• História – Amazônia pré-histórica pg. 02 • História – As grandes navegações e a conquista do Brasil Espécie ameaçada de inç ão, o botocor-de-rosa (Iniageofreext ns is) pode chegar aos 2,5 metros. pg. 04 o ento d m a h c A ha de Carta az de Camin a d o h Trec de Pero V Brasil, ) (1500 • Geografia – A transição demográfica pg. 06 • Geografia – Aspectos da população mundial pg. 08 • Português – Regência verbal 1 pg. 10 Midiateca oferece acervo de artes visuais Um acervo de DVDs e de imagens especializado em artes visuais já está à disposição de professores do Ensino Fundamental e Médio do Amazonas. Lançada na última semana de setembro, a Midiateca Arte na Escola, do Pólo da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), é voltada à qualificação e ao apoio de docentes de arte. A Dvdteca é constituída de exemplares com qualidade e informação atualizada, abrangendo os principais elementos da história da arte, da linguagem visual e da leitura da obra, bem como do fazer artístico, da natureza da arte e da sua relação com o meio social. Fonte de referência em se tratando de arte brasileira, o acervo tem como foco a arte contemporânea, contemplando, em parte, a pluralidade e a diversidade das raízes existentes no País. De acordo com a coordenadora do Pólo Arte na Escola da UEA, Ítala Clay, o catálogo do projeto Arte na Escola está estruturado em temáticas como conexões transdisciplinares, formação do educador, forma-conteúdo, linguagens artísticas, materialidade, mediação cultural, patrimônio cultural, processo de criação e saberes estéticos e culturais. A Midiateca também é constituída por uma coleção de materiais de apoio aos Dvds e por um Banco de Imagens Fixas. A proposta é subsidiar o Projeto de Educação Continuada, que tem por objetivo apoiar o professor e qualificar o ensino da arte. A previsão é que, com esse material de apoio, os professores possam organizar ciclos e mostras ao público em geral. A inauguração da Midiateca aconteceu durante o II Encontro Regional Norte Arte na Escola, no fim de setembro, no auditório da Reitoria da UEA. Na oportunidade, Gisa Picosque, doutora em artes cênicas, ministrou curso sobre o uso da Dvdteca, que estará disponível aos professores cadastrados no Pólo da UEA. Aberto a professores de artes das escolas públicas e particulares, além de estudantes de licenciatura, o II Encontro Regional Norte da Rede Arte na Escola, com o tema Diversidade na Amazônia, reuniu representantes de pólos do Acre, Amazonas, Amapá, Pará e de Roraima. Para efetuar o cadastro de utilização da midiateca, os interessados devem procurar a Escola de Artes e Turismo, na Rua Leonardo Malcher, 1728, Praça 14 de Janeiro. História b) Arcaica (7.500–1000 a.C.): Nesse período, ocorre o desenvolvimento da produção agrícola, especialmente na várzea, depois em terra firme, propiciando a sedentarização do homem amazônico. Segundo Antônio Porro, a agricultura surgiu a partir do feijão, da abóbora e do milho. Os arqueólogos descobriram diversos sambaquis (sítios arqueológicos recobertos por camadas de conchas e de vegetação fluvial) que comprovam esse período nas regiões do delta, do baixo Amazonas, da Guiana e do Orenoco. Professor Francisco MELO de Souza Amazônia pré-histórica 1. Uma discussão teórica sobre a Amazônia Há uma questão sempre posta quando se busca explicar a Amazônia durante a pré-história (utilizaremos esse termo para significar o período anterior à escrita), período mais longo e menos estudado da Amazônia: como se pode comprovar a veracidade do que se diz sobre a economia, a organização social e a divisão do trabalho na Região (DOS SANTOS, Francisco Jorge. História do Amazonas. Amazonas: Editora Novo Tempo, 2000, p. 19.) Quando teria iniciado o processo de ocupação da Amazônia? Os estudos sobre a pré-história da Amazônia vêm sendo feitos por vários pesquisadores (arqueólogos, etno-historiadores, historiadores e cientistas sociais) desde o século XIX. Mais recentemente, importantes pesquisadores desenvolveram trabalhos sobre a pré-história da Amazônia com o apoio institucional da Universidade Federal do Amazonas e de outras instituições acadêmicas. Entre esses estudiosos do tema, podemos citar: Bety Meggers, Anna Roosevelt, André Proust, Pedro Ignácio Smith, Eduardo Góes Neves, Charles Hart entre outros. Os primeiros trabalhos amazônicos afirmavam que o processo de ocupação pré-histórica da Amazônia ocorreu dos Andes até o Atlântico. A justificativa para essa afirmativa era que a Amazônia possuía um meio ambiente pobre e incapaz de produzir uma cultura complexa e densa devido ao solo ácido pouco fértil. Por outro lado, os Andes possuíam um ambiente propício para o desenvolvimento de uma densa população e uma complexa cultura. As descobertas feitas por Roosevelt em Monte Alegre, no Pará, vêm mostrar que na Amazônia desenvolveram-se culturas complexas há muito mais tempo do que se supunha, os chamados Cacicados Complexos, na parte oriental da região. Fig.2 – Agricultura na fase paleoindígena 2. Periodo Formativo ou Pré-história Tardia (1.000 a. C.-1540): Surgiram, nessa época, em determinadas regiões amazônicas, os chamados Cacicacos Complexos. Uma cultura com um grau de complexidade significativo em vários campos, tais como a produção de alimentos, a organização social do trabalho, a jornada de trabalho reduzida, o sistema de organização religiosa, as organizações festivas, etc. Os Cacicados Complexos Organização econômica – A principal atividade econômica era a agricultura em grande quantidade, pois havia técnica de plantio a partir da coivara (a derrubada das árvores, seguida de queimada em uma área de terra firme onde era feito o plantio; na várzea, a plantação ocorria logo após a vazante). Praticavam-se também técnicas de terraplenagem para a construção de viveiros para a criação de quelônios. Em determinados lugares, o milho era o alimento principal, seguido da mandioca, do peixe e de animais silvestres. A jornada de trabalho girava em torno de 4 horas diárias. O trabalho para a subsistência era desenvolvido por todos os membros de uma comunidade. Os produtos manufaturados, como tecidos, cerâmicas, armas, etc., eram comercializados num movimento intertribal feito a longa distância e realizado periodicamente. Organização social e política – Havia estratificações sociais que determinavam também a organização política dos Cacicados Complexos: no topo, estava o grande chefe, que tinha seu poder justificado a partir de uma origem divina. Havia um estrato subordinado ao grande chefe, a quem se pagavam tributos, e os escravos conquistados em guerra. 2. Fases de ocupação da Amazônia Os arqueólogos e cientistas sociais apresentam uma periodização específica para o processo de ocupação da Amazônia: a) Paleoindígena (11.200 – 8.500 a.C.): Nesse período, os povos paleoindígenas viviam da coleta de moluscos, de plantas e da caça de animais de pequeno porte (SANTOS, Francisco Jorge. História do Amazonas. Manaus: Editora Novo Tempo, 2000, p. 19). As descobertas da arqueóloga Anna Rooselvelt, em Monte Alegre, Pará, levam-nos a acreditar que havia a prática da pesca e da caça de animais, pois era comum o uso de pontas de lanças feitas de pedra. Não há registros dessa época de habitações mais elaboradas, o que nos sugere que esse povo habitava grutas e cavernas. 3. Os povos das águas do século XVI A seguir, apresentaremos alguns povos a partir de suas localizações geográficas e das respectivas províncias (categoria utilizada para situar os domínios territoriais de cada um desses povos). Província de Aparia – Localizava-se na região do baixo Napo, estendendo-se até o atual município de São Paulo de Olivença. Nessa Província, havia vinte povoados compostos de até cinqüenta grandes casas. O destaque era a grande plantação de milho. Aparia Grande ou Aparia, o Grande, consistia na sede provincial, na região da boca do rio Javari. Província dos Omáguas – Seus domínios começavam a partir de 120km acima da foz do Fig. 1 – Ponta de lança feita de pedra lascada. Pesquisa Fapesp: Revista Ciência e Tecnologia no Brasil. Outubro, 2003. 2 Maranhão e baixo Amazonas. Sua presença é assinalada na Ilha Tupinambarana. Os omáguas, cocamas e cocamilas são desse tronco tribal. Caribe – Centralizava-se no extremo norte, nas Guianas. Tucano – Estava a noroeste da Amazônia. Pano – Localizava-se nas cabeceiras dos rios Purus, Juruá e Uayali. Catuquina – Localizava-se a sudoeste, entre o rio Purus e o Juruá. Jê – Estava na região sul do atual Estado do Pará e norte de Mato Grosso. Tucuna – A oeste do Negro, pelo Içá e pelo Japurá. Tucano – A noroeste do Uaupés. Xiriâna – No extremo norte, em Roraima. Javari, estendendo-se até o Mamoria, entre o Jutaí e o Juruá. Os omáguas apresentavam dois traços importantes que chamavam a atenção: a deformação artificial do crânio e o fato de possuírem técnicas de produção de roupas tecidas com algodão e em cores. 5. Demografia O etno-historiador William Denevan, reconhecendo a importância histórica do processo de despovoamento, fez um levantamento demográfico da Amazônia pré-histórica levando em consideração a distinção entre os dois maiores ecossistemas: terra firme e várzea. Estabeleceu, para terra firme, 98% do território amazônico, 0,2 hab/km², o que corresponde à cifra de um milhão de habitantes. Para a várzea, reconheceu a alta concentração de recursos naturais explorados pela tecnologia indígena: 14 hab/km², correspondendo a 950 mil habitantes. Fig. 3 a)Índio Omágua com cabeça em forma de mitra. b) Busto de um índio Cambeba. Fonte: Expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia. Província de Machifaro – Localizava-se na margem direita do Solimões, entre os rios Tefé e Coari. Recebeu vários nomes, tais como: Curuzirari, Carapuna e Aisuari. Essa província ficou conhecida como “Aldeia do Ouro”, pelo fato de que indivíduos dessa população usavam pingentes de ouro, trocados em comércio intertribal. Província de Yoriman – Dominava cerca de 250km, a partir das proximidades de Coari, estendendo-se até o Purus, na margem direita do Solimões. Ficou conhecida como “Aldeia da Louça” devido à belíssima cerâmica policrômica produzida por eles. Era conhecida ainda como Solimões. Tida como uma nação guerreira, atemorizava os portugueses. Província de Paguana – Localizava-se do Purus, na margem direita, até o encontro das águas. Havia dois povoados: o dos Bobos e o dos Viciosos. Província dos Tarumãs – Iniciava seus domínios na Barra e estendia-se até o rio Urubu. Os tarumãs eram povo do tronco lingüista Aruaque. Província dos Tapajós – Situava-se da região do Nhamundá até a foz do rio Tapajós. O cronista da expedição de Francisco de Orellana, frei Gaspar de Carvajal, batizou as várias aldeias de “grandes cidades”. Outro cronista, Cristóbal de Acuña, da expedição de Pedro Teixeira, afirmou que se tratava de uma nação belicosa e temida pelas demais nações vizinhas, pois usavam em suas flechas venenos que vitimavam os inimigos atingidos. Exercícios 01. (Positivo) Niède Guidon foi a primeira pesquisadora a afirmar que no Brasil estão os mais antigos restos arqueológicos a registrarem a presença humana no: a) Sítio Arqueológico da Pedra Furada, na Serra da Capivara, interior do Piauí. b) Sítio Arqueológico da Pedra Lascada na Amazônia. c) Estado do Acre, no sítio arqueológico de Pedra Furada. d) Planalto Goiano, nas proximidades de de Brasília. e) Rio Grande do Sul, à beira da Lagoa dos Patos. 02. (UFAM) O trabalho desenvolvido pela arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon no sítio arqueológico da Pedra Furada, no Piauí, reacendeu as discussões sobre a origem do homem americano. Sobre os achados arqueológicos e suas respectivas conclusões pode-se afirmar que: a) foram encontradas, em sambaquis, centenas de pinturas rupestres, que permitem identificar nossos primeiros habitantes; b) foi encontrado o crânio de “Luzia” com a datação de 9.000 anos, acreditando-se tratar dos restos humanos mais antigos das Américas; c) foram encontrados artefatos líticos, em sambaquis, que comprovam a tradicional hipótese de penetração terrestre do Estreito de Behring; d) foram encontrados restos de fogueira e fósseis com datação aproximada de 50.000 anos, que contrariam a teoria das correntes australiana e malaio-polinésio; e) foram encontrados restos de fogueira com datação aproximada de 50.000 anos, que indicam que o homem pode ter chegado à América, a esse tempo, via oceano Pacífico. Fig. 5 – Território Cambeba nos séc. XVI e XVII. 4 – Grupos Lingüísticos e Tribais A lingüística classificou cerca de 1492 línguas faladas em toda a América do Sul. Na Amazônia, cerca de 718 línguas procediam dos troncos lingüísticos dos seguintes povos: Aruaque – Dominava a bacia do Alto Amazonas e a região do baixo Negro. Habitava também os rios Uatumã, Jatapu e Urubu. Tupi – Dominava a costa atlântica do Pará, 3 Desafio Histórico 01. (UFAM) “Havia nesse povoado uma casa de diversões, dentro da qual encontramos louças das mais variadas: havia vasos e cântaros enormes, de mais de vinte e cinco arrobas, e outras vasilhas pequenas como pratos, tigelas e castiçais, de uma louça de melhor que já se viu no mundo, mesmo a de Málagua não se compara a ela, porque é toda vitrificada e esmaltada com todas as cores, tão vivas que espantavam, apresentando além disso, desenhos e figuras tão compassadas que naturalmente eles trabalhavam e desenhavam como os romanos”. Frei Gaspar de Carvajal, cronista da expedição de Francisco de Orellana, 1542. O relato acima refere-se à: a) Aldeia que os membros da expedição de Orellana batizaram de “Aldeia da Louça”, localizada na região de Codajás e pertencente à Província de Yoriman. b) Província de Solimões, localizada na região que compreendia “um pouco acima do rio Coari estendendo-se até quase a foz do rio Purus”. c) Missão de Nuestra Senhora de las Neves de los Yurimáguas, que os membros da expedição de Orellana batizaram de “Aldeia do Ouro”. d) Província de Conduris, na região que medeia os rios Nhamundá e Tapajós, onde os espanhóis no século XVI teriam se defrontado com as lendárias Amazonas. e) Aldeia de Aissuari, que os membros da expedição de Pedro Teixeira apelidaram de “Aldeia do Ouro”, localizado na Província de Machifaro. 02. (UFAM–PSC–III) A pesquisa arqueológica na Amazônia ainda carece de muitos estudos. Entretanto já existe uma periodização provisória para o estudo da região amazônica, diferente daquela empregada nos países europeus, e que vem sendo utilizada pelos arqueólogos. Essa periodização compreende as fases denominadas de: a) Paleolítico, Cacicados Simples e Cacicados Complexos. b) Paleolítico, Mesolítico e Neolítico. c) Idade da Pedra Lascada, Idade da Pedra Polida e Idade dos Metais. d) Paleozóico, Cenozóico e Mesozóico. e) Paleoindígena, Arcaica, Pré-História Tardia. Desafio Histórico 01. (FGV) O metalismo, a doutrina da balança comercial favorável, o industrialismo, o protecionismo e o colonialismo constituem as características básicas do: a) b) c) d) e) Neoliberalismo. Intervencionismo. Socialismo. Liberalismo Mercantilismo. 02. (UFSM) O ano de 1998 marcou os quinhentos anos do Descobrimento do Brasil, pois, “Em 1498, D. Manuel ordenava que Duarte Pacheco Pereira navegasse pelo Mar Oceano, a partir das ilhas de Cabo Verde até o limite de 370 léguas [estipuladas pelo Tratado de Tordesilhas]. É esta a primeira viagem, efetivamente conhecida pelos portugueses, às costas do litoral norte do Brasil” (FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa no Brasil antes de 1500. In: ESTUDOS LEOPOLDENSES. São Leopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.). Esse fato fez parte: a) da expansão marítimo-comercial européia, que deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; b) da expansão capitalista portuguesa, em sua fase mercantil-colonial plenamente consolidada no Brasil; c) do avanço marítimo português, tendo Duarte Pacheco Pereira papel relevante na espionagem e pirataria no Atlântico; d) do processo de instalação de feitorias no Brasil, pois Duarte Pacheco Pereira instalou a primeira feitoria, ou seja, São Luiz do Maranhão; e) das expedições exploradas do litoral brasileiro, cujo papel de reconhecimento econômico e geográfico coube a Duarte Pacheco Pereira. 03. (Mackenzie) As razões do pioneirismo português na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram: a) A invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista de Calicute pelos turcos. b) A assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e pelos demais países europeus. c) Um Estado Liberal centralizado, voltado para a acumulação de novos mercados consumidores. d) As guerras religiosas, a descentralização política do Estado e o fortalecimento dos laços servis. e) Uma monarquia centralizada, interessada no comércio de especiarias. História As Grandes Navegações (XV) Vários fatores econômicos, políticos e culturais impulsionaram as Grandes Navegações. Vejamos alguns desses fatores. O monopólio italiano sobre as especiarias fazia que os comerciantes impusessem preços altos, e isso prejudicava os interesses comerciais de quem comprava dos italianos, pois para revender iriam cobrar mais caro ainda. A ação do Estado (monarquia) que desejava a consagração do poder político abre um processo de centralização que começa nos fins do século XIV, com Portugal. Esse Estado se aliou à camada mercantil, a quem garantiu monopólio do comércio sobre as áreas conquistadas. A burguesia mercantil viu a possibilidades de aumentar muito seus lucros se eles conquistassem o Oriente. Nesse caso, o acordo entre o Estado e a burguesia mercantil foi importante para garantir o sucesso na conquista do além-mar e tornar Portugal senhor dos domínios orientais. As inovações tecnológicas foram importantes no domínio das navegações. O aperfeiçoamento da bússola e do astrolábio e a invenção da caravela garantiram o sucesso para a expansão marítima. O domínio do canhão, da pólvora e de outras armas fez que os europeus se impusessem sobre os povos do Oriente e, com isso, vantagens econômicas e políticas foram garantidas aos europeus. A primazia de iniciar as Grandes Navegações coube aos ibéricos, primeiro Portugal e depois a Espanha. Você imagina por que Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações? Veja que razões o fizeram iniciar esse processo de conquista de além-mar. • Apoio financeiro da burguesia mercantil interessadíssima em conquistar o Oriente para ter seus lucros quadruplicados. • Boa localização geográfica. • Domínio sobre o mar. • Conhecimentos náuticos. • Paz interna e externa. • Centralização do poder nas mãos do rei. Professor DILTON Lima As Grandes Navegações e a conquista do Brasil A Europa na época das Grandes Navegações já era capitalista na fase comercial (XV-XVIII). Nessa fase, já havia relações assalariadas de produção, e a atividade comercial constituía-se na princípal fonte de acumulação de capital. A economia da Europa era conduzida por um conjunto de práticas econômicas conhecido como mercantilismo, que ficou marcado pelas seguintes características: • Acumulação de ouro e prata determinando o poder de uma nação. • Desenvolvimento do comércio como principal atividade. • Balança comercial superavitária. • Protecionismo alfandegário. • Intervenção estatal na economia. • Monopólio comercial. • Exploração colonial. O que se costuma chamar usualmente de “descobrimento” na verdade representa um processo de conquista de novas áreas que viessem atender à expansão do capitalismo. Era preciso acumular metais preciosos, já que havia uma escassez desses metais na Europa. Era preciso conquistar novas regiões que pudessem ser, ao mesmo tempo, exportadoras de matériasprimas e produtos agrícolas e consumidoras dos produtos manufaturados europeus. A chegada dos portugueses ao Brasil, no fim do século XV, e sua permanência nos séculos seguintes, devem ser entendidas tanto sob o aspecto político como o econômico de uma Europa que estava em expansão capitalista e necessitava de novos mercados que atendessem à sua política mercantilista. A Europa antes das Grandes Navegações (XIII e XIV) Para que Portugal fosse o destaque era preciso exercer um poder centralizado. E como se deu esse processo de centralização política? Em Portugal, ocorreu por meio de lutas. A Revolução de Avis (1383-85) trouxe ao poder D. João I, que se aliou aos interesses burgueses para fortalecer o Estado moderno. O início das Grandes Navegações deu-se em 1415, quando os portugueses conquistaram Ceuta, no norte da África. Isso nos leva a refletir sobre o plano de navegação portuguesa para alcançar o Oriente. Os portugueses, senhores dos mares, pretendem viajar contornando as costas africanas e atingir o Oriente. Na luta para alcançar seus objetivos, os portugueses conquistam as Ilhas do Atlântico: Madeira, em 1419; Açores, em 1431 e Cabo Verde, em 1456. Nessa região, os portugueses desenvolveram o cultivo da cana-de-açúcar, que, no século XVI, será a principal economia do Brasil. Por volta de 1488, o conquistador português Bartolomeu Dias chega ao extremo-sul da África. Devido às condições do local, ele o batiza de Cabo das Tormentas. O Estado muda o nome para Cabo da Boa Esperança, pois certamente tinha esperança de concretizar seus sonhos navegadores de conquistar o Oriente. Com essa conquista ao extremo-sul da África, os portugueses já se julgavam donos do Nessa época, o Mar Mediterrâneo constituía um eixo econômico por meio de rotas marítimas pelas quais chegavam à Europa produtos vindos do Oriente – perfumes, tapetes, seda e principalmente as especiarias (pimenta, gengibre, nozmoscada, cravo, etc.) –, que eram utilizados na preparação e conservação de alimentos. Esses produtos oriundos do Oriente (Índia, Pérsia, China e Japão) vinham por rotas monopolizadas pelos árabes, que realizavam comércio no principal centro, Constantinopla (atualmente Istambul, Turquia). Os produtos comercializados em Constantinopla eram transportados por comerciantes e mercadores italianos, principalmente genoveses e venezianos. Podemos dizer que os comerciantes detinham o monopólio da revenda das especiarias e de outros produtos na Europa. Por isso, era preciso buscar um novo caminho para conseguir os produtos orientais que não fosse via Mediterrâneo, e assim quebrar o monopólio italiano. Aí começa uma nova etapa na vida dos comerciantes da Europa, enfrentando o “Mar Tenebroso” para chegar diretamente à fonte de riquezas, mudando o eixo econômico da Europa. Seria o adeus ao domínio italiano. Mas quem reuniria as condições para desbancar os italianos? 4 Atlântico, e não admitiriam concorrência pelo controle do novo eixo econômico. A Espanha foi o segundo país a se lançar em busca do caminho para as Índias orientais. Sua centralização monárquica ocorreu com o casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela. Resolvida essa situação, a Espanha contratou os serviços do italiano Cristóvão Colombo para garantir sucesso nas navegações. Mas Colombo adotou um plano diferente daqueles projetados pelos portugueses: ele pretendia navegar pelo Ocidente (oeste) para atingir o Oriente (leste). Convicto de que a Terra era redonda, fundamentado nos postulados de Ptolomeu, cujos cálculos reduziam as medidas de circunferência do Planeta, Colombo partiu com três caravelas: Santa Maria, Pinta e Nina. No dia 12 de outubro de 1492, chegaram à ilha de Guanaani (hoje República Dominicana). Colombo pensou ter alcançado as Índias orientais, e chamou os nativos de índios, erro que se comete até hoje. Cristóvão Colombo ainda realizou outras viagens no que seria chamado de Novo Mundo. Mais tarde, outro navegador italiano, Américo Vespúcio, no século XVI, a serviço da Espanha, retorna às terras “descobertas” por Colombo e faz novas conclusões: Cristóvão Colombo não teria realmente chegado ao Oriente, havia chegado a novas terras. Em homenagem a esse conquistador, colocou-se o nome de América no novo continente. A chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, gerou divergências entre as nações ibéricas (Portugal e Espanha), pois a Espanha metera-se numa região da qual Portugal se considerava dono: Atlântico. Na visão dos portugueses, ou a Espanha se retira do Atlântico ou será expulsa pela força das armas. Será que Portugal e Espanha entraram em guerra? O papa da época, Alexandre VI, em 1493, propôs um acordo para impedir o conflito armado. Este acordo ficou conhecido como Bula InterCoetera. Ficou decidido que seria traçada uma linha imaginária a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras que fossem conquistadas a oeste seriam da Espanha, e a leste seriam de Portugal. O Estado português não aceitou esse acordo, ainda mais porque o papa era espanhol. Somente em 1494, foi assinado o acordo que acalmou os ânimos belicosos entre os ibéricos: o Tratado de Tordesilhas, que estabeleceu um novo meridiano, 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Este tratado já atendia aos interesses portugueses no oceano Atlântico. Dez anos após chegar ao Cabo da Boa Esperança, a expedição portuguesa comandada por Vasco da Gama, em 1498, chega ao Oriente. Conquista a cidade de Calicute, na Índia. A sua volta para Portugal trazia boas perspectivas para o Estado e para a classe mercantil. A expedição levou para Portugal um carregamento de especiarias maior do que se vendia anualmente em Gênova. Essas especiarias vendidas na Europa geraram um lucro aos comerciantes portugueses de aproximadamente 6.000%. Nessa mesma época, uma expedição comandada por Duarte Pacheco veio investigar terras no Atlântico Sul (futuras terras brasileiras) e retornou a Portugal dizendo da existência de tais terras. Era preciso que o Estado mandasse uma nova expedição para tomar posse das terras “descobertas”. Para alcançar os objetivos sobre o comércio oriental e as terras no Atlântico sul, o Estado mandou a expedição de Pedro Álvares Cabral, que partiu de Lisboa em 9 de março de 1500 com duas metas: • Tomar posse das terras no Atlântico Sul (futuras terras brasileiras). • Consolidar o comércio das especiarias orientais garantindo monopólio para Portugal. As Grandes Navegações apresentaram como conseqüências: • Hegemonia dos países ibéricos. • Novo eixo econômico: oceano Atlântico. • Formação das áreas coloniais. E A AMAZÔNIA? Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha, em 1494, grande parte do que hoje é a Amazônia pertenceria à Espanha. No fim do século XV, Vicente Yañez Pinzon chega à foz do rio Amazonas. No século XVI, duas expedições financiadas pela Espanha conseguem descer por completo o rio Amazonas, chegando até o Oceano Atlântico. A primeira, por volta de 1542, foi a expedição de Francisco Orellana, que na verdade representou um desdobramento da expedição de Gonçalo Pizarro, governador da província de Quito. A segunda, por volta de 1561, foi a expedição de Pedro de Ursua e Lopo de Aguirre. A expedição de Orellana desbravou a região em busca do El Dorado e do País da Canela. Os acontecimentos foram registrados pelo frei Gaspar de Carvajal. A expedição de UrsuaAguirre, quase vinte anos depois, desbrava a região em busca do El Dorado e do Lago Paititi. Essa expedição desceu o Marañon e todo o Amazonas até o Atlântico. Os relatos dessa aventura foram registrados pelo capitão Altamirano, por Francisco Vasquez e Pedrarias de Almesto. Desafio Histórico 01. (FATEC) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, podemos dizer que: a) foi de imediato desrespeitado por Portugal, que ultrapassou os limites estipulados por ele; b) Portugal e Espanha eram os únicos donos das terras da América, fato não contestado pelos demais povos da Europa, pois esses países eram considerados superiores; c) foi totalmente aceito por todas as nações européias; d) não foi bem recebido pela França, Inglaterra e Holanda, que o acharam risível e não concordavam com a divisão do mundo entre Portugal e Espanha; e) foi desrespeitado pela Espanha, que se associou à França e invadiu o Brasil. 02. (PUC) “Quem quer passar além do Bojador, Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.” Fernando Pessoa, Mar Português, in (“Obra poética”. Rio de Janeiro, Editora José Aguilar, 1960, p.19.) O trecho do poema fala da expansão marítima portuguesa. Para entendêlo, devemos saber que a) “Bojador” é o ponto ao extremo sul da África e que atravessá-lo significava encontrar o caminho para o Oriente; b) a “dor” representa as doenças, desconhecidas dos europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas pelas expedições; c) o “abismo” refere-se à crença, então generalizada, de que a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria, fazendo caírem os navios; d) a menção a “Deus” indica a suposição, à época, de que o Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que puniria os navegadores; e) o “mar” citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas as Índias, objetivo principal dos navegadores. 03. Dentre os fatores determinantes das Grandes Navegações, o que apresentou característica principal foi: a) b) c) d) e) 5 domínio sobre o mar; conhecimentos náuticos; ascensão da burguesia; formação do Estado Moderno; posição geográfica privilegiada. Desafio Geográfico 01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita com todas as cores. A riquíssima fotografia étnica vem sendo revelada no decorrer do processo histórico que formou nosso povo. Quanto à composição étnica da população brasileira, pode-se afirmar: I. Em números absolutos houve uma diminuição da população indígena, desde o descobrimento até hoje, provocada pela morte em conflitos e pelas epidemias. II. Os brancos que compõem a população brasileira possuem, em sua maioria, origem européia; nesse conjunto, italianos e alemães formam os grupos mais numerosos na formação étnica do Brasil. III. A população brasileira passa por um processo de "embranquecimento" motivado pelos cruzamentos entre brancos e outras etnias, diminuindo progressivamente o número de negros e mestiços. Está(ão) correta(s): a) apenas I; b) apenas II; c) apenas III; e) apenas I e III. d) apenas I e II; 02. (UFSM–RS) Sobre o contingente da população indígena brasileira a partir do século XX, pode-se afirmar que: I. se verifica uma tendência de aumento desse contingente, principalmente em função da delimitação de reservas indígenas; II. essa população, hoje muito reduzida (menos de 0,5%), está concentrada, principalmente, nas regiões Norte e Centro-Oeste; III. a superfície total das terras indígenas equivale a um percentual pouco significativo da área do Brasil; IV. Ocorre um etnocídio no modo de vida, nos hábitos, nas crenças, na língua, na tecnologia e nos costumes. Estão corretas: a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. Geografia do Brasil Pirâmide etária da população (em 1970 e 2000) Professor Paulo BRITO A transição demográfica Nas décadas de 1950 e 1960, a maior parte dos países subdesenvolvidos registrou taxas elevadas de incremento populacional. No mundo inteiro, a expressão “explosão demográfica” passou a fazer parte do vocabulário corrente dos especialistas e da opinião pública. No Brasil, as taxas de crescimento populacional batiam recordes históricos, projetando a duplicação da população a cada 25 anos. Muitos analistas acreditavam estar diante de uma verdadeira bomba demográfica Mortalidade e expectativa de vida O saneamento da periferia das grandes cidades, principalmente a construção de sistemas de abastecimento de água, a expansão da rede pública e conveniada de hospitais e outros serviços públicos de saúde contribuíram para a queda das taxas de mortalidade no Brasil: em 1940, registravam-se 20,6 óbitos anuais para cada mil habitantes do país; em 2002, a mortalidade era de aproximadamente 6,3%, menor do que na maioria dos países desenvolvidos. Isso não significa que as condições de saúde da população brasileira sejam melhores que as dos países desenvolvidos. É provável, até, que as taxas de mortalidade voltem a subir no Brasil, mesmo se as condições de saúde e de saneamento do país apresentarem melhora significativa e se a mortalidade infantil continuar caindo. A taxa de mortalidade infantil vem sendo sistematicamente reduzida no Brasil nos últimos decênios: 115% em 1970; 82% em 1980; 41% em 1990 e 27,8% em 2002. Porém ela continua bastante elevada em relação aos padrões mundiais: no conjunto dos países desenvolvidos, a cada mil crianças que nascem, apenas 9 morrem antes de completar um ano. Figura 01. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003. As modificações da estrutura etária confirmam as mudanças no comportamento reprodutivo da população brasileira que acabamos de estudar e revelam uma tendência demográfica para as próximas décadas: o Brasil terá deixado definitivamente de ser um país jovem em 2025. Em breve, quando a transição demográfica dos países subdesenvolvidos tiver terminado, as pirâmides etárias de base estreita deixarão de ser privilégio dos países ricos (fig. 2). Pirâmide etária da população (Projeção para 2025) Natalidade em declínio Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de mortalidade declinavam, as taxas de natalidade permaneciam em patamares bastante elevados. Como vimos, a maior parte da população vivia na zona rural, em pequenas propriedades familiares. As crianças participavam desde cedo dos trabalhos na lavoura. Uma família numerosa dispunha de mais trabalhadores e, portanto, podia produzir mais. O resultado da discrepância crescente entre a mortalidade e a natalidade foi o aumento das taxas de crescimento vegetativo da população brasileira. Em 1940, a população total do país era de 41,2 milhões; em 1970, de 93,1 milhões – um crescimento de cerca de 130% em apenas trinta anos. Figura 02. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Uma análise dos resultados da sinopse preliminar do senso demográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001. A transição demográfica completa-se em ritmos desiguais entre as populações urbana e rural. A diminuição da natalidade é menor no campo que na cidade. Assim, a pirâmide etária da população rural brasileira revela uma significativa preponderância de crianças e jovens, enquanto a pirâmide etária da população urbana já mostra os resultados da queda da fecundidade (fig. 3). Pirâmide etária da população rural e urbana A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO A estrutura etária da população é, de modo geral, retratada por meio de gráficos em forma de pirâmides. Na ordenada, são colocados os grupos de idade; na abscissa, o contingente populacional (em números absolutos ou percentuais) é enquadrado em cada um dos grupos de idade. A forma da pirâmide etária de um país é constantemente associada ao seu grau de desenvolvimento. As pirâmides etárias referentes a países subdesenvolvidos costumam apresentar base larga (resultado das altas taxas de natalidade) e topo estreito (conseqüência da baixa expectativa de vida da população). Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibia forma típica de um país subdesenvolvido. Os jovens (0-19 anos) constituíam 41,9% da população. No ano 2000, porém, a base haviase estreitado e o topo se alargado (fig. 1). Figura 03. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil 2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003. 6 A política demográfica dos governos militares pós-1964 foi marcada por atos contraditórios. A Constituição de 1967 instituiu o salário-família: um adicional de 5% no salário dos pais para cada filho menor; já o presidente Médici costumava-se referir ao peso dos grandes investimentos demográficos a que o país se obrigava em razão do alto incremento vegetativo da população. Nenhuma política estatal de controle da natalidade foi adotada, mas o Estado apoiava os programas de redução da natalidade patrocinados por entidades civis. A Sociedade Brasileira de Bem-Estar Familiar (Bemfam), fundada em 1965, é a mais importante dessas entidades. Ela é uma espécie de matriz brasileira da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), um organismo destinado a promover programas de controle da natalidade em todo o mundo subdesenvolvido. As fundações Ford e Rockefeller, a United States Agency for International Development (Usaid), ligada ao Departamento de Estado dos EUA, e o Banco Mundial são os principais agentes financiadores da IPPF. A distribuição de pílulas anticoncepcionais, a esterilização em massa de mulheres em idade reprodutiva (muitas vezes sem o consentimento delas) e a introdução de dispositivos intrauterinos (DIUs) fazem parte do programa dessas entidades no Brasil. Laboratórios farmacêuticos, interessados em popularizar o uso de métodos anticoncepcionais, oferecem a elas polpudos donativos. Em muitos casos, os métodos são aplicados sem o acompanhamento médico necessário, acarretando graves problemas de saúde às mulheres que participam do programa. A contraditória política demográfica dos governos militares revela a existência de interesses divergentes no aparelho de Estado, fruto das diferenças de opiniões entre forças poderosas na sociedade. A aliança dos militares com o capital multinacional explica o incentivo aos programas de redução da natalidade promovidos por entidades civis (subsidiadas por organismos internacionais). Assumir uma posição oficial antinatalista e difundir, por meio do sistema público de saúde, métodos anticoncepcionais tais como a pílula e o DIU significava romper com os dogmas da Igreja Católica. A Constituição de 1988, em vigor, refere-se ao planejamento familiar (determinação do número de filhos por casal) como “uma livre decisão do próprio casal”. Entretanto determina que “compete ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito de livre decisão sobre o planejamento familiar”. Pelo menos na letra da lei, o Brasil adotou o caminho correto: a família tem o direito de decidir, mas o Estado tem o dever de fornecer os meios necessários para que esse direito seja exercido. As diferenças regionais também são marcantes: enquanto nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste a taxa de fecundidade situa-se entre 1,9 e 2,2 filhos por mulher, nas regiões Norte e Nordeste, marcadas pela disseminação da pobreza rural, essa taxa varia entre 2,4 e 3,3 filhos por mulher. OS INVESTIMENTOS DEMOGRÁFICOS A estrutura etária da população tem reflexos importantes na economia de um país. Uma grande porcentagem de crianças e jovens na população total gera uma grande demanda por investimentos estatais em educação e em programas de saúde voltados para a população infantil. No extremo oposto, a existência de um número relativamente alto de idosos na população também gera demandas financeiras ao Estado, principalmente em aposentadorias e programas específicos de saúde e assistência social. Como vimos, a estrutura etária da população brasileira está em rápida mutação. Em 1980, 38% da população brasileira tinha entre 0 e 14 anos de idade; em 2000, esse percentual já havia decaído para 29% e, de acordo com as projeções do IBGE, em 2020 as crianças e os jovens menores de 14 anos serão apenas 23% da população do país. Em paralelo, a participação relativa dos idosos na população total vem aumentando significativamente: em 1980, as pessoas com mais de 60 anos de idade representavam apenas 6% da população brasileira, em 2000 já eram 7,1% e, em 2020, serão 13% (fig. 4). Mudanças na estrutura etária da população Figura 04. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Uma análise dos resultados da sinopse preliminar do senso demográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001. De acordo com as estatísticas oficiais, 97% da população entre 7 e 14 anos freqüentavam a escola em 2002. Como a população nessa faixa etária tende a diminuir em termos relativos e a permanecer estável em termos absolutos, não será necessário ampliar o número de vagas já existentes nas escolas de ensino fundamental do país. Agora, o problema reside na melhoria da universalização do ensino médio e na melhoria da qualidade das escolas, em todos os níveis. A POLÍTICA DEMOGRÁFICA Historicamente, o estado brasileiro estimulou o crescimento demográfico. A Constituição de 1934 afirmava o dever do Estado de “socorrer as famílias de prole numerosa”; a Constituição de 1937 assegurava às famílias numerosas compensações na proporção de seus encargos”. Em 1941, Getúlio Vargas assinava um decreto-lei obrigando solteiros e viúvos maiores de 25 anos, de ambos os sexos, a pagar um adicional de 10% sobre o imposto de renda, certamente inspirado pela política natalista italiana. O “amparo às famílias de prole numerosa” manteve-se como uma obrigação legal na Constituição de 1946, que garantia um abono especial aos pais de mais de seis filhos. Nessa época, o governo acreditava que o alto crescimento vegetativo era um fator de progresso. Começavam o desenvolvimento industrial e a urbanização, e acreditava-se que a alta natalidade geraria um fluxo contínuo de mão-de-obra abundante e barata. Com a “marcha para o Oeste”, a ocupação dos vazios demográficos interiores constituía um objetivo nacional de ordem geopolítica. Exercício 01. (UFV–MG) Em 2003, o governo brasileiro propôs mudanças no sistema da Previdência Social que culminaram numa ampliação do tempo de contribuição do trabalhador brasileiro para a Previdência Social. Assinale a mudança na dinâmica populacional brasileira que foi utilizada como argumento pelo governo para justificar o aumento do tempo de contribuição do trabalhador. a) b) c) d) e) 7 Crescimento da população jovem. Crescimento da população infantil. Aumento na expectativa de vida. Queda das taxas de fecundidade. Diminuição da taxa de crescimento vegetativo. Desafio Geográfico 01. (UFES) É correto afimar que “transição demográfica” refere-se ao período de: a) alto crescimento natural, devido à elevação das taxas de natalidade e de mortalidade; b) baixo crescimento natural, situado entre dois períodos de grande crescimento demográfico; c) baixo crescimento populacional, devido a baixas taxas de natalidade e de mortalidade; d) elevado crescimento demográfico, devido à alta das taxas de natalidade e de mortalidade; e) elevado crescimento natural, situado entre dois estágios de pequeno crescimento demográfico. 02. (Enem) O quadro a seguir mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX. Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil. Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre: a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar; b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica; c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade; d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica; e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico. 03. (Enem) Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram muito. Dentre os fatores que contribuiram para essa mudança destacam-se: a) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa de fecundidade; b) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três vezes menos filhos do que hoje; c) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número de filhos por mulher; d) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade; e) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende a ser menor. Desafio Geográfico 01. (PUC–PR) “O governo francês irá pagar uma licença de 750 euros (cerca de R$ 2.050,00) por mês, durante um ano, a famílias que decidirem ter um terceiro filho, anunciou ontem o primeiroministro do país, Dominique de Villepin.” (Folha de S. Paulo, 23/09/2005). A reportagem acima ilustra uma política cada vez mais comum entre os países europeus. As alternativas abaixo contém possíveis causas que motivam a adoção de tais medidas, EXCETO: a) as baixas taxas de natalidade de muitos países europeus; b) as altas taxas de mortalidade européias, que resultam na diminuição da PEA – população economicamente ativa; c) a tentativa de evitar que num futuro, em médio prazo, a população nativa possa tornar-se minoritária diante da população imigrante – cujas taxas de crescimento vegetativo são bem mais altas; d) o impacto que a diminuição da mão-deobra ativa está causando ao sistema previdenciário europeu; e) a difícil tarefa dos dirigentes da União Européia em administrar a necessidade de manutenção de um fluxo controlado de movimentos populacionais horizontais, ao mesmo tempo em que tenta reprimir o aumento da xenofobia. 02. (Unifor–CE) Após a Segunda Guerra, houve um grande crescimento demográfico mundial que ocorreu, dentre outros fatores, devido: a) Ao acentuado aumento das taxas de natalidade e mortalidade nos países da América Latina. b) À queda das taxas de mortalidade e à manutenção das altas taxas de natalidade nos países subdesenvolvidos. c) Ao grande aumento do crescimento vegetativo verificado nos Estados Unidos e Europa. d) Ao acentuado aumento das taxas de natalidade e queda da mortalidade nos países desenvolvidos. e) À queda das taxas de natalidade e mortalidade na Europa e Ásia. 03. Trata-se da diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Seu resultado pode ser: positivo (N>M), nulo (N=M) ou negativo (N<M): a) b) c) d) Explosão demográfica. Crescimento vegetativo. Teorias demográficas. Tempo necessário para uma população duplicar. e) Desaceleração demográfica. Geografia Geral TABELA: 02 Professor HABDEL Aspectos da População Mundial Uma evolução irregular Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De Agostini, 2000. La Découverte, 1999. “O crescimento da população mundial não foi regular e uniforme. O equilíbrio entre a produção econômica e a população tornou-se precário e frágil em muitos locais por causa de terríveis e repentinas hecatombes [...]”. (Poursin, J.-M.. L’Homme stable, Gallimard, Paris, 1989). DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO Áreas anecúmenas A distribuição da população mundial ocorreu de forma desigual no tempo e no espaço. Vários fatores concorrem para este fato. Um ambiente desfavorável pode ser o motivo de uma ocupação rarefeita. Altas montanhas, as regiões polares e os desertos são exemplos desses lugares. Essas são áreas conhecidas como anecúmenas, pois dificultam a fixação do homem. A disponibilidade de capital e tecnologia podem reverter esse quadro. Técnicas como a irrigação ou a drenagem de solos pantanosos, por exemplo, podem tornar estas áreas menos inóspitas. Áreas ecúmenas Outros espaços apresentam características que facilitam a fixação de populações. Áreas planas, solos férteis ou climas amenos são, entre outros, os grandes atrativos da população. Essas áreas são chamadas de ecúmenas. Antiguidade do povoamento, decisões políticas, perseguições religiosas, étnicas ou ideológicas podem se constituir em fatores históricos que determinaram este ou aquele povoamento. Uma maior taxa de natalidade associada ou não a um saldo migratório positivo podem desencadear um processo de ocupação ou esvaziamento de um local. A modernização de uma economia, a exemplo das revoluções industriais, possibilitaram a evasão do campo e o inchaço das cidades. Assim, cada lugar do Planeta vivenciou a conjunção de um ou mais fatores que vão caracterizar a atual distribuição de suas populações. O crescimento demográfico “Com o surgimento das sociedades modernas (caracterizadas por forte urbanização, industrialização, produção sistemática de mercadorias, consumo, globalização das relações, etc.), a velocidade do crescimento populacional tornou-se o centro de preocupações. Esse novo modo de vida passa a transformar ou eliminar as formas naturais de sobrevivência dos povos, fundamentalmente das ligadas à terra. A partir desse marco, grandes massas populacionais terão sua sobrevivência subordinada à compra e venda de mercadorias em uma economia monetária (uso do dinheiro), ou seja, ao mercado. É nesse contexto que o tamanho maior ou menor de uma população passa a ser entendido como uma variável econômica”, (OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Roberto. Espaço e Modernidade: temas da Geografia Mundial. São Paulo: Atual. p. 184, 2001). O homem foi, provavelmente, o animal que mais se propagou no Planeta. Sua capacidade de adaptação aos lugares e de desenvolvimento de outras técnicas proporcionaram um formidável crescimento populacional. Esse crescimento também se deu de forma diferenciada no tempo e no espaço. “Durante todo o Paleolítico manteve-se relativamente estável. Com a Revolução Neolítica ocorre um crescimento acentuado, que se mantém praticamente até os dias atuais (com algumas quedas pouco significativas). É importante salientar que, com o ASPECTOS DA POPULAÇÃO MUNDIAL No estudo sobre a população, é necessário ter atenção a alguns conceitos. Quando nos referimos à população de um país, estado ou cidade, estamos referindo-nos ao conceito de população absoluta (número total de habitantes). Entretanto igualmente importante é o conceito de população relativa (número de habitantes por quilômetro quadrado). Assim, podemos perceber que alguns países são mais populosos ou mais povoados do que outros. Ásia, América e Europa são muito mais populosos do que a África e a Oceania. TABELA: 01 Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De Agostini, 2000. “A densidade demográfica varia segundo as condições ambientais, o desenvolvimento tecnológico e a organização social, sendo, ao mesmo tempo, efeito e causa” (Madagascar, ile entre toutes. In Géographie universelle, Belin/Reclus, 1994). Se por um lado esse conceito é essencial, quando estudamos a distribuição da população pelo espaço geográfico, por outro, é preciso ter bom senso para perceber que estamos lidando com dados numéricos que escondem as diferenças entre regiões, o nível de vida, as necessidades e a cultura de cada povo e de cada lugar. Para calcular a densidade de um lugar, é preciso dividir a população pela área disponível (em quilômetros quadrados). Fórmula: 01 População Densidade absoluta demográfica = ––––––––––––– = N.º hab/km² Área (em km²) Por ordem decrescente em densidade demográfica ou população relativa, temos os continentes Ásia, Europa, África, América e Oceania. Podese perceber que a densidade mundial esconde grandes contrastes. A Ásia apresenta mais que o dobro da densidade mundial e concentra cerca de 60% da população do Planeta. Paísescontinentes (grande extensão territorial) apresentam baixa densidade populacional. Enquanto que outros de dimensões reduzidas estampam altas densidades demográficas. 8 crescimento vertiginoso ocorrido nos últimos trezentos anos (de 1650 a 1950), a população mundial cresceu de 500 milhões para 2,5 bilhões e que nos últimos quarenta anos duplicou, ou seja, de 1950 a 1990 passou de 2,5 bilhões para mais de 5 bilhões”. (PITTE, JeanRobert (coord). Geografia: a natureza humanizada. São Paulo: FTD, p. 42, 2000). Hoje somos mais de 6 bilhões. O crescimento de uma população envolve três componentes fundamentais: as taxas de natalidade (e a fecundidade), de mortalidade e as diversas modalidades de migração (que serão abordadas na Apostila n.° 6). A diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade mostra o crescimento vegetativo. Este por sua vez pode ser analisado do ponto de vista de três fases. A taxa de natalidade é obtida pela relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e o número de habitantes. Segunda: a “revolução médico-sanitária” provocou a queda das taxas de mortalidade. Enquanto isso, a natalidade manteve-se elevada, resultando numa aceleração do crescimento. Isso ocorreu devido aos avanços na agricultura e na pecuária proporcionando uma melhoria quantitativa e qualitativa na alimentação. Desde a modernidade, o desenvolvimento das ciências, entre elas a biologia, a medicina e a farmácia, proporcionaram um melhor conhecimento do corpo humano, das doenças e dos tratamentos. A urbanização da população desencadeou uma série de reformas nas cidades com a instalação de esgotos, coleta de lixo, tratamento da água, entre outros. Um ambiente mais saudável reduz a proliferação de doenças e pragas. Em 1900, a Europa era o segundo continente mais populoso (em primeiro lugar estava a Ásia), e no ano 2000 já era o penúltimo em população. Os países da Europa ocidental, os chamados “desenvolvidos velhos”, foram os primeiros a atingir essa fase, principalmente durante o século XIX. Nos países “desenvolvidos novos” (EUA, Canadá, Rússia, Japão) ela ocorreu na primeira metade do século XX. Nos subdesenvolvidos, a partir da segunda metade do século XX e, segundo a ONU, perdurará até 2050. Os países menos desenvolvidos, os mais pobres da África (região do Sahel), da Ásia (sudeste e leste), da América Latina e da Oceania, ainda estão na segunda fase. Apresentam, ainda, grande crescimento populacional, pois a melhoria de suas condições de vida só ocorreu depois da Segunda Guerra Mundial, período em que o mundo assistiu à mais espetacular explosão demográfica de todos os tempos. Terceira: caracterizada pela ocorrência de baixas taxas de natalidade e mortalidade, e um baixíssimo crescimento populacional, a transição demográfica encontra-se concluída. Atualmente, estão nessa fase os países desenvolvidos, a maior parte deles com taxas de crescimento muito baixas (geralmente inferiores a 1%), nula e até negativas. Nos países desenvolvidos, tem ocorrido uma transformação na estrutura familiar. A taxa de fecundidade é baixa, permanecendo em torno de 1,5 filho por mulher. Muitos países apresentam taxas inferiores a 2,1 filhos por mulher, mantendo, assim, estabilizado o tamanho de sua população. Diversos fatores, como a urbanização, o aumento da escolarização e a incorporação das mulheres ao mercado de trabalho (dupla jornada de trabalho), contribuem para que as mulheres tenham menos filhos. Formula: 02 Nascimentos X 1000 N = ––––––––––––––––––– Habitantes A taxa de mortalidade é a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. Fórmula: 03 Mortes X 1000 M = ––––––––––––––––––– Habitantes O crescimento demográfico ou vegetativo é a diferença entre as taxas de natalidade e a de mortalidade. E pode ser obtida da seguinte forma: Fórmula: 04 CV = Natalidade – Mortalidade A diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade indica o quanto uma população cresceu no período observado. Quando comparamos esse crescimento com o tempo que uma população precisa para duplicar, estabelecemos a velocidade do seu crescimento. Dependendo da população e do contexto histórico, econômico e social um volume maior ou menor pode-se configurar ou não em um problema. TABELA: 03 Fonte: GEORGE, Pierre. Geografia da População. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 84. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial reduzirá bastante o crescimento a partir de 2050. “Este conceito, transição demográfica, é parte de uma teoria elaborada para explicar a tendência da população a se equilibrar, na medida em que diminuem as taxas de natalidade e de mortalidade”. (Marcos A. Coelho e Lygia Terra. Geografia geral: O espaço natural e sócioeconômico. 4ª ed. São Paulo. Moderna, 2001.). Fases do crescimento demográfico Primeira: abrange os primórdios da humanidade até o fim do século XVIII. Apresentou elevadas taxas de natalidade e de mortalidade resultando, por isso, em baixas taxas de crescimento vegetativo. A expectativa de vida era muito baixa. Neste período, a população estava totalmente submetida às influências das forças da natureza. Aconteciam elevadas taxas de mortalidade. A falta de alimentos, as doenças (não havia medicamentos ou tratamentos eficientes e, até mesmo, a compreensão sobre o ciclo evolutivo da doença) e as guerras eram seus mecanismos mais eficazes. Os países desenvolvidos superaram esta fase antes dos subdesenvolvidos. Podemos apontar a Revolução Industrial (século XVII) como marco desse período. Exercícios 01. Assinale a alternativa que apresenta o motivo que pode ser considerado como responsável pela redução do crescimento vegetativo nos países desenvolvidos: a) Um rígido controle de natalidade. b) A distribuição gratuita de pílulas anticoncepcionais e incentivos às famílias para terem menos filhos. c) As multas aplicadas às famílias com mais de três filhos. d) A melhoria dos padrões de vida da população em geral. e) A Primeira Revolução Industrial. 02. Atualmente, a maioria dos países subdesenvolvidos encontra-se nessa fase. Estamos nos referindo a: a) Transição demográfica concluída. b) Terceira fase do crescimento vegetativo. c) Primeira fase do crescimento demográfico. d) Etapa inicial ou do crescimento lento. e) Aceleração demográfica. 9 Desafio Geográfico 01. (Unesp) Em 1990, as maiores taxas de crescimento natural da população ocorriam no oeste e leste da África (3,0%) e na América Latina (2,1%). De acordo com a tendência geral apresentada pelos diversos países, é verdadeiro afirmar que: a) as taxas de crescimento natural da população independem do nível de desenvolvimento econômico do país. b) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior é a taxa de crescimento natural de sua população. c) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, mais elevada é a taxa de natalidade de sua população. d) a taxa de crescimento natural da população tende a diminuir com o desenvolvimento econômico. e) quanto maior o nível de desenvolvimento de um país, maior a tendência de aumento do número de filhos por família. 02. Por crescimento vegetativo ou natural entende-se: a) Um fluxo migratório de entrada de pessoas em um país qualquer. b) Saída de pessoas de um país. c) A diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade. d) Relação entre o número de óbitos e cada grupo de mil habitantes. e) Relação entre a emigração e a mortalidade infantil. 03. Esta fase se caracteriza por apresentar elevadas taxas de natalidade e taxas de mortalidade em rápido declínio, o que resulta em grande crescimento da população. Atualmente, a maioria dos países subdesenvolvidos encontra-se nessa fase. Estamos nos referindo a: a) b) c) d) e) Etapa inicial ou do crescimento lento. Transição demográfica concluída. Aceleração demográfica. Terceira fase do crescimento vegetativo. Primeira fase do crescimento demográfico. 04. (PUC-MG) Observe atentamente a situação a seguir: Analisando os quadros demográficos dados, assinale a opção INCORRETA: a) O país A caracteriza-se por reduzidas taxas de natalidade e mortalidade. b) O país B caracteriza-se por apresentar significativo crescimento demográfico. c) A e B representam reflexos da Revolução Médico-Sanitária, que reduziu os índices de mortalidade. d) O Quadro B é típico dos países mais desenvolvidos e com controle demográfico rigoroso. e) O quadro B é característico dos países subdesenvolvidos e tem perspectiva de Desafio Gramatical Português c) De repente não há mais saco. Função de “saco”: objeto direto. Observe que não há preposição intermediando os verbos e seus respectivos complementos. Diz-se, então, que os complementos ligam-se aos verbos diretamente, ou seja, sem auxílio de preposição. São, por isso, verbos transitivos diretos. Professor João BATISTA Gomes Texto 4. Objeto direto preposicionado Se o verbo transitivo direto vier preposicionado, com certeza a preposição não é exigida pelo verbo. O complemento recebe, então, o nome de objeto direto preposicionado. De repente 01. Assinale a alternativa em que a construção NÃO está de acordo com a norma culta da língua escrita. a) b) c) d) e) Não Não Não Não Não parece, parece, parece, parece, parece, mas mas mas mas mas eu eu eu eu eu a amo muito. amo-a muito. lhe amo muito. te amo muito. amo muito você. 02. Em que item o conjunto verbo + lhe está de acordo com a norma culta da língua? a) Pode esperar-me; vou visitar-lhe amanhã. b) Há muito tempo, não lhe visito a casa. c) Acredite em mim: não lhe odeio. d) Você nem notou, mas eu lhe vi no cinema. e) Porque lhe conheço muito bem, sei que você está mentindo. Arapuca 03. Assinale a alternativa em que há equívoco quanto ao emprego dos pronomes o e lhe? a) Minha avó, visitei-a na semana passada. b) Visitei-lhe a avó na semana passada. c) Você é simples; eu a admiro muito. d) Admiro-lhe muito a simplicidade. e) Lembro-me bem do dia em que lhe conheci. 04. Há uma construção errada quanto à regência verbal; identifique-a. a) Na rua, todos lhe chamavam de cabeção. b) Na rua, todos o chamavam de cabeção. c) Na rua, todos lhe chamavam cabeção. d) Na rua, todos o chamavam cabeção. e) Todos lhe chamaram, mas ele não quis participar. Caiu no vestibular 05. (FGV) Leia a frase: “A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso”. Assinale a alternativa que corresponde exatamente a essa frase. a) O Congresso deteve a lei de lucros extraordinários. b) Deteu-se no Congresso a lei de lucros extraordinários. c) O Congresso deteu a lei de lucros extraordinários. d) Deteve-se no Congresso a lei de lucros extraordinários. e) A lei de lucros extraordinários era detida no Congresso. Intérprete: Lulu Santos Autores: Lulu Santos e Nelson Mota De repente a gente sente Que já não sente o que já sentiu De repente, naturalmente, O que era novo envelheceu, de novo a) Ela só ouve a mim. Regência de ouvir: transitivo direto. Função sintática da expressão “a mim”: objeto direto preposicionado. De repente não há mais saco Pra tanto papo que já se ouviu De repente a moda muda O mundo roda e você mudou mais uma vez b) Venceu ao pai o filho. Regência de vencer: transitivo direto. Função sintática da expressão “ao pai”: objeto direto preposicionado. Não há nada a perder Não há nada a ganhar A não ser o prazer de ser o mesmo mas mudar Não há nada só bom Nem ninguém é só mau Se o início e o final de nós todos é um só Eu digo: só! c) Em casa, ele não respeitava a ninguém. Regência de respeitar: transitivo direto. Função sintática da expressão “a ninguém”: objeto direto preposicionado. 5. Objeto direto X pronomes átonos Ao lado de verbos transitivos diretos, na função de complemento, só podem aparecer os seguintes pronomes átonos: De repente a gente saca Que só não passa o que já passou Sem vergonha e sem orgulho Nós somos feitos do mesmo pó a) o, a, os, as – Só podem ser objeto direto. Podem aparecer antes (próclise), no meio (mesóclise) ou depois (ênclise) do verbo, representando pessoas ou coisas. Exemplos: Regência Verbal 1 1. 2. 3. 4. 1. Classificação dos verbos quanto à predicação Sempre a ouço. Convivendo com ela, eu a mudei. Convivendo com ela, eu mudei-a. O dinheiro, passei-o a você. b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depois do verbo) ou mesoclíticos (no meio do verbo); só podem ser objeto direto. Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por r, s ou z. Quanto à regência (relação entre o verbo e os termos ou expressões que lhe completam o sentido ou a ele atribuem uma circunstância), podemos dividir todos os verbos da língua portuguesa em três categorias: a) transitivos; b) intransitivos; c) de ligação. Exemplos: 1. Vou ouvi-la sempre. 2. As testemunhas? Ouvimo-las ontem. 3. As planilhas de custo? Refi-las à noite. Os transitivos podem ser: a) diretos; b) indiretos; c) diretos e indiretos. c) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depois do verbo); só podem ser objeto direto. Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por ão, õe ou m. 2. Vocabulário técnico a) Transitivo – Que requer um ou mais complemento; complemento. Exemplos: 1. Com relação ao dinheiro, ele repõe-no ainda hoje. 2. Lições de esperança? Eles dão-nas todos os dias. 3. Obstáculos da vida? Transpõe-nos naturalmente. b) Intransitivo – Que não aceita complemento; sem complemento. c) Direto – Que se liga ao verbo sem preposição; complemento direto. d) Indireto – Que se liga ao verbo por meio de preposição; complemento indireto. 6. Verbo transitivo direto x lhe e) De ligação – Que liga o predicativo ao sujeito. Antônimo: verbo significativo. Se o pronome lhe estiver ao lado de verbo transitivo direto, com certeza estará no papel de pronome possessivo: pode ser trocado por seu (dele), sua (dela), seus (deles), suas (delas). A função sintática, nesse caso, é de adjunto adnominal. 3. Verbo transitivo direto Entende-se por transitivo o verbo que precisa de complemento. Vamos observar as seguintes construções: a) De repente, a gente sente isso. Função de “isso”: objeto direto. Exemplos: 1. Ouço-lhe muito as opiniões. = Ouço muito as suas opiniões. Pronome lhe = adjunto adnominal. b) A gente já não sente aquilo. Função de “aquilo”: objeto direto. 10 2. Conheço-lhe a família há muitos anos. = Conheço a sua família há muitos anos. Pronome lhe = adjunto adnominal. 5. CHAMAR Os moleques chamavam-na de galinha garnisé. 3. Doíam-lhe todas as partes do corpo. = Doíam todas as partes do seu corpo. Pronome lhe = adjunto adnominal. 6. CONSIDERAR Sempre a considerei infiel. 7. CONSTITUIR No jornal, constituíram-no revisor-chefe. 4. Admiro-lhe muito as atitudes. = Admiro muito as suas atitudes. Pronome lhe = adjunto adnominal. 8. COROAR Coroaram-na rainha caipira. 7. Verbo transitivo direto e voz passiva 9. CRER Na infância, todos me criam um santo. Os verbos transitivos diretos aceitam mudança da voz ativa para a passiva e vice-versa. Confira: 10. DAR Apesar das evidências, ele não se dava por vencido. a) Da ativa para a passiva analítica: 1. Ela ouviu todos os conselhos. Todos os conselhos foram ouvidos por ela. 2. Ele perdeu dinheiro no jogo. O dinheiro foi perdido por ele no jogo. 11. DECLARAR Depois dos testes, declararam-me habilitado. 12. DEIXAR Usaram o livro e deixaram-no rasgado. b) Da passiva analítica para a ativa: 1. A crise está sendo sentida por todos. Todos estão sentindo a crise. 2. A decisão foi mudada pelo diretoria. A diretoria mudou a decisão. 13. ELEGER O povo elegeu-o senador pelo Amazonas. 14. ENCONTRAR Para minha decepção, fui encontrá-la muito feliz. c) Da passiva sintética para a ativa: 1. Ouviram-se muitos conselhos. Ouviram muitos conselhos. 2. Reconstruíram-se os prédios. Reconstruíram os prédios. 8. VTD e oração subordinada substantiva objetiva direta 21. SUPOR A família supunha-o íntegro. 22. TACHAR Por causa da briga, tacharam-no de louco. Os verbos transitivos diretos que formam o predicado verbo-nominal com predicativo do objeto merecem atenção especial. São conhecidos como transobjetivos. O complemento verbal (objeto direto) vem acompanhado de predicativo. 23. TER Todos o tinham como doido. 1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude. Função de incapaz: predicativo do objeto. Classificação do predicado: verbo-nominal. Dificuldades da língua CACHORRO-QUENTE e CACHORRO QUENTE a) Cachorro-quente (com hífen) é sanduíche feito com um pão pequeno e salsicha quente. 2. Elegeram-na vereadora. Função de vereadora: predicativo do objeto. Classificação do predicado: verbo-nominal. Formação: composição por justaposição. Plural: cachorros-quentes. Principais verbos transobjetivos Os verbos seguintes, quando empregados em sentido especial, são transobjetivos: transitivos diretos (raramente indiretos) + predicativo. Vêm acompanhados de predicativo do objeto, formando o predicado verbonominal. 9. ESTIMAR Estimo-a muito, Cristina. 10. ESPERAR Espero-a na igreja, na parte de trás, é claro. 11. ELOGIAR Eu já o elogiei mais do que devia. 12. ENCONTRAR Encontrá-la-ei na esquina, pode esperar. 13. FERIR Jamais quis feri-la; foi um acidente. 14. IMITAR Quanado comecei a atuar, eu o imitava. 15. LEVAR Se viajar, eu a levarei comigo. 16. MATAR A polícia matou-o equivocadamente. 2. Ela ganha dinheiro explorando uma banca de cachorro-quente na feira livre. 19. PREJUDICAR Jamais o prejudicaria. 2. Cachorro quente, aqui na clínica, toma logo um banho frio para baixar a temperatura; depois, é medicado. 11 8. DESCULPAR Eu já a desculpei. 18. PRENDER Além de prendê-la, torturaram-na. 1. Cachorro quente esse seu. Não pode farejar uma cadela que fica querendo rebendar a coleira. 4. CALCULAR Os familiares calculavam-na casada. 7. CONVIDAR Vim convidá-la para um passeio de barco. 1. Boa parte dos jovens de hoje alimenta-se de cachorro-quente. Exemplos: 3. ACUSAR O povo acusava-o de corrupto. 6. CONTRARIAR Por causa do derrame, evite contrariá-la. 17. PERSEGUIR Prometo: não vou mais persegui-la. Plural: cachorros quentes. 2. ACLAMAR Os funcionários aclamaram-no líder. 3. ABRAÇAR Em toda a vida, abracei-o poucas vezes. Exemplos: b) Cachorro quente (sem hífen) é cachorro cuja temperatura, por alguma razão, está elevada. Cachorro voluptuoso, ardente. 1. ACHAR Eu sempre a achei atraente. 2. ABORRECER Os bêbados aborreciam-no, mas ele não se zangava. 5. AMAR Amo-a muito. Eu sempre a amei, mas em segredo. 20. SABER Ali, ninguém o sabia bandido. 9. Verbos transobjetivos 1. ABENÇOAR Eu o abençôo, meu filho. 16. IMAGINAR Eu a imaginava menos gorda. 19. NOMEAR Nomearam meu primo inspetor-chefe. 2. Saquei que nada é eterno. Objeto direto de saquei: “que nada é eterno”. Os verbos seguintes, quando empregados em sentido normal, são transitivos diretos: não admitem complemento com preposição nem aceitam o pronome lhe para a função de objeto direto. 4. ACHAR Achei-a meio gorda, mas bem interessante. 18. JULGAR Todos o julgavam culpado. 1. Sinto que ela me ama. Objeto direto de sinto: “que ela me ama”. PRINCIPAIS VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS 15. FAZER A minha intenção era fazê-la secretária. 17. INTITULAR Os ribeirinhos intitularam-no herói. O complemento do verbo transitivo direto pode ser uma oração inteira: é a oração subordinada substantiva objetiva direta. Dificuldades da língua 20. SAUDAR Saúdo-a pela coragem. 21. SOCORRER Instintivamente, eu a socorri. 22. TER Eu tive-a em meus braços várias vezes. 23. Ver Eu a vi ontem, no cinema. 24. Visitar Costumava visitá-la nos fins de semana. Encarte referente ao curso pré-vestibular Aprovar da Universidade do Estado do Amazonas. Não pode ser vendido. PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 2) 01. A 02. E 03. B Governador Eduardo Braga 04. E ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986. ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário brasileiro da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1975. ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996. ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda a História: História geral e História do Brasil, 8ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2000. BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 1987 CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de Orellana. São Paulo: Nacional, 1941. COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia Geral. O espaço natural e socioeconômico. Moderna, 2001. COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil / Marcos Amorim Coelho, Lígia Terra Soares - 5ª ed. Reforme e Atual - São Paulo. Moderna 2003 (Série Sinopse) HOORNAERT, Eduardo (Coord.). Comissão de Estudos da Igreja na América Latina. História da Igreja na Amazônia. Petrópolis-RJ: Vozes, 1992. MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Sociedade e Espaço: Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática São Paulo, 2000. MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro. Ed: Ática. 2004. 2ª Edição - 1ª impressão. MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática, 2002. MOTA, Myryam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. História das Cavernas ao Terceiro Milênio, 2ª edição. 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Teixeira Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Walmir Albuquerque Coordenadora Geral Munira Zacarias Coordenador de Professores João Batista Gomes Coordenador de Ensino Carlos Jennings Coordenadora de Comunicação Liliane Maia Coordenador de Logística e Distribuição Raymundo Wanderley Lasmar Produção Aline Susana Canto Pantoja Renato Moraes Projeto Gráfico – Jobast Alberto Ribeiro Antônio Carlos Aurelino Bentes Heimar de Oliveira Mateus Borja Paulo Alexandre Rafael Degelo Tony Otani 05. C 06. A 07. B 08. D 09. D 10. C 11. E 12. E 13. B 14. C DESAFIO GRAMATICAL (p. 3) 01. C CAIU NO VESTIBULAR (p. 5) 01. C 02. A 03. A DESAFIO GRAMATICAL (p. 5) 01. B 02. C 03. A 04. B ARAPUCA (p.5) 01. E PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 6) 01. B; 02. B; 03. D; 04. C; 05. E; 06. A; 07. B; 08. D; 09. E; 10. E; 11. A; 12. E; 13. A; 14. D; 15. B; 16. A ARAPUCA (p.7) 01. B DESAFIO GRAMATICAL (p. 7) 01. B; DESAFIO LITERÁRIO (p. 9) 01. C; 02. B; 03. C; 04. B ; 05. E; 06. C; DESAFIO LITERÁRIO (p. 11) 01. E Editoração Eletrônica Horácio Martins Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação: • • • • • • • • • • • • • TV Cultura (7h às 7h30 e 23h40 às 00h15) Amazon Sat (15h10 às 15h40) RBN (13h às 13h30) Rádio Rio Mar (19h às 19h30) Rádio Seis Irmãos do São Raimundo (7h às 8h e 16h às 16h30) Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara (22h00 às 22h30) Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h) Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local Rádio Independência de Maués (6h às 6h30) Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30) Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45) Postos de distribuição: • • • • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I PAC Compensa – Av. 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