Table of Contents Folha de Rosto Copyright Agradecimentos Sumário Sobre Este Livro Interativo Introdução 1. O Plano Original 2. Comece com o Fim em Mente 3. Limpe o Convés 4. Levante-se e Construa 5. Intimidade 6. Recomece Notas Recursos sugeridos Sobre o Autor A HISTÓRIA DO CASAMENTO por JOHN BEVERE © 2015 Editora Luz às Nações Coordenação Editorial | Equipe Edilan Tradução e revisão | Equipe Edilan Originalmente publicado nos Estados Unidos com o título The Story of Marriage, de John e Lisa Bevere, por Messenger International, P.O. Box 888, Palmer Lake, CO 80133-0888, www.messengerInternational.org, Estados Unidos. Copyright © 2014 por John P. Bevere, Jr. e Lisa Bevere, todos os direitos reservados. Publicado no Brasil pela Editora Luz às Nações, Rua Rancharia, 62, parte – Itanhangá – Rio de Janeiro, Brasil CEP: 22753-070. Tel. (21) 2490-2551. 1ª edição brasileira: agosto de 2015. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, armazenada em sistema de recuperação de dados ou transmitida por qualquer forma ou meio — seja eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro — sem a autorização prévia da editora. Salvo indicação em contrário, todas as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional (NVI), Editora Vida. As outras versões utilizadas foram: Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF), SBB; Almeida Atualizada (AA), SBB; Almeida Revista e Atualizada (ARA), SBB e NTLH (Nova Tradução da Linguagem de Hoje), SBB. Por favor, note que o estilo editorial da Edilan inicia com letra maiúscula alguns pronomes na Bíblia que se referem ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e pode diferir do estilo editorial de outras editoras. Observe que o nome “satanás” e outros relacionados não iniciam com letra maiúscula. Escolhemos não reconhecê-lo, inclusive a ponto de violar as regras gramaticais. www.edilan.com.br CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ Bevere, John, 1959B467h A história do casamento / John Bevere, Lisa Bevere ; - 1. ed. - Rio de Janeiro : Luz às Nações, 2015. Tradução de: The story of marriage 6198Kb ; ePUB Inclui bibliografia ISBN 978-85-99-858-92-9 1. Casamento - Aspectos religiosos. 2. Vida cristã. I. Bevere, Lisa. II. Título. 15-25738 19/08/2015 CDD: 248.4 CDU: 27-584 20/08/2015 Agradecimentos Aos nossos filhos, seus cônjuges e nossos netos, de muitas maneiras vocês são a razão pela qual a história do nosso casamento foi escrita. Enche-nos de alegria ver cada um de vocês crescerem e amarem uns aos outros tão bem. Ao valente Addison, somente a eternidade poderá medir com precisão o tamanho de sua contribuição. Dizer que não poderíamos ter feito isto sem você fica ainda muito distante da verdade. Obrigado por conservar o propósito de nossas palavras e envolvê-las com a sabedoria da Bíblia para criar algo capaz de tocar vidas. À adorável e sábia Jaylynn, sua atitude cativante e excelente dedicação teceram maravilhosamente bem A História do Casamento. Que tudo o que você semeou neste campo alcance sua vida. A Vincent e Allison, obrigado por tudo o que fizeram para nos ajudar a criar os devocionais. O trabalho de vocês enriqueceu e ampliou este livro. Aos membros da equipe e parceiros do Messenger International, obrigado por estarem firmes conosco. Não poderíamos ter pedido a Deus amigos mais verdadeiros e leais para caminharem ao nosso lado no propósito de alcançar as nações do mundo com o glorioso Evangelho de Jesus Cristo. Acima de tudo, agradecemos a Ti Deus Pai, pelo Teu amor infalível; a Jesus, nosso Rei, por dar a Tua preciosa vida; e a Ti, Espírito Santo, pelo Teu tremendo poder, consolo, ensino e íntima comunhão. Obrigado por nunca nos deixar nem nos abandonar. SUMÁRIO Sobre Este Livro Interativo Introdução 1. O Plano Original 2. Comece com o Fim em Mente 3. Limpe o Convés 4. Levante-se e Construa 5. Intimidade 6. Recomece Apêndice: Como Receber a Salvação Notas Recursos Sugeridos Sobre Este Livro Interativo Este livro pode ser lido de capa a capa, como qualquer outro livro. Entretanto, nós o encorajamos a explorar os elementos interativos opcionais para que você tenha uma experiência mais personalizada: Cada capítulo deste livro é dividido em cinco mensagens diárias, todas acompanhadas de um guia devocional acrescentado ao final de cada capítulo. Você pode escolher ler uma mensagem e um devocional por dia, ou pode adaptar esses elementos de acordo com a sua preferência. Sugerimos que aqueles que participarem de um estudo em grupo leiam as mensagens e os devocionais de cada capítulo por semana. Se você está lendo este livro como parte do estudo da Série Messenger sobre A História do Casamento, recomendamos que assista ou ouça a sessão de ensino de cada semana e responda às perguntas de discussão como um grupo. Depois, leia o capítulo do livro e conclua os devocionais. Há uma sessão de ensino para cada capítulo deste livro. As perguntas para o debate de cada capítulo podem ser encontradas após os devocionais diários. Aproveite a leitura! Introdução Talvez você esteja perguntando: “Por que outra mensagem sobre casamento?” Essa também foi nossa primeira reação. Existem três motivos pelos quais escrevemos este livro. Primeiramente, sentimos que Deus estava nos dirigindo a fazê-lo. Em seguida, nossos filhos e nossa equipe nos pediram para fazer isso. E, finalmente, muitos de vocês também fizeram o mesmo pedido. Achávamos que já havia uma grande oferta de excelentes recursos sobre casamento no mercado, muitos dos quais foram extremamente úteis para nós. Entretanto, quando observamos mais atentamente, percebemos que havia uma lacuna: descobrimos que uma parte desse material havia sido escrita predominantemente do ponto de vista de um cônjuge ou do outro. Um grande casamento é fruto de uma grande parceria, portanto nós acreditamos na importância de sermos capazes de compartilhar acerca desse tema juntos. Também sabemos que cada história é diferente da outra – inclusive a nossa. Nós dois somos pessoas de personalidade forte, digamos assim. Estamos casados há mais de três décadas e enfrentamos desafios únicos durante esse tempo. Percebemos que devido ao fato de nossas experiências serem únicas, nossa perspectiva também seria. Além disso, queríamos encorajar homens e mulheres a ver que o casamento não é um molde que foi feito para confiná-los. Acreditamos que todos são livres para projetar seu casamento da forma que melhor se adapte às suas necessidades individuais e ao propósito divino. Esperamos que este livro ajude você a descobrir e escrever sua história única. Quem Deve Ler Este Livro Este livro é para aqueles que estão se preparando para o casamento, para os que já são casados e também para qualquer um que queira ter uma melhor compreensão sobre o casamento. Por vivermos em um tempo em que há tantos divórcios e tantas distorções com relação ao que o casamento deve ser, muitos têm medo até mesmo de começar a viver suas histórias. Mas o que você viu não precisa definir a história que espera por você. Além disso, existem aquelas pessoas que se sentem aprisionadas no meio de um capítulo que não lhes agrada. Não queremos que você feche o livro do seu casamento. Queremos ajudá-lo a seguir para a próxima página. Também existem inúmeros amigos que acreditavam que suas histórias de amor jamais terminariam, mas acabaram descobrindo que páginas foram abruptamente arrancadas de suas vidas pelo divórcio ou pela perda de um cônjuge. A sua história não terminou. Este não é um livro que abrange e discute todos os aspectos do casamento. Volumes e mais volumes poderiam ser escritos sobre o assunto, e nós não temos todas as respostas. No entanto, decidimos escrever a nossa história – inclusive muitos de nossos momentos mais difíceis – porque sabemos o que vivemos e cremos que isso pode ajudar outras pessoas. Finalmente, Jesus ainda acha que o casamento é uma história que vale a pena ser contada. O casamento é o modelo por meio do qual Ele mostra como nos ama. Oramos para que estas páginas façam nascer a fé, a esperança e o amor, tanto nos solteiros quanto nos casados, tanto nos jovens quanto nos que já estão bem avançados em anos. Nós desafiamos você a sonhar outra vez! UM O Plano Original Então o SENHOR Deus fez nascer do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. — Gênesis 2:9 Dia 1 E ra uma vez um jardim que crescia em torno de duas árvores. Como você já deve saber, esse não era um jardim comum. Nele não havia sofrimento ou degradação. Rios cruzavam a paisagem do Éden, fornecendo água pura e cristalina a todos os que habitavam no jardim. Imagine só o esplendor das árvores que cresciam em um ambiente como esse. Cada uma delas era um símbolo sem defeito da vida que crescia em um solo rico, despertada por cascatas de águas e nutrida por raios de sol radiantes e ao mesmo tempo amenos. Havia muitas árvores no jardim, mas a Bíblia menciona apenas duas: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ambas as árvores desfrutavam das mesmas condições imaculadas e incontaminadas – um estado de existência que esta Terra caída jamais poderia reproduzir. No entanto, uma delas gerava vida, e a outra morte. Você provavelmente já ouviu essa história antes, pois toda história de casamento tem sua origem nessas duas árvores do Éden. De muitas maneiras, nossos casamentos podem ser comparados a árvores de vida. Casamentos crescem em velocidades diferentes em diferentes estações, e são melhores quando estão fincados por raízes maduras. Eles experimentam tanto anos frutíferos quanto estéreis, assim como anos de crescimento excepcional e outros em que o crescimento é atrofiado. Cada casamento é afetado pelo clima local, pela mudança de estações e pelas tempestades que os açoitam, mas o casamento oferece abrigo contra os ventos da vida em constante mudança. A imagem de capa deste livro nos dá um vislumbre do que é a vida de uma árvore. O que vemos neste agrupamento de anéis é, na verdade, a história de vida da árvore – a impressão digital de sua jornada. Na escola, muitos de nós aprendemos um pouco sobre dendrologia (o estudo das árvores e arbustos) e podemos determinar aproximadamente a idade de uma árvore contando seus anéis. Entretanto, ainda que saibamos contar os anéis de uma árvore, estamos longe de ser especialistas em dendrologia (mesmo que a gente saiba apreciar uma bela árvore). Além da idade exata, especialistas poderiam nos dar detalhes íntimos sobre a vida de uma árvore simplesmente observando seu corte transversal. Para o olho treinado, cada anel da árvore representa uma história. As diferentes espessuras de cada faixa dizem se a árvore passou por um inverno ameno ou excepcionalmente rigoroso, revelando padrões de seca ou chuva abundante. Uma inspeção detalhada revelaria a ocorrência de lesões ou ataques de pragas. Cada anel é um ano de estações, circular na forma e único em sua natureza. Cada ano de casamento poderia ser comparado à trajetória do anel de uma árvore: circular na forma e único em sua natureza. Os aniversários marcam o fim de um ano e o início do próximo. A data anual é uma marca evidente, mas os meses, semanas e dias que enchem o calendário anual são uma coleção de alegria, dor, trabalho e até surpresas. Sua História Ao iniciar esta jornada conosco, lembre-se de que sua história (ou futura história) é simplesmente isto: sua história. Toda vida e todo casamento são uma coleção de alegrias, vitórias e desafios. Por tempo demais, grande parte da Igreja se contentou em oferecer receitas genéricas para os problemas que afligem nossos casamentos. Ouvimos: “Esposas, submetam-se. Maridos, amem”. Embora haja verdade e valor nessas palavras, francamente, não existe um guia para a edificação de um casamento que sirva para todos, porque cada casamento tem uma impressão digital única. Vamos olhar as coisas do seguinte modo: o projeto de toda casa inclui uma fundação, paredes de sustentação e um teto, mas o arquiteto tem a liberdade criativa para variar o projeto de acordo com as necessidades e desejos específicos de seus moradores. O mesmo acontece com nossos casamentos. Somos livres para projetá-los a fim de que eles nos sirvam da melhor maneira possível. Cada parte deles deve ter a aparência mais conveniente e ter a liberdade de variar de acordo com o momento que se está atravessando na vida. Em nosso casamento, por exemplo, estamos entrando em um tempo no qual criar filhos não será mais nosso papel predominante dentro da família. Isso significa que não demorará muito para que nossa casa não precise de tantos quartos quanto tinha no passado. Essa mudança em nossos casamentos é tão natural quanto a mudança das estações. Tudo isso é normal. Existem verdades e valores universais e eternos que impulsionarão seu casamento a ser tudo o que Deus o chamou para ser. Deus quer que cada casamento seja construído com amor, respeito, alegria, submissão, provisão, fidelidade, cuidado, intimidade e legado – para citar apenas alguns alicerces. Mas a maneira como esses blocos de fundação são expressos em sua vida refletirão a singularidade da sua personalidade e a estação que o seu casamento atravessa. Deus esboça os princípios fundamentais, porém deixa espaço para que você se expresse nas particularidades. Deus ama a diversidade. Uma olhada na Criação confirmará isso. Queremos deixar claro desde o princípio que não acreditamos que todos os casais se encaixem em um molde genérico para o casamento. Nos dias de hoje, é mais comum que ambos os cônjuges trabalhem fora de casa (em 2012, aproximadamente 60% das mulheres em idade para trabalhar nos Estados Unidos estavam empregadas),1 e uma esposa talvez ganhe mais do que seu marido. A capacidade da esposa de gerar renda não significa que ela não seja submissa ou que o marido não seja um líder. Significa simplesmente que ambos estão contribuindo para a renda familiar, o que significa que o casamento deles provavelmente parece ser diferente do casamento de seus avós. Nosso casamento é assim. Ambos trabalhamos e ambos somos líderes fora do nosso casamento. Às vezes trabalhamos juntos (como no caso deste livro), às vezes trabalhamos separados, mas o objetivo do nosso casamento e os nossos valores essenciais não oscilam. Os papeis do marido e da mulher no relacionamento não variam de acordo com a nossa capacidade de gerar renda. Naquele primeiro jardim, Deus disse tanto a Adão quanto a Eva para serem frutíferos e se multiplicarem. Ele não disse que Eva deveria ficar em casa e administrar a multiplicação de Adão. A mulher virtuosa de Provérbios 31 era uma administradora do lar e uma empreendedora impressionante. Se isso parece ser o certo para seu casamento, faça-o! Ou talvez um de vocês queira ficar em casa em tempo integral – tendo ou não tendo filhos. Não há nada de errado com nenhuma dessas abordagens. A princípio parece natural presumir que o que funcionou tão bem para os outros funcionará bem para todos. Mas estamos vivendo dias únicos com desafios únicos em todas as frentes. Queremos que o nosso casamento seja forte. Isso significa que você precisa ter a liberdade para construir o casamento dos seus sonhos, e não o casamento com o qual outra pessoa sonhou. Encorajamos você a parar por um instante e pedir ao Espírito de Deus, que é o Espírito da verdade, para revelar como as Suas verdades eternas podem transformar seu casamento em uma união especial – aquela que Ele projetou exclusivamente para vocês antes do início dos tempos. Dia 2 Quando Sua História É Desafiada O número de anos de uma jornada não conta toda a sua história. Um casamento de cinquenta anos pode significar cinquenta anos de dificuldades, ou cinquenta anos de felicidade constante. Mas, com muito mais frequência, o casamento é um mosaico de estações variáveis e diversas. Quando olhamos a imagem da árvore na capa deste livro, fica evidente que cada anel aumenta o diâmetro da árvore. Não importa se o ano foi de dificuldade ou abundância, ele acrescentou volume à história e significado à jornada. Será que O Peregrino, de John Bunyan – um livro que continua sendo publicado mesmo depois de três séculos – seria uma obra prima duradoura se Cristão (o personagem principal da história) tivesse chegado à Cidade Celestial (seu destino) sem ter passado pelo Pântano da Desconfiança ou sem ter triunfado sobre o gigante Desespero? Sem o enredo complexo entremeado por alegrias e desafios, sua história seria monótona e vazia de acontecimentos especiais. Os perigos que Cristão suporta e vence são o que fazem com que sua história valha a pena ser lida. Os desafios pelos quais passamos em nossos casamentos têm o potencial de acrescentar às nossas histórias empolgação e significado semelhantes. Não despreze os momentos de desânimo. Use-os para se aproximar da graça de Deus e encontrar Sua força divina que desafiará os limites da sua capacidade emocional e espiritual. Ao longo de mais de três décadas de casamento, descobrimos que foram exatamente os momentos que pareceram ser mais sombrios que se tornaram mais tarde faróis para iluminar nosso caminho. Eles nos compeliram a nos levantarmos e nos posicionarmos. Seus problemas atuais podem se tornar alguns dos mais importantes momentos da sua história. O Espírito do Casamento Antes de mergulharmos na história do casamento, vamos parar por um instante e explorar seu propósito. Não há dúvidas de que o casamento é maravilhoso, mas às vezes ele é um processo doloroso. A maioria de nós tende a ter muito mais paciência com a dor envolvida em um processo quando entendemos seu propósito. Por exemplo, você pode suportar duas horas na cadeira de um dentista se souber que o procedimento cumprirá o propósito de erradicar uma dor de dente incessante. No seu casamento, você provavelmente já passou por dias que pareciam mais uma visita ao dentista do que um passeio na praia (e se ainda não passou por isso, você passará). É nesses momentos dolorosos que ter consciência do seu propósito torna-se ainda mais crucial. Hoje em dia, o propósito do casamento está sendo questionado. Por não entenderem o propósito de suas uniões, muitas pessoas estão prontas para pular fora quando as águas turbulentas fazem seus barcos balançarem. Outros argumentam que a instituição do casamento como um todo está falida, e precisa ser revista ou eliminada. Alguns até sugerem que os contratos de casamento deveriam ser limitados a um período predeterminado – aparentemente, para sempre é muito tempo para se esperar de qualquer um de nós. Essas pessoas argumentam que é irrealista tomar decisões sobre como vamos nos sentir daqui a vinte anos, quando mal podemos controlar a maneira como vamos nos sentir amanhã. Na conhecida canção “Mrs. Jackson”, o grupo de hip-hop OutKast expressou um sentimento popular: Eu e sua filha Temos algo especial Você diz que é coisa de criança Nós dizemos que é um amor maduro Espero que nos sintamos assim, que nos sintamos assim para sempre Você pode planejar um bonito piquenique Mas não pode prever se vai haver sol A música “Mrs. Jackson” é o pedido de desculpas de um homem à mãe de uma jovem que ele engravidou, mas por quem não sente mais amor. Infelizmente, essa canção reflete perfeitamente uma visão predominante do amor e do casamento: eles devem fazer com que eu me sinta bem. Essa perspectiva se fundamenta na convicção de que nossas emoções nos dizem o que é certo e errado, e que somos incapazes de controlá-las. Se não me sinto feliz, então obviamente tenho de fazer alguma coisa para mudar isso. Afinal, não posso controlar como me sinto, assim como não posso controlar a mudança das estações. Ou, como o grupo OutKast diz, você pode planejar um bonito piquenique, mas não pode prever se vai haver sol. Há outros que querem que a definição de casamento se adapte às diferentes épocas. Eles perguntam: “Por que não podemos ser mais flexíveis? Se esta instituição vai sobreviver, ela precisa se ampliar para incluir uniões entre dois homens e entre duas mulheres”. Certas celebridades estão até mesmo se recusando a se casarem até que os parâmetros do casamento tenham sido revistos. (Para ser claro, todo casamento deve sempre crescer e se adaptar, mas a definição e os participantes do casamento não mudam.) Então, a quem devemos ouvir? Quem tem o direito de definir – ou redefinir – o casamento? Quem tem as credenciais para nos dizer como o casamento deve impactar nossas vidas? Acreditamos que Deus é o Único que tem esse direito. Sua Palavra declara: Foi o Eterno que fez o casamento, não você. Seu Espírito permeia até os menores detalhes dessa união... Portanto, guarde o espírito do casamento dentro de você. Malaquias 2:15, A Mensagem Esse versículo não deixa espaço para dúvida: “Foi o Eterno que fez o casamento, não você”. Ele não apenas criou o casamento, como também Se envolveu pessoalmente no processo pelo qual duas pessoas se tornarem uma. Todo casamento é composto de muitos elementos diferentes, alguns simples e alguns tremendamente complexos, mas, pelo Seu Espírito, Deus revigora (ou traz vida a) os detalhes mais íntimos do casamento. Observe que Malaquias 2:15 diz: “Seu Espírito [de Deus] permeia até os menores detalhes dessa união”. Em outras palavras, Deus nos permite ter expressão criativa no casamento, mas Ele retém todos os direitos de Criador sobre o que é o casamento e a quem ele inclui. O casamento não pode ser recriado sem o consentimento e a participação de Deus, e Ele é claro quanto às questões fundamentais: “Eu sou o Senhor e não mudo” (Ml 3:6, NTLH). De Volta ao Éden Vamos voltar ao jardim. Você se lembra das duas árvores? Uma delas, a árvore do conhecimento do bem e do mal, era a única árvore cujo fruto era proibido a Adão e Eva. Deus os advertiu que se eles comessem de seu fruto, eles morreriam. Mas algo naquela árvore fez com que eles se recusassem a ouvir a advertência de Deus e partilhassem o fruto proibido. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento... Gênesis 3:6 (ACF), grifo do autor Certamente muitas árvores nesse jardim eram boas para se comer e agradáveis aos olhos. Mas uma árvore cujo fruto tinha o poder de elevar uma pessoa à condição de Deus era outra coisa completamente diferente! Eva pensou que houvesse algo além daquilo que já lhe havia sido dado. Achamos impressionante o fato de a mulher ter agarrado algo que não devia ter (igualdade em relação a Deus) perdendo nesse processo algo que ela já tinha o potencial para possuir (sabedoria). Adão e Eva desejaram ser como Deus, separados de Sua influência e autoridade. Eles se agarraram a um papel que não lhes era lícito assumir. Essa decisão contrasta claramente com a escolha feita por um de seus descendentes: [Jesus], embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se... Filipenses 2:6 Adão e Eva foram feitos à imagem de Deus, mas não iguais a Ele. A imagem de algo fala de um reflexo, e não de uma representação em sua totalidade. A falsa promessa de igualdade com Deus fez com que o homem e a mulher pensassem que estavam recebendo alguma coisa, quando na verdade ambos estavam perdendo. Eles não receberam sabedoria; eles aceitaram um engano.2 O casal enganado e desobediente foi banido do jardim. Eles nunca mais teriam acesso ao fruto encontrado na árvore da vida. Sem esse fruto vivo, Adão e Eva estavam condenados à mortalidade. Eles morreram, e o jardim deles desapareceu há muito tempo. Mas, de certa maneira, eles vivem, porque somos sua descendência. Homens e mulheres não têm mais imortalidade individual nesta Terra, mas o casamento é uma maneira de dar continuidade à vida através da reprodução. A boa notícia é que a Cruz de Cristo agora é nossa árvore da vida definitiva. Ela restaura tudo o que foi perdido no jardim. E um casamento segundo o coração de Deus pode funcionar como uma árvore que perpetua a vida. Ele tem em si a base necessária tanto para o legado quanto para a intimidade. Por isso é tão importante para Deus honrarmos o casamento, guardarmos o seu espírito e amarmos um ao outro. Não é preciso ser um especialista em relacionamentos para perceber que algo significativo se perdeu na transição do jardim para o agora. Muitos casamentos são o oposto de uma árvore que perpetua a vida. Divórcio, adultério, decepção, infelicidade e ofensa destroem nossos casamentos e lares. Por causa desses momentos em que o amor falha, muitos não entendem o propósito do casamento – ou sequer por que eles deveriam querer se casar. Outros, que são casados, estão simplesmente tentando sobreviver ao fogo cruzado. Para eles, o casamento não é um porto seguro. É uma zona de guerra. Dia 3 A Fonte do Amor “... O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vocês” Romanos 2:24 Enquanto nós, o Corpo de Cristo, não vivermos e amarmos de maneira adequada, as pessoas blasfemarão o nome de Deus. Isso não é nenhuma surpresa, pois se nos consideramos “cristãos”, afirmamos ser embaixadores de Cristo. O apóstolo Paulo escreveu: Ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos... 2 Coríntios 5:19-20 Um embaixador é um mensageiro ou representante autorizado.3 Como cristãos, falamos por Cristo. Que privilégio! Fomos convidados, e até mesmo encarregados, de participar no ministério da reconciliação de Deus. Falamos por Deus com nossas palavras e atos. Esse é o nosso propósito de vida. Somos colaboradores com Deus, fazendo avançar o Seu Reino na Terra. Então o que Cristo pediu que nós, Seus embaixadores, façamos? Jesus disse: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como Eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13:34). Felizmente essa missão não é algo que devemos realizar por meio da nossa própria força de vontade. A Bíblia deixa claro que, para cumprir nosso propósito, precisamos primeiramente estar em Cristo – ser herdeiros da Sua graça por intermédio da Sua obra salvadora na Cruz. Só então podemos agir pelo poder transformador do Seu Espírito, e só então podemos amar uns aos outros como Ele nos ama. Sob a nova aliança da graça, Deus nunca nos dá uma ordem sem nos dar o poder para cumpri-la. Porque estamos em Cristo, Seu Espírito capacitará nossos casamentos e nossas vidas individuais para que possam revelar Sua presença e amor ao mundo. Entretanto, não podemos revelar Seu amor até que nós mesmos o experimentemos primeiro. Em Efésios, Paulo oferece a chave para recebermos o poder do amor de Cristo: Oro para que, com as Suas gloriosas riquezas, Ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do Seu Espírito, para que Cristo habite no coração de vocês mediante a fé; e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Efésios 3:16-19, grifo do autor Para receber a revelação do amor de Cristo, primeiro temos de permitir que Deus nos fortaleça no íntimo do nosso ser com poder por meio do Seu Espírito. Mas isso não pode acontecer se você não entregou sua vida a Ele. A partir do momento em que a sua vida for Dele, você terá a oportunidade de crescer continuamente no Seu amor, uma jornada que por fim levará a uma vida plena e íntegra. (Para saber mais sobre como entregar sua vida a Cristo, veja a página 277.) Apenas dois versículos após ter escrito sobre o poder que recebemos quando conhecemos o amor de Cristo, Paulo explica o propósito desse poder: ... rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Efésios 4:1-3, grifo do autor Observe que Paulo escreveu “vivam de maneira digna da vocação que receberam”. Mais uma vez, ele está falando do nosso propósito: revelar o amor, a verdade e o modo de vida de Deus (Seu Reino) ao mundo. Nada disso é possível sem que se tenha experimentado o amor de Deus. O conhecimento teórico não bastará. Somente quando possuímos a experiência pessoal do amor de Deus é que somos revestidos de poder para edificar vidas – e casamentos – dignos do nosso chamado. Nessa passagem, Paulo descreveu certos padrões comportamentais muito similares aos que são necessários a um bom casamento: ser humilde, ser dócil, ser paciente, suportar uns aos outros e fazer todo esforço para conservar a unidade por meio da paz. Não é coincidência que logo no capítulo seguinte de Efésios encontremos alguns dos versículos mais famosos da Bíblia sobre o casamento. (Lembre-se de que as designações de capítulo e versículo foram acrescentadas pela Igreja no século 13 e não apareciam na carta original de Paulo.) Seria possível que em Efésios 1 a 4 Paulo estivesse preparando o coração de seus leitores para o que ele estava prestes a compartilhar – as verdades radicais sobre o casamento que exigiriam um conhecimento radical do amor de Deus? Então, eis a progressão: antes que você possa amar de maneira adequada (quer seja o seu cônjuge ou qualquer outra pessoa), você precisa primeiro descobrir as profundezas do amor de Deus por você. O seu conhecimento do amor de Deus não pode se basear em informações de segunda mão; você precisa experimentá-lo pessoalmente. Quando experimentar o amor de Cristo, você será “cheio de toda a plenitude de Deus”. Só então você poderá levar uma vida digna do seu chamado. O poder para viver e amar adequadamente vem do conhecimento íntimo do imenso amor de Deus por você. O Propósito do Casamento Se seu propósito individual é ser uma representação de Cristo na Terra, qual é o propósito do seu casamento? Vamos começar por aqui: Deus é amor. O amor não é apenas algo que Deus faz. Não é apenas algo que Ele tem. É quem Ele é. O casamento é uma instituição de amor, a primeira instituição que Deus estabeleceu. O casamento não é apenas a primeira instituição estabelecida por Deus, é também o simbolismo poético usado por Ele para representar as profundezas do Seu amor por nós e do Seu compromisso conosco, Sua Igreja e Noiva. A noiva e o noivo são uma imagem da Igreja e de Cristo. Por causa desse simbolismo profundo, há uma intenção ainda mais profunda e mais obscura por trás do ataque contra o casamento, um motivo que poucos reconhecem. Os ataques contra o casamento – contra sua definição, sua designação e suas raízes divinas – têm a ver com mais do que política ou progresso social. A Bíblia deixa claro que não guerreamos meramente contra carne e sangue, que nosso adversário não é um governo ou organização (ver Efésios 6:12). Há um antigo adversário – o inimigo das nossas almas – trabalhando por trás dos bastidores para distorcer e perverter a fusão divina. Ele não vai parar de atacar o casamento até ter distorcido completamente a nossa base de referência acerca da maneira como Deus ama e se relaciona com Seu povo. A última coisa que satanás quer é que descubramos e recebamos o amor transformador de Deus. Mas pela graça de Deus, podemos derrotar nosso adversário e abraçar tudo o que Deus deseja no nosso casamento e para o nosso casamento. O Que Jesus Pensa? Deus não apenas criou o casamento; Ele também tem um plano e um propósito para ele que não mudou. Embora o debate sobre as particularidades do casamento seja um tema polêmico há milhares de anos, Deus ainda o garante como Seu plano original. Veja o que Jesus disse aos fariseus em uma de Suas mais famosas conversas com relação ao casamento: Um dia, os fariseus vieram provocá-Lo: “É permitido um homem divorciar-se da esposa por qualquer razão?” Ele respondeu: “Vocês não leram que o Criador, no plano original, fez o homem e a mulher um para o outro, macho e fêmea? Por causa disso, um homem deixa pai e mãe e une-se à sua esposa, tornando-se uma carne com ela. Não são mais dois, mas apenas um. Deus criou uma união perfeita, que ninguém pode ter a ousadia de profaná-la, separando-os”. Mateus 19:3-6, A Mensagem Os fariseus se contentavam em saber o que era legalmente correto, mas Jesus queria que eles compreendessem o poder do amor. Não podemos negar o fato de que Deus originalmente planejou os homens e as mulheres uns para os outros. No casamento, eles deixam seus pais para formar uniões vivas. A partir do momento em que os dois sexos estão unidos, ninguém deveria separar essa fusão. Por Que Deus se Importa com o Divórcio? A versão da Bíblia A Mensagem chama o divórcio de uma profanação da união perfeita que Deus criou. É o fato de o casamento ser uma união criada por Deus que torna o divórcio algo tão sério. Profanar é tratar algo sagrado com um desrespeito violento.4 Os sinônimos de profanar incluem palavras como blasfemar, difamar, maldizer, corromper, vandalizar, insultar e violar. Todos esses termos extremos transmitem uma sensação de violência. Fizemos referência à versão parafraseada de A Mensagem, mas todas as versões transmitem a gravidade de dividir o que Deus uniu. E ao fazer um estudo contextual adequado, podemos deduzir com segurança que Jesus está falando de todos os casamentos.5 Você pode imaginar como o mundo reagiria se alguém profanasse o quadro Mona Lisa, de Leonardo da Vinci? Todas as redes de notícias transmitiriam a história. O autor do crime seria condenado pela sociedade e provavelmente passaria o resto da vida na prisão. Como alguém ousaria profanar uma das maiores obras de arte da humanidade? Leonardo rolaria no túmulo. Bem, Deus considera o casamento como uma das maiores obras de arte a serem expressas através de Sua criação favorita. A Paixão Dele pelo casamento é evidenciada na resposta de Jesus aos fariseus. As palavras Dele eram tão poderosas que eles não sabiam como lidar com elas, de modo que simplesmente se recusaram a responder-Lhe. Incapazes de compreender o casamento à luz da intenção original de Deus, eles se escondiam atrás da Lei de Moisés – uma abordagem que lhes permitia partir em vez de lhes dar o poder e a autoridade para ficar. Eles retrucaram: “Se é assim, por que Moisés ordenou que o marido mandasse sua mulher embora, dando-lhe uma certidão de divórcio?” Jesus disse: “Moisés deixou o divórcio apenas como concessão por causa do coração duro de vocês, mas não era parte do plano original de Deus. Estou apresentando o plano original. Assim, se alguém se divorciar de uma esposa fiel e se casar com outra pessoa, a responsabilidade do adultério recairá sobre ele. A única exceção é o caso quando uma das partes comete imoralidade sexual”. Mateus 19:7-9, A Mensagem Sob a Lei de Moisés, eram feitas concessões por causa da dureza do coração humano. Isso era algo provisório, e não o propósito original de Deus. Não se engane; Deus odeia as consequências do divórcio. Quando um marido e sua esposa são separados, um dos mistérios da Criação de Deus (como o casamento é descrito em Efésios 5:31-32) é violado e destruído. Dia 4 Um Novo Coração “... Estou apresentando o plano original. Assim, se alguém se divorciar de uma esposa fiel e se casar com outra pessoa, a responsabilidade do adultério recairá sobre ele...” Mateus 19:9, A Mensagem Mais uma vez, Jesus nunca nos pedirá para fazer alguma coisa que Ele não nos capacite para realizar. Ele nos apresenta o plano original de Deus para o casamento porque Ele está disposto a nos capacitar a vivê-lo. A Lei de Moisés fez concessões para os duros de coração, mas através do sacrifício de Jesus recebemos novos corações nascidos do Espírito e não corações de pedra. “... Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.” Ezequiel 36:26 Vemos essa mensagem ecoar no Novo Testamento. O apóstolo Paulo nos encorajou com as seguintes palavras: E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu. Romanos 5:5 Esse novo coração não pode ser gerado por nós mesmos. Ele depende do poder de Deus e da força do Seu amor. Somos, no entanto, responsáveis por nos humilharmos e aceitarmos esse poder. Tenha em mente que Deus nunca lhe imporá o Seu amor. Ele é um cavalheiro que nunca Se impõe a nós. Por termos um novo coração, capaz de receber o amor de Cristo, agora podemos abraçar a afirmação intimidadora de Jesus sobre o plano original de Deus para o casamento e o divórcio. A versão A Mensagem em inglês usa a palavra liable (que significa “responsável perante a lei; legalmente responsável”)6 para descrever a condição de alguém que se divorcia de um cônjuge fiel. Sabemos que isso pode soar como uma ordem nada fácil de cumprir, mas se Deus estabelece esse padrão para nós, Ele está mais do que disposto a nos dar a graça para cumpri-lo. Mas pelo fato de a jornada não ser fácil ou automática, muitos optam por desistir quando deveriam continuar avançando. De acordo com uma pesquisa, dois entre três casais infelizes com seus casamentos hoje estarão felizes dentro de cinco anos, desde que não se divorciem.7 Portanto, não desista! Não sabemos como está seu casamento hoje, mas ainda que você se sinta sem saída, há esperança. Sua vitória talvez esteja mais próxima do que imagina. Jesus veio para tornar os bons casamentos ainda melhores e para restaurar os casamentos destruídos.* A Exceção A única exceção é o caso quando uma das partes comete imoralidade sexual. Mateus 19:9, A Mensagem Jesus deixou claro que existe uma exceção ao plano original. Mesmo em caso de adultério, porém, terminar um casamento é questão de escolha. Se seu cônjuge foi infiel, você não precisa ficar, mas também não tem de partir. Seja qual for sua decisão, você tem de perdoar. Há uma enorme diferença entre perdão e reconciliação. Você deve perdoar alguém que o roubou, mas isso não significa que precisa convidar o ladrão para ir à sua casa. A reconciliação só é possível se a união do casal puder ser restaurada depois de uma ruptura dolorosa de aliança, fé e confiança. Nós nunca sofremos a ruptura do adultério, mas ficamos ao lado de amigos que experimentaram seus horrores. Alguns desses casais optaram por abraçar a reconciliação. Eles trabalharam arduamente para reparar os pedaços quebrados de sua aliança. Em cada um dos casos, o cônjuge infiel chegou a um lugar de quebrantamento e arrependimento. Precisamos ser claros aqui: não pode haver reconciliação sem arrependimento. Até Deus, na Sua infinita bondade e misericórdia, exige que nos arrependamos – que passemos por uma mudança de mente e coração – antes que sejamos reconciliados com Ele. Também conhecemos casais que não conseguiram se reconciliar. Eles não precisam sentir um peso de condenação por causa disso. Jesus compreendeu a gravidade da traição e fez uma concessão necessária. Vimos Deus abençoar esses amigos enquanto eles se recuperavam das marcas do divórcio. Se você passou por um divórcio, nós o encorajamos a não permitir que isso o defina. Ele faz parte do seu passado, mas não precisa determinar os contornos do seu futuro. O passado não é seu. Ele pertence a Deus. O inimigo da sua alma tentará usar seu passado para frustrar os planos de Deus para seu futuro. Lembre-se de que Deus lhe deu o hoje, e que as escolhas feitas por você hoje moldarão seu amanhã – e não o seu ontem. Se você fez escolhas erradas, abrace a sabedoria e o poder de Deus. Humilhe-se por meio do arrependimento e experimente as maravilhas da Sua graça, que tem o poder para transformar a mais sombria das circunstâncias. Será que Estou Sem Saída? A descrição de Jesus do projeto de Deus para o casamento certamente fugiu radicalmente às expectativas da época. Em vez de inspirar Seus discípulos, as palavras Dele os deixaram nervosos. Veja a reclamação deles: Os discípulos de Jesus fizeram objeção: “Se essas são as condições do casamento, estamos sem saída. Por que se casar?” Mateus 19:10, A Mensagem, grifo do autor Sem saída? Que perspectiva terrível da vida de casado! Porém, assim como os discípulos, muitos de nós vemos o casamento como algo que nos limita e confina. Quantos homens e mulheres solteiros são atormentados pelo medo de casar com a pessoa errada e ficar sem saída? O que nós aprendemos é que o casamento tem muito mais a ver com ser a pessoa certa do que encontrar a pessoa certa. Não nos entenda mal, ao procurar por um cônjuge, é importante buscar a orientação de Deus e ter a paz do Espírito. Mas frequentemente acreditamos que a pessoa certa preencherá todo o vazio de nossas vidas. A questão é que nenhum ser humano está apto a cumprir essa tarefa; esse é um papel que somente Deus pode exercer. E você não tem o poder de controlar o estado em que alguém se encontra nem mudar essa pessoa para transformá-la exatamente em quem você acha que precisa ter ao seu lado. O que você pode fazer é abraçar o processo de refinamento de Deus e tornar-se um homem ou uma mulher que entrega sua vida de forma abnegada ao seu cônjuge ou futuro cônjuge. Você encontrará mais realização no processo de entrega do que buscando seus próprios interesses. Mateus 6:22 diz que a luz do corpo são os olhos. Isso significa que suas percepções definirão sua realidade. Ao pensar “não tenho saída”, você limitará o que Deus pode fazer no seu casamento e através dele. Se você pensar em seu casamento como uma armadilha na qual não há esperança de escape, é isso que ele se tornará. Suas circunstâncias naturais sempre acabam sendo determinadas pela sua visão espiritual, e o casamento não é exceção. Talvez você esteja pensando: John e Lisa, vocês estão pedindo demais. Vocês querem que eu entregue minha vida ao meu cônjuge? Isso é ridículo. E quanto às minhas necessidades, esperanças e sonhos? Jesus quer que eu seja feliz. O que vocês compartilharam nada mais é do que uma ideia interessante, um ideal que devemos almejar. Podemos lhe garantir que Deus de fato quer que você seja feliz – mas a verdadeira felicidade é o produto derivado de uma busca maior. A felicidade vem quando realizamos um propósito mais elevado, e qualquer propósito pelo qual valha a pena lutar exigirá que você abra mão de sua vida. Na erradicação do egoísmo, encontramos a verdadeira felicidade. O casamento oferece o ambiente perfeito para esse confronto com o egocentrismo. Timothy e Kathy Keller escreveram: “Se ambos os cônjuges dizem: ‘Vou lidar com meu egocentrismo como se ele fosse o principal problema em meu casamento’, eles têm a chance de ter um casamento realmente maravilhoso”.8 O egocentrismo nos impede de desfrutar um casamento maravilhoso, o que significa que o sacrifício do eu é a chave para desfrutarmos o casamento em sua plenitude. Se você está tendo dificuldades no relacionamento com seu cônjuge, o egocentrismo provavelmente é a fonte do problema. Dia 5 A Grandeza do Casamento Jesus respondeu: “Ninguém é maduro o suficiente para viver a vida de casado. É preciso ter certa aptidão e graça. Casamento não é para qualquer um. Alguns, desde que nasceram, nunca pensaram em casamento. Outros nunca propõem nem aceitam. Outros ainda decidem não se casar por causa do Reino. Mas se você é capaz de crescer até à grandeza do casamento, faça-o”. Mateus 19:11-12, A Mensagem, grifo do autor Embora o foco dos discípulos estivesse na ideia de se sentirem sem saída, Jesus estava fazendo uma afirmação que tinha o potencial de ampliar os limites da existência deles. Jesus não vê o casamento como uma armadilha; Ele o vê como algo que pode ampliar sua vida. Pode parecer que o casamento faz diminuir o número e o valor dos seus participantes; afinal, dois não se tornam um? Entretanto, em vez de diminuir ou dividir, o casamento gera crescimento. Quando dois se tornam um, há multiplicação em todas as áreas da vida. Somente após a criação de Eva Deus pôde dar a Adão a ordem para ser frutífero e se multiplicar – um decreto que não se limitava a fazer bebês. É impossível quantificar o verdadeiro potencial da multiplicação no casamento e ele é grande demais para ser medido. Podemos garantir que você não estaria lendo este livro (ou qualquer livro escrito por um de nós dois) se não fosse pelo nosso casamento. Teríamos vivido vidas pequenas. Eu (John) sou quem sou hoje por causa da graça de Deus e por causa do presente que Ele me deu, Lisa Bevere. Nosso casamento sempre foi fácil? Absolutamente não! Mas Deus o usou para engrandecer a minha vida de todas as maneiras possíveis. Eu (Lisa) sinto exatamente o mesmo e sou muito grata pela maneira como Deus expandiu a minha vida por intermédio do meu marido. Quando nos casamos, eu ficava aterrorizada diante de outras pessoas, em grande parte devido à insegurança por ter perdido um olho em consequência de um câncer aos cinco anos de idade. John conhecia meu medo, mas afirmou o dom de Deus que estava sobre a minha vida assim mesmo. O encorajamento dele me ajudou a me entregar ao plano de Deus e a uma vida mais ampla, a qual, para minha surpresa, envolvia muitas formas de ministrar às pessoas. Como mencionamos, quando Deus nos encarregou de multiplicar, Ele não estava apenas falando sobre fazer bebês. Deus entendia que a união do homem e da mulher (o que parece ser a simples soma de um mais um) criaria a oportunidade para uma grande multiplicação. Esse princípio é verdadeiro em todas as áreas da vida: na sua carreira, na sua vida em família, na sua vida espiritual, e muito mais. No casamento, Deus nos deu algo que pode romper os nossos limites. Se você percebe que falta bênção e multiplicação em sua vida, é hora de parar de lutar e começar a honrar e amar seu cônjuge. Não É Fácil Um bom estrategista militar lhe dirá que um elemento-chave de toda grande batalha é ter um conhecimento íntimo do inimigo e de seus estratagemas. (Por que você acha que times de futebol passam tanto tempo assistindo a vídeos dos jogos dos seus oponentes?) Quando o inimigo ataca os casamentos, principalmente os casamentos cristãos, a intenção dele é dividir para conquistar. Esse conhecimento deveria nos dar a motivação para resistir aos seus estratagemas. Quando lutamos pelo nosso casamento, estamos lutando por uma ideia nascida de Deus. Lembre-se de que foi Deus que criou o casamento, e não você. Satanás odeia o casamento porque ele é muito mais que uma conexão sexual – é uma união espiritual. Pelo fato de seu casamento possuir tamanha importância, ele encontrará oposição. Mas você deve prosseguir para o alvo, a fim de ganhar o prêmio (ver Filipenses 3:14). Jesus nunca disse que seria fácil. Na verdade, Ele nos desafiou com estas palavras: ... “Ninguém é maduro o suficiente para viver a vida de casado. É preciso ter certa aptidão e graça.” Mateus 19:11, A Mensagem Uma grande parte do amadurecimento é a disposição de crescer e aprender. Em seu livro Casamento Sagrado, o escritor Gary Thomas escreve: “Se você quer se tornar mais semelhante a Jesus, não posso imaginar nada melhor a fazer do que se casar. Ser casado o obriga a encarar alguns problemas de caráter que, de outro modo, você nunca enfrentaria”.9 Jesus deixou claro que a vida de casado irá expor nossas imaturidades, mas se estivermos dispostos a crescer na Sua graça (o que requer humildade, altruísmo e paciência), finalmente desfrutaremos a grandeza do casamento. Contrato ou Aliança As pessoas frequentemente consideram a aliança do casamento como um contrato. Isso é um problema. Um contrato é simplesmente um acordo criado para restringir a ação. Ele diz implicitamente: “Estes são os limites. Você não irá quebrar este acordo. Se violar os nossos termos, então terei o direito de estar liberado das minhas obrigações”. Em outras palavras: Não estou sem saída. O verbo contratar também quer dizer, de acordo com o dicionário, “comprimir, encolher, contrair”. Ora, isso não se parece nada com o que Jesus chamou de a grandeza do casamento. O casamento deve engrandecer nossas vidas, e não torná-las menores. Deus não vê o casamento como um mero contrato; Ele o vê como uma aliança espiritual. É um acordo no qual as partes exclamam: “Estou dando tudo de mim a tudo de você. Tudo o que sou e tudo o que tenho é seu, e tudo o que você tem agora é meu. Tudo que fizermos será multiplicado, engrandecido e aumentado por causa dessa bela troca”. Uma aliança proclama alegremente: “Estou sem saída! E estou feliz por isso!” Isso é engrandecimento! Paulo disse aos Efésios: Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a Igreja... Efésios 5:25, grifo do autor Paulo encorajou os maridos a amarem suas esposas assim como Cristo ama a Igreja. Esse amor é um amor de aliança, muito mais que um contrato. Maridos, vocês não estão felizes porque Jesus ama vocês mesmo quando vocês não são muito amáveis? Vocês não estão felizes porque Jesus nunca vê o relacionamento Dele com vocês como apenas um contrato, algo do qual Ele “não tem saída”? Nosso objetivo deve ser imitar o amor de Jesus nas nossas reações e atitudes para com nossas noivas. (A propósito, Paulo não para por aí. Ele continua falando para renunciarmos às nossas vidas em favor de nossas esposas. Que mandamento!) Tenha em mente que em Efésios 3, pouco antes de escrever essas palavras, Paulo descreveu a profundidade do amor de Deus pelo Seu povo. Apenas dois capítulos depois, ele ordenou que o mesmo tipo de amor fosse encontrado em nossos casamentos – que amemos “assim como Cristo amou a Igreja”. Nossos casamentos devem ser um modelo do amor de Cristo pela Sua Noiva. Por que aqueles que não conhecem a Jesus iriam querer ter um relacionamento com Ele se os relacionamentos entre os que são parte do Seu povo são destituídos de amor, poder, harmonia e compromisso? Está entendendo por que o seu casamento é tão importante? Não se trata apenas de você. Trata-se do anseio de Deus por alcançar o mundo com Seu amor. Como compartilhamos anteriormente, o verdadeiro amor pelo seu cônjuge deve ser um transbordamento do amor de Deus recebido por você. Um amor tão profundo assim não pode ser fabricado. Ele deve ser recebido Daquele cujo amor desafia a compreensão humana. Temos de admitir que a visão de Deus para o casamento não é fácil. Houve momentos em nosso casamento nos quais tivemos vontade de cortar os laços que nos unem. Parecia não haver mais esperança. Mas depois de estarmos casados por mais de trinta anos, somos mais felizes hoje do que nunca, e aguardamos os próximos trinta anos com esperança e expectativa. Uma Árvore de Vida ou uma Árvore de Morte? Eu (Lisa) amo jardinagem, mas John não compartilha do meu interesse. Ele gosta do que o jardim produz, mas não do trabalho que ele requer. Jardins dão muito trabalho e exigem muito tempo. Felizmente para John, temos a opção de comprar nossos legumes e verduras frescos, de modo que ele não precisa sujar as mãos. De forma muito semelhante à jardinagem, cultivar um casamento requer muito tempo e energia. Se quisermos que nossos casamentos sejam saudáveis, não existe uma opção enlatada que nos permita evitar o trabalho necessário, o que é bom. Por quê? Porque valorizamos aquilo pelo qual trabalhamos, e precisamos valorizar nossos casamentos. A boa (e às vezes má) notícia é que tudo que você planta no seu casamento, você colherá em diferentes áreas da sua vida. Anteriormente neste capítulo, exploramos o conceito dos nossos casamentos como árvores de vida. O contrário também é verdade. Seu casamento também pode ser uma árvore de morte. Vamos rever a nossa descrição das duas árvores do Éden: Ambas as árvores desfrutavam das mesmas condições imaculadas e incontaminadas. No entanto, uma delas gerava vida, e a outra morte. A instituição do casamento feita por Deus é como a terra, e seu casamento, atual ou futuro, é como a árvore. O plano original para o casamento é a boa terra onde sua união pode crescer, mas a escolha é sua: seu casamento será uma árvore que gera vida? Seu cônjuge, sua família, seus amigos e seus colegas de trabalho experimentarão amor, alegria e paz através do fruto gerado por ele? Ou ele oferecerá desânimo, egoísmo e amargura àqueles que comerem de seu fruto? Muitos de nós temos visto a própria instituição do casamento como a fonte dos nossos problemas. Outros procuram culpar seus cônjuges. Ambas as perspectivas expõem a recusa em reconhecer e em tratar dos nossos próprios corações corrompidos. Esperamos que esse não seja mais o seu caso. Antes de continuar esta jornada, é preciso tomar uma decisão. Você precisa escolher crer que seu casamento pode se tornar tudo o que Deus o destinou para ser, e que assim ele será. Talvez você esteja inclinado a pensar: Vou acreditar quando puder ver. Mas a crença na mudança sempre precede a evidência da mudança, porque todas as promessas de Deus são recebidas pela fé. A boa notícia é que seu casamento não diz respeito a você – diz respeito a Ele. Tudo que você tem de fazer é deixar a si mesmo de lado e deixar Deus ser Deus. Afinal, seu casamento é a obra de arte Dele. Se você deixar, Ele o transformará em uma bela obra prima. * Você nunca deve ficar em uma situação que represente perigo para você ou para seus filhos. Se existe abuso no seu casamento, tome uma atitude imediata que o coloque em segurança. Entre em contato com a sua igreja ou com as autoridades locais para maiores orientações e apoio. Devocional do Dia 1 AS ESTAÇÕES DO CASAMENTO Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do Céu – Eclesiastes 3:1 Primavera, verão, outono e inverno – quatro estações distintas, cada uma com suas próprias alegrias e desafios. Seu casamento é muito semelhante. Você passará por muitas estações no casamento, por algumas mais de uma vez. Em cada estação há coisas para aprender e oportunidades para crescer. O escritor e pastor Charles Swindoll compartilha a seguinte visão sobre as estações: “Estou feliz por Deus mudar os tempos e as estações, e você? ... O Mestre não está mudo nem descuidado enquanto altera nossos tempos e muda nossas estações. Como é errado atravessar cegamente e de forma rotineira toda uma vida de estações em mudança sem descobrir respostas para os novos mistérios e aprender a cantar as novas melodias! As estações destinam-se a nos tornar mais profundos, a nos instruir na sabedoria e nos caminhos do nosso Deus. A nos ajudar a crescer... como uma árvore plantada junto aos ribeiros de águas.”10 Qual você diria que foi uma das estações mais maravilhosas que compartilhou com seu cônjuge? Descreva-a brevemente e compartilhe porque ela é tão especial para você. Qual você diria ter sido uma das tempestades mais desafiadoras que vocês enfrentaram como casal? Como vocês a atravessaram, e o que o Senhor lhes ensinou? Para ser encorajado, leia Eclesiastes 3:11; Romanos 8:28; 2 Coríntios 2:14. Olhe em volta. Que estação você diria que seu casamento está atravessando atualmente? O que você pode fazer para aproveitar melhor essa estação? Faça uma pausa e ore: “Senhor, o que podemos fazer para aproveitar melhor a estação da vida em que estamos? Dá-nos olhos para ver as coisas como Tu vês. Ajuda-nos a apreciar o bem que colheremos no futuro por causa desta estação. Em nome de Jesus, amém”. À medida que os anos passam, a “impressão digital” única do seu casamento se torna mais clara. Separe um tempo agora para ficar em silêncio e apreciá-la. O que torna seu casamento especial? Considere os dons, os talentos, as personalidades, os desejos, os objetivos, as experiências, etc. que você e seu cônjuge possuem. Ore e peça ao Espírito Santo para revelar a singularidade do seu relacionamento e o que Ele deseja fazer especificamente através de você e de seu parceiro. Anote o que Ele lhe mostrar, e depois separe um tempo para compartilhá-lo com seu cônjuge. Devocional do Dia 2 DEUS CRIOU O CASAMENTO Foi o Eterno que fez o casamento, não você. Seu Espírito permeia até os menores detalhes dessa união... – Malaquias 2:15, A Mensagem No início, antes de qualquer outra instituição ser estabelecida, o casamento foi criado. Nas palavras do pastor e habilidoso contador de histórias, Max Lucado: “Deus criou o casamento. Nenhuma comissão do governo o projetou. Nenhuma organização social o desenvolveu. O casamento foi concebido e nasceu na mente de Deus.”11 O casamento foi criado por Deus, e é muito importante para Ele – tão importante que Ele deseja estar intimamente envolvido em cada aspecto do seu relacionamento. Sua Palavra diz: “... o Espírito que Ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes...” (Tg 4:5), ou como é parafraseado na versão A Mensagem: “Pois Ele diz: ‘Tenho muito ciúme de quem amo’.”. Pare e pense. Você tem convidado o Espírito de Deus para entrar em todas as áreas do seu casamento? O conselho Dele é indispensável para seu planejamento diário? Se você só O convida para participar de sua vida ocasionalmente, de que maneira ela é diferente quando você não O envolve? Você tem o privilégio de falar com Deus a qualquer hora, em qualquer lugar, sobre qualquer coisa. Você está lutando contra medos, desafios financeiros ou dificuldades para se comunicar? Por que não levar suas preocupações a Deus em oração? Leia atentamente estas passagens e escreva o que o Espírito Santo lhe disser. Filipenses 4:6-7 • Mateus 6:25-34 • 1 Pedro 5:7 • Tiago 5:13-1 Mateus 7:7-11 • João 14:13-14 • 1 João 5:14-15 Temos coragem por causa do seguinte: se pedimos alguma coisa de acordo com a Sua vontade, temos a certeza de que Ele nos ouve. Assim sabemos que Ele nos ouve quando Lhe pedimos alguma coisa. E, como sabemos que isso é verdade, sabemos também que Ele nos dá o que Lhe pedimos. 1 João 5:14-15, NTLH Deus não quer que seu casamento seja uma zona de guerra. O desejo Dele é que seu casamento seja seu Éden, uma palavra que significa um lugar de “prazer e deleite”. O que você mais gostaria que Deus transformasse em seu casamento? Depois de responder, pergunte a Ele: “O que devo fazer para ver isso acontecer? O que precisa mudar em mim?” Devocional do Dia 3 REPRESENTANDO CRISTO Somos representantes de Cristo. Deus nos usa para persuadir homens e mulheres a deixar as diferenças de lado e ingressar na obra de Deus e para reconciliar o ser humano com Ele. Estamos falando por Cristo mesmo agora... – 2 Coríntios 5:20, A Mensagem Deus, o Todo-Poderoso Criador de todos, deu-nos o privilégio de nos tornarmos Seus parceiros para revelar Seu caráter e trazer Sua vontade e Seus caminhos à Terra. Isso é verdade para nós tanto como indivíduos quanto como casais. O escritor e pastor missionário Rick Renner explica: “De acordo com as palavras de Paulo em 2 Coríntios 5:20, somos delegados do Céu – ‘embaixadores’ que foram enviados como representantes do Céu ao planeta Terra! Como embaixadores de Cristo, somos a voz do Céu. Como Seus representantes, estamos autorizados a falar e agir em nome do Senhor. E como embaixadores do Céu, somos totalmente apoiados, totalmente fundamentados, totalmente defendidos e totalmente assistidos pela autoridade e pelos recursos do Céu!”12 Você e seu cônjuge são representantes de Deus para o mundo. Ele está “fazendo Seu apelo” através de vocês, chamando os incrédulos a se voltarem para Ele. E então, o quão cativante vocês são? Se você não conhecesse a Deus e visse um casal que fosse um modelo de casamento, que aspectos fariam com que você fosse atraído para Deus? O que faria você se afastar Dele? Quando o Corpo de Cristo não vive e ama da maneira adequada, as pessoas blasfemam o nome de Deus (ver Romanos 2:24). O Espírito Santo está lhe mostrando alguma coisa que precise mudar – talvez uma atitude, um gesto ou um aspecto do seu casamento que não O represente bem? Nesse caso, o que é? Não há necessidade de se sentir condenado ou desesperançado! Se o Espírito lhe mostrou algo, não importa o que seja, significa que Ele pretende mudar isso. Tudo que você precisa fazer é se render a Ele e pedir Sua ajuda. Todos nós temos áreas em nossas vidas nas quais podemos crescer e aprender a representar melhor o Senhor. Como fazer isso? Por intermédio do revestimento de poder do Seu Espírito! Ao receber pessoalmente Seu amor, você recebe a capacidade de amar seu cônjuge e aqueles que estão ao seu redor. Leia estas passagens com atenção e escreva o que o Espírito Santo lhe revelar sobre receber e crescer no Seu amor. Romanos 5:5 • Efésios 3:16-19 • 1 João 4:7-17 ...Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós... – 1 João 4:16-17 Devocional do Dia 4 UM NOVO CORAÇÃO Darei a vocês um coração novo, porei um novo espírito em vocês. Removerei o coração de pedra que têm e o trocarei por um coração que vive segundo a vontade de Deus, não segundo a própria vontade. Porei Meu espírito em vocês e farei que vocês procedam da maneira que desejo e vivam segundo Meus mandamentos. – Ezequiel 36:26-27, A Mensagem Talvez você tenha alguns medos e preocupações em relação ao casamento. Talvez suas experiências pessoais ou as normas da nossa cultura tenham feito com que você visse a dádiva do casamento como um fardo. Talvez você tenha endurecido seu coração com medo do fracasso. Talvez também tenha se perguntado: “Estou sem saída?” Deus quer atravessar cada uma dessas barreiras e lhe dar um novo coração, um coração terno e sensível ao Seu toque amoroso, para que você possa florescer e cumprir Seu plano original. Não há nada mais importante para Jesus que seu coração. Leia atentamente as palavras Dele em Lucas 8:5-15. O que o Espírito Santo está lhe mostrando nessa passagem? O que Ele está lhe revelando sobre o seu coração? A parábola do semeador também é encontrada em Mateus 13:3-23 e Marcos 4:3-20 Sozinho, você não pode saber o que está em seu coração. Mas o Senhor pode revelá-lo e curá-lo. Separe um instante para meditar sobre estas verdades. ... Pois o SENHOR sonda todos os corações e conhece a motivação dos pensamentos. Se você O buscar, O encontrará... – 1 Crônicas 28:9 O coração humano é ... um enigma que ninguém consegue decifrar. Mas Eu, o Eterno, investigo o coração e examino a mente. Eu examino o coração humano, vou à raiz de tudo. Eu trato o homem como ele é na realidade, não pela aparência. – Jeremias 17:9-10, A Mensagem Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo Te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno. – Salmos 139:23-24 Faça uma pausa e ore: “Senhor, mostra-me o que está em meu coração com relação ao meu casamento. Revela-me para que Tu possas curá-lo, em nome de Jesus”. Fique em silêncio. Ouça o que Ele revelar. Anote-o e coloque aos pés Dele. Você precisa de um novo coração, um coração que esteja disposto a receber o amor e a graça de Deus? Seu Pai celestial não faria com que você aderisse ao plano Dele para o casamento sem prover ajuda para que você possa cumpri-lo. Por que não pedir a ajuda Dele agora? Você pode orar... “Pai, obrigado pela dádiva do casamento. Liberta-me de qualquer coisa que possa me fazer encarar meu casamento de forma incorreta e assim perder suas bênçãos. Dá-me um novo coração que seja terno e sensível ao Teu toque. Dá-me novos olhos para ver meu casamento da maneira que Tu o vês. Ajuda-me a crer no melhor, e a não esperar o pior. Ajuda-nos a colocar-Te em primeiro lugar em tudo o que fizermos. Obrigado, Pai. Em nome de Jesus, amém.” Devocional do Dia 5 A GRANDEZA DO CASAMENTO ... “Ninguém é maduro o suficiente para viver a vida de casado. É preciso ter certa aptidão e graça... Mas, se você é capaz de crescer até a grandeza do casamento, faça-o”. – Mateus 19:11-12, A Mensagem Engrandecer. Significa aumentar, expandir, alargar ou amplificar. Deus, o Criador do casamento, quer usar sua união como um instrumento de engrandecimento. Se você se render ao Seu plano perfeito, Ele trabalhará através do seu parceiro para tornar você mais semelhante a Jesus e para capacitá-lo a ser abundante em tudo o que fizer. Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro. — Provérbios 27:17 Dizem que no casamento os opostos se atraem. Há poder nisso: nossas diferenças são o que nos permite sermos um. Mas, com o tempo, as coisas que antes nos atraíam podem se tornar exatamente aquelas que nos repelem. Quais são as três principais qualidades que o atraíram ao seu cônjuge a princípio? Quais as três coisas que agora mais o incomodam? Existe alguma relação entre elas? As 3 Principais Coisas Que Me Atraíram As 3 Principais Coisas Que Me Incomodam Lembre-se de que suas diferenças destinam-se a uni-los e não dividi-los. O Espírito de Deus diz palavras de sabedoria a você e a seu cônjuge, mas o conselho Dele nem sempre é dado quando vocês estão orando juntos. Muitas vezes Ele falará a um de vocês separadamente sobre algo que ambos precisam saber. A fim de tomar decisões direcionadas por Deus e abençoadas por Ele, vocês precisam daquilo que foi revelado por Ele a cada um de vocês. Responda a estas perguntas honestamente: Estou aberto ou fechado às contribuições do meu cônjuge (sabedoria, direção, crítica construtiva) em minha vida? Em quais áreas estou aberto às contribuições dele? Em quais áreas não estou? Por quê? O companheiro que Deus lhe deu foi o mais importante colaborador para transformar você na pessoa que é hoje. Cite pelo menos uma mudança positiva no seu caráter ou uma qualidade de vida que tenha resultado do relacionamento com seu cônjuge. Como Deus o está usando atualmente para engrandecer sua vida? Você já agradeceu ao seu cônjuge por ajudar a lapidar sua vida e engrandecê-la? Se ainda não fez isso, separe um tempo agora para expressar sinceramente sua gratidão. PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | Desde o princípio, o casamento foi uma ideia de Deus. Deus criou o casamento e tem um plano e propósito para ele. Leia atentamente Gênesis 1:27-28, 31 e Malaquias 2:15. Identifique cinco propósitos que Deus tinha para o casamento. Ao lado deles, escreva cinco falsas distorções que Satanás procura criar para substitui-las. OS PROPÓSITOS DE DEUS AS FALSAS DISTORÇÕES DE SATANÁS 2 | Casamentos segundo o coração de Deus impactam as vidas daqueles em quem tocam. Você pode citar um casal bem-sucedido em seu casamento? De que maneira eles dão um bom exemplo no que diz respeito ao amor? O que você pode aprender com eles para ajudá-lo a proteger o espírito do seu casamento? 3 | Em Mateus 19:6, Jesus disse: “Deus criou uma união tão perfeita, que ninguém pode ter a ousadia de profaná-la, separando-os” (A Mensagem). Quando você ouve a expressão união perfeita, o que lhe vem à mente? Como essas ideias o ajudam a ver o casamento sob uma ótica nova e positiva? 4 | Em Mateus 19:10-12, Jesus disse: “Ninguém é maduro o suficiente para viver a vida de casado. É preciso ter certa aptidão e graça. Casamento não é para qualquer um... Mas se você é capaz de crescer até à grandeza do casamento, faça-o” (A Mensagem). Como é a grandeza do casamento? Como podemos experimentá-la? 5 | O casamento é santo e destina-se a ser uma aliança entre um homem e uma mulher por toda a vida. O que você leu neste capítulo que o motiva a lutar pelo seu casamento? Que revelações lhe deram uma nova perspectiva positiva? 6 | Jesus disse que a luz do corpo são os olhos (ver Mateus 6:22). Significa que a maneira como você vê as coisas é crucial – ela determina sua realidade. Isso é especialmente verdadeiro no casamento. O que acontecerá se sua maneira de pensar for “Estou sem saída”? A Bíblia diz que estamos em uma guerra espiritual (ver Efésios 6:12-13 e 2 Coríntios 10:3-4). Como isso o ajuda a ver os desentendimentos e as dificuldades com o seu cônjuge sob uma ótica diferente? 7 | A História do Casamento destina-se a ajudar aqueles que estão noivos ou solteiros, assim como aqueles que já são casados. Seja qual for a descrição na qual você se enquadre, o que você espera ganhar com este estudo? Se você é (ou foi) casado, o que gostaria de saber antes de ter dito “Aceito”? Que palavras de sabedoria você pode compartilhar com os não casados de seu grupo? RESUMO DO CAPÍTULO: • Deus criou a aliança do casamento antes de criar qualquer outra instituição. Ele a definiu, e sua definição nunca mudou. • Casamentos segundo o coração de Deus destinam-se a ser como árvores de vida. Devemos ser um modelo do amor de Deus como embaixadores por meio dos quais Ele oferece restituição de tudo que um dia foi perdido no Éden. • Proteja o espírito do seu casamento convidando Deus para entrar em cada parte dele. Ele lhe dará um novo coração para receber e dar o Seu amor e novos olhos para ver seu casamento do ponto de vista Dele. • O egocentrismo é o maior obstáculo para experimentarmos e desfrutarmos o casamento incrível que Deus deseja que tenhamos. • Um ataque ao casamento é um ataque à maneira como Deus se relaciona com Seu povo. • Deus criou o casamento para engrandecer todas as áreas das nossas vidas. DOIS Comece Com o Fim em Mente Dia 1 V ocê já percebeu que a maioria dos filmes e livros românticos só se concentra no início de uma história de amor? Pense no seu filme romântico clássico favorito. (Sabemos que isso pode ser mais fácil para alguns de vocês do que para outros.) Qual é o enredo da história? Ela é marcada pela tensão emocional expressa na primeira dança romântica entre o casal? Você fica com os olhos colados na tela enquanto o filme o instiga com voltas que impedem que os pombinhos apaixonados desfrutem o tão esperado primeiro beijo? Certamente, existem adversidades temporárias – um rival, uma discussão intensa, ou um trauma inesperado – mas todos nós sabemos como tudo acabará no fim. Apesar dos problemas que ameaçavam mantê-los separados, os pombinhos sonhadores encontram uma maneira de vencer e a história se encerra com “E viveram felizes para sempre”. Sabemos que eles viveram felizes para sempre, mas como? Um início maravilhoso é a parte mais fácil. O trabalho árduo é construir o meio e o fim da história. É evidente que a nossa cultura tem uma obsessão distorcida sobre a maneira como as histórias de amor devem começar. Um casal pode passar horas incontáveis planejando seu casamento, mas muito pouco tempo se preparando para os anos que virão após a cerimônia. Uma noiva pode passar muitas horas procurando o vestido perfeito, enquanto dedica apenas algumas horas ao aconselhamento pré-nupcial. Consequentemente, o casal está extremamente despreparado quando o conto de fadas se desvanece e eles se veem navegando em um relacionamento real com problemas muito reais. O dia do casamento foi feito para ser um dia cheio de esperança, beleza e celebração. Entretanto, a esperança e a beleza de longo prazo em um relacionamento se concretizam melhor quando os casais planejam seus finais felizes com o mesmo fervor que celebram seus começos. Ser felizes para sempre não é algo que acontece por acaso; é um propósito que buscamos determinadamente e construímos cuidadosamente. Olhe em volta e localize um objeto de beleza, um objeto habilmente fabricado pela engenhosidade humana. Talvez seja uma casa, um carro ou até a cadeira onde você está sentado. Seja o que for, é uma obra artesanal realizada com extrema habilidade. O que você talvez não perceba é que esse objeto, na verdade, foi construído duas vezes: uma quando foi projetado criativamente na mente do desenhista e outra quando foi efetivamente construído. O projeto cognitivo sempre precede a construção material. A primeira montagem requer uma visão clara do resultado pretendido; a segunda emprega materiais e trabalho para realizá-lo. Tudo que construímos, quer seja tão simples como um sanduíche ou tão complexo quanto um arranha-céu, primeiro é imaginado antes de poder se materializar. Nem sequer passaria por sua mente construir uma casa sem um projeto. Seria um verdadeiro caos! Toda linda casa começa com um projeto habilmente calculado. A casa só pode ser construída depois que o plano é esboçado, empregando-se muito trabalho árduo e os materiais corretos. Os projetos e plantas baixas também são essenciais para determinar o custo da construção. Você se sentiria confortável construindo uma casa sem saber primeiro quanto ela lhe custaria? Jesus fez esta pergunta quando nos ensinou como deveríamos edificar nossas vidas: Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completa-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de termina-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: “Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar”. Lucas 14:28-30 As mesmas regras que se aplicam à construção de um prédio também sem aplicam à construção de um casamento. E então, que tipo de casamento você está construindo? Você calculou o custo e está disposto a assumir o que a construção desse casamento exigirá de você? Deus não quer que nossos casamentos terminem em dor ou vergonha. Ele não quer que desistamos antes que eles estejam concluídos. Quer o seu casamento esteja apenas começando ou esteja passando por dificuldades há anos, nunca é tarde demais para abraçar o plano de Deus. Somente Nele descobrimos a visão, as ferramentas e o poder necessários para construir casamentos que reflitam Sua grandeza. A incrível verdade é que Deus deseja que você tenha um final feliz – a construção concluída de Sua obra prima – ainda mais do que você. Este capítulo contém verdades que o ajudarão a se preparar para planejar bem e, depois, viver bem a sua história. Compartilharemos o que fizemos no início do nosso casamento que estabeleceu um fundamento sólido capaz de resistir às tempestades da vida. E vamos equipar e comissionar vocês para criarem um plano que os leve a serem felizes para sempre. Começaremos com princípios e terminaremos com a parte prática. Este capítulo não é apenas para os recém-casados ou para os que ainda não se casaram. Veteranos no casamento, vocês também podem se beneficiar olhando o seu relacionamento sob uma nova ótica. Isso aconteceu conosco! Deus Começa Com o Fim em Mente É tolice entrar em um relacionamento de aliança sem primeiro perguntar: “Por que estamos fazendo isto e para onde estamos indo?” Toda aliança deveria ter uma visão correspondente. Veja o caso de Deus, por exemplo. Ele tinha um propósito específico em mente quando optou por fazer uma aliança com Abraão. Por que você acha que Deus escolheu Abraão para ser o pai do Seu povo escolhido? Sempre que fazemos essa pergunta, a resposta mais comum é: “Porque Abraão tinha uma grande fé”. Embora a fé seja essencial para sermos parceiros no plano de Deus, não foi por isso que Deus escolheu Abraão. Deus o escolheu porque sabia que ele ensinaria seus descendentes a seguirem o Senhor: Pois eu o escolhi, para que ordene aos seus filhos e aos seus descendentes que se conservem no caminho do SENHOR, fazendo o que é justo e direito, para que o SENHOR faça vir a Abraão o que lhe prometeu. Gênesis 18:19, grifo do autor Quando Deus escolheu esse nômade sem filhos, Ele olhou além de Abraão e viu sua linhagem. Era crucial para Deus que Abraão “ordenasse a seus filhos que se conservassem no caminho do SENHOR”, porque Deus queria tecer Sua história de redenção por meio da linhagem familiar de Abraão. Ele sabia que Abraão e Sara cometeriam erros, mas também sabia que eles tinham a matéria prima certa. Sempre que Deus estabelece uma aliança conosco, Ele está pensando em termos de gerações, porque Ele já visitou o amanhã e sabe o que precisa acontecer hoje para que cheguemos até lá. A aliança que Deus fez com Abraão se ampliou até alcançar também as nossas vidas. Por meio da fé, Abraão foi transformado de um homem sem filhos em um homem com descendentes tão numerosos quanto as estrelas. O homem que um dia fora um andarilho sem nação se tornou o pai na fé de todas as nações. ...Abraão será o pai de uma nação grande e poderosa, e por meio dele todas as nações da Terra serão abençoadas. Gênesis 18:18 Nossas vidas podem parecer diferentes da de Abraão, mas o princípio é o mesmo: Deus procura pessoas que permitam intencionalmente que Sua aliança se propague por meio delas. Sua história não se resume a apenas você e o seu cônjuge. Só o Céu revelará o tamanho do impacto que a aliança de Deus expressa através do seu relacionamento com Ele terá. Ele deseja alcançar cada vida que passar através de você (seu legado) e toda vida que estiver dentro da sua esfera de influência. Isso significa que você precisa abraçar uma visão que não termine com você nem esteja confinada à sua compreensão limitada. A intenção de Deus com a sua história sempre incluirá as gerações que estão por vir. Dia 2 Filhos de Deus Foi o Eterno que fez o casamento, não você. Seu Espírito permeia até os menores detalhes dessa união. E o que ele espera do casamento? Ora, filhos de Deus. Malaquias 2:15, A Mensagem, grifo do autor “Filhos de Deus...”. É isso que Deus espera do casamento. Mas será que significa que Ele espera que tenhamos mais bebês para povoarem a Terra? Sim e não. A passagem de Malaquias 2:15 não diz que Deus quer que o casamento produza filhos. Diz que Ele deseja que o casamento produza filhos de Deus. Deus deseja filhos – de qualquer idade – que O glorifiquem e andem nos Seus caminhos. Lembre-se de que somos Seus embaixadores. Seu objetivo é se revelar a nós e por meio de nós. O Breve Catecismo de Westminster diz: “O objetivo principal do homem é glorificar a Deus, e desfrutá-Lo para sempre”. Amamos isso! Glorificar não é uma palavra usada por nós em nossa linguagem diária; devido ao seu uso frequente na Bíblia ela é vista como algo espiritual e distante. Mas glorificar significa simplesmente tornar Deus conhecido. O desejo de Deus é ser conhecido através das nossas vidas, casamentos e legados. E não existe catalisador como o casamento para nos transformar em filhos de Deus. Mesmo se você nunca criar um filho, Deus quer usar seu casamento para transformar você em um filho de Deus. Ele quer refiná-lo, transformando-o em um agente da Sua glória, e moldá-lo à semelhança de seu Pai. Compartilhar sua vida com outra pessoa cria muitas oportunidades para nos tornarmos mais semelhantes a Deus. Descobrimos que, com muita frequência, um caráter temente a Deus não é desenvolvido em meio a oceanos de bênção. Ele é forjado na fornalha do fogo matrimonial. Eu (John) assemelho o casamento a uma fornalha e nossas vidas a uma liga, ou mistura, de metal precioso. O que uma fornalha ardente faz com uma liga? Expõe suas impurezas. Minha aliança de casamento pode parecer ser feita de ouro puro, mas aproximadamente cinquenta por cento dela é composta de outras substâncias. Se eu colocasse minha aliança dentro de uma fornalha, essas impurezas seriam expostas. Do mesmo modo, os desafios que encontramos no casamento – desde os desentendimentos triviais até os momentos extremamente difíceis – revelarão impurezas em nossas vidas. (Algumas impurezas precisam de mais calor do que outras para serem reveladas.) Quando o casamento revela implacavelmente nossas imperfeições, é fácil culpar nossos cônjuges. Afinal, nada disso acontecia antes de nos casarmos. Quando percebermos que estamos nos sentindo frustrados porque nossos cônjuges estão agravando nossas “fraquezas”, devemos agradecer a Deus porque o casamento está nos tornando mais semelhantes a Jesus. Não é esse o objetivo final? Encontrando Propósito nos Tempos Difíceis Sabemos que nossa analogia com a fornalha não é empolgante, mas a jornada para um final feliz está longe de ser um conto de fadas. Às vezes a sua história pode parecer mais com uma escalada ao Monte Everest do que com a cena final de um conto de fadas. Aqueles que desbravam as ladeiras cobertas de neve dos Himalaias para fazer a rigorosa e desafiadora jornada até o pico do Everest, devem fazer isso tendo duas coisas em mente. Primeiramente, devem saber que o empreendimento testará os limites de sua capacidade física e emocional. Esses homens e mulheres ousados não conhecem todas as particularidades dos perigos iminentes, mas sabem que desafios virão. Em segundo lugar, eles precisam se lembrar do seu objetivo: subir a montanha mais alta do mundo. Para eles, a vitória é claramente alcançada quando se atinge 29.029 pés acima do nível do mar. Sem a consciência desse objetivo, esses viajantes desistiriam rapidamente assim que encontrassem seu primeiro grande obstáculo. O mesmo se aplica ao casamento. Se reconhecermos que os desafios são parte inerente da construção das nossas histórias, então não seremos esmagados quando nossas capacidades emocionais, físicas e espirituais forem testadas. Se começarmos – e construirmos – tendo o fim em mente, não desistiremos quando encontrarmos grandes problemas. Ao ensinar sobre maturidade espiritual, Jesus disse que tribulação e perseguição viriam sobre aqueles que creem na Palavra de Deus (ver Marcos 4:17). No original grego, essas palavras são thlipsis e diogmos. Thlipsis é “transtorno que inflige sofrimento, opressão, aflição, tribulação”.1 Diogmos é “um programa ou processo projetado para perturbar e oprimir alguém”.2 Nenhum dos dois parece ser divertido, mas essas forças facilitam o nosso crescimento em Deus. Paulo repetiu as palavras de Jesus: Também nos gloriamos nas tribulações [thlipsis], porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu. Romanos 5:3-5 Paulo escreveu que devemos nos gloriar, ou seja, que devemos nos alegrar nas tribulações. Por quê? As tribulações geram uma oportunidade de desenvolvermos um caráter aprovado. Os problemas nos posicionam para nos tornarmos mais semelhantes a Deus. E podemos ter esperança no conhecimento de que Deus nos ama e quer sempre o melhor para nós – a ponto de nos ter dado Seu Espírito para encher nossos corações de amor, mesmo em meio às nossas maiores lutas. A Bíblia também deixa claro que Deus não é o autor dos nossos problemas. Satanás é aquele que está por trás da tribulação e da perseguição (ver Marcos 4:15 e Tiago 1:12-13), mas Deus usa os estratagemas do inimigo contra ele. Nas mãos do grande Redentor, o que se destina a nos afastar de Deus se torna um instrumento para nos tornar mais semelhantes a Ele. Lembre-se de que o inimigo odeia o casamento e tudo o que ele representa. Ele fará tudo que estiver ao alcance dele para dividir nossas uniões e perturbá-las com tribulações aparentemente insuportáveis. Ter uma visão para as nossas uniões – e a fé de que Deus nos fará atravessar as dificuldades – nos dá o poder da esperança para resistir aos ataques do inimigo. Deus não quer que meramente sobrevivamos aos ataques contra o nosso casamento. Ele quer que nos tornemos mais fortes por meio deles. A chave é lembrar por que estamos lutando (o propósito de Deus), contra quem estamos lutando (satanás), e quem está do nosso lado (o Espírito de Deus). Nossa fé e esperança realmente são fortalecidas através dos desafios – desde que não desistamos antes que Ele possa completar Sua obra em nós. O “Felizes Para Sempre” de Jesus Jesus sofreu mais profundamente do que qualquer outro ser humano. Ele, o Deus perfeito, tornou-se como nós para sofrer a dor e a humilhação de uma morte injusta. Ele abriu o caminho para sermos reconciliados com Deus, mas a maior parte da humanidade ainda O rejeita. Como Jesus foi capaz de suportar tamanha dor e rejeição? A resposta é simples, mas tremendamente profunda: Ele nunca perdeu de vista Seu “felizes para sempre”. No Seu exemplo, encontramos um modelo para escrevermos nossas histórias: Mantenham os olhos em Jesus, que começou e terminou a corrida de que participamos. Observem como Ele fez. Porque Ele jamais perdeu o alvo de vista – aquele fim jubiloso com Deus. Ele foi capaz de vencer tudo pelo caminho: a Cruz, a vergonha, tudo mesmo. Hebreus 12:2, A Mensagem Jesus resistiu porque sabia para onde estava indo. Ele olhou através do sofrimento e viu a promessa. A Bíblia Nova Versão Internacional traduz esse versículo do seguinte modo: ... Corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que Lhe fora proposta, suportou a Cruz.... Hebreus 12:1-2, grifo do autor Captou a ideia? “A alegria que Lhe fora proposta.” Jesus estava entusiasmado com a ideia de suportar a Cruz? Absolutamente não. Ele estava tão angustiado que passou a noite anterior à Sua execução suplicando ao Pai por um caminho alternativo. Mas Jesus tinha algo que falta em muitos casamentos. Ele tinha uma visão extraordinária. Ele podia ver além das circunstâncias ao Seu redor e visualizar o poder e a promessa que viriam através das Suas escolhas. E a atenção de Jesus estava voltada para que? Encontramos a resposta em Efésios 5: Cristo amou a igreja e entregou-Se por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a Palavra, e para apresentá-la a Si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. v. 25-27, grifo do autor Somos o final feliz de Jesus. Nós fomos a alegria que estava diante Dele. Jesus suportou a Cruz para que Ele pudesse ser reconciliado conosco, Sua Noiva. A Igreja agora pode abraçáLo sem se sentir envergonhada por sua antiga condição miserável, pois Nele temos uma nova identidade. Esse é o tipo de perseverança, misericórdia e amor incondicional que deveria estar presente em nossos casamentos. Mas é preciso ter uma visão – uma esperança do que o casamento poderá ser – para nos sustentar em meio aos desafios. O escritor de Hebreus continua com esta exortação: Quando se sentirem cansados no caminho da fé, lembrem-se da história Dele, da longa lista de hostilidade que Ele enfrentou. Será como uma injeção de adrenalina na alma! Hebreus 12:3, A Mensagem Todos nós nos sentimos fracos em nossa fé de tempos em tempos. É por isso que o escritor de Hebreus diz quando e não se vocês se sentirem cansados no caminho da fé. Um grande casamento requer uma grande fé, porque fé é a raiz de toda fidelidade. Quando seu casamento estiver tendo dificuldades, lembre-se do que Cristo suportou. Releia a história Dele. As suas dificuldades momentâneas, por mais dolorosas que sejam, não são nada se comparadas à Cruz. Quando sua fidelidade ao seu cônjuge estiver enfraquecendo, lembre a si mesmo da fidelidade de Jesus a você. Lembre-se de tudo o que Ele suportou para Se reconciliar com você. O exemplo Dele injetará adrenalina em sua alma! Dia 3 Crendo no Melhor ... Eu sou Deus... e não há nenhum como Eu. Desde o início faço conhecido o fim... Isaías 46:9-10 Parece falta de originalidade escrever que “não há outro como o nosso Deus”, mas frequentemente esquecemos o poder e a verdade dessa afirmação. Como filhos de Deus, somos convidados a nos tornarmos como Ele e a assumirmos Sua natureza. Pela fé, podemos nos tornar futuros formadores, moldando nossas vidas, nossos filhos e nossos casamentos declarando o fim desde o começo. Procuramos deixar claro desde o começo que felizes para sempre não é algo que encontramos ao acaso; é algo que construímos deliberadamente. A próxima pergunta óbvia é: “Como construir meu final feliz?” Talvez você já tenha lido estes versículos muitas vezes, mas leia-os novamente: Ora a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos... Pela fé entendemos que o universo foi formado pela Palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi efeito do que é visível. Hebreus 11:1, 3 Nosso objetivo é construir um felizes para sempre que ainda não existe, e a fé é o material de construção do que ainda não é realidade. Deus acreditou em nós antes que fizéssemos qualquer coisa que fosse digna de crédito. Ele tem uma grande fé em você porque Ele tem uma grande fé em Si mesmo. Ele sabe que o poder Dele pode realizar qualquer coisa em sua vida. A única coisa que nos impedirá de desfrutarmos o poder engrandecedor de Deus é a incredulidade, que em última análise tem suas raízes no orgulho. O orgulho se manifesta como arrogância ou extrema confiança na nossa própria capacidade. Também há uma forma mais sutil de orgulho, que se disfarça de autodepreciação. Em qualquer uma dessas formas, ele é uma recusa em abraçar tudo o que o poder magnífico de Deus comprou para nós através da obra consumada de Cristo na Cruz. Jesus morreu para tornar você extraordinário. “Podemos nos contentar”, escreveu C. S. Lewis, “em permanecer o que chamamos de ‘pessoas comuns’; mas Ele está determinado a colocar em prática um plano bem diferente. Recuar diante desse plano não é humildade; é preguiça e covardia. Submeter-se a ele não é arrogância ou megalomania; é obediência”.3 Abraçamos a vida fantástica que Deus nos oferece fazendo com que nossas opiniões estejam à altura da Sua provisão. Você acredita que é digno de um grande casamento? Talvez algum dos seguintes pensamentos esteja assolando sua mente: Tenho bagagem demais. Não venho de uma boa família. Meus pais não venceram na vida. Já cometi erros demais. Preciso me contentar simplesmente em sobreviver. Caso não tenha notado, Deus ama um desafio. Mas a falta de fé limitará o alcance do poder Dele em nossas vidas. Ter uma revelação da Sua grandeza nos inspira a sermos confiantes Nele, enquanto ao mesmo tempo nos mantém humildes. A humildade abre a porta para o melhor de Deus em nossa vida. Isaías 55:8-9 declara: “Pois os Meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os Meus caminhos”, declara o SENHOR. “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos”. Você deve aceitar que Deus é mais inteligente, mais perspicaz e mais capaz do que você. “Em Deus”, escreveu Lewis, “você encontra algo que em todos os aspectos é imensuravelmente superior a você”.4 Se deseja ter acesso aos materiais essenciais para construir um grande casamento, você precisa acreditar nisso. Não importa qual achemos que seja o potencial do nosso casamento, Deus tem um sonho imensamente maior. Ele não apenas pensou muito a respeito dele, como também fez grandes planos. “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o SENHOR, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro”. Jeremias 29:11 Essa promessa nos apresenta duas escolhas: crer que essa afirmação é verdadeira e abraçar a visão de Deus para o nosso casamento ou presumir que Ele é um mentiroso. Quando Deus olha para o futuro da sua união, Ele vê a expressão do Seu Filho. A única maneira dessa visão se concretizar é receber a Sua graça (capacitação) através da humildade e da fé. Embora felizes para sempre seja algo que planejamos, não é algo limitado pela nossa própria força. É uma expressão do amor de Deus consumado pelo Seu Espírito operando por meio de nós. Talvez você esteja pensando: Tenho certeza de que Deus desistiu do meu casamento. Não existe esperança para nós. Não temos quaisquer perspectivas para o futuro. Perdemos aquele sentimento de amor. É possível que você se sinta assim porque agiu com base em suas próprias forças? Troque seus esforços e sonhos para seu casamento pelos sonhos de Deus. À medida que você confiar o seu casamento a Ele, Ele pegará seus sonhos, os encherá de vida, e plantará uma versão celestial dentro do seu coração. Isso significa, maridos, que Ele os capacitará a amar suas esposas assim como Cristo ama a Igreja, abandonando todo egocentrismo. Esposas, da mesma forma Ele capacitará vocês a respeitarem seus maridos. Desse modo, ambos estarão preparados para crescer até a grandeza do casamento. A Bíblia deixa claro que sem fé é impossível agradar a Deus (ver Hebreus 11:6). Por que Deus ama tanto a fé? Porque por meio da fé Nele recebemos poder para nos tornarmos como Ele, e não existe uma existência melhor do que uma vida semelhante a Deus. Ele tem prazer no seu prazer – e não estamos falando de uma felicidade passageira. O que estamos descrevendo é alegria, satisfação e realização duradouras. Deus quer o melhor Dele para seu casamento, e o melhor Dele só pode ser alcançado em uma união que encontra sua essência Nele. O Projeto Fé e esperança geralmente são confundidas como sendo a mesma coisa, mas elas são diferentes. Se a fé é o material com o qual se constrói um grande casamento, a esperança é o projeto. Em outras palavras, a esperança é como um molde, e a fé é o que o preenche. Sem esperança, a fé é uma substância sem forma, praticamente tão útil quanto materiais de construção sem um projeto. Você deve se lembrar de que Deus escolheu Abraão a dedo como aquele que receberia uma aliança com um objetivo específico: que Abraão instruísse seus descendentes nos caminhos do Senhor. Abraão não tinha filhos quando Deus o chamou para entrar nessa promessa, mas o Senhor lhe garantiu que ele seria o pai de uma grande nação. Abraão era um homem de uma fé extraordinária, uma fé que a Bíblia descreve assim: “... não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus” (Rm 4:20). E, no entanto, em Gênesis 15, vemos que ele lutou contra o desânimo antes de entrar na dimensão da fé. ... O SENHOR falou a Abrão numa visão: “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!” Mas Abrão perguntou: “Ó Soberano SENHOR, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco?” E acrescentou: “Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!” Então o SENHOR deu-lhe a seguinte resposta: “Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro”. Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: “Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las”. E prosseguiu: “Assim será a sua descendência”. Abrão creu no SENHOR, e isso lhe foi creditado como justiça. Gênesis 15:1-6 Talvez esperássemos que Deus desse a Abraão uma nova medida de fé. Mas em vez disso, Ele deu à fé de Abraão uma visão à qual se agarrar. Isso fortaleceu a fé dele dando uma base para a sua esperança. Deus convidou Abraão a sair de sua tenda para contar as estrelas. O céu noturno pintava um projeto estelar para sua fé enquanto as inumeráveis estrelas acima dele se transformavam nos rostos de filhos na tela da sua mente. Em vez de simplesmente dizer a Abraão que seus descendentes seriam incontáveis como as estrelas, Deus deu ao seu destino uma ilustração constante, vibrante e física. Através desse processo celestial no qual algo não apenas foi mostrado a Abraão, mas também dito, a visão de Deus foi impressa na imaginação dele. Do mesmo modo, Deus quer usar sua imaginação para transmitir a visão que Ele tem para o seu casamento, pois onde há visão há esperança. Foi por isso que Paulo nos encorajou a expulsarmos qualquer imaginação que se levanta contra o conhecimento de Deus (ver 2 Coríntios 10:4-5). Você precisa proteger a tela de sua mente porque ela determinará a natureza e o valor dos seus atos. Pense na sua imaginação como uma prancheta de desenho para a esperança. Deus prometeu nos encher de esperança, mas como podemos ter acesso a ela? É na oração que Seu Espírito gera em nossos espíritos a esperança superior: [Oro para] Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança Nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo. Romanos 15:13 Deus é a nossa fonte de esperança. Se pedirmos, Ele nos encherá de alegria e paz, que é o que todos nós queremos para nossos casamentos. À medida que formos a Ele em humildade, transbordaremos de esperança pelo poder do Seu Espírito. Que promessa! Provérbios 29:18 nos diz que sem visão pereceremos. Realmente, os casamentos sem uma visão dada por Deus são destituídos de vida. Então nós o desafiamos a sonhar grande! À medida que você se prepara para escrever seus sonhos e objetivos, ore para que Deus desperte o seu coração para o plano Dele. Dia 4 O Restaurante Chinês Quando nos casamos, tínhamos um lugar especial aonde íamos para conversar sobre o nosso futuro. Era um pequeno restaurante chinês não muito longe do nosso apartamento. Havíamos terminado a faculdade há pouco tempo, e nosso orçamento era tão apertado que dividíamos um único prato de “frango mu shu” com uma panqueca extra e molho extra. Era um ambiente tranquilo e humilde, apesar de estrangeiro, que encorajava um jovem casal a ousar sonhar com terras e esperanças distantes enquanto tomavam chá. Naquela época não sabíamos muito, mas tínhamos certeza de uma coisa: queríamos servir a Deus juntos com todo o nosso coração, nossa mente e nossa força. Desejávamos apaixonadamente viver bem e cuidar bem de nossa família. Posso dizer que não sabíamos ao certo para onde iriamos ou onde nossa vida terminaria, mas sabíamos o quanto queríamos viajar. Queríamos viver de tal maneira que Deus pudesse estabelecer um novo legado através de nós. Eu (John) venho de um ótimo contexto familiar. Meus pais estão casados há mais de sessenta e cinco anos. Meu pai amou e supriu fielmente nossa família, e minha mãe é uma dona de casa clássica. Meus pais serviram de modelo para mim em relação a coisas maravilhosas, tanto no que diz respeito ao casamento quanto à vida, e serei eternamente grato pelo exemplo deles. Eu (Lisa) venho de uma dinâmica familiar muito diferente. Os pais de John parecem perfeitos quando comparados à minha família, que foi arruinada por alcoolismo, adultério, comportamento abusivo, traição, ganância, perda e divórcio. Quando John e eu começamos nossa vida juntos, ficou óbvio que eu não tinha nenhuma compreensão prática do que era uma família saudável; mas eu tinha um anseio desesperado por fazer parte de uma família assim. Enquanto conversávamos naquele restaurante chinês, sabíamos que queríamos ter um tipo de casamento diferente. Embora tivéssemos um respeito absoluto pela maneira como os pais de John conduziram seu casamento, aquele não era o modelo certo para nós. Ambos sabíamos que havia mais no casamento do que havíamos visto; havia um chamado divino sobre a própria instituição do casamento. O casamento não se resumia apenas a ficarmos juntos até o fim de nossas vidas; ele dizia respeito a construir um legado eterno através da nossa união. É claro que isso incluiria nossos filhos e os filhos de nossos filhos, mas também incluiria impactar inúmeras outras vidas. Começamos a pintar uma visão para o nosso casamento. Fazíamos perguntas um ao outro, estabelecíamos parâmetros e sonhávamos tão grande quanto possível. Concordamos que nosso objetivo principal era servir a Deus juntos e honrá-lo com nossas escolhas. Tudo o mais teria de passar por esse filtro. Ao longo de trinta e dois anos de casamento, passamos por estações nos quais o único motivo pelo qual escolhemos ficar juntos foi nosso compromisso de honrar a Deus. Houve um período em que eu (Lisa) não sentia amor algum por John, e John chegou a me dizer que não sentia amor por mim. Ele se lançou em uma agenda de viagens intensa enquanto eu ficava para trás, em casa, com nossos filhos pequenos. Para ser sincera, eu não via esperança para o amor no futuro. Minha alma estava marcada por um período no qual fui muito ferida. Eu me sentia completamente abandonada tanto emocional quanto fisicamente. Se tivesse considerado o divórcio uma opção, eu teria tomado esse caminho com satisfação. Eu não tinha uma visão para o futuro do nosso casamento, apenas uma sombra desbotada do que ele poderia ter sido. A certa altura, cheguei a pensar: Deus, vou ficar neste casamento desde que Tu me prometas que não terei de viver com John no Céu. Eu me sentia muito só, e é difícil para as esposas de pastores compartilharem sua dor com qualquer pessoa. Eu (John) também lutava naquela época contra a falta de esperança. Sentia que nada que eu fizesse estaria certo aos olhos da Lisa, e acreditava estar certo nesse pensamento devido à falta de respeito e às palavras duras que ela me dizia. Estávamos afundando rapidamente, e nenhum de nós via qualquer possibilidade do amor, do respeito e do carinho serem restaurados. A dor emocional e espiritual daquele período parecia insuportável. Era terrível, mas foi apenas uma estação, e as estações mudam. O tempo do choro pode durar por uma noite muito longa, mas temos a promessa de Deus de que a alegria vem pela manhã (ver Salmos 30:5). Olhando para trás, aquele período parece surreal, como se tivesse acontecido com outro casal. Pela graça de Deus, permanecemos fieis ao nosso objetivo de honrar a Deus. Através do arrependimento genuíno pelo nosso egoísmo aliado à obediência à visão de Deus, vimos nosso casamento e nosso amor crescerem até se tornarem extremamente fortes. Uma das forças motrizes que nos mantiveram seguindo em frente ao longo daquela estação difícil foi nossa visão de vida. Nós não a víamos como um período de setenta ou oitenta anos; nós a víamos através de uma perspectiva eterna. Setenta ou oitenta anos não passam de um piscar de olhos se comparados à eternidade. A Bíblia ensina que o que fazemos com a Cruz determina onde passaremos a eternidade; entretanto, a maneira como vivemos como crentes determina como passaremos a eternidade. Paulo escreve: ... Preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor... Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas, quer sejam más. 2 Coríntios 5:8, 10 Está claro que Paulo não está escrevendo sobre os incrédulos, pois quando os incrédulos estão ausentes do corpo, eles não estão na presença do Senhor. Ele está se dirigindo àqueles que entraram para a família de Deus por meio da graça salvadora de Jesus Cristo. Compareceremos perante Ele e prestaremos contas sobre as decisões que tomamos e a maneira como vivemos como crentes. O julgamento presidido por Cristo resultará em diferentes recompensas eternas ou perdas eternas, que irão variar desde termos o trabalho da nossa vida totalmente queimado pelo fogo até sermos eternamente recompensados por ele ou até mesmo reinarmos ao lado Dele por toda a eternidade. O conhecimento dessa doutrina fundamental nos manteve no caminho certo. Nenhum de nós queria prestar contas diante do trono de Jesus por ter profanado a Sua arte, que é a união do casamento. (Para saber mais sobre o Tribunal de Cristo, leia o livro de John Movido pela Eternidade.) Depois do objetivo de honrar a Deus, nosso segundo alvo era estar mais apaixonados um pelo outro no fim de nossa jornada do que estávamos no começo. Esse objetivo nos compeliu a passarmos pelos tempos difíceis e amarmos um ao outro, mesmo quando não sentíamos vontade. C. S. Lewis escreveu: O amor... é uma profunda unidade, mantida pela vontade e fortalecida deliberadamente pelo hábito, reforçada pela graça (nos casamentos cristãos) com a qual ambos os parceiros pedem e recebem de Deus. Assim, eles podem ter esse amor um pelo outro mesmo nos momentos em que não gostam um do outro.5 Definitivamente houve momentos em que não gostávamos um do outro. Mas Deus nos deu graça para navegarmos por esses momentos difíceis, e Ele fará o mesmo por você. Gostamos um do outro e amamos mais um ao outro hoje do que no dia do nosso casamento – essa é a verdade! E esperamos crescer mais em amor a cada década que passa. Deus Está Anotando Tudo Enquanto escrevíamos nossos sonhos em guardanapos de restaurante, conversávamos sobre como criaríamos os filhos que não tínhamos. Discutíamos sobre como lidaríamos com a disciplina, as concessões, as tarefas e a divisão dos quartos. Falávamos sobre nosso legado e o impacto que nossas decisões teriam sobre nossos filhos e netos. Era importante para nós transmitir-lhes uma herança espiritual e financeira (ver Provérbios 13:22). Imaginávamos nossa futura casa. Não era importante para nós ter uma casa grande ou elegante; queríamos que a nossa casa fosse aconchegante e calorosa, um lugar onde as pessoas se sentissem seguras assim que entrassem. Queríamos que ela fosse um lugar divertido aonde nossos filhos quisessem levar seus amigos. Conversávamos ainda sobre o que acreditávamos que Deus havia nos chamado para fazer e sobre como nossos chamados afetariam a dinâmica do nosso casamento. Discutíamos os papéis desempenhados pelas mulheres e pelos homens. Determinávamos como administraríamos nosso dinheiro e ficaríamos livres de dívidas. Conversávamos sem parar até que olhávamos para o que tínhamos em nossas mãos e descobríamos que os rabiscos nos guardanapos haviam se transformado em projetos provisórios da vida que queríamos construir. Gostamos de pensar que enquanto fazíamos nossos planos em pedaços de papel, Deus também estava escrevendo. Depois, aqueles que temiam o SENHOR conversaram uns com os outros, e o SENHOR os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na Sua presença acerca dos que temiam o SENHOR e honravam o Seu nome. Malaquias 3:16 Houve muitas coisas sobre as quais falávamos naqueles primeiros dias das quais Deus Se lembrou, mesmo quando já as havíamos esquecido, e Ele fez com que elas se realizassem. Deus registra as conversas que ocorrem entre aqueles que O temem. Enquanto você faz planos para um casamento que honra ao Autor da vida, o Céu toma nota. Dia 5 Escrevendo Sua Visão Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Habacuque 2:2, ARA Mais uma vez, nunca é tarde demais para escrever a visão que você tem para seu casamento. Sinta-se livre para escrevê-la e reescrevê-la até ter algo que seja nítido e fácil de entender. Uma visão clara lhe dará a energia que você precisa para correr até a linha de chegada. Dedique algum tempo para conversar com seu cônjuge (ou futuro cônjuge) sobre a visão que vocês compartilham para seu casamento. Se você é solteiro, comece a documentar o seu lado da visão agora. Encontre um lugar onde possa sonhar. Seja específico quanto aos seus desejos e expectativas. Determine aquilo do qual não abre mão, e não tenha medo de sonhar grande! Essa visão será a estrela que o guiará nos dias que se seguirão. O casamento é como uma corrida de longa distância na qual décadas separam a linha de saída e a linha de chegada. Muitos casais sonham em curto prazo. Eles sonham em comprar uma casa e criar uma família, o que são grandes alvos, mas nenhum deles os levará muito longe. Há muito mais. Continue sonhando! Tenha em mente que você e seu cônjuge estão correndo juntos, e não competindo um com o outro. Você não pode completar sua corrida sozinho, por isso vocês precisam trabalhar como uma equipe. Se tiveram um começo difícil, sintam-se consolados por saber que a maneira como terminarão importa muito mais do que a maneira como vocês começaram. Escrever seu plano é uma maneira de definir sua linha de chegada. Você precisa ter a visão à sua frente, para ter algo em direção ao qual possa correr. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará... o justo viverá pela sua fé. Habacuque 2:3-4, ARA Sua visão inspirada por Deus irá adiante de vocês para forjar um caminho para sua realização. Se mantiverem seus olhos na visão, ela certamente irá se cumprir. Talvez, em alguns momentos, possa parecer que as palavras ditas por Deus não podem ser verdadeiras. O caminho trilhado por vocês pode levá-los a lugares onde não queriam ou esperavam ir. Confiem no processo. Deus sabe o que precisa ser retirado de vocês para que completem a jornada. O poder Daquele que inspirou sua visão os fortalecerá nos momentos de necessidade. Mas vocês precisam manter a visão diante de vocês. Seu plano deve ser um documento vivo, que respira, que cresce com o tempo. Isso significa que ele deve incluir duas coisas: Uma definição clara do que não se pode abrir mão Certas convicções e compromissos proporcionarão a estrutura necessária para sua visão, coisas como “nosso casamento honrará a Deus” ou “colocaremos as necessidades do outro antes da nossa própria necessidade”. Essas são as coisas que vocês consideram inegociáveis. Elas nunca mudarão e não se deve fazer concessões sobre elas. Espaço para crescer Ter um bom plano não significa ter respostas para todas as perguntas. Ele ajuda a dar clareza, mas somente Deus sabe tudo o que está diante de vocês. No entanto, vocês podem gradualmente descobrir aspectos do plano de Deus através da orientação do Seu Espírito. Com o tempo sua visão deverá se tornar mais clara e definida, adaptando-se para acomodar as vantagens e desafios de cada estação. Essas mudanças podem incluir a quantidade de tempo que investem na criação de seus filhos à medida que crescem ou as maneiras como vocês apoiam a carreira e o chamado um do outro. Eis cinco passos práticos que sugerimos que vocês deem para escrever seu plano de casamento: 1. Orem Peçam a Deus para preencher suas conversas, pensamentos e aspirações com o Seu Espírito. Peçam a Ele para fornecer a estrutura de esperança que Ele deseja ver preenchida pela fé de vocês. 2. Reúnam inspiração Colecionem versículos, artigos, histórias, fotos, letras de músicas, recortes de revistas e qualquer outra coisa que fale ao coração de vocês. 3. Vão a um lugar onde possam sonhar Esse lugar não precisa ser refinado ou caro. Ele pode ser tão simples quanto o restaurante no fim da rua ou o banco do parque no seu bairro. 4. Identifiquem seus objetivos Sonhem grande! Não permitam que as circunstâncias atuais ou o passado limitem vocês. Os tópicos a serem considerados incluem: finanças, criação de filhos, dinâmica familiar, desenvolvimento pessoal, crescimento espiritual, comunicação, descanso e recreação, carreiras, responsabilidades comunidade e muito mais. domésticas, envolvimento na igreja, 5. Determinem como alcançá-los Depois que tiverem estabelecido sua visão, façam uma análise: onde vocês estão agora em relação a onde querem chegar? Avaliem seu estado atual e montem uma estratégia dos padrões, passos ou mudanças que os colocarão – ou os manterão – no seu rumo. Seu plano abrangerá diferentes estações da vida. Tendo seus objetivos em mente, responda a estas perguntas: Como será nosso casamento quando estivermos... Casados sem filhos? Criando nossos filhos? Criando adolescentes? Morando em um ninho vazio? Desfrutando nossos netos? Em nossa última estação juntos? Se você é solteiro, está namorando ou é noivo, como você pode se posicionar deliberadamente para ter o casamento que deseja no futuro? Vocês estabeleceram objetivos quanto a finanças, criação de filhos e muito mais. Eles são objetivos maiores, mas serão sustentados pelos seus padrões, escolhas e hábitos do dia a dia. Pense nestas perguntas: Como e quando vocês lidarão com seu orçamento mensal? Que tipo de férias vocês terão, e como vocês as planejarão? Que tipos de atividades e entretenimento vocês desfrutarão juntos? Como você continuará a namorar seu cônjuge? Como você resolverá as diferenças com seu cônjuge? Como vocês passarão tempo com seus filhos? Como vocês disciplinarão seus filhos? Vocês dois querem seguir carreiras fora de casa? Se for esse o caso, isso terá um impacto diferente nas diferentes estações do seu casamento? Como vocês apoiarão a carreira um do outro ou outros objetivos maiores? Que tipos de oportunidades educacionais vocês buscarão para si mesmos? E para seus filhos? Que tipos de oportunidades recreativas estarão disponíveis para seus filhos? Como vocês apoiarão os interesses e talentos deles? Como vocês investirão no seu bem-estar físico? (Exercício, descanso, nutrição, etc.) Como vocês investirão no seu bem-estar espiritual? Como vocês criarão seus filhos no conhecimento de Deus? Como seu casamento e sua família beneficiarão o mundo que os cerca? (Sua igreja, sua comunidade, seu bairro, seus locais de trabalho, etc.) Como mencionamos anteriormente, as especificidades do seu plano provavelmente mudarão e evoluirão à medida que vocês amadurecerem em sabedoria e adquirirem experiência. Não há problema algum nisso. Mas é essencial que estabeleçam uma estrutura para o plano de vocês e se comprometam com os padrões e valores que serão o alicerce para o que está por vir. Escalando o Everest Imagine um casal entrando em um avião. Eles estão empolgados com sua viagem, mas não fazem ideia de para onde estão indo. Tudo que eles sabem é que esse avião os levará para uma grande aventura. Eles supõem que estão indo para um lugar quente, então só estão levando roupas de praia e alguns casacos leves caso esfrie à noite. Depois de muitas horas de voo, eles chegam ao seu destino – e descobrem que aterrissaram no Nepal. O que eles pensavam ser uma excursão tropical acabou sendo uma subida gelada ao Monte Everest. Está claro que eles não estão preparados para empreender uma jornada tão traiçoeira e arriscada, de modo que eles imediatamente voltam para casa. Muitos encaram o casamento como uma viagem à praia, mas ele é mais parecido com escalar uma montanha: é recompensador e estimulante, mas é preciso trabalhar arduamente. E embora a ilustração possa parecer um pouco absurda, vale considerar que a taxa de mortalidade dos casamentos é vinte e cinco vezes mais alta que a dos alpinistas que escalam o Everest.6 Por que os escaladores do Everest são muito mais bem-sucedidos do que os casados? Porque eles têm uma visão para sua jornada e sabem o que esperar. Eles não ficam chocados quando encontram ar rarefeito, temperaturas congelantes e ventos implacáveis. Infelizmente, muitos casamentos fracassam por causa das expectativas não realistas e da falta de visão. Vale a pena dedicar tempo agora para estabelecer seu plano para o futuro. Faça Bem Feito À medida que sua história se desenrolar, Deus expandirá a estrutura da sua visão e acrescentará lindos enfeites a ela, mas Ele nunca profanará a vida que você está construindo com o seu cônjuge. As provações podem parecer tentativas de Deus destruir sua história, então você pode ser tentado a atacá-Lo verbalmente em meio à ira ou às frustrações. Mas saiba que Deus não é o autor das suas provações, e Ele faz com que todas as coisas cooperem para o seu bem (ver Romanos 8:28). Sua graça e Seu Espírito nunca o deixarão, e Ele prometeu que nunca permitirá que você passe por uma provação que não possa vencer. ...Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar. 1 Coríntios 10:13 Talvez você às vezes se sinta como se tudo estivesse desmoronando, mas se você se agarrar à esperança, poderá resistir às tempestades. No fim de tudo, você ouvirá as palavras do Mestre dizendo: “Muito bem, servo bom e fiel! ...” Mateus 25:23 Não é interessante que o Mestre diga “muito bem”, e não “perfeito”? Nenhum de nós faz nada nesta vida com perfeição. Mas podemos ter uma vida e um casamento que sejam muito bem vividos. Isso significa termos casamentos saudáveis e marcados pela humildade, aprendendo com nossos erros e prosseguindo na graça de Deus para receber o Seu melhor. Se você escolher andar nesse caminho, seu casamento fará mais do que simplesmente sobreviver. Ele florescerá. Deus o ajudará. Desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até ao fim, para completa certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas. Hebreus 6:11-12, ACF Deus quer que você receba as promessas que Ele tem para seu casamento. Reivindique a esperança concedida pelo Espírito Santo. Seja paciente com seu cônjuge e tenha fé naquilo que seu casamento pode se tornar. Você ficará impressionado com o que Deus pode fazer em duas pessoas imperfeitas e através delas. Deus tem paixão por construir casamentos cujas maiores histórias estão relacionadas à maneira como terminam, e não à maneira como começam. Devocional do Dia 1 UMA OBRA PRIMA EM CONSTRUÇÃO Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos. – Efésios 2:10 Tudo o que Deus cria tem um propósito – inclusive seu casamento. Por intermédio do envolvimento pessoal do Seu Espírito na vida de vocês, Ele deseja tornar seu casamento uma obra prima da Sua graça. Pense em quando você era solteiro ou noivo. Como você visualizava seu casamento? Que imagens e conceitos idealizados você tinha em seu coração e mente? De que maneira seu casamento é diferente de sua visão inicial? O projeto de Deus é que o casamento seja uma aliança. Ela é um acordo para toda a vida, “até que a morte nos separe”. Na aliança, cada parte entrega e oferece todos os seus recursos à outra. As dificuldades de uma pessoa se tornam as da outra, e cada uma promete proteger e suprir o que quer que seu parceiro necessite. Os autores e conferencistas Bob e Audrey Meisner compartilharam estas percepções com relação à aliança: A aliança é algo de Deus. A Bíblia fala claramente sobre as bênçãos de andar em aliança, que incluem o favor de Deus, finanças abençoadas, segurança e confiança, vida longa e saúde e um caráter segundo o coração de Deus! ...No ambiente de uma verdadeira aliança nos sentimos livres para admitir os erros e desafios recorrentes em nossas vidas porque sabemos que não seremos rejeitados em função de nossa sinceridade. Então nosso cônjuge se sente livre para dizer a verdade em amor para nos ajudar a superar nossas falhas, enquanto caminha conosco através das dificuldades. Isso é o que melhor expressa a vida de aliança em Cristo.7 O que Deus está lhe falando sobre aliança? Pergunte a si mesmo: Estou desfrutando um casamento de aliança? O que estou disposto a fazer para experimentar isso? Ore e peça ao Espírito Seu conselho e Sua força. Deus tem um propósito poderoso para seu casamento de aliança, ele vai muito além de apenas você e seu cônjuge. Ele quer que sua união, como a de Abraão e Sara, transmita o amor e a verdade Dele alcançando até as gerações futuras. Pergunte a si mesmo e ao Senhor: Quem meu casamento está impactando, e que efeitos ele está deixando? Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, como posso deliberadamente fazer com que Tua aliança alcance também meus filhos, netos, e àqueles que Tu colocaste na minha esfera de influência?” Fique em silêncio diante de Deus. Ouça o que Ele disser agora e nos dias que se seguirem. Anote Suas instruções e peça pela Sua graça para obedecer. Devocional do Dia 2 FORJADOS NA FORNALHA Amigos, quando a vida ficar realmente difícil, não pensem que Deus não está no comando. Em vez disso, alegremse, pois vocês estão passando pelo mesmo que Cristo passou. É um processo de refinamento espiritual, e a glória está chegando. – 1 Pedro 4:12-13, A Mensagem O casamento é um processo de refinamento espiritual, e Deus é o Refinador. Embora Ele não seja a fonte dos seus problemas, Ele os usará para tornar você e seu cônjuge mais semelhantes a Jesus. Vamos encarar os fatos. Ninguém gosta de provações. Se pudéssemos evitá-las, nós o faríamos. Mas há valor no caminho difícil. Separe um instante e medite nestas verdades sobre os benefícios das provações. Nós as escolhemos cuidadosamente para que falem diretamente ao seu casamento. Mas Deus conhece cada um dos meus passos [e os do meu cônjuge]; se Ele me puser à prova, verá que sairei puro como o ouro. – Jó 23:10, NTLH Pois Tu, ó Deus, nos submeteste à prova e nos refinaste como a prata... Passamos pelo fogo e pela água, mas a um lugar de fartura nos trouxeste. – Salmos 66:10, 12 Amigos [maridos e esposas], quando lutas e aflições os atingirem em cheio, saibam que isso é um presente especial. Vocês verão como a fé será fortalecida e como terão forças para continuar até o fim. Por isso, não desistam facilmente. Essa perseverança os ajudará a amadurecer e a desenvolver plenamente o caráter de vocês. – Tiago 1:2-4, A Mensagem Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. E assim vocês receberão aprovação, glória e honra... – 1 Pedro 1:7, NTLH Descreva brevemente uma fornalha de aflição (um conflito) que você e seu cônjuge estão enfrentando atualmente. O que o Espírito Santo está lhe mostrando sobre você, seu cônjuge e sua situação através das passagens bíblicas anteriores? Saber o que está errado com seu parceiro não ajudará você a mudar. A mudança começa por saber o que precisa ser tratado em você. Faça uma pausa e ore: “Espirito Santo, o que está se passando no meu coração e mente? O que Tu estás querendo mudar? O que acredito acerca de mim mesmo que não é verdade? Ajuda-me a ouvir Tua voz e a obedecer aos Teus comandos. Em nome de Jesus”. A verdade que o Espírito Santo está me revelando é ... As ações que o Espírito Santo está me impulsionando a realizar são... Devocional do Dia 3 FÉ, ESPERANÇA E HUMILDADE Que Deus, que nos dá essa esperança, encha vocês de alegria e de paz, por meio da fé que vocês têm Nele, a fim de que a esperança de vocês aumente pelo poder do Espírito Santo! – Romanos 15:13, NTLH A fé oferece os tijolos para se construir um casamento fantástico, e a esperança é o projeto para fazê-lo acontecer. Deus, a fonte da esperança, tem fé em você e no seu cônjuge. À medida que vocês confiarem Nele, Ele lhes dará o projeto Dele para seu casamento e os revestirá de poder para experimentar o casamento dos seus sonhos. Em seu livro Abraham, Or The Obedience of Faith (Abraão, Ou A Obediência da Fé), o pastor e escritor F. B. Meyer explica: A fé é a pequena semente que contém todos os raros perfumes e as tonalidades belas da vida cristã, esperando unicamente pelo cuidado e bênção de Deus. Quando um homem crê, é apenas uma questão de educação e tempo desenvolver aquilo que já existe dentro dele em forma embrionária... A fé nos une tão absolutamente ao Filho de Deus que somos Um com Ele para sempre; e toda a glória do Seu caráter... é acrescentada em nós.8 Então, o que é a fé? De onde ela vem? E como é possível vê-la se tornar mais forte em sua vida? Medite cuidadosamente nestas passagens e escreva o que o Espírito Santo lhe revelar. Romanos 1:11-12; 10:17; 12:3 • Hebreus 11:1, 6 • Efésios 2:8 • Colossenses 2:6-8 Juntamente com sua fé, você precisa de esperança, de um projeto dado por Deus para sua união. Faça uma pausa e ore: “Senhor, deposita em mim e no meu cônjuge Teu projeto divino para o nosso casamento. Como Tu deste a Abrão uma ilustração enquanto ele olhava para as estrelas no céu, inscreve em nossos corações uma imagem que possamos entender e nos lembrar para sempre. Em nome de Jesus”. Olhe, ouça e anote o que o Senhor revelar. Há uma virtude essencial que você necessita para receber fé e esperança: a humildade. A humildade diz “Não posso fazer nada sem Ti, Senhor, mas posso todas as coisas em Ti”. Quando você possui um coração humilde, a porta do melhor de Deus para seu casamento é escancarada! O escritor e pastor do século 19, Andrew Murray, disse: “Jesus veio para trazer humildade de volta à Terra, para nos fazer participantes dela e por ela salvar-nos... Sua humildade é nossa salvação. Sua salvação é nossa humildade... É somente pelo fato de que Cristo habita em nós com Sua divina humildade que nos tornamos verdadeiramente humildes”.9 Medite atentamente nestes versículos. O que Deus está revelando a você? Mateus 11:28-30 • João 13:1-17 • Filipenses 2:1-11 • Tiago 4:6 • 1 Pedro 5:5 Sejam sempre humildes, bem educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá. – Efésios 4:2-3, NTLH Devocional do Dia 4 SONHEM GRANDE JUNTOS É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas... Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. – Eclesiastes 4:9, 12 Viver e experimentar a grandeza do casamento – esse é o projeto divino de Deus para todo marido e esposa. Tendo Seu Espírito Santo como o centro de sua união, você e o seu cônjuge estarão prontos para a grandeza! Vocês querem viver em grandeza? Dediquem tempo para sonhar grande. No final deste capítulo, vocês estarão preparados para escrever uma visão para o seu casamento. Agora mesmo, podem se preparar para esse momento especial no qual lançarão os alicerces de uma visão. Cite dois lugares onde você e seu cônjuge gostam de ficar juntos, lugares relaxantes onde estejam livres para sonhar. Discutam suas respostas, depois escolham um ou mais lugares onde possam marcar uma série de encontros para sonhar. Sonhar juntos permite que você e seu cônjuge compartilhem o que está no coração de vocês e visualizem as coisas maravilhosas que podem fazer juntos com a força, a sabedoria, o favor e a provisão de Deus. “O que vocês podem fazer como casal para tornar suas buscas mais eficazes?” perguntam os escritores Bill e Pam Farrel. “Ajam de maneira deliberada... Para saber se estão progredindo em relação a um sonho, vocês precisam escrever uma série de objetivos que expliquem como chegar até ele. Um objetivo deve ser específico... realista... [e] passível de ser executado com a ajuda de Deus”.10 Discutiremos mais o planejamento de objetivos durante a leitura do próximo dia. Por ora, que sonhos estão em seus corações? Pense nos seus desejos com relação ao seu relacionamento um com o outro, a criar uma família, à segurança financeira, à educação e às carreiras, a comprar ou construir uma casa, à aposentadoria, etc. Meus maiores sonhos para o nosso casamento são... Quando você tiver compartilhado e escrito seus sonhos, peça ao seu cônjuge para compartilhar os dele e escrevêlos. Os maiores sonhos do meu cônjuge para o nosso casamento são... Que aspectos desses sonhos se sobrepõem? Onde existe um ponto em comum? Discutam esses pontos. Os maiores sonhos que compartilhamos para o nosso casamento são... Lembrem-se: “Vocês sabem muito bem que Deus pode fazer qualquer coisa, muito mais do que poderiam imaginar ou pedir nos seus sonhos!” (Ef 3:20, A Mensagem). Submetam seus sonhos ao Senhor em oração e peçam a Ele para começar a lhes mostrar os passos específicos que vocês podem começar a dar em direção a eles. Devocional do Dia 5 ESCREVA SUA VISÃO “... Escreva claramente a visão em tábuas, para que se leia facilmente...” – Habacuque 2:2 Agora que você e seu cônjuge começaram a sonhar juntos, o próximo passo é escrever sua visão. Ter uma visão significa ter um sonho realista para seu casamento e para o que você e seu cônjuge podem se tornar juntos, com a direção e a graça de Deus. O escritor, professor e conselheiro familiar H. Norman Wright compartilhou percepções valiosas acerca do tema visão: Visão poderia ser descrita como previsão, no sentido de possuir uma consciência apurada das circunstâncias e possibilidades atuais, e do valor de aprendermos com o passado. Visão também pode ser descrita como ver o invisível e torná-lo visível. É ter uma imagem na sua mente da maneira como as coisas poderiam ou deveriam ser nos dias vindouros. Visão também é um retrato de condições que ainda não existem. É ser capaz de se focar mais no futuro do que ficar preso ao passado ou ao presente. Visão é o processo através do qual se cria um futuro melhor com a capacitação e a direção de Deus. 11 Uma visão para o casamento bem-sucedida tem pontos dos quais não se pode abrir mão. Anote alguns padrões e valores não negociáveis que você e seu cônjuge estão dispostos a proteger sem fazer concessões. Eles podem incluir coisas como evitar conflitos, ficar livre de dívidas, estar sempre dispostos a perdoar, nunca humilhar um ao outro, etc. Releia a descrição de visão feita por Wright. O que ela lhe diz? Quais são os objetivos de curto prazo para seu casamento, as coisas que você e seu cônjuge gostariam de realizar no próximo ano? Qual é sua visão de médio prazo para seu casamento? Que objetivos vocês gostariam de realizar nos próximos cinco a dez anos? Lembre-se de ser específico e realista, e foque no que desejam ver. Qual é sua visão de longo prazo para seu casamento? Que objetivos específicos vocês gostariam de realizar nos próximos vinte a trinta anos? Considerem a aposentadoria, os netos, o ministério ou as oportunidades vocacionais, viagens, etc. Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espere-o, porque, certamente, virá, não tardará. – Habacuque 2:3, ARA PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | Muitos casais vivem no “modo de sobrevivência”. Mas Deus não quer casamentos que mal conseguem sobreviver. Ele quer casamentos que floresçam! Dedique alguns instantes para compartilhar por que é importante expandir sua visão para seu casamento, alcançando outras pessoas além de você e seu cônjuge. 2 | Sem dúvidas vocês enfrentarão dificuldades no casamento. Você e seu cônjuge são dois indivíduos no processo de se tornarem um. Hebreus 12:2-3 nos dá um plano que funciona para lidar com as dificuldades. Leia atentamente esta passagem e identifique a estratégia de Deus para passá-los pela fornalha de refino e tirá-los dela como ouro puro. Mantenham os olhos em Jesus, que começou e terminou a corrida de que participamos. Observem como Ele fez. Porque Ele jamais perdeu o alvo de vista – aquele fim jubiloso com Deus. Ele foi capaz de vencer tudo pelo caminho: a Cruz, a vergonha, tudo mesmo. Agora, está lá, num lugar de honra, ao lado de Deus. Quando se sentirem cansados no caminho da fé, lembrem-se da história Dele, da longa lista de hostilidade que Ele enfrentou. Será como uma injeção de adrenalina na alma! – Hebreus 12:2-3, A Mensagem 3 | O orgulho nos impede de desfrutar o melhor de Deus para as nossas vidas. Como vocês permitiram que o orgulho limitasse a visão de vocês para seu casamento? Que mudanças vocês devem fazer para entender o casamento que Deus tem reservado para vocês? 4 | Os casamentos felizes e saudáveis que caminham em direção à grandeza têm visão. Uma boa visão é sustentada por um plano específico e realista. Cada casal personaliza seu próprio plano, e tanto o marido quanto a mulher se comprometem em vê-lo cumprido. Cite algumas das áreas do casamento onde é necessário ter uma visão detalhada. Por que é tão útil e vital registrar um plano específico? Por que é importante para a visão adaptar-se e ajustar-se com o tempo? Líderes: Peçam a seu grupo para ler Habacuque 2:2-3 e Provérbios 29:18. 5 | Em Mateus 25:23, o servo que é “bom e fiel” é elogiado por fazer um bom trabalho na administração do que seu senhor lhe confiou. Ter um casamento perfeito é diferente de ter um casamento bem feito. Como a expectativa da perfeição pode nos impedir de ter um casamento bem feito? O que significa ter um casamento bem feito no que diz respeito aos nossos padrões? E em relação às nossas atitudes? E na nossa reação diante dos erros? RESUMO DO CAPÍTULO: • Sua história de casamento vai além de vocês. Ela diz respeito a todas as vidas que você e seu cônjuge tocarão durante a vida de vocês, alcançando seu legado para as gerações que virão. • O casamento cria um ambiente ideal para homens e mulheres serem moldados e refinados à imagem de Cristo. Isso glorifica grandemente a Deus, e O torna conhecido. • A fé é o material de construção para um casamento maravilhoso que ainda não é uma realidade. A esperança é o projeto – ou a visão dada por Deus – que a fé constrói. • A humildade abre a porta para o melhor de Deus para as nossas vidas. Por meio da humildade recebemos a graça (capacitação) de Deus para experimentar a grandeza do casamento que Ele projetou. • Não importa em que condição seu casamento esteja atualmente, ele pode crescer até alcançar um “felizes para sempre”. • Escreva uma visão para o seu casamento: um plano vivo, que respira, que cresce com o tempo e inclui suas esperanças, sonhos e padrões inegociáveis. TRÊS Limpe o Convés Limpe o convés: (verbo) Prepare-se para um evento ou objetivo específico lidando antecipadamente com qualquer coisa que possa impedir o progresso.1 Dia 1 E sse termo náutico originalmente era uma ordem dada a bordo dos navios que se aproximavam de uma batalha. Quando recebiam essa instrução, os marujos sabiam que deviam remover quaisquer ferramentas, cordas ou outros objetos que pudessem impedi-los de se movimentar livremente pela embarcação.2 Hoje esse termo se aplica a qualquer preparação que nos posicione para agir sem maiores embaraços. No capítulo anterior, falamos sobre o casamento como um projeto funcional e vivo. O propósito deste capítulo é tratar de quaisquer problemas que possam impedi-lo de avançar e de experimentar a grandeza do casamento. O ato deliberado de limpar o convés de um navio serve para impedir que as cordas se emaranhem umas às outras. Se o convés estiver em desorganizado ou cheio de entulho, é fácil, em tempos difíceis ou em mares revoltos, tropeçar em alguma coisa que você poderia facilmente contornar se estivesse navegando em águas tranquilas. Amamos a ideia de posicioná-lo para velejar rumo ao seu futuro, levando com você tudo aquilo que lhe sustentará, enquanto ao mesmo tempo lança fora qualquer coisa que possa lhe trazer peso ou deixá-lo ancorado ao passado. Muitas pessoas não apenas “tropeçaram no convés” e se feriram, como também caíram do barco e se perderam no mar. O projeto de Deus para o casamento é infalível. No entanto, o casamento parece colocar as falhas de cada um dos cônjuges em evidência como nenhuma outra instituição. Em vez de esperar até estar navegando em uma embarcação que esteja desesperadamente fora da rota – com velas rasgadas, carga perdida, vazamentos no casco e cordas desgastadas – queremos posicioná-lo corretamente para abrir caminho. Ainda fazendo uso da analogia náutica, a recusa em tratar adequadamente os problemas fundamentais do relacionamento poderia ser comparada a se lançar ao mar com uma rolha tampando um buraco no casco do seu navio. Vai funcionar por algum tempo, mas quando a pressão aumentar, a rolha não irá aguentar. Não queremos que você tropece ou afunde. Queremos que seu casamento seja uma arca que pode resistir a qualquer tempestade que você encontrar. Enquanto trabalhava no projeto do seu casamento no capítulo anterior, você talvez já tenha reconhecido alguns problemas que precisa tratar antes de poder avançar com aquilo que visualizou. Portanto, vamos procurar cada falha que pode atrapalhá-lo cujas raízes são o egoísmo, o orgulho e a ofensa. Vamos nos libertar de toda maldição que nos acorrenta e de todo medo que nos amarra e deixar que a esperança seja nossa âncora. Nosso Começo Sabemos que limpar o convés é importante porque não foi assim que iniciamos nossa jornada juntos. Não prestamos muita atenção durante o aconselhamento pré-nupcial. Quando nosso conselheiro tentou nos aconselhar sobre como navegar nas águas turbulentas dos conflitos, pensamos: Brigar? Nunca vamos brigar! Deus nos uniu. Este conselho é para pessoas que não estão apaixonadas como nós. Nós não somos essas pessoas. A mão de Deus está sobre nossas vidas. Depois de apenas algumas semanas de casamento, os problemas começaram. Não demorou muito para entendermos o quanto estávamos errados. Havíamos entrado no casamento enxergando nosso cônjuge como alguém perfeito, mas logo ficamos cada vez mais conscientes de todas as falhas um do outro. Então começamos a trabalhar duro para mudar um ao outro. Em resultado disso, nosso casamento feliz se tornou um campo de batalha entre duas pessoas com muita força de vontade. As fagulhas voavam enquanto ferro tentava afiar ferro.3 Ainda não tínhamos a consciência de que nossa união era na verdade fraca e frágil. Sim, estávamos profundamente comprometidos um com o outro, mas cada um de nós valorizava excessivamente o próprio caráter, especificamente nas áreas da paciência e do altruísmo. Tínhamos mais problemas do que gostaríamos de admitir, e até o que era bom precisava ser fortalecido para resistir aos desafios que estavam por vir. Em vez de permitir que Deus limpasse nosso convés, queríamos apenas limpar um ao outro. O casal que acreditava ser um par perfeito havia acordado do sonho. Ainda fingíamos que tudo estava bem quando íamos à igreja, mas nossa vida doméstica começava a se parecer mais com uma disputa de luta livre. Durante nosso primeiro ano de casamento, houve um dia em que estávamos envolvidos no que alguns chamariam de “comunhão intensa”. John não queria que eu (Lisa) saísse do quarto, então ele me disse para sentar na nossa cama. Eu queria sair do quarto antes que pudesse dizer qualquer outra coisa da qual me arrependeria logo de manhã. John disse para eu me sentar, e quando eu já estava me levantando para sair, ele tentou fazer com que eu me sentasse na cama para discutirmos as coisas. A combinação do meu movimento levantando e o empurrão de John me fez cair no chão. Levantei-me e fiquei de pé, segurando um abajur na mão. John olhou para mim incrédulo, com um olhar de terror no rosto. — O que você vai fazer com isso? — ele perguntou. — Não sei — resmunguei. O ridículo daquela cena criou uma oportunidade para nós dois nos acalmarmos e conversarmos sobre o problema, mas a raiz do problema continuou sem solução. Alguns dias depois desse episódio, eu estava almoçando com uma de minhas amigas. Ela estava casada há mais tempo que eu, e me senti relativamente confortável em me abrir com ela sobre meus problemas matrimoniais. Mas em vez de contar os detalhes do incidente com o abajur, decidi fazer uma abordagem mais sutil. Perguntei de forma casual: — Você já teve um desentendimento com seu marido e de repente se viu com um abajur nas mãos? Ela me olhou como se a pergunta fosse absurda: — Não! Respondi depressa: — Nem eu! Obviamente, eu estava mentindo. Minha amiga provavelmente conseguiu deduzir que a minha pergunta supostamente aleatória era um grito de socorro. Mas a máscara conjugal nos impediu de levar a conversa adiante. John e eu sentíamos como se não tivéssemos para onde ir. Sérios problemas estavam surgindo em nosso casamento, mas não sabíamos a quem recorrer. Na igreja, escondíamos nossas dificuldades e mascarávamos nossa dor. Sabíamos que o grau de conflito no nosso relacionamento estava aumentando, mas não sabíamos como responder a isso. A vergonha e falta de esperança provenientes da nossa situação fizeram com que as coisas fossem de mal a pior. Consequentemente, a tensão em nossa casa se tornou insuportável. E então aconteceu. Nosso conflito chegou ao ápice quando eu (John) bati em Lisa. Antes desse incidente, nossas brigas eram físicas – eu já a empurrara uma vez – mas essa foi a primeira vez que dei um tapa nela. Imediatamente, percebi o que havia feito e fiquei completamente horrorizado com meu comportamento e consumido pelo remorso. Lisa revidou e depois se trancou no banheiro. Ambos fomos nos deitar naquela noite sentindo que algo havia se perdido. Na manhã seguinte, enquanto nós dois nos preparávamos para sair para o trabalho, Lisa estava em silêncio e cada vez mais distante. Parecia que a inviolabilidade e a confiança do nosso relacionamento haviam sido rompidas. Ambos estávamos trabalhando em tempo integral, e à medida que a semana passava, a distância entre nós aumentava. Lisa estava trabalhando com vendas naquela época, e começou intencionalmente a ficar fora até tarde, olhando as vitrines da região para evitar ter contato comigo. Quando finalmente ela voltava para casa, recusava-se a falar ou a jantar comigo e ia direto para a cama ler. Eu estava esperando ansiosamente pelo fim de semana para que pudéssemos finalmente resolver o que havia acontecido. Meu Juramento Quando era jovem, eu (Lisa) havia feito um juramento de que se meu futuro marido algum dia me batesse, eu o deixaria. Fui criada em um lar desequilibrado e ficava aterrorizada com a possibilidade de me encontrar em outra situação abusiva. Quando John me bateu, lembrei-me do meu juramento e fui confrontada com uma decisão que poderia transformar minha vida. Será que conseguiria permanecer casada? Será que conseguiria amar e me entregar a um homem que havia me batido? As pessoas com quem eu trabalhava sabiam que algo estava me perturbando profundamente. Uma de minhas supervisoras supôs o que havia acontecido. Ela me encorajou a deixar John imediatamente, sem conversa. Eu estava esperando o fim de semana chegar para poder trancar John do lado de fora da casa. Além de falar com meus colegas de trabalho, eu estava lendo o livro do Dr. James Dobson O Amor Tem Que Ser Firme, que me inspirou a elevar a situação ao nível de uma crise. Quando John voltou para casa naquela noite, ele não conseguiu entrar no apartamento. Eu havia trancado a porta por dentro e ele não tinha como entrar. Isso foi antes dos telefones celulares, de modo que ele ficou do lado de fora e chamou: “Lisa, cheguei. Por favor, deixeme entrar!” Acabei abrindo uma janela para informá-lo de que eu sabia que ele havia chegado, mas que ele precisava encontrar outro lugar para passar a noite. John não conseguia acreditar. Depois de algum tempo, ele percebeu que não entraria em casa, então decidiu passar a noite com um amigo, com o pretexto de orar e jejuar. Agora que eu tinha a casa toda para mim, decidi ter uma conversa séria com Deus. Creio que minha oração começou mais ou menos assim: “Tudo bem, Deus, tenho algumas sugestões para o Senhor. Enquanto John está fora, ele precisa ter uma revelação do quanto tem sido terrível comigo. Talvez o Senhor possa dar a ele um sonho mau ou assustá-lo com um relâmpago. Apenas não o mate porque ele não tem um seguro de vida muito bom”. Mas por mais que eu orasse sobre John, a única pessoa a respeito de quem Deus queria falar comigo era eu mesma. Deus não estava interessado em discutir os problemas de John comigo. Ele queria falar sobre como estava o meu coração. Ele me disse: “Lisa, você precisa de uma intervenção sobrenatural no seu casamento. E se quiser uma intervenção sobrenatural no seu casamento, você terá de agir sobrenaturalmente. Isso significa que você deve perdoar mesmo achando que o perdão não é merecido”. “Lisa”, Deus continuou dizendo, “você está guardando todas as suas mágoas contra o John”. Guardando Mágoas Quando John e eu brigávamos, não brigávamos apenas sobre o problema imediato. Usávamos a munição acumulada nos nossos meses de casamento para diminuir e desacreditar um ao outro. Um registro sempre crescente de ofensas, condenação e amargura era o fundamento para todos os desentendimentos. Até as discussões menores evoluíam para o que pareciam batalhas de proporções épicas. Eu, a maior culpada nesses longos conflitos, não estava disposta a perdoar John e suas ofensas passadas. Por causa da mágoa que eu havia trazido para o nosso relacionamento, eu temia a possibilidade de que, se eu cancelasse as dívidas dele, poria em risco minha segurança emocional e física. Mas Deus me disse que embora John estivesse longe de ser perfeito, ele merecia meu perdão. Continuei tentando dirigir a atenção de Deus novamente para John, mas Ele não estava cooperando. Supliquei “Por que sou sempre eu que tenho de mudar? Espero que o Senhor esteja dizendo a John para fazer o mesmo porque ele não vai mudar a não ser que o Senhor diga a ele para fazer isso”. Mas em meio a tudo isso, Deus estava revelando a corrupção do meu próprio coração. O orgulho e o egoísmo logo surgiram com suas consequências terríveis. Eu me vi pensando em como as pessoas reagiriam se John e eu não estivéssemos sentados juntos ou de mãos dadas na igreja no domingo. Decidi que permitiria que ele voltasse para casa apenas a tempo de se vestir e me levar para a igreja, para que pudéssemos manter as aparências. Eu não estava preocupada com John ou com nosso relacionamento. Estava preocupada com o que as outras pessoas pensavam a nosso respeito. Meu orgulho estava me impedindo de experimentar o efeito transformador da graça de Deus exatamente onde eu mais precisava dela. Finalmente me quebrantei e permiti que Deus fizesse Sua vontade no meu coração. Mesmo depois do terrível erro de John, escolhi reconhecer a minha parte no que havia ocorrido. Assim que eu me humilhei, a graça de Deus se manifestou. A humildade sempre abre as comportas da graça: “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes.” 1 Pedro 5:5 Ficou evidente para mim que eu não podia mudar John. Só Deus poderia fazer isso. Mas eu podia permitir que Deus mudasse a mim mesma. Depois daquele fim de semana fora, John voltou para casa um homem diferente. Depois que Deus tratou com ele nos primeiros anos do nosso casamento, ele nunca mais me bateu – e hoje fazem mais de três décadas desde que isso aconteceu. Nossa união foi transformada quando ambos respondemos com humildade diante de Deus e diante um do outro com esperança de uma restauração e reconciliação completas. Moral da História Gostaríamos de poder dizer que as feridas daquele período de nossas vidas se curaram da noite para o dia, mas não foi assim. Os dois anos seguintes do nosso casamento continuaram a ser marcados por grandes lutas e dificuldades emocionais enquanto tentávamos aprender a viver juntos de uma maneira que honrava a Deus. Ouvimos todo tipo de conselhos, que variavam desde ambos sermos o chefe até Lisa desaparecer completamente tanto na sua voz quanto no seu papel. Na nossa imaturidade, frequentemente atacávamos um ao outro verbalmente enquanto Deus estava fazendo uma obra em nossas vidas individuais. Saímos dos nossos quatro primeiros anos de casamento nos sentindo extremamente quebrantados. Em alguns aspectos, vivíamos as consequências dos nossos erros. Havia até mesmo evidências físicas ao nosso redor dos fracassos que vivemos, inclusive uma geladeira amassada e uma janela substituída. Mas Deus não perdeu a esperança em nós. Ele estava redimindo os nossos erros transformando-os em oportunidades de limpar o convés. O que o inimigo havia preparado para destruir nosso casamento, Deus usou como alicerce para o que estava por vir. Embora sempre tenhamos dito que tivemos dificuldades, nunca entramos em tantos detalhes assim nos nossos ensinamentos. Estamos compartilhando mais informações agora não como uma desculpa para o nosso comportamento, mas para encorajar você a saber que a mudança pode acontecer. Ao mesmo tempo, sabemos que nem todo abuso tem final feliz, e não estamos incentivando nenhuma mulher ou homem a permanecer em uma situação onde eles ou seus filhos não estejam em segurança. Se você está nessa situação, vá para um lugar seguro. Não se envergonhe. Fique em segurança e procure a ajuda que necessitar. Falaremos mais sobre isso em breve. Durante esses anos desafiadores, nosso casamento parecia completamente destituído de esperança. Trinta anos depois, porém, estamos desfrutando a vida juntos mais do que nunca. Nosso casamento é maravilhoso, o que é verdadeiramente um testemunho do poder de Deus de operar milagres. Isso não quer dizer que não passamos por outros vales ao longo do caminho. Mas de uma coisa sabemos: à medida que escolhemos amar, Deus foi fiel para nos fazer atravessar cada um deles. Não sabemos como está seu relacionamento hoje, mas podemos lhe garantir que há esperança! Volte seu coração para Deus e permita que Ele trate com você. Você não pode mudar seu cônjuge, mas Ele pode. Entregue a responsabilidade a Ele. Deus começará uma linda mudança se você permitir. Uma Palavra sobre Abuso Queremos deixar isto claro: marido, nunca é aceitável que você parta para o embate físico com sua esposa. A Bíblia diz que você deve honrá-la como o vaso mais frágil (ver 1 Pedro 3:7). Os ataques emocionais ou até físicos de sua esposa não lhe dão o direito de reagir da mesma maneira. Afaste-se se for preciso. Não reaja fisicamente, ainda que seja apenas em retaliação aos ataques dela, ou você perderá a confiança de sua esposa. Ela não se sentirá mais segura nos seus braços. Se você cometeu abuso contra sua esposa, arrependa-se imediatamente diante de Deus e peça perdão a ela. Esposa, o desejo natural do seu marido é protegê-la. Deus deu a muitos homens uma força superior com esse propósito específico. Você pode considerar ataques físicos a seu marido como ataques de raiva banais e inofensivos, já que eles não causam danos físicos a ele. Mas para seu marido, seus ataques são devastadores. Certo ou errado, os homens foram feitos para reagir fisicamente quando são atacados. Não queremos provocar ou despertar o pior um no outro; queremos trazer para fora o melhor. Se você cometeu abuso contra seu marido, arrependa-se e pare imediatamente com esse comportamento. Talvez você tenha crescido dentro de uma cultura familiar violenta. Talvez em sua família o abuso verbal, emocional ou físico fosse algo normal. Queremos que você saiba que essa nunca é uma maneira saudável de resolver os conflitos. O aconselhamento cristão pode lhe dar as ferramentas necessárias para resolver os desafios de sua vida pessoal e familiar de forma saudável. Muitas igrejas oferecem pequenos grupos de estudo sobre esses temas. Jamais sinta vergonha de procurar ajuda profissional e espiritual. E isso vale tanto para maridos quanto esposas: se seu cônjuge se sente inseguro com relação a você, saia de perto dele e trabalhe para recuperar essa confiança. Não tente forçar uma conversa em qualquer ambiente onde ele ou ela se sinta em risco. Se fizer isso, as coisas só irão piorar, e você provavelmente fará algo que lamentará mais tarde. Dia 2 A Ofensa Perdoar é libertar um prisioneiro e descobrir que o prisioneiro era você. Lewis B. Smedes A primeira coisa que precisa ser retirada do convés do seu casamento é a ofensa. Pelo fato de a ofensa ser tão tóxica, passaremos grande parte deste capítulo discutindo esse único tema. A recusa em perdoar rouba nossa liberdade e impede a paixão. Ao agir assim você alimenta o desejo de vingança, em uma busca interminável na qual sua única companheira é a infelicidade. O ato de perdoar é um ato de libertação tanto para o ofensor quanto para o ofendido. Muitos acreditam que o perdão deve ser retido até obtermos uma reparação adequada. Quantos de nós já dissemos: “Só vou perdoar quando vir alguma mudança”? Mas no Reino de Deus, o perdão não é opcional. Ele é o único modo de vida. Quanto mais perdoamos, mais nos tornamos como nosso Pai celestial. Se quisermos ser agentes da Sua grandeza, precisamos abraçar o poder do perdão. Paulo nos ordenou: Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13 Isso costuma ser difícil de engolir. É uma ordem, não uma sugestão. E não existem condições ou exceções. Deus nos diz para perdoar qualquer um que nos ofenda. Fim de papo. Costumamos tolerar e criar justificativas para nossos próprios erros, e esperamos que os outros façam o mesmo. No entanto, achamos muito mais difícil perdoar os erros dos outros, principalmente os dos nossos cônjuges. Mas qualquer pessoa que seja incapaz de perdoar se esqueceu do que lhe foi perdoado. Muitos de nós nos sentimos cheios de justiça própria e nos esquecemos de que todos nós merecíamos passar a eternidade no inferno. Nossa ofensa a Deus foi tão grave que Ele teve de sacrificar o Seu único Filho para reverter seus efeitos. Cristo declarou Seu perdão na Cruz, quando a amargura teria sido uma escolha muito mais fácil. Ele nos perdoou antes que o nosso comportamento fosse digno do Seu perdão, e nós devemos fazer o mesmo pelos outros. Provavelmente não temos de convencer você de que seu cônjuge não é perfeito. Ninguém é! Mas os erros geram oportunidades para estendermos a graça de Deus a outros. Nossa disposição de perdoar é uma das maiores evidências de que Cristo habita em nós. Liberando as Mágoas Quando nos casamos, eu (Lisa) estava entre aqueles que costumam dizer: “Só vou perdoálo quando você mudar”. Até que John mudasse seu comportamento, minha lista de queixas contra ele continuaria a crescer. Eu pensava que reter o perdão o motivaria a se transformar, mas isso apenas fazia com que ele se sentisse condenado, desesperançado e impotente. Tudo mudou quando Deus me mostrou a maneira como Ele perdoa. O perdão Dele não é uma recompensa pela nossa mudança de comportamento. É um voto de confiança. Quando Deus renovou minha compreensão do perdão, Ele substituiu as palavras da minha boca por outras que refletiam o coração Dele: “Eu creio que você deseja mudar, e eu o perdoo”. Naquela época, eu não entendia o quanto era importante perdoar John. Mais tarde entendi que a amargura que eu guardava contra meu marido estava guerreando contra sua capacidade de mudar, pois Jesus disse: Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados. João 20:23 Durante séculos esse versículo foi mal empregado e distorcido, tornando-se uma ferramenta para propagar o medo e a opressão. Essa não era a intenção de Jesus. Quando estudamos Seu ministério como um todo, podemos entender o propósito e o significado dessas palavras. Jesus, mais do que qualquer outro, entende o poder do perdão, pois Ele reconciliou o irreconciliável por meio dele. Lembre-se de que, de acordo com 2 Coríntios 5:17-20, nós somos os ministros da reconciliação por intermédio de quem Deus faz Seu apelo ao mundo. Devemos afirmar e estender o perdão oferecido em Cristo. Quando escolhemos em vez disso guardar mágoa, deixamos de declarar a esperança de Deus e passamos a concordar com aquele chamado de “o acusador dos nossos irmãos”. Proferimos condenação contra aqueles a quem Deus quer oferecer um novo começo. Em seu comentário sobre as palavras de Jesus, G. L. Borchert afirma o seguinte: “É preciso haver um reconhecimento do papel significativo que as declarações de perdão podem ter na libertação das pessoas e em ajudá-las a colocar de lado seus pecados passados e sentimento de culpa, bem como chamar a atenção delas para a alegria de viver com o Cristo ressuscitado sob a direção do Espírito Santo”.4 O perdão é um ato divino. Nenhuma outra virtude requer tão grande sacrifício do eu. Ele é uma escolha consciente pela vulnerabilidade em vez da vingança. Mas no sacrifício do eu encontramos o abraço de Deus. Escolhendo o perdão, nos recusamos a enaltecer nossos sentimentos e em vez disso nos submetemos à verdade de Deus. E perdoando nossos cônjuges, criamos a oportunidade para eles reconhecerem e receberem o convite de Deus para serem remodelados pela Sua graça. Quando vamos a Deus em arrependimento, a resposta Dele não é: “Eu sou Deus, e sei que você vai fazer a mesma coisa de novo daqui a duas semanas”. Ele simplesmente diz: “Eu perdoo você”, e nos oferece a capacitação para mudar. Deus não declara fracasso sobre o nosso futuro; Ele declara esperança e promessa sobre cada dificuldade. Vamos fazer o mesmo uns pelos outros. Abrindo Seu Espírito A ofensa faz com que fechemos o nosso espírito. Em nossos esforços para não sermos feridos novamente, construímos muros ao redor do nosso coração. Talvez achemos que esses muros nos protegem, mas na verdade eles nos impedem de receber e dar o amor de Cristo. Sem o amor Dele, nossas vidas estarão destituídas de propósito e poder. Nosso objetivo será a autopreservação e nossos atos serão cheios de egoísmo. Finalmente, nossos corações se tornarão como pedra e nossas vidas serão marcadas pela indiferença para com os outros. Isso é a antítese da mensagem do Evangelho. Você já deve ter ouvido falar no Mar da Galileia e no Mar Morto. Eles são duas das maiores e mais conhecidas extensões de água de Israel. O Mar da Galileia recebe água do norte e a libera para o sul. Esse fluxo constante torna o Mar da Galileia um ambiente propício para a vida, e diversos habitantes aquáticos florescem nas suas profundezas. O Mar Morto, em contrapartida, só recebe água. Tudo que ele recebe, ele retém. Por não ter saída, nada além de pequenas bactérias ou fungos podem sobreviver no ecossistema salgado do Mar Morto – daí seu nome. Quando retemos a ofensa, nos tornamos como o Mar Morto. Nosso espírito fechado faz com que nosso casamento se torne um ambiente onde nada bom pode florescer ou mesmo sobreviver. Por meio do perdão, reabrimos nossos corações para que o poder de Deus possa fluir em nós e através de nós. A recusa em dar e receber perdão leva inevitavelmente ao envenenamento da alma. Não somos autossuficientes. Só o nosso Deus é. Nossa vitalidade requer uma troca harmoniosa com aqueles com quem vivemos; precisamos dar e receber liberalmente. Os Limites do Perdão Você deve estar pensando: Sinto que meu cônjuge precisa constantemente ser perdoado. Meu perdão não é uma fonte inesgotável. Deve haver um limite! Os discípulos pensavam do mesmo modo: Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18:21-22 Quando Pedro fez essa pergunta, ele estava tentando ser o mais magnânimo possível. Pedro cresceu sob a Lei, que dizia: “Não tenham piedade. Exijam vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Dt 19:21). Assim, quando Pedro se ofereceu para perdoar até sete vezes, ele esperava que Jesus dissesse: “Sim, Pedro, você entendeu!” Sabemos, por outra passagem do Novo Testamento, que a oferta de Pedro de sete perdões se referia ao número de vezes que ele achava que precisava perdoar alguém em um dia (ver Lucas 17:3-4). Assim, a resposta de Jesus – perdoar “setenta vezes sete” – não foi meramente uma ordem segundo a qual se deveria perdoar o suficiente para cobrir uma vida inteira de ofensas. Jesus estava comunicando a Pedro que o perdão deveria ser dado sem medida. Para alguém pecar da maneira como Jesus descreveu, teria de cometer 490 ofensas em um dia! Para pecar tão intensamente, seu cônjuge teria de ofender você a cada três minutos – se nenhum dos dois fosse dormir. Isso é pecar muito, mais do que qualquer um provavelmente conseguirá. Mas ainda que seu cônjuge pudesse pecar contra você mais de 490 vezes em um dia, isso não significa que você pode parar de perdoá-lo depois da ofensa número 490. Na Bíblia, o número sete simboliza a totalidade, especificamente entre a Terra e o Céu. Jesus usou o número 490, um múltiplo de sete, para transmitir a ideia de que devemos perdoar completamente, seguindo o padrão do nosso Pai celestial. Perdoar generosamente só é possível porque fomos restaurados para Deus por intermédio de Cristo. Nele, há harmonia entre o Pai e Seus filhos. Portanto, somos capacitados a perdoar porque somos novas criaturas com novos corações. Nossos corações receberam liberalmente o Seu perdão e, para permanecermos espiritualmente saudáveis, precisamos oferecer perdão liberalmente a outros. Sabemos que Jesus quer que nossa capacidade de perdoar seja inesgotável porque depois da Sua conversa com Pedro, Ele contou uma parábola sobre um rei que perdoou e um servo que se recusou a perdoar, concluindo com esta explicação: Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores até que pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará Meu Pai celestial se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão.” Mateus 18:34-35 Não receberemos perdão se nos recusarmos a perdoar. Não há exceções. Por que é tão importante para Deus perdoarmos? Porque no perdão descobrimos e imitamos a Sua natureza. Transcendemos os limites da indignidade humana que nos é inerente e nos conformamos à semelhança do nosso Pai. Por intermédio do perdão de Deus somos curados e somos convidados – e até encarregados – de estender Sua cura àqueles a quem perdoamos. Se seu cônjuge pede perdão frequentemente, então Deus abençoou você com a oportunidade de ser um agente do Seu poder que cura. Para obter maiores detalhes sobre o tema da ofensa, veja o livro de John A Isca de Satanás. Dia 3 A Briga: A História de John Houve um tempo no nosso casamento em que ficamos magoados um com o outro por cerca de dezoito meses seguidos. A mesma discussão vinha à tona repetidas vezes. Chegávamos até a implicar sutilmente um com o outro na frente dos nossos filhos. Os mais velhos percebiam o que estava acontecendo, e faziam comentários do tipo “Vocês podem fazer o favor de não falar sobre isso durante o jantar?” Nossa dor e desunião eram uma fonte de tensão constante em nosso lar, e estavam corroendo nosso casamento e nossa família. Uma noite, depois de trocarmos acusações como de costume, eu (John) saí de casa como um furacão. Estava furioso com Lisa e imediatamente comecei a reclamar com Deus. Eu lamentava as imperfeições de Lisa e sua falta de visão. Tinha a sensação de que Deus havia me prendido a uma esposa que não me dava apoio e que era desnecessariamente crítica. Eu me perguntava se podia continuar vivendo com uma esposa assim. Nunca me esquecerei de como Deus respondeu. O Espírito Santo não me disse uma palavra sobre o quanto Ele lamentava por mim, nem tratou da dor que eu estava sentindo. Em vez disso, Ele simplesmente sussurrou: “Filho, quero que pense em algo que você aprecia em Lisa e depois Me agradeça por isso”. Levei algum tempo para responder, mas finalmente resmunguei: “Ela é uma boa mãe”. Enquanto as palavras escapavam da minha boca, senti como um sopro de vida em minha alma. Deus me impeliu a continuar. Eu disse: “Senhor, obrigado porque Lisa é uma ótima cozinheira”. Depois disse: “Obrigado porque ela é linda”. Mais palavras começaram a fluir, e eu continuei enumerando com gratidão as qualidades de Lisa sem parar, como uma metralhadora. A essa altura eu não estava mais irritado com ela; estava irritado comigo mesmo. Pensei: Você é um completo idiota! Sua esposa é maravilhosa, e você tem sido um estúpido com ela. O que há de errado com você? Fiquei dolorosamente ciente do quanto eu havia tratado Lisa de modo horrível. Ela era a esposa que eu havia escolhido e a mãe dos nossos filhos, uma absoluta bênção de Deus, e eu a havia tratado como uma inconveniência para o meu chamado. Quando saí de casa, Lisa estava extremamente aborrecida comigo e eu com ela. Mas agora eu só queria ir para casa e dizer o quanto era grato por ela. Enquanto corria para casa, pensei comigo mesmo: Posso não ser bem recebido, mas preciso dizer o quanto sou grato por ela. Quando cheguei em nossa casa, encontrei Lisa e exclamei: “Lisa, sinto muito! Tenho sido um estúpido. Por favor, perdoe-me. Você é uma mãe incrível e uma esposa excelente, você é o desejo do meu coração”. Contei a ela o que Deus havia trazido à minha lembrança e depois comecei a elogiá-la por todas as suas características, qualidades e dons magníficos. As palavras se derramavam do meu coração como um rio. Enquanto eu falava, Lisa abrandou-se e começou a chorar. Sem que eu soubesse, enquanto eu estava fora, ela havia orado: “Deus, se Tu trouxeres John de volta e ele me disser que sente muito, abrirei meu coração outra vez”. A Briga: A História de Lisa As coisas haviam ficado tão ruins durante aqueles dezoito meses que deixei de usar meu anel de casamento. Eu dizia a John que estávamos casados, mas não comprometidos, seja lá o que isso queira dizer. Comecei a acreditar que não amava mais o John. Minha recusa em perdoar havia feito meu coração se esfriar, e o nosso relacionamento corria um grande risco. Naquela época, John estava viajando muito, então comecei a gostar mais do tempo que ficava sozinha do que dos momentos que ele estava em casa. A vida é mais fácil quando ele não está, eu pensava. Ele em casa só serve para me enlouquecer, com toda aquelas brigas e tensão. Desesperada, comecei a clamar ao Senhor: “Deus, estamos em um impasse. John não está sendo nada bom comigo! Pai, sei que Tu deves estar zangado com o comportamento dele!” E eu continuava falando sem parar, expondo a minha causa diante do Pai quase que diariamente. Mas quando finalmente me calei, eu O ouvi dizer: — Lisa, diga-Me que Eu sou suficiente para você. A princípio fiquei um pouco assustada. Se eu dissesse que Deus era suficiente, isso significava que John não iria mudar? Devolvi as palavras: — Pai, Tu és suficiente para mim. Então me vi repetindo a pergunta: — Mas e quanto ao John? Novamente ouvi: — Diga-Me que Eu sou suficiente para você. — Tu és suficiente para mim.5 Aquelas palavras se tornaram meu refrão. Todas as vezes que o conflito ou a decepção surgiam, eu orava “Jesus, Tu és suficiente para mim”. Com o tempo, a revelação criou raízes em meu coração e minhas orações se transformaram. O que começou com uma confissão quebrantada (“Jesus, Tu és suficiente para mim”) se transformou em um transbordar de satisfação em Deus: “Jesus, Tu és mais do que suficiente para mim!” Pouco tempo depois, Deus havia feito a Sua obra nos nossos corações. John voltou para casa de uma viagem e fui apanhá-lo com satisfação no aeroporto (uma tarefa que eu havia permitido que outros realizassem durante os meses em que preferia que ele não voltasse para casa). Estava feliz em saudar meu marido, e descobri que ele havia me trazido um lindo presente. Aquele instante marcou um novo começo para o nosso casamento. É interessante que mesmo antes da mudança acontecer, Deus abriu o coração de cada um de nós por meio da gratidão. No casamento, se nos comprometermos em imitar o exemplo de Jesus, perdoando mesmo quando somos maltratados, veremos nossa união permanecer estável e até florescer. Sem que soubéssemos naquela época, um dos maiores exemplos que demos aos nossos filhos foi dizer um ao outro que sentíamos muito e depois perdoarmos um ao outro. Nossos filhos passaram a entender que somos habitantes imperfeitos habitando em um mundo imperfeito, mas o perdão perfeito de Deus em nossos corações pode cobrir uma multidão de pecados. Esses pecados, destinados a gerar o caos e destruir nossa união, na verdade acabaram se tornando lições de vida para nossos filhos do amor, da graça e do perdão de Deus. Vimos estas palavras de sabedoria se cumprirem em nossa família: Aquele que cobre uma ofensa promove amor... Provérbios 17:9 Se você opta por ficar preso à ofensa, todos perdem porque o amor vai morrendo aos poucos. Entretanto, quando você opta por perdoar, todos na sua família ganham porque o amor floresce. O Medo A próxima coisa a ser tratada no seu relacionamento é o medo. Durante os dez primeiros anos do nosso casamento, eu (Lisa) lutava contra o medo do abandono. Meu pai e meu primeiro pastor haviam deixado suas esposas por mulheres mais jovens. Por causa do que vivi, permiti que pensamentos de medo permanecessem em minha mente sem qualquer controle. Eles não gritavam; eles sussurravam: Mais cedo ou mais tarde, todos os homens partem. Não deixe que eles se aproximem demais. Assim não poderão decepcioná-la. Esse tipo de pensamento fazia com que eu até mesmo resistisse a pequenas demonstrações de afeto. Quando John me abraçava, não demorava muito e eu começava a dar tapinhas nele para poder me afastar. Um dia, depois de um de meus “tapinhas de afastamento”, John perguntou-me diretamente: — Será que só depois que formos velhos você vai perceber que nunca vou abandoná-la? Você vai esperar até termos setenta anos? Fiquei perplexa. — Vou esperar o tempo que for preciso — ele continuou — mas enquanto isso vamos perder muito tempo de diversão. Entendi que estava fazendo John pagar pelas decepções que eu havia tido com outros homens. Pensei: Por que John tem de pagar pelos erros deles? Isso não é justo. No esforço de me proteger, estou sabotando nosso relacionamento. Meu medo de perder John no futuro estava roubando de nós dois o nosso presente. Decidi então que eu preferia amar John completamente, mesmo correndo o risco de perdê-lo, a amá-lo pela metade e olhar para trás com remorso pelo que poderia ter vivido com ele. O medo e a desconfiança nos impedem de florescer no casamento, pois o medo se agarra tenazmente ao passado enquanto se recusa a crer que algo melhor pode surgir no futuro. Se quisermos que Deus faça algo novo em nosso casamento, precisamos escolher abandonar o medo e aceitar o que o amor poder vir a projetar para o nosso futuro. A expectativa do medo é o fracasso, ao passo que o amor definitivamente nunca falha. O medo é uma força espiritual que se opõe diretamente ao amor e à proteção de Deus em nossas vidas. Ele é o oposto do amor, porque tanto o amor quanto o medo atuam tendo como base a crença no desconhecido. O amor nos desafia a duvidar do que vemos e a crer no que não podemos ver. O medo nos impulsiona a crer no que vemos e a duvidar do que não vemos. Quando nos deparamos com o medo do fracasso ou com a esperança do amor, podemos escolher crer em um ou no outro, mas não em ambos. O medo desaloja o amor; o amor lança fora o medo.6 ... No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor. 1 João 4:18-19, AA A capacidade transformadora do amor é maior que a capacidade que o medo tem de nos enlaçar. O amor perfeito que lança fora o medo só é encontrado na experiência do amor de Deus. Através do poder do Seu amor, podemos abandonar a preocupação com nós mesmos, porque sabemos que Deus cuidará fielmente das nossas necessidades. Mas se não passamos tempo na presença de Deus, não podemos ter um conhecimento íntimo da Sua natureza amorosa; pois Sua fidelidade se manifesta na Sua presença. Sem conhecimento da verdadeira natureza de Deus, viveremos com medo constante de sermos abandonados por Ele ou por nossos cônjuges, o que é uma forma deturpada de castigo. À medida que nos tornamos cada vez mais seguros no amor de Deus por nós, podemos ser livres do medo e oferecer um amor altruísta aos nossos cônjuges. A Palavra de Deus diz: Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 1 João 4:7-8 A fortaleza do medo é o que faz com que digamos: “Se meu cônjuge algum dia me trair, nunca o perdoarei”. Essas promessas, cujo propósito é nos proteger no futuro, impedemnos de abraçar o poder do amor de Deus hoje. Precisamos aprender a confiar em Deus para cuidar do nosso coração, ainda que um cônjuge nos rejeite, fira ou traia. Deus nos pediu para entregarmos nossos temores a Ele. A recusa em fazer isso diz a Deus que não acreditamos que Ele é capaz de dirigir nossas vidas. Não podemos nos submeter ao senhorio de Jesus sem entregarmos nossos medos a Ele. Dia 4 Maldições Familiares No início do nosso casamento, sabíamos que Deus queria fazer algo novo em nós e em nossos filhos. Era evidente que havia fortalezas que envolviam a vida de nossos pais e avós: coisas como o alcoolismo, a imoralidade e a feitiçaria haviam atormentado nossa linhagem familiar. Antes que pudéssemos receber um novo legado, tínhamos de confrontar as maldições que haviam atormentado nossas famílias por gerações. Essas coisas só podiam ser combatidas em oração e destruídas pela Palavra de Deus. As especificidades das maldições familiares são diferentes para cada casal, mas eis um exemplo. Em um capítulo anterior, mencionamos que nosso histórico familiar é muito diferente. Eu (Lisa) estava preocupada em como a família de John reagiria à disfunção gritante na minha família. No nosso jantar de noivado, meu pai estava embriagado e flertou desavergonhadamente com a mãe de John – bem na frente do marido dela! Seus atos estavam focados em ferir minha mãe e não em qualquer intenção real para com a mãe de John. Mais tarde, a mãe de John expressou sua profunda preocupação de que nosso casamento seria a primeira vez em que alguém com um histórico de divórcio na família se uniria ao seu clã puro. Ouvi-a comentar com alguém: “Nunca tivemos divórcios na nossa família antes”. Pensei: É assim que ela me vê? Será que vou estragar esta linhagem? Saí do jantar sentindo tanto a dor da minha mãe quanto minha própria vergonha profunda. Era como se houvesse balanças capazes de medir o “bem” e o “mal” da contribuição familiar, o bem estava drasticamente pendendo em favor de John. Eu estava trazendo todo o mal: adultério, divórcio e vícios estavam entre os problemas da minha linhagem familiar. A reviravolta veio quando percebi que Deus não estava preocupado com o bem de John ou com o meu mal. Ele queria uma linhagem santa. Ouça, ó filha, considere e incline os seus ouvidos: Esqueça o seu povo e a casa paterna. O rei foi cativado pela sua beleza; honre-o, pois ele é o seu senhor... Os teus filhos ocuparão o trono dos teus pais; por toda a Terra os farás príncipes. Perpetuarei a tua lembrança por todas as gerações; por isso as nações te louvarão para todo o sempre. Salmos 45:10-11, 16-17 Esta passagem é primeiramente uma descrição de Jesus e da Sua Noiva, mas Deus usou-a para pintar uma imagem de Sua promessa para a minha vida, uma promessa que não era limitada pelos erros cometidos por minha família no passado. Quando li as palavras “Ouça, ó filha”, algo em mim se tornou vivo. Deus estava falando comigo como Sua filha! Naquele instante, uma nova compreensão da minha identidade em Cristo foi revelada. Rejeitei as fortalezas do meu passado e abracei uma nova esperança para o futuro da minha família. Percebi que em vez de serem parecidos com meu pai natural (um homem adúltero, alcoólatra e profundamente destruído), meus filhos herdariam não apenas as características do seu pai terreno (um homem de Deus), mas herdariam ainda mais as características do seu Senhor. Firmei-me na promessa de que meus filhos se tornariam príncipes do Altíssimo. Ao tratarmos das maldições de nossas famílias, vimos a Palavra de Deus se provar verdadeira. Nossa família floresceu nas promessas que Deus estabeleceu sobre nossas vidas durante aqueles momentos de oração e declaração. Oração para Quebrar as Maldições Familiares Gálatas 3:13 diz: “Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando Se tornou maldição em nosso lugar...”. Sejam quais forem as maldições que seguiram sua família através das gerações, em Cristo, você não está mais sujeito a elas. Se você está ciente das maldições presentes em sua linhagem familiar, queremos posicioná-lo a quebrar o que tem limitado e definido seu legado. Esta oração o ajudará a lidar com as fortalezas de satanás com a espada da Palavra de Deus. A libertação das maldições familiares não acontece por acaso; você precisa identificar e atacar os estratagemas de satanás. O alvo dele é impedi-lo de desfrutar a alegria, a paz e a realização que Deus colocou diante de você. Mas por meio da autoridade que agora possui em Cristo, você pode ver seu inimigo ser vencido. Por favor, separe um momento para fazer uma pausa e ficar a sós antes de prosseguir com esta oração. Se pretende orar agora mesmo, certifique-se de estar sozinho ou apenas com seu cônjuge ou com um amigo próximo ou parceiro de oração. Este é um tempo pessoal e privado, e você precisará fazer suas petições e renúncias em voz alta, bem como dizer suas respostas. A oração a seguir trata de algumas das maldições específicas que ameaçaram nosso casamento e nossa família. Construímos esta oração combinando versículos, pois a Palavra é a afiada e poderosa Espada de dois gumes do Espírito. Se existem problemas na sua linhagem familiar que não estão incluídos nesta oração, nós o encorajamos a encontrar versículos que tratem desses problemas com a verdade e a promessa de Deus. Crie uma declaração ousada em concordância com a Palavra de Deus e quebre as maldições de sua vida com o poder do nome de Jesus. Incluímos referências para seu estudo posterior no fim da oração. Querido Pai celestial, Venho diante de Ti em nome do Teu precioso Filho, Jesus. Entro nas Tuas portas com ações de graças e nos Teus átrios com louvor. Estou maravilhado com Tua graciosa misericórdia e amor por mim, e Te agradeço antecipadamente pela obra poderosa de redenção que realizaste em minha vida. Agora pretendo fazer uma aliança com o Senhor, o Deus de Israel. Tu és o Senhor, o Deus do Céu e da Terra, o Deus grande e tremendo, que guarda a Sua aliança de amor com aqueles que O amam e obedecem aos Seus mandamentos. Estejam Teus ouvidos atentos e Teus olhos abertos para ouvir a oração do Teu servo. Confesso os meus pecados e os pecados da casa de meu pai, toda transgressão que cometemos contra Ti. Perdoa-nos, pois agimos maliciosamente contra Ti. Mas Tu, Senhor, nosso Deus, és misericordioso e perdoador, embora tenhamos nos rebelado contra Ti e não tenhamos obedecido ao Senhor nosso Deus nem guardado as leis que Ele nos deu através dos Seus servos, os profetas. Nós Te pedimos para circuncidar os nossos corações e retirares o pecado, a vergonha e a acusação do nosso passado. Confesso e renuncio ao meu pecado e aos pecados de meus antepassados, a todo e qualquer envolvimento com o ocultismo, a feitiçaria ou a adivinhação. (Faça uma pausa aqui, e mantenha-se sensível para acrescentar qualquer coisa que o Espírito Santo traga à sua atenção, para fazer renúncias específicas antes de continuar. Isso pode incluir, mas com certeza não está limitado a, astrologia, sessões espíritas, filmes, jogos e livros de terror, etc.). Renuncio ao meu envolvimento com essas coisas e quebro a maldição delas da minha vida e das vidas de meus filhos, dos filhos deles, e dos filhos de seus filhos. Confesso e renuncio ao meu pecado e/ou aos pecados de meus antepassados na área das drogas e do abuso de álcool. Pai, fecha qualquer porta que isso possa ter aberto na dimensão espiritual para o pecado, o cativeiro ou a opressão. Renuncio ao meu envolvimento com (cite as drogas especificamente pelo nome, se for o caso), e quebro o poder da maldição delas sobre minha vida e sobre a vida de meus filhos, dos filhos deles, e dos filhos de seus filhos. Em nome de Jesus, amém. Continuaremos a edificar sobre esse princípio tratando das maldições e das amarras da alma relacionadas ao pecado sexual em um capítulo posterior. Por causa da irrevogabilidade da vitória de Jesus na Cruz, você está livre dessas maldições. Você não precisa temê-las nem se preocupar com a possibilidade desses pecados seguirem você ou seus filhos. Você estabeleceu um novo legado para sua família hoje. Para maiores estudos, veja: Salmos 100:4; 2 Crônicas 29:10-11; Neemias 1:5-7; Daniel 9:8-10; Josué 5:9; Mateus 10:34; Hebreus 4:12; 2 Crônicas 29:5-6.7 Dia 5 Sogros Controladores Problemas com sogros controladores são mais comum entre recém-casados, mas com certeza podem ser um fator que se estende além dos primeiros anos de casamento. Quando enfrentamos conflitos entre nosso cônjuge e nossas famílias, é natural querer defender os pais (ou outros parentes) a quem conhecemos por toda a vida. Todos nós deveríamos ter um grande amor e respeito pelos nossos pais. Mas embora você possa frequentemente aceitar de bom grado o conselho de seus pais, uma vez que tenha se casado, sua obrigação principal é para com o seu cônjuge. Antes de nosso filho mais velho se casar, eu (John) disse a ele: “Addison, não vou lhe dizer o que fazer em nenhuma área a não ser que você peça meu conselho. Não vou mais tomar a iniciativa de direcionar sua vida. Você está estabelecendo sua própria família, e quero lhe dar espaço para aprender e crescer”. Addison expressou sua gratidão por essa postura e me consulta sempre que deseja o meu conselho. Meu desejo não é controlar meu filho ou moldá-lo, transformando-o em um clone meu. Quero que Addison se torne tudo o que Deus o criou para ser – e meu excesso de envolvimento em seu casamento poderia impedi-lo de assumir seu papel como líder do próprio lar. (Francamente, tenho ficado impressionado com o que ele tem feito com a sua família. É muito melhor do que eu consegui realizar quando tinha a idade dele!) A Bíblia é clara: ... O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. Gênesis 2:24, grifo do autor Deixar seu pai e sua mãe desse modo significa deixar a autoridade da casa de seus pais. Também significa que você deixa qualquer influência pouco saudável que seus pais possam ter sobre você. É importante honrar seus pais, mas você pode honrá-los sem obedecer a eles. Você formou uma nova família com uma nova hierarquia. Seus pais não são mais as suas figuras de autoridade, de modo que eles não devem dirigir sua vida ou seu casamento. Talvez você tenha de lidar com sogros que tentam se envolver demais no seu casamento. No início do nosso casamento, um de nossos sogros tentou nos manipular e gerar divisão na nossa união. O envolvimento dela estava se tornando destrutivo, e nossas tentativas sutis de tratar do problema não estavam adiantando. Finalmente, nos encontramos com essa pessoa (a quem ambos honramos e amamos) e expressamos nossa posição claramente. Eu (John) disse: “Você não vai se envolver na maneira como minha casa é conduzida. Este é um lar totalmente novo. Nós honramos você, mas você não vai controlar as decisões nesta casa. Você não vai nos manipular nem conseguir que as coisas sejam do seu jeito”. Tive de usar palavras fortes porque as abordagens mais indiretas haviam falhado. Felizmente, esse parente entendeu o que estava acontecendo, e agora ela ocupa um lugar apropriado e saudável no nosso relacionamento. Como casais, devemos proteger nossa união contra toda forma de ataque, inclusive dos membros de nossa família. Geralmente esses ataques não são maliciosos e podem parecer inofensivos. Eles frequentemente assumem a forma de pequenas piadas depreciativas, mas essas observações sutis são sempre destrutivas. Quando realizo cerimônias de casamento, olho para todos os amigos e para a família que está presente e digo: “Ai de vocês que falarem contra esta união. Esta é uma união ordenada por Deus. Não ousem tentar manipulá-la ou separá-la. Declarem apenas vida sobre o que Deus estabeleceu hoje”. Quando Addison se casou, decidimos deliberadamente não fazer com que ele escolhesse entre sua esposa Juli e nós. A verdade é que ele fez sua escolha no dia em que se casou com Juli, e ficamos muito felizes com sua decisão! Nesse contexto da dinâmica familiar, o amor nunca faz as pessoas escolherem. O amor apoia e constrói pontes entre os relacionamentos antigos e os novos. Amamos Juli e sentimos que ela é muito mais uma filha que uma nora. Essa proximidade só é possível porque respeitamos sua nova família e permitimos que ela e Addison escrevam sua própria história. Expectativas Não Realistas Expectativas não realistas estão entre os motivos para o divórcio mais citados nos Estados Unidos.8 Muitos de nós entramos no casamento esperando felicidade eterna, sexo ininterrupto e um relacionamento tranquilo. Não esperamos que o casamento exponha fiel e irredutivelmente nosso egoísmo e nossas inseguranças, nem prevemos as fraquezas e falhas que encontraremos em nossos cônjuges. Nossas expectativas equivocadas podem se tornar uma fonte de amargura e descontentamento, o que invariavelmente nos impedirá de construir uniões segundo o coração de Deus. Expectativas não realistas são frequentemente alimentadas por comparações feitas de maneira tola. Estamos impregnados de uma cultura guiada pelo entretenimento. Portanto, estamos constantemente tendo oportunidades de comparar nossos casamentos com aqueles que são retratados nas telas. O cinema e a televisão nos oferecem amor sem trabalho, beleza sem sacrifício e confiança sem risco. Eles enfatizam o aspecto romântico do relacionamento sem retratar os momentos menos “hollywoodianos” da vida. Se já está casado há algum tempo, você percebeu que o casamento é feito de mais do que encontros românticos, compatibilidade perfeita e dias livres de responsabilidade. Casamento é trabalho árduo, e em geral ele é caótico. Só porque seu casamento é difícil isso não significa que você não deveria estar casado. Os desafios do casamento são bons porque eles o levam a dar mais de si. Eles refinam seu caráter e o tornam mais capaz. Esse relacionamento tem a ver com grandeza, lembra-se? Todos amam a ideia de crescer e amadurecer, até que passam por uma situação que exija amadurecimento. A questão das expectativas não realistas não tem a ver apenas com a maneira como a mídia retrata o casamento. Também cometemos o erro de comparar nossos casamentos com os de nossos amigos ou vizinhos. Essa é uma péssima ideia. Não há como sabermos o que se passa por trás dos bastidores do relacionamento dessas pessoas. Tudo pode parecer excelente, mas eles podem estar destruindo um ao outro por trás das portas fechadas. Também é tentador comparar as diferentes fases dentro do nosso relacionamento. Podemos comparar o momento atual – com filhos, fraldas e pouco tempo livre – a como nosso relacionamento era antes de termos filhos. Logicamente, isso não faz sentido algum. Não há como a sua vida ficar exatamente a mesma depois de você ter filhos. Criar filhos envolve muito menos liberdade e muito mais responsabilidade. Ter filhos muda a sua vida de forma inerente, portanto seu relacionamento matrimonial também será diferente. Sabemos que isso não é muito difícil de entender, mas quantas vezes nos vemos fazendo comparações tolas que diminuem ou sugam a alegria e a realização que estão à nossa disposição no presente? Theodore Roosevelt disse: “A comparação é o ladrão da alegria”. Se quiser encontrar alegria no seu casamento, você precisa parar de comparar seu relacionamento com outros que parecem ser melhores, quer sejam eles os relacionamentos dos seus vizinhos ou os que são retratados em uma tela. Você nunca encontrará alegria na comparação. A alegria não é mesquinha, portanto, não pode ser obtida através da mesquinharia. Ela transcende as circunstâncias, não está confinada aos sentimentos e encontra sua força em uma consciência do quadro maior – a totalidade do plano de Deus para a sua vida. A alegria é um fruto do Espírito (ver Gálatas 5:22-23), o que significa que ela é recebida de Deus e não das circunstâncias. Ela não pode ser gerada pela vontade humana. Embora a felicidade seja um sentimento afetado pelas lutas temporais, a alegria transcende as dificuldades. Ela se origina na esperança inspirada pela nossa posição em Cristo. Se nos falta alegria em Deus, nos faltará a força que precisamos para viver bem o casamento, porque a alegria Dele é a nossa força (ver Neemias 8:10). Paulo ecoou esse sentimento nas suas palavras à igreja de Filipos: Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus. Filipenses 4:4-7 Quando você estiver ansioso por causa do seu relacionamento, leve os seus pedidos a Deus com alegres ações de graças. Ele prometeu trocar as suas preocupações pela paz Dele. Essa é uma boa troca! Expectativas não realistas roubarão sua alegria e, portanto, roubarão de você a força necessária para seu casamento. Não caia nessa armadilha. Identifique quaisquer expectativas que tenham criado fortalezas no seu relacionamento e arrependa-se por permitir que elas tenham precedência sobre a verdade da Palavra de Deus e o Seu plano único para a sua vida. Agora é a Sua Vez Por favor, dedique algum tempo para conversar com seu cônjuge sobre o conteúdo deste capítulo. Peça ao Espírito Santo para guiar vocês enquanto anotam o que precisa ser eliminado do seu casamento. Algumas das alterações necessárias serão ajustes de atitude e mudanças de comportamento, que Deus os capacitará a fazer pelo poder da Sua graça. Outras, como as maldições hereditárias, devem ser confrontadas em oração. Não desanime se você descobrir que suas listas de alterações necessárias têm diversas páginas. Esse exercício não tem a ver com o quanto há de “errado” no presente, nem tem a ver com qual dos cônjuges tem mais problemas. Ele tem a ver com as coisas magníficas que podem ser geradas no seu futuro. Tratando desses problemas agora, vocês estão posicionando sua família para escrever uma história brilhante, um legado do Céu revelado na Terra. Queremos que vocês limpem o convés, para poder seguir em frente livres de tudo que poderia impedi-los de receber todo o bem que Deus tem para vocês. Nós construímos a oração abaixo para ajudá-los a começar a andar nesse caminho. Que este seja um momento sagrado. Pai, nós Te agradecemos por nos oferecer um novo começo e um novo legado. Ao fazermos um registro das coisas que precisam ser eliminadas do nosso relacionamento, oramos para que uma atmosfera celestial nos cerque. Nós Te pedimos, Espírito Santo, para nos conduzir e nos instruir. Oramos para que os anjos de Deus acampem ao nosso redor, prontos para executar vingança sobre o inimigo que tem devastado nossas famílias de geração em geração. Oramos por grande graça que nos capacite a perdoar e gere transformação. Oramos pela renovação das nossas mentes de acordo com a Tua Palavra. Pedimos pela revelação do Teu amor que lança fora todo o medo. Pedimos restauração da confiança e purificação dos relacionamentos. Oramos para que Tu tragas unidade onde tem havido divisão. Pedimos que Tu nos inspires a sonhar de acordo com as Tuas promessas, e não de acordo com qualquer expectativa ímpia. Declaramos libertação em nossa família. Declaramos libertação no nosso casamento e em nossas vidas individualmente, em nome de Jesus Cristo. Declaramos que o Reino de Deus habita dentro de nós. A vontade de Deus será feita no nosso casamento e no nosso lar, assim na Terra como no Céu. No nome poderoso de Jesus, amém. Devocional do Dia 1 AUTOEXAME FAMILIAR Testem-se para saber se estão firmes na fé. Não se enganem, pensando que tudo está garantido. Criem o hábito do autoexame. Vocês precisam de evidências de primeira mão, e não apenas de ouvir dizer que Jesus Cristo está em vocês. Façam o teste. Se o resultado não for bom, tomem alguma providência. – 2 Coríntios 13:5, A Mensagem Para seguir em frente, às vezes é útil olhar para trás e entender como você chegou onde está. Este autoexame familiar os ajudará a avaliar e lidar com o entulho que precisa ser eliminado do convés do seu casamento. Pare, pense por alguns instantes e responda sinceramente. Pense na sua infância. Como você descreveria de maneira geral a atmosfera do seu lar? Exemplos: pacífica, caótica, amorosa, sem amor, aberta, fechada, generosa, mesquinha, cheia de medo, maravilhosa, calorosa e receptiva ou fria e hostil. Descreva brevemente o relacionamento entre seus pais como um todo (comunicação, afeto, amizade, etc.) Como seus pais lidaram com os desentendimentos e conflitos? Como eles trataram um ao outro? Quando você errava ou se comportava mal, como era corrigido? Depois da correção, você era lembrado do seu erro por algum tempo, ou era totalmente restaurado, recebendo demonstrações de amor? COMPLETE ESTAS FRASES: “As coisas de que eu mais gostava na minha infância e quero que estejam presentes no meu lar são...” “As coisas de que eu não gostava e não quero que se repitam no meu casamento e na minha família são...” Reveja suas respostas e compare-as ao seu casamento atual e à vida em seu lar. Que semelhanças você vê na atmosfera de seu lar, no seu relacionamento com seu cônjuge, na maneira como vocês lidam com os conflitos e no modo como disciplinam seus filhos? Há alguma relação? Com base nesse registro, o que você e seu parceiro precisam eliminar do convés do seu casamento? Compartilhe suas respostas com seu cônjuge. Orem e entreguem o que precisa ser eliminado pelo Espírito Santo. Devocional do Dia 2 SUPORTANDO “Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. – Colossenses 3:13 Você suporta os erros do seu cônjuge? Quando a Bíblia diz que devemos “suportar”, ela está falando de tolerar, de dar espaço ao outro para cometer erros – espaço para ele crescer à imagem de Deus por Sua graça. O fato é que todos nós precisamos de tolerância porque todos nós cometemos erros. Quando perdoamos, imitamos nosso Pai celestial, nos tornando canais da Sua graça que capacita nossos cônjuges para mudar. Nas palavras do escritor C. S. Lewis: Ser cristão significa perdoar o imperdoável, porque Deus perdoou o imperdoável em você. Isso é difícil. Talvez não seja tão difícil perdoar uma única ofensa. Mas perdoar as provocações incessantes do cotidiano – continuar perdoando a sogra mandona, o marido grosseiro, a esposa ranzinza, a filha egoísta, o filho desonesto – como podemos fazer isso? Penso só poderemos fazer isso se lembrarmos de onde nos encontramos e mantermos a sinceridade quando oramos todas as noites: ‘Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos ofenderam’. O perdão não nos é oferecido em nenhuma outra condição. Recusar esse princípio significa recusar a misericórdia de Deus para nós mesmos. Não há sequer um indício de exceção e Deus fala sério.9 Em que áreas você precisa que seu cônjuge o suporte? Onde você precisa de espaço para cometer erros e desenvolver um caráter semelhante ao de Deus? Cite três áreas das quais você está ciente e nas quais está trabalhando. Cite três áreas nas quais seu cônjuge precisa ser suportado por você. Você está fazendo isso? Se não for o caso, por quê? O que Deus diz que acontecerá se você optar por se agarrar à ofensa contra o seu cônjuge? Leia atentamente Mateus 6:14-15; 18:21-35; Marcos 11:25 e escreva o que o Espírito Santo lhe revelar O perdão de Deus é ilimitado! Se você está tendo dificuldade em perdoar seu cônjuge, separe algum tempo e faça um retrospecto de sua vida. De que maneiras você ofendeu ao Senhor com seus pensamentos, palavras e atos? Ao recordar a profundidade do seu próprio pecado e a dor excruciante que Jesus sofreu para pagar por ele, o Espirito Santo abrandará o seu coração e lhe dará graça para perdoar. UMA ORAÇÃO DE ARREPENDIMENTO E LIBERTAÇÃO “Senhor, perdoa-me por me prender à ofensa contra o meu cônjuge. Não quero mais ficar lembrando os erros dele. Tu perdoas os meus pecados e nunca mais os trazes à tona. Dá-me o poder e o desejo de fazer o mesmo. Coloco meu cônjuge em Tuas mãos. Derrama Teu amor e graça em nossos corações. Ajuda-me a amá-lo e perdoálo genuinamente e a dar espaço para que ele cometa erros e cresça. Eu o abençoo com saúde, sabedoria, paz, alegria, amor, favor, confiança, revelação da Tua Palavra, e um relacionamento íntimo e tremendo contigo. Obrigado, Pai, por curar meu casamento. Em nome de Jesus, amém.” Permita que a natureza do Espírito Santo que é amorosa e pronta para perdoar opere dentro de você passando tempo na Sua presença e meditando atentamente em passagens como estas: 1 Coríntios 13; Romanos 5:5; Efésios 3:16-19; 1 Pedro 3:8-9. Devocional do Dia 3 É TUDO UMA QUESTÃO DE PERSPECTIVA Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. – Filipenses 4:8 Quando pensa acerca do seu cônjuge, em que você coloca seu foco? Se você pensar nos erros e falhas do seu cônjuge, os problemas do seu casamento se tornarão maiores. Por outro lado, se você escolher pensar nas coisas pelas quais pode ser grato, verá seu relacionamento sob uma perspectiva totalmente nova! Seu casamento, como tudo na vida, é uma questão de ponto de vista. A lente através da qual você vê seu parceiro afetará diretamente seu relacionamento. De modo geral, como você trata o seu parceiro? Reflita sobre o que você costuma expressar com suas palavras, atos e atitudes. Ore e peça ao Senhor para revelar a verdade acerca da forma como você trata seu cônjuge. O que Ele está lhe mostrando? O que Ele está pedindo que você mude com a ajuda Dele? Você quer ter uma nova perspectiva acerca do valor do seu cônjuge? Medite atentamente em Filipenses 4:8. Depois faça uma lista das dez principais coisas (características, qualidades, dons) dele ou dela pelas quais você pode agradecer a Deus. Continue a refletir sobre esse assunto e acrescente novos itens a esta lista durante os próximos trinta dias. Expresse também de maneira deliberada e sincera gratidão por essas qualidades ao seu cônjuge! O medo distorce nossa visão. Ele nos mantém focados no que parece haver de errado com nossos cônjuges, com nós mesmos e com nossa vida. De muitas formas, o medo é uma evidência falsa que parece ser real. Quais são seus maiores medos no que diz respeito ao seu relacionamento com seu cônjuge? Peça ao Senhor para revelá-los a você. Passe esses medos pelo filtro de Filipenses 4:8. Eles são verdadeiros, nobres ou corretos? Eles são puros e amáveis? Você pode louvar a Deus por eles? Qualquer coisa que deixe de passar nesse teste deve ser jogada fora e substituída pela verdade. Muitas vezes os medos que temos no presente nasceram das nossas decepções e feridas no passado. Com medo de ser feridos novamente, tentamos inconscientemente fazer com que nossos cônjuges paguem o preço pelos defeitos de nossos pais, de nossos namorados/namoradas anteriores, ou de nossos ex-cônjuges. Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, como esses medos se formaram? Em que eles se baseiam? Como posso confiar mais em Ti e vê-los serem erradicados da minha vida?” Aquiete-se e ouça. O que Ele está lhe revelando? Devocional do Dia 4 LIBERTAÇÃO DAS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS Cristo nos redimiu da maldição... quando se tornou maldição em nosso lugar... – Gálatas 3:13 Deus quer fazer uma coisa totalmente nova na sua família! Ele diz: “Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo” (Is 43:19). Como Joyce Meyer diz: Jesus veio para abrir as portas da prisão e libertar os cativos... Você pode ter tido um passado miserável, pode até estar atualmente em uma situação muito ruim e deprimente. Talvez esteja enfrentando situações tão ruins que parece não haver nenhum motivo real para se ter esperança. Mas eu lhe digo com ousadia, seu futuro não é determinado pelo seu passado ou pelo seu presente! Adote uma nova mentalidade. Creia que com Deus tudo é possível (Lc 18:27).10 Cristo pagou o preço para libertar você, seu cônjuge e seus filhos de toda maldição que tem estado oculta na sua linhagem. Tudo que você precisa fazer é tomar posse da vitória Dele. Fique tranquilo diante do Senhor e ore: “Espírito Santo, quais são as maldições devido a comportamentos contrários a Deus que estão atuando na minha descendência? Na descendência do meu cônjuge? Mostra-nos para que possamos tratá-las e ser verdadeiramente libertos”. Quando o Espírito Santo revelar as maldições, entregue-as a Ele. Consulte a oração que incluímos no capítulo e confie Nele para fazer uma reviravolta em sua vida. Às vezes, perpetuamos inconscientemente problemas que devastam nossas famílias fazendo votos (promessas) a nós mesmos. Quando os votos são pronunciados, muralhas são erguidas em torno do nosso coração. Esses votos pretendem nos proteger de mágoas posteriores, mas, em vez disso, eles nós aprisionam e causam ainda mais dor. E caiu na armadilha das palavras que você mesmo disse, está prisioneiro do que falou. – Provérbios 6:2 Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, eu fiz algum voto a mim mesmo? Se for o caso, qual?” Fique em silêncio e ouça. Arrependa-se de qualquer voto que Ele revelar e peça a Ele para libertá-lo de todos os medos, em nome de Jesus. Fazemos votos movidos pelo medo. Com medo de sermos magoados novamente, costumamos dizer coisas como: “Nunca permitirei que um homem/mulher faça... Se meu marido/minha mulher algum dia (me enganar, me bater, etc.), eu vou...” Se você pronunciou esse tipo de voto interiormente ou em voz alta, arrependa-se. Peça ao Senhor para ajudá-lo a confiar Nele para defender e proteger você. Nenhuma arma forjada contra você prevalecerá, e você refutará toda língua que a acusar. Esta é a herança dos servos do SENHOR... – Isaías 54:17, grifo do autor Por meio do seu relacionamento com Jesus, você é liberto de toda maldição e herda todas as bênçãos espirituais (ver Efésios 1:3). Leia atentamente estes versículos bíblicos e identifique algumas das bênçãos que estão à sua disposição em Cristo e à disposição de sua família: Mateus 11:28; 16:19, Lucas 10:19; 11:13; João 4:14; 7:38-39; 14:27; 15:11; 1 Coríntios 1:30; 2 Coríntios 5:21; 2 Pedro 1:3-4. O que mais o Espírito Santo está revelando nesses versículos? Devocional do Dia 5 ADMINISTRANDO AS EXPECTATIVAS ... Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. – Hebreus 13:5 Expectativa. “É uma convicção forte de que algo acontecerá ou ocorrerá no futuro.” 11 Quando temos expectativas em relação às pessoas, temos um sentimento ou convicção forte sobre o quanto elas serão boas e terão sucesso, especialmente no que tange ao nosso relacionamento com elas. Geralmente temos maiores expectativas com relação àqueles de quem somos mais próximos, principalmente nossos cônjuges. O escritor e conferencista Patrick M. Morley explica: Todos nós levamos expectativas para o casamento – expectativas diferentes e, muitas vezes, não realistas. Essas expectativas se baseiam (1) na nossa imagem do casamento e (2) nas nossas necessidades não atendidas. Cada um de nós tem uma imagem em nossa mente de como é o casamento ideal. Podemos ter construído essa imagem por causa de nossos pais – do que eles diziam e faziam, das histórias familiares de nossos ancestrais, dos pais de um amigo, através da televisão, da leitura de livros, das estrelas de cinema ou de um herói.12 As expectativas não realistas podem existir em qualquer área do seu casamento. Questões financeiras, comunicação, tarefas domésticas, criação de filhos, relacionamento com os amigos, sexo – seja o que for. Faça uma pausa e ore: “Senhor, tenho alguma expectativa não realista em meu casamento? Em caso positivo, quais são elas?” O que o Espírito Santo está lhe mostrando? Anote, juntamente com qualquer atitude que Ele o esteja direcionando a tomar. Como você pode transformar expectativas não realistas em expectativas realistas? Patrick Morley continua: “Precisamos aprender a dar sem esperar nada em troca. Precisamos aprender a comunicar nossas expectativas ao nosso cônjuge, e depois ouvirmos para ver se ele concorda que estamos sendo realistas”.13 Pergunte ao seu cônjuge: “Você acha que tenho alguma expectativa não realista com relação a você? Em caso positivo, quais?” Seja respeitoso e ouça sem interromper. Anote o que ele compartilhar. Se você tem expectativas não realistas com relação ao seu cônjuge, dedique tempo para se desculpar sinceramente por pressioná-lo. Ore e peça ao Senhor para levar cura ao seu casamento e para cultivar expectativas realistas em vocês dois. Em última instância, nossas expectativas devem estar em Deus e no que Ele promete na Sua Palavra. Ele é fiel e não falhará! Ore: “Senhor, estou tendo alguma expectativa com relação ao meu cônjuge de que ele supra necessidades que somente Tu podes suprir? Em caso positivo, por favor, mostra-me. Dá-me a graça para confiar em Ti para suprir essas necessidades”. Fique em silêncio e ouça. O que o Espírito Santo está lhe mostrando? PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | Os desentendimentos no casamento são inevitáveis, mas a maneira como lidamos com eles faz toda a diferença. Pense nisso. O marido e a mulher são duas pessoas diferentes no processo de se tornarem um. Cada um é inteiramente único. Consequentemente, cada cônjuge pensa, processa e expressa emoções de forma diferente. A maneira como os cônjuges veem uma situação, uma pessoa, uma oportunidade, etc., é diferente. Você já pensou nisso? Como a compreensão da singularidade do seu cônjuge o ajuda a valorizá-lo e a vê-lo sob uma perspectiva nova e positiva? 2 | Por meio de Cristo, o perdão está disponível a todos os que o pedirem. Mas e se você pedisse a Deus para perdoá-lo por alguma coisa e Ele dissesse: “Não sei se quero perdoá-lo. Você provavelmente vai fazer tudo de novo. Quero ver alguma mudança primeiro”? Como essa resposta faria você se sentir? Você já disse ou pensou isso quando seu cônjuge lhe pediu perdão? Como isso faria com que ele se sentisse? 3 | O perdão de Deus não é uma recompensa pela mudança de comportamento. É o voto de confiança Dele. Pare e pense: como o amor e o perdão incondicional de Deus o capacitam e o motivam a mudar? À luz disso, que atitude você deveria adotar para com o seu cônjuge com relação ao perdão? O que isso fará por ele? “O perdão é a única maneira de quebrar o ciclo da culpa – e da dor – em um relacionamento... Ele não resolve todas as questões relacionadas à culpa, à justiça e à retidão... Mas ele permite que os relacionamentos tenham um novo começo”. – Philip Yancey14 4 | O medo é uma força espiritual que está em oposição direta ao amor e à proteção de Deus em nossas vidas. Se não for identificado e tratado, o medo nos paralisará e nos impedirá de crescer até alcançar a grandeza do casamento. Maridos, quais são alguns dos medos que os homens enfrentam em seu relacionamento com suas esposas? Esposas, quais são alguns dos medos que as mulheres enfrentam em seu relacionamento com seus maridos? Que formas específicas vocês encontraram para superá-los? MEDOS QUE OS MARIDOS ENFRENTAM MEDOS QUE AS ESPOSAS ENFRENTAM 5 | Expectativas não realistas no casamento são um terreno fértil para a ofensa, a frustração e a decepção. O inimigo emprega ardilosamente o entretenimento e a mídia para gerar e alimentar uma visão nada prática de nossos cônjuges e para plantar sementes de insatisfação. Pare e pense. Como o cinema, a música, a televisão, os shows, as revistas, os livros e a internet afetam e infectam nossa perspectiva acerca do nosso cônjuge e do nosso casamento? Que passos práticos podemos dar para proteger nosso coração e nossa mente das expectativas não realistas? Líder: Compartilhe Filipenses 4:8 como um teste decisivo para as nossas escolhas com relação à mídia. Porque, como imagina em sua alma, assim ele é ... – Provérbios 23:7, ARA 6 | Você passou por situações difíceis com sogros controladores? Sem citar nomes, conte uma delas. Se você conseguiu superar o desafio, explique como Deus o ajudou a fazer isso. Se você ainda está lidando com isso, peça ao seu grupo para orar para que a graça de Deus o capacite a lidar com isso da maneira adequada. RESUMO DO CAPÍTULO: • Limpar o convés do seu casamento o posicionará para avançar em direção à grandeza que Deus tinha em mente para ele. • O perdão é um ato de liberação tanto para o ofensor quanto para o ofendido. Com a graça de Deus, podemos perdoar os outros livremente e sem medida e receber o perdão do Senhor. • Não podemos mudar nossos cônjuges; só Deus pode fazê-lo. Mas podemos trabalhar juntamente com Deus e permitir que Ele nos mude. • Uma atitude de gratidão para com seu cônjuge abrirá seu coração para amar, perdoar e estender a graça de Deus a ele, para que ele – e você – possa crescer e mudar. • Quando você escolhe perdoar, todos na sua família ganham porque o amor nos faz florescer. • Experimentar o amor de Deus expõe e expulsa o medo de nossas vidas. Permitir que o amor Dele trabalhe em nós e através de nós ajuda a destruir o medo do nosso cônjuge e cobre os nossos erros e falhas. • Antes que possa construir um novo legado, você precisa confrontar as maldições que devastaram a sua família. Por meio da obra completa de Cristo, toda maldição é exterminada! • Seja qual for o estado do seu casamento, Deus pode transformá-lo porque Ele está comprometido com isso. Nada é impossível com Ele! QUATRO Levante-se e Construa ... Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos. — Mateus 20:25-28 Dia 1 S ó existe um método eficaz para construir um casamento saudável. Para muitos de nós ele está escondido bem debaixo do nosso nariz. Precisamos advertir você de que esse método não é empolgante, e definitivamente não é fácil. Mas é a única maneira de captar toda a realização, o propósito e o amor que todos nós desejamos ter em nosso casamento. Você está preparado para o grande segredo? Aqui está: servir. A única maneira de construir o casamento dos seus sonhos é dedicar sua vida a servir o seu cônjuge. Por favor, resista ao desejo de fechar este livro ou de pular para o próximo capítulo. Sabemos que o conceito de servir não costuma despertar uma grande empolgação. É mais provável que ele inspire sentimentos de relutância ou até de pavor. Tendemos a recuar diante da ideia de estarmos sujeitos aos interesses, desejos ou preferências de outros. Porém, Jesus, o Filho de Deus e Rei dos reis, escolheu se tornar um servo em busca do que era melhor para nós. Fazer o que é melhor para nós se tornou Sua maior preocupação. Ele rejeitou o lugar de autoridade e privilégio que era Seu por direito para ser uma ponte sobre o abismo entre Deus e o homem. E agora que Ele abriu o caminho para nos reconciliar com Deus, Ele tem prazer em realizar nossos sonhos, desejos e alegrias mais profundos, capacitando-nos a viver uma vida extraordinária e a nos tornarmos semelhantes a Ele. Até mesmo quando entregou Sua própria vida, Jesus ofereceu tornar nossa vida abundante. Essa forma ilimitada e sem precedentes de serviço é o padrão segundo o qual devemos lidar com todos os relacionamentos, principalmente com nosso casamento. Agora que o convés foi limpo, você tem a oportunidade de construir o casamento dos seus sonhos. Mas a única maneira de realizar o seu sonho conjugal – aquele projeto de felicidade divinamente inspirado – é dar sua vida em troca disso. No Reino de Deus, você só mantém aquelas coisas das quais abre mão livremente. A alegria, o amor e a realização que deseja ter em seu casamento só podem se tornar realidade quando você sacrifica a busca dos seus maiores interesses em nome dos maiores interesses do seu cônjuge. Você já percebeu que os cristãos mais infelizes tendem a ser aqueles que são consumidos pela busca de seus próprios interesses? Os mais debilitados são aqueles que nunca fazem nada por ninguém. Isso acontece porque, em Cristo, o DNA espiritual de Jesus de servir está entrelaçado na nossa natureza. Jesus é o servo por excelência. Quando nos recusamos a abraçar nossa identidade Nele – que inclui, entre outras coisas, viver como servos – nós nos separamos do Seu poder transformador. Esse poder é essencial para construir vidas e casamentos segundo o coração de Deus, e só podemos ter acesso a ele quando procuramos viver como Jesus viveu. Se não servimos, não podemos construir o casamento que desejamos. Tornando-se o Menor Durante Sua última refeição com os discípulos, Jesus contou aos Seus amigos mais próximos que Sua morte era iminente e que em breve Ele seria traído. Como eles reagiram? Primeiro negaram ardentemente qualquer chance de traírem Jesus. Depois passaram rapidamente para uma discussão sobre qual deles era o maior. Que absurdo! Jesus estava contando detalhes da Sua morte iminente, e tudo que Seus amigos mais chegados podiam fazer era discutir sobre a própria grandeza. Veja como Jesus reagiu à loucura deles: ... O maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa, como o que serve. Pois quem é maior: o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas Eu estou entre vocês como quem serve. Lucas 22:26-27 As palavras de Jesus provavelmente atingiram os discípulos como uma bolada no rosto. Eles haviam deixado claro que estavam interessados em ser grandes. Agora Ele estava dizendo a eles que ser grande significava servir com excelência. Mas Jesus não parou aí, apenas dizendo palavras duras. Ele prosseguiu fazendo algo que deixou Seus discípulos ainda mais desconfortáveis e confusos. A Bíblia diz: Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do Seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-Se da mesa, tirou Sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos Seus discípulos, enxugando-os com uma toalha que estava em Sua cintura. João 13:3-5 O que é impressionante nessa passagem é o porquê de Jesus ter lavado os pés dos Seus discípulos. A resposta encontra-se na leitura atenta de uma palavra: assim. Jesus havia recebido autoridade sobre tudo, assim Ele Se humilhou e abraçou a responsabilidade de um humilde servo. Jesus não tinha problemas relacionados à falsa modéstia. Ele obviamente estava ciente da Sua posição de poder. Mas em lugar de Se gabar ou de abusar de Sua vasta autoridade, Ele usou Sua posição como uma plataforma para um ato de serviço inimaginável. No primeiro século, as estradas não eram pavimentadas e não havia shoppings onde os viajantes pudessem comprar um par de tênis. As pessoas usavam sandálias (ou nada), de modo que seus pés ficavam expostos a muita sujeira e fezes de animais. Não há dúvidas de que, em um ambiente como esse, o fedor e a sujeira dos pés chegavam a um nível que é incompreensível para nós em nosso mundo moderno. Por causa da quantidade de pés sujos, servos ou escravos tinham de limpar os pés de seus senhores e dos convidados deles. Em uma casa rica, havia muitas responsabilidades: estábulos para serem cuidados, comida para ser preparada, quartos para serem limpos. Mas o trabalho de lavar os pés era reservado ao servo mais humilde. Em alguns círculos, essa designação ia ainda mais longe, e essa tarefa desagradável era designada exclusivamente às servas, as únicas consideradas “indignas” o bastante para fazer algo tão humilhante e repugnante. Jesus escolheu realizar o mais inferior dos atos de serviço. Por quê? Porque Ele precisava que Seus discípulos entendessem a importância de Sua lição sobre o serviço. Ele até mesmo retirou Sua veste, um símbolo da Sua posição como Mestre, e enrolou uma toalha em torno de Sua cintura como um escravo faria. Tenha em mente que Jesus fez tudo isso para lavar os pés de homens que logo O negariam, O trairiam ou O abandonariam. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir Sua capa e voltou ao Seu lugar. Então lhes perguntou: Vocês entendem o que lhes fiz: Vocês me chamam “Mestre” e “Senhor”, e com razão, pois Eu o sou. Pois bem, se Eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem. João 13:12-17 Depois de lavar os pés dos Seus discípulos, Jesus colocou de volta a Sua veste, retomou Seu papel como Mestre, e deu os toques finais em uma lição que Seus discípulos jamais esqueceriam. A lição eterna aqui contida pode ser resumida em quatro pontos: 1 Como Senhor e Mestre, Eu sou o seu exemplo por excelência. 2 Se Eu mesmo executei voluntariamente esse ato humilde, não imaginem que esse ou qualquer outro ato de serviço está abaixo de vocês. 3 Eu sou Seu Senhor, Aquele que é maior do que vocês, porém estou disposto a servir como o servo mais inferior. 4 Eu abençoo aqueles que seguem Meu exemplo de liderança de servo. Chamados para Servir Jesus disse que seremos abençoados se seguirmos Seu exemplo. Isso significa que Sua bênção repousará sobre os nossos casamentos quando nós O imitarmos servindo aos nossos cônjuges. Não estamos encorajando você a imitar Jesus iniciando um ritual noturno de lava-pés. A questão é introduzir o padrão de serviço Dele em nossas vidas. No casamento, imitamos melhor o exemplo de Cristo quando usamos nossos respectivos papéis como oportunidades para servir. Paulo escreveu: Nada façam por ambição egoísta... mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus. Filipenses 2:3, 5 Qual era a atitude de Cristo? Ele escolheu Se ver como um servo que colocava os outros e o que era melhor para eles acima do Seu próprio interesse. Ele levou isso ao extremo morrendo por aqueles a quem amava. A maioria de nós nunca será chamado a fazer um sacrifício dessa dimensão por seus cônjuges, mas fomos chamados para abandonar nosso egocentrismo por amor a eles. Então, se servir é tão maravilhoso – e se atrai a bênção de Deus – por que mais pessoas não estão fazendo isso? O problema é nossa natureza humana caída, que luta constantemente contra os caminhos do Espírito de Deus e nos encoraja a fazer dos nossos próprios interesses nosso objetivo. Nossa carne exige que reconheçamos os desejos dela, insistindo que seus anseios sejam satisfeitos. Mas por mais que a alimentemos, a natureza humana sempre irá querer mais. A natureza pecaminosa promove constantemente o egoísmo e o descontentamento, ao passo que o Espírito de Deus nos capacita a ser altruístas e oferece realização duradoura. A cada momento, escolhemos se vamos ser guiados pelo Espírito de Deus ou pelos desejos insaciáveis da nossa carne: Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o bem que desejam. Gálatas 5:17 Jesus nos libertou da nossa natureza pecaminosa para que pudéssemos entregar nossas vidas livremente. A salvação não nos libertou para recebermos mais; ela nos libertou para que pudéssemos dar mais! “Vocês foram chamados”, escreveu Paulo, “para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (Gl 5:13). Recebemos liberdade para que possamos sacrificar nossas vidas. Se vivemos meramente para nós mesmos, desperdiçamos nossa liberdade em Cristo e nos sujeitamos ao mesmo pecado e egoísmo do qual Cristo morreu para nos libertar. Mas ao aprendermos a viver servindo aos outros, especialmente ao nosso cônjuge, passamos a fazer parte da vida abundante que Ele disponibilizou para nós. Dia 2 Cheios do Espírito Quando as pessoas se referem à chamada “passagem do casamento” em Efésios 5, elas costumam começar com o versículo 22 – aquele que diz às esposas para se submeterem. Mas, na verdade, a exortação de Paulo começa bem antes nesse capítulo. Para entendermos plenamente como nosso casamento deve retratar o relacionamento entre Cristo e a Igreja, vamos voltar ao versículo 18: ... mas enchei-vos do Espírito. Efésios 5:18, ACF No original grego, a palavra traduzida aqui como enchei-vos descreve o processo de estar impregnado do Espírito como uma experiência contínua. Uma vez não basta. Quando não somos continuamente cheios com o Espírito de Deus e estimulados por Ele, esperamos que nosso cônjuge preencha necessidades que somente Deus pode preencher. Por mais incrível que seu cônjuge seja, ele ou ela jamais poderá substituir Deus. Se você espera que seu cônjuge dê propósito e significado à sua vida, bênçãos que só Deus pode oferecer, ficará decepcionado, frustrado e será incapaz de demonstrar o amor de Deus. Nossos casamentos só refletirão Cristo na mesma medida em que Seu Espírito for bemvindo em nossas vidas. Cristo é a pedra angular da nossa salvação, mas o Espírito Santo é o agente de transformação. Permitindo que nossas vidas sejam continuamente cheias com o Espírito, podemos experimentar a renovação da nossa mente e a transformação do nosso comportamento. Deus diz: Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem... a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Efésios 4:22-24 Tentar amar e servir como Cristo estando separado do Seu Espírito é como tentar tirar água de uma mangueira que não está conectada a uma torneira. Uma mangueira não pode produzir água sozinha; ela é meramente um condutor. Do mesmo modo, só quando abraçamos a capacitação do Espírito Santo podemos amar e servir nossos cônjuges da maneira que Deus deseja. A força de vontade e a mudança do comportamento têm sua importância, mas no fim das contas elas não podem renovar nossa mente ou vencer os desejos da nossa carne. Somente quando abraçamos a Pessoa e o poder do Espírito de Deus é que podemos experimentar Sua influência transformadora em nossas vidas e através delas – uma influência que é demonstrada por meio de atitudes e atos semelhantes aos de Cristo para com nossos cônjuges. Qualquer tentativa de modificar nosso comportamento sem que haja o envolvimento do Espírito de Deus levará à frustração e à desilusão. Recebemos inúmeras mensagens de homens e mulheres cujos casamentos estavam destruídos pela manipulação e pela dominação. Em muitos casos, essas pessoas tinham conhecimento da Bíblia, mas lhes faltava o amor e a graça do Espírito. Como resultado disso, aquelas mesmas palavras que se destinavam a libertar e capacitar, eram usadas para confinar, minar ou envergonhar. Esses males estão presentes onde quer que o egoísmo esteja à espreita. O egoísmo floresce quando não nos beneficiamos da obra do Espírito de Deus e, por conseguinte, rejeitamos o serviço como nosso principal papel conjugal. Durante o restante deste capítulo, exploraremos o que significa servir dentro do contexto do casamento. Nosso objetivo é oferecer uma fundamentação bíblica segundo a qual podemos conduzir nosso casamento e edificá-lo por meio do serviço. Com esse espírito, nós o incentivamos a não usar este capítulo como uma licença para condenar qualquer comportamento passado ou presente de seu cônjuge. Em vez disso, use-o como um modelo que o permita seguir em frente. Entendemos que estamos moldando esses conceitos sob a premissa de que ambos os cônjuges desejam honrar o plano de Deus acerca do papel que devem cumprir em seu casamento. Sabemos que nem sempre é assim. Seja qual for sua situação, lembre-se de que você não pode mudar seu cônjuge. Se tentar fazê-lo, você será somente um obstáculo no caminho de Deus. Abra seu coração para a obra do Espírito de Deus, e dê espaço a Ele para fazer o que só Ele pode fazer em seu cônjuge. Identidades e Papéis Para entender o papel que assumimos no casamento como servos, precisamos examinar mais uma vez o Jardim do Éden: Criou Deus o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27 Tanto o homem quanto a mulher são detentores de uma imagem que reflete a natureza de Deus. O homem e a mulher são diferentes, mas são igualmente importantes para demonstrar a natureza de Deus na Terra. Marido e mulher são papéis. Eles são papéis únicos, e a Bíblia dá informações específicas sobre o que eles envolvem, mas esses papéis não são nossa identidade. Nossa identidade tem a ver com o nosso projeto original. Fomos criados para sermos portadores da semelhança de Deus na Terra. A Queda distorceu esse propósito, mas o sacrifício de Cristo o restaurou. Nossa salvação em Cristo é, antes de qualquer coisa, uma mudança de identidade. Nenhum papel – marido, esposa, profissional, ministro, pai, amigo – pode estar acima da sua identidade. E justamente porque uma mudança de papel (de solteiro para casado, por exemplo) não é o mesmo que uma mudança de identidade, homens e mulheres são tão valiosos aos olhos de Deus depois do casamento quanto são antes dele. Infelizmente, muitas pessoas (principalmente as mulheres) acham que seu valor muda depois que se casam. As mulheres temem que para honrar seus maridos, precisem se tornar secundárias em termos de importância ou contribuição. Nesse cenário, em vez de se elevar para praticar atos de amor e serviço, a mulher se encolhe em servidão até praticamente desaparecer. Embora possa parecer a princípio que o marido se beneficie com esse arranjo, não é assim. Na verdade, ambos os cônjuges perdem quando o egoísmo é cultivado como um estilo de vida. Um marido que não vê sua esposa como um parceiro igual no casamento não apenas é roubado de uma aliada íntima, como também perde uma das suas maiores oportunidades de crescimento. Os homens se tornam mais semelhantes a Cristo quando servem às suas esposas como Jesus serve à Igreja. Lembre-se de que Jesus deu o modelo de Sua liderança servindo àqueles a quem Ele lidera e ama. O amor, o respeito e a honra são essenciais para ambos os cônjuges. Ambos os cônjuges importam e ambos os cônjuges servem. Abordar o casamento dessa maneira ajuda a devolver ao homem e à mulher o poder do domínio, o dom da força e da autoridade de Deus que nos foram confiados no instante da nossa criação. Domínio versus Dominação Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a Terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra” ... E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom... Gênesis 1:28, 31 No início os homens e as mulheres não eram inimigos. Eles eram aliados íntimos e cooperadores – duas pessoas distintas unidas com um só coração. A eles foi confiada a missão de encher e subjugar a Terra. Deus lhes deu uma comissão (sejam férteis e multipliquem-se) e deixou que eles definissem os detalhes. Ele lhes deu domínio. O domínio está associado ao poder de governo, à autoridade ou ao controle. Ele descreve uma área de influência e está associado à posse de poder. Como aprendemos com a história da Última Ceia, toda autoridade, quer seja ela confiada a um homem ou a uma mulher, é dada para servir aos outros para o benefício e crescimento deles. A guerra dos sexos começou depois da Queda. Com a total ruptura entre Deus e Sua criação, o domínio sofreu uma mutação e se transformou em dominação e manipulação. Essas distorções dos poderes dados por Deus guerreiam continuamente contra o plano Dele para uma bela união. O casamento se tornou um instrumento de divisão em vez de multiplicação. A intenção nunca foi que o casamento fosse uma luta pelo poder. Ele foi criado para ser uma união de poder. O casamento funde duas pessoas com qualidades e forças muito diferentes e depois usa essas diferenças para criar a oportunidade para a multiplicação. Tudo isso é parte do plano de Deus para reconciliar o que parecia estar além da reconciliação. Jesus disse: Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido. Lucas 19:10 Costumamos entender esse versículo como se ele descrevesse apenas o aspecto evangelístico, quando na verdade ele carrega em si um significado muito maior. Jesus não veio meramente para salvar os perdidos; Ele veio para salvar aquilo que estava perdido. Na Queda, perdemos nossa comunhão com Deus. Mas também perdemos a unidade dos nossos relacionamentos uns com os outros. Isso inclui nossos relacionamentos como irmãos, como pais e filhos e como marido e mulher. E perdemos a beleza que havia em nosso relacionamento com o restante da Criação. A obra salvadora de Jesus tem a ver com mais do que sobreviver até chegar ao Céu. Ela tem a ver com abundância e restauração no presente. Por causa da Cruz, todo relacionamento que sofreu alguma perda tem o potencial de ser restaurado. Isso significa que podemos experimentar cura em nossos casamentos hoje. Homens e mulheres podem viver novamente como um só! Quando temos um só coração e propósito, nós nos multiplicamos, porque Deus diz que onde existe unidade Ele ordena uma bênção (ver Salmos 133). O inimigo de nossas almas não quer que experimentemos a bênção de Deus, nem quer que nos multipliquemos. Portanto, ele faz tudo que está ao seu alcance para destruir nossa unidade. Contudo, quando contendemos contra o engano da dominação e abraçamos a verdadeira natureza do domínio, nos tornamos parceiros de Deus para ver Sua vontade cumprida na Terra. Agora passaremos a uma discussão mais específica a respeito dos diferentes papéis que homens e mulheres desempenham no casamento como servos. Sem entender a perspectiva de Deus acerca de identidade, valor e domínio, poderíamos facilmente nos equivocar e pensar que esses papéis divinamente estabelecidos favorecem um cônjuge em detrimento do outro. Uma vez tendo estudado o primeiro mandato de Deus para o casamento e tendo reconhecido a diferença entre identidade e papéis, acreditamos que você verá como os papéis de ambos os cônjuges são empolgantes, importantes e valiosos.1 Dia 3 O Marido: Honre Sua Esposa Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações. 1 Pedro 3:7, ACF A honra é uma via de mão dupla. A Bíblia deixa claro que ambos os cônjuges devem honrar um ao outro, e falaremos sobre o papel das esposas mais adiante. Por ora, vamos focar no papel do homem. Marido, sua esposa não está abaixo de você. Ela é sua coerdeira em Cristo, e você deve honrá-la como tal. Quando Pedro diz que ela é mais fraca que você, ele está se referindo à força física, e não ao potencial de percepção, poder espiritual ou discernimento da mulher. A “fraqueza” física de sua esposa não a torna menos valiosa que você; significa apenas que talvez ela não consiga levantar tanto peso quanto você. O comentário de Pedro é uma declaração proveniente da simples observação dos fatos, e não um juízo de valor. Esse é um ponto importante porque costumamos nos recusar a servir alguém que não vemos como digno de honra. Antes que possamos entregar nossas vidas em favor de nossas esposas, precisamos reconhecer seu extraordinário valor. Estamos falando sobre isso abertamente, não porque acreditamos que você deseja menosprezar ou negligenciar sua esposa, mas porque não podemos nos dar ao luxo de ser sutis aqui. Os homens e as mulheres foram ambos criados à imagem de Deus, de modo que a expressão do nosso Pai é desonrada na Terra quando os homens não honram, valorizam e protegem as mulheres. No princípio, Deus disse que não era bom que o homem estivesse só (ver Gênesis 2:18). A resposta Dele a este primeiro problema – o isolamento do homem – foi criar Eva. As mulheres são respostas de Deus, e não criações secundárias. Como homem de Deus, foi confiada a você a oportunidade de amar, apoiar, servir sua esposa e investir nela como uma declaração ousada do coração de Deus a um mundo que se perdeu. Pedro também escreveu que os homens devem tratar suas esposas com compreensão. Precisamos procurar entender aqueles que são diferentes de nós. Todos os homens são diferentes, todas as mulheres são diferentes, e os homens e as mulheres são muito diferentes entre si. Eu (John) não desonro Lisa porque ela é diferente de mim. Em vez disso, celebro-a e procuro entender o que a torna diferente. Minha vida seria extremamente monótona e entediante se Lisa e eu fôssemos exatamente iguais. Embora nossas diferenças algumas vezes tenham nos causado dificuldades, elas apresentam oportunidades para que nossos pontos fracos sejam expostos, desafiados e fortalecidos. Preciso que Lisa seja diferente de mim. Eu a honro procurando conhecer melhor o que faz o seu coração suspirar, e eu e minha família somos beneficiados por isso. Finalmente, observe que 1 Pedro 3:7 diz que desonrar nossas esposas impedirá nossas orações. O bem-estar das mulheres é tão importante para Deus que Ele fez com que honrar e compreender nossas esposas fossem fatores fundamentais para nossa vida de oração! O Cabeça da União Pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja... Efésios 5:23 Esse versículo não fala de uma questão de superioridade e inferioridade. Ele mostra um retrato de Cristo e de Sua Noiva, pois é isso que o casamento simboliza. Pelo fato de os maridos estarem alinhados com Cristo nessa analogia orgânica, eles assumem o papel de liderança em suas uniões. Eles têm a tremenda responsabilidade de liderar servindo, como Cristo faz, de modo que o mundo incrédulo possa testemunhar a natureza de Jesus. (E quando você considera a profundidade com que Jesus ama a Igreja, é impossível crer por um segundo sequer que Ele pretendia diminuir ou marginalizar as esposas alinhando-as ao papel da Sua Noiva.) O marido não recebeu autoridade como cabeça dessa união para ter o poder de simplesmente descartar tudo o que sua esposa diz. Ao contrário, um marido inteligente não irá querer desconsiderar a contribuição de sua esposa; ele entenderá que ela é essencial para o processo de tomada de decisão. Nos primeiros anos do nosso casamento, eu (John) orava por cerca de uma hora e meia por dia. Minha impressão era de que Lisa, que trabalhava em tempo integral, só orava durante o curto tempo que ela passava no chuveiro ou dirigindo o carro. Quando discordávamos acerca de uma decisão, eu cometia o erro de presumir que por passar mais tempo orando que ela, podia usar minha autoridade como cabeça da nossa união para acatar minha própria opinião. Contudo, cerca de metade das vezes em que eu lidava com as discordâncias desse modo, eu tomava uma decisão e mais tarde chegava à conclusão de que eu estava errado e Lisa certa! Para ser sincero, eu ficava frustrado. Por que a percepção de Lisa é tão precisa, eu pensava, se eu passo muito mais tempo em oração? Então um dia orei: — Deus, oro por uma hora e meia todas as manhãs. Lisa ora talvez por dez minutos no chuveiro. Mas ela está certa em mais da metade de nossas discordâncias! O Senhor me disse: “Desenhe um círculo”. Então eu desenhei um círculo num pedaço de papel. Deus disse: “Preencha o círculo com ‘x’”. Eu comecei a desenhar ‘x’ dentro do círculo. Ele disse: “Agora faça uma linha no meio”. Eu desenhei uma linha que cortava a metade do círculo. Ele disse: “Você percebe que metade dos ‘x’ está de um lado e a outra metade está do outro lado? John, quando você era solteiro, você era completo em Mim e em si mesmo. Mas você se tornou uma só carne com a Lisa, então esse círculo representa você e a Lisa. Você é a metade esquerda. Ela é a metade direita”. Então Deus disse: “Você sabe o que os ‘x’ são? Eles representam a informação que você precisa de Mim para que possa tomar decisões sábias. O problema é que você está tomando todas as suas decisões baseadas na metade da informação. Você precisa aprender como extrair da sua esposa o que Eu mostro a ela para que você, como o cabeça da casa, possa tomar decisões com todas as informações dadas por mim”. Essa revelação mudou completamente minha percepção do que significa ser o cabeça do nosso casamento. Não desejo mais tirar vantagem do meu papel para desconsiderar os conselhos de Lisa. Tenho prazer em me beneficiar do que Deus fala através dela e me alegro com o processo de trabalhar para que haja unidade em nossas decisões. O Servo Principal Mais uma vez, o papel do homem não é de dominação. Dominar é muito diferente de liderar. Liderança inclui a dignidade da escolha, ao passo que a dominação exige sem oferecer opções. Para os homens, a chave para nos tornarmos líderes segundo o coração de Deus em nossos lares está em entendermos o que significa deter uma posição de autoridade. Lembre-se das palavras de Jesus: “... aquele que governa [deverá ser] como o que serve” (Lc 22:26). Como cabeça da união, o marido deve ser o servo principal. O homem não é o chefe, tendo a mulher fazendo as coisas para ele. Ele é o líder que faz com ela. Na verdade, se ele for sábio, ele dirá a ela repetidamente que não pode fazer nada sem ela. Eu (Lisa) amo quando meu marido me diz que precisa de mim. Isso faz com que me sinta especialmente capacitada para suprir o que quer que falte a ele. E se eu não souber como ser essa mulher, farei tudo o que puder para descobrir. Eu floresço quando ele me diz que sou essencial.2 Marido, servir à sua esposa não significa que você simplesmente deve dar a ela tudo o que ela quer. Significa, na verdade, entregar sua vida e tomar suas decisões com base no que é melhor para ela. Estamos liderando nossas esposas como Jesus nos lidera. Há muitas coisas que Jesus faz tendo em vista o que é melhor para nós e das quais não gostamos. Você inevitavelmente encontrará situações nas quais o bem-estar de sua esposa entrará em conflito com as preferências dela. Seguindo o modelo de Jesus, saberemos nessas situações escolher o que é melhor, e não o que é mais confortável ou conveniente. Mas o prérequisito para determinar o que é melhor para sua esposa é amá-la e honrá-la como Cristo ama e honra a Igreja. Depois de lavar os pés dos Seus discípulos, Jesus deixou claro que ainda era o Senhor deles. Ele nunca abdicou da Sua posição de poder, mas redefiniu de maneira fundamental o propósito do poder. Como Jesus demonstrou, recebemos poder para servir uns aos outros. Homens, devemos usar nossa autoridade como cabeças do nosso casamento para criar ambientes que sirvam melhor às nossas esposas. E se somos os cabeças da nossa união, é nossa responsabilidade nos tornarmos servos humildes. Fazendo isso, nos submetemos às nossas esposas. ... Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. Efésios 5:21 Você se lembra da ordem de Paulo em Efésios 5:18, “enchei-vos do Espírito” (ACF)? Logo após essa diretriz, Paulo nos dá uma descrição do que uma pessoa cheia do Espírito fará, coisas como cantar cânticos espirituais ou dar graças. Então, no versículo 21, ele diz: “Sujeitem-se uns aos outros”. Essa frase geralmente é entendida como sendo o início da discussão de Paulo sobre o casamento. Mas em O Significado do Casamento, Timothy e Kathy Keller afirmam: Em inglês, [o versículo 21] costuma ser escrito como uma frase em separado, mas isso oculta dos leitores um ponto importante que Paulo está querendo provar. No texto grego, o versículo 21 é a última cláusula da longa frase anterior, na qual Paulo descreve diversas características de uma pessoa que é “cheia do Espírito”.3 Assim, os Kellers concluem: A última marca da plenitude do Espírito está nesta última clausula: é a perda do orgulho e da vontade própria que leva uma pessoa a servir humildemente aos outros.4 No contexto do casamento, isso significa que um cônjuge que vive pelo revestimento de poder do Espírito (cuja importância enfatizamos anteriormente) será conhecido por sua submissão ao seu cônjuge. Muitas pessoas relacionam a submissão exclusivamente ao papel da esposa, mas Paulo instrui explicitamente ambos os cônjuges a se submeterem um ao outro. A palavra grega para submeter nesse versículo é a mesma palavra grega usada quando Paulo mais tarde ordena as esposas a se submeterem a seus maridos. Essa palavra transmite um sentido de sujeição ou subordinação. No que diz respeito à estrutura de autoridade do lar, sim, as esposas devem se submeter a seus maridos como os cabeças. Mas os homens devem adotar outra forma de submissão para com suas esposas. Paulo escreve que devemos nos submeter por temor a Cristo. A palavra temor nesse versículo é a palavra grega phobos, e ela transmite a ideia de um medo ou terror que inspira assombro. A palavra temor não faz jus ao manuscrito original; uma tradução melhor seria: “Submetam-se uns aos outros por um temor que lhes inspire assombro”. Um dia, quando eu (John) não estava sendo gentil com Lisa, Deus falou comigo e disse: “Lisa é Minha filha em primeiro lugar. Ela é sua esposa em segundo lugar”. Isso colocou o temor do Senhor em mim! Marido, Deus está sempre presente. Ele sabe a maneira como você fala e se comporta com a filha Dele. Ele vê através das suas palavras e vê as motivações do seu coração. Você O está honrando pela maneira como trata sua noiva? Se desonra sua noiva, você desonra o Pai dela. Cuide dela com temor e tremor. Paulo continua explicando que o marido se submete à sua esposa entregando sua vida por ela. Em outras palavras, ele se submete a ela sujeitando-se ao que é melhor para ela. Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a Igreja e entregouSe por ela... Efésios 5:25 Cristo nunca usou Sua posição de poder para ter vantagem pessoal. Ele a usou para nos revestir de poder. Do mesmo modo, nós, como maridos, somos chamados a usar nossa posição de autoridade em benefício das nossas esposas e para dar poder a elas. Cristo entregou Sua vida para glorificar e santificar Sua Noiva. A Sua mais profunda alegria – o Seu final feliz, por assim dizer – está na glorificação dela. Não há espaço para o egoísmo quando se anda nas pegadas de Jesus. Seu papel como marido é passar a vida servindo à sua esposa, com o propósito fundamental de revelar Cristo a ela e ao mundo que o cerca. Quando você lidera sua esposa desse modo, é muito mais fácil para ela se submeter alegremente à posição de autoridade que lhe foi dada por Deus. Dia 4 A Esposa: Apoie Seu Marido Esposa, entenda e dê apoio ao seu marido, pois assim demonstrará seu apoio a Cristo. O marido exerce liderança em relação à esposa, mas da mesma forma com a qual Cristo faz à Igreja: com carinho, não por dominação. Assim como a Igreja se submete à liderança de Cristo, a esposa deve submeter-se ao marido. Efésios 5:22-24, A Mensagem Você deve se lembrar de que Paulo introduziu suas instruções aos maridos e às esposas dizendo a eles “sujeitam-se uns aos outros, por temor a Cristo” (Ef 5:21). No versículo seguinte, ele explica melhor: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor” (v. 22). Muitos veem essa ordem como algo que não beneficia as mulheres, mas não é o caso. Pelo fato de que o casamento não tem a ver com dominação, a esposa divide o exercício do domínio com seu parceiro de maneira igualitária. Isso não entra em conflito com a liderança do marido, pois tanto o marido quanto a esposa possuem áreas exclusivas de autoridade e influência dentro do casamento e no mundo que os cerca. O domínio diz: “Exercerei minha autoridade e influência em seu benefício, e você exercerá sua autoridade e influência em meu benefício”. O apoio da esposa a seu marido é um ato de serviço. Esposa, a você foi confiado o coração do seu marido. Proteger o coração dele dizendo a verdade em amor e respeito pode ser um dos seus maiores atos de serviço. Aprenda a servir a seu marido ajudando-o a expressar o que há no coração dele. Em vez de tirar conclusões precipitadas, ajude-o a crescer em visão e propósito aperfeiçoando a vida dele por meio da comunicação. As mulheres são vulneráveis na área da força física, enquanto os homens geralmente descobrem que seus corações correm perigo. As mulheres são tão responsáveis por cuidar do coração dos homens, quanto os homens o são por proteger e prover para suas esposas em relação a qualquer fraqueza física que elas possam ter. Existe alguma missão mais nobre do que ser a guardiã de um coração?5 Quando o marido começa a servir e entrega sua vida por sua esposa, ela responde honrando-o como o cabeça da união. Essa é a parte que cabe a ela em revelar o amor de Cristo ao mundo. A honra, o amor e o respeito da esposa por seu marido mostram como é ser liderado por Jesus. Deus não pediu às mulheres para se submeterem porque elas são secundárias. Ele as está convidando a demonstrar como deveria ser a Igreja. No casamento, temos a chance de mostrar como pode ser a vida quando somos guiados por um Senhor e Salvador bom, fiel, amoroso e generoso. Por isso é trágico quando permitimos que o inimigo perverta esse papel transformando-o em algo que desprezamos ou lamentamos. Ao dar esse papel às mulheres, Deus pediu que Suas filhas demonstrassem que Ele é confiável. Deus sabe que Ele fez as mulheres fortes e capazes. Ao longo da História, Ele escolheu mulheres para liderar, julgar, profetizar, interceder e até mesmo para gerar e cuidar do Seu Filho unigênito. Ao chamar as mulheres para respeitar a liderança de seus maridos, Ele não está querendo dizer que elas são fracas ou indignas. Ao contrário, Ele está dizendo: “Sei que você é capaz e forte porque você é Minha filha. Mas no simbolismo eterno do casamento, preciso que alguém demonstre a bondade encontrada na submissão a Mim. Você está disposta a assumir esse papel de apoio e submissão para mostrar às outras pessoas que Eu mereço a devoção delas?” O Fardo da Liderança Diferentemente de Deus, os maridos não são perfeitos. Eles nem sempre tomam as decisões corretas e nem sempre servem às suas esposas como deveriam. Isso pode ser uma grande fonte de frustração até mesmo para as mulheres que desejam honrar e apoiar seus maridos. Com o tempo, elas podem se sentir tentadas a resolver as coisas por conta própria. No entanto, a resistência à posição de liderança do marido, que pode parecer ser algo libertador, pode na verdade causar às mulheres muita dor e sofrimento. Quando nosso primeiro filho ainda era um bebê, eu (Lisa) estava trabalhando longas horas com uma agenda apertada que incluía finais de semana. Eu enfrentava desafios pessoais e profissionais no trabalho, e ao mesmo tempo estava esforçando-me para ser a mãe e esposa perfeita. Enquanto isso, John estava atravessando um período de transição. Enquanto eu vivia estressada por causa do trabalho e com saudades do meu filho, John trabalhava em meio expediente, orava, jejuava, conversava com seus amigos e jogava golfe. Eu sentia uma pressão enorme e colocava a culpa de tudo isso nele. Sentia que era eu que segurava sozinha todo o peso, e que não aguentaria mais por muito tempo. Eu queria que John também se preocupasse, mas ele se recusava a fazer isso. Quando contei a meu marido sobre meu temor e minha preocupação, ele me disse: “Lisa, pare de se preocupar e entregue isso nas mãos de Deus”. Eu pensei: Nunca! Se eu não cuidar de tudo isso, ninguém mais o fará. A tensão me aprisionava como um carrasco enquanto eu me sentia incapaz de escapar da pressão que havia sobre mim. Uma noite, enquanto estava no chuveiro, reclamei com Deus do meu fardo pesado. Não posso entregar nenhum desses fardos a John, argumentei. Eu tenho de lembrá-lo até mesmo de colocar o lixo para fora. Como poderia confiar a ele qualquer coisa mais importante? Eu lutava comigo mesma, justificando porque eu não podia abrir mão do controle. — Lisa, você acha que John é um bom líder? — O Senhor me perguntou gentilmente. — Não, não acho! — disse decididamente. — Não confio nele! — Lisa, você não precisa confiar no John — Ele respondeu. — Você só precisa confiar em Mim. Você não acha que John está fazendo um bom trabalho como o cabeça desta casa. Você acha que pode fazer melhor. A tensão e a inquietação que você está sentindo são o peso e a pressão de ser o cabeça de uma família. Isso é um jugo para você, mas é um manto para John. Entregue-o, Lisa. Imediatamente entendi a fonte do meu fardo. A liderança do nosso lar, que eu estava tentando assumir, era opressiva para mim porque aquela posição não cabia a mim. Ela não seria opressiva para meu marido, porque Deus o havia ungido como o cabeça do lar. Reconheci o quanto eu havia manipulado e lutado pela posição de liderança em nosso lar. Eu destruíra meu marido em vez de edificá-lo e de acreditar nele. Ele, por sua vez, abrira mão da sua posição de autoridade entregando-a a mim, e eu criei uma grande confusão. Quebrantada, desliguei o chuveiro e peguei uma toalha. Imediatamente encontrei John em nosso quarto. Chorei e me desculpei. — Sinto muito. Passo o tempo todo brigando e discordando de você — eu disse. — Estava com medo de confiar em você. Vou deixar meu emprego amanhã se você quiser. Quero somente que voltemos a ser um. — Não quero que deixe seu emprego — John respondeu. — Não creio que seja esse o problema. Mas acho que você precisa parar de pensar que você é a fonte. Ele estava certo, eu não era a nossa fonte; Deus era. Perder de vista essa verdade fez de mim uma pessoa estressada e incapaz de apoiá-lo. Conversamos bastante, e prometi a John: — Vou apoiá-lo. Acredito em você. Naquele momento eu não sabia exatamente o que eu estava apoiando ou no que estava acreditando. Só sabia que John precisava desse apoio mais do que eu precisava saber de todos os detalhes e porquês. Reconheci que tudo estava terrivelmente fora do lugar em nossa casa. Eu queria que Deus trouxesse ordem ao caos que eu havia criado. John, por sua vez, pediu desculpas por não atuar como líder e por se afastar de mim. Firmamos uma aliança prometendo amar, apoiar e contar um com o outro. Aquela noite foi a primeira vez em anos que dormi e consegui realmente descansar. O meu jugo de escravidão havia sido removido. Sempre que carregamos um fardo que Deus nunca teve a intenção de colocar sobre nós, assumimos um pesado jugo de escravidão. Por outro lado, qualquer coisa que Deus nos ungiu para fazer repousa sobre nós como um manto, um sinal de posição e poder que traz em si proteção e provisão. Ao assumir a liderança do nosso lar, fiquei debaixo de um jugo, e John ficou descoberto. Era uma bagunça! Quando me submeti à ordem estabelecida por Deus para a família, meu jugo foi quebrado e John foi revestido do manto de liderança que lhe foi dado pelo Senhor. Eu também fui coberta, pois o manto se estendia para me cobrir e proteger, assim como a todas as pessoas que estavam sob os cuidados de John.6 Dia 5 Adaptando Os Papéis às Suas Necessidades Individuais A Bíblia tem muito a dizer sobre os papéis do homem e da mulher no casamento, mas há muitas coisas que ela não diz. Do mesmo modo que Deus disse a Adão e Eva para se multiplicarem e encherem a Terra sem dar maiores detalhes, Deus dá limites aos nossos casamentos, mas não nos fecha dentro de uma caixa. Ele nos forneceu a estrutura e serviu de modelo para a maneira como devemos servir, mas Ele não administra meticulosamente cada detalhe. É como se recebêssemos um enorme lote de terra no qual devemos projetar o jardim, construir e desfrutar da maneira que acharmos mais conveniente. Algumas pessoas vão querer construir uma piscina, outras podem querer uma quadra de basquete, e outras vão querer as duas coisas ou nenhuma delas. Do mesmo modo, o casamento é “a sua casa e o seu terreno” para construir e desfrutar. Se a esposa é melhor em paisagismo, que ela fique com essa parte. Se o marido gosta de jardinagem, que ele faça isso. Ambos desfrutarão os benefícios do serviço do outro. Ninguém tem o direito de dizer que só os homens podem fazer o paisagismo e as mulheres devem cuidar do jardim. Faça da maneira que for melhor para vocês, tendo sempre em mente a base que é servir. Os detalhes cabem a você, ao seu cônjuge, e à direção do Espírito de Deus. Um dos principais motivos de discussão quando o tema é serviço no casamento é o fato de esperamos que nosso cônjuge nos sirva da maneira que nós o servimos, e isso nem sempre acontece. Na nossa família, costumávamos rir quando John nos dizia que ele era um servo. Ele é famoso por desaparecer da cozinha assim que o jantar termina, me deixando (Lisa), juntamente com nossos filhos, para limpar tudo e lavar a louça. Não nos parecia que ele estava servindo. Não reconhecíamos que John estava servindo de uma maneira diferente. Enquanto estávamos tirando a mesa, ele estava supervisionando nossas finanças, abrindo a correspondência e pagando as contas. Ele estava optando por isentar-se de uma tarefa que podíamos administrar sem ele para cuidar de outras coisas que precisavam ser feitas – tarefas que ele, entre todos os membros da nossa família, por acaso faz melhor. Esse exemplo nos leva a um ponto importante: a divisão de responsabilidades. Uma das coisas mais úteis que você pode fazer para criar uma cultura de serviço no seu casamento é determinar o que cada um de vocês é responsável por fazer. Conhecer suas responsabilidades acordadas previamente o ajudará a servir ao seu cônjuge. Cuidar das suas responsabilidades dá ao seu cônjuge tempo e tranquilidade. Em segundo lugar, quando você sabe o que seu cônjuge é responsável por fazer, você sabe em que áreas pode procurar oportunidades de servi-lo além das expectativas. Talvez você tenha notado que nenhum dos versículos de Efésios 5 reforça qualquer estereótipo sobre os interesses ou habilidades de homens e mulheres. Você não precisa se sentir pressionado a limitar a distribuição de deveres no seu lar ao que é considerado “tradicional” ou “normal”. Alguns maridos amam cozinhar. Algumas esposas gostam de cuidar do carro. Um de vocês pode gostar de supervisionar o dever de casa das crianças ao passo que o outro prefere levá-los ao treino de futebol. Aquele que é melhor com as finanças pode ficar encarregado do dinheiro. Essa pessoa pode servir tanto providenciando os recursos que serão aplicados pelo cônjuge quanto ajudando a garantir que a família não fique endividada. Você também pode servir ao seu cônjuge cuidando do seu corpo, da sua aparência e não sendo levado pelas opiniões dos seus amigos em detrimento dos interesses do seu parceiro ou parceira. Você pode servir com palavras e gestos assim como com atos. Há muitas possibilidades no casamento, e há muitas oportunidades para servir. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem. João 13:17 Embora o serviço abençoe a pessoa que o recebe, a maior bênção recai sobre aquele que serve. Seu casamento, com o convés limpo e uma visão estabelecida, está pronto para se tornar uma bela imagem do amor de Deus na Terra. A melhor maneira de edificá-lo corretamente é aproveitar todas as chances que tiver para servir. Edifiquem um ao outro e vejam as bênçãos de Deus fluir. Quando começamos a edificar um ao outro, Deus começou a nos edificar. Ele expandiu os limites do nosso mundo e permitiu que compartilhássemos Seu amor e graça com muitas pessoas ao nosso redor. À medida que vocês edificam um ao outro por meio do serviço, Deus abrirá oportunidades para vocês ministrarem àqueles que estão na sua esfera de influência. O plano brilhante Dele é transformar seu casamento em uma obra prima capaz de chamar a atenção até mesmo do mais cético entre os descrentes. Servir tem a ver tanto com ação quanto com atitude. Sempre que surgir a oportunidade de servir ao seu cônjuge, você pode escolher uma entre três reações: recusar-se e optar pelo egoísmo; servir por se sentir obrigado e com má vontade; ou entregar alegremente sua vida porque sente prazer em apoiar seu parceiro ou parceira. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus... esvaziouSe de Si mesmo, vindo a ser servo... Filipenses 2:5-7 Quando se casa com alguém, você está basicamente se propondo a servi-lo pelo resto de sua vida. Na verdade, o seu “aceito” foi outra maneira de dizer: “Estou dedicando minha vida a fazer o que é melhor para você. Escolho abrir mão alegremente da minha vida por amor a você. Seus sonhos, desejos e objetivos agora são o meu maior interesse. Quero aprender a demonstrar o amor de Deus a você”. Se abordarem o casamento com a postura realmente humilde de um servo, vocês experimentarão uma união divina. Nem sempre será fácil, mas se vocês lutarem para viver o melhor de Deus e escolherem viver de maneira altruísta, seu lar transbordará de amor, alegria, paz, felicidade e realização – e vocês serão para o mundo um retrato do amor de Deus. Devocional do Dia 1 O SEGREDO DO SUCESSO Eu estou entre vocês como quem serve. – Lucas 22:27 Não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. – Gálatas 5:13 “O amor é o fundamento do casamento: o amor a Deus e o amor por outra pessoa”, explicam os escritores e conferencistas Dr. Henry Cloud e Dr. John Townsend. “Ele se expressa em buscar o melhor para a outra pessoa, não importa se ela o merece ou não. Ele coloca a outra pessoa acima das nossas próprias necessidades e desejos. Ele se sacrifica, dá e sofre. O amor suporta mágoas e tempestades pela preservação duradoura da aliança.” 7 Buscar o melhor para o seu cônjuge, colocar as necessidades e os desejos dele acima dos seus e dar sacrificialmente – todas essas coisas personificam uma só: servir. Esse é o segredo de um casamento de sucesso. Pare e pense: quais são alguns dos interesses do seu cônjuge? O que faz com que ele se sinta realizado? O que ele gosta de fazer para se divertir, qual é o seu passatempo preferido? O que o faz relaxar, sorrir e se sentir feliz? De que formas práticas você pode encorajar os interesses dele e fazer desses interesses uma prioridade? Pergunte a si mesmo e ao Espírito Santo: O que está me impedindo de servir ao meu cônjuge? Existe alguma coisa específica em mim que está alimentando ou promovendo o egoísmo? Existe algo que eu tenha medo que aconteça se eu me humilhar e servir? Ore para que o Espírito Santo revele a você o seu coração. Jesus é o servo por excelência, e como filho de Deus, você recebeu o DNA Dele. Isso mesmo! Você tem os genes espirituais de Jesus – um dos quais é servir. Tire um instante para meditar nestes versículos. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus. – 1 João 3:9 A vida nova que possuem não é como a velha vida. O velho nascimento de vocês veio da semente mortal; o novo nascimento vem da Palavra viva de Deus. Pensem nisto: uma vida concebida pelo próprio Deus! – 1 Pedro 1:23, A Mensagem Venham a Mim... Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, pois Sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve. – Mateus 11:28-30 O que o Espírito Santo está revelando a você? Como esses versículos o encorajam e motivam a orar? Devocional do Dia 2 EXERCENDO O DOMÍNIO Que é o homem, para que com ele Te importes? ... Tu o fizeste dominar sobre as obras das Tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste... – Salmos 8:4, 6 O altruísmo e um coração disposto a servir são parte da nossa herança como crentes em Cristo. Essas características impressionantes do nosso Pai celestial são cultivadas e se tornam reais em nossas vidas à medida que passamos tempo nos relacionando com Ele. Em outras palavras, nossas vidas e casamentos refletem a atitude de servo de Jesus na mesma medida em que permitimos que Seu Espírito Santo nos encha continuamente. Reflita sobre todo o tempo que se passou desde que você iniciou seu relacionamento com o Senhor. De que formas específicas o Espírito do Senhor o transformou para melhor? Como Ele transformou seu casamento? Pela habitação do Seu Espírito, Deus deseja que você e o seu cônjuge exerçam domínio sobre tudo o que Ele lhes confiou. De acordo com o dicionário, a palavra domínio significa “o poder para governar ou controlar; poder para dirigir, controlar e usar; autoridade suprema”.8 Releia atentamente a definição de domínio. Agora pare e pense: individualmente e como casal, quem ou o que foi colocado sob seu controle ou aos seus cuidados para dirigir, controlar ou exercer autoridade sobre? Como você está se saindo nessas áreas? Alguma área sob seu domínio foi distorcida e transformada em algo que agora domina e controla você? Se for o caso, explique. Ore e submeta essa área ao Espírito Santo. Peça a Ele para perdoá-lo e para lhe dar a Sua graça (poder) e um plano para recuperar o domínio sobre ela. De que formas práticas você pode trabalhar junto ao seu cônjuge como um aliado e não como um inimigo? Como você pode exercer melhor o domínio sobre seus filhos, seus recursos, suas áreas de trabalho e ministério, etc.? Quando você e seu cônjuge são um só em coração e propósito, vocês multiplicam. Onde há unidade, Deus ordena a bênção (ver Salmos 133, ACF). Em que área(s) o inimigo tem trabalhado com afinco para gerar divisão e contenda entre você e o seu cônjuge? Humilhe-se e entregue esses problemas a Deus. Dê as boas-vindas ao Seu Espírito, peça unidade com o seu parceiro ou parceira, e espere pela bênção do Senhor. Devocional do Dia 3 HONREM UM AO OUTRO COMO IGUAIS ... E a esposa? Deve tratar o marido com todo respeito. – Efésios 5:33, A Mensagem O mesmo vale para vocês, maridos; sejam bons maridos, cada um para a sua esposa. Não deixe de honrá-las nem de se alegrar com elas... Na nova vida sob a graça de Deus vocês são iguais. Portanto, tratem a esposa como iguais a vocês, para que suas orações não sejam daquelas que nem passam do teto. – 1 Pedro 3:7, A Mensagem Homens e mulheres são iguais no casamento. A esposa não é secundária ao seu marido, nem o marido é secundário à sua esposa. Os dois cônjuges são coerdeiros e têm partes iguais na graça de Deus. Como podemos honrar melhor um ao outro como iguais? Aprendendo e vivendo os papéis que Deus nos deu. O pastor Jimmy Evans diz: A principal necessidade conjugal do homem é a necessidade de honra. Não é interessante que Deus ordene a mulher a se submeter ao homem “como ao Senhor”? Quando uma mulher honra um homem e se submete a ele com uma atitude alegre, ela supre a necessidade conjugal mais profunda dele. Do mesmo modo, quando um homem se entrega sacrificialmente para cuidar de sua esposa e protegê-la, ele supre a necessidade conjugal mais profunda dela – a necessidade de segurança. A mulher precisa de um líder que a proteja e supra suas necessidades. Quando o homem faz isso com uma atitude alegre, os anseios internos da mulher são satisfeitos.9 Homem, sua esposa é filha de Deus em primeiro lugar e sua esposa em segundo lugar. Mulher, seu marido é filho de Deus em primeiro lugar e seu marido em segundo lugar. Honramos nosso Pai celestial quando honramos um ao outro como detentores em igual medida da imagem de Deus. Leia atentamente as instruções de Deus para os maridos e as esposas nesta passagem: Esposa, entenda e dê apoio ao seu marido, pois assim demonstrará seu apoio a Cristo. O marido exerce liderança em relação à esposa, mas da mesma forma com a qual Cristo faz à Igreja: com carinho, não por dominação. Assim como a Igreja se submete à liderança de Cristo, a esposa deve submeter-se ao marido. Marido, dê o máximo de amor à esposa: faça como Cristo fez pela Igreja – um amor marcado por entrega total. O amor de Cristo torna a Igreja íntegra. Suas palavras evocam a beleza dela. Tudo o que Ele faz e diz tem o propósito de extrair o melhor dela. Ele quer vê-la vestida de branco, brilhando santidade. É assim que o marido deve amar a esposa. Até porque está fazendo um bem a si mesmo, uma vez que ambos são “um” pelo casamento. Ninguém maltrata o próprio corpo. Em vez disso, alimenta-o e cuida dele. É assim que Cristo nos trata, nós que somos Sua Igreja, porque somos parte do Seu corpo. É por isso que um homem deixa pai e mãe para se casar e cuidar de sua esposa. Não são mais duas pessoas, pois eles se tornam “uma só carne”. – Efésios 5:22-31, A Mensagem O que o Espírito Santo está lhe mostrando acerca do papel de marido? E sobre o papel da esposa? Você está honrando seu cônjuge exercendo o papel que Deus lhe deu? Em que áreas você tem espaço para crescer? Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, o que está me impedindo de honrar meu cônjuge? O que estou perdendo por causa da desonra? Que potencial do meu cônjuge não está sendo aproveitado por mim? Por favor, ajuda-me a ver o valor extraordinário dele”. Fique em silêncio e ouça. O que o Espírito Santo está revelando a você? Devocional do Dia 4 UM RETRATO DE JESUS Como dizem as Escrituras Sagradas: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa”. Há uma verdade imensa revelada nessa passagem das Escrituras, e eu entendo que ela está falando a respeito de Cristo e da Igreja. – Efésios 5:31-32, NTLH Deus estabeleceu os papéis de marido e esposa. Esses papéis não têm a ver com inferioridade ou dominação. Eles são fundamentalmente uma ilustração do relacionamento entre Cristo e a Igreja. Agora que você leu sobre os papéis de ambos os cônjuges, compare o que você estudou neste capítulo com o que já havia ouvido ou pensava antes. Alguma coisa neste capítulo é diferente do que você já tinha ouvido ou acreditava? O que o desafia? O que o encoraja? O que você quer estudar mais profundamente? Pense no papel do marido: liderar sua esposa servindo a ela como Jesus serve. No casamento, ele simboliza a liderança, o serviço e o amor de Jesus. Homens: o que o entusiasma no seu papel? Existe alguma coisa nele que faz você se sentir inseguro? A intenção de Deus nunca foi que você ocupasse este papel na sua própria força. Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, Tu és o Espírito de Jesus Cristo, e Tu vives em mim. Ensina-me a amar e a servir como Jesus. Dá-me a graça para liderar bem, para tomar decisões sábias e para honrar minha esposa como uma parceira igualitária na nossa união”. Mulheres: o que a entusiasma no papel do marido? Como você pode honrar o papel do seu marido para gerar unidade no seu casamento? Em seguida, considere o papel da esposa: assumir voluntariamente o papel de submissão e apoio, representando o apoio e a submissão da Igreja a Cristo. Mulheres: o que a entusiasma no seu papel? Alguma coisa nele lhe traz sentimentos de medo ou inferioridade? Por quê? Sua voz, seus dons e sua contribuição são importantes e valiosos. Tire um instante para orar. “Deus, obrigada por me pedir para ser um modelo da bondade encontrada na submissão a Ti. Não permitirei que nada a não ser a Tua Palavra molde meu entendimento acerca da minha identidade. Dáme a graça para servir e apoiar meu marido do mesmo modo que anseio servir a Ti.” Homens: o que o entusiasma no papel da esposa? Como você pode honrar o papel da sua esposa para gerar unidade no seu casamento? Fale sobre suas respostas a essas perguntas com seu cônjuge. Converse sobre sua visão para estabelecer unidade no seu casamento, mencionando qualquer preocupação ou ajustes necessários. Se algum de vocês tem sentimentos de medo ou incerteza, vá à Palavra de Deus. O que ela tem a dizer? Orem juntos deste modo: “Pai, nós Te agradecemos porque Tu honraste cada um de nós com um papel belo, importante e nobre no nosso casamento. Ajuda-nos a servir um ao outro e a ser um modelo de unidade e de amor, para a Tua glória. Em nome de Jesus, amém”. Devocional do Dia 5 TRABALHANDO EM EQUIPE Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas adotem um comportamento humilde. Não sejam sábios aos seus próprios olhos. – Romanos 12:16 Você provavelmente já ouviu dizer: “Em uma equipe não existe eu”. Isso é verdade não apenas nos esportes, mas também no casamento. Você e seu companheiro de equipe exercem, ambos, um papel significativo e necessário, e nenhum de vocês é superior ao outro. “Ser diferente não deveria ser um problema no casamento”, sustentam o Dr. Henry Cloud e o Dr. John Townsend. “Quando seu cônjuge tem um ponto de vista diferente do seu quanto à criação de filhos ou quanto aos móveis da casa, você é enriquecido. Seus horizontes são ampliados.” 10 Então, quem joga melhor em cada posição no seu casamento? Sempre haverá certa divisão de responsabilidades, e essas atribuições podem ser adaptadas com o tempo. Mas de um modo geral, quem está mais bem posicionado agora para concluir cada tarefa? Faça um inventário da equipe. Crie uma lista das tarefas de seu lar. Escreva as diferentes posições que precisam ser preenchidas e indique o melhor jogador para cada função. Algumas tarefas podem ser de inteira responsabilidade de um cônjuge ou do outro. Outras podem ser melhor realizadas quando compartilhadas, com uma alternância das responsabilidades dia a dia, ou semana a semana. Eis alguns exemplos: • Limpeza e manutenção do carro • Planejamento de férias • Planejamento financeiro • Pagamento de contas • Lavar roupas • Supervisão do dever de casa • Levar as crianças para a escola, os jogos, etc. • Planejamento e preparação das refeições • Lavar a louça depois do jantar • Passar aspirador • Tirar o pó • Cortar a grama • Jardinagem/poda • Compras de supermercado e provisões Você entrou no seu casamento com alguma ideia preconcebida sobre que tarefas um de vocês “deveria” ser responsável por fazer? Nesse caso, quais foram elas? Avalie suas respostas em comparação com sua lista de tarefas. Você vê alguma área onde são necessários ajustes? Descarte os estereótipos. Não permita que outros definam esses detalhes do seu casamento. Olhe novamente sua lista de tarefas e compare-a com a do seu cônjuge. Discutam suas respostas juntos. Depois façam uma lista de responsabilidades em comum acordo. Sejamos criativos no amor, no encorajamento e na ajuda... Hebreus 10:24, A Mensagem De que formas você pode usar suas atitudes, palavras e atos para apoiar seu cônjuge nas responsabilidades dele? PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | Jesus nos deu um grande exemplo quando assumiu a posição mais humilde de serviço e lavou os pés dos discípulos (ver João 13:1-17). Embora a necessidade de lavar pés praticamente não exista no nosso mundo ocidental, a necessidade de servirmos uns aos outros permanece. Quais são algumas maneiras práticas pelas quais podemos imitar Jesus e simbolicamente “lavar os pés do nosso cônjuge”? 2 | Homens: por que é importante para você como marido ver sua esposa como uma parceira igualitária no casamento (ver 1 Pedro 3:7)? O que acontecerá se você não o fizer? Mulheres: por que é importante você como esposa não deixar de honrar seu marido? O que acontecerá se você o fizer? Como essas respostas colocam o temor do Senhor em vocês para que desempenhem os papéis que Deus lhes designou por Sua graça? 3 | O relacionamento entre um homem e uma mulher no casamento destina-se a refletir a imagem do relacionamento de Jesus conosco, Sua Noiva. Descreva quem o marido e a esposa simbolizam no casamento. Como o papel do marido e da esposa revelam o amor de Jesus por Sua Igreja e pelos incrédulos? Como somos capacitados a executar a missão que nos foi designada? Líderes: Para a segunda parte desta pergunta, foquem em Efésios 5:18, juntamente com Atos 1:8; Zacarias 4:6; Tiago 4:6; Filipenses 4:13. 4 | Deus quer que sejamos unidos, e não divididos, pelas nossas diferenças. Pense por um instante: Como seria a vida se você e seu cônjuge fossem exatamente iguais, tendo pontos fortes e fracos idênticos? Descreva esse cenário e depois compartilhe algumas novas maneiras pelas quais vocês podem apreciar e celebrar suas diferenças. 5 | Conhecer as responsabilidades que vocês assumiram de comum acordo em seu lar é muito útil e importante. É algo que vocês estabeleceram em seu casamento? Como esse conhecimento pode ajudar você a criar um ambiente de serviço e, ao mesmo tempo, fortalecer seu cônjuge? RESUMO DO CAPÍTULO: • O método mais eficaz para se construir um casamento saudável é tornar-se um servo do seu cônjuge – aprendendo a sacrificar seus próprios interesses em busca do melhor para ele. • Nosso casamento só refletirá Cristo na medida em que o Seu Espírito for bem-vindo em nossas vidas. Permitindo que nossas vidas sejam continuamente cheias do Seu Espírito, podemos experimentar a renovação da nossa mente e a transformação do nosso comportamento. • Os homens e as mulheres refletem a imagem da natureza de Deus na Terra. Ambos são igualmente valiosos, e a ambos foi confiada a autoridade para servirem um ao outro. • Maridos: Deus lhe confiou o papel de suprir, proteger e capacitar sua esposa. Você deve amá-la e honrá-la entregando sua vida de forma sacrificial, colocando os interesses dela em primeiro lugar. • Esposas: Deus lhe confiou o papel de servir como guardiã para cuidar do coração do seu marido. Você deve honrá-lo submetendo-se à sua liderança como se submeteria a Cristo. • Conhecer as responsabilidades que vocês assumiram de comum acordo em seu lar reduz os conflitos, ajuda a gerar paz e serve para criar um espírito de equipe. CINCO INTIMIDADE O sexo foi feito para os relacionamentos totalmente comprometidos, porque ele é uma amostra da alegria que sentimos quando estamos em total união com Deus por meio de Cristo. O amor mais extasiante entre um homem e uma mulher na Terra é apenas um indício disso. — Timothy & Kathy Keller, The Meaning of Marriage (O Significado do Casamento)1 ... Vocês que se amam, comam e bebam, até ficarem embriagados de amor! — Cântico dos Cânticos 5:1, NTLH Dia 1 A -Bíblia não é tímida ao descrever os planos de Deus para o ato de fazer amor. Na verdade, ela é bem explícita e às vezes beira o erotismo. Se você não acredita em nós, passe algum tempo lendo o Cântico dos Cânticos com seu cônjuge e veja o que acontece. Diferentemente de muitos de nós, Deus não tem vergonha do sexo. Ele tem prazer na sua beleza e celebra seu propósito. Deus quer estar intimamente envolvido com a nossa intimidade. O sexo dentro do contexto conjugal não é apenas bom e permitido – ele é sublime e incentivado! “Bebam até ficarem embriagados de amor!” diz o Cântico dos Cânticos. Em outras palavras, o sexo é misterioso e profundo; não há motivo para se contentar com uma experiência superficial. Prove e desfrute da satisfação inigualável da intimidade. Fazer sexo é como apertar um botão de “recarregar” no relacionamento, e por isso não nos surpreende que a Bíblia costume usar a água como uma metáfora para o prazer e a realização sexual. A água é essencial para a continuação da vida. Ela promove refrigério e vitalidade. Uma vida sexual saudável não é a essência do casamento, mas seu valor não pode ser menosprezado. Deus pretende que o ato de fazer amor seja uma celebração, um lembrete maravilhoso da aliança profunda que entrelaça duas vidas. E você sabia que sexo faz bem para sua saúde? Além de aumentar o nível de intimidade no seu relacionamento, ele estimula seu sistema imunológico, ajuda você a manter um peso saudável, diminui sua pressão sanguínea, reduz a dor e diminui o risco de enfarte – para citar apenas alguns dos benefícios.2 Alguns grupos da Igreja criaram um estigma em relação ao desejo por intimidade sexual e o igualaram a um apetite carnal e depravado. Por causa disso, até o sexo dentro do casamento adquiriu má reputação. Alguns até querem nos fazer acreditar que ele é um ato de obrigação que a esposa realiza em favor do marido. Mas o sexo na verdade foi feito para ser desfrutado por ambos os cônjuges! Alguns estigmatizaram o sexo como um mal necessário, tolerado em nome da procriação. Essa noção equivocada, somada às múltiplas perversões satânicas desse ato sagrado, fez com que muitos o vissem com grande apreensão. A reprodução é um dos propósitos do sexo, mas desde o princípio Deus o designou para que fosse uma fonte de êxtase. “Seja bendita a sua fonte!”, diz a Bíblia. “Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios da sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (Pv 5:18-19). Outras traduções desse versículo dizem: sê encantado (AA), sejas atraído (ACF), e aproveite o prazer (ABV). Está claro que Deus não é nenhum puritano. Ele criou os órgãos sexuais e não fica constrangido com as funções deles. Ele criou o sexo e configurou suas sensações. Nosso prazer é o prazer Dele. Ele não quer abreviar nossos desejos sexuais. Ele quer santificá-los. Sexo Santificado A santificação é a jornada da santidade, que também poderíamos dizer que é a jornada para alcançar o melhor de Deus para as nossas vidas. Pense nisso como a extração da natureza humana e a infusão da natureza divina. Começamos a desenvolver uma vida sexual excelente (o que faz parte do melhor de Deus para nós) quando abraçamos o chamado de Deus à santidade no quarto do casal. Ao fazer isso, descobriremos a gratificação sexual que transcende os limites da imaginação humana. Mas Deus só pode santificar, ou tornar santo, aquilo que oferecemos a Ele. Infelizmente, muitos de nós nos recusamos a apresentar nossa sexualidade a Deus porque temos vergonha dos erros cometidos ou porque somos prisioneiros dos abusos que vivemos no passado. Essas experiências fazem com que vejamos nossa natureza sexual como ímpia, de modo que tentamos esconder essas dimensões obscuras daquele que é Santo. É surpreendente a rapidez com que muitos se esquecem de que o Criador do sexo tem o poder para redimi-lo e torná-lo santo. A vergonha quer manter o foco em nós e longe de Deus. Ela nos aprisiona na tentativa de fazer com que rejeitemos a misericórdia e a graça de Deus. No fim das contas, o que inicialmente parece ser vergonha pode se transformar em uma forma de orgulho. Insultamos a misericórdia de Deus, como se o que Ele fez não fosse o bastante para curar essa área íntima de nossas vidas. Continuamos a manter a nossa dor bem pertinho de nós, em vez de liberá-la diante da luz do amor. Aqueles que sentem que Deus não os protegeu como deveria em sua vida sexual no passado muitas vezes têm medo de convidá-Lo para participar do seu presente. O fato é que Deus não falhou com você; o que aconteceu foi consequência da humanidade caída. Não permita que a vergonha do pecado ou do abuso o impeça de desfrutar toda a plenitude da intimidade conjugal e o êxtase sexual. Deus anseia curar tudo o que está quebrado e torná-lo santo. Assim como muitos casais cristãos, quando nos casamos, presumíamos que nossos votos matrimoniais apagariam o histórico da nossa vida sexual passada e nos colocariam a caminho do paraíso. Acreditávamos que porque nos amávamos e estávamos comprometidos um com o outro, nenhuma sombra do passado atravessaria o limiar do nosso futuro. Imaginávamos que o acesso regular à intimidade sexual baniria os padrões egoístas ou a vergonha maculada. Infelizmente estávamos errados, e abordaremos as nossas próprias histórias aqui a fim de compartilhar as escolhas e revelações que nos trouxeram libertação. Nenhuma herança ou fracasso pode desqualificar os filhos de Deus impedindo-os de estabelecer um novo legado sexual. Mas só Deus pode santificar a nossa sexualidade e redimir nossos erros passados, presentes e futuros. E é somente pela Sua graça que o leito matrimonial se torna um refúgio de realização e amor. Seja qual for sua história passada, Deus deseja restaurar sua sexualidade de modo completo e radical. A graça Dele é maior do que qualquer coisa que você já tenha feito ou sofrido. Mas você não pode ter acesso à graça de Deus a não ser que primeiro faça Dele o Senhor da sua sexualidade. Reconheça sua necessidade e entregue-a a Deus. Ele transformará seu pesadelo sexual em um lindo sonho. Honrando o Leito Matrimonial O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros. Hebreus 13:4 Se existe um problema no seu casamento, ele aparecerá primeiro na sua cama. A falta de paixão no leito matrimonial geralmente é um sinal de outros problemas, e não de um mau desempenho sexual. Os problemas ocultos se manifestam nos lugares de vulnerabilidade, e não há ocasião em que sejamos mais vulneráveis do que nos momentos de intimidade sexual. O princípio mais importante da intimidade sexual é a honra. Muitos acreditam erroneamente que não há como desonrar ou contaminar o leito matrimonial, de modo que vale tudo entre o casal. Contudo, nada está mais distante da verdade. Honramos nosso casamento quando, na época em que somos solteiros ou noivos, permanecemos puros e separados para o nosso futuro cônjuge. Honramos nosso leito matrimonial depois do dia do casamento ao nunca permitir que outros tenham espaço nele (cometendo adultério), tampouco permitindo que qualquer outra coisa diminua a beleza da intimidade sexual (como a pornografia, a perversão ou a impureza).3 O leito matrimonial não santifica os nossos vícios sexuais impuros; ao contrário, o comportamento impuro contamina o leito matrimonial e nos impede de desfrutar da verdadeira intimidade. Também honramos nosso leito vendo-o como um lugar no qual podemos servir ao nosso cônjuge procurando fazer o que é melhor para ele, como discutimos no último capítulo. Servir ao nosso cônjuge sexualmente significa honrar as necessidades dele dentro da definição de Deus de santidade. Às vezes, servimos ao nosso cônjuge fazendo sexo mesmo quando não nos sentimos desejáveis. Quanto mais você envelhece, menos importa se sentir desejável. Você deixa de encarar o sexo como algo que funciona meramente como uma afirmação da sua atração física para seu cônjuge. Ele passa a ser mais uma atração íntima. Deus criou o sexo como uma maneira de maridos e esposas se conectarem um com o outro; não permita que a insegurança o impeça de desfrutar dessa conexão. (Nesse mesmo espírito de serviço, você não deve pressionar seu cônjuge a realizar qualquer ato com o qual ele ou ela se sinta desconfortável em nome do seu próprio prazer.) Por termos feito do nosso leito matrimonial um lugar de honra, fazer sexo aos cinquenta é melhor do que era quando tínhamos vinte anos de idade – embora tivéssemos uma aparência bem melhor aos vinte anos do que temos agora. Fazer amor de forma maravilhosa não tem a ver com sua aparência ou com seu desempenho. Tem a ver com quem vocês são juntos. Quando fazemos amor, estamos celebrando nossos mais de trinta anos de casamento. Nossas alegrias, dores, dificuldades e vitórias acrescentam significado e valor à nossa intimidade. Nossa intimidade espiritual, emocional e fisiológica culmina em um prazer e uma satisfação que vêm de Deus. A cultura sexual que estabelecemos no nosso casamento é um testemunho do poder redentor de Deus, pois estamos longe de onde começamos. Dia 2 A História de Lisa John e eu trouxemos diferentes formas de pecado sexual e de dificuldades para o nosso casamento. Enquanto John lutava suas próprias batalhas, eu tive de lutar minha própria guerra íntima. Nunca imaginei que escolhas sexuais aparentemente despreocupadas que eu havia feito quando era uma estudante universitária de dezenove anos voltariam para confrontar minha liberdade como uma mulher recém-casada de vinte e dois anos. Quando meus pais conversaram comigo sobre sexo pela primeira vez, eles me explicaram que o sexo estava reservado para o casamento, mas não me disseram por quê. O que lembro foi que a ênfase principal da conversa era o medo de contrair uma doença e a vergonha de ter uma gravidez fora do casamento. O casamento dos meus pais era muito instável e parecia haver muita inconsistência entre o que eles diziam e o que de fato faziam. Um exemplo característico dessa inconsistência é o fato de que meus avós por parte de pai terem tido múltiplos casos sexuais. O conceito de pureza ou virtude nunca entrou na conversa. Segundo o que eu podia observar, parecia que o segredo era fazer o que você quisesse desde que se comportasse de forma responsável e não fosse apanhado. Adotei essa lógica de ação durante a faculdade e a somei a um senso de moralidade que construí ao conviver com minhas amigas: eu só dormiria com pessoas a quem amasse e, além disso, faria sexo com responsabilidade. Um aspecto dessa “responsabilidade” era usar contraceptivos. Quando necessário, eu até levava algumas de minhas colegas menos responsáveis ao meu médico para que elas também pudessem adotar a pílula. Então conheci John e, ainda no nosso primeiro encontro, ele me conduziu ao Senhor. Eu tinha vinte e um anos. Nasci de novo, fui cheia do Espírito Santo e fui curada, tudo na mesma noite. Durante a nossa conversa, eu disse algo ridículo. Fiz o comentário: “Fico feliz por nunca ter tido um comportamento imoral”. Tenho de me perguntar por que eu disse algo tão estúpido! Não faço ideia da resposta, a não ser o fato de que eu não entendia a diferença entre moral e santo. Lembro-me de que eu pensava que dormir com pessoas que você amava era igual a ter moral. Embora eu tivesse nascido de novo, naquelas primeiras horas, minha mente estava longe de ter sido renovada. Mais tarde, quando começamos a namorar, esperava que John tivesse esquecido o que eu dissera. Imagine meu terror quando ele me disse: “Fico muito feliz porque nós dois nos guardamos”. Tive vontade de gritar: “Não! Aquilo era um bebê cristão ignorante e recém-nascido falando!” Foi quando descobri o quanto as consequências das minhas escolhas pessoais poderiam ser dolorosas para os outros. Então chegou o dia em que eu soube que John ia me pedir para passar o resto da vida com ele, e eu soube que tinha de lhe contar a verdade. Eu sentia que não merecia John e acreditava haver perdido a preciosa oportunidade de construir minha vida com um homem que amava a Deus e se importava comigo. Saí para caminhar um pouco e clamei a Deus. Eu sabia que havia sido perdoada, mas estava dominada pelo remorso que sentia das consequências das minhas escolhas sexuais. Fui ao apartamento de John para falar com ele, mas, antes que eu pudesse confessar meu segredo vergonhoso, ele disse: — Você se importa se eu ler um versículo da Bíblia? Senti o desejo de compartilhá-lo com você. Concordei, então John começou a ler: — “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17, AA). Sei que isso parece estranho — ele continuou —, mas senti como se Deus me falasse para dizer a você que as coisas velhas passaram. Você é inteiramente nova, e é como... uma virgem. Pensei que fosse vomitar. — Eu não sou virgem — eu disse. — Era isso que eu ia lhe dizer. John segurou-me pelos ombros, olhou-me nos olhos, e disse: — Se Deus diz que você é, quem somos nós para discutir? Naquele instante, toda a minha vergonha desapareceu.4 Restaurando a Sexualidade Quebrada Ainda assim, eu havia despertado a minha sexualidade na dimensão da luxúria e não do amor. Quando entrei no casamento e quis amar, eu não sabia como fazer isso. Na minha mente, sexo era ruim. Era errado. Era proibido. Agora que estávamos casados, o sexo de repente era bom e era algo de Deus e devia ser celebrado. Eu não sabia como fazer essa transição. Se John e eu ficávamos sozinhos, eu tinha um súbito e aterrorizante flashback de uma imagem de algum filme pornográfico horroroso que havia assistido cinco anos antes na faculdade. Ou eu me fechava sexualmente com vergonha por causa das memórias que tinha de encontros sexuais passados com um ex-namorado. Era terrível. Quando devia ser capaz de me entregar livremente a meu marido com total abandono, eu me via amarrada ao passado. John merecia tudo de mim, e eu não conseguia ter liberdade sexual por causa das minhas violações anteriores. Eu lutava contra pensamentos e imagens impuras, comparações e vergonha. Eu lutava contra essas coisas, mas parecia que nada adiantava. Foi nesse período da minha vida que aprendi sobre o poder de quebrar os laços da alma e as maldições hereditárias. Falamos das maldições hereditárias anteriormente neste livro. Como mencionei, havia uma história de imoralidade e infidelidade na minha linhagem, à qual eu tinha de renunciar. Mas eu também tinha de quebrar laços em minha alma criados por encontros passados para que a minha sexualidade fragmentada pudesse ser restaurada. Vamos ler um versículo que trata desse assunto: Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De maneira nenhuma! Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: “Os dois serão uma só carne”. 1 Coríntios 6:15-16 Não estou chamando meus ex-namorados de prostitutos, mas o princípio aqui é o mesmo. Eu havia me unido a eles e sido uma só com eles, e agora eu tinha uma aliança com outro homem. A cada união e separação, minha alma havia sido fragmentada até eu não ser mais inteira – e agora, eu estava quebrada sexualmente. Quando você está quebrado sexualmente, torna-se incrivelmente difícil você se entregar completamente ao seu cônjuge, porque você não está mais completo. Para andar em pureza e desfrutar o dom da intimidade, precisamos estar inteiros, e só Deus pode restaurar nossa integridade quando ela foi maculada. Só Deus pode restaurar a honra da nossa sexualidade onde houve violação e desonra. Só Deus pode pegar o impuro e contaminado e torná-lo santo e puro novamente. Só Deus pode nos dar uma bela coroa pelas cinzas que nós levamos a Ele. Se sua sexualidade foi maculada por causa da imoralidade no passado (quer seja promiscuidade, pornografia unida à masturbação ou qualquer outra impureza), gostaríamos de convidá-lo mais uma vez a dedicar um tempo para uma oração de restauração. Mais uma vez, prepare-se espiritualmente antes de orar, e ore somente com seu cônjuge, com um amigo próximo, com um parceiro de oração, ou apenas com a presença do Espírito de Deus. Diga em voz alta: Pai celestial, Obrigado por enviar Teu Filho para sofrer a punição pelo meu pecado. Porque estou em Cristo, todas as coisas velhas passaram da minha vida. Agora todas as coisas são novas. De acordo com 2 Coríntios 5:21, Jesus levou meu pecado para que eu pudesse me tornar a Tua justiça. Isto é o que sou hoje. Agora confesso e renuncio ao meu pecado e aos pecados de meus antepassados por todo e qualquer envolvimento em pecado sexual e por toda impureza, perversão e promiscuidade. (Tenha o cuidado de citar aqui especificamente os pecados aos quais você está renunciando. Diga-os em voz alta diante de Deus sem vergonha. Não há nada em oculto – Ele já conhece cada um deles e anseia por remover de você o peso da culpa e da vergonha. Então, quando estiver pronto, prossiga.) Pai, toma a espada do Teu Espírito e corta todo laço sexual impuro que prenda a minha alma à alma de... (ouça o Espírito Santo e diga cada nome à medida que for ouvindo. É bem possível que os nomes possam ser de pessoas com quem você não teve relações sexuais, mas com quem você se envolveu sexual ou emocionalmente de uma maneira que deveria estar reservada ao seu cônjuge ou ao seu Salvador somente). Depois de dizer cada nome individualmente, ore: Pai, libera Teus anjos para recuperar os fragmentos da minha alma presos a essas pessoas. Restitui-os a mim pelo Teu Espírito para que eu possa ser íntegro, santo e separado para o Teu prazer. Pai, renuncio à influência de toda imagem pervertida e promíscua. Perdoa-me por permitir que imagens vis e pervertidas fossem colocadas diante dos meus olhos. Faço uma aliança de acordo com o Salmo 101:3, de guardar as fontes do meu coração através da porta dos meus olhos. Não permitirei que nenhuma coisa vil esteja diante dos meus olhos. Renuncio a todo espírito impuro e ordeno que ele e sua influência saiam da minha vida. Pai, lava-me no sangue purificador de Jesus, pois só ele tem o poder para purificar e expiar. Eu me consagro agora como Teu templo; pelo poder do Teu Santo Espírito, remove toda contaminação do espírito, da alma e da carne deste santuário. Enche-me até transbordar com a presença do Teu Espírito Santo. Abre meus olhos para ver, meus ouvidos para ouvir e meu coração para receber tudo o que tens para mim. Sou Teu. Faz a Tua obra em minha vida. Com amor, Teu filho.5 Dia 3 A História de John Tecnicamente, eu me guardei para minha esposa, mas eu estava preso à pornografia unida à masturbação. Trouxe esses vícios para o meu casamento, pensando que o sexo com minha linda esposa curaria meu vício impuro. Isso não aconteceu. Continuei a lutar contra a luxúria por anos após nossa cerimônia de casamento. Meu vício foi um grande obstáculo à nossa vida sexual. Eu estava envergonhado e confuso. Não queria estar preso à luxúria, mas por mais que tentasse, não conseguia me libertar. Alguma coisa tinha de mudar. Em 1984 eu era responsável por fazer o transporte dos conferencistas que eram convidados para pregar em nossa igreja. Um dia, abri-me com relação às minhas lutas com um desses convidados, um homem de Deus a quem eu respeitava profundamente. Ele era conhecido por seu ministério de libertação. Se alguém podia me ajudar, pensei, era ele. Então contei a ele as minhas lutas. A reação dele não foi o que eu esperava. — Pare! — ele disse. — Você precisa simplesmente parar com isso! — Tudo bem — eu disse. — Mas o senhor pode orar por mim? Ele orou, mas nada aconteceu. Pensei: Talvez eu precise encontrar alguém que possua um dom mais forte para ajudar as pessoas a se libertarem. Mas eu não conseguia pensar em ninguém que tivesse um ministério de libertação mais poderoso que o dele. Eu me sentia enterrado no meu pecado. Cerca de nove meses depois, um amigo nosso permitiu que eu ficasse no apartamento dele por quatro dias. Retirei-me para aquela propriedade com o único propósito de confrontar meu vício. “Deus, chega”, eu disse finalmente. “Isto precisa acabar!” Naquele dia – 6 de maio de 1985 – fui milagrosa e completamente liberto. Depois de alguns meses andando em liberdade, perguntei ao Senhor: “Deus, não entendo. Por que não fui liberto quando oraram por mim? Eu me humilhei me abrindo com aquele grande homem de Deus. Por que a libertação demorou tanto?” Imediatamente Deus dirigiu minha atenção para uma mudança na minha vida de oração. Durante muito tempo, a essência das minhas orações era: “Deus, usa-me. Por favor, usame”. Eu era o centro da minha vida de oração. Todas as minhas orações giravam em torno do meu bem-estar e do meu chamado. Meu desejo de ser livre da luxúria não era motivado pelo amor a Deus ou mesmo pelo meu amor por Lisa. Ele era alimentado pelo medo de que meus problemas com a luxúria me impedissem de um dia cumprir meu chamado. Meu egocentrismo obstruía minha intimidade com Deus, e essa falta de intimidade me impedia de experimentar Seu poder transformador. Então algo mudou em meu coração, e minhas orações passaram a ser centradas no Senhor: “Deus, quero Te conhecer. Não permita que nada fique entre nós”. Deixei de ser uma pessoa egocêntrica e passei a ser uma pessoa focada em Deus. Quando tirei os olhos de mim mesmo e os coloquei no Senhor, abri minha vida para Sua graça. Ele me libertou e trouxe cura à minha sexualidade. Eu havia abraçado o que a Bíblia chama de tristeza segundo Deus. A Tristeza Segundo Deus A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte. 2 Coríntios 7:10 Durante anos, senti tristeza por causa dos meus vícios. Como mencionei anteriormente, eu não queria ficar preso à luxúria e me sentia enojado com o meu comportamento. Muitas pessoas sentem tristeza pelos seus pecados. Mas existe uma tristeza que vem da parte de Deus e nos leva ao arrependimento e à transformação, e existe uma tristeza que vem do mundo e leva à condenação sem mudança. A tristeza mundana é focada em si mesma e é alimentada pelo orgulho. Ela é marcada pelo desespero e pela autodepreciação porque só vê as soluções que são possíveis dentro das limitações humanas. Ela não enxerga a esperança que há no conhecimento do poder de Deus e, portanto, levará invariavelmente à morte espiritual. A tristeza segundo Deus, por outro lado, não é autodepreciativa ou egocêntrica. Ela está centrada em Deus. Embora venha acompanhada pela dor, ela carrega em si esperança no futuro; pois sua força está na capacidade de Deus de santificar, capacitar e redimir. A tristeza segundo Deus pode doer por um momento, mas a alegria e a vida logo virão em seguida. A tristeza e a condenação do mundo haviam fortalecido o poder da luxúria sobre minha vida. Eu pensava que estava agindo segundo o coração de Deus quando orava pedindo que Ele continuasse a me usar, mas na verdade estava sendo orgulhoso. O meu desejo de ser livre tinha a ver com meus interesses. Tinha pouco a ver com a maneira como eu estava ferindo o coração de Deus. Muitas pessoas desejam ser libertas unicamente porque não querem que seus pecados se acumulem em baús de remorso, impeçam seu sucesso futuro ou resultem em juízo. Essa disposição medrosa de se autoproteger nunca produzirá o poder para mudar. Não podemos nos tornar como Deus se não conhecemos Seu coração e não compartilhamos Dele. Intimidade com Deus é sempre um precursor para a transformação. Nós nos tornamos e continuamos livres do pecado permanecendo em um relacionamento com Ele. À medida que nos aproximarmos de Deus, Ele se revelará e nos capacitará para sermos santos: ... “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e Ele Se aproximará de vocês! [Se revelará a vocês] ... Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza [tristeza segundo Deus]. Humilhem-se diante do Senhor, e Ele os exaltará. Tiago 4:6-10, acréscimos do autor Deus nos exalta nos livrando dos desejos e das armadilhas da nossa natureza pecaminosa. Foi para a liberdade que Ele nos libertou. Mas não podemos descobrir a liberdade até que passemos a conhecer o Libertador. Se você deseja libertação, busque o coração de Deus. Essa proximidade alimentará uma tristeza profunda segundo Deus sempre que você não estiver andando nos caminhos Dele, o que por sua vez o atrairá a um relacionamento mais profundo com Ele e o capacitará a andar em liberdade. Lembre-se de que você é um filho de Deus, e a condenação não tem lugar em sua vida. Se você vacilar em seu caminho rumo à liberdade, não se permita permanecer na sua própria incapacidade. Não temas as consequências do seu erro. Em vez disso, permaneça na grandeza de Deus e no poder redentor da Sua graça. Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Romanos 8:1-2 Pornografia e Intimidade Embora eu (John) pensasse ingenuamente que meu vício em pornografia desapareceria depois que eu me casasse, aconteceu exatamente o oposto. Muitos casais tiveram a mesma experiência que eu tive: o uso de pornografia afeta negativamente homens e mulheres casados, e não apenas os solteiros. Os efeitos dessa prática sobre o casamento são sempre prejudiciais, tornando-se um obstáculo à capacidade do casal desfrutar de uma verdadeira intimidade. O chocante é que ouvimos relatos de conselheiros cristãos aconselhando casais a assistirem a pornografia juntos como um estímulo sexual. Esse é um grave erro! Não faça isso. Você descobrirá com o tempo que despertou um dragão adormecido que consumirá sua intimidade com o fogo da luxúria. E “... os olhos do homem nunca se satisfazem” (Pv 27:20, ACF). A pornografia é uma grave ameaça ao casamento antes e depois da cerimônia nupcial. E quer estejamos com nosso cônjuge ou a sós, não fomos criados por Deus para assistir à vergonha de outros. Embora a pornografia ofereça um estímulo e uma satisfação temporais porque apela para os desejos da nossa carne, ela corroerá nossa capacidade de termos intimidade com nosso cônjuge e com Deus. Por fim, ela nos deixará insatisfeitos com nosso cônjuge e com nós mesmos. A pornografia pode estimular a experiência sexual, mas ela não tratará dos problemas mais profundos de um relacionamento. O que parece ser uma solução de efeito rápido só acrescenta um peso avassalador a uma fundação que já está instável. Embora possa parecer que a pornografia acenderá uma centelha de vida, ela na verdade acende um fusível mortal que acabará deflagrando uma explosão de confusão, desconfiança e insegurança. O plano de Deus é que o prazer sexual seja algo que você receba exclusivamente ao se entregar àquele com quem sua vida está comprometida. Isso promove uma intimidade que vai além do leito matrimonial e aperfeiçoa o relacionamento conjugal como um todo. Satisfazer seus desejos com a pornografia, ao contrário, é a busca de prazer dentro dos limites do eu. Ela não exige intimidade, apenas um estímulo e um objeto de atração. O prazer da pornografia é apenas uma sombra transitória da euforia experimentada na intimidade projetada por Deus. Quando um casal leva a pornografia para sua união, eles corrompem o leito matrimonial incluindo outras pessoas em sua intimidade. Esse nunca foi o plano de Deus. A experiência sexual deve ser um lembrete da aliança que une duas vidas, e não há espaço na aliança matrimonial para terceiros. O que é sagrado entre duas pessoas passa a ser poluído com o envolvimento de várias. Deus quer que honremos o leito conjugal – e a aliança que ele representa – porque Ele deseja que esse seja um lugar de tremendo deleite e de satisfação duradoura. Dia 4 Guardando Nosso Coração Até muito recentemente, os sites pornográficos eram os destinos mais populares da Internet. (Eles foram superados apenas pelos sites de mídia social.) Mais de um entre dez sites são de natureza pornográfica. Mais de 40 milhões de norte-americanos visitam regularmente esses sites, e a cada segundo 28.258 usuários da Internet estão assistindo pornografia.6 Nunca antes o apetite sexual foi tão perversamente desenvolvido e alimentado. Com o predomínio da falsificação do estímulo sexual, muito do que deveria ser destinado ao ato de fazer amor foi substituído pela luxúria. O sexo virtual está destruindo a intimidade e arruinando os casamentos. Até mesmo os jovens têm agora problemas de disfunção erétil porque seu impulso sexual foi deturpado pelo vício em pornografia pela Internet. Mulheres de verdade não os satisfazem mais; suas experiências virtuais frequentes são diferentes demais dos encontros carnais reais. Esse não é um problema exclusivamente dos homens, e o conteúdo pornográfico se prolifera além da rede. Cerca de uma em cada cinco mulheres assistem pornografia on-line semanalmente.7 Tanto os homens quanto as mulheres alimentam seus vícios fora da internet com coisas como revistas ou livros eróticos, sendo esses últimos especialmente populares entre as mulheres. A pornografia e todas as outras formas de pecado sexual oferecem um prazer diluído, fora do projeto original de Deus. Mas o comportamento sexual ilícito, ainda que seja apenas na mente ou diante de uma tela, tem consequências muito mais profundas do que a perversão da gratificação. Jesus disse: “Mas Eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher e desejála, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5:28). Essa forma de infidelidade inerente a quem assiste pornografia é uma ameaça ao casamento, pois qualquer perversão da intenção de Deus para a sexualidade ataca nosso coração. “Acima de tudo, guarde o seu coração”, diz Provérbios, “pois dele depende toda a sua vida” (4:23). O pecado sexual polui nosso coração e pode consequentemente destruir nossas vidas e nosso casamento. Como uma triste confirmação dessa verdade, foi relatado que em cinquenta e seis por cento dos casos de divórcio uma das partes tinha “um interesse obsessivo por sites pornográficos”.8 No fim das contas, todo pecado é um ataque à nossa vitalidade. Por sermos cristãos, o inimigo perdeu a batalha pelo nosso espírito – de modo que ele está guerreando contra as nossas almas. Ele quer que fiquemos atolados, presos às consequências do pecado porque ele não quer que experimentemos a vida em sua plenitude (ver João 10:10). Cristo nos libertou do pecado, mas deixamos de experimentar essa liberdade quando permitimos que o pecado controle nossas vidas. Por esse motivo, Paulo escreveu: Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. Romanos 6:12-13, grifo do autor Oferecer “os membros do corpo” inclui nossa sexualidade. Glorificamos a Deus quando nos entregamos completamente a Ele e permitimos que o Seu Espírito guie nossas escolhas sexuais. Ele nos libertará do que nos prende e rouba de nós a vida que pretendeu nos dar. Ele nos levará a expressões sexuais que tragam liberdade, intimidade e prazer. Não estamos dizendo que é fácil vencer a tirania do pecado sexual habitual. “Continuem trabalhando com respeito de temor a Deus”, Paulo escreveu, “para completar a salvação de vocês” (Fp 2:12, NTLH). Crucificar a carne é um processo doloroso, embora a santificação seja uma obra da graça de Deus. Às vezes a jornada que nos leva à santidade – e a integridade – requer de nós resistir firmemente à tentação e ao orgulho. Mas se permitirmos que o Espírito faça Sua obra de santificação em nós, encontraremos uma alegria espiritual que excede em muito a dor da luta. Uma Visão da Pureza O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a Ele como uma virgem pura. O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. 2 Coríntios 11:2-3 A pureza no nosso casamento tem a ver com mais do que apenas nós. Ela tem a ver com a visão de Cristo para uma noiva pura. Atualmente, a luxúria está desenfreada dentro da Igreja. Pesquisas recentes mostram que cinquenta por cento dos homens cristãos e vinte por cento das mulheres cristãs são viciados em pornografia.9 Para combater esse problema, muitos homens e mulheres recorreram a métodos de prestação de contas e de modificação de comportamento para restringir seus vícios sexuais. Esse é um sinal valioso de um desejo de mudança, e esses métodos certamente têm seu lugar, mas a prestação de contas e a disciplina por si só não são fortes o suficiente para vencer a natureza pecaminosa. Se alguém quer se envolver em imoralidade sexual, nenhuma forma de contenção natural irá detê-lo. Ainda que seu comportamento exterior seja temporariamente controlado, sua vida interior continuará sendo governada pela luxúria e pela condenação. Nossos padrões comportamentais só mudarão de fato quando nossas mentes forem renovadas. “Não se amoldem ao padrão deste mundo”, Paulo implorou “mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Rm 12:2). Como filhos de Deus, somos livres do poder do pecado (ver Romanos 6:19-23). Para desfrutar dessa liberdade, entretanto, precisamos primeiramente permitir que Deus santifique nosso comportamento renovando nossa mente. Para ter nossa mente renovada precisamos passar tempo com a Palavra de Deus e na Sua Presença. Não existe outra maneira. A Palavra de Deus plantada em nossos corações e estabelecida pelo Seu Espírito nos liberta do pecado (ver Salmos 119:11 e Tiago 1:21). Muitos cristãos lamentam sua vergonha sexual, mas deixam de levar essa vergonha à presença Daquele que nos conduz à liberdade. Muitas instituições religiosas tentaram empregar táticas que infligem o medo e mecanismos de controle na tentativa de corrigir a imoralidade. Mas esses esforços não funcionaram e levaram a muita hipocrisia e pecado. O fato é que a vergonha empurra o pecado para as sombras, onde ele floresce. As leis religiosas e as regras feitas por homens não podem nos libertar do pecado. Na verdade, as leis e regras criam um solo fértil para a iniquidade (ver Romanos 7 e 2 Coríntios 3:6). Deus não quer que sejamos apaixonados por regras; Ele quer que sejamos apaixonados por Ele. Somos aperfeiçoados na experiência do amor do nosso Pai e somos curados através do nosso relacionamento com Ele. A Bíblia diz: Vocês sabem que Ele se manifestou para tirar os nossos pecados, e Nele não há pecado. Todo aquele que Nele permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não O viu nem O conheceu. 1 João 3:5-6, grifo do autor A palavra grega ginosko, traduzida aqui apenas como conhecer, na verdade significa “conhecer uma pessoa através da experiência pessoal direta, que implica em um relacionamento contínuo”.10 A libertação da natureza pecaminosa acontece quando temos um relacionamento pessoal com Deus, e não apenas por conhecê-Lo pelo que ouvimos alguém falar Dele. O apóstolo João, pela inspiração do Espírito Santo, declarou que um cristão que se envolve habitualmente com o pecado não está experimentando um relacionamento íntimo e pessoal com Cristo. Portanto, a solução para os problemas e pecados que ameaçam a intimidade no casamento é crescer em intimidade com o Senhor. Se o pecado está controlando sua vida, corra para Deus. Apenas através do conhecimento adquirido através da experiência do amor e da graça de Cristo você será liberto do pecado. Quando você se voltar para Deus em humildade, Ele renovará sua mente e removerá os véus que obstruem o conhecimento da sua liberdade em Cristo. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a Sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito. 2 Coríntios 3:16-18 Deus não quer que você tenha problemas com o pecado sexual – ou com qualquer tipo de pecado. Ele quer que você ande em santidade e integridade. Quando seu amor por Deus aumenta – um amor que surge em resposta à descoberta do amor Dele por você – sua vida se enche de uma perspectiva renovada e de um desejo de honrá-Lo. Ao submeter-se à Sua vontade e aos Seus caminhos, você descobrirá o poder para viver como Jesus. Assim como Paulo orou pelos crentes de Filipos, oramos por você: ... Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. Filipenses 1:9-11 Quando abordamos o sexo com o desejo ardente de agradar a Cristo, podemos aprender a desfrutar da intimidade com nosso cônjuge em todas as fases da vida. Dia 5 As Estações do Sexo Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do Céu... Eclesiastes 3:1 Em muitas áreas da vida, o momento certo não é apenas importante – ele é tudo. Se tudo na vida é sazonal e o tempo está ligado a todo propósito, então nossa expressão sexual não é exceção. Cada ano é formado por quatro estações, e acreditamos que cada casamento também obedece a essa regra. Portanto, vamos examinar o sexo à luz desse conceito. Primavera: A Primeira Década Para criar uma ilustração que nos ajudará a entender esse conceito, assemelharemos cada estação do sexo a uma década do casamento. Para explicar melhor esse exemplo, vamos escolher um casal que se casou quando ambos tinham cerca de vinte e oito anos de idade – a média atual em que as pessoas se casam. Então vamos designar os dez primeiros anos do casamento (dos 28 aos 38 anos) como a estação da inocência e dos novos começos, que conhecemos como a primavera. Citando Alexander Pope, esse é momento no qual “a esperança brota eternamente”. Na primavera, sua vida está desabrochando de possibilidades. Essa primeira década é uma estação de expectativa e descoberta, quando vocês entram na vida com uma nova perspectiva sexual. O que estava dormente no seu tempo de espera apaixonada agora é despertado na primavera do seu casamento. Ambos ainda estão descobrindo quem são como indivíduos e como é viver a vida juntos. Cada aspecto de sua vida sexual juntos é novo e fresco. Se vocês estão planejando criar uma família, muito provavelmente esta será a estação na qual vocês experimentarão as alegrias e os desafios da gravidez. A vida sexual de vocês parecerá diferente e vocês a sentirão de maneira diferente com filhos em suas vidas. Vocês não são mais apenas amantes; vocês são pais e mães também. Talvez tenham filhos interrompendo seu descanso ou até dormindo no seu quarto. Essa pode ser uma fase de desafios empolgantes. Eu (Lisa) amava ser uma jovem mãe. Amava cuidar de meus filhos e amamentei cada um de meus quatro meninos durante um a dois anos. O que nos leva à seguinte questão: em meu zelo por amamentá-los, descobri que era muito mais fácil negligenciar John. As jovens mães nunca deveriam ser obrigadas a escolher entre seus filhos e seus cônjuges, mas tome cuidado para que o bebê que você está carregando nos braços não tire o lugar de seu marido. Eu me sentia tão preenchida amamentando e tendo meus bebês adoráveis nos meus braços que não deixava espaço suficiente para meu marido. Eu me esquecia de que embora ele amasse nossos filhos, não estava tendo a mesma conexão íntima com eles que eu tinha. Ele precisava de mim, mas as necessidades das crianças nascidas do nosso amor eram muito mais óbvias que as dele. No sentido oposto, alguns maridos cuidam de suas filhas, e enquanto se desdobram em elogios a elas, se esquecem de incluir suas esposas. Sejam dedicados aos seus filhos e ao mesmo tempo cuidem da sua intimidade um com o outro. Invistam um no outro. Ponham as crianças para dormir cedo o bastante para terem tempo juntos. Compartilhem o fardo para que vocês possam compartilhar mais do que apenas o sono em sua cama. Converse abertamente com seu cônjuge sobre suas necessidades e preocupações. Às vezes, simplesmente dizer “Sinto falta do nosso tempo de intimidade juntos. Como podemos fazer isso acontecer?” fará um grande bem para eliminar qualquer frustração. Sejam intencionais na sua primeira década para descobrir as necessidades íntimas um do outro. Não permitam que nenhum padrão sexual se desenvolva fazendo com que qualquer um de vocês possa vir a se ressentir mais tarde. Conversem um com o outro. Nessa primeira década ou estação do casamento, é importante pensar na sua intimidade como um jardim no qual vocês plantam na primavera para desfrutar dos frutos no verão e no outono. Verão: A Segunda Década O verão é sempre melhor do que poderia ser. — Charles Bowden Se a primavera personifica a esperança, o verão simboliza a visão em todo o seu esplendor. Essa é uma estação sempre cheia de vida. Os planos de carreira já estão bem definidos agora, e vocês provavelmente já sabem se vão ser pais. Os filhos que já chegaram estão crescendo para serem o melhor que poderiam ser e, enquanto os filhos crescem, os pais também estão realizando seu próprio destino. Você não quer perder um único momento dourado do verão! Vocês terão de criar tempo para a intimidade acontecer em meio à intensa rotina escolar, das atividades extracurriculares e das carreiras. Se sua década de primavera foi bem plantada, vocês desfrutarão dessa década ainda mais do que da última estação. E se o seu jardim não foi bem cuidado na primeira década, não é tarde demais para plantar. O verão é uma estação na qual tudo pode crescer rapidamente, inclusive as ervas daninhas. Trabalhem para manter seus canteiros livres das ervas daninhas que podem ser fruto da familiaridade. Continuem a regar o que é saudável na sua intimidade e ela crescerá ainda mais depressa porque vocês já têm uma década de confiança adubando seu solo. O verão significa dias longos, risos, piqueniques e tempestades à tarde. Descobrimos na nossa década de verão que se queríamos fazer amor, o melhor era fazê-lo à tarde. Estávamos sempre cansados demais à noite, por isso ter intimidade durante o dia, quando os meninos estavam fora ou na escola, era melhor do que esperar para ver se teríamos alguma chance à noite. Outono: A Terceira Década Em seguida vem a década que chamamos de outono. Até agora, esse é a nossa estação favorita. Amamos a combinação de dias brilhantes de sol e noites frescas. Somos muito mais relaxados agora, quando nossos corpos também tem uma aparência mais “relaxada”. O outono é uma segunda primavera, quando cada folha é uma flor. — Albert Camus Amamos essa época! Em vez de tentar recuperar sua juventude, celebre seu outono. Descobrimos que nesta estação a intimidade volta a ter mais espaço em nossas vidas. Na casa dos cinquenta anos, nossos dias passaram a ter um ritmo diferente. Não estamos mais fazendo dever de casa com as crianças ou levando-os à escola ou a eventos esportivos. Temos mais tempo um para o outro. Estamos até escrevendo as coisas que queremos fazer nesta década outonal para que o inverno não nos pegue de surpresa. Uma dessas coisas é cuidar da nossa saúde sexual cuidando dos nossos corpos com uma dieta saudável, ar fresco e exercícios regulares. Estamos intencionalmente fazendo mais caminhadas juntos. Era isso que amávamos fazer quando estávamos namorando. Muitos casais se desconectam no outono da vida. Quando seus filhos saem de casa, os cônjuges descobrem que estão vivendo com um estranho. Nessa década, todos nós temos uma escolha. Podemos chorar a perda do que tínhamos ou escolher ficar empolgados com o que virá. Nós o encorajamos a ver essa estação como uma chance de refazer seu casamento. Vocês podem se tornar como recém-casados novamente, com a diferença de que, dessa vez, vocês serão ambos mais velhos e mais sábios. Inverno: Os Anos que Restam Nas profundezas do inverno, finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível. — Albert Camus Não vamos mentir, envelhecer parece difícil e extremamente injusto. Os pais de John fizeram isso bem. Eles enfrentaram alguns desafios na saúde, mas seu compromisso em caminhar, se exercitar e fazer refeições regulares com amigos os manteve ativos, e os dois lindinhos ainda dormem juntos em uma cama de casal – por opção. É melhor envelhecer juntos, e o sexo é maravilhosamente lindo quando é feito de acordo com cada estação. O autor do versículo sobre as estações em Eclesiastes também diz: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo” (Ec 3:11, ARA). A coisa certa na estação certa é formosa. Queremos envelhecer bem juntos e dançar ao ritmo da nossa estação. Um último exemplo para reflexão. As sungas são ótimas para as Olimpíadas, mas eu (Lisa) olho para o outro lado quando vejo homens velhos usando-as. O que um dia serviu ao propósito de impulsionar você dentro da água com velocidade é desnecessário na estação em que você nada e boia relaxadamente. O ponto é nunca parar de nadar. Você não deixa de amar a água só porque não fica mais bem de biquíni. A natação e o sexo são divertidos em todas as estações; eles apenas parecem diferentes com o passar do tempo. Comecei na primavera do nosso casamento usando um biquíni, depois passei para o nosso verão como mãe usando maiô inteiro. Na nossa estação atual, o outono, sou adepta dos shorts de surfista e tops. Quem sabe, quando a próxima estação, o inverno, se aproximar, eu decida simplesmente usar um maiô daqueles com saia embutida. Mas não vou parar de nadar. Talvez não nademos com tanta frequência quanto na nossa primavera, nem nademos atentos à presença dos nossos filhos como fazíamos no nosso verão. Mas vamos nadar no outono e no inverno da nossa vida. De muitas formas diferentes, o sexo é nosso eterno verão. Sugestões Práticas Não importa em qual estação da vida você esteja, fale. Se você é solteiro, compartilhe seus desejos e anseios com Deus. Fale com um amigo que compartilhe da sua busca por andar em virtude e encorajem um ao outro. Se você é casado, falem um com o outro. Compartilhem suas preocupações. A verdade é que todos podem se tornar melhores amantes – mas somente se forem ensinados. Os homens podem ser metódicos. Eles pensam: Se isto funcionou nas últimas dez vezes, por que mudar algo bom? Mulheres, digam aos seus maridos se vocês quiserem mudar as coisas. Digam coisas do tipo: “Adoro quando você beija o meu pescoço”. Não faça seu marido ter que adivinhar. Compartilhe abertamente seus desejos. Abracem um ao outro durante o dia quando não puderem fazer sexo para que vocês se sintam confortáveis quando puderem. Acariciem um ao outro. Façam caminhadas quando precisarem conversar sobre sexo para que ninguém sinta que está cometendo um erro no momento. Não acreditem no que as revistas dizem; vocês têm o direito de personalizar sua vida sexual tanto quanto qualquer outra parte do seu casamento. Se vocês precisarem de ajuda, busquem ajuda. Não deixem uma área tão sagrada do seu casamento ao acaso. Incluímos uma lista de recursos sugeridos no final deste livro, e sua igreja pode dar a vocês maiores orientações. Por não ser esta uma área na qual somos especialistas, mas na qual temos experiência limitada, nossas percepções se aplicam principalmente a casais que desejam intimidade em lugar de simples gratificação. Entendemos que há vezes em que um cônjuge não tem qualquer interesse pelo outro. Sabemos que esse tipo de rejeição íntima é extremamente doloroso, mas não se volte para outra pessoa; volte-se para Deus. Derrame seu coração perante Ele e creia que Ele curará a sua união. Exigir sexo um do outro nunca funciona. Também sabemos que existem estações desafiadoras quando um cônjuge está doente, desanimado ou passando por uma condição médica que impede ou dificulta sua intimidade. Converse com seu médico para ver o que pode ser feito. Nossa oração por vocês é que descubram a paixão para toda a vida e criem seu próprio legado sexual, estabelecido com base no projeto santo de Deus, não algemado pelas feridas ou fracassos do passado. Que vocês possam estar sempre “embriagados” no amor um do outro! Devocional do Dia 1 A CELEBRAÇÃO DA INTIMIDADE Alegre-se com a sua esposa e companheira desde jovem, que é amável como um anjo, linda como uma flor – nunca deixe de se deleitar em seu corpo. Nunca ache que o amor está garantido para sempre! – Provérbios 5:19-20, A Mensagem Deus criou o sexo antes da Queda do homem. Dentro do casamento, ele é muito bom. Na verdade, ele é extraordinário! Não existe vínculo de amor e de intimidade mais forte entre um homem e uma mulher. Que tipo de postura em relação ao sexo você traz para dentro do seu casamento? Você o vê da maneira pura e positiva pretendida por Deus? Por que ou por que não? Independentemente do que seu passado lhe ensinou a respeito de sexo, seu Pai celestial quer que você saiba que Ele aprova e abençoa plenamente sua intimidade sexual com seu cônjuge. Separe alguns instantes para meditar nestas instruções com relação ao sexo que estão na Palavra de Deus: Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela. – Provérbios 5:18-19 O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. – 1 Coríntios 7:3 O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro... – Hebreus 13:4 Seja sincero. Como você vê o sexo se encaixando dentro do contexto do seu casamento? Ele tem sido algo que você tem tolerado ou algo que tem celebrado? Como esses versículos o ajudam a ver o sexo sob uma perspectiva mais positiva? Deus nos dá um retrato detalhado de uma intimidade sexual saudável em Cântico dos Cânticos. Explore a alegria que há nesse relacionamento, principalmente na forma registrada nos capítulos 4 e 7, e peça ao Senhor para adequar sua visão e suas expectativas acerca do sexo para que se alinhem com as Dele. O princípio mais importante com relação à intimidade sexual é a honra. Algum comportamento atual seu está desonrando seu leito conjugal? Na Amplified Bible, Hebreus 13:4 define honra não apenas como manter o leito conjugal incontaminado, mas como considerar o casamento digno, precioso, de grande valor e especialmente estimado. Que passos práticos você pode dar para não apenas proteger, mas também celebrar a intimidade no seu casamento? Devocional do Dia 2 CURA PARA OS DE CORAÇÃO QUEBRANTADO Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas. – Salmos 147:3 A maioria de nós tem mágoas e dores resultantes de escolhas erradas que fizemos no passado, incluindo escolhas sexuais pecaminosas. Mas nosso Pai celestial, em Sua incrível sabedoria e Seu intenso desejo de ter um relacionamento conosco, abriu um caminho para curar e restaurar nossas vidas através de Seu Filho, Jesus. Paulo resume a história do amor de Deus em sua carta a Tito: Até pouco tempo, éramos tolos e teimosos, enganados pelo pecado, dominados pelos instintos, andando sem destino e cabisbaixos, odiando e sendo odiados. Mas quando Deus, nosso Salvador, bondoso e amoroso, interferiu, Ele nos salvou de tudo isso. Tudo foi obra Dele; nós não fizemos nada. Ele nos limpou, e saímos daquela situação como um povo especial, purificados por dentro e por fora pelo Espírito Santo. Nosso Salvador Jesus generosamente nos deu nova vida. O dom de Deus restaurou nosso relacionamento com Ele e nos devolveu a vida. – Tito 3:3-7, A Mensagem, grifo do autor Existem experiências no seu passado ou no passado do seu cônjuge que fazem com que algum de vocês se sinta como se não merecesse o outro – ou não merecesse desfrutar do sexo? Tire alguns instantes para ficar em silêncio, orar e pensar sobre isso. Se o Espírito Santo trouxer alguma coisa à sua mente, anote-a e entregue-a a Ele em oração. Fale com seu cônjuge e abram seu coração um com o outro com relação a essa questão. Orem e convidem o Espírito Santo para curar o coração de vocês e restaurar o que foi perdido. Deus só pode santificar aquilo que oferecemos a Ele. Seja sincero. Há alguma área da sua sexualidade que você não quer entregar a Ele? Existe alguma parte da sua vida sexual que você está mantendo inacessível? Nesse caso, qual é ela? Ore e peça ao Espírito Santo para lhe mostrar por que você está retendo essa área. Escreva o que Ele lhe revelar. ...Qualquer um, unido ao Messias, tem a chance de um novo começo e é criado de novo. A velha vida se foi. Uma nova vida floresce! É demais! – 2 Coríntios 5:17, A Mensagem Nossos corações são curados e tornados inteiros outra vez quando entregamos ao Senhor todo o nosso coração. Foi isso que você fez ao orar e entregar seu passado a Deus. Agora, medite atentamente nos seguintes textos: Deuteronômio 6:5; Salmos 119:2; Provérbios 3:5-8; Jeremias 29:11-14; Marcos 12:29-30. O que o Espírito Santo está lhe dizendo sobre seu casamento e sua sexualidade por intermédio desses versículos? Devocional do Dia 3 LIBERDADE EM ÍNTIMA COMUNHÃO ...Quem vive unido com Cristo não continua pecando... – 1 João 3:6, NTLH A intimidade com Cristo, descoberta por meio da comunhão com Seu Espírito, é o fundamento para a libertação de todo pecado. Intimidade é comunhão íntima. É a única coisa que o rei Davi, o apóstolo Paulo e Maria buscavam.11 Comunhão íntima é o que significa a expressão estar em Cristo – uma expressão usada aproximadamente cem vezes no Novo Testamento. Jesus descreveu intimidade como permanecer Nele. Como adquirimos e mantemos um relacionamento íntimo com Cristo? Entregando a Ele regularmente nosso tempo e nossa atenção. “O lugar secreto deve ter prioridade máxima em nossas agendas e programações porque ele é o lugar onde a incubação da intimidade é facilitada... As maiores dimensões do poder do Reino serão tocadas por aqueles que estão verdadeiramente inflamados e energizados pelo seu relacionamento pessoal de amor com o Senhor Jesus”. – Bob Sorge12 Sem dúvida, a libertação do pecado é encontrada na comunhão íntima com Jesus. Então, como você descreveria seu relacionamento com Ele? Com que frequência você dá a Ele seu tempo e atenção exclusivos? O que o motiva a buscar Sua presença? O que direciona a maior parte das suas orações – seu desejo por outras coisas ou seu desejo de conhecer a Deus? Se a intimidade com Jesus não é sua prioridade máxima, não se sinta condenado. Apenas seja sincero com Ele e peça Sua graça. Ore: “Senhor, eu Te amo e quero Te conhecer, mas neste instante, meu relacionamento contigo não é como sei que Tu queres que seja. Preciso da Tua ajuda. Abre meus olhos para ver o valor incomparável de Te conhecer. Mostra-me o meu coração. O que está me impedindo de Te colocar em primeiro lugar? O que posso fazer para ajudar a soprar as chamas do amor por Ti? Peço Tua percepção e graça, em nome de Jesus”. Fique em silêncio e ouça o que o Espírito Santo lhe mostrar. Anote-o e peça a Ele a graça para fazer o que Ele disser. As coisas que me impedem de colocar Deus em primeiro lugar são: Meu papel em cultivar um relacionamento íntimo com Ele é: FIQUE A SÓS COM DEUS Uma das melhores maneiras de se conectar intimamente com Jesus, de encontrar Seu coração e de experimentar novos níveis de liberdade é ir para um lugar específico a fim de ter um tempo focado de oração e comunhão com Ele. Você pode ir para um retiro com sua igreja ou pode agendar uma viagem só para você e seu cônjuge. Alguns dias a sós com Deus – desligado das distrações que exigem sua atenção no dia a dia – podem transformar para sempre sua vida e seu casamento. Encontre um tempo em que vocês possam sair da rotina e estar com Deus. Coloque isso na sua agenda e faça disso uma prioridade. Não tenha compromissos ou distrações – apenas uma Bíblia, um diário e uma caneta. Esteja pronto para receber abundantemente da bondade que há no coração Dele! Descubra as maravilhas do lugar secreto. Leia mais em: 1 Crônicas 16:27; Salmos 16:11; 27:4-6; 31:19-20; 91:1-16; Isaías 40:31; João 15:4-8; Hebreus 4:16 Devocional do Dia 4 CULTIVANDO OS DESEJOS CERTOS Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. – Gálatas 5:16 A pureza do seu casamento tem a ver essencialmente com a pureza que Cristo deseja em Sua Noiva. Os desejos sexuais não são maus – eles foram criados por Deus, e Ele os exalta! Mas quando atos ou influências erradas contaminam nossa união, eles guerreiam contra a intimidade e pervertem o que Deus chamou de bom. A chave para cultivar os desejos certos é deixar sua natureza humana morrer de fome e alimentar seu espírito. “Embora não haja dúvida de que a Bíblia tem uma visão favorável e positiva do sexo – veja o Cântico dos Cânticos, por exemplo – os escritores bíblicos também têm plena consciência da cilada do pecado sexual e da nossa tendência de estragar o presente que nos foi dado por Deus... [Este] é exatamente o motivo pelo qual a instituição do casamento é tão crucial quando buscarmos navegar pelo mar do desejo sexual. Ele é o único contexto no qual a sexualidade se torna espiritualmente significativa e útil”. – Gary Thomas13 O que você deixa entrar através dos seus olhos e ouvidos, você acaba levando, no fim das contas, para sua mente e seu coração. Seus olhos e ouvidos são as portas de entrada para sua alma e seu espírito. Tudo que você vê e ouve alimenta a natureza humana ou o espírito. Pare e pense. De que formas você está alimentando sua natureza humana? Você está assistindo a filmes, programas de TV ou ouvindo músicas que alimentam o fogo dos desejos impuros? Você está se “alimentando” com livros, revistas ou sites que estão poluindo sua mente e seu coração? E quanto aos amigos e outras influências – algum deles está encorajando atitudes ou atos errados? Peça ao Espírito Santo para revelar qualquer influência negativa/pouco saudável. De quê ou de quem Ele o está alertando a se afastar? A transformação do comportamento vem quando renovamos nossa mente com a Palavra de Deus. Medite nestas passagens da Bíblia: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. – Hebreus 4:12, ACF Portanto, livrem-se de toda impureza moral e da maldade que prevalece, e aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los. – Tiago 1:21 “Não é a Minha palavra como o fogo”, pergunta o SENHOR, “e como um martelo que despedaça a rocha?” – Jeremias 23:29 MEDITE TAMBÉM EM: Josué 1:8; Salmos 1:1-3; 119:103; Jeremias 15:16; Romanos 12:1-2; Colossenses 3:1-5; 1 Pedro 2:2 De que formas específicas você está alimentando seu espírito com a verdade da Palavra de Deus sobre sexo, intimidade e santidade? Como você pode se encher ainda mais da verdade? Ore e peça ao Espírito Santo para lhe mostrar formas práticas e criativas de alimentar seu espírito e cultivar os desejos corretos. Se você pedir a Ele, o Espírito Santo lhe mostrará como cultivar um desejo ardente pela santidade e aprofundar a intimidade da sua união. Devocional do Dia 5 COMUNICAÇÃO E INTIMIDADE ...Falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça. – Efésios 4:15, NTLH A chave para um sexo maravilhoso em todas as estações do casamento é a comunicação. Em muitos casamentos, a intimidade é “destruída por falta de conhecimento” (Os 4:6). Se as expectativas e preferências de ambos os cônjuges não forem comunicadas regularmente, os problemas começarão a surgir. À medida que você e seu cônjuge disserem a verdade amorosamente um ao outro sobre seus desejos sexuais, vocês crescerão até a grandeza do casamento que Deus pretendeu para todos nós. Os escritores e conferencistas Bob e Audrey Meisner explicam: “Ser os melhores amigos um do outro e ser transparentes um com o outro são comportamentos extremamente benéficos para seu prazer sexual... Uma conversa transparente sobre o que esperam um do outro, bem como sobre suas dificuldades e desafios traz calor e aceitação para seu relacionamento sexual. Faça com que compreender seu cônjuge, alguém com impulso sexual, nível de energia e maneiras de se expressar diferentes de você, seja uma prioridade. E seja paciente; levará toda uma vida para que vocês conheçam um ao outro íntima e detalhadamente”.14 Complete as frases: “Entendo que o melhor horário para fazermos amor nesta estação é: “Meu cônjuge se sente seguro e é mais apto a participar quando “Creio que nosso maior obstáculo para fazer amor regularmente na nossa estação do casamento seja “A coisa mais importante que quero compartilhar com meu cônjuge sobre nossa intimidade sexual nesse momento é O que mais gosto de fazer com meu cônjuge sexualmente: O que não gosto de fazer sexualmente com meu cônjuge: Você já compartilhou de modo aberto e sincero o que você gosta e não gosta com seu cônjuge? Ele não pode ler sua mente, por isso nós o encorajamos a planejar um momento e um lugar especial onde vocês dois possam compartilhar suas respostas um com o outro em um ambiente seguro. Lembremse de dizer a verdade em amor e orem para que Deus lhes dê graça para entender e dar valor às necessidades e aos desejos um do outro. Marido, você está dando mais tempo e atenção ao seu trabalho ou aos seus filhos do que à sua esposa? O que você pode fazer para servir melhor às necessidades sexuais dela? Humilhe-se diante da sua esposa e pergunte a opinião dela, depois orem sobre o assunto juntos. Esposa, sua família ou seu trabalho se tornaram mais importantes do que alimentar sua intimidade sexual com o seu marido? Como você pode servir melhor às necessidades sexuais dele? Humilhe-se diante de seu marido e peça a opinião dele, depois orem sobre o assunto juntos. PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | De acordo com Gênesis, Deus formou o homem do pó da terra e depois formou a mulher e a levou até o homem. Leia atentamente Gênesis 2:21-25. O que se destaca para você nesse relato da reação inicial do homem ao ver e estar com sua mulher? De que maneira as coisas ficaram diferentes depois que eles desobedeceram a Deus (ver Gênesis 3:6-8)? 2 | Você acredita que a misericórdia, o perdão e a graça de Deus estão à sua disposição e têm o poder de agir sobre qualquer pecado? Nesse caso, por que você acha que é tão difícil para muitas pessoas receberem a libertação com relação aos seus pecados sexuais? Se você estivesse falando com uma pessoa que tem sofrido com esse dilema, como a encorajaria a se libertar dos pecados passados e a receber o perdão e a graça de Deus? 3 | Nas suas próprias palavras, o que significa honrar seu leito conjugal? O que isso representa em termos práticos? Como o leito conjugal é desonrado? 4 | A Bíblia fala sobre dois tipos específicos de tristeza que experimentamos: a tristeza segundo o mundo e a tristeza segundo Deus. Reflita sobre as diferenças entre elas – quais são as características e os resultados finais de cada uma delas? TRISTEZA MUNDO SEGUNDO O TRISTEZA DEUS SEGUNDO 5 | A intimidade com Deus é o ponto de partida para a libertação de todo pecado, inclusive do pecado sexual. Pare e pense. O que aconteceria se fôssemos capazes de experimentar uma liberdade e uma libertação duradouras do pecado usando nossa própria força? Como isso mudaria nosso relacionamento com Deus e com os outros? Pense nisto: existe algum valor na sua própria capacidade carnal? Verifique Romanos 7:18; João 15:5; Filipenses 3:3 e 1 Coríntios 10:12. 6 | Além da nossa comunhão íntima com Deus, quais são alguns passos práticos que podemos dar para proteger nossos olhos e ouvidos, assim como nossa mente e nosso coração, das perversões e das imagens impuras, dos padrões e comportamentos endossados pela sociedade? Dê sugestões do que podemos fazer em particular assim como em público. Medite nestas passagens bíblicas: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101:3, ACF) “Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças” (Jó 31:1) 7 | Uma das chaves para permanecer sexualmente puro é permanecer sexualmente satisfeito dentro da segurança do seu casamento. Leia atentamente a instrução franca que Deus nos dá através da pena do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:2-5. O que o Espírito Santo está revelando a você em cada um desses versículos? Como esta passagem modifica sua perspectiva sobre o sexo em geral e especificamente sobre servir ao seu cônjuge? Líderes: Façam com que os membros do grupo leiam a mesma passagem da Bíblia na versão A Mensagem. RESUMO DO CAPÍTULO: • Deus quer que você e o seu cônjuge desenvolvam uma vida sexual maravilhosa, que começa abraçando o chamado Dele à honra e à pureza no quarto do casal. • Não permitam que a vergonha do pecado ou do abuso os impeça de desfrutar toda a plenitude da intimidade conjugal e do êxtase sexual. Deus anseia por curar tudo que está fragmentado e torná-lo íntegro. • Fazer amor se torna algo maravilhoso quando ambos os cônjuges têm um desejo ardente de agradar um ao outro. A intimidade sexual conecta você com seu cônjuge física, emocional, mental e espiritualmente, culminando em prazer e satisfação segundo Deus. • Enquanto o egocentrismo obstrui nossa intimidade com Deus e nos impede de experimentar Seu poder transformador, estar centrado em Deus e ter intimidade com Ele ativam Seu poder em nossas vidas. • Nossa mente é renovada e nosso coração purificado quando passamos tempo com a Palavra de Deus e na Sua presença. A Palavra de Deus plantada em nossos corações e estabelecida pelo Seu Espírito nos liberta do pecado sexual. • Cada estação do casamento é diferente, o que significa que vocês passarão por estações diferentes em sua vida sexual. Cada estação tem suas próprias alegrias e desafios. Conversem sobre sexo abertamente e regularmente em cada estação, e invistam na sua intimidade um com o outro. SEIS Recomece Só é possível viver felizes para sempre um dia de cada vez. — Margaret Bonanno Dia 1 Q uando nossos filhos eram pequenos, eu (Lisa) li para eles uma história sobre um homem pobre que teve um sonho muito real, no qual ele encontrava um tesouro enterrado aos pés de uma macieira. O local exato da árvore não estava claro, mas o sonho enchia o coração do homem de esperança. Aquele homem possuía um grande pomar, porém antigo e que já não dava mais frutos, o que o levara a um estado de pobreza. Antes do sonho, ele havia pensado em vender o pomar. Mas depois do sonho, ele começou a trabalhar com determinação e vigor, mesmo sabendo que encontrar a árvore certa poderia exigir horas incontáveis de trabalho árduo. Destemido, ele se dedicou à tarefa de cavar sistematicamente ao redor de cada uma de suas árvores. Cada árvore que não revelava um tesouro só servia para enfatizar a possibilidade de encontrar o tesouro nas árvores restantes. Mas quando ele cavou a vala final ao redor da última árvore e ainda não encontrou o tesouro com o qual sonhara, aquele homem caiu em um grande desânimo e foi tomado pela exaustão. Foi somente quando a primavera seguinte chegou que o homem descobriu seu tesouro. Ele caminhou pelo pomar e respirou profundamente, e o ar estava cheio do aroma das macieiras em flor. Todas as suas antigas árvores estavam revestidas com cascatas de flores. Cada broto perfumado continha a promessa das maçãs que seriam colhidas no outono. O homem pobre descobriu seu tesouro cuidando do que esteve sempre sob os seus cuidados. Quando cavou ao redor de cada árvore, ele inconscientemente ventilou as raízes e revirou a terra. Esse processo levou as árvores a uma nova estação de frutificação. O que um dia fora estéril havia voltado à vida. Naquele ano e durante muitos outros anos vindouros, ele e sua família desfrutaram de uma colheita que superava seus sonhos mais incríveis! Quando começamos nossa jornada através deste livro, assemelhamos o casamento a uma árvore. Quando a terra ao redor de uma árvore está compacta, suas raízes ficam presas e não podem se espalhar para receber a água e os nutrientes que a árvore precisa para florescer. Os cinco primeiros capítulos deste livro destinam-se a ajudar você a trabalhar para trazer nova vida ao solo. Removendo os efeitos debilitantes e restritivos da ofensa, do medo e do egoísmo, você ventilou suas raízes. Por ter ousado sonhar e escolhido estabelecer valores, papéis e objetivos, você deve ver a promessa da esperança nos seus galhos e um tesouro no seu futuro. Todo casamento tem a promessa de uma colheita ainda não realizada. Fazemos a nossa parte protegendo nossos corações e lares, e Deus faz a parte Dele ordenando a bênção sobre a nossa união. Os novos brotos da árvore jovem com seus ramos tenros, a árvore madura com seus braços castigados pelo tempo e, sim, até mesmo a pequena semente prestes a brotar – todos eles têm o poder do potencial. Nosso Deus pega o que é estéril e o torna abundante. O que é velho Ele torna novo, e o que está morto Ele traz de volta à vida. Fazendo Novas Todas as Coisas O amor não apaga o passado, mas torna o futuro diferente. – Gary Chapman1 Vamos voltar nossa atenção uma última vez para o jardim onde tudo isso começou. Deus criou os seres humanos; criou-os à semelhança de Deus, refletindo a natureza de Deus. Ele os criou macho e fêmea, e, então os abençoou: “Cresçam! Reproduzemse! Encham a Terra! Assumam o comando! Sejam responsáveis pelos peixes no mar e pelos pássaros no ar, por todo ser vivo que se move sobre a Terra”. Gênesis 1:27-28, A Mensagem Esse sempre foi o propósito de Deus para nós. Nosso passado, nossos medos e as pressões e distorções do ambiente ao nosso redor envenenaram ou diluíram a intenção original do Criador. Talvez você tenha se sentido tão distante da missão que lhe foi dada no Éden que não consegue acreditar que ela seja sua por direito. Anime-se. Toda vida e todo casamento pode renascer e uma nova gênese pode ser abraçada. Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” ... Apocalipse 21:5 Deus não renova o passado simplesmente. Ele faz novas todas as coisas! Ele tomou as árvores do Éden – que serviam como um marco da nossa Queda – e as reinventou. Ele estendeu os braços de Seu Filho sobre uma árvore de morte para que Ele pudesse nos receber na Sua cidade eterna, lar da árvore da vida cujas folhas são para a cura das nações. Nada do que foi perdido estava além do Seu poder de redenção. Isso inclui nossos casamentos. Ele renova todas as coisas para que possamos recomeçar. Seu passado se foi. Ele está cimentado nos anais do tempo e além do alcance dos esforços humanos. Mas existe Alguém que existe fora do tempo, e Ele não está preso pelas suas limitações. Ele é “o Alto e o Sublime” que “habita na eternidade” (Is 57:15, ACF). Deus redime os erros do seu passado enquanto escreve a história do seu futuro. No Reino de Deus, a dor do ontem não impede o potencial do amanhã. Suas misericórdias se renovam a cada manhã e Suas promessas esperam por você. Ele ama tornar as coisas impossíveis possíveis para você – e anseia por isso! Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera... Efésios 3:20, ACF A frutificação, a eficácia e a realização que Deus pode trazer – a você individualmente e ao seu casamento – estão além de qualquer coisa que você possa compreender. Pense nos sonhos, objetivos e desejos que você escreveu para o seu casamento nos últimos dias ou semanas. Deus não quer simplesmente cumprir essa visão. Ele quer ir abundantemente além dela. Ele quer aprofundar sua intimidade e estender sua influência para que sua união estabeleça o Reino celestial Dele na Terra. Ele quer operar em você e através de você de formas radicais e sem precedentes. Talvez você não tenha ousado sonhar enquanto lia os capítulos anteriores. Ouse fazer isso agora! Um princípio fundamental da vida com Deus é que embora Ele não precise da nossa assistência para realizar nada, Ele deseja nossa parceria. Ele não precisa da nossa ajuda, mas quer o nosso envolvimento. Temos o privilégio de participar da realização de coisas impossíveis. É isso que lhe pedimos para fazer promovendo um recomeço em seu casamento: ter como alvo o que até mesmo neste momento pode parecer impossível. Uma história específica nos dá uma ideia sobre como o impossível pode ser alcançado. Ela aconteceu em um momento bastante improvável na história humana, um tempo em que a humanidade se rebelou contra a ordem de Deus de encher a Terra. Em vez de se espalharem, nossos ancestrais se agruparam e tentaram construir uma torre, ansiando por um lugar na esfera celestial como Adão e Eva tinham no Éden. Você provavelmente já conhece a história de como Deus interveio na Torre de Babel. ... O SENHOR desceu para ver a cidade e a torre os homens estavam construindo. E disse o SENHOR: “Eles são um só povo, e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros”. Assim o SENHOR os dispersou dali por toda a Terra, e pararam de construir a cidade. Gênesis 11:5-8, grifos do autor Esse empreendimento não era da autoria de Deus, mas se Ele não tivesse interrompido o trabalho dos homens, ele teria se tornado realidade por causa de dois fatores: uma língua comum e um povo unido.2 Se esses dois elementos foram capazes de capacitar os desobedientes a fazerem algo aparentemente impossível, imagine o que eles poderiam fazer por aqueles que são uma só carne em Cristo! Ter uma língua e um propósito unificados será essencial para vocês enquanto estiverem recomeçando, abraçando o “abundantemente além” que Deus tem para sua união. Vamos examinar essas duas dinâmicas, começando pela língua. Dia 2 A Língua do Céu ... porque a sua boca fala do que está cheio o coração. Lucas 6:45 Ao longo deste livro, enfatizamos repetidamente a importância de deixar Deus trabalhar no seu coração primeiro. A mudança vem quando nos rendemos ao Seu Espírito e nos submetemos à Sua Palavra. Como afirmamos, a mudança de comportamento não substitui a transformação interior. Mas à medida que você começar a ser transformado interiormente, seu mundo exterior será refeito. A primeira evidência da obra que Deus faz no seu coração poderá ser percebida nas palavras da sua boca. Em todas as situações que enfrentamos, temos uma escolha: vamos usar a língua do Céu ou a língua da Terra? A Terra articula a realidade aparente. O Céu fala de acordo com uma Fonte de verdade superior. “Pois os Meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os Meus caminhos”, declara o SENHOR. “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos. Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei”. Isaías 55:8-11 Para falar a língua de Deus, precisamos conhecer Sua Palavra. Ela transformará nossa visão, fazendo com que vejamos o invisível e declaremos o que ainda pode ser. Ela transformará o que a nossa boca declara no dialeto da fé, algo que vai além de ser positivo ou emocionalmente otimista. Tem a ver com a firme convicção no que foi prometido. Eis alguns exemplos de como as línguas do Céu e da Terra diferem: Nossa Terra diz: “Divórcio”. O Céu diz: “União” Nossa Terra diz: “Não há esperança”. O Céu diz “Tudo é possível”. Nossa Terra diz: “Rejeição”. O Céu diz: “Aceitação” Nossa Terra diz: “Você me deve!” O Céu diz: “Eu dou livremente”. Nossa Terra diz: “Vingança”. O Céu diz: “Perdão”. Nossa Terra diz: “Não serei seu escravo”. O Céu diz: “Serei seu servo”. Nossa Terra diz: “Desprezo sua fraqueza”. O Céu diz: “Vejo seu potencial e meu amor cobre sua fraqueza”. Nossa Terra diz: “Você não atende às minhas necessidades”. O Céu diz: “Quero suprir as suas necessidades”. Essas palavras podem ser inspiradoras por si só, mas quando estão enraizadas na verdade mais profunda da Palavra de Deus elas se tornam permanentes e nos enchem de poder. Nós o encorajamos a adotar a língua do Céu aprendendo a associar a Bíblia com cada atitude e declaração que você trouxer para o seu casamento. Como povo de Deus, nós sabemos que “os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2 Co 4:1718). A língua tem poder sobre a vida e a morte, e pela fé podemos chamar até mesmo coisas que ainda não estão aparentes como se fossem (ver Provérbios 18:21 e Romanos 4:17). Deixe que a Palavra de Deus molde o seu mundo. Dizendo a Verdade ...falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo... Efésios 4:15, NTLH Falar a língua do Céu significa sempre dizer a verdade. Mas nem todas as formas de dizer a verdade estão certas. Falar a língua de Deus significa falar a verdade em amor. Muitos casais erram adotando uma destas duas abordagens extremas: alguns cônjuges usam a Palavra de Deus para atacar ou diminuir seus cônjuges. Eles dizem a verdade, mas a dizem por se sentirem frustrados, com raiva, querendo se vingar ou ofender. Outros não querem causar dor ou criar conflitos, então suprimem a verdade que precisa ser dita e agem com um amor superficial e falsificado. Com o tempo, isso inevitavelmente gera sentimentos profundos de decepção e ofensa, o que eventualmente leva a algum tipo de explosão. Nenhuma dessas abordagens alcança o fim desejado por Deus – que nos tornemos cada vez mais semelhantes a Cristo. Como marido ou esposa, você está ciente das fraquezas do seu cônjuge de uma forma que ninguém mais está. Você poderia facilmente se aproveitar desse conhecimento único para ferir, envergonhar ou condenar seu cônjuge. Mas abraçamos um chamado superior, não é mesmo? Nós nos comprometemos em servir nossos cônjuges mais do que qualquer outra pessoa, em buscar o que será melhor para eles. Nossas palavras sinceras podem ajudar nossos cônjuges a crescerem mais à semelhança de Cristo – mas nunca diremos palavras de valor eterno se usarmos nossas línguas como armas que ferem. Se quisermos que nossos casamentos sejam saudáveis, teremos de tratar dos comportamentos destrutivos ou errados, mas há uma hora e um lugar certos para fazer isso. Você já percebeu que apontar as imperfeiçoes do seu cônjuge no meio de uma discussão nunca leva a uma mudança positiva? Ao contrário, isso costuma incitar um comportamento pior e interações nocivas. Quando achar que algo precisa ser discutido, espere até que você e seu cônjuge tenham se acalmado. Se a questão for séria, talvez seja uma boa ideia planejar um encontro para que você possa se expressar em um ambiente mais íntimo. Isso ajuda a estabelecer um ambiente no qual seu cônjuge esteja mais propenso a ouvir você. Eu (Lisa) lembro-me claramente de Deus ter me dito certa vez: “Lisa, se você quer ser ouvida, diga as coisas da maneira que gostaria de ouvir”. Poderíamos facilmente acrescentar a isso: “Fale-as quando você gostaria de ouvir”. No meio de uma discussão geralmente não é a hora certa para fazer uma crítica construtiva. É melhor compartilhar uma crítica construtiva quando seu cônjuge estiver à vontade e receptivo. Quando vocês estão exaustos, é hora de deixar o problema de lado. Perdoem-se, abracem-se e decidam continuar a discussão pela manhã. É indispensável expressarmos verdades sensíveis banhadas em amor. Ninguém gosta de ouvir suas falhas e erros, mas aqueles que são ensináveis se beneficiam quando passam a conhecer as áreas nas quais podem melhorar. Antes de dar um conselho, verifique sua motivação. Pergunte a si mesmo: Estou dizendo isto baseado em amor, ou estou buscando meu benefício próprio ou tentando me proteger? Estou realmente preocupado com o bem-estar do meu cônjuge, ou estou tentando me vingar pela maneira como fui ferido? Se você está fazendo recomendações quanto ao comportamento do seu cônjuge no meio de uma discussão, é provável que essas sugestões tenham suas raízes no egoísmo. Na verdade, você está reagindo à maneira como seu cônjuge está fazendo você se sentir. É muito difícil dizer a verdade em amor quando você está emocionalmente envolvido. Mas se você segurar sua língua, uma destas duas coisas vai acontecer: ou você perceberá que estava errado e ficará grato por não ter dito nada, ou poderá articular calmamente e com precisão alguma coisa que seu cônjuge precisa ouvir. Aprendemos que é sempre melhor desconsiderar as ofensas menores entregando-as a Deus. Mas entendemos que algumas mágoas são difíceis de esquecer. No caso de um comportamento habitual destrutivo, é realmente pouco saudável segurar a língua. Mas a necessidade de confrontar não nos dá permissão para ferir o outro. Você pode dizer a verdade em amor: • Examinando seus motivos à luz da Palavra de Deus. • Resolvendo conflito atacando o problema e não o seu cônjuge. • Controlando sua língua e não falando de forma destrutiva. • Sendo misericordioso. • Sendo sincero. • Respondendo com gentileza. • Oferecendo esperança constantemente. • Falando da maneira que gostaria que ele/ela falasse com você. • Escolhendo as palavras, a hora e o lugar para confrontar com sabedoria.3 Salomão disse: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro” (Pv 27:17). Há espaço para atritos e até mesmo para a discordância nos nossos relacionamentos sem que isso desagrade a Deus. Se lidarmos com eles corretamente, esses momentos de atrito forjarão a santidade em nossas vidas. É importante abordar os problemas que poderiam comprometer a unidade do seu casamento. Pequenas mágoas podem se tornar feridas profundas quando não são tratadas adequadamente, e muitas vezes nossos cônjuges não estão cientes da dor que estão nos causando. Discutir as preocupações por amor a Deus e ao outro nos ajuda a crescer em unidade e a nos tornarmos cônjuges melhores. Dia 3 As Linguagens do Amor Até agora, falamos sobre a linguagem em um sentido mais ou menos tradicional, focando nas palavras que dizemos e em como as dizemos. Agora queremos fazer um pequeno ajuste em nosso foco e discutir um aspecto diferente da linguagem compartilhada. No capítulo quatro, dissemos que nossos casamentos serão mais fortes se entendermos que nossos cônjuges talvez não nos sirvam da mesma maneira que nós servimos a eles. Do mesmo modo, as pessoas dão e recebem amor de formas diferentes. Um livro excelente para ajudar você a interpretar os vários dialetos do amor – um livro que beneficiou grandemente nosso relacionamento – é As Cinco Linguagens do Amor: Como Expressar Um Compromisso de Amor a Seu Cônjuge, de Gary Chapman. Para ajudá-lo a entender por que essa é uma questão tão importante, vamos usar nosso casamento como exemplo. As minhas (Lisa) principais formas de demonstrar amor são tempo de qualidade e atos de serviço. Isso significa que no início do nosso casamento, eu ficava ocupada fazendo coisas (lavando roupas, reformando o piso da casa, cozinhando, limpando, cuidando das crianças, pintando e cuidando do quintal) para mostrar a John o meu grande amor por ele. Eu tentava ter conversas profundas e significativas como formas de passar tempo de qualidade com John enquanto fazia as coisas que eu achava demonstrarem amor. Eu (John) não estava sintonizado no mesmo canal que Lisa. Eu demonstro amor de forma diferente, através do toque físico e das palavras de afirmação. Lisa estava fazendo refeições maravilhosas, tirando o carpete velho da casa e instalando novos pisos, mas eu não a ouvia dizer “Eu te amo”. E embora eu estivesse sinceramente dizendo palavras de encorajamento e dando afeto físico a ela, ela também não estava ouvindo “Eu te amo”. Era como se ambos estivéssemos falando um idioma estrangeiro. Para um casamento ser saudável, ambas as pessoas devem se sentir felizes e amadas, e todos merecem ser amados de uma maneira que possam entender. Diante dessa afirmação, não há nada de errado em fazer com que o outro saiba qual é a linguagem de amor que fala mais claramente ao seu coração. Nós encorajamos você e seu cônjuge a aprenderem como demonstrar amor lendo o livro do Dr. Chapman ou fazendo a avaliação gratuita no site www.5lovelanguages.com. Conversem sobre seus resultados. O que significaria dentro do relacionamento de vocês falar a língua um do outro? Esta conversa transcorre melhor se ocorrer de maneira gentil, sem acusações. Diga coisas do tipo “Eu me sinto amado quando você...” e depois desenvolva o diálogo.4 O uso intencional de palavras ou atos feitos sob medida para a maneira como seu cônjuge demonstra afeto expandirá o vocabulário do amor na sua união. Isso fortalecerá o fundamento que vocês estabelecerem usando a língua do Céu e dizendo a verdade em amor. Juntos, esses fatores criam uma linguagem que é compartilhada por vocês dentro da sua união. Em seguida, veremos como você pode construir o segundo aspecto que torna possível o impossível: a unidade. Em Missão Uma das coisas que Jesus enfatizou com frequência durante Seu ministério foi a importância de estar em unidade. Veja, por exemplo, uma história relatada no evangelho de João. Na noite em que foi traído, Jesus orou para que vivêssemos em unidade: Oro não é apenas por eles [meus discípulos]. Mas também por todos os que crerão em Mim. Por causa deles e do testemunho deles a Meu respeito. O alvo para todos eles é tornar-se um só coração e uma única mente conosco – Assim como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu em Ti, Para que possam ser um coração e uma única mente conosco. Então, o mundo poderá crer que Tu, de fato, Me enviaste. A mesma glória que Me deste, Eu dei a eles, Para que eles estejam unidos como Nós estamos – Eu neles e eles em Mim. Assim, eles amadurecerão nessa unidade E darão evidência ao mundo mau De que Tu Me enviaste E os amaste do mesmo modo que amaste a Mim. João 17:20-23 9 (A Mensagem), grifo do autor A unidade revela a glória de Deus. Ela atesta o poder da obra de reconciliação do Seu Filho. Embora muitos tenham procurado provar o Evangelho usando argumentos racionais ou contundentes, a primeira e melhor evidência do amor de Deus pelo mundo é a maneira como o Seu amor é demonstrado entre Seu povo. A unidade fala não apenas aos que estão fora do Reino de Deus; ela também nos beneficia. É no lugar da unidade que Deus ordena a bênção (ver Salmos 133, ACF). Esta é a razão pela qual a unidade representa uma ameaça dupla ao reino das trevas: ela gera favor para o povo de Deus e ao mesmo tempo leva os perdidos a observarem o amor de Deus por eles. Não é de surpreender, então, que o inimigo faça tudo ao alcance dele para gerar desunião em seu casamento – e qualquer resquício de egoísmo ou medo que você guarde para si só ajudará a causa dele. Como permanecer unidos exige que lutemos tanto contra nosso inimigo quanto contra nossa natureza humana, esse é um trabalho árduo. É algo que requer a graça do Espírito de Deus e uma consciência de um propósito claro que transcende as dificuldades do momento. É com isso em mente que vamos olhar mais uma vez Efésios 5:21: Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. Em um capítulo anterior, falamos sobre os papéis que ambos os cônjuges desempenham ao se submeterem um ao outro como servos altruístas. Agora queremos expandir sua compreensão acerca da submissão e sobre como ela nos ajuda a sermos um. Pense nisto: o prefixo sub significa “debaixo”. Junte-o à palavra missão e podemos concluir que submissão significa estar “sob a mesma missão”.5 Você já passou bastante tempo listando seus objetivos conjugais e enumerando os passos necessários para alcançá-los. Que esse chamado à submissão sirva, portanto, como um lembrete de que todo objetivo pessoal para o seu casamento tem como alvo fundamental demonstrar o amor e a glória de Deus. Ambos os cônjuges estão sujeitos à autoridade dessa missão dada por Deus, e é isso que nos compele a sermos um. Essa perspectiva é o que capacita ambos os cônjuges a serem fortes em seu casamento. A submissão não requer que um cônjuge seja forte e o outro fraco. Por caber ao casamento cumprir uma missão tão grande, tão maior do que qualquer um de nós, é preciso duas pessoas fortes para construir uma união forte. Por favor, entenda que ao usar a palavra forte não estamos nos referindo à personalidade ou à força física. Estamos falando de contribuição. Como afirmamos anteriormente, o casamento nada tem a ver com dominação; ele tem a ver com domínio. Ele tem a ver com ganhar terreno, e não com ser territorialista. Existem áreas no nosso casamento, na nossa família e na nossa zona de influência nas quais eu (John) sou mais capacitado que Lisa. Ela alegremente cede lugar a mim nessas áreas. Do mesmo modo, existem áreas nas quais Lisa é muito mais capacitada do que eu. Nessas questões, eu cedo lugar alegremente à habilidade e à percepção dela. Estamos unidos sob a mesma missão, e nossa missão exige o melhor que nós dois temos a oferecer. John sempre foi excelente cuidando das nossas finanças. Ele nunca teve qualquer dificuldade em acreditar que Deus suprirá nossas necessidades e abençoará nossas vidas. Todas as casas que já tivemos, foi ele quem encontrou. Quando ele assumiu o pagamento das contas, foi como se um peso enorme fosse tirado das minhas (Lisa) costas. Eu estava cuidando das contas por causa da agenda pesada de viagens de John e dos seus horários de trabalho. Vendo minha frustração com a tarefa, ele se ofereceu para assumir meu lugar. O que era um fardo para mim era fácil para ele. Ele fazia um excelente trabalho em se tratando de grandes aquisições, como casa, carro e outras coisas do gênero. Ele também se relacionava bem com nossos meninos através de competições, jogos e atividades similares. Eu, por outro lado, cuidava da nossa casa. Sempre quis que ela fosse um espaço onde as refeições em família acontecessem ao redor da mesa. Amo alimentar minha família, e queria que meus meninos convidassem seus amigos para vir comer conosco. Eu também queria que nossa casa fosse um lugar onde John pudesse relaxar quando voltasse de viagem. Descubra em que áreas você e seu cônjuge estão mais bem equipados para assumir a liderança. Aprenda a ceder lugar um ao outro nas respectivas áreas onde vocês são melhor dotados. Ceder lugar voluntariamente à liderança um do outro nas áreas mais fortes de cada um capacitará vocês a realizar a missão que compartilham. Dia 4 Prioridades É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Eclesiastes 4:9 Missões e prioridades não são a mesma coisa, mas andam de mãos dadas. Concordar com as mesmas prioridades e apoiá-las é essencial para se preservar a unidade. Nossas prioridades são ditadas pelo nosso objetivo maior: conhecer e revelar o amor de Deus. Por ser essa uma missão compartilhada por todo crente, podemos todos ter as mesmas prioridades, embora as estratégias para fazer isso sejam diferentes de um casal para outro e de uma estação para outra. Propomos que vocês vejam suas prioridades do seguinte modo: 1. Deus. Deus não é apenas o “primeiro”. Ele está acima de tudo o mais, e o relacionamento com Ele é essencial para o sucesso e a fidelidade em todas as outras áreas da vida. Ele deveria englobar e habitar em cada uma das nossas prioridades. Mas em nome da clareza, vamos designá-Lo como o primeiro dessa lista. Portanto, por assim dizer, Deus vem em primeiro lugar. Mas nosso relacionamento com Deus e o trabalho que fazemos para Ele não são a mesma coisa. É tentador, principalmente para os ministros ou outros que servem na igreja, priorizar a obra do ministério acima das nossas famílias. Por favor, não permita que sua família seja vítima dessa distorção. 2. Cônjuge. Mais uma vez, pode haver espaço aqui para uma distorção que, apesar de sutil, pode ter um alto preço. Seus filhos são importantes, mas você não deve negligenciar seu cônjuge em função do seu cuidado em relação a eles. Seus filhos um dia amadurecerão e deixarão seus cuidados, mas você tem um relacionamento de aliança com seu cônjuge por toda a vida. Certifique-se de que construam sua vida juntos de tal maneira que quando seus filhos saírem de casa, vocês dois ainda sejam os melhores amigos um do outro. 3. Filhos. Os detalhes exatos do envolvimento e do papel de cada cônjuge na criação dos seus filhos variarão de uma estação para outra, principalmente dependendo da próxima prioridade – o chamado de vocês. Se um de vocês – ou ambos – trabalha fora de casa, vocês terão responsabilidades em outras áreas como vida profissional e ministério. Se atualmente cumprir seu chamado significa ficar em casa com seus filhos, nossa distinção entre essa prioridade e a próxima não se aplica. Mas, como disse C.S. Lewis: “A dona de casa tem a carreira suprema”. 4. Chamado. Na verdade, seu chamado inclui tudo nesta lista – e tudo em sua vida. Porém, uma vez mais, limitaremos a amplitude desse termo em nome da clareza. O que nos referimos como “chamado” é o que Deus chamou você e seu cônjuge para fazer individualmente na esfera do governo, dos negócios, da saúde, da educação, do ministério, das artes, da mídia, ou de qualquer outra área. Em nosso casamento, por acaso essa é uma área que compartilhamos, porém muitos cônjuges não trabalham ou ministram na mesma área da sociedade de seu cônjuge. Se esse for o caso no seu casamento, vocês ainda podem se interessar pelo trabalho um do outro e apoiar um ao outro de maneira vital. Como disse Salomão, quando dois trabalham juntos, eles podem ajudar um ao outro a ter êxito. 5. Descanso. O sábado foi ordenado por Deus, e não pelos homens. Quando descansamos, todas as outras prioridades florescem. Deus quer que nossas vidas envolvam descanso e lazer regulares – o que não é o mesmo que inatividade. Descansamos dedicando tempo para as coisas que nos restauram espiritual, física e emocionalmente. O importante no casamento é encontrarmos maneiras de compartilharmos o descanso, e não apenas descansarmos sozinhos. Para nós, isso tem significado encontrar um tema em comum e interesses comuns para desfrutarmos juntos, como passar tempo ao ar livre conversando sobre nossos sonhos para nossa família e ministério. Aprender a descansar e desfrutar de momentos de lazer juntos faz parte da fusão de duas vidas em uma. 6. Comunidade. Em muitos casamentos, maridos e esposas mantêm vidas sociais completamente separadas. Embora seja importante ter um tempo só para as garotas e só para os rapazes e construir amizades com outras pessoas além do seu cônjuge, em um casamento saudável, a vida social dos cônjuges convergirá. Nossos amigos desempenham um papel importante nos encorajando, nos apoiando e nos fortalecendo. Por sermos uma só carne, devemos ter muitos amigos que conhecem e amam a ambos. Não podemos deixar de enfatizar o quanto é crucial ter amigos que abençoem intencionalmente sua união. Ambos temos amigos que desempenham papéis muito diferentes em nossas vidas. Eu (John) tenho colegas de golfe com quem posso abrir o coração e a alma. Os homens com quem compartilho meus desafios e fraquezas amam tanto a Lisa quanto a mim. Por minha vida ser tão cheia, e eu (Lisa) não jogar golfe, só tenho na verdade amigas de coração que me desafiam a crescer mais em todas as áreas do amor. Elas são mulheres que entendem os desafios singulares que tenho em minha vida e em meu casamento. Algumas são ótimas amigas com quem posso contar durante os desafios que surgem no ministério, e outras são ótimas para serem consultadas no que se refere a conflitos nos relacionamentos. Todas elas são mais valiosas do que o ouro para nós. Havia algumas pessoas que eram nossas amigas no passado, mas de quem tivemos de nos afastar com o passar do tempo. Elas tomavam partido de um de nós dois e não promoviam a união no nosso casamento. Se um amigo não torce pelos dois, não se associe a ele. Essa pessoa inevitavelmente irá gerar divisão em sua união. Escolhendo Amar Vocês são o povo de Deus. Ele os amou e os escolheu para serem Dele. Portanto, vistam-se de misericórdia, de bondade, de humildade, de delicadeza e de paciência. Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros. E, acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas. Colossenses 3:12-14, NTLH, grifo do autor É o amor que nos une perfeitamente. Ele é a base da unidade, a verdadeira chave para ver o impossível. Em Efésios 5:28, Paulo diz que “os maridos devem amar cada um a sua mulher”. A palavra devem enfatiza a importância dessa obrigação. O maior princípio transmitido nesse versículo – um princípio que se aplica tanto ao marido quanto à esposa – é o de que devemos amar um ao outro independentemente de como nos sentimos. Nossa cultura retrata o amor como um sentimento, um sentimento que não pode ser controlado, apenas respondido. Se sentimos amor, agimos como os que estão apaixonados. Não demora muito para descobrirmos que o sentimento do amor nem sempre está presente, mas o amor é sempre uma escolha. Deus escolheu nos amar. Se escolhermos amar, os sentimentos por fim passarão a estar de acordo com nossas ações. Atos de fé – como demonstrar amor quando não existem sentimentos evidentes – podem mover montanhas. Deus anseia por abençoar nossos atos. Dietrich Bonhoeffer disse: Não é o seu amor que sustenta o casamento, mas é o casamento que sustenta o seu amor. A única maneira de o seu casamento poder sustentar o seu amor é sua realização emocional e espiritual vir da comunhão com o Espírito de Deus. Quando dependemos da fonte errada – da nossa própria força – nosso amor falha ao ser testado pela ausência de sentimento. Mas quando estamos firmados no amor de Deus, nossos atos de amor podem nos manter em unidade quando nossos sentimentos vacilam. Não se engane. O casamento não foi criado para ser algo destituído de sentimentos. Contudo, como C.S. Lewis afirmou: A regra para todos nós é perfeitamente simples. Não perca tempo pensando se você “ama” o seu próximo; aja como se o amasse. Assim que colocamos isso em prática, descobrimos um dos maiores segredos: quando você se comporta como se amasse alguém, logo passa a amá-lo.6 Você pode continuar demonstrando que ama seu cônjuge mesmo quando não se sente dessa forma. Você pode escolher servir, celebrar e apoiar. Quando sua vida estiver alinhada com o amor, suas emoções por fim passarão a afirmar o que seus atos demonstram. Dia 5 Extraindo o Melhor O amor de Cristo torna a Igreja íntegra. Suas palavras evocam a beleza dela. Tudo que Ele faz e diz tem o propósito de extrair o melhor dela... Efésios 5:26-27, A Mensagem “A mulher sábia”, Salomão escreveu “edifica a sua casa” (Pv 14:1). Pelo fato de que a mulher sábia edifica a sua casa, o homem sábio edifica a sua mulher! Edificando um ao outro, demonstramos a semelhança de Cristo ao nosso cônjuge. Descobrir o melhor de Deus para o nosso casamento significa extrair o melhor um do outro. Nosso amor pelo nosso cônjuge é um ato de parceria com o Céu, uma concordância com o afeto de Deus. Deus não define seu cônjuge pelas fraquezas dele, mas pela Sua graça e amor. Deus fala ao potencial do seu cônjuge e convida você a fazer o mesmo. Como mencionamos, quando Lisa era jovem, ela perdeu o olho como consequência de um câncer. Por causa disso, ela tinha um medo profundo de ficar diante das pessoas. Eu (John) sabia sobre o medo de Lisa, mas também sabia que Deus lhe dera o dom de uma sabedoria extraordinária. Quando eu era um pastor de jovens, às vezes dizia a Lisa que queria que ela ministrasse às meninas do grupo jovem. “Absolutamente não!” ela protestava. “Não faço parte de um pacote! A igreja contratou você como pastor, e não eu!” Eu ouvia as objeções dela, sabendo que estavam enraizadas no medo e não no desejo de se rebelar contra o dom de Deus que havia sobre sua vida. Ela tinha muito medo de falar, mas ainda assim, sempre que o fazia, as pessoas me procuravam depois do culto para dizer o quanto a mensagem dela as havia impactado profundamente. Então, quando ela protestava, eu respondia: “Simplesmente esteja pronta para quando eu chamá-la esta noite”. Eu (Lisa) achava que John estava tentando me transformar em algo que eu não era. Ele sabia que as meninas do grupo jovem precisavam de uma voz feminina em suas vidas, mas eu me sentia profundamente desqualificada. Não percebia que além de procurar um exemplo para elas, ele estava tentando criar um ambiente no qual meus dons pudessem florescer. Ele via algo em mim que eu mesma não conseguia ver. E embora ficasse, às vezes, acordada a noite inteira implorando a John para não me fazer falar, ele nunca deixou de me colocar em uma posição na qual Deus pudesse trazer à tona o melhor Dele que havia em mim. Eu detestava isso na época. Mas agora, olhando para trás, fica muito evidente que ele estava me impulsionando amorosamente para além dos meus medos e limitações. Assim como John me ajudava, eu emprestava minha força a ele de diferentes maneiras. No início de nosso casamento, eu era muito ativa na edição dos seus livros, verificando que eles transmitissem com exatidão o que havia em seu coração. Muito do que tivemos a oportunidade de fazer juntos no ministério aconteceu porque estimulamos o crescimento um do outro através do nosso amor. Talvez você e seu cônjuge não tenham aprendido a trazer à tona o que há de melhor um no outro. Talvez vocês tenham até adotado o comportamento oposto, usando sua intimidade e influência para derrubar um ao outro. Hoje pode ser o dia dos novos começos. Vocês podem estabelecer um novo padrão. Nunca é tarde demais para recomeçar. Se você quer aprender a trazer à tona o que há de melhor no seu cônjuge, encontre um tempo e um lugar particular para orar com seu parceiro. Digam o seguinte a Deus: Pai celestial, nós nos arrependemos por tratarmos mal a união que Tu estabeleceste entre nós. Nosso casamento é a Tua obra-prima, e não temos sido bons mordomos dele, nem o temos tratado com a honra que ele merece. Nós Te agradecemos pelas Tuas misericórdias que se renovam sobre nossas vidas e que nos capacitam a começar de novo. Espírito Santo, pedimos que nos dês a graça que precisamos para ver um ao outro através do Teu amor. Dá-nos uma percepção maior de como podemos celebrar e servir um ao outro. Dá-nos olhos para ver os dons e os pontos fortes que Tu queres fazer florescer em cada um de nós, e mostra-nos como podemos promover a Tua obra. Acreditamos que somos melhores juntos do que éramos sozinhos. Queremos crescer até a plenitude do que Tu pretendes para as nossas vidas e união, para a Tua glória. Em nome de Jesus, amém. Em seguida, incluímos declarações para você fazer diretamente ao seu cônjuge. Olhe nos olhos dele e diga estas palavras: Marido: Perdoe-me por usar meus pontos fortes para oprimir e diminuir você. Perdoe-me por não falar sobre suas virtudes, beleza, sabedoria e bondade. Perdoe-me por não criar um ambiente no qual você possa florescer. Perdoe-me pelo meu egoísmo nas nossas conversas, no tempo que passamos juntos e na nossa cama. Creio que Deus pode curar, restaurar e glorificar nossa união. Creio que você e eu podemos fazer qualquer coisa por meio Daquele que nos fortalece. Vamos assumir o domínio, multiplicar e ser muito frutíferos em nome de Jesus. Esposa: Perdoe-me por usar meus pontos fortes para apontar suas fraquezas. Perdoe-me por desonrar você e por ser egoísta quando nos comunicamos. De agora em diante, vou usar minhas palavras para edificar sua vida. Perdoe-me pelas vezes em que não fui uma guardiã, protegendo seu coração. Acredito em você, e acredito em nós. Creio que Deus pode fazer tudo novo. Escolho amar e perdoar você. Este é um novo dia cheio de misericórdia e verdade. Vamos amar e sonhar outra vez. Queridos amigos, acreditamos que o melhor ainda está por vir. Com a graça de Deus, o legado, a intimidade e a influência de vocês como casal podem exceder todas as suas esperanças e expectativas. Unidos um ao outro e pelo poder e inspiração do Espírito de Deus, vocês escreverão uma história que expressa o amor de Cristo na Terra – e agrada Àquele que está entronizado nas alturas. O comprometimento em recomeçar é um tremendo voto de confiança. Essa não é uma oportunidade que temos uma vez na vida; ela é uma oportunidade perpétua enquanto houver vida. Recomeçar significa viver no presente deixando para trás o nosso passado enquanto colocamos nosso coração no que está adiante de nós. Todas as coisas que apresentamos aqui serão apenas algumas boas ideias se não entregarmos nossa união Àquele que pode todas as coisas. Judas 1:24-25 nos posiciona para uma revelação de tudo o que pode vir a ser: Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da Sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém. Deus é aquele que nos guarda. Só Ele pode tirar nosso casamento de cada dimensão de sombras. Ele nos confia a alegria e a glória do casamento para podermos glorificá-Lo. Nossa vida é uma mensagem viva e palpitante para aqueles que nos observam enquanto crescemos e amamos com excelência. Cada primavera é um novo começo. Veja! O inverno passou; acabaram-se as chuvas e já se foram. Aparecem flores na terra, e chegou o tempo de cantar... Cântico dos Cânticos 2:11-12 Devocional do Dia 1 ESPERE POR COISAS GRANDIOSAS Apesar disso, esta certeza eu tenho: viverei até ver a bondade do SENHOR na terra. Espere no SENHOR. Seja forte! Coragem! Espere no SENHOR. – Salmos 27:13-14 Seu Pai celestial ama você e o seu cônjuge intensamente. Ele quer que o seu casamento tenha êxito. Na verdade, Ele “espera o momento de ser bondoso com vocês” (Is 30:18). A questão é: que expectativas você tem agora para o seu casamento? Por quais possibilidades inspiradas por Deus você tem orado, crendo que elas irão se concretizar? Dedique tempo para meditar no que a Palavra de Deus diz sobre as expectativas. Pois, quando fizeste coisas tremendas, coisas que não esperávamos, desceste, e os montes tremeram diante de Ti. Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de Ti, que trabalha para aqueles que Nele esperam. – Isaías 64:3-4, grifo do autor A explicação das Tuas palavras ilumina e dá discernimento aos inexperientes. Abro a boca e suspiro, ansiando por Teus mandamentos. Volta-Te para mim e tem misericórdia de mim, como sempre fazes aos que amam o Teu nome. – Salmos 119:130-132, grifo do autor Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a Sua grande misericórdia, Ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês... – 1 Pedro 1:3-4, grifo do autor Contudo, o SENHOR espera o momento de ser bondoso com vocês; Ele ainda se levantará para mostrarlhes compaixão. Pois o SENHOR é Deus de justiça. Como são felizes todos os que Nele esperam! – Isaías 30:18, grifo do autor Anteriormente neste livro, abordamos os perigos de se ter expectativas não realistas. Com base no que você aprendeu com esses versículos, quais são alguns benefícios de ter o tipo certo de expectativas? As melhores expectativas são aquelas fundamentadas no conhecimento das promessas, do caráter e do plano de Deus. Nada é difícil demais ou impossível para Deus. Leia Gênesis 18:13-14; Mateus 19:26; Marcos 9:23-24; Lucas 1:3637; Efésios 3:20. O que o Senhor está lhe mostrando sobre o Seu imensurável poder e capacidade? Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem? ... – Isaías 43:19 Servimos a um Deus que faz novas todas as coisas. Você quer que alguma coisa no seu casamento seja renovada? Você precisa de uma nova porção de amor, novos sonhos, nova unidade ou nova intimidade? Você pode ter a esperança de que seu Pai fará algo novo quando você pedir isso a Ele. Anote o que você deseja ver renovado, e depois ore e entregue isso a Deus. Devocional do Dia 2 DECLARE VIDA As palavras alimentam a mente assim como a comida ao estômago; uma boa conversa satisfaz como um bom prato na hora da fome. As palavras matam e geram vida; podem ser veneno ou um doce de primeira – você é quem decide. – Provérbios 18:20-21, A Mensagem A língua da Terra ou a língua do Céu – qual delas você usa com mais frequência? Enquanto a primeira gera morte, a segunda traz vida. Em todas as situações que enfrenta, você tem a escolha de usar uma ou outra. Como diz o Pastor Jimmy Evans: “A comunicação atua como a ponte que liga as vidas de duas pessoas, tornando possível o livre acesso ao coração e à mente do outro. A comunicação não apenas é importante, como essencial, para um casamento... As palavras possuem um poder incrível – para ferir ou curar, para destruir ou edificar. Precisamos nos disciplinar para usar palavras que edifiquem, fortaleçam, encorajem e curem”.7 Como aprendemos, há um tempo para tudo – tempo para falar e tempo para ficar em silêncio. Pare e pense: Qual é a pior hora para tratar de um problema com seu cônjuge? Qual é a melhor hora? Por quê? Descreva brevemente a situação mais desafiadora que você e seu cônjuge estão enfrentando agora. Que palavras e expressões negativas costumam sair da sua boca quando você fala sobre esse problema? Faça uma pausa e ore: “Espírito Santo, não quero mais dizer palavras negativas. Eu Te peço que me ajudes a remover o medo e a ira do meu vocabulário. Dá-me palavras positivas e cheias de vida – a língua do Céu – para declarar fé sobre o nosso casamento. Em nome de Jesus”. Você pode expandir seu vocabulário na língua do céu aumentando seu conhecimento da Palavra de Deus. Leia atentamente as seguintes passagens. Depois escreva uma ou mais declarações positivas inspiradas por estes versículos que você pode declarar regularmente sobre seu casamento. Preenchemos a primeira como exemplo. VERSÍCULOS O QUE DIZ A LÍNGUA DO CÉU Provérbios 5:18-19 “Meu cônjuge e eu desfrutaremos um do outro sexualmente e ficaremos satisfeitos por todos os dias das nossas vidas” Efésios 4:15, 29. Efésios 4:26-27 Efésios 5:21-33 Filipenses 2:3-5 Salmos 133 1 Coríntios 13:4-8 Devocional do Dia 3 FALANDO A LINGUAGEM DO SEU CÔNJUGE Procurem viver uma vida de amor como se a vida dependesse disso – porque de fato depende... – 1 Coríntios 14:1, A Mensagem O amor tem muitas linguagens. Seu cônjuge fala uma delas mais fluentemente, e é provável que você seja mais articulado em outra. O Dr. Gary Chapman, autor de As Cinco Linguagens do Amor, explica: “Sua linguagem de amor emocional e a linguagem do seu cônjuge podem ser tão diferentes quanto é o chinês do inglês. Não importa o tanto que você se esforce para manifestar seu amor em inglês, se seu cônjuge só entende chinês, jamais conseguirão entender o quanto se amam... Devemos estar dispostos a aprender a primeira linguagem de amor do nosso cônjuge, se quisermos comunicar eficazmente o nosso amor. Minha conclusão... é que existem, basicamente, cinco linguagens do amor – cinco maneiras como as pessoas falam e entendem o amor emocional”.8 De acordo com o Dr. Chapman, as cinco linguagens do amor são palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico. Muitas pessoas, inclusive nós mesmos, descobrem que têm uma linguagem de amor principal e uma secundária. Como mencionamos, você pode aprender mais sobre suas linguagens de amor com os recursos oferecidos no livro do Dr. Chapman ou em seu website. Você pode entender os papéis que suas linguagens de amor desempenham na dinâmica do seu casamento respondendo a estas perguntas: O que meu cônjuge faz que me faz sentir mais amado? O que ele deixa de fazer que me fere mais profundamente? O que tenho pedido com mais frequência ao meu cônjuge: palavras de encorajamento ou de apreciação, tempo juntos, presentes especiais, afeto físico ou ajuda com as coisas da casa? De que maneira costumo expressar amor ao meu cônjuge? Registre seus pensamentos e impressões. Em seguida, responda novamente a essas perguntas em relação ao seu cônjuge. Onde as diferenças são mais notáveis? Você estava ciente das diferenças entre a maneira como você e seu cônjuge comunicam amor? Nesse caso, como isso ajudou seu casamento? Em caso contrário, você consegue perceber agora que isso causou problemas ou desentendimentos? Fale com seu cônjuge sobre as maneiras como vocês dois demonstram e recebem amor. Pergunte ao seu cônjuge: “Quais são três coisas práticas que posso fazer para expressar que amo você na sua linguagem?” Escreva a resposta dele aqui. Separe algum tempo hoje para conversar com o Espírito Santo sobre as melhores maneiras de demonstrar ao seu cônjuge seu amor. Ninguém conhece seu cônjuge melhor do que Ele! Devocional do Dia 4 PRIORIZE SUA VIDA Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com outros. ... que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. – 1 Coríntios 1:10 Há muito poder na unidade! Nossa unidade uns com os outros é a maneira de Deus revelar Seu amor àqueles que ainda não O conhecem. Em nenhuma outra oportunidade podemos experimentar a unidade que temos no casamento. Ao ler o capítulo 2 deste livro, você estabeleceu a visão que vocês compartilham e os objetivos do seu casamento. Agora, quando nos aproximamos do fim da nossa jornada em A História do Casamento, nós o encorajamos a pensar sobre as prioridades diárias que dão suporte à sua missão. A “primeira” e maior prioridade na sua vida é seu relacionamento com Deus. Por que colocá-Lo em primeiro lugar é tão crucial, e o que significa para você honrá-Lo em todas as coisas? Como um relacionamento saudável com Deus afeta positivamente seu casamento, sua família, seu trabalho e tudo o mais em sua vida? Cumprir a missão e os objetivos que lhe foram ordenados por Deus significa priorizar seu cônjuge, seus filhos, seu chamado, seu descanso e sua comunidade – nessa ordem. Faça uma pausa e ore: “Senhor, as minhas prioridades estão desalinhadas? Nesse caso, onde? Quem ou o que está recebendo atenção demais? Quem ou o que estou negligenciando? Que coisas práticas posso fazer para colocar minhas prioridades em ordem e mantê-las assim?” Anote as direções e os passos práticos que Ele revelar a você. Você se comprometeu a apoiar e celebrar seu cônjuge pelo resto da vida. Os filhos saem de casa, as carreiras mudam e as amizades vêm e vão, mas seu casamento é uma aliança destinada a englobar todas as estações da vida. Com base no estado atual do seu relacionamento, você e seu cônjuge estão posicionados para terminar suas vidas como o melhor amigo um do outro? Vocês têm investido em apoiar o chamado e a carreira um do outro? Que práticas no seu casamento transmitem valor e encorajam a unidade? Há alguma área de sua vida na qual suas atitudes ou atos estão minando sua unidade? Leia Eclesiastes 4:9 e Colossenses 3:12-14. Depois ore com estas palavras: Deus, Tu escolheste meu cônjuge e eu para sermos santos e amados. Pelo Teu Espírito, dá-me a graça para demonstrar misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência ao meu cônjuge. Ajuda-me a melhorar a vida do meu cônjuge com as minhas palavras e atos. Creio que somos melhores juntos do que separados porque podemos ajudar um ao outro a ter êxito. Dá-nos a sabedoria para estabelecer prioridades sensatamente, para que possamos Te conhecer melhor e servir bem um ao outro. Em nome de Jesus, amém. Devocional do Dia 5 EXTRAINDO O MELHOR Aproveitem ao máximo cada oportunidade e sejam agradáveis no falar. O objetivo é aproveitar bem a conversa e o diálogo, não derrotar a pessoa num debate. – Colossenses 4:5-6, A Mensagem (grifo do autor) Como marido e mulher, você e seu cônjuge são um. Isso significa que vocês compartilham tudo. Quando seu cônjuge tem êxito, você tem êxito. Quando seu cônjuge se sente realizado e é produtivo, você pode ser mais realizado e produtivo. Extraindo o que há de melhor em seu cônjuge, você extrai o que há de melhor em si mesmo. É assim que Jesus trata a nós, Sua Noiva. A Bíblia diz: “O amor de Cristo torna a Igreja íntegra. Suas palavras evocam a beleza dela. Tudo o que Ele faz e diz tem o propósito de extrair o melhor dela...” (Ef 5:25-27, A Mensagem). E então, quais são os dons, talentos e pontos fortes do seu cônjuge? Pense no que ele realmente é bom e o que ele gosta de fazer ou se sente realizado fazendo. Pelo que os outros normalmente o elogiam ou o agradecem? Os dons, talentos e pontos fortes que vejo no meu cônjuge são... Se esses pontos fortes já beneficiam outras pessoas no contexto do trabalho ou do serviço, como você pode apoiar as paixões e compromissos do seu cônjuge para que elas continuem a crescer? Se você vê que seu cônjuge tem um talento que ainda não está sendo usado, você consegue pensar em (ou criar) um ambiente no qual esse dom possa florescer? E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. – Hebreus 10:24, grifo do autor Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé. – Gálatas 6:10, grifo do autor Medite atentamente em Hebreus 10:24, Gálatas 6:10 e Colossenses 4:5-6 (encontrados no início do devocional de hoje). De que formas práticas você pode estimular e extrair o que há de melhor no seu cônjuge? Isto é, o que você pode dizer ou fazer para encorajá-lo a usar seus dons e pontos fortes? Como você pode abençoá-lo e vê-lo crescer? Separe um tempo para compartilhar todas as suas respostas hoje com seu cônjuge. Peça a ele que dê suas próprias respostas e permita que ele abra seu coração. Em que pontos vocês concordam? Que coisas novas você aprendeu sobre seu cônjuge ou sobre si mesmo? Faça uma pausa e ore pelo seu cônjuge. “Estude seu parceiro. Estude a si mesmo... Talvez você fique surpreso e maravilhado com o que descobrir... A aventura do casamento é descobrir quem seu parceiro realmente é. A empolgação está em descobrir quem seu parceiro irá se tornar”. – H. Norman Wright9 PERGUNTAS PARA DEBATE 1 | A instrução de Deus a Adão e Eva foi que se multiplicassem e enchessem toda a Terra. Depois de algumas gerações, levantou-se uma sociedade de pessoas que não obedeceram a essa ordem. Leia atentamente Gênesis 11:1-6. De que maneiras as pessoas eram uma só? Se a unidade entre pessoas desobedientes as posicionava para o sucesso, o que isso diz sobre nós, aqueles que são um, tanto no casamento quanto em Cristo e que buscam obedecer a Deus? 2 | A unidade abre as portas para que grande poder e recompensas sejam derramados. Explore estas passagens e aplique-as especificamente ao seu casamento: Salmos 133; Mateus 18:19-20; João 17:21,23; 2 Coríntios 13:11. Que bênçãos podem ser geradas quando você vive em unidade com o seu cônjuge? 3 | As últimas palavras de uma pessoa são importantes, e no caso de Jesus, elas também foram poderosamente proféticas. Leia João 17:9-11, 20-23. Essas palavras são a oração Dele por nós imediatamente antes de ir para a Cruz. Observe a unidade que Ele e o Pai desfrutavam. O que o Espírito Santo está revelando a você através dessa passagem? Como isso motiva você a buscar ser um com seu cônjuge? 4 | Deus é o Deus dos novos começos! Ele declara que está fazendo novas todas as coisas (ver Apocalipse 21:5). Ele quer que experimentemos e compartilhemos de uma comunhão renovada, de esperança, fé, intimidade sexual e sonhos com os nossos cônjuges ao longo dos nossos anos de casados. De que maneiras práticas podemos, como maridos e esposas, ajudar a promover a novidade no nosso relacionamento? 5 | Provérbios 14:1 diz que uma mulher sábia edifica a sua casa. Isso significa que um homem sábio edificará sua mulher! Mulheres, de que maneiras práticas vocês, como esposas, podem edificar suas casas? Homens, de que maneiras práticas vocês, como maridos, podem edificar suas esposas? 6 | Embora muitos casais trabalhem juntos profissionalmente e no ministério, muitos não o fazem. Isso torna ainda mais importante que eles permaneçam ligados e encorajem um ao outro nos seus chamados e interesses individuais. Quais são algumas maneiras práticas pelas quais os maridos e as esposas podem apoiar uns aos outros e permanecerem conectados? RESUMO DO CAPÍTULO: Em Cristo, todo casamento pode ser renovado! O Seu Espírito oferece continuamente oportunidades para novos começos em todas as áreas. Em todas as situações, temos a escolha de falar a língua da Terra ou a língua do Céu. Pela fé, podemos concordar com o Céu, falando de acordo com as promessas da Palavra de Deus. O objetivo do casamento é a unidade. Precisamos trabalhar em prol da unidade em todas as áreas da vida. À medida que buscamos a unidade com os nossos cônjuges – falando a mesma linguagem e perseguindo a mesma missão – as bênçãos de Deus vêm sobre nós e o impossível se torna possível. O amor genuíno entre maridos e esposas demonstra a glória e o amor de Deus ao mundo. A nossa unidade atrai os outros a Jesus. A mulher sábia edifica sua casa, e o homem sábio edifica sua mulher. À medida que cada um dos cônjuges declara vida sobre os pontos fortes do outro, eles engrandecem suas vidas e trazem a vontade de Deus à Terra. APÊNDICE Como Receber a Salvação Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação. – Romanos 10:9-10 P ara compartilhar o amor de Deus com seu cônjuge, você deve primeiro receber o Seu amor e a Sua salvação por intermédio de Seu Filho, Jesus Cristo. Através da morte e ressurreição de Jesus, Deus abriu o caminho para você entrar no Seu Reino como um filho ou filha amado/a. O sacrifício de Jesus na Cruz tornou a vida eterna e abundante disponível a você gratuitamente. A salvação é o presente de Deus para você; não há nada que você possa fazer para ganhá-la ou merecê-la. Para receber esse presente precioso, reconheça primeiro o seu pecado de viver independentemente do seu Criador (porque essa é a raiz de todos os pecados que você cometeu). Arrepender-se disso é essencial para receber a salvação. Pedro deixou isso claro no livro de Atos, no dia em que cinco mil pessoas foram salvas: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (At 3:19). A Bíblia declara que cada um de nós nasce escravo do pecado. Essa escravidão está enraizada no pecado de Adão, que deu início ao padrão de desobediência voluntária. Arrepender-se significa escolher não mais obedecer a si mesmo e a Satanás, o pai de toda mentira, e se voltar em obediência para seu novo Senhor, Jesus Cristo – Aquele que deu a Sua vida por você. Você precisa dar a Jesus o senhorio de sua vida. Tornar Jesus “Senhor” significa que você dá a Ele sua vida (espírito, alma e corpo) – tudo o que você é e tem. A autoridade Dele sobre sua vida se torna absoluta. No instante em que você faz isso, Deus o liberta das trevas e o transfere para a luz e a glória do Seu Reino. Você simplesmente passa da morte para a vida – você se torna filho Dele! Se você quer receber a salvação por intermédio de Jesus, ore com estas palavras: Deus do Céu, reconheço que sou um pecador e que deixei a desejar no Teu padrão de justiça. Mereço ser julgado por toda a eternidade pelo meu pecado. Obrigado por não me deixar neste estado, porque creio que Tu enviaste Jesus Cristo, o Teu Filho unigênito, que nasceu da virgem Maria, para morrer por mim e levar o meu julgamento na Cruz. Creio que Ele ressuscitou no terceiro dia e agora está sentado à Tua destra como meu Senhor e Salvador. Portanto, neste dia, eu me arrependo da minha independência de Ti e entrego a minha vida inteiramente ao senhorio de Jesus. Jesus, eu confesso a Ti como meu Senhor e Salvador. Entra na minha vida através do Teu Espírito e transforma-me em um filho de Deus. Renuncio às coisas das trevas às quais um dia me apeguei, e deste dia em diante não viverei mais para mim mesmo, mas, pela Tua graça, viverei para Ti, que Te entregaste por mim para que eu possa viver para sempre. Obrigado, Senhor; a minha vida agora está completamente nas Tuas mãos, e de acordo com a Tua Palavra eu nunca serei envergonhado. Seja bem-vindo à família de Deus! Nós encorajamos você a compartilhar essa notícia empolgante com outro crente. Também é importante você se unir a uma igreja local que creia na Bíblia e se reunir com outros que possam encorajá-lo na sua nova fé. Sinta-se livre para entrar em contato com nosso ministério em busca de ajuda para encontrar uma igreja na sua área (visite o site MessengerInternational.org). Oramos para que você cresça no conhecimento e no amor de Deus todos os dias! NOTAS Capítulo 1 1. “Women of Working Age”, United States Department of Labor, acesso em 14 de março de 2014, http://www.dol.gov/wb/stats/recentfacts. htm#age. 2. Parte do conteúdo desta seção foi adaptada de: Lisa Bevere, Fight Like a Girl: The Power of Being a Woman (New York: Warner Faith, 2006), 56. Publicado em português com o título A Força de Ser Mulher, Bello Publicações, 2009. 3. “Embaixador”, Dictionary.com, acesso em 9 de abril de 2014, http://dictionary.reference.com/browse/ambassador?s=t. 4. C. Soanes e A. Stevenson, Concise Oxford English Dictionary (Dicionário Conciso de Inglês Oxford) (Oxford: Oxford University Press, 2004). 5. “A primeira parte do versículo 6 deixa claro que essa ordenança da Criação permanece válida mesmo depois da Queda da raça humana, da entrega da Lei e da vinda do Reino com Jesus. A segunda parte do versículo 6 evidencia o texto que se tornou famoso em milhares de cerimônias de casamento – os humanos não devem fazer nada para romper a união divinamente ordenada do sagrado matrimônio. Sem os versículos 4 a 6 poderia se imaginar que a segunda parte do versículo 6 sugere que alguns casamentos não foram ordenados por Deus; no contexto essa visão é indefensável. Ao contrário, é exatamente porque Deus quer que todos os casamentos sejam permanentes que não ousamos fazer nada para prejudicá-los.” Craig Blomberg, The New American Commentary Vol. 22: Matthew (Nashville: Broadman & Holman Publishers, 1992), 290. 6. Soanes e Stevenson, Concise Oxford English Dictionary. 7. Linda J. Waite, Don Browning, William J. Doherty, Maggie Gallagher, Ye Luo e Scott M. Stanley, Does Divorce Make People Happy? (New York: Institute for American Values, 2002), 5. 8. Timothy e Kathy Keller, The Meaning of Marriage: Facing the Complexities of Commitment with the Wisdom of God (New York: Riverhead Books, 2011), 64. Publicado em português com o título O Significado do Casamento, Editora Vida, 2012. 9. Gary Thomas, Sacred Marriage (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2000), 21. Publicado em português com o título Casamento Sagrado, Editora Esperança, 2013. 10. Charles R. Swindoll, Growing Strong in the Seasons of Life (Portland, OR: Multnomah Press, 1983), 13. Publicado em português com o título Crescendo nas Estações da Vida, Editora Atos, 2006. 11. “Marriage Quotes by Max Lucado”, Fierce Marriage, acesso em 7 de março de 2014, http://fiercemarriage.com/quote-author/max-lucado. 12. Rick Renner, Sparkling Gems from the Greek (Tulsa, OK: Teach All Nations, 2003), 55. Capítulo 2 1. W. Arndt, F.W. Danker, e W. Bauer, A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (Chicago: University of Chicago Press, 2000). 2. Ibid. 3. C.S. Lewis, Mere Christianity (San Francisco: HarperSanFrancisco, 2001), 204. Publicado em português com o título Cristianismo Puro e Simples, Editora Martins Fontes, 2009. 4. Ibid., 124. 5. Ibid., 109. 6. Dos alpinistas que escalam o Everest, 1.6% morrem durante a jornada, ao passo que 40 a 50% dos primeiros casamentos acabam em divórcio. Fontes: (1) “Death on Mount Everest”, About.com, acesso em 19 de abril de 2014, 19, 2014, http://climbing.about.com/od/mountainclimbing/a/Death-On-Mount-Everest.htm. (2) The State of Our Unions: Marriage in America (Charlottesville, VA: The National Marriage Project and the Institute for American Values, 2012), 1. 7. Bob and Audrey Meisner, Best Friends, Best Lovers (Huntsville, AL: Milestones International Publishers, 2006), 52. 8. F. B. Meyer, Abraham, Or The Obedience of Faith (Chattanooga, TN: AMG Publishers, 2001), 70-71. 9. Andrew Murray, Humility (Fort Washington, PA: CLC Publications, 2006), 13, 42. 10. Bill & Pam Farrel, Men Are Like Waffles – Women Are Like Spaghetti (Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2001), 140, 142-143. 11. H. Norman Wright, The Secrets of a Lasting Marriage (Ventura, CA: Regal Books, 1995), 70. Capítulo 3 1. “Claro”, Oxford Dictionaries, acesso em 19 de abril de 2014, http://www.oxforddictionaries.com/us/definition/american_english/clear. 2. Mike MacKenzie, Seatalk, The Dictionary of English Nautical Language (Nova Scotia: 2005), palavra-chave “clear the deck”. www.seatalk.info 3. Lisa Bevere, Be Angry But Don’t Blow It! (Nashville: Thomas Nelson, 2000), 56. Publicado em português com o título Fique Irada Mas Não Exploda, Dynamus, 2012. 4. G.L. Borchert, The New American Commentary Vol. 25B: John 12–21 (Nashville: Broadman & Holman Publishers, 2002), 311. 5. Bevere, Fight Like a Girl, 60. Publicado em português com o título A Força de Ser Mulher, Bello Publicações, 2009. 6. Lisa Bevere, Out of Control and Loving It (Lake Mary, FL: Charisma House, 1996), 106-107. 7. Esta seção foi adaptada de: Lisa Bevere, Kissed the Girls and Made Them Cry: Why Women Lose When They Give In (Nashville: Thomas Nelson, 2002), 123-124. 8. “How common is divorce and what are the reasons?”, Utah Divorce Orientation, acesso em 21 de janeiro de 2014, http://www.divorce. usu.edu/ files/uploads/Lesson3.pdf. 9. “Quotes on Forgiveness and Unforgiveness”, Daily Christian Quote, acesso em 22 de março de 2014, http://dailychristianquote.com/ dcqforgive2.html. 10. Joyce Meyer, Battlefield of the Mind (New York: Faith Words, 2003), 192. Publicado em português com o título Campo de Batalha da Mente, Bello Publicações, 2008. 11. “Expectativa”, Oxford Dictionaries, acesso em http://www.oxforddictionaries.com/us/definition/american_english/expectation. 12. Patrick M. Morley, Two-Part Harmony (Nashville: Thomas Nelson, 1994), 138. 13. Ibid., 139. 14. “Quotes on Forgiveness and Unforgiveness”, acesso em 24 de março de 2014. 25 de março de 2014, Capítulo 4 1. Lisa escreveu sobre este assunto em A Força de Ser Mulher. Algumas de suas palavras das páginas 121-122, 128 foram adaptadas aqui. 2. Bevere, A Força de Ser Mulher, 124. 3. Keller, O Significado do Casamento, 47. 4. Ibid. 5. Bevere, A Força de Ser Mulher, 109. 6. Lisa contou essa história em Out of Control and Loving It! (págs. 87-93). Algumas de suas palavras foram adaptadas aqui. 7. Dr. Henry Cloud & Dr. John Townsend, Boundaries in Marriage (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1999), 122. 8. Adaptado de Noah Webster’s 1828 American Dictionary of the English Language (San Francisco: Foundation for American Christian Education). 9. Jimmy Evans, Marriage on the Rock (Dallas: Marriage Today, 2012), 87. 10. Cloud & Townsend, Boundaries (Limites), 163. Capítulo 5 1. Keller, O Significado do Casamento, 260. 2. “10 Surprising Health Benefits of Sex”, WebMD, acesso em 12 de abril de 2014, http://www.webmd.com/sex-relationships/guide/sex-andhealth. 3. Bevere, Kissed the Girls, 121. 4. Ibid., 178-179. 5. Ibid., 121-125. 6. “The Stats on Internet Pornography”, Daily Infographic, acesso em 24 de janeiro de 2014, http://dailyinfographic.com/the-stats-on-internetpornography-infographic. 7. “How Many Women are Addicted to Porn? 10 Stats that May Shock You”, Covenant Eyes, acesso em 27 de março de 2014, http://www.covenanteyes.com/2013/08/30/women-addicted-to-porn-stats. 8. Covenant Eyes, Pornography Statistics: 2013 Edition, 11. http://www.covenanteyes.com/pornstats/ 9. Ibid., 18. 10. J.P. Louw & E.A. Nida, Greek-English Lexicon of the New Testament: Based on Semantic Domains (New York: United Bible Societies, 1996). 11. Ver Salmos 27:4; Filipenses 3:10-14; Lucas 10:39-42. 12. Bob Sorge, Secrets of the Secret Place (Lee’s Summit, MO: Oasis House, 2005), 180, 182. 13. Thomas, Sacred Marriage, 205. 14. Meisner, Best Friends, 127-128. Capítulo 6 1. Gary Chapman, The Heart of the Five Love Languages (Chicago: Northfield Publishing, 2007), 72. Publicado em português com o título A Essência das Cinco Linguagens do Amor, Mundo Cristão, 2008. 2. Lisa Bevere, Girls with Swords: How to Carry Your Cross Like a Hero, Colorado Springs, CO: WaterBrook Press, 2013), 127. 3. Bevere, Be Angry, 120. 4. Uma parte do conteúdo desta seção foi adaptada de: Lisa Bevere, Nurture: Give and Get What You Need to Flourish (New York: FaithWords, 2008), 166-168. 5. Lisa Bevere, Lioness Arising: Wake Up and Change Your World (Colorado Springs, CO: WaterBrook Press, 2010), 94. 6. Lewis, Mere, 131. 7. Evans, Marriage on the Rock, 213. 8. Gary Chapman, The Five Love Languages (Chicago: Northfield Publishing, 1995), 15. Publicado em português com o título As Cinco Linguagens do Amor, Mundo Cristão, 3ª Ed. 2013. 9. Wright, Secrets, 129. RECURSOS SUGERIDOS Recursos selecionados para ajudar a restaurar a fragmentação sexual, proteger a intimidade e curar corações feridos. LIVROS Kissed the Girls and Made Them Cry: Why Women Lose When They Give In de Lisa Bevere (Thomas Nelson, 2002) Jailbreak: Breaking Free from the Prison of Porn de Vincent e Allison Newfield (New Fields Creative Services, 2014) The Purity Principle: God’s Safeguards for Life’s Dangerous Trails de Randy Alcorn (Multnomah Books, 2003) A Batalha de Todo Homem: Um Guia Para Homens Sobre Como Vencer As Tentações Sexuais de Stephen Arterburn, Fred Stoeker e Mike Yorkey (Mundo Cristão, 2004) A Batalha de Toda Mulher: Um Guia Para Mulheres Sobre Como Vencer As Tentações Sexuais de Shannon Ethridge (Mundo Cristão, 2006) Sexual Addiction: One Couple’s Journey to Discover Strategies for Healing de Gary e Sharon Worrell (Selah Publications, 2012) Torn Asunder: Recovering from an Extramarital Affair de Pastor Dave Carder (Moody Publishers, 2008) Limites No Casamento, por Dr. Henry Cloud e Dr. John Townsend (Vida, 2002) ORGANIZAÇÕES New Life Ministries – NewLife.com Recursos para homens e mulheres, inclusive com ligações nacionais diretas e programas de entrevistas. Heart to Heart Counseling Center – Dr. DougWeiss.com Recursos para homens e mulheres, inclusive aconselhamento, conferências e intensivos, e muito mais. FILTRAGEM DE INTERNET CovenantEyes.com Responsabilidade na internet e filtragem de web para indivíduos e famílias. JOHN e LISA BEVERE são autores best-sellers e fundadores da Messenger International. Eles estão casados há mais de trinta anos e querem que suas lutas e vitórias enriqueçam e protejam a história do casamento de outras pessoas. John e Lisa moram em Colorado Springs, no Colorado, e têm quatro filhos e três netos.