aprovar_ano04_modulo02_apostila04_completa (1124617)

Propaganda
• História –
Amazônia pré-histórica
pg. 02
• História – As grandes navegações
e a conquista do Brasil
Espécie ameaçada de inç
ão, o botocor-de-rosa (Iniageofreext
ns
is)
pode chegar
aos 2,5 metros.
pg. 04
o
ento d
m
a
h
c
A
ha
de
Carta az de Camin
a
d
o
h
Trec de Pero V
Brasil, )
(1500
• Geografia – A transição
demográfica
pg. 06
• Geografia – Aspectos da
população mundial
pg. 08
• Português –
Regência verbal 1
pg. 10
Midiateca oferece
acervo de artes
visuais
Um acervo de DVDs e de imagens
especializado em artes visuais já está à
disposição de professores do Ensino
Fundamental e Médio do Amazonas.
Lançada na última semana de setembro,
a Midiateca Arte na Escola, do Pólo da
Universidade do Estado do Amazonas
(UEA), é voltada à qualificação e ao
apoio de docentes de arte.
A Dvdteca é constituída de exemplares
com qualidade e informação atualizada,
abrangendo os principais elementos da
história da arte, da linguagem visual e da
leitura da obra, bem como do fazer
artístico, da natureza da arte e da sua
relação com o meio social. Fonte de
referência em se tratando de arte brasileira,
o acervo tem como foco a arte contemporânea, contemplando, em parte, a
pluralidade e a diversidade das raízes
existentes no País.
De acordo com a coordenadora do Pólo
Arte na Escola da UEA, Ítala Clay, o
catálogo do projeto Arte na Escola está
estruturado em temáticas como
conexões transdisciplinares, formação do
educador, forma-conteúdo, linguagens
artísticas, materialidade, mediação
cultural, patrimônio cultural, processo de
criação e saberes estéticos e culturais.
A Midiateca também é constituída por
uma coleção de materiais de apoio aos
Dvds e por um Banco de Imagens Fixas.
A proposta é subsidiar o Projeto de
Educação Continuada, que tem por
objetivo apoiar o professor e qualificar o
ensino da arte. A previsão é que, com
esse material de apoio, os professores
possam organizar ciclos e mostras ao
público em geral.
A inauguração da Midiateca aconteceu
durante o II Encontro Regional Norte Arte
na Escola, no fim de setembro, no
auditório da Reitoria da UEA. Na oportunidade, Gisa Picosque, doutora em artes
cênicas, ministrou curso sobre o uso da
Dvdteca, que estará disponível aos professores cadastrados no Pólo da UEA.
Aberto a professores de artes das escolas
públicas e particulares, além de
estudantes de licenciatura, o II Encontro
Regional Norte da Rede Arte na Escola,
com o tema Diversidade na Amazônia,
reuniu representantes de pólos do Acre,
Amazonas, Amapá, Pará e de Roraima.
Para efetuar o cadastro de utilização da
midiateca, os interessados devem procurar
a Escola de Artes e Turismo, na Rua
Leonardo Malcher, 1728, Praça 14 de
Janeiro.
História
b) Arcaica (7.500–1000 a.C.):
Nesse período, ocorre o desenvolvimento da
produção agrícola, especialmente na várzea,
depois em terra firme, propiciando a
sedentarização do homem amazônico. Segundo
Antônio Porro, a agricultura surgiu a partir do
feijão, da abóbora e do milho.
Os arqueólogos descobriram diversos
sambaquis (sítios arqueológicos recobertos por
camadas de conchas e de vegetação fluvial) que
comprovam esse período nas regiões do delta,
do baixo Amazonas, da Guiana e do Orenoco.
Professor Francisco MELO de Souza
Amazônia pré-histórica
1. Uma discussão teórica sobre a Amazônia
Há uma questão sempre posta quando se
busca explicar a Amazônia durante a pré-história
(utilizaremos esse termo para significar o
período anterior à escrita), período mais longo e
menos estudado da Amazônia: como se pode
comprovar a veracidade do que se diz sobre a
economia, a organização social e a divisão do
trabalho na Região (DOS SANTOS, Francisco
Jorge. História do Amazonas. Amazonas: Editora
Novo Tempo, 2000, p. 19.) Quando teria iniciado
o processo de ocupação da Amazônia?
Os estudos sobre a pré-história da Amazônia
vêm sendo feitos por vários pesquisadores
(arqueólogos, etno-historiadores, historiadores e
cientistas sociais) desde o século XIX. Mais
recentemente, importantes pesquisadores
desenvolveram trabalhos sobre a pré-história da
Amazônia com o apoio institucional da
Universidade Federal do Amazonas e de outras
instituições acadêmicas. Entre esses estudiosos
do tema, podemos citar: Bety Meggers, Anna
Roosevelt, André Proust, Pedro Ignácio Smith,
Eduardo Góes Neves, Charles Hart entre outros.
Os primeiros trabalhos amazônicos afirmavam
que o processo de ocupação pré-histórica da
Amazônia ocorreu dos Andes até o Atlântico. A
justificativa para essa afirmativa era que a
Amazônia possuía um meio ambiente pobre e
incapaz de produzir uma cultura complexa e
densa devido ao solo ácido pouco fértil. Por outro
lado, os Andes possuíam um ambiente propício
para o desenvolvimento de uma densa
população e uma complexa cultura. As
descobertas feitas por Roosevelt em Monte
Alegre, no Pará, vêm mostrar que na Amazônia
desenvolveram-se culturas complexas há muito
mais tempo do que se supunha, os chamados
Cacicados Complexos, na parte oriental da
região.
Fig.2 – Agricultura na fase paleoindígena
2. Periodo Formativo ou Pré-história Tardia
(1.000 a. C.-1540):
Surgiram, nessa época, em determinadas
regiões amazônicas, os chamados Cacicacos
Complexos. Uma cultura com um grau de
complexidade significativo em vários campos,
tais como a produção de alimentos, a
organização social do trabalho, a jornada de
trabalho reduzida, o sistema de organização
religiosa, as organizações festivas, etc.
Os Cacicados Complexos
Organização econômica – A principal atividade
econômica era a agricultura em grande
quantidade, pois havia técnica de plantio a partir
da coivara (a derrubada das árvores, seguida de
queimada em uma área de terra firme onde era
feito o plantio; na várzea, a plantação ocorria
logo após a vazante). Praticavam-se também
técnicas de terraplenagem para a construção de
viveiros para a criação de quelônios. Em determinados lugares, o milho era o alimento
principal, seguido da mandioca, do peixe e de
animais silvestres. A jornada de trabalho girava
em torno de 4 horas diárias. O trabalho para a
subsistência era desenvolvido por todos os
membros de uma comunidade.
Os produtos manufaturados, como tecidos,
cerâmicas, armas, etc., eram comercializados
num movimento intertribal feito a longa distância
e realizado periodicamente.
Organização social e política – Havia estratificações sociais que determinavam também a
organização política dos Cacicados Complexos:
no topo, estava o grande chefe, que tinha seu
poder justificado a partir de uma origem divina.
Havia um estrato subordinado ao grande chefe,
a quem se pagavam tributos, e os escravos
conquistados em guerra.
2. Fases de ocupação da Amazônia
Os arqueólogos e cientistas sociais apresentam
uma periodização específica para o processo de
ocupação da Amazônia:
a) Paleoindígena (11.200 – 8.500 a.C.):
Nesse período, os povos paleoindígenas viviam
da coleta de moluscos, de plantas e da caça de
animais de pequeno porte (SANTOS, Francisco
Jorge. História do Amazonas. Manaus: Editora
Novo Tempo, 2000, p. 19). As descobertas da
arqueóloga Anna Rooselvelt, em Monte Alegre,
Pará, levam-nos a acreditar que havia a prática
da pesca e da caça de animais, pois era comum
o uso de pontas de lanças feitas de pedra. Não
há registros dessa época de habitações mais
elaboradas, o que nos sugere que esse povo
habitava grutas e cavernas.
3. Os povos das águas do século XVI
A seguir, apresentaremos alguns povos a partir
de suas localizações geográficas e das
respectivas províncias (categoria utilizada para
situar os domínios territoriais de cada um
desses povos).
Província de Aparia – Localizava-se na região
do baixo Napo, estendendo-se até o atual
município de São Paulo de Olivença. Nessa
Província, havia vinte povoados compostos de
até cinqüenta grandes casas. O destaque era a
grande plantação de milho. Aparia Grande ou
Aparia, o Grande, consistia na sede provincial,
na região da boca do rio Javari.
Província dos Omáguas – Seus domínios
começavam a partir de 120km acima da foz do
Fig. 1 – Ponta de lança feita de pedra lascada.
Pesquisa Fapesp: Revista Ciência e Tecnologia no
Brasil. Outubro, 2003.
2
Maranhão e baixo Amazonas. Sua presença é
assinalada na Ilha Tupinambarana. Os omáguas,
cocamas e cocamilas são desse tronco tribal.
Caribe – Centralizava-se no extremo norte, nas
Guianas.
Tucano – Estava a noroeste da Amazônia.
Pano – Localizava-se nas cabeceiras dos rios
Purus, Juruá e Uayali.
Catuquina – Localizava-se a sudoeste, entre o
rio Purus e o Juruá.
Jê – Estava na região sul do atual Estado do
Pará e norte de Mato Grosso.
Tucuna – A oeste do Negro, pelo Içá e pelo
Japurá.
Tucano – A noroeste do Uaupés.
Xiriâna – No extremo norte, em Roraima.
Javari, estendendo-se até o Mamoria, entre o
Jutaí e o Juruá. Os omáguas apresentavam dois
traços importantes que chamavam a atenção: a
deformação artificial do crânio e o fato de
possuírem técnicas de produção de roupas
tecidas com algodão e em cores.
5. Demografia
O etno-historiador William Denevan,
reconhecendo a importância histórica do
processo de despovoamento, fez um levantamento demográfico da Amazônia pré-histórica
levando em consideração a distinção entre os
dois maiores ecossistemas: terra firme e várzea.
Estabeleceu, para terra firme, 98% do território
amazônico, 0,2 hab/km², o que corresponde à
cifra de um milhão de habitantes. Para a várzea,
reconheceu a alta concentração de recursos
naturais explorados pela tecnologia indígena: 14
hab/km², correspondendo a 950 mil habitantes.
Fig. 3 a)Índio Omágua com cabeça em forma de mitra.
b) Busto de um índio Cambeba. Fonte: Expedição de
Alexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia.
Província de Machifaro – Localizava-se na
margem direita do Solimões, entre os rios Tefé e
Coari. Recebeu vários nomes, tais como:
Curuzirari, Carapuna e Aisuari. Essa província
ficou conhecida como “Aldeia do Ouro”, pelo
fato de que indivíduos dessa população usavam
pingentes de ouro, trocados em comércio
intertribal.
Província de Yoriman – Dominava cerca de
250km, a partir das proximidades de Coari,
estendendo-se até o Purus, na margem direita
do Solimões. Ficou conhecida como “Aldeia da
Louça” devido à belíssima cerâmica policrômica
produzida por eles. Era conhecida ainda como
Solimões. Tida como uma nação guerreira,
atemorizava os portugueses.
Província de Paguana – Localizava-se do
Purus, na margem direita, até o encontro das
águas. Havia dois povoados: o dos Bobos e o
dos Viciosos.
Província dos Tarumãs – Iniciava seus
domínios na Barra e estendia-se até o rio Urubu.
Os tarumãs eram povo do tronco lingüista
Aruaque.
Província dos Tapajós – Situava-se da região
do Nhamundá até a foz do rio Tapajós. O
cronista da expedição de Francisco de Orellana,
frei Gaspar de Carvajal, batizou as várias aldeias
de “grandes cidades”. Outro cronista, Cristóbal
de Acuña, da expedição de Pedro Teixeira,
afirmou que se tratava de uma nação belicosa e
temida pelas demais nações vizinhas, pois
usavam em suas flechas venenos que vitimavam
os inimigos atingidos.
Exercícios
01. (Positivo) Niède Guidon foi a primeira
pesquisadora a afirmar que no Brasil
estão os mais antigos restos
arqueológicos a registrarem a
presença humana no:
a) Sítio Arqueológico da Pedra Furada, na
Serra da Capivara, interior do Piauí.
b) Sítio Arqueológico da Pedra Lascada na
Amazônia.
c) Estado do Acre, no sítio arqueológico de
Pedra Furada.
d) Planalto Goiano, nas proximidades de
de Brasília.
e) Rio Grande do Sul, à beira da Lagoa
dos Patos.
02. (UFAM) O trabalho desenvolvido pela
arqueóloga franco-brasileira Niède
Guidon no sítio arqueológico da Pedra
Furada, no Piauí, reacendeu as
discussões sobre a origem do homem
americano. Sobre os achados
arqueológicos e suas respectivas
conclusões pode-se afirmar que:
a) foram encontradas, em sambaquis,
centenas de pinturas rupestres, que
permitem identificar nossos primeiros
habitantes;
b) foi encontrado o crânio de “Luzia” com a
datação de 9.000 anos, acreditando-se
tratar dos restos humanos mais antigos
das Américas;
c) foram encontrados artefatos líticos, em
sambaquis, que comprovam a
tradicional hipótese de penetração
terrestre do Estreito de Behring;
d) foram encontrados restos de fogueira e
fósseis com datação aproximada de
50.000 anos, que contrariam a teoria das
correntes australiana e malaio-polinésio;
e) foram encontrados restos de fogueira
com datação aproximada de 50.000
anos, que indicam que o homem pode
ter chegado à América, a esse tempo,
via oceano Pacífico.
Fig. 5 – Território Cambeba nos séc. XVI e XVII.
4 – Grupos Lingüísticos e Tribais
A lingüística classificou cerca de 1492 línguas
faladas em toda a América do Sul. Na
Amazônia, cerca de 718 línguas procediam dos
troncos lingüísticos dos seguintes povos:
Aruaque – Dominava a bacia do Alto Amazonas
e a região do baixo Negro. Habitava também os
rios Uatumã, Jatapu e Urubu.
Tupi – Dominava a costa atlântica do Pará,
3
Desafio
Histórico
01. (UFAM) “Havia nesse povoado uma
casa de diversões, dentro da qual
encontramos louças das mais
variadas: havia vasos e cântaros
enormes, de mais de vinte e cinco
arrobas, e outras vasilhas pequenas
como pratos, tigelas e castiçais, de
uma louça de melhor que já se viu no
mundo, mesmo a de Málagua não se
compara a ela, porque é toda
vitrificada e esmaltada com todas as
cores, tão vivas que espantavam,
apresentando além disso, desenhos
e figuras tão compassadas que
naturalmente eles trabalhavam e
desenhavam como os romanos”.
Frei Gaspar de Carvajal, cronista da expedição
de Francisco de Orellana, 1542.
O relato acima refere-se à:
a) Aldeia que os membros da expedição
de Orellana batizaram de “Aldeia da
Louça”, localizada na região de
Codajás e pertencente à Província de
Yoriman.
b) Província de Solimões, localizada na
região que compreendia “um pouco
acima do rio Coari estendendo-se até
quase a foz do rio Purus”.
c) Missão de Nuestra Senhora de las
Neves de los Yurimáguas, que os
membros da expedição de Orellana
batizaram de “Aldeia do Ouro”.
d) Província de Conduris, na região que
medeia os rios Nhamundá e Tapajós,
onde os espanhóis no século XVI
teriam se defrontado com as lendárias
Amazonas.
e) Aldeia de Aissuari, que os membros da
expedição de Pedro Teixeira
apelidaram de “Aldeia do Ouro”,
localizado na Província de Machifaro.
02. (UFAM–PSC–III) A pesquisa
arqueológica na Amazônia ainda
carece de muitos estudos. Entretanto
já existe uma periodização provisória
para o estudo da região amazônica,
diferente daquela empregada nos
países europeus, e que vem sendo
utilizada pelos arqueólogos. Essa
periodização compreende as fases
denominadas de:
a) Paleolítico, Cacicados Simples e
Cacicados Complexos.
b) Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
c) Idade da Pedra Lascada, Idade da
Pedra Polida e Idade dos Metais.
d) Paleozóico, Cenozóico e Mesozóico.
e) Paleoindígena, Arcaica, Pré-História
Tardia.
Desafio
Histórico
01. (FGV) O metalismo, a doutrina da
balança comercial favorável, o
industrialismo, o protecionismo e o
colonialismo constituem as
características básicas do:
a)
b)
c)
d)
e)
Neoliberalismo.
Intervencionismo.
Socialismo.
Liberalismo
Mercantilismo.
02. (UFSM) O ano de 1998 marcou os
quinhentos anos do Descobrimento
do Brasil, pois, “Em 1498, D. Manuel
ordenava que Duarte Pacheco Pereira
navegasse pelo Mar Oceano, a partir
das ilhas de Cabo Verde até o limite
de 370 léguas [estipuladas pelo
Tratado de Tordesilhas]. É esta a
primeira viagem, efetivamente
conhecida pelos portugueses, às
costas do litoral norte do Brasil”
(FRANZEN, Beatriz. A presença
portuguesa no Brasil antes de 1500. In:
ESTUDOS LEOPOLDENSES. São
Leopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.).
Esse fato fez parte:
a) da expansão marítimo-comercial
européia, que deslocou o eixo
econômico do Mediterrâneo para o
Atlântico;
b) da expansão capitalista portuguesa,
em sua fase mercantil-colonial
plenamente consolidada no Brasil;
c) do avanço marítimo português, tendo
Duarte Pacheco Pereira papel
relevante na espionagem e pirataria
no Atlântico;
d) do processo de instalação de feitorias
no Brasil, pois Duarte Pacheco Pereira
instalou a primeira feitoria, ou seja,
São Luiz do Maranhão;
e) das expedições exploradas do litoral
brasileiro, cujo papel de reconhecimento econômico e geográfico coube
a Duarte Pacheco Pereira.
03. (Mackenzie) As razões do
pioneirismo português na Expansão
Marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) A invasão da Península Ibérica pelos
árabes e a conquista de Calicute pelos
turcos.
b) A assinatura do Tratado de Tordesilhas
por Portugal e pelos demais países
europeus.
c) Um Estado Liberal centralizado,
voltado para a acumulação de novos
mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política do Estado e o
fortalecimento dos laços servis.
e) Uma monarquia centralizada,
interessada no comércio de especiarias.
História
As Grandes Navegações (XV)
Vários fatores econômicos, políticos e culturais
impulsionaram as Grandes Navegações.
Vejamos alguns desses fatores.
O monopólio italiano sobre as especiarias fazia
que os comerciantes impusessem preços altos,
e isso prejudicava os interesses comerciais de
quem comprava dos italianos, pois para
revender iriam cobrar mais caro ainda.
A ação do Estado (monarquia) que desejava a
consagração do poder político abre um
processo de centralização que começa nos fins
do século XIV, com Portugal. Esse Estado se
aliou à camada mercantil, a quem garantiu
monopólio do comércio sobre as áreas
conquistadas. A burguesia mercantil viu a
possibilidades de aumentar muito seus lucros se
eles conquistassem o Oriente. Nesse caso, o
acordo entre o Estado e a burguesia mercantil
foi importante para garantir o sucesso na
conquista do além-mar e tornar Portugal senhor
dos domínios orientais.
As inovações tecnológicas foram importantes no
domínio das navegações. O aperfeiçoamento da
bússola e do astrolábio e a invenção da
caravela garantiram o sucesso para a expansão
marítima. O domínio do canhão, da pólvora e
de outras armas fez que os europeus se
impusessem sobre os povos do Oriente e, com
isso, vantagens econômicas e políticas foram
garantidas aos europeus.
A primazia de iniciar as Grandes Navegações
coube aos ibéricos, primeiro Portugal e depois a
Espanha. Você imagina por que Portugal foi o
pioneiro nas Grandes Navegações? Veja que
razões o fizeram iniciar esse processo de
conquista de além-mar.
• Apoio financeiro da burguesia mercantil
interessadíssima em conquistar o Oriente para
ter seus lucros quadruplicados.
• Boa localização geográfica.
• Domínio sobre o mar.
• Conhecimentos náuticos.
• Paz interna e externa.
• Centralização do poder nas mãos do rei.
Professor DILTON Lima
As Grandes Navegações e
a conquista do Brasil
A Europa na época das Grandes Navegações já
era capitalista na fase comercial (XV-XVIII).
Nessa fase, já havia relações assalariadas de
produção, e a atividade comercial constituía-se
na princípal fonte de acumulação de capital.
A economia da Europa era conduzida por um
conjunto de práticas econômicas conhecido
como mercantilismo, que ficou marcado pelas
seguintes características:
• Acumulação de ouro e prata determinando o
poder de uma nação.
• Desenvolvimento do comércio como principal
atividade.
• Balança comercial superavitária.
• Protecionismo alfandegário.
• Intervenção estatal na economia.
• Monopólio comercial.
• Exploração colonial.
O que se costuma chamar usualmente de
“descobrimento” na verdade representa um
processo de conquista de novas áreas que
viessem atender à expansão do capitalismo. Era
preciso acumular metais preciosos, já que havia
uma escassez desses metais na Europa. Era
preciso conquistar novas regiões que pudessem
ser, ao mesmo tempo, exportadoras de matériasprimas e produtos agrícolas e consumidoras dos
produtos manufaturados europeus. A chegada
dos portugueses ao Brasil, no fim do século XV,
e sua permanência nos séculos seguintes,
devem ser entendidas tanto sob o aspecto
político como o econômico de uma Europa que
estava em expansão capitalista e necessitava de
novos mercados que atendessem à sua política
mercantilista.
A Europa antes das Grandes Navegações
(XIII e XIV)
Para que Portugal fosse o destaque era preciso
exercer um poder centralizado. E como se deu
esse processo de centralização política? Em
Portugal, ocorreu por meio de lutas. A
Revolução de Avis (1383-85) trouxe ao poder D.
João I, que se aliou aos interesses burgueses
para fortalecer o Estado moderno.
O início das Grandes Navegações deu-se em
1415, quando os portugueses conquistaram
Ceuta, no norte da África. Isso nos leva a refletir
sobre o plano de navegação portuguesa para
alcançar o Oriente. Os portugueses, senhores
dos mares, pretendem viajar contornando as
costas africanas e atingir o Oriente.
Na luta para alcançar seus objetivos, os
portugueses conquistam as Ilhas do Atlântico:
Madeira, em 1419; Açores, em 1431 e Cabo
Verde, em 1456. Nessa região, os portugueses
desenvolveram o cultivo da cana-de-açúcar,
que, no século XVI, será a principal economia
do Brasil.
Por volta de 1488, o conquistador português
Bartolomeu Dias chega ao extremo-sul da
África. Devido às condições do local, ele o
batiza de Cabo das Tormentas. O Estado muda
o nome para Cabo da Boa Esperança, pois
certamente tinha esperança de concretizar seus
sonhos navegadores de conquistar o Oriente.
Com essa conquista ao extremo-sul da África,
os portugueses já se julgavam donos do
Nessa época, o Mar Mediterrâneo constituía um
eixo econômico por meio de rotas marítimas
pelas quais chegavam à Europa produtos vindos
do Oriente – perfumes, tapetes, seda e principalmente as especiarias (pimenta, gengibre, nozmoscada, cravo, etc.) –, que eram utilizados na
preparação e conservação de alimentos.
Esses produtos oriundos do Oriente (Índia,
Pérsia, China e Japão) vinham por rotas
monopolizadas pelos árabes, que realizavam
comércio no principal centro, Constantinopla
(atualmente Istambul, Turquia). Os produtos
comercializados em Constantinopla eram
transportados por comerciantes e mercadores
italianos, principalmente genoveses e venezianos.
Podemos dizer que os comerciantes detinham o
monopólio da revenda das especiarias e de
outros produtos na Europa. Por isso, era preciso
buscar um novo caminho para conseguir os
produtos orientais que não fosse via Mediterrâneo, e assim quebrar o monopólio italiano. Aí
começa uma nova etapa na vida dos comerciantes da Europa, enfrentando o “Mar Tenebroso”
para chegar diretamente à fonte de riquezas,
mudando o eixo econômico da Europa. Seria o
adeus ao domínio italiano. Mas quem reuniria as
condições para desbancar os italianos?
4
Atlântico, e não admitiriam concorrência pelo
controle do novo eixo econômico.
A Espanha foi o segundo país a se lançar em
busca do caminho para as Índias orientais. Sua
centralização monárquica ocorreu com o
casamento de Fernando de Aragão com Isabel
de Castela. Resolvida essa situação, a Espanha
contratou os serviços do italiano Cristóvão
Colombo para garantir sucesso nas navegações.
Mas Colombo adotou um plano diferente
daqueles projetados pelos portugueses: ele
pretendia navegar pelo Ocidente (oeste) para
atingir o Oriente (leste). Convicto de que a Terra
era redonda, fundamentado nos postulados de
Ptolomeu, cujos cálculos reduziam as medidas
de circunferência do Planeta, Colombo partiu
com três caravelas: Santa Maria, Pinta e Nina. No
dia 12 de outubro de 1492, chegaram à ilha de
Guanaani (hoje República Dominicana). Colombo
pensou ter alcançado as Índias orientais, e
chamou os nativos de índios, erro que se comete
até hoje. Cristóvão Colombo ainda realizou outras
viagens no que seria chamado de Novo Mundo.
Mais tarde, outro navegador italiano, Américo
Vespúcio, no século XVI, a serviço da Espanha,
retorna às terras “descobertas” por Colombo e
faz novas conclusões: Cristóvão Colombo não
teria realmente chegado ao Oriente, havia
chegado a novas terras. Em homenagem a esse
conquistador, colocou-se o nome de América no
novo continente.
A chegada de Cristóvão Colombo à América, em
1492, gerou divergências entre as nações
ibéricas (Portugal e Espanha), pois a Espanha
metera-se numa região da qual Portugal se
considerava dono: Atlântico. Na visão dos
portugueses, ou a Espanha se retira do Atlântico
ou será expulsa pela força das armas. Será que
Portugal e Espanha entraram em guerra? O papa
da época, Alexandre VI, em 1493, propôs um
acordo para impedir o conflito armado. Este
acordo ficou conhecido como Bula InterCoetera.
Ficou decidido que seria traçada uma linha
imaginária a 100 léguas a oeste das ilhas de
Cabo Verde. As terras que fossem conquistadas
a oeste seriam da Espanha, e a leste seriam de
Portugal. O Estado português não aceitou esse
acordo, ainda mais porque o papa era espanhol.
Somente em 1494, foi assinado o acordo que
acalmou os ânimos belicosos entre os ibéricos: o
Tratado de Tordesilhas, que estabeleceu um novo
meridiano, 370 léguas a oeste de Cabo Verde.
Este tratado já atendia aos interesses
portugueses no oceano Atlântico.
Dez anos após chegar ao Cabo da Boa Esperança, a expedição portuguesa comandada por
Vasco da Gama, em 1498, chega ao Oriente.
Conquista a cidade de Calicute, na Índia. A sua
volta para Portugal trazia boas perspectivas para
o Estado e para a classe mercantil. A expedição
levou para Portugal um carregamento de
especiarias maior do que se vendia anualmente
em Gênova. Essas especiarias vendidas na
Europa geraram um lucro aos comerciantes
portugueses de aproximadamente 6.000%.
Nessa mesma época, uma expedição
comandada por Duarte Pacheco veio investigar
terras no Atlântico Sul (futuras terras brasileiras) e
retornou a Portugal dizendo da existência de tais
terras. Era preciso que o Estado mandasse uma
nova expedição para tomar posse das terras
“descobertas”.
Para alcançar os objetivos sobre o comércio
oriental e as terras no Atlântico sul, o Estado
mandou a expedição de Pedro Álvares Cabral,
que partiu de Lisboa em 9 de março de 1500
com duas metas:
• Tomar posse das terras no Atlântico Sul
(futuras terras brasileiras).
• Consolidar o comércio das especiarias
orientais garantindo monopólio para Portugal.
As Grandes Navegações apresentaram como
conseqüências:
• Hegemonia dos países ibéricos.
• Novo eixo econômico: oceano Atlântico.
• Formação das áreas coloniais.
E A AMAZÔNIA?
Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre
Portugal e Espanha, em 1494, grande parte do
que hoje é a Amazônia pertenceria à Espanha.
No fim do século XV, Vicente Yañez Pinzon
chega à foz do rio Amazonas. No século XVI,
duas expedições financiadas pela Espanha
conseguem descer por completo o rio
Amazonas, chegando até o Oceano Atlântico. A
primeira, por volta de 1542, foi a expedição de
Francisco Orellana, que na verdade representou
um desdobramento da expedição de Gonçalo
Pizarro, governador da província de Quito. A
segunda, por volta de 1561, foi a expedição de
Pedro de Ursua e Lopo de Aguirre.
A expedição de Orellana desbravou a região em
busca do El Dorado e do País da Canela. Os
acontecimentos foram registrados pelo frei
Gaspar de Carvajal. A expedição de UrsuaAguirre, quase vinte anos depois, desbrava a
região em busca do El Dorado e do Lago Paititi.
Essa expedição desceu o Marañon e todo o
Amazonas até o Atlântico. Os relatos dessa
aventura foram registrados pelo capitão
Altamirano, por Francisco Vasquez e Pedrarias
de Almesto.
Desafio
Histórico
01. (FATEC) Sobre o Tratado de
Tordesilhas, assinado em 1494,
podemos dizer que:
a) foi de imediato desrespeitado por
Portugal, que ultrapassou os limites
estipulados por ele;
b) Portugal e Espanha eram os únicos
donos das terras da América, fato não
contestado pelos demais povos da
Europa, pois esses países eram
considerados superiores;
c) foi totalmente aceito por todas as
nações européias;
d) não foi bem recebido pela França,
Inglaterra e Holanda, que o acharam
risível e não concordavam com a
divisão do mundo entre Portugal e
Espanha;
e) foi desrespeitado pela Espanha, que se
associou à França e invadiu o Brasil.
02. (PUC)
“Quem quer passar além do Bojador,
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo
deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
Fernando Pessoa, Mar Português, in
(“Obra poética”. Rio de Janeiro, Editora
José Aguilar, 1960, p.19.)
O trecho do poema fala da expansão
marítima portuguesa. Para entendêlo, devemos saber que
a) “Bojador” é o ponto ao extremo sul da
África e que atravessá-lo significava
encontrar o caminho para o Oriente;
b) a “dor” representa as doenças,
desconhecidas dos europeus, mas
existentes nas terras a serem
conquistadas pelas expedições;
c) o “abismo” refere-se à crença, então
generalizada, de que a Terra era plana
e que, num determinado ponto,
acabaria, fazendo caírem os navios;
d) a menção a “Deus” indica a suposição,
à época, de que o Criador era contrário
ao desbravamento dos mares e que
puniria os navegadores;
e) o “mar” citado é o Oceano Índico,
onde estão localizadas as Índias,
objetivo principal dos navegadores.
03. Dentre os fatores determinantes das
Grandes Navegações, o que
apresentou característica principal foi:
a)
b)
c)
d)
e)
5
domínio sobre o mar;
conhecimentos náuticos;
ascensão da burguesia;
formação do Estado Moderno;
posição geográfica privilegiada.
Desafio
Geográfico
01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita com
todas as cores. A riquíssima fotografia
étnica vem sendo revelada no decorrer
do processo histórico que formou nosso
povo. Quanto à composição étnica da
população brasileira, pode-se afirmar:
I. Em números absolutos houve uma
diminuição da população indígena,
desde o descobrimento até hoje,
provocada pela morte em conflitos e
pelas epidemias.
II. Os brancos que compõem a
população brasileira possuem, em
sua maioria, origem européia; nesse
conjunto, italianos e alemães
formam os grupos mais numerosos
na formação étnica do Brasil.
III. A população brasileira passa por um
processo de "embranquecimento"
motivado pelos cruzamentos entre
brancos e outras etnias, diminuindo
progressivamente o número de
negros e mestiços.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
e) apenas I e III.
d) apenas I e II;
02. (UFSM–RS) Sobre o contingente da
população indígena brasileira a partir
do século XX, pode-se afirmar que:
I. se verifica uma tendência de
aumento desse contingente,
principalmente em função da
delimitação de reservas indígenas;
II. essa população, hoje muito reduzida
(menos de 0,5%), está concentrada,
principalmente, nas regiões Norte e
Centro-Oeste;
III. a superfície total das terras
indígenas equivale a um percentual
pouco significativo da área do Brasil;
IV. Ocorre um etnocídio no modo de
vida, nos hábitos, nas crenças, na
língua, na tecnologia e nos
costumes.
Estão corretas:
a) apenas I e II.
b) apenas II e III.
c) apenas I e IV.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
Geografia do Brasil
Pirâmide etária da população (em 1970 e 2000)
Professor Paulo BRITO
A transição demográfica
Nas décadas de 1950 e 1960, a maior parte dos
países subdesenvolvidos registrou taxas elevadas
de incremento populacional. No mundo inteiro, a
expressão “explosão demográfica” passou a fazer
parte do vocabulário corrente dos especialistas e
da opinião pública. No Brasil, as taxas de crescimento populacional batiam recordes históricos,
projetando a duplicação da população a cada 25
anos. Muitos analistas acreditavam estar diante de
uma verdadeira bomba demográfica
Mortalidade e expectativa de vida
O saneamento da periferia das grandes cidades,
principalmente a construção de sistemas de
abastecimento de água, a expansão da rede
pública e conveniada de hospitais e outros
serviços públicos de saúde contribuíram para a
queda das taxas de mortalidade no Brasil: em
1940, registravam-se 20,6 óbitos anuais para
cada mil habitantes do país; em 2002, a mortalidade era de aproximadamente 6,3%, menor do
que na maioria dos países desenvolvidos.
Isso não significa que as condições de saúde da
população brasileira sejam melhores que as dos
países desenvolvidos. É provável, até, que as
taxas de mortalidade voltem a subir no Brasil,
mesmo se as condições de saúde e de saneamento do país apresentarem melhora significativa e se a mortalidade infantil continuar caindo.
A taxa de mortalidade infantil vem sendo sistematicamente reduzida no Brasil nos últimos
decênios: 115% em 1970; 82% em 1980; 41%
em 1990 e 27,8% em 2002. Porém ela continua
bastante elevada em relação aos padrões
mundiais: no conjunto dos países desenvolvidos,
a cada mil crianças que nascem, apenas 9
morrem antes de completar um ano.
Figura 01. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil
2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.
As modificações da estrutura etária confirmam
as mudanças no comportamento reprodutivo da
população brasileira que acabamos de estudar
e revelam uma tendência demográfica para as
próximas décadas: o Brasil terá deixado
definitivamente de ser um país jovem em 2025.
Em breve, quando a transição demográfica dos
países subdesenvolvidos tiver terminado, as
pirâmides etárias de base estreita deixarão de
ser privilégio dos países ricos (fig. 2).
Pirâmide etária da população (Projeção para
2025)
Natalidade em declínio
Entre 1940 e 1970, enquanto as taxas de mortalidade declinavam, as taxas de natalidade permaneciam em patamares bastante elevados. Como
vimos, a maior parte da população vivia na zona
rural, em pequenas propriedades familiares. As
crianças participavam desde cedo dos trabalhos
na lavoura. Uma família numerosa dispunha de
mais trabalhadores e, portanto, podia produzir
mais.
O resultado da discrepância crescente entre a
mortalidade e a natalidade foi o aumento das
taxas de crescimento vegetativo da população
brasileira. Em 1940, a população total do país
era de 41,2 milhões; em 1970, de 93,1 milhões –
um crescimento de cerca de 130% em apenas
trinta anos.
Figura 02. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Uma
análise dos resultados da sinopse preliminar do senso
demográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.
A transição demográfica completa-se em ritmos
desiguais entre as populações urbana e rural. A
diminuição da natalidade é menor no campo que
na cidade. Assim, a pirâmide etária da população rural brasileira revela uma significativa
preponderância de crianças e jovens, enquanto
a pirâmide etária da população urbana já mostra
os resultados da queda da fecundidade (fig. 3).
Pirâmide etária da população rural e urbana
A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO
A estrutura etária da população é, de modo
geral, retratada por meio de gráficos em forma
de pirâmides. Na ordenada, são colocados os
grupos de idade; na abscissa, o contingente
populacional (em números absolutos ou
percentuais) é enquadrado em cada um dos
grupos de idade.
A forma da pirâmide etária de um país é
constantemente associada ao seu grau de
desenvolvimento. As pirâmides etárias
referentes a países subdesenvolvidos costumam
apresentar base larga (resultado das altas taxas
de natalidade) e topo estreito (conseqüência da
baixa expectativa de vida da população).
Em 1970, a pirâmide etária brasileira exibia
forma típica de um país subdesenvolvido. Os jovens (0-19 anos) constituíam 41,9% da
população. No ano 2000, porém, a base haviase estreitado e o topo se alargado (fig. 1).
Figura 03. Fonte: IBGE. Anuário estatístico do Brasil
2002. Rio de Janeiro, IBGE. 2003.
6
A política demográfica dos governos militares
pós-1964 foi marcada por atos contraditórios. A
Constituição de 1967 instituiu o salário-família:
um adicional de 5% no salário dos pais para
cada filho menor; já o presidente Médici
costumava-se referir ao peso dos grandes
investimentos demográficos a que o país se
obrigava em razão do alto incremento vegetativo
da população. Nenhuma política estatal de
controle da natalidade foi adotada, mas o
Estado apoiava os programas de redução da
natalidade patrocinados por entidades civis.
A Sociedade Brasileira de Bem-Estar Familiar
(Bemfam), fundada em 1965, é a mais importante
dessas entidades. Ela é uma espécie de matriz
brasileira da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), um organismo destinado a
promover programas de controle da natalidade
em todo o mundo subdesenvolvido. As
fundações Ford e Rockefeller, a United States
Agency for International Development (Usaid),
ligada ao Departamento de Estado dos EUA, e o
Banco Mundial são os principais agentes
financiadores da IPPF.
A distribuição de pílulas anticoncepcionais, a
esterilização em massa de mulheres em idade
reprodutiva (muitas vezes sem o consentimento
delas) e a introdução de dispositivos intrauterinos (DIUs) fazem parte do programa dessas
entidades no Brasil. Laboratórios farmacêuticos,
interessados em popularizar o uso de métodos
anticoncepcionais, oferecem a elas polpudos
donativos. Em muitos casos, os métodos são
aplicados sem o acompanhamento médico
necessário, acarretando graves problemas de
saúde às mulheres que participam do programa.
A contraditória política demográfica dos governos
militares revela a existência de interesses divergentes no aparelho de Estado, fruto das
diferenças de opiniões entre forças poderosas na
sociedade. A aliança dos militares com o capital
multinacional explica o incentivo aos programas
de redução da natalidade promovidos por
entidades civis (subsidiadas por organismos
internacionais). Assumir uma posição oficial
antinatalista e difundir, por meio do sistema
público de saúde, métodos anticoncepcionais
tais como a pílula e o DIU significava romper com
os dogmas da Igreja Católica.
A Constituição de 1988, em vigor, refere-se ao
planejamento familiar (determinação do número
de filhos por casal) como “uma livre decisão do
próprio casal”. Entretanto determina que
“compete ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse
direito de livre decisão sobre o planejamento
familiar”. Pelo menos na letra da lei, o Brasil
adotou o caminho correto: a família tem o direito
de decidir, mas o Estado tem o dever de
fornecer os meios necessários para que esse
direito seja exercido.
As diferenças regionais também são marcantes:
enquanto nos estados das regiões Sul, Sudeste
e Centro-Oeste a taxa de fecundidade situa-se
entre 1,9 e 2,2 filhos por mulher, nas regiões
Norte e Nordeste, marcadas pela disseminação
da pobreza rural, essa taxa varia entre 2,4 e 3,3
filhos por mulher.
OS INVESTIMENTOS DEMOGRÁFICOS
A estrutura etária da população tem reflexos
importantes na economia de um país. Uma
grande porcentagem de crianças e jovens na
população total gera uma grande demanda por
investimentos estatais em educação e em
programas de saúde voltados para a população
infantil. No extremo oposto, a existência de um
número relativamente alto de idosos na
população também gera demandas financeiras
ao Estado, principalmente em aposentadorias e
programas específicos de saúde e assistência
social.
Como vimos, a estrutura etária da população
brasileira está em rápida mutação. Em 1980, 38%
da população brasileira tinha entre 0 e 14 anos
de idade; em 2000, esse percentual já havia decaído para 29% e, de acordo com as projeções
do IBGE, em 2020 as crianças e os jovens
menores de 14 anos serão apenas 23% da população do país. Em paralelo, a participação
relativa dos idosos na população total vem
aumentando significativamente: em 1980, as
pessoas com mais de 60 anos de idade
representavam apenas 6% da população
brasileira, em 2000 já eram 7,1% e, em 2020,
serão 13% (fig. 4).
Mudanças na estrutura etária da população
Figura 04. Fonte: IBGE.Tendências demográficas: Uma
análise dos resultados da sinopse preliminar do senso
demográfico 2000. Rio de Janeiro, IBGE. 2001.
De acordo com as estatísticas oficiais, 97% da
população entre 7 e 14 anos freqüentavam a
escola em 2002. Como a população nessa faixa
etária tende a diminuir em termos relativos e a
permanecer estável em termos absolutos, não
será necessário ampliar o número de vagas já
existentes nas escolas de ensino fundamental
do país. Agora, o problema reside na melhoria
da universalização do ensino médio e na
melhoria da qualidade das escolas, em todos os
níveis.
A POLÍTICA DEMOGRÁFICA
Historicamente, o estado brasileiro estimulou o
crescimento demográfico. A Constituição de 1934
afirmava o dever do Estado de “socorrer as
famílias de prole numerosa”; a Constituição de
1937 assegurava às famílias numerosas compensações na proporção de seus encargos”. Em
1941, Getúlio Vargas assinava um decreto-lei
obrigando solteiros e viúvos maiores de 25 anos,
de ambos os sexos, a pagar um adicional de 10%
sobre o imposto de renda, certamente inspirado
pela política natalista italiana. O “amparo às
famílias de prole numerosa” manteve-se como
uma obrigação legal na Constituição de 1946, que
garantia um abono especial aos pais de mais de
seis filhos.
Nessa época, o governo acreditava que o alto
crescimento vegetativo era um fator de progresso.
Começavam o desenvolvimento industrial e a
urbanização, e acreditava-se que a alta natalidade
geraria um fluxo contínuo de mão-de-obra
abundante e barata. Com a “marcha para o
Oeste”, a ocupação dos vazios demográficos
interiores constituía um objetivo nacional de
ordem geopolítica.
Exercício
01. (UFV–MG) Em 2003, o governo
brasileiro propôs mudanças no
sistema da Previdência Social que
culminaram numa ampliação do tempo
de contribuição do trabalhador
brasileiro para a Previdência Social.
Assinale a mudança na dinâmica
populacional brasileira que foi utilizada
como argumento pelo governo para
justificar o aumento do tempo de
contribuição do trabalhador.
a)
b)
c)
d)
e)
7
Crescimento da população jovem.
Crescimento da população infantil.
Aumento na expectativa de vida.
Queda das taxas de fecundidade.
Diminuição da taxa de crescimento
vegetativo.
Desafio
Geográfico
01. (UFES) É correto afimar que “transição
demográfica” refere-se ao período de:
a) alto crescimento natural, devido à
elevação das taxas de natalidade e de
mortalidade;
b) baixo crescimento natural, situado entre
dois períodos de grande crescimento
demográfico;
c) baixo crescimento populacional, devido a
baixas taxas de natalidade e de
mortalidade;
d) elevado crescimento demográfico, devido
à alta das taxas de natalidade e de
mortalidade;
e) elevado crescimento natural, situado
entre dois estágios de pequeno
crescimento demográfico.
02. (Enem) O quadro a seguir mostra a
taxa de crescimento natural da
população brasileira no século XX.
Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil.
Analisando os dados, podemos
caracterizar o período entre:
a) 1920 e 1960, como de crescimento do
planejamento familiar;
b) 1950 e 1970, como de nítida explosão
demográfica;
c) 1960 e 1980, como de crescimento da
taxa de fertilidade;
d) 1970 e 1990, como de decréscimo da
densidade demográfica;
e) 1980 e 2000, como de estabilização do
crescimento demográfico.
03. (Enem) Ao longo do século XX, as
características da população brasileira
mudaram muito. Dentre os fatores que
contribuiram para essa mudança
destacam-se:
a) o aumento relativo da população rural é
acompanhado pela redução da taxa de
fecundidade;
b) quando predominava a população rural,
as mulheres tinham em média três vezes
menos filhos do que hoje;
c) a diminuição relativa da população rural
coincide com o aumento do número de
filhos por mulher;
d) quanto mais aumenta o número de
pessoas morando em cidades, maior
passa a ser a taxa de fecundidade;
e) com a intensificação do processo de
urbanização, o número de filhos por
mulher tende a ser menor.
Desafio
Geográfico
01. (PUC–PR) “O governo francês irá pagar
uma licença de 750 euros (cerca de R$
2.050,00) por mês, durante um ano, a
famílias que decidirem ter um terceiro
filho, anunciou ontem o primeiroministro do país, Dominique de Villepin.”
(Folha de S. Paulo, 23/09/2005).
A reportagem acima ilustra uma
política cada vez mais comum entre os
países europeus. As alternativas
abaixo contém possíveis causas que
motivam a adoção de tais medidas,
EXCETO:
a) as baixas taxas de natalidade de muitos
países europeus;
b) as altas taxas de mortalidade européias,
que resultam na diminuição da PEA –
população economicamente ativa;
c) a tentativa de evitar que num futuro, em
médio prazo, a população nativa possa
tornar-se minoritária diante da população
imigrante – cujas taxas de crescimento
vegetativo são bem mais altas;
d) o impacto que a diminuição da mão-deobra ativa está causando ao sistema
previdenciário europeu;
e) a difícil tarefa dos dirigentes da União
Européia em administrar a necessidade
de manutenção de um fluxo controlado
de movimentos populacionais
horizontais, ao mesmo tempo em que
tenta reprimir o aumento da xenofobia.
02. (Unifor–CE) Após a Segunda Guerra,
houve um grande crescimento
demográfico mundial que ocorreu,
dentre outros fatores, devido:
a) Ao acentuado aumento das taxas de
natalidade e mortalidade nos países da
América Latina.
b) À queda das taxas de mortalidade e à
manutenção das altas taxas de
natalidade nos países
subdesenvolvidos.
c) Ao grande aumento do crescimento
vegetativo verificado nos Estados
Unidos e Europa.
d) Ao acentuado aumento das taxas de
natalidade e queda da mortalidade nos
países desenvolvidos.
e) À queda das taxas de natalidade e
mortalidade na Europa e Ásia.
03. Trata-se da diferença entre as taxas de
natalidade e de mortalidade. Seu
resultado pode ser: positivo (N>M),
nulo (N=M) ou negativo (N<M):
a)
b)
c)
d)
Explosão demográfica.
Crescimento vegetativo.
Teorias demográficas.
Tempo necessário para uma população
duplicar.
e) Desaceleração demográfica.
Geografia Geral
TABELA: 02
Professor HABDEL
Aspectos da População
Mundial
Uma evolução irregular
Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De
Agostini, 2000. La Découverte, 1999.
“O crescimento da população mundial não foi
regular e uniforme. O equilíbrio entre a produção
econômica e a população tornou-se precário e
frágil em muitos locais por causa de terríveis e
repentinas hecatombes [...]”. (Poursin, J.-M..
L’Homme stable, Gallimard, Paris, 1989).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO
Áreas anecúmenas
A distribuição da população mundial ocorreu de
forma desigual no tempo e no espaço. Vários
fatores concorrem para este fato. Um ambiente
desfavorável pode ser o motivo de uma
ocupação rarefeita. Altas montanhas, as regiões
polares e os desertos são exemplos desses
lugares. Essas são áreas conhecidas como
anecúmenas, pois dificultam a fixação do
homem. A disponibilidade de capital e
tecnologia podem reverter esse quadro.
Técnicas como a irrigação ou a drenagem de
solos pantanosos, por exemplo, podem tornar
estas áreas menos inóspitas.
Áreas ecúmenas
Outros espaços apresentam características que
facilitam a fixação de populações. Áreas planas,
solos férteis ou climas amenos são, entre
outros, os grandes atrativos da população.
Essas áreas são chamadas de ecúmenas.
Antiguidade do povoamento, decisões políticas,
perseguições religiosas, étnicas ou ideológicas
podem se constituir em fatores históricos que
determinaram este ou aquele povoamento. Uma
maior taxa de natalidade associada ou não a um
saldo migratório positivo podem desencadear
um processo de ocupação ou esvaziamento de
um local. A modernização de uma economia, a
exemplo das revoluções industriais,
possibilitaram a evasão do campo e o inchaço
das cidades. Assim, cada lugar do Planeta
vivenciou a conjunção de um ou mais fatores
que vão caracterizar a atual distribuição de suas
populações.
O crescimento demográfico
“Com o surgimento das sociedades modernas
(caracterizadas por forte urbanização,
industrialização, produção sistemática de
mercadorias, consumo, globalização das
relações, etc.), a velocidade do crescimento
populacional tornou-se o centro de
preocupações. Esse novo modo de vida passa a
transformar ou eliminar as formas naturais de
sobrevivência dos povos, fundamentalmente
das ligadas à terra.
A partir desse marco, grandes massas
populacionais terão sua sobrevivência
subordinada à compra e venda de mercadorias
em uma economia monetária (uso do dinheiro),
ou seja, ao mercado. É nesse contexto que o
tamanho maior ou menor de uma população
passa a ser entendido como uma variável
econômica”, (OLIVA, Jaime e GIANSANTI,
Roberto. Espaço e Modernidade: temas da
Geografia Mundial. São Paulo: Atual. p. 184,
2001).
O homem foi, provavelmente, o animal que mais
se propagou no Planeta. Sua capacidade de
adaptação aos lugares e de desenvolvimento de
outras técnicas proporcionaram um formidável
crescimento populacional. Esse crescimento
também se deu de forma diferenciada no tempo
e no espaço. “Durante todo o Paleolítico
manteve-se relativamente estável. Com a
Revolução Neolítica ocorre um crescimento
acentuado, que se mantém praticamente até os
dias atuais (com algumas quedas pouco
significativas). É importante salientar que, com o
ASPECTOS DA POPULAÇÃO MUNDIAL
No estudo sobre a população, é necessário ter
atenção a alguns conceitos. Quando nos
referimos à população de um país, estado ou
cidade, estamos referindo-nos ao conceito de
população absoluta (número total de
habitantes). Entretanto igualmente importante é
o conceito de população relativa (número de
habitantes por quilômetro quadrado). Assim,
podemos perceber que alguns países são mais
populosos ou mais povoados do que outros.
Ásia, América e Europa são muito mais
populosos do que a África e a Oceania.
TABELA: 01
Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De
Agostini, 2000.
“A densidade demográfica varia segundo as
condições ambientais, o desenvolvimento
tecnológico e a organização social, sendo, ao
mesmo tempo, efeito e causa” (Madagascar, ile
entre toutes. In Géographie universelle,
Belin/Reclus, 1994). Se por um lado esse
conceito é essencial, quando estudamos a
distribuição da população pelo espaço
geográfico, por outro, é preciso ter bom senso
para perceber que estamos lidando com dados
numéricos que escondem as diferenças entre
regiões, o nível de vida, as necessidades e a
cultura de cada povo e de cada lugar.
Para calcular a densidade de um lugar, é
preciso dividir a população pela área disponível
(em quilômetros quadrados).
Fórmula: 01
População
Densidade
absoluta
demográfica = ––––––––––––– = N.º hab/km²
Área (em km²)
Por ordem decrescente em densidade demográfica ou população relativa, temos os continentes Ásia, Europa, África, América e Oceania. Podese perceber que a densidade mundial esconde
grandes contrastes. A Ásia apresenta mais que o
dobro da densidade mundial e concentra cerca
de 60% da população do Planeta. Paísescontinentes (grande extensão territorial)
apresentam baixa densidade populacional.
Enquanto que outros de dimensões reduzidas
estampam altas densidades demográficas.
8
crescimento vertiginoso ocorrido nos últimos
trezentos anos (de 1650 a 1950), a população
mundial cresceu de 500 milhões para 2,5
bilhões e que nos últimos quarenta anos
duplicou, ou seja, de 1950 a 1990 passou de 2,5
bilhões para mais de 5 bilhões”. (PITTE, JeanRobert (coord). Geografia: a natureza
humanizada. São Paulo: FTD, p. 42, 2000). Hoje
somos mais de 6 bilhões.
O crescimento de uma população envolve três
componentes fundamentais: as taxas de
natalidade (e a fecundidade), de mortalidade e
as diversas modalidades de migração (que
serão abordadas na Apostila n.° 6). A diferença
entre as taxas de natalidade e de mortalidade
mostra o crescimento vegetativo. Este por sua
vez pode ser analisado do ponto de vista de três
fases.
A taxa de natalidade é obtida pela relação entre
o número de nascimentos ocorridos em um ano
e o número de habitantes.
Segunda: a “revolução médico-sanitária”
provocou a queda das taxas de mortalidade.
Enquanto isso, a natalidade manteve-se elevada,
resultando numa aceleração do crescimento.
Isso ocorreu devido aos avanços na agricultura e
na pecuária proporcionando uma melhoria
quantitativa e qualitativa na alimentação. Desde a
modernidade, o desenvolvimento das ciências,
entre elas a biologia, a medicina e a farmácia,
proporcionaram um melhor conhecimento do
corpo humano, das doenças e dos tratamentos.
A urbanização da população desencadeou uma
série de reformas nas cidades com a instalação
de esgotos, coleta de lixo, tratamento da água,
entre outros. Um ambiente mais saudável reduz
a proliferação de doenças e pragas.
Em 1900, a Europa era o segundo continente
mais populoso (em primeiro lugar estava a Ásia),
e no ano 2000 já era o penúltimo em população.
Os países da Europa ocidental, os chamados
“desenvolvidos velhos”, foram os primeiros a
atingir essa fase, principalmente durante o
século XIX. Nos países “desenvolvidos novos”
(EUA, Canadá, Rússia, Japão) ela ocorreu na
primeira metade do século XX. Nos subdesenvolvidos, a partir da segunda metade do século XX
e, segundo a ONU, perdurará até 2050.
Os países menos desenvolvidos, os mais pobres
da África (região do Sahel), da Ásia (sudeste e
leste), da América Latina e da Oceania, ainda
estão na segunda fase. Apresentam, ainda,
grande crescimento populacional, pois a
melhoria de suas condições de vida só ocorreu
depois da Segunda Guerra Mundial, período em
que o mundo assistiu à mais espetacular
explosão demográfica de todos os tempos.
Terceira: caracterizada pela ocorrência de
baixas taxas de natalidade e mortalidade, e um
baixíssimo crescimento populacional, a
transição demográfica encontra-se concluída.
Atualmente, estão nessa fase os países
desenvolvidos, a maior parte deles com taxas
de crescimento muito baixas (geralmente
inferiores a 1%), nula e até negativas.
Nos países desenvolvidos, tem ocorrido uma
transformação na estrutura familiar. A taxa de
fecundidade é baixa, permanecendo em torno
de 1,5 filho por mulher. Muitos países
apresentam taxas inferiores a 2,1 filhos por
mulher, mantendo, assim, estabilizado o
tamanho de sua população. Diversos fatores,
como a urbanização, o aumento da
escolarização e a incorporação das mulheres ao
mercado de trabalho (dupla jornada de
trabalho), contribuem para que as mulheres
tenham menos filhos.
Formula: 02
Nascimentos X 1000
N = –––––––––––––––––––
Habitantes
A taxa de mortalidade é a relação entre o
número de óbitos ocorridos em um ano e o
número de habitantes.
Fórmula: 03
Mortes X 1000
M = –––––––––––––––––––
Habitantes
O crescimento demográfico ou vegetativo é a
diferença entre as taxas de natalidade e a de
mortalidade. E pode ser obtida da seguinte
forma:
Fórmula: 04
CV = Natalidade – Mortalidade
A diferença entre as taxas de natalidade e de
mortalidade indica o quanto uma população
cresceu no período observado. Quando
comparamos esse crescimento com o tempo
que uma população precisa para duplicar,
estabelecemos a velocidade do seu
crescimento. Dependendo da população e do
contexto histórico, econômico e social um
volume maior ou menor pode-se configurar ou
não em um problema.
TABELA: 03
Fonte: GEORGE, Pierre. Geografia da População. 2. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 84.
Segundo a ONU (Organização das Nações
Unidas), a população mundial reduzirá bastante
o crescimento a partir de 2050. “Este conceito,
transição demográfica, é parte de uma teoria
elaborada para explicar a tendência da
população a se equilibrar, na medida em que
diminuem as taxas de natalidade e de
mortalidade”. (Marcos A. Coelho e Lygia Terra.
Geografia geral: O espaço natural e sócioeconômico. 4ª ed. São Paulo. Moderna, 2001.).
Fases do crescimento demográfico
Primeira: abrange os primórdios da
humanidade até o fim do século XVIII.
Apresentou elevadas taxas de natalidade e de
mortalidade resultando, por isso, em baixas
taxas de crescimento vegetativo. A expectativa
de vida era muito baixa. Neste período, a
população estava totalmente submetida às
influências das forças da natureza. Aconteciam
elevadas taxas de mortalidade. A falta de
alimentos, as doenças (não havia medicamentos
ou tratamentos eficientes e, até mesmo, a
compreensão sobre o ciclo evolutivo da doença)
e as guerras eram seus mecanismos mais
eficazes. Os países desenvolvidos superaram
esta fase antes dos subdesenvolvidos. Podemos
apontar a Revolução Industrial (século XVII)
como marco desse período.
Exercícios
01. Assinale a alternativa que apresenta o
motivo que pode ser considerado
como responsável pela redução do
crescimento vegetativo nos países
desenvolvidos:
a) Um rígido controle de natalidade.
b) A distribuição gratuita de pílulas
anticoncepcionais e incentivos às
famílias para terem menos filhos.
c) As multas aplicadas às famílias com
mais de três filhos.
d) A melhoria dos padrões de vida da
população em geral.
e) A Primeira Revolução Industrial.
02. Atualmente, a maioria dos países
subdesenvolvidos encontra-se nessa
fase. Estamos nos referindo a:
a) Transição demográfica concluída.
b) Terceira fase do crescimento vegetativo.
c) Primeira fase do crescimento
demográfico.
d) Etapa inicial ou do crescimento lento.
e) Aceleração demográfica.
9
Desafio
Geográfico
01. (Unesp) Em 1990, as maiores taxas de
crescimento natural da população
ocorriam no oeste e leste da África
(3,0%) e na América Latina (2,1%). De
acordo com a tendência geral
apresentada pelos diversos países, é
verdadeiro afirmar que:
a) as taxas de crescimento natural da
população independem do nível de
desenvolvimento econômico do país.
b) quanto maior o nível de desenvolvimento
de um país, maior é a taxa de
crescimento natural de sua população.
c) quanto maior o nível de desenvolvimento
de um país, mais elevada é a taxa de
natalidade de sua população.
d) a taxa de crescimento natural da
população tende a diminuir com o
desenvolvimento econômico.
e) quanto maior o nível de desenvolvimento
de um país, maior a tendência de
aumento do número de filhos por família.
02. Por crescimento vegetativo ou natural
entende-se:
a) Um fluxo migratório de entrada de pessoas
em um país qualquer.
b) Saída de pessoas de um país.
c) A diferença entre as taxas de natalidade
e mortalidade.
d) Relação entre o número de óbitos e cada
grupo de mil habitantes.
e) Relação entre a emigração e a mortalidade
infantil.
03. Esta fase se caracteriza por apresentar
elevadas taxas de natalidade e taxas de
mortalidade em rápido declínio, o que
resulta em grande crescimento da
população. Atualmente, a maioria dos
países subdesenvolvidos encontra-se
nessa fase. Estamos nos referindo a:
a)
b)
c)
d)
e)
Etapa inicial ou do crescimento lento.
Transição demográfica concluída.
Aceleração demográfica.
Terceira fase do crescimento vegetativo.
Primeira fase do crescimento
demográfico.
04. (PUC-MG) Observe atentamente a
situação a seguir:
Analisando os quadros demográficos
dados, assinale a opção INCORRETA:
a) O país A caracteriza-se por reduzidas
taxas de natalidade e mortalidade.
b) O país B caracteriza-se por apresentar
significativo crescimento demográfico.
c) A e B representam reflexos da Revolução
Médico-Sanitária, que reduziu os índices
de mortalidade.
d) O Quadro B é típico dos países mais
desenvolvidos e com controle
demográfico rigoroso.
e) O quadro B é característico dos países
subdesenvolvidos e tem perspectiva de
Desafio
Gramatical
Português
c) De repente não há mais saco.
Função de “saco”: objeto direto.
Observe que não há preposição intermediando os verbos e seus respectivos complementos. Diz-se, então, que os complementos ligam-se aos verbos diretamente, ou seja, sem auxílio de preposição. São, por isso,
verbos transitivos diretos.
Professor João BATISTA Gomes
Texto
4. Objeto direto preposicionado
Se o verbo transitivo direto vier preposicionado, com certeza a preposição não é exigida pelo verbo. O complemento recebe,
então, o nome de objeto direto preposicionado.
De repente
01. Assinale a alternativa em que a construção NÃO está de acordo com a
norma culta da língua escrita.
a)
b)
c)
d)
e)
Não
Não
Não
Não
Não
parece,
parece,
parece,
parece,
parece,
mas
mas
mas
mas
mas
eu
eu
eu
eu
eu
a amo muito.
amo-a muito.
lhe amo muito.
te amo muito.
amo muito você.
02. Em que item o conjunto verbo + lhe
está de acordo com a norma culta da
língua?
a) Pode esperar-me; vou visitar-lhe
amanhã.
b) Há muito tempo, não lhe visito a casa.
c) Acredite em mim: não lhe odeio.
d) Você nem notou, mas eu lhe vi no
cinema.
e) Porque lhe conheço muito bem, sei
que você está mentindo.
Arapuca
03. Assinale a alternativa em que há
equívoco quanto ao emprego dos
pronomes o e lhe?
a) Minha avó, visitei-a na semana
passada.
b) Visitei-lhe a avó na semana passada.
c) Você é simples; eu a admiro muito.
d) Admiro-lhe muito a simplicidade.
e) Lembro-me bem do dia em que lhe
conheci.
04. Há uma construção errada quanto à
regência verbal; identifique-a.
a) Na rua, todos lhe chamavam de
cabeção.
b) Na rua, todos o chamavam de
cabeção.
c) Na rua, todos lhe chamavam cabeção.
d) Na rua, todos o chamavam cabeção.
e) Todos lhe chamaram, mas ele não
quis participar.
Caiu no vestibular
05. (FGV) Leia a frase: “A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso”.
Assinale a alternativa que corresponde
exatamente a essa frase.
a) O Congresso deteve a lei de lucros
extraordinários.
b) Deteu-se no Congresso a lei de lucros
extraordinários.
c) O Congresso deteu a lei de lucros
extraordinários.
d) Deteve-se no Congresso a lei de lucros
extraordinários.
e) A lei de lucros extraordinários era
detida no Congresso.
Intérprete: Lulu Santos
Autores: Lulu Santos e Nelson Mota
De repente a gente sente
Que já não sente o que já sentiu
De repente, naturalmente,
O que era novo envelheceu, de novo
a) Ela só ouve a mim.
Regência de ouvir: transitivo direto.
Função sintática da expressão “a mim”:
objeto direto preposicionado.
De repente não há mais saco
Pra tanto papo que já se ouviu
De repente a moda muda
O mundo roda e você mudou mais uma vez
b) Venceu ao pai o filho.
Regência de vencer: transitivo direto.
Função sintática da expressão “ao pai”:
objeto direto preposicionado.
Não há nada a perder
Não há nada a ganhar
A não ser o prazer de ser o mesmo mas
mudar
Não há nada só bom
Nem ninguém é só mau
Se o início e o final de nós todos é um só
Eu digo: só!
c) Em casa, ele não respeitava a ninguém.
Regência de respeitar: transitivo direto.
Função sintática da expressão “a ninguém”: objeto direto preposicionado.
5. Objeto direto X pronomes átonos
Ao lado de verbos transitivos diretos, na função de complemento, só podem aparecer os
seguintes pronomes átonos:
De repente a gente saca
Que só não passa o que já passou
Sem vergonha e sem orgulho
Nós somos feitos do mesmo pó
a) o, a, os, as – Só podem ser objeto direto. Podem aparecer antes (próclise), no
meio (mesóclise) ou depois (ênclise) do
verbo, representando pessoas ou coisas.
Exemplos:
Regência Verbal 1
1.
2.
3.
4.
1. Classificação dos verbos quanto à
predicação
Sempre a ouço.
Convivendo com ela, eu a mudei.
Convivendo com ela, eu mudei-a.
O dinheiro, passei-o a você.
b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, as
quando enclíticos (depois do verbo) ou
mesoclíticos (no meio do verbo); só podem ser objeto direto. Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos que
terminem por r, s ou z.
Quanto à regência (relação entre o verbo e
os termos ou expressões que lhe completam o sentido ou a ele atribuem uma circunstância), podemos dividir todos os verbos da
língua portuguesa em três categorias:
a) transitivos;
b) intransitivos;
c) de ligação.
Exemplos:
1. Vou ouvi-la sempre.
2. As testemunhas? Ouvimo-las ontem.
3. As planilhas de custo? Refi-las à noite.
Os transitivos podem ser:
a) diretos;
b) indiretos;
c) diretos e indiretos.
c) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os,
as quando enclíticos (depois do verbo);
só podem ser objeto direto. Devem ser
acrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por ão, õe ou m.
2. Vocabulário técnico
a) Transitivo – Que requer um ou mais complemento; complemento.
Exemplos:
1. Com relação ao dinheiro, ele repõe-no
ainda hoje.
2. Lições de esperança? Eles dão-nas
todos os dias.
3. Obstáculos da vida? Transpõe-nos
naturalmente.
b) Intransitivo – Que não aceita complemento; sem complemento.
c) Direto – Que se liga ao verbo sem preposição; complemento direto.
d) Indireto – Que se liga ao verbo por meio
de preposição; complemento indireto.
6. Verbo transitivo direto x lhe
e) De ligação – Que liga o predicativo ao
sujeito. Antônimo: verbo significativo.
Se o pronome lhe estiver ao lado de verbo
transitivo direto, com certeza estará no papel de pronome possessivo: pode ser trocado por seu (dele), sua (dela), seus (deles),
suas (delas). A função sintática, nesse caso,
é de adjunto adnominal.
3. Verbo transitivo direto
Entende-se por transitivo o verbo que precisa de complemento. Vamos observar as
seguintes construções:
a) De repente, a gente sente isso.
Função de “isso”: objeto direto.
Exemplos:
1. Ouço-lhe muito as opiniões.
= Ouço muito as suas opiniões.
Pronome lhe = adjunto adnominal.
b) A gente já não sente aquilo.
Função de “aquilo”: objeto direto.
10
2. Conheço-lhe a família há muitos anos.
= Conheço a sua família há muitos anos.
Pronome lhe = adjunto adnominal.
5. CHAMAR
Os moleques chamavam-na de galinha
garnisé.
3. Doíam-lhe todas as partes do corpo.
= Doíam todas as partes do seu corpo.
Pronome lhe = adjunto adnominal.
6. CONSIDERAR
Sempre a considerei infiel.
7. CONSTITUIR
No jornal, constituíram-no revisor-chefe.
4. Admiro-lhe muito as atitudes.
= Admiro muito as suas atitudes.
Pronome lhe = adjunto adnominal.
8. COROAR
Coroaram-na rainha caipira.
7. Verbo transitivo direto e voz passiva
9. CRER
Na infância, todos me criam um santo.
Os verbos transitivos diretos aceitam mudança da voz ativa para a passiva e vice-versa.
Confira:
10. DAR
Apesar das evidências, ele não se dava
por vencido.
a) Da ativa para a passiva analítica:
1. Ela ouviu todos os conselhos.
Todos os conselhos foram ouvidos
por ela.
2. Ele perdeu dinheiro no jogo.
O dinheiro foi perdido por ele no jogo.
11. DECLARAR
Depois dos testes, declararam-me
habilitado.
12. DEIXAR
Usaram o livro e deixaram-no rasgado.
b) Da passiva analítica para a ativa:
1. A crise está sendo sentida por todos.
Todos estão sentindo a crise.
2. A decisão foi mudada pelo diretoria.
A diretoria mudou a decisão.
13. ELEGER
O povo elegeu-o senador pelo Amazonas.
14. ENCONTRAR
Para minha decepção, fui encontrá-la
muito feliz.
c) Da passiva sintética para a ativa:
1. Ouviram-se muitos conselhos.
Ouviram muitos conselhos.
2. Reconstruíram-se os prédios.
Reconstruíram os prédios.
8. VTD e oração subordinada
substantiva objetiva direta
21. SUPOR
A família supunha-o íntegro.
22. TACHAR
Por causa da briga, tacharam-no de
louco.
Os verbos transitivos diretos que formam o
predicado verbo-nominal com predicativo do
objeto merecem atenção especial. São conhecidos como transobjetivos. O complemento verbal (objeto direto) vem acompanhado de predicativo.
23. TER
Todos o tinham como doido.
1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude.
Função de incapaz: predicativo do objeto.
Classificação do predicado: verbo-nominal.
Dificuldades da língua
CACHORRO-QUENTE e CACHORRO QUENTE
a) Cachorro-quente (com hífen) é sanduíche
feito com um pão pequeno e salsicha quente.
2. Elegeram-na vereadora.
Função de vereadora: predicativo do objeto.
Classificação do predicado: verbo-nominal.
Formação: composição por justaposição.
Plural: cachorros-quentes.
Principais verbos transobjetivos
Os verbos seguintes, quando empregados
em sentido especial, são transobjetivos:
transitivos diretos (raramente indiretos) +
predicativo. Vêm acompanhados de predicativo do objeto, formando o predicado verbonominal.
9. ESTIMAR
Estimo-a muito, Cristina.
10. ESPERAR
Espero-a na igreja, na parte de trás, é claro.
11. ELOGIAR
Eu já o elogiei mais do que devia.
12. ENCONTRAR
Encontrá-la-ei na esquina, pode esperar.
13. FERIR
Jamais quis feri-la; foi um acidente.
14. IMITAR
Quanado comecei a atuar, eu o imitava.
15. LEVAR
Se viajar, eu a levarei comigo.
16. MATAR
A polícia matou-o equivocadamente.
2. Ela ganha dinheiro explorando uma banca de cachorro-quente na feira livre.
19. PREJUDICAR
Jamais o prejudicaria.
2. Cachorro quente, aqui na clínica, toma
logo um banho frio para baixar a temperatura; depois, é medicado.
11
8. DESCULPAR
Eu já a desculpei.
18. PRENDER
Além de prendê-la, torturaram-na.
1. Cachorro quente esse seu. Não pode
farejar uma cadela que fica querendo rebendar a coleira.
4. CALCULAR
Os familiares calculavam-na casada.
7. CONVIDAR
Vim convidá-la para um passeio de barco.
1. Boa parte dos jovens de hoje alimenta-se
de cachorro-quente.
Exemplos:
3. ACUSAR
O povo acusava-o de corrupto.
6. CONTRARIAR
Por causa do derrame, evite contrariá-la.
17. PERSEGUIR
Prometo: não vou mais persegui-la.
Plural: cachorros quentes.
2. ACLAMAR
Os funcionários aclamaram-no líder.
3. ABRAÇAR
Em toda a vida, abracei-o poucas vezes.
Exemplos:
b) Cachorro quente (sem hífen) é cachorro
cuja temperatura, por alguma razão, está
elevada. Cachorro voluptuoso, ardente.
1. ACHAR
Eu sempre a achei atraente.
2. ABORRECER
Os bêbados aborreciam-no, mas ele não
se zangava.
5. AMAR
Amo-a muito.
Eu sempre a amei, mas em segredo.
20. SABER
Ali, ninguém o sabia bandido.
9. Verbos transobjetivos
1. ABENÇOAR
Eu o abençôo, meu filho.
16. IMAGINAR
Eu a imaginava menos gorda.
19. NOMEAR
Nomearam meu primo inspetor-chefe.
2. Saquei que nada é eterno.
Objeto direto de saquei: “que nada é
eterno”.
Os verbos seguintes, quando empregados em
sentido normal, são transitivos diretos: não
admitem complemento com preposição nem
aceitam o pronome lhe para a função de objeto direto.
4. ACHAR
Achei-a meio gorda, mas bem interessante.
18. JULGAR
Todos o julgavam culpado.
1. Sinto que ela me ama.
Objeto direto de sinto: “que ela me ama”.
PRINCIPAIS VERBOS TRANSITIVOS
DIRETOS
15. FAZER
A minha intenção era fazê-la secretária.
17. INTITULAR
Os ribeirinhos intitularam-no herói.
O complemento do verbo transitivo direto
pode ser uma oração inteira: é a oração subordinada substantiva objetiva direta.
Dificuldades
da língua
20. SAUDAR
Saúdo-a pela coragem.
21. SOCORRER
Instintivamente, eu a socorri.
22. TER
Eu tive-a em meus braços várias vezes.
23. Ver
Eu a vi ontem, no cinema.
24. Visitar
Costumava visitá-la nos fins de semana.
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 2)
01. A
02. E
03. B
Governador
Eduardo Braga
04. E
ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el
amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.
ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário
brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos, 1975.
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de
questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.
ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda a
História: História geral e História do Brasil, 8ª
edição. São Paulo: Editora Ática, 2000.
BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31.
ed. São Paulo: Nacional, 1987
CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do rio de
Orellana. São Paulo: Nacional, 1941.
COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia
Geral. O espaço natural e socioeconômico.
Moderna, 2001.
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil
/ Marcos Amorim Coelho, Lígia Terra Soares - 5ª
ed. Reforme e Atual - São Paulo. Moderna 2003
(Série Sinopse)
HOORNAERT, Eduardo (Coord.). Comissão de
Estudos da Igreja na América Latina. História da
Igreja na Amazônia. Petrópolis-RJ: Vozes, 1992.
MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Sociedade
e Espaço: Geografia geral e do Brasil. Ed. Ática São Paulo, 2000.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço brasileiro.
Ed: Ática. 2004. 2ª Edição - 1ª impressão.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia
geral e do Brasil. Ed. Ática, 2002.
MOTA, Myryam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos.
História das Cavernas ao Terceiro Milênio, 2ª edição.
São Paulo: Editora Moderna, 2002.
SHMIDT, Mario. Nova História Crítica do Brasil: 500
anos de História malcontada. São Paulo: Editora
Nova Geração, 2003.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil, 1ª
edição. São Paulo: Editora Moderna, 2000.
VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: A
Sociedade Brasileira. São Paulo - Ática 2004. - O
espaço Amazônico e o espaço Brasileiro.
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Aline Susana Canto Pantoja
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
05. C
06. A
07. B
08. D
09. D
10. C
11. E
12. E
13. B
14. C
DESAFIO GRAMATICAL (p. 3)
01. C
CAIU NO VESTIBULAR (p. 5)
01. C
02. A
03. A
DESAFIO GRAMATICAL (p. 5)
01. B
02. C
03. A
04. B
ARAPUCA (p.5)
01. E
PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 6)
01. B; 02. B; 03. D; 04. C; 05. E; 06. A;
07. B; 08. D; 09. E; 10. E; 11. A; 12. E;
13. A; 14. D; 15. B; 16. A
ARAPUCA (p.7)
01. B
DESAFIO GRAMATICAL (p. 7)
01. B;
DESAFIO LITERÁRIO (p. 9)
01. C; 02. B; 03. C; 04. B ; 05. E; 06. C;
DESAFIO LITERÁRIO (p. 11)
01. E
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
TV Cultura (7h às 7h30 e 23h40 às 00h15)
Amazon Sat (15h10 às 15h40)
RBN (13h às 13h30)
Rádio Rio Mar (19h às 19h30)
Rádio Seis Irmãos do São Raimundo
(7h às 8h e 16h às 16h30)
Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30)
Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30)
Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara
(22h00 às 22h30)
Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)
Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)
Postos de distribuição:
•
•
•
•
PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• PAC Alvorada – Rua desembargador João
Machado, 4922 – Planalto
• PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar - Reitoria da UEA - Av. Djalma Batista,
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM
Download