Programa Preliminar Economia Criativa 09-09

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I Seminário Internacional Economia Criativa: novas perspectivas
Programa Preliminar
Dias: 20 e 21 de setembro de 2011 - Auditório da FGV /RJ
Panorama do setor
O mercado global de bens e serviços oriundos da economia criativa tem
experimentado nos últimos anos um crescimento sem precedentes. "O valor das
exportações anuais desse segmento alcançou US$ 592 bilhões em 2008, o que
representa um crescimento médio anual de 14% no período de 2002-2008.
Segundo a UNCTAD, as indústrias criativas são um dos setores mais dinâmicos do
comércio internacional e a demanda global para os produtos criativos continuou
crescendo, apesar da crise financeira e da recessão global de 2008."
De acordo com a UNESCO, o comércio de bens criativos aumentou de US$ 205 para
US$ 407 bilhões em 2008, com crescimento médio de 11.5% no período 20022008, praticamente dobrando de valor no período de seis anos.
A economia criativa tem sido compreendida como uma potencial alavanca para o
desenvolvimento de muitas nações, sendo que mais de 60 países já realizam
procedimentos sistemáticos de mapeamento do seu setor criativo. Em estágio mais
amadurecido encontram-se os países desenvolvidos, notadamente os Estados
Unidos, as principais economias européias – com destaque para o Reino Unido e a
Austrália. Porém, mesmo estes ainda vislumbram as perspectivas de expansão do
setor, inserindo o tema estrategicamente com papel de destaque em suas agendas
econômicas.
Países emergentes e em desenvolvimento conseguem ter participações expressivas
em áreas específicas. Porém há um vasto território inexplorado de possibilidades,
os quais devem ser objeto de políticas públicas, concebidas e implementadas num
ambiente de cooperação internacional, especialmente a chamada Cooperação SulSul.
Programação Preliminar
Dia 20/09: 9h30 às 12h30
Abertura:
Exmº Renato Villela – Secretário de Fazenda - Governo do Estado do Rio de Janeiro
Marcelo Haddad – Diretor Executivo do Rio Negócios - Prefeitura da Cidade do Rio
de Janeiro
Profº Luiz Guilherme Schymura – Diretor do IBRE/FGV
PAINEL I: Onde Tudo Começa: A Criatividade na Base da Revitalização
Urbana
O objetivo deste painel é apresentar experiências bem sucedidas de revitalização
urbana e de identificação e realização de potenciais e vocações criativas de cidades,
com seus devidos impactos econômicos. O painel deverá ser composto por
representantes de cidades, gestores líderes dos referidos processos. A premissa
deste painel é a de que a cidade tem um papel crucial na economia da cultura e na
distribuição de bens de base criativa, sendo esta uma característica muito própria
dos grupos urbanos. Como não poderia deixar de ser, outro importante aspecto a
ser abordado neste painel é a avaliação das possibilidades e do planejamento da
cidade do Rio de Janeiro, em vista da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
Moderador: Fábio Fonseca - Instituto Iniciativa Cultural
Debatedores:
Washington Fajardo – Coordenador do Programa Rio Distrito de
Criatividade – Prefeitura do Rio de Janeiro
Representante da Prefeitura da Cidade de São Paulo
Representante de Mumbai (Bollywood)
Gordon Torr – Representante da África do Sul
Cezar Vasquez – Diretor- Superintendente – SEBRAE/RJ
Adriana Scorzelli Rattes – Secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro
14h30 às 17h30
PAINEL II: Governos e a Economia Criativa: A Nova Economia Requer um
Novo Estado?
O objetivo deste painel é a apresentação das perspectivas e desafios de governos
em todos os níveis – do local ao nacional - diante das demandas geradas pela nova
economia. A economia derivada da distribuição de bens produzidos com base na
criatividade, na cultura e na propriedade intelectual, exige novas estratégias,
estruturas e políticas, sejam das mais diferentes esferas, tais como da cultura,
trabalho e renda, agências de capacitação, órgãos de financiamento etc. O Estado,
como dinamizador das relações, fomentando as interações necessárias entre seus
departamentos, iniciativa privada e empreendedores, e criando um ambiente
fecundo para o desenvolvimento do setor criativo, deve equipar-se de novos
conceitos de desenvolvimento bem como de metodologias de operação e
mensuração análogas a esses novos paradigmas.
Moderadora: Lidia Goldenstein – Economista
Debatedores:
Mário Borghini – Diretor de Desenvolvimento Econômico Estratégico Instituto Pereira Passos/Secretaria de Cultura da Prefeitura do Rio de
Janeiro
Kevin McManus – Representante da Inglaterra
Representante da Globo Filmes
18h – Coquetel de Encerramento
Dia 21/09: 9h30 às 12h30
PAINEL III: Os Direitos Autorais e o acesso aos Bens Culturais
A Propriedade Intelectual ocupa um papel central na sociedade do conhecimento.
A globalização, a revolução digital e as novas tecnologias apresentam riscos e
oportunidades para autores, empreendedores criativos e nações. Ainda que
existam importantes balizas internacionais para a regulação do setor - a
Convenção de Berna e o Acordo TRIPS -, elas e também os gestores públicos
nacionais se vêem diante dos desafios postos pelo novo cenário, entre eles o de
conjugar a garantia dos legítimos direitos dos autores e criadores com os
interesses dos investidores e com a necessidade de democratizar os meios de
acesso ao consumo de bens culturais e intelectuais. O que fazer para incrementar o
desenvolvimento inclusivo e justo dessa economia, promovendo um balanço entre
os direitos privados e o interesse público? De que maneiras o novo quadro pode
ser utilizado favoravelmente ao seu desenvolvimento? Estes são alguns dos temas
a serem debatidos neste painel.
Moderadora: Joana Varon: Centro de Tecnologia e Sociedade - Direito Rio / FGV
Debatedores:
Volker Gassmuck
Márcia Regina Barbosa - Diretora de Direitos Autorais do Ministério da
Cultura
Pablo Ortlellado – Professor Doutor - Grupo de Pesquisa em Políticas
Públicas para o Acesso à Informação – Gpopai / USP
Oona Castro – Diretora Executiva – Overmundo
Hélio Portocarrero – Diretor Executivo – Fundação Casa de Rui Barbosa
Marcos Bitelli - Sócio da Bitelli Advogados
14h30 às 17h30
PAINEL IV: A Economia Criativa Como Estratégia Para o Desenvolvimento
O mercado global de bens e serviços oriundos da economia criativa tem
experimentado nos últimos anos um crescimento sem precedentes. O valor das
exportações anuais desse segmento saltou de U$ 227 bi para U$ 424 bi apenas
entre os anos de 1996 e 2005, representando um crescimento médio anual de
8,7% de participação no comércio global, segundo a UNCTAD. De acordo com o
Banco Mundial, a economia criativa representa cerca de 7% do PIB mundial.
A criatividade é inerente à condição humana; e a cultura um dos ativos econômicos
mais democráticos, sendo esta um dos fatores constituintes de todas as sociedades
humanas, independentemente do seu estágio de desenvolvimento e prosperidade.
Justamente por esse aspecto, a economia criativa tem sido compreendida como
uma potencial alavanca para o desenvolvimento de muitas nações. Países
emergentes, como o Brasil, a Índia e a China, têm participações expressivas em
áreas específicas. África do Sul, Nigéria, Gana e outros países africanos também
experimentam sucessos pontuais. Porém há um vasto território inexplorado de
possibilidades, as quais devem ser objeto das políticas públicas desses países,
concebidas e implementadas num ambiente de cooperação internacional,
especialmente a chamada Cooperação Sul-Sul. A proposta deste painel é a reunião
de gestores nacionais e das Nações Unidas, compartilhando experiências e
trazendo apontamentos para o planejamento estratégico do setor.
Moderador: Alessandra Meleiro – Instituto de Iniciativa Cultural /UFF
Debatedores:
Edna dos Santos-Duisenberg: Chefe do Programa Economia Criativa da
UNCTAD
Eduardo Carlos Ferreira - Superintendente de Microinvestimentos – Banco
Itaú/Unibanco
Francisco Simplício - PNUD - Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento / Unidade Especial para a Cooperação Sul-Sul
David Parrish - Consultor de empreendimentos no setor criativo
Luciane Fernandes Gorgulho – Chefe do Departamento de Cultura - BNDES
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