UFV Predação, Parasitismo e Defesa em Insetos 2

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24/04/12
Predação, Parasitismo e Defesa em Insetos 2
A. O que é predação sensu lato ?
Chamamos de predação sensu lato a toda interação entre dois
indivíduos, na qual um deles se alimenta do outro. Usamos
propositadamente este termo tão amplo (daí a expressão sensu lato
), para conseguir incluir num mesmo raciocínio interações
reconhecidamente diferentes, mas que podem ser explicadas por um
único corpo de teoria. Assim, estariam incluidos nesta terminologia,
por exemplo:
I - um louva-deus devorando sua presa;
II- um percevejo predador atacando uma lagarta;
III - uma pulga sugando o sangue de um cão;
IV - fêmeas de louva-deus que se alimentam do macho após
a cópula;
V - vespas que ovipositam dentro do corpo de lagartas;
VI - uma lagarta se alimentando de uma folha; etc.
Isto é, chamamos de predação sensu lato ao conjunto de interações
conhecidas normalmente como predação (I e II acima); parasitismo
(III); canibalismo (IV); parasitoidismo (V); herbivoria (VI).
O item (6), herbivoria, será visto numa aula à parte, pois trata-se de
uma interação animal-planta. Todos os demais itens referem-se a
uma interação animal-animal.
B. Quais as diferenças entre predador, parasita,
parasitóide?
Predador: mata a presa rapidamente e precisa de mais de
uma presa para completar seu próprio ciclo de vida.
Parasita: não mata o hospedeiro e usa um número variado
destes para completar seu próprio ciclo de vida. Isto é, se
dois piolhos convivem numa mesma galinha, e ambos
conseguem completar seu ciclo de vida, matematicamente
cada piolho utilizou menos de um hospedeiro. Por outro lado,
moscas cujas larvas se alimentam de um hospedeiro e, após
atingirem a fase adulta, atacam outro hospedeiro, estariam
usando mais de um hospedeiro para completar seu ciclo de
vida.
Parasitóide: mata o hospedeiro lentamente e utilizam, no
máximo, um hospedeiro para completar seu próprio ciclo de
vida. Como existem casos de vários indivíduos parasitóides
atacando o mesmo hospedeiro ao mesmo tempo, podemos
dizer que estes individuos estariam usando menos de um
hospedeiro para completar seu ciclo.
Convencionou-se chamar de inimigo natural qualquer inseto que se
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adequar a uma das três definições acima (predador ou parasita ou
parasitóide).
Se plotarmos num gráfico o tempo necessário para causar a morte da
presa (x) versus o número de presas necessárias para completar o
ciclo do inimigo natural (y), é fácil visualizar regiões onde
incluiríamos os três tipos de inimigos naturais.
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