Ciencias-04_Reino_Animal_Vertebrados

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Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos
Darcy Vargas
CIÊNCIAS
REINO ANIMAL
VERTEBRADOS
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REINO ANIMAL
Os animais compõem um reino com mais de um milhão de espécies. No entanto, fósseis encontrados revelam que uma quantidade
muito maior de espécies animais já viveu na Terra, mas hoje estão extintas.
Nós, os seres vivos, somos muitos e temos as mais variadas formas e tamanhos - desde corpos microscópicos, como o ácaro, até
corpos gigantescos como o da baleia-azul. Alguns com forma, organização e funcionamento do corpo simples, como uma esponja-do-mar;
outros, com a estrutura complexa de um mamífero.
Apesar da grande diversidade, quase todos os animais apresentam uma característica em comum: são formados por milhares de
células de diversos tipos. Outro aspecto comum aos seres do reino Animal é que obtêm o seu alimento a partir de outros seres vivos.
Os animais habitam quase todos os ambientes conhecidos do nosso planeta, podendo ser encontrados tanto em grandes altitudes
nas montanhas quanto em profundas fossas marinhas.
A maioria das espécies é capaz de se locomover, isto é, mover o corpo de um lugar para o outro. No entanto, há espécies que vivem
fixas, ou seja, sésseis, no ambiente, como as esponjas-do-mar.
O que é vertebrado e invertebrado?
"estudo".
Os animais são estudados pela zoologia - campo da ciência cujo nome origina-se da língua grega: zoo significa "animal", e logia,
Para facilitar o estudo, é importante classificar os animais. Uma das formas de fazer essa classificação é dividi-los em dois grandes
grupos: vertebrados e invertebrados.
No grupo dos vertebrados estão os animais que, como os seres humanos, possuem coluna vertebral. Já o grupo dos invertebrados
é formado por aqueles que não possuem coluna vertebral.
A coluna vertebral é um tipo de eixo esquelético formado por peças articuladas entre si - as vértebras-, que podem ser ósseas ou
cartilaginosas. As articulações permitem a flexibilidade do esqueleto interno, facilitando a movimentação.
Observe a coluna vertebral do homem e no detalhe a articulação entre as vértebras.
A coluna vertebral, associada ao sistema muscular, garante que os animais se movimentem e mantenham a sua estrutura firme
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VERTEBRADOS
Um dos componentes do esqueleto é a coluna vertebral. Por esse motivo é que animais que possuem essa estrutura, formada por
ossos ou por cartilagem, são chamados de vertebrados.
Quase todos os vertebrados possuem a coluna vertebral. Ela ajuda na sustentação do corpo e protege a medula espinhal. Ela é
formada por ossos de tamanho pequeno: as vértebras. A maioria dos seres humanos possuem 33 vértebras. O crânio, outro componente do
esqueleto, protege o cérebro desses seres vivos, e dá formato à cabeça. Todos os vertebrados possuem crânio.
Coluna e crânio formam o chamado esqueleto axial. A cauda e, além dela, a caixa torácica, formada pelas costelas, também fazem
parte dele. A caixa torácica protege alguns dos órgãos que se encontram dentro do corpo, tais como o coração e o pulmão.
Já os ossos e cartilagens que formam as nadadeiras, asas, braços e pernas representam o esqueleto apendicular.
Graças a tais estruturas, os vertebrados puderam apresentar tamanho corporal maior. Eles passaram também a ter órgãos
importantes mais bem protegidos.
Existem mais de 50 mil espécies de vertebrados em todo o mundo. Esses animais vivem nos mais diversos ambientes,
como o aquático de água doce e de água salgada, terrestre e até mesmo aéreo. Podem ser avistados em florestas, desertos, em
regiões muito geladas ou até naquelas muito quentes, como desertos.
Abaixo, alguns exemplos:
- Peixes: peixes-bruxas, lampreias, arraias, peixes-palhaço, paulistinhas, barracudas, cavalos-marinhos e tubarões;
- Anfíbios: sapos, rãs, pererecas e cobras-cegas;
- Répteis: cobras-de-duas-cabeças, serpentes, lagartos, tartarugas e jacarés;
- Aves: pinguins, joões-de-barro, emas, beija-flores e galinhas;
- Mamíferos: baleias, cachorros, macacos e seres humanos.

PEIXES
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham
surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas doces dos rios, lagos e açudes.
Características que favorecem a vida na água:
Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre
elas, destacam-se:
 Corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
 Presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
 Corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além
disso, a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;
 Musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.
Respiração e circulação de sangue
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A água entra continuamente pela boca do
peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o
gás carbônico que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de
passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue,
agora oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.
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Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de
animais diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos
peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o
fígado e o pâncreas.
Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
 Bolsa olfatória - São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas
na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a
dezenas de metros de distância.
 Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem apenas objetos em movimento na
superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias),
por exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas lacrimais.
 Linha lateral - É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicamse com um canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as
diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e vibrações na água,
detectando a presença de uma presa, de um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é
muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na
escuridão ou em águas turvas.
Reprodução
A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa: a fêmea e o macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação
do óvulo por um espermatozóide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas
chamadas alevinos.
Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz seus espermatozóides no corpo da fêmea, onde os
óvulos são fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas
menores.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes
cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas
espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
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Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em
água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
 esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
 presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
 boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamada cloaca - nela, convergem os dutos finais do
sistema digestório, urinário e genital.
Tubarão-Frade (Cetorhinus maximus)
Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos, cavalos-marinhos, pescadas, etc.) como em água doce
(lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
 esqueleto predominantemente ósseo;
 presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias protegidas por uma estrutura denominada
opérculo;
 boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
 presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e diminuir de volume de acordo com a profundidade em
que o peixe se encontra - favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos
estável numa determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a natação.

ANFÍBIOS
Nas proximidades de riachos, lagoas, açudes, banhados e outras áreas alagadas, você pode escutar os sons dos anfíbios - sapos,
rãs, pererecas.
O que são anfíbios, afinal? .. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi - dos dois lados + bios = vida), foi dado em razão da
maioria de seus representantes possuírem a fase larval aquática e de respiração branquial (lembre-se dos girinos) e uma fase adulta, de
respiração pulmonar e cutânea, que habita o meio terrestre úmido. São heterotermos, como os peixes.
Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não
efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados
se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma
fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.
Perereca
Salamandra
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Sapo
Cobra-cega ou Cecília
Cobertura e temperatura do corpo:
Não possuem pêlos nem escamas externas. São incapazes de manter constante a temperatura de seu corpo, por isso são chamados
animais de sangue frio (pecilotérmicos).
A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas, através da respiração, permite-lhes, a absorção de água, que funciona como
defesa orgânica. Quando estão com "sede", os anfíbios encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.
As glândulas em sua pele são de dois tipos: mucosas, que produzem muco, e serosas, que produzem veneno. Todo o anfíbio produz
substâncias tóxicas. Existem espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se essas substâncias
entrarem em contato com as mucosas ou sangue.
Respiração:
No estágio da vida aquática, quando são larvas, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em
ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas
gasosas, a respiração pulmonar é pouco eficiente, sendo importante a respiração cutânea - processo de trocas de gases com o meio ambiente
através da pele.
A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. As paredes finas das células
superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio para o sangue. A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com muitos vasos
sanguíneos.
Nutrição, digestão e excreção:
Na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de
outros vertebrados.
A língua, em algumas espécies de anfíbios é uma das suas características adaptativas mais importantes. Os sapos caçam insetos
em pleno vôo, utilizando a língua que é presa na parte da frente da boca e não na parte mais interna. Quando esticada para fora da boca, a
língua desses animais alcança uma grande distância, além de ser pegajosa, outro fator facilitador na captura da presa.
Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema
digestório produz substâncias capazes de digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em
relação às outras substâncias que a formam.
Circulação
Os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos). O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e
um esquerdo) e um ventrículo. O sangue venoso, pobre em O2, vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois tipos de sangue
passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo, o sangue é bombeado para um tronco arterial
(conjunto de vasos) que distribui sangue para a cabeça, tronco e pulmões.
A circulação é dupla e incompleta: dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração a cada ciclo de circulação, incompleta,
porque o ventrículo é único e nele o sangue arterial e venoso se misturam.
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Reprodução
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória formada após uma chuva , um rio,
lago ou um açude. Há também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.
O acasalamento da maioria dos anfibios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual "pré-nupcial". A fêmea no seu
período fértil, é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.
A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo macho com um forte "abraço". Esse "abraço" pode levar dias, até que a fêmea
lance os seus gametas (isto é, os seus óvulos) na água. Então o macho também lança os seus espermatozóides, que fecundam os óvulos,
cujo desenvolvimento ocorre na água.
O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa. A salamandra e a cobra-cega realizam fecundação interna.
Nos numerosos ovos protegidos por uma grossa camada de substâncias gelatinosa, que geralmente se prendem às plantas
aquáticas, as células vão se dividindo e formando embriões. Os ovos fecundados eclodem e as larvas denominadas girinos, vivem e crescem
na água até realizarem a metamorfose para a vida adulta.
Metamorfose
A metamorfose envolve uma série de transformações e é um processo bastante lento que transforma o anfíbio jovem (girino) em
adulto. Durante esse processo desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as patas no corpo do animal.
Nessa fase, os girinos se alimentam primeiramente da própria gelatina que os envolve e depois de algas e plantas aquáticas
microscópicas.
Reproduzem-se através de ovos moles e sem casca, postos na água ou em lugares encharcados, dando origem a uma larva e
depois a um adulto através do processo de metamorfose. Existem exceções a essa regra, alguns deles são vivíparos.
Em geral, não existe cuidado com a prole dentre os anfíbios.
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
RÉPTEIS
Os répteis (do latim reptare, 'rastejar') abrangem cerca de 7 mil espécies conhecidas. Eles surgiram há cerca de 300 milhões de
anos, tendo provavelmente evoluído de certos anfíbios. Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à vida em lugares secos,
embora alguns animais deste grupo, como as tartarugas, sejam aquáticos.
A pele dos répteis:
Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais superficiais da epiderme são ricas
em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em ambientes terrestres. A pele pode
apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis).
Temperatura corporal:
Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a
temperatura do ambiente.
Respiração e circulação de sangue:
A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que
aumentam a sua capacidade respiratória.
Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de gás oxigênio, o que torna "dispensável" a respiração por meio da pele,
observada nos anfíbios. Aliás, com a grande quantidade de queratina que apresenta, a pele torna-se praticamente impermeável, o que
impossibilita a aquisição de gás oxigênio.
O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos. Nos ventrículos ocorrem mistura de
sangue oxigenado com sangue não-oxigenado. Nos répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés), os dois ventrículos estão completamente
separados, mas o sangue oxigenado e o sangue não-oxigenado continuam se misturando, agora fora do coração.
Alimentação e digestão
Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema
digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca.
Os sentidos
Os répteis possuem órgãos dos sentidos que lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e o cheiro das coisas. Os olhos possuem
pálpebras e membrana nictitante, que auxiliam na proteção dessas estruturas. Eles têm glândulas lacrimais, fundamentais para manter a
superfície dos olhos úmida fora da água.
Destacamos na foto abaixo uma estrutura existente entre os olhos e as narinas de cobras, chamada fosseta loreal (no detalhe). Ela
possibilita que a cobra perceba a presença de outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles.
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Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo e curo, que fica abaixo de uma
dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada conduto auditivo situa-se o tímpano, que se comunica com a orelha média e a
interna. Vários experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.
Reprodução
O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a
fecundação interna: o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea.
A maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca rígida e consistente como couro. Os
ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade.
A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados, pois impediram a morte dos gametas
e embriões por desidratação. Assim, em relação a reprodução, os répteis tornaram-se independentes da água. A tartaruga marinha e muitos
outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol.

AVES
As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados
principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São
reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.
As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa
conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa
metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os
permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados.
Circulação:
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois
átrios e dois ventrículos.
Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio,
encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de
parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que
garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a
sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
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Respiração: pulmões e sacos aéreos
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos
aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de
oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa,
garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas.
As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal
da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das
penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva.
Digestão e Excreção:
As aves consomem os mais
variados tipos de alimentos: frutos, néctar,
sementes, insetos, vermes, crustáceos,
moluscos, peixes e outros pequenos
vertebrados. Elas possuem um sistema
digestivo completo, composto de boca,
faringe, esôfago, papo, proventrículo,
moela, intestino, cloaca e órgãos anexos
(fígado e pâncreas).
Ao serem engolidos os alimentos
passam pela faringe, pelo esôfago e vão
para o papo, cuja função é armazenar e
amolecer os alimentos. Daí eles vão para o
proventrículo, que é o estômago químico
das aves, onde sofrem a ação de sucos
digestivos e começam a ser digeridos.
Passam então para a moela (estômago
mecânico) que tem paredes grossas e
musculosas, onde os alimentos são
triturados.
Finalmente atingem o intestino,
onde as substâncias nutritivas são
absorvidas pelo organismo. Os restos não
aproveitados transformam-se em fezes.
As aves possuem uma bolsa
única, a cloaca, onde desembocam as
partes finais do sistema digestivo, urinário e
reprodutor e que se abre para o exterior.
Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a
urina e também põem os ovos.
Reprodução:
Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos. Apesar dos ovos
parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos
são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para
proteger o ovo contra predadores e para mantê-lo aquecido durante o desenvolvimento do embrião.

MAMÍFEROS
Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos cordados. Nesta classe incluem-se as toupeiras, morcegos,
roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o
corpo coberto de pêlos e têm temperatura interna constante.
Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. São, ainda,
extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas,
formam sociedades muito complexas.
Órgãos dos sentidos e o cérebro: muito desenvolvidos.
Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros.
O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem olfato apurado e o gato tem excelente visão. A informação táctil provém
não só da superfície do corpo, mas também de bigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em papilas especializadas.
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Os mamíferos são considerados animais inteligentes, embora a inteligência seja difícil de definir. Geralmente considera-se indicador
de inteligência a capacidade de aprendizagem associada a flexibilidade de comportamento. Estas capacidades permitem solucionar problemas
relacionados com a invasão de novos habitats e de captura de presas, por exemplo.
Digestão
O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus.
Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas,
gorduras, açucares) até que fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvê-los. Os restos - que não são digeridos ou
aproveitados - são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes.
Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não
conseguem digerir a celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e
protozoários) que fazem a digestão da celulose.
Respiração
Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a homeotermia e para as atividades
em geral dos mamíferos depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio
e do seu transporte pelo corpo, assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio necessário para os processos
energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem
o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar.
Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma.
Circulação
Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla
e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas
muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal
(exceto as aves).
Reprodução
Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma
(que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm
filhotes que nascem após serem gerados no útero da mãe.
Gestação
Esta imagem apresenta um feto de golfinho com 8
semanas de gestação.
A maioria dos mamíferos gera os seus filhotes dentro do
útero da fêmea. Quase todos os filhotes de mamíferos nascem
diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de
desenvolvimento, ou seja, já nascem com a forma semelhante à que
terão quando forem adultos.
Os filhotes mantidos dentro do corpo da fêmea durante um
período maior ficam mais protegidos do que os que terminam o seu
desenvolvimento no interior de ovos (como acontece com aves e
répteis, por exemplo).
Embora a viviparidade limite o número de filhotes por
gestação, é um fator que se revelou vantajoso evolutivamente,
aumentando as chances de sobrevivência e o sucesso reprodutivo.
Enquanto o filhote está se desenvolvendo no útero materno,
recebe nutrientes e oxigênio através da placenta, pelo cordão
umbilical. A placenta é uma estrutura formada por parte do corpo da
mãe e parte do corpo do feto. Também é pela placenta que o feto
elimina as excretas, que são restos produzidos, por exemplo, o gás
carbônico.
Podem nascer um ou mais filhotes, pois o número varia
dependendo da espécie. Após o nascimento, o filhote se alimenta do
leite materno e recebe os cuidados da mãe - às vezes do pai - na
primeira fase da vida. Os bebês de certas espécies de baleias, por
exemplo, chegam a mamar quinhentos litros de leite num só dia.
Esta imagem apresenta um feto de elefante durante a gestação.
BIBLIOGRAFIA:
Valle, Cecilia-Coleção Ciências e Sociedade- Editora Positivo-2005
Cruz, Daniel- Coleção tudo é Ciências- Editora Ática -2007
Paula, Maria da c.Ferreira - Vimieiro, Maria das G.Monteiro – Schwenck,Terezinha do Carmo-Coleção Ciência Ação e
transformação- Editora do Brasil-2003.
http://www.infoescola.com , http://www.sobiologia.com.br , http://www.webciencia.com
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