Quem inventou os deuses gregos?

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Blog de Leitura
Quem inventou os deuses
gregos?
Raissa Pascoal
Oi, pessoal! Quem escreve aqui no blog hoje sou eu, Raissa, editora-assistente
do site de NOVA ESCOLA.
Quando falo em Zeus, Afrodite, Poseidon, Hércules, Odisseu e Aquiles, tenho
certeza de que não estou falando grego com ninguém. A mitologia grega,
repleta de deuses e heróis, está no imaginário de todo mundo, ainda que
você não saiba que Afrodite é deusa do amor e Aquiles um dos principais
personagens da Guerra de Troia.
Eu pedi licença para Anna Rachel para compartilhar o pouquinho que aprendi
sobre essa turma poderosa no curso de Letras. E por que falar sobre o
assunto hoje? Bem, pensei nisso porque estou vidrada nas Olimpíadas,
sofrendo a cada jogo do Brasil.
Ok, e o que tem a ver uma coisa com a outra? É simples… Você sabia que os
jogos olímpicos foram criados por Hércules lá pelos anos 2.500 a.C, como
forma de homenagem ao pai, Zeus? Acho que nem os Estados Unidos nem a
China bateriam o filho do deus dos deuses numa competição. Mas é claro
que essa história não passa de uma lenda (será?). O primeiro registro de que
os jogos aconteceram é de 776 a.C., quando um cozinheiro ganhou a
primeira prova de corrida na cidade de Olímpia.
Lenda ou não, esses personagens da mitologia grega sobrevivem por
milênios. Mas quem os inventou? Muita gente diz que foi Homero, o grande
poeta que teria vivido no século VIII a.C. Dizer isso parece categórico demais,
afinal, é difícil pensar que um só homem criou todo o panteão grego. Mas,
quando alguém fala que Homero inventou os deuses, usa o significado
retórico da palavra “inventar”, que é expor, registrar algo. E registrar os
deuses numa poesia foi, de fato, Homero quem fez primeiro.
As obras do poeta, Ilíada e Odisseia, são épicas e narram grandes feitos dos
heróis, descendentes de deuses, que, por sinal, interferem no rumo da
história a todo momento. A trama da primeira poesia se passa na Guerra de
Troia e dá vida à fúria de Aquiles contra Agamemnon, comandante do
exército grego. Na batalha, a morte do herói só ocorre quando ele é atingido
no seu ponto fraco, o calcanhar. Lembrou de alguma expressão?
segunda obra dá sequência aos acontecimentos de Ilíada e narra as
aventuras de Odisseu para voltar para casa depois da guerra.
A
Tanto num poema quanto em outro, os deuses têm papeis muito
importantes. Foi Poseidon, por exemplo, que, raivoso por Odisseu ter cegado
seu filho, destruiu a jangada do herói no meio do mar, levando-o a viver mais
aventuras. Na Ilíada, os deuses têm nas mãos o poder de decidir o futuro da
guerra. Resumidamente, o que eu quero dizer é que, sem os deuses, não há
história nem em uma nem em outra obra.
Além dessa discussão da origem dos deuses gregos, o mundo antigo nos
oferece mais polêmica. Ninguém, até hoje, pode afirmar, com toda certeza,
que Homero realmente existiu. Pois é, gente, um homem que não sabemos
nem se existiu inventou deuses que também não sabemos se existiram. Isso
é mitologia. O que sabemos mesmo é que os deuses faziam parte da tradição
oral dos gregos há séculos e que, em Ilíada e Odisseia, eles foram eternizados
por alguém ou algumas pessoas.
A despeito das incertezas, será em tempos em que atletas como Michael
Phelps quebram recordes milenares, ultrapassando o número de medalhas
de Leônidas de Rodes, o maior atleta olímpico por 2.168 anos, que vou me
lembrar do que disse minha professora numa aula de introdução aos
estudos clássicos. Ela falou: você pode ser honrado nos jogos, mas nada disso
é tão perene e imortaliza como quando transformado em poesia.
Beijos e até a próxima,
Raissa Pascoal
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https://novaescola.org.br/blogs/leitura/olimpiadas-conheca-8-biografias-de-atletas/
Publicado em NOVA ESCOLA 18 de Agosto de 2016
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