E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; Mateus 6:12 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14,15 A primeira coisa que aprendemos nessa oração, é que quando conversarmos com Deus devemos reconhecer sua grandeza, glória e majestade (pai nosso que estás nos céus, santificado seja teu nome)... E aprendemos que as nossas petições a Deus devem conter a expressão “mas que seja feita tua vontade na terra, assim como é feita no céu”... E, quando oramos a Deus temos que pedir o necessário para viver (o pão nosso de cada dia daí nos hoje). Nessa oração estão incluídos todos os aspectos da nossa vida: “o pão nosso de cada dia...”- necessidades físicas- do corpo; “perdoa-nos...assim como...”- necessidades mentais- da alma; “não nos deixe cair...”- necessidades espirituais- do espirito. Nada foi esquecido: o pão diário; o perdão dos pecados e ser resguardado de qualquer coisa que me lance de novo no pecado. Nessa segunda petição, “perdoa as nossas dividas assim como temos perdoado os nossos devedores...” geralmente tem causado grandes dificuldades quanto ao entendimento dessa sentença. *Portanto, é bom lembrar que somos perdoados por causa do perdão de Cristo na cruz do calvário. “Quem primeiro deu a ele pra depois receber?”(Rm 11: 35) A base para o perdão é a obra de Cristo e não as minhas atitudes em relação ao meu irmão. *A outra coisa que gera discussão quanto a esse texto, é se eu fui perdoado em Cristo porque eu preciso ainda pedir perdão pelos meus pecados? 1 Por uma questão simples, recebemos o perdão da nossa condição de pecadores, contudo, ainda neste corpo continuamos sujeitos ao pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 1 João 1:8 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 João 1:10 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. João 13:10 Somos lavados por inteiros por ocasião da justificação. Mas enquanto caminhamos por este mundo ficamos sujos pelo pecado. isso acontece com cada crente. Precisamos de perdão para os nossos pecados e fracassos diários. Martyn Lloyd- Jones disse que “um homem que um homem que não reconhece a iniquidade do seu coração, é um homem que nunca se examinou verdadeiramente.” Os nossos pecados são comparados a uma divida em Mt 18:23-35. Cada dia que passa, pecados pequenos e pecados grandes vão acumulando uma dívida que esmagaria qualquer esperança se não fosse o perdão de Deus. Uma divida perdoada. E o que se espera de alguém que foi completamente perdoado? À medida que compreendemos o quanto Deus nos perdoou e o quanto Seu perdão custou, a morte se seu próprio filho, é que podemos perdoar quem pecou contra nós. Mas, se não conseguimos perdoar o irmão é sinal de que ainda não compreendemos o quanto custou ao nosso Pai para que fôssemos perdoados. Está sendo difícil perdoar alguém? Tente pensar em quanto Deus já lhe perdoou e compare a sua dívida com a dívida do seu devedor. 2 Não é que Deus somente conceda o perdão na base da permuta. O perdão que damos a outrem não é uma condição para que o perdão divino seja concedido a nós. Antes ele condiciona nossa própria recepção do perdão de Deus. Se alguém foi perdoado por Deus, mas se recusa a perdoar o seu semelhante, isso é a evidencia de que ele não foi perdoado. Porque a primeira evidencia de uma pessoa perdoada em Cristo é um coração quebrantado. O verdadeiro perdão quebranta o homem, e ele se sente constrangido diante de tal perdão e impelido a perdoar. A base para o perdão. Essa é a base para o perdão: o amor de Deus por nós e o nosso amor a Deus em resposta ao seu amor. “Eu vou perdoar porque eu te amo.” Não! “Eu te perdoo porque eu sou amada por Deus e eu Amo a Deus”. Não é o meu amor pela pessoa- é o meu amor a Deus. A medida para o perdão não é a garantia de que a pessoa não vai mais errar. É o amor ilimitado de Deus. O que nos impede de perdoar? #O Orgulho- é um sentimento que nos tenta convencer de que o ato de se desculpar ou reconhecer seu erro é atitude dos fracos, é uma humilhação. Nosso orgulho, que é tão grande a ponto de achar que pedir perdão ou perdoar alguém é passar vergonha, humilhação. Deus nós dar o maior exemplo de todos, Ele nós perdoa, e isso não é nenhuma vergonha, é SALVAÇÃO, é uma nova oportunidade que Ele nós dá para fazermos as coisas de forma correta, e Ele nós dar quantas oportunidades forem necessárias, ou seja, Deus nós perdoa a cada deslize, a cada erro ou falha que cometemos e nós não queremos ser benção na vida do próximo, tratando-o da mesma maneira que Deus nós ensina, com compaixão. Ser afetivo com quem é grosseiro, bondoso com quem é egoísta, dócil com os arrogantes não é hastear a bandeira da fragilidade, mas da coragem. Os fracos usam a força; os sábios, a inteligência. 3 #Intolerância aos erros do outro- é incrível como superfaturamos os erros do outro. Porque devemos perdoar? #Porque fomos perdoados. Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoandovos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Efésios 4:32 Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3:13 O perdão deve ser ilimitado. Jesus nos ensina a perdoar até setenta vezes sete. Mt 18:22. Essa cifra não é literal. Ela aponta setenta vezes o número sete, o número da perfeição. O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa. # Porque também somos imperfeitos. Nós não somos perfeitos, não viemos de uma família perfeita, não temos um casamento perfeito, não temos filhos perfeitos nem frequentamos uma igreja perfeita. Consequentemente, nós temos queixas uns dos outros. Na verdade, nós decepcionamos as pessoas e as pessoas nos decepcionam. Nossas fraquezas transpiram em nossas palavras e atitudes. Sem o exercício do perdão ficamos entupidos de mágoas e a mágoa gera raiz de amargura no coração. Não somente isso, a amargura perturba a pessoa que a alimenta e contamina as pessoas ao redor. # Porque é a única possiblidade de convivermos harmoniosamente. É impossível ter uma vida saudável emocional, física e espiritualmente sem o exercício do perdão. A oração é um assunto de família “Pai Nosso”. Se não há um bom relacionamento entre os filhos como ter comunhão com o pai? Hoje é tempo de perdoar. Hoje é tempo de pedir perdão. Hoje é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena, maiúscula e abundante. 4 A melhor maneira de dar a última palavra é pedir perdão. 5