2 Aula-17_print.nb Potencial vector do campo de um fio corrente rectilínea ◆ Como B = μo I 2π r eθ em coordenadas cilíndricas e η1 e1 η2 e2 η3 e3 ∇ ×A = 1 η1 η2 η3 ∂ ∂ξ1 ∂ ∂ξ2 ∂ ∂ξ3 = 1 r er r eθ ez ∂ ∂r ∂ ∂θ ∂ ∂z Ar r Aθ Az η1 A1 η2 A2 η3 A3 vemos que Bθ (r) = μo I ∂ Ar = 2π r ∂z - ∂ Az =- ∂r ∂ Az ∂r Como A = Az(r) e z para o fio infinito a expressão reduz-se a μo A (r) = Az (r) ez = - I log(r) ez 2π Esta expressão não é única: adicionar a A o gradiente ∇f de uma função arbitrária não altera o resultado de ∇ × A já que ∇ × (∇f ) ≡ 0. Inexistência de Monopolos Magnéticos: Uma vez que B = ∇ × A então tem-se sempre ∇ · B(r) = ∇ · ∇ × A ≡ 0 Isto significa que, ao contrário do campo eléctrico, onde ∇ · D = ρ representa a densidade de cargas eléctricas que dão origem ao campo D = ε E, não existem cargas magnéticas (ou monopolos magnéticos) que dêm origem ao campo B. Uma demonstração directa também pode ser obtida a partir da definição usando a Lei de Biot-Savart: μo B (r) = 4π 1 ∇r r - s × J (s) ⅆ V (s) fazendo notar que em geral ∇ · a × b = b · ∇ × a - a · ∇ × b ; ∇r × J (s) = 0 ∇ × (∇ ψ) ≡ 0 ; pelo que directamente: ∇ · B(r) ≡ 0 ◆ Se B = ∇ × A então em qualquer volume V ∇ · B (r) ⅆV(r) = V ∂V B (l ) · ⅆS(l ) = A · ⅆ ℓ + A · ⅆ l ≡ 0 γ γ Potencial vector e campo longe do anel. Para pontos r longe de um circuito fechado com corrente I e parametrizado por vectores l , i.e. quando l ≪ r sempre, podemos usar a expansão em série de Taylor para uma função f r - l = f (r) - l · ∇ f (r) + ... Aula-17_print.nb 3 para aproximarf (r) = 1 quando r ≫ l : r 1 1 l ·r ≈ + +ℴ r-3 3 r r r - l O cálculo do potencial vector A pode assim ser aproximado por μo I ⅆl μo I A (r) = ≈ 4π 4π r - l r·l 1 r + r 3 μo I ⅆl = r · l ⅆ l 3 4π r O integrando pode ser transformado num duplo produto externo e um diferencial exacto (cujo integral num circuito fechado é necessáriamente nulo) ⅆ r · l l = r · l ⅆ l + r · ⅆ l l ⟹ ⅆ l r · l + r × ⅆ l × l = 2 r · l ⅆ l r × ⅆ l × l = r · l ⅆ l - r · ⅆ l l obtemos μo ⅆl μo I 1 A(r) = I ≃ ⅆ l r · l + r × ⅆ l × l = 3 2 4π 4 π r r - l = μo I 4 π r3 μo I S × r × r = l × ⅆ l 2 4 π r3 1 μo m × r A (r) = 4 π r3 onde fizemos: S= 1 2 l ×ⅆ l m=IS Área mínima duma superfície com bordo no circuito Momento Magnético ′ Se designarmos o baricentro do circuito por Rc então podemos escrever l = l + Rc e ′ ′ ′ ⅆ l = ⅆ l donde ∮ l × ⅆ l = ∮ l × ⅆ l e o resultado mantém-se. Campo Dipolar Magnético B usando a fórmula de Biot-Savart apenas resulta em geometrias muito simples. Para um anel de corrente, por exemplo, apenas o campo no eixo do anel é fácilmente calculável. Contudo é possível aproximar o valor do potencial-vector A em regiões afastadas do anel, obtendo-se assim o campo de um dipolo magnético m. Assim, longe de um dipolo magnético de momento m o potencial vector A e o campo magnético B podem ser descritos por ◆ O cálculo directo de μo m × r A(r) ≃ 4 π r3 μo m 3 (m · r) r μo B(r) ≃ ∇ × A = - + = 2 m · er - m · eθ + eφ 3 5 3 4π r 4πr r 4 Aula-17_print.nb B⩵ μo 4 π r3 (2 m∥ - m⊥) Em geral ∇ × a × b = b · ∇ a - (a · ∇) b + ∇ · b a - (∇ · a) b Pondo a = m e b = r3 , todas as derivadas de a são nulas e restam apenas os termos com r derivadas de b. Assim, para r ≠ 0, uma vez que ∇· r3 r m×r ∇× r3 r = -(m · ∇) r3 (m · ∇) r =- r3 - m·∇ r≠0 1 r3 = 0, m 3 (m · r) r r=+ r3 r5 Momento de Força em condutores e correntes: ◆ Para além da força resultante sobre um circuito fechado percorrido por uma corrente I quando num campo magnético exterior B, vai - se observar um momento de força (binário) que, no caso de se tratar de um circuito rígido, terá como efeito uma rotação de todo o circuito em torno do seu centro de massa além duma rotação deste relativamente à origem.Vamos calcular esse binário somando as contribuições elementares dos momentos de forças a que um segmento ⅆ l do condutor fica sujeito : ⅆ N m = l × ⅆ F m = I l × ⅆ l × B Momento de Força sobre Corrente em campo homogéneo, momento dipolar magnético m. ◆ Quando B é constante, usando a identidade algébrica: a × b × c + b × (c × a) + c × a × b = 0 podemos calcular ⅆ l × l × B = ⅆ l × l × B + l × ⅆ l × B B × l × ⅆ l = ⅆ l × l × B - l × ⅆ l × B ⅆ l × l × B - B × l × ⅆ l = 2 l × ⅆ l × B Substituindo na expressão anterior e tendo em conta que o integral de um diferencial exacto num circuito fechado é nulo, obtemos 1 1 N m = I l × ⅆ l × B = I ⅆ l × l × B - B × l × ⅆ l = I l × ⅆ l × B 2 2 Assim o momento sobre uma espira de área S percorrida por uma corrente I é Nm = I S ×B = m×B 2 Aula-18_print.nb Campo magnético H na matéria : Magnetização M e Correntes de Magnetização ◆ Para uma distribuição contínua de momentos dipolares magnéticos, a Magnetização é o momento dipolar por unidade de volume: M = ⅆm ⅆV Campo de uma distribuição contínua de momentos dipolares magnéticos ◆ Tendo em conta que o Potencial Vector A do campo magnético B é definido para uma distribuição arbitrária de correntes com densidade J (s) como : μo J (s) A (r) = ⅆV (s) V r - s 4π Longe de um dipolo magnético de momento m, o potencial vector A e o campo magnético B podem ser descritos por μo m × r Am (r) ≃ 4 π r3 Assim, para uma distribuição de momentos dipolares com uma densidade M = ⅆm , deve-se ⅆV ter μo Am (r) = 4π V M (s) × (r - s) ⅆV (s) = 3 r - s μo 1 M (s) × ∇s ⅆV (s) r - s = 4π V Tendo em conta a identidade ∇ × f M = ∇ f × M + f ∇ × M M × ∇ f = f ∇ × M - ∇ × f M pode-se escrever com f (s) = 1 r-s μo ∇s × M (s) M (s) × ⅆ S ) + Am (r) = ⅆV (s 4π r - s r - s V ∂V onde usamos a identidade seguinte para transformar o integral de volume envolvendo o termo ∇ × f M : (∇ × a) ⅆV = - a × ⅆ S V ∂V ◆ Demonstração Usando um vector b constante arbitrário e a identidade ∇ · a × b = b · (∇ × a) - a · ∇ × b Aula-18_print.nb b · (∇ × a) ⅆV = V b · (∇ × a) ⅆV = V ∇ · a × b ⅆV = V a × b · ⅆ S = -b · a × ⅆ S ∂V ∂V Densidades de corrente de Magnetização Definem-se assim densidades de corrente de magnetização em volume e superfície Jm = ∇ × M ′ ; μo Jm (l ) Am (r) = 4π V r - l Jm = M × n ′ μo Jm (l ) ⅆV(l ) + ⅆ S (l ) 4π ∂V r - l Lei de Ampère na matéria ∂S H · ⅆ l = IS ◆ Lei de Ampére em geral: ∇ × B = μo J + Jm = μo J + ∇ × M ⟹ ∇ × B · ⅆS = μo J +J m · ⅆS ⟹ S S B · ⅆ l = μo (I + Im)S ∂S ◆ A vantagem de usar a intensidade de campo magnético H na Lei de Ampère resulta de apenas ser necessário ter em conta as correntes de condução. ∇× B μo -M = J B H = ⟹ -M μo ∇ ×H = J ⟹ ∇ × H · ⅆS = J · ⅆS ⟹ S S H · ⅆ l = IS ∂S Efeito dum campo magnético em correntes de Ampére: Modelo de Langevin Assumindo correntes elementares constituídas por electrões em movimento circular de raio R e velocidade v, podemos assumir uma frequência ωo = v e consequentementeuma R corrente I =- qe T =- qe 2π ωo 3 4 Aula-18_print.nb Em consequência existe um momento magnético orbital m = I π R2 n = - 1 2 qe R2 ωo Numa situação de órbita circular de raio R, deve existir uma força centrípeta tal que Fcp = me ω2o R A introdução de um campo magnético B acelera ou desacelera o electrão conforme a orientação de B. Devido à força de Laplace adicional F m = qe v × B temos agora Fcp + Fm = me ω2o R ± qe ω R B = me ω2 R ±qe ω B = meω2 - ω2o = me(ω - ωo) (ω + ωo) = 2 me Δω ωm Assumindo ωm ≈ ω a variação de frequência é Δω = qe B 2 me A variação de momento magnético dum electrão é Δm = - 1 2 qe R2 Δ ω = - q2e 4 me R 2 μo H Somando para todos os electrões numa molécula, assumindo n moleculas por unidade de volume M =- μo q2e n 4 me Ri 2 H = χ m H i Susceptibilidade Magnética χm Permeabilidade Magnética μ = μo(1 + χm) M = χm H B = μo H + M = μo (1 + χm) H = μ H μ = μo (1 + χm) Em geral χm ≪ 1 para substâncias paramagnéticas ou diamagnéticas χm ~ 10-6, μ ~ μo . Diamagnéticas ( χm < 0) : (repelidas por um campo magnético forte) m ≡ 0 ; 〈M 〉 = 0 ◆ Na ausência de um campo magnético exterior, os átomos e moléculas destes materiais não possuem momento magnético m = 0 pelo que o valor médio da magnetização também é nulo 〈M 〉 = 0. ◆ Na presença de campos magnéticos exteriores, aparece uma magnetização que tende a reduzir o campo exterior. Aula-18_print.nb 5 , ou seja quando o electrão viaja no sentido directo ◆ Quando a força de Laplace F m ∝ -e r relativamente à direcção de B, o momento magnético m - B, e então a força centrípeta aumenta, o que significa que Δω > 0, ou seja Δ m - B. , ou seja quando o electrão viaja no sentido retrógrado relativamente a B, ◆ Quando F m ∝ e r o momento magnético m B, e a força centrípeta diminui, o que significa que Δω < 0, ou seja Δ m - B como anteriormente. ◆ - Cobalto, Bismuto; Paramagnéticas ( χm > 0) : (atraídas por um campo magnético forte) m ≠ 0 ; 〈M 〉 = 0 ◆ Na ausência de um campo magnético exterior, os átomos e moléculas destes materiais possuem um momento magnético m ≠ 0, mas estando aleatóriamente orientados o valor médio da magnetização é nulo 〈M 〉 = 0. ◆ Na presença de um campo magnético exterior, os momentos magnéticos individuais tendem a orientar-se na direcção do campo magnético exterior, criando uma magnetização que tende a reforçar o campo exterior. - Alumínio; Substância Paramagnética χ Substância Diamagnética χ Platina 2.9 × 10 -4 Azoto -5. × 10 -9 Crómio 2.7 × 10 -4 Silica -4.2 × 10 -6 Nióbio 2.6 × 10 -4 Cobre Tungsténio 6.8 × 10 -5 Bismuto Alumínio 2.3 × 10 -5 Chumbo -1.7 × 10 -5 Lítio 2.1 × 10 -5 Diamante -2.2 × 10 -5 Calcio 1.9 × 10 -5 Prata -2.6 × 10 -5 Magnésio 1.2 × 10 -5 Mercúrio -2.9 × 10 -5 Oxigénio 2.1 × 10 -6 Ouro -3.6 × 10 -5 -9.8 × 10 -6 -1.66 × 10 -5 Ferromagnéticas ( χm ≫ 1): m ≠ 0; 〈M 〉 ≠ 0 ◆ Os materiais ferromagnéticos têm uma estrutura cristalina com iões cujo momento magnético é devido essencialmente ao spin eletrónico. ◆ Iões adjacentes têm tendência a alinhar os seus momentos magnéticos com forças que equivalem a intensidades de campo da ordem de 105 T em regiões de dimensão ≈ 10-5 m. ◆ Em materiais anti-ferromagnéticosos iões adjacentes têm os momentos magnéticos alinhados em sentidos opostos, por isso a magnetização resultante é nula 〈M o〉 = 0 ou pequena se houver assimetria na estrutura cristalina (ferrites). Domínios de Weiss e curvas de histerese Para Substâncias ferromagnéticas M ≠ χm H em geral, mas define-se à mesma uma 6 Aula-18_print.nb relação entre os campos magnéticos e a magnetização (Curvas de Histerese) em que instantâneamente B = μ H . A curva de Histerese representa a magnetização resultante da reorientação de domínios de magnetização quando submetidas a campos externos fortes Temperatura de Curie ◆ A dependência da magnetização média da temperatura absoluta T atinge para substâncias ferromagnéticas um limite à temperatura de Curie, em que passam a comportar-se como substâncias paramagnéticas. Problema ◆ Uma bobina toroidal, com 1 m de raio exterior e 20 cm de raio interior, é percorrida por uma corrente de 5.0 A e tem 60 espiras por metro. No centro tem ferro que nestas condições se pode supor como tendo uma permeabilidade magnética μ = 5000 μo. ◆ Qual seria o campo na ausência do ferro? Qual é a indutância desta bobina? ◆ Qual é o campo magnético com o ferro? Qual é a indutância desta bobina? ◆ Solução ◆ O comprimento total da bobina é L = 2 π R = 6.28 m pelo que o número total de espiras é = 60 × L = 377. ◆ No interior da bobina, dado que o raio exterior R = 1 m é muito maior que o raio interior r = 0.2. m, vamos considerar que o campo B é aproximadamente constante em cada secção recta da bobina. Óbviamente, devido à simetria de rotação em torno do eixo do toro, o campo numa secção obtém-se do campo de qualquer outra secção através da rotação que converte uma na outra. A utilização da Lei de Ampère ao longo duma circunferência γ de raio R passando pelo centro do toro permite-nos determinar a componente azimutal Bφ eφ do campo B. Em coordenadas cilíndricas {ρ, φ, z} com eixo e z coincidente com o eixo do toro devemos escrever, parametrizando a circunferência γ com o ângulo azimutal φ ∈ [0, 2 π]: rγ ⩵ R e ρ[φ] ≡ R {Cos[φ], Sin[φ], 0} ⅆ rγ ⩵ R ⅆ φ eφ[φ] ≡ R ⅆ φ {-Sin[φ], Cos[φ], 0} B[rγ ] · ⅆ rγ ⩵ γ 2π 0 ponto sobre a circumferência γ trajecto infinitesimal sobre a circumferência γ Bφ[R] R ⅆ φ ⩵ Bφ[R] 2 π R pela simetria axial Bφ não depende de φ Bφ[R] 2 π R ⩵ μo N ℐ N é o número total de espiras na bobina Bφ[R] ⩵ μo ℐ 2πR ⩵ 4 π × 10-7 × 377 × 5 2π×1 ≈ 3.7 (* G *) magnitudeda componentede B na direcção eφ ◆ Em qualquer outro ponto no interior da bobina assumimos que Bφ tem a mesma magnitude que Bφ[R]. Para o fluxo do campo através de uma secção recta da bobina ( S = S e ) correspondente a uma só espira obtemos φ Aula-18_print.nb ϕ ⩵ B · ⅆ S = Bφ[R] S ⩵ μo S ℐ 2πR π r2 ◆ Como as linhas de campo atravessam de forma semelhante todas as espiras da bobina, o fluxo total é Φ ⩵ ϕ ⩵ μo 2 r2 2R ℐ = ℒo ℐ ◆ Da expressão anterior obtemos a indutância ℒo ⩵ ⅆΦ ⅆℐ ⩵ μo 2 r2 ℒo ⩵ 4 π × 10-7 × ∴ 2R 3772 × 0.22 2×1 ⩵ 3.57 × 10-3 (* H *) ◆ Quando consideramos o núcleo de ferro deve-se substituir μo por μ = 5000 μo, pelo que Bφ[R] ⩵ μ ℐ 2πR ℒf ⩵ μ ⩵ 5000 × 4 π × 10-7 × 2 r2 2R 377 × 5 2π×1 ≈ 1.85 (* T *) ⩵ 5000 ℒo ⩵ 17.86 (* H *) 7 2 Aula-19_print.nb Condições Fronteira campo Magnético ◆ Usando uma caixa de altura infinitesimal com bases de cada lado da superfície que separa duas regiões de permeabilidades diferentes, o fluxo de B através das bases (desprezando o fluxo através da superfície lateral) deve ser nulo. Assim a componente normal de B é contínua através de superfícies entre regiões de diferentes permeabilidades magnéticas μ ∇ ·B = 0 B2 - B1 · n = 0 ⟺ Usando agora a Lei de Ampére para um circuito rectangular com lados paralelos à superfície de separação entre meios de permeabilidades diferentes, e desprezando a contribuição da circulação nos lados perpendiculares a esta, podemos mostrar que a componente tangencial de H sofre descontinuidade apenas se existir uma densidade de corrente de condução superficial entre duas regiões de diferentes permeabilidades. ∇ ×H = Jc H 2 - H 1 × n = J cs ⟺ ∥ ∥ B1 = μ1 ⊥ B2 μ2 ⊥ μ 1 H 1 = μ2 H 2 Lei de Faraday-Lenz Fluxo magnético através de uma superfície Φ (t) = B(s, t) · ⅆ S (s) (Wb = Weber ≡ V s) S Força electromotriz de indução magnética ◆ A variação temporal do fluxo magnético Φ através de um circuito condutor fechado faz aparecer uma força electromotriz que actua no sentido de induzir uma corrente elétrica cujo campo magnético contrarie a alteração do fluxo inicial. ℰi = - ⅆΦ ⅆt Aula-19_print.nb Lei de Faraday: Campo B variável no tempo ◆ O fluxo magnético através de um circuito fechado pode variar porque o campo magnético muda no tempo e/ou porque a geometria e localização do circuito mudam no tempo relativamente ao campo magnético. ℰi = - ⅆΦ ⅆt ≡ - ∂B S ∂t · ⅆ S + v × B · ⅆ ℓ ∂S Lei de Faraday quando ∂B = 0 mas v ≠ 0. ∂t ◆ Quando o campo magnético é estacionário mas o circuito é móvel a força electromotriz induzida é ℰi = Fm γ ⅆ ⅆΦ · ⅆ ℓ = v ⨯ B · ⅆ ℓ = - B · ⅆ S = q ⅆ t Sγ ⅆt γ Fluxo através de Superfície Móvel ◆ Em geral a variação temporal do fluxo de um campo variável a através de uma superfície móvel S(s, t), onde s representa a posição dum ponto sobre a superfície, é ⅆ a · ⅆ S = ⅆt S S ∂a ∂t + (∇ · a) ⅆ s ⅆt + ∇ ⨯ a⨯ ⅆ s ⅆt ·ⅆS ou seja, usando o teorema de Stokes no último termo, ⅆ Φa ⅆt = ∂a S ∂t + (∇ · a) ⅆ s ⅆt · ⅆ S + a⨯ ∂S ⅆℓ ⅆt · ⅆ ℓ (t) 3 4 Aula-19_print.nb Demonstração ◆ Por definição ⅆΦ ⅆt = lim 1 t1→to t1 - to B (s1, t1) · ⅆ S (s1) - S1 So B (so, to) · ⅆ S (so) ◆ Para o campo magnético B a ausência de divergência ∇ · B ≡ 0 significa ∇ · B ⅆ V = V B (s1, t1) · ⅆ S (s1) + S1 SL B (sL, t1) · ⅆ S (sL) - So B (so, t1) · ⅆ S (so) = 0 onde a superfície So está orientada da mesma forma que S1, e não “para fora” do volume V . Substituindo aqui o integral em S1 pelos integrais em So e S L da fórmula resultante da divergência nula de B obtemos ⅆΦ ⅆt = lim t1→to 1 t1 - to So B (so, t1) · ⅆ S (so) - So B (so, to) · ⅆ S (so) - lim SL t1→to B (s L, t1) · ⅆ S (s L) t1 - to O primeiro limite é lim So B (so, t1) · ⅆ S (so) - t1→to So B (so, to) · ⅆ S (so) ⟶ t1 - to ∂ B (so, to) So ∂t O limite do integral sobre a superfície lateral é - lim SL B(s L, t1) · ⅆ S (s L) t1→to ⟶ t1 - to Γo= ∂So ⅆ lo B l o, to × · ⅆlo ⅆt porque ⅆ lo ⅆ S(sL) ≈ (t1 - to) v × τ ⅆ ℓo = (t1 - to) × ⅆ lo ⅆt e ainda Bℓo, to · ⅆ lo ⅆt × ⅆ lo ≡ B ℓo , t o × ⅆ lo ⅆt · ⅆ lo · ⅆ S (so) Aula-19_print.nb Exemplos: Espira rectangular rodando em campo magnético fixo Barra condutora deslocando-se num campo magnético fixo. Exemplos de Aplicação : Correntes de Foucault Auscultador e Microfone Segurança de Electromagnetes Levitação de Anel de Alumínio em cima dum solenoide com AC Motores: Disco metálico com ferromagnete AC parcialmente blindado Campo magnético rotativo: entreferro toroidal com solenóides diametralmente opostos emparelhados com correntes AC circulando em sentidos opostos e passando de solenóide em solenóide. Travão magnético. Gerador trifásico. Medição de velocidade de correntes marítimas. 5