os valores dos dois canais estão muito mais próximos. A pequena diferença ainda existente pode ser explicada pela imprecisão de medição do osciloscópio de 20mV. 2.3 CONCLUSÕES O circuito testado funcionou como esperado, sendo bem coerente com a simulação. Há diferenças nos valores de acendimento de cada LED, mas isto é esperado dado que nas simulações os resistores tem valores exatos, enquanto na montagem os resistores apresentam uma certa vriação no valro das resistências. A variação no valor dos resistores também afetou o ganho obtido nos amplificadores dos dois canais. Apesar do uso de resistores de mesmo valor em ambos os canais, a variação da resistência dos mesmos resultou em ganhos diferentes para cada canal, mudando os valores de acendimento para cada canal. Quando calculamos o ganho de cada canal através de medidas do osciloscópio e com isso normalizamos as tensões, a diferença entre os dois canais ficou muito pequena, mostrando que o circuito funciona corretamente. Ainda assim existe um erro, proveniente da precisão do osciloscópio com que foram os medidos os ganhos. É notável que o erro cresce junto com a tensão, pois e o erro está no ganho, quanto maior a tensão multiplicada por este ganho, mais aparente se torna o erro. diferença no vlaro das resistencisa ja gerou a diferença nos ganhos de cada canal Conclusões sobre o funcionamento do circuito e análise comparativa da simulação e circuito. 3. NOTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS COM O KIT UTILIZADO Descrição de problemas com o kit utilizado, informar o número do kit que foi utilizado.