Recomendações em Alzheimer - Academia Brasileira de Neurologia

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POR DENTRO DA ABN
Atenta às comemorações de seu
aniversário de 50 anos - a se completar
em 2012 - , a Academia Brasileira de
Neurologia (ABN) lançou no dia 28
de junho o plano comercial do XXV
Congresso Brasileiro de Neurologia.
Na ocasião, a presidente da entidade, Dra. Elza Dias Tosta, viajou a
São Paulo, especialmente para o
contato com médicos e patrocinadores. Segundo ela, são fundamentais as parcerias com laboratórios e
empresas farmacêuticas, entre outras instituições colaboradoras.
O presidente do iminente congresso – que acontecerá de 04 a 08 de agosto do próximo
ano, em Goiânia –, Dr. Delson José da Silva, acredita que pela comemoração do jubileu e
importância que a instituição conquistou, a edição goiana deverá ser um grande evento,
em estrutura e qualidade científica. “O congresso não pode trazer menos do que está
sendo discutido no mundo. É importante apresentarmos debates sobre processos e
atualizações que serão implantados daqui a cinco anos, não apenas sobre o que fazemos
hoje”, corrobora o diretor científico do evento, Dr. Paulo César Ragazzo.
Campanhas
No período de abril a junho, a Academia ainda desempenhou atividades voltadas à propagação
de saúde e qualidade de vida do público leigo – por meio de atendimento neurológico e difusão
de informações. Em maio, a ABN se uniu à Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) na campanha
que levou mutirões de atendimento neurológico contra a cefaleia a oito estados com a finalidade
de suprir parte da demanda por assistência médica especializada.
Neste segundo semestre, a ABN promoverá as campanhas de Esclerose Múltipla (última semana
de agosto) e Alzheimer (ao longo do mês de setembro). O objetivo é conscientizar a população
sobre os sintomas e incentivar procurar um neurologista para um acompanhamento adequado.
ABN promove curso on-line de doença de Alzheimer
Desde o dia 20 de maio, a Academia Brasileira de Neurologia vem promovendo
o Curso On-line de Doença de Alzheimer, sob coordenação da chefe do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento, Dra. Sônia Brucki.
São três aulas em vídeo, disponibilizadas no site da ABN: a primeira aula disponível
é com o Dr. Ricardo Nitrini sobre o tema “Quadro clínico e diagnóstico”; no dia 20
de agosto, haverá a aula do Dr. Paulo Caramelli com o tema “Tratamento medicamentoso”; e no dia 20 de outubro, a aula “Demência com corpos de Lewy e outras
demências” com a Dra. Sonia Brucki.
Após fazer o cadastro para o curso, os livretos das aulas serão distribuídos diretamente pelo patrocinador (Moksha8). A Comissão Nacional de Acreditação, no
período de 15 a 25 de novembro de 2011, aplicará uma prova de gabarito para
revalidação do título de especialista.
ABN NA MÍDIA
Em decorrência de sazonalidades e divulgações
de pesquisas internacionais, os veículos midiáticos
brasileiros voltaram seus olhos, com grande ênfase,
para pautas de cunho cognitivo. Matérias ligadas
à memória, Alzheimer e sentimentos de amor e
paixão ganharam destaque em meio às publicações no último trimestre, com muitos pedidos de
entrevista e grande repercussão de reportagens.
Dentre os espaços de maior expressividade
conquistados junto à mídia pela equipe de
comunicação e membros da ABN figuram os da Folha de S. Paulo, Correio Braziliense, Mais Você
(Rede Globo) e portal IG.
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ESPECIAL RECOMENDAÇÕES
EXPEDIENTE
DIRETORIA EXECUTIVA DA ABN
Dra. Elza Dias Tosta da Silva
Presidente
Dr. Rubens José Gagliardi
Vice-Presidente
Dr. Gilmar Fernandes do Prado
Secretário-Geral
Dra. Márcia Maiumi Fukujima
1º Secretária
Dra. Mônica Santoro Haddad
Tesoureira-Geral
Dr. Luiz Henrique Martins Castro
1º Tesoureiro
Aureo Dias de Oliveira
Gerente Administrativo e Financeiro
Simone Regina Osti
Assistente Administrativa Plena
Lidiane Soares Lima
Assistente Administrativa Jr.
Patrícia B. Teixeira
Assessora de Imprensa
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Rua Vergueiro, 1353 – 14º andar – sala 1404
São Paulo – SP – CEP 04101-000
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COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO E EDITORAÇÃO
Dra. Márcia Maiumi Fukujima (Coordenadora)
Dr. Antonio P. Gomes Neto (Suplente)
Dra. Elza Márcia T. Yacubian
Dr. Hélio Afonso Ghizoni Teive
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ISSN2175-1080
Academia Brasileira de Neurologia traz novas
“Recomendações em Alzheimer”
Procedimentos acerca do diagnóstico da patologia foram revistos, incluindo os fatores sobre demência vascular
O departamento científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento,
da Academia Brasileira de Neurologia, fez um novo guideline sobre os
procedimentos referentes à doença
de Alzheimer, atualizando o que fora
elaborado em 2005, com foco em
sintetizar, em um único documento,
todas as novas informações descobertas e publicadas sobre a doença e seus
diferentes aspectos.
Para a Dra. Sonia Brucki, coordenadora do projeto juntamente com o Dr.
Rodrigo Schultz, “cada vez mais existe
a procura de um diagnóstico mais
precoce, sendo necessários indicativos de quando ele deve ser utilizado
(se para pesquisa ou para uso clínico),
a fim de evitar diagnósticos precipitados”, esclarece. A publicação e distribuição foram viabilizadas com o apoio
da farmacêutica Torrent.
A versão 2011 do “Recomendações
em Alzheimer” engloba sete partes: os
critérios para o diagnóstico de doença
de Alzheimer; o diagnóstico no Brasil
e exames complementares; avaliação
cognitiva, comportamental e funcional;
o diagnóstico diferencial entre demência e transtornos psiquiátricos: critérios, diagnósticos e exames complementares; o tratamento da doença de
Alzheimer; a demência vascular: critérios, diagnósticos e exames complementares; e, por fim, o tratamento da
demência vascular.
Nos critérios anteriores, era necessário
que a memória fosse acometida para
se diagnosticar a doença de Alzheimer.
Com as revisões, os neurologistas
brasileiros indicam o diagnóstico já com
base na demência. Neste consenso,
segundo a Dra. Sonia, é utilizado o
princípio de decréscimo em dois ou
mais domínios cognitivos. “Alterações
comportamentais também fazem parte
do diagnóstico e estes comprometimentos, cognitivo e/ou comportamental, representam declínio em relação aos
níveis prévios do indivíduo.”
o objetivo é identificar a doença de
Alzheimer antes que haja manifestações clínicas compatíveis com CCL ou
demência. “Esse ponto baseia-se no
perfil de biomarcadores, porém, essa
proposta necessita estudos longitudinais”, adverte.
Nesse compêndio, o diagnóstico de
doença de Alzheimer pode ser classificado como provável, possível ou definido.
Em relação ao diagnóstico provável, a
neurologista reforça que pode ser considerado quando “o início é insidioso, com
história de piora cognitiva e déficits iniciais
mais proeminentes de memória e outro
domínio cognitivo; ou não amnéstico e
outro domínio cognitivo; podendo ser
reforçado se houver evidência de declínio
cognitivo em avaliações sucessivas;
presença de mutação genética causadora
de Alzheimer; biomarcadores demonstrando a fisiopatologia da doença (marcadores de PET ou líquor ou neuroimagem
estrutural e funcional)”.
A Dra. Sonia destaca, ainda, dois
pontos importantes abordados no
“Recomendações em Alzheimer”: o
diagnóstico de comprometimento
cognitivo leve (CCL) devido à patologia
e o diagnóstico de Alzheimer pré-clínica
para fins de pesquisa clínica. “Definimos critérios clínicos de diagnóstico
de CCL para uso na prática clínica e
critérios de pesquisa clínica – que
incorporam informações dos biomarcadores – usados em pesquisa, centros
especializados e ensaios clínicos de
medicações contra a fisiopatologia
da doença de Alzheimer”. Sobre a
incorporação do diagnóstico préclínico para fins de pesquisa clínica,
Os exames complementares estabelecidos foram exames de sangue,
exames de neuroimagem estrutural
(tomografia e ressonância), neuroimagem molecular e funcional, exame do
líquor, eletroencefalograma e potenciais evocados e estudo genético, de
acordo com o cenário apresentado.
Afora isso, a avaliação cognitiva e
comportamental dos pacientes foi
recomendada através da seleção de
testes neuropsicológicos e questionários comportamentais que tenham
comprovada utilidade.
A Academia Brasileira de Neurologia se reuniu para elaborar o “Recomendações em Alzheimer” no mesmo
momento em que foi divulgado o
guideline americano da patologia
feito pelos National Institutes of Health
e pela Alzheimer’s Association. Com
base em publicações científicas semelhantes, as recomendações se parecem, porém, no Brasil, alguns exames
complementares diferem dos americanos como, por exemplo, a sorologia para sífilis recomendada pelos
brasileiros, não sugerida em outros
consensos.
De acordo com a coordenadora do
guia, essa publicação é válida para
que princípios éticos sejam estabelecidos no diagnóstico e tratamento
da doença pelos neurologistas, porém
as “Recomendações em Alzheimer” não
são adotadas de forma absoluta pelo
Ministério da Saúde. “A ANVISA necessita fazer uma revisão das medicações
disponíveis para o tratamento, com a
incorporação de outras medicações que
são necessárias para o controle tanto
cognitivo quanto comportamental da
doença de Alzheimer.”
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NEUROLOGIA NO BRASIL
JOVEM NEURO: SONO NOS ESTUDANTES
BUROCRACIA NO SETOR PÚBLICO
O cotidiano médico e as
pesquisas científicas
sofrem com a burocracia
dos órgãos públicos
O Brasil ocupa a segunda posição entre os países mais burocráticos do mundo, segundo estudo apresentado pelo economista
Simeon Djankov, um dos maiores especialistas internacionais
do assunto. Esse cenário se torna um dos principais obstáculos para o crescimento do país. A burocracia é determinada
pelo excesso de formalidade imposto pelos órgãos públicos.
E é justamente esse excesso de formalidade que impede a
agilidade em diversos setores. A área da saúde - Sistema
Único de Saúde (SUS) - é uma das que mais sofrem com esse
problema.
Para o Dr. Ademir Baptista Silva, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), as reclamações sobre a demora dos
órgãos públicos não são novas. Ele ressalta ainda que na área
científica, precisamente na relacionada com a saúde, criam-se
barreiras insuportáveis. “Sempre houve muita insatisfação no
caso de envio ou importação de material biológico. Infelizmente, os órgãos públicos não contam com pessoas especializadas nos diversos campos da ciência, para melhor compreensão das necessidades da sociedade. Essa demora gera perdas
inestimáveis”, diz.
Já o Dr. Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública da Associação Médica Brasileira (AMB), não acha que o sistema seja burocrático, o que está faltando são recursos e gestão. “É preciso
organizar uma rede de atenção, estrutura no centro de pesquisa. É preciso ter melhorias nesses setores”. O Dr. Cardoso ainda
ressalta que apenas 46 milhões de pessoas têm plano de saúde,
o que é pouco comparado aos 193 milhões de habitantes hoje
no Brasil. O restante da população busca pelo atendimento
público, não tendo visivelmente esse retorno. “O setor público
hoje tem 45% dos acessos, quando deveria ter 70%. O setor
privado tem 55%.”
Dos diversos problemas causados pela burocracia, como no
atendimento médico, transplantes, doações, entre outros, o
Dr. Ademir destaca a demora para a liberação de medicamentos, e cita como exemplos os remédios modafinila e zolpidem,
os quais demoraram anos para serem liberados. “São vários
setores da área médica que se sentem prejudicados. Salta aos
olhos a enorme dificuldade na liberação de medicamentos no
Brasil”, diz o Dr. Ademir.
O problema é discutido frequentemente em fóruns, congressos e debates, tendo sido o mais recente em abril deste ano,
em Brasília, onde aconteceu o Fórum das Artrites, promovido
pela Associação Brasiliense de Portadores de Artrite (Abrapar)
e Associação Nacional de Grupos de Pacientes Reumáticos
(Anapar). Na ocasião a Dra. Maria Inês Gadelha, oncologista e
coordenadora-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, explicou sobre os procedimentos que podem
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SONO POLIFÁSICO PODE SER ALTERNATIVA
CONTRA SONOLÊNCIA DIURNA
Especialistas apontam que a fragmentação do sono pode atenuar
os efeitos da privação do período de descanso
impedir a liberação dos remédios, como falta de protocolo ou a
não confirmação da eficácia dos mesmos. O público presente,
como reumatologistas e grupos de pacientes, rebateu afirmando que o Ministério da Saúde estaria mais atento à burocracia
do que para o bem-estar do paciente. O problema dos protocolos está no fato de o Brasil estar atrasado, já que alguns medicamentos saem com protocolo que nenhum outro setor mais usa
e atrapalha o processo.
O problema poderia ser resolvido pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo ela o órgão regulador de
quase toda a atividade médica do Brasil. Para o Dr. Cardoso, o
problema deve ser resolvido em três partes: primeiramente no
financiamento adequado, pois faltam recursos. “Um bom início
seria regulamentar a Emenda 29 (EC 29).” Em segundo lugar,
a gestão, que deveria ser profissionalizada e não politizada. “O
posto de saúde deveria atender 80 a 85% dos casos, mas dos
dez pacientes que o médico atende nove são direcionados
para outros médicos especialistas ou direcionados pela falta de
aparelho no pronto-socorro. Isso acaba atrasando todo o procedimento”, explica; e em último lugar, a capacitação médica.
Segundo o Dr. Cardoso, são formados hoje em torno de 16
mil médicos/ano no Brasil, porém não há vagas na residência
médica para todos, e devido a isso é preciso melhorar o perfil
dos profissionais.
O Dr. Cardoso explica que os profissionais lutam para que esse
cenário burocrático mude, promovendo manifestações em congressos e oferecendo alterações em projetos de lei. Em tese,
todos os cidadãos têm direito ao serviço público de qualidade, porém há dificuldade e precariedade nos atendimentos resultantes de aspectos políticos, sociais e culturais. Por isso,
o profissional deve ser autocrítico e pautado no código de ética,
agindo em parceria com redes, a fim de otimizar o atendimento ao
cidadão, pois ele possui, além de deveres, direitos constitucionais,
sendo um deles, o do bom atendimento do serviço público.
Estatísticas apontam que cerca de 60% dos estudantes de medicina e residentes apresentam sonolência diurna. Mais do que as exigências acadêmicas,
alguns hábitos modernos têm contribuído para a derrocada da qualidade
do sono, como o uso de computadores durante a noite. Especialistas
apontam que a diminuição do tempo e da qualidade de sono interferem diretamente na atenção, raciocínio e potencial de aprendizado.
Nesses casos, em que é necessária a ampliação do período de vigília, indica-se a adoção do sono polifásico (fragmentado) e, é claro, a
desconexão excessiva do mundo virtual.
Recente levantamento do Hospital Universitário da Universidade de
Brasília, com 172 estudantes, apontou que a elevação do nível de sonolência diurna apresenta relação inversamente proporcional às notas em trabalhos e outras avaliações. Dentre os alunos de desempenho médio (notas entre 5 e 6,9), 62,6% apresentaram o nível mais alto
de sono diurno. Em meio àqueles com notas entre 9 e 10, a incidência
de sono não ultrapassa 25%. Semelhante situação ocorre nas residências. Estudo americano revela que 20% dos médicos residentes despendem, no máximo, cinco horas diárias para o sono. Entre eles, observou-se
maior ocorrência de acidentes, conflitos com colegas, uso de estimulantes e
medicamentos e alcoolismo. “O médico jovem tem uma necessidade média de
sono de oito horas. A privação de sono acarreta queda de rendimento, diminuição
da imunidade, vulnerabilidade emocional e sintomas de depressão”, explica a coordenadora do Departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Rosa Hasan.
A neurologista Dra. Andrea Frota Bacelar Rego, também membro da ABN, aponta que a adoção de uma rotina
de sono polifásico pode amenizar os efeitos da privação do sono. O sono polifásico consiste na fragmentação do
período de descanso. Isto é, se um indivíduo precisa dormir apenas quatro horas durante a noite, cochilos de 40 minutos a uma
hora e meia podem atenuar a sonolência diurna. “Para ter maior eficácia, o sono polifásico precisa ser algo regular, incorporado
à rotina da pessoa”. Segundo a Dra. Andrea, em situações de privação de sono, o organismo tende a atingir o estágio REM mais
rapidamente, como uma forma de autodefesa cognitiva.
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Sebrae indica como abrir
um consultório médico
Em entrevista especial à ABN, consultor sugere quatro
passos:
Propósito, Processo, Pessoas e Parcerias
Ao lado dos anseios por novo direcionamento na carreira, a abertura de um consultório médico impõe ao profissional de saúde uma
série de questões para as quais não foi preparado nos períodos de
academia e residência. Segundo o consultor do Sebrae-SP Reinaldo
Messias, a abertura de um consultório requer criterioso planejamento.
Para tanto, sugere a identificação dos chamados quatro Ps: Propósito;
Processo; Pessoas; e Parcerias.
O primeiro item consiste em delimitar a finalidade do empreendimento, ganho financeiro, realização ou não de exames, estabelecer
os gastos relativos a aluguel, folha de pagamento etc. Messias aponta
também a necessidade de reconhecer o perfil do público que deseja atender. Tal escolha incidirá diretamente na seleção de salas ou
imóveis para a instalação do consultório, bem como características da
estrutura física do local. O consultor aponta que os investimentos na
abertura de consultórios apresentam rápido retorno, uma vez que a
competência do profissional sobrepõe-se à estrutura física do local de
atendimento.“Para consultas de rotina, o médico não precisa de equipamentos de última geração”.
O segundo P, o processo, diz respeito às ferramentas empregadas
na organização, liderança e operacionalização do espaço. Entre os
processos figuram a quantidade de consultas a ser realizadas diariamente, tempo destinado a cada uma delas e vinculação ou não
a planos de saúde. “Comumente, empresas de convênio médico
pagam pouco por consulta, porém ‘levam’ o cliente ao consultório.
Muitos (médicos) veem os convênios como trampolins para criação de cartelas de clientes e, gradativamente, se desligam dessas
empresas”. Esse foi um dos mecanismos utilizados pela neurologista Dra.Celia Roesler na consolidação de seu consultório. Num
intervalo de dez anos, Dra.Celia preencheu sua agenda, contratou
outros especialistas para ajudá-la e conseguiu reduzir o volume de
atendimentos a empresas de saúde suplementar.
Apesar da contribuição de planos de saúde, a conquista e manutenção de um rol de clientes, muitas vezes, independem das habilidades
médicas empregadas no atendimento, segundo aponta o consultor
de marketing Mario Persona. De acordo com ele, é importante identificar e analisar as necessidades, desejos e expectativas de um determinado mercado ou grupo de pacientes. Isto é, desenvolver e aplicar o
marketing médico. “Hoje, a preocupação do cliente não se limita mais
às necessidades básicas de cura e sobrevivência. O cliente sofisticado
e de maior renda -- e no Brasil essa camada da população está aumentando -- busca por um diferencial que inclua também tecnologia,
atendimento e, principalmente, uma experiência de satisfação”.
Essa experiência de satisfação não está diretamente atrelada a
serviços caros ou de hotelaria, como descreve a Dra. Celia Roesler.
A neurologista explica que um cliente neurológico não pode ser
atendido em 15 minutos, por exemplo. Da mesma maneira, um
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paciente que se consulta pela primeira vez, provavelmente, demandará maior tempo de atenção. Nesse momento, saber organizar a agenda de acordo com esses perfis de assistência torna-se
fundamental. O período pré e pós-consulta é outro momento
que carece de cuidado. “É importante dar conforto ao paciente
que está esperando, um ambiente gostoso para ele se distrair”,
conta a neurologista que dispõe de chás, cafés, revistas atualizadas e, até mesmo, um livro de piadas em sua sala de espera.
Reinaldo Messias esclarece que o P de pessoas está ligado à arte
de delegar tarefas. O profissional de saúde precisa de colaboração
na recepção de pessoas, organização de agenda e confirmação de
consultas, entre outras atividades. Para tanto, o médico deve dar
treinamento, capacitação (inclusive, no que tange à humanização
do atendimento) à secretária de modo a suprir as necessidades
de seus pacientes e consultório. Demandas específicas de caráter
administrativo, financeiro, contábil e tributário podem gerar menos transtornos quando desempenhadas por profissionais especia-lizados, tais como administrador e contabilista.
Habitualmente, o último P de um plano de negócios refere-se
ao prazer, ter satisfação com a atividade empreendida. Contudo, segundo o consultor do Sebrae-SP, no caso de médicos esse
fator foi avaliado durante todo o processo acadêmico e profissional. Dessa forma, esse P torna-se a inicial de parcerias. Isto é,
uma rede de contatos para indicação mútua de especia-listas,
laboratórios e outros profissionais e centros de saúde. “O médico já não pode mais pensar que atua de modo isolado. O cliente
que chegou até ele pode ter sido indicado por outro profissional, e talvez saia dali para uma bateria de exames e diagnósticos
envolvendo diferentes profissionais, clínicas e hospitais. Toda
ação de marketing do médico terá também um impacto, positivo ou negativo, em toda a cadeia na qual sua atividade está
inserida”, completa o consultor Mario Persona.
INFORME PUBLICITÁRIO
DOENÇA DE POMPE:
DEMORA NO DIAGNÓSTICO É
DESAFIO PARA A CLASSE MÉDICA
Crédito: Fernando Gomes
EMPRESÁRIO MÉDICO
Fraqueza muscular é o principal sintoma da doença de Pompe
e pode ser o de muitas outras doenças, entre elas, doenças
genéticas e neurodegenerativas para as quais o imediatismo
com que se deve iniciar o tratamento é essencial para um
resultado positivo. Mesmo com seus muitos avanços, o diagnóstico ainda é um dos grandes desafios da medicina.
No Brasil, estima-se haver entre 60 e 70 pessoas diagnosticadas
com a doença de Pompe, uma das mais de seis mil doenças
raras catalogadas pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados
Unidos e uma entre as 40 patologias genéticas denominadas
de doenças do lisossomo. Segundo dados da Online Mendelian
Inheritance in Man (OMIN), a incidência mundial da doença é
de um a cada 40 mil nascidos vivos.
A doença de Pompe é de origem genética, identificada por
mutações no cromossomo 17 e se caracteriza por uma deficiência na produção da enzima alfa-glicosidase ácida (GAA),
responsável pela quebra do glicogênio em glicose instalado
nos lisossomos, que seriam como centros de reciclagem celular. Em pessoas com essa deficiência, a GAA é produzida em escala insuficiente, ou nula, para suprir a demanda do glicogênio.
Recém-nascidos e lactantes portadores da doença de Pompe
têm menos de 1% dos níveis normais de GAA no sangue. Já
em crianças e adultos com a doença o índice está entre 1% e
40% dos níveis adequados, inferior aos índices considerados
normais. “Sem a produção de GAA, o glicogênio no lisossomo
não é decomposto e se acumula, muitas vezes rompendo-o,
acumulando-se no interior da célula, especificamente”, explica
o neurologista Dr. Carlo Marrone. Além do sistema musculoesquelético, outros órgãos são atingidos. “Em bebês, doença
de Pompe de início precoce, a princípio identifica-se uma cardiomiopatia dilatada (visível em exame de raio-X) e hepatomegalia. Em alguns casos, atinge-se também o baço, o aparelho
respiratório e a língua cresce”, complementa. Nessa forma de
manifestação da doença de Pompe o aumento do volume do
coração e do fígado são os pontos-chave para a identificação
da doença, bem como a grande fraqueza muscular e dificuldade respiratória. Os sintomas costumam aparecer com dois
meses de idade e o diagnóstico de Pompe é conseguido, em
média, três meses depois.
Em pacientes com o início tardio da doença, em um primeiro
momento, os sintomas percebidos são musculoesqueléticos e
podem estar aliados a uma dificuldade respiratória, fato que
leva à suspeita de outras doenças neuromusculares e contribui
para a identificação dessa patologia. Nesse tipo de manifestação, a doença avança de forma mais lenta e menos agressiva,
sem atingir o músculo cardíaco. No entanto, o paciente pode
tornar-se dependente de cadeira de rodas e alguns, do respirador. “Na forma tardia, podemos ter manifestações com um,
cinco, 30 ou 60 anos de idade. Depende do grau do pro-blema
genético e, assim, da quantidade de GAA produzida”. A prevalência, segundo o neurologista, é maior em adultos, no en-
Dr. Marrone, neurologista e especialista
na doença de Pompe
tanto, os casos mais graves são nos bebês, dos quais cerca de 80%
morrem no primeiro ano. O diagnóstico em geral ocorre com nove
ou mais anos da manifestação dos primeiros sintomas.
Para o neurologista, o fato de existirem diversas doenças com
a fraqueza muscular como sintoma inicial, aliado à baixa incidência, retarda o diagnóstico assertivo da doença de Pompe.
Os exames de enzima muscular creatinoquinase (CK) e a eletroneuromiografia podem indicar uma alteração no músculo.
Todavia, há três exames que são essenciais para confirmar o
diagnóstico, segundo o Dr. Marrone. A avaliação da atividade
da enzima GAA pode ser feita com uma gota seca de sangue
em papel-filtro; a biopsia muscular para atestar se há miopatia
vacuolar com aumento lisossomal; e, por fim, a cultura de fibroblastos para ver a quantidade da enzima GAA que há no corpo,
sendo este último o padrão-ouro.
Possíveis sinais e sintomas da forma infantil da doença de Pompe
Sistemas/Órgãos
Sinais / Sintomas
Musculoesquelético
Fraqueza muscular progressiva
Hipotonia profunda
Flacidez (bebê hipotônico)
Falta de firmeza no pescoço
(“não segura a cabeça”)
Insuficiência para
alcançar os marcos do
desenvolvimento motor
Macroglossia
Arreflexia
Pulmões
Fraqueza respiratória progressiva,
insuficiência respiratória
Infecções respiratórias frequentes
Morte devido à insuficiência
cardiorrespiratória
Coração
Cardiomegalia (massiva)
Hipertrofia
“Especialistas apontam que
a do ventrículo
esquerdo
diminuição do tempo e da qualidade de
Visceral/Gastrointestinal
de engolir, mamar e/
sono
interfere diretamenteDificuldade
na atenção,
ou alimentar-se
raciocínio e potencial de aprendizado.”
Falhas no desenvolvimento
Hepatomegalia
7
A melhor perspectiva do seu
paciente é olhar-se no espelho
e ver a si mesmo.
Um atípico e amplas ações.*1, 2, 3
*Na esquizofrenia e no transtorno bipolar.
Mostrou níveis de prolactina plasmática
semelhante aos do grupo placedo em sua
faixa terapêutica.3
Apresentações:2
25 mg com 15 comprimidos revestidos.
100 mg e 200 mg com
30 comprimidos revestidos.
Bioequivalência.4
Contraindicação: hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.2
Interação medicamentosa: outros medicamentos de ação central.2
Kitapen® é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou
opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Kitapen® (fumarato de quetiapina). USO ADULTO. Apresentações: embalagens com 15 comprimidos revestidos de 25 mg e 30 comprimidos revestidos de 100 mg e 200 mg. Indicações: tratamento da esquizofrenia
e como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios maníacos associados ao transtorno afetivo bipolar e nos episódios de depressão no transtorno bipolar. Contraindicações: contraindicado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula. Precauções e advertências: deve ser utilizado com cuidado em pacientes nas seguintes situações: com sinais e sintomas de infecção; diabéticos ou
que apresentam riscos para desenvolver diabetes; com doença cardíaca conhecida, doença cerebrovascular ou outras condições que os predisponham à queda de pressão arterial; com história de convulsões; com sinais e
sintomas de alterações de movimento conhecidas por discinesia tardia; que apresentam sintomas como hipertermia, confusão mental, rigidez muscular, instabilidade na frequência respiratória, na função cardíaca e outros
sistemas involuntários (instabilidade autonômica) e alteração na função renal. Kitapen® pode provocar algum aumento de peso, especialmente no início do tratamento. A descontinuação gradual do tratamento com quetiapina
é aconselhada. O fumarato de quetiapina não está aprovado para o tratamento de pacientes com demência relacionada à psicose. Gravidez e lactação: categoria de risco na gravidez: C. Só deve ser usado durante a
gravidez se os benefícios justificarem os riscos potenciais. A amamentação não é recomendada durante o uso de Kitapen®. Interações medicamentosas: bebidas alcoólicas e outras medicações que atuam no cérebro e
no comportamento; tioridazina, carbamazepina, fenitoína, valproato de sódio, cetoconazol, rifampicina, barbitúricos e inibidores da protease. Reações adversas: mais comumente relatadas - sonolência, tontura, boca seca,
astenia leve, constipação, taquicardia, hipotensão ortostática, dispepsia, ganho de peso, síncope, síndrome neuroléptica maligna, leucopenia, neutropenia e edema periférico. Posologia: Esquizofrenia - 2 vezes ao dia; a dose
total diária para os 4 dias iniciais é 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). A partir do 4º dia, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 300 a 450 mg/dia. A dose pode ser
ajustada na faixa de 150 a 750 mg/dia. Mania associada a transtorno bipolar - 2 vezes ao dia; a dose total diária para os 4 primeiros dias é 100 mg (dia 1), 200 mg (dia 2), 300 mg (dia 3) e 400 mg (dia 4). Outros ajustes
de dose até 800 mg/dia no 6° dia não devem ser maiores que 200 mg/dia. A dose pode ser ajustada dentro do intervalo de 200 a 800 mg/dia. A dose usual efetiva está entre 400 a 800 mg/dia. Episódios de depressão no
transtorno bipolar - dose única noturna; a dose deve ser titulada como a seguir: 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). Pode ser titulado até 400 mg no dia 5 e para até 600 mg no dia 8. Via de
administração: oral. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Para maiores informações, consulte
a bula completa do produto (B/KIT/002). Informações adicionais disponíveis à classe médica mediante solicitação à Erowlabs – Rua Barão de Petrópolis, 311, Rio Comprido – CEP: 20251-061 – Rio de Janeiro – RJ. SAC:
0800 9708180. Kitapen® - Registro MS nº: 1.0492.0195.
Referências Bibliográficas: 1. Bowden C., Singh V.; Bipolar disorders: treatment options and patient satisfaction. Neuropsychiatr Dis Treat., 2006; 2(2): 149ñ153. 2. Kitapen® (fumarato de quetiapina): Bula do produto. 3.
Kasper S, Tauscher J, Heiden A. Quetiapine: efficacy and tolerability in schizophrenia. Eur Neuropsychopharmacol. 2001 Oct;11 Suppl 4:S405-13. 4. Bioequivalência demonstrada através do estudo STPh 72/08 realizado
pelo Centro Scentryphar Pesquisa Clínica Ltda e Sociedade Paulista para Desenvolvimento da Medicina - SPDM/ Núcleo de Bioequivalência e Ensaios Clínicos - NUBEC, submetido para registro e aprovado pela Anvisa em
DOU 27/12/2010.
Material destinado exclusivamente a classe médica. Para devolução ou solicitação de informações adicionais, entre em contato com: moksha8 Brasil Distribuidora e Representação de Medicamentos Ltda.
CNPJ – MF: 07.591.326/0001-80. Escritorio administrativo (filial): Av. Ibirapuera, 2.332 – Torre 1 – 13° andar – Indianópolis. CEP: 04028-002 – São Paulo – SP – Brasil. Tel: 3041-9304. Código: MP.19/2011.
Material produzido em: abril/2011. Erowlabs: uma empresa do grupo Watson Pharmaceuticals, Inc. SAC (08009708180)
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