A ANÁLISE DOS IMPACTOS DO CLIMA ORGANIZACIONAL E DAS VARIÁVEIS: Qualificação e Motivação na Gestão de Pessoas na Empresa Belém Digital Suelen Glafira Cardoso Abdon Claudia Helena Hasselmann Sadalla RESUMO O presente artigo busca analisar os impactos, a contribuição do clima organizacional e das variáveis: qualificação e motivação na gestão de pessoas, bem como sua influência na retenção de profissionais nas organizações. Alcançar uma posição de destaque no mercado é o principal objetivo das empresas, dispor de estratégias e ferramentas que possibilitem isto é fundamental para o desenvolvimento e o alcance de metas e resultados. Considerar o fator humano e despertar nas pessoas o interesse em participar das organizações e, sobretudo, em permanecer nelas, é um sinal de que os gestores estão trilhando o caminho correto. Dispor de um bom clima organizacional proporciona não somente o bem-estar e o entusiasmo no dia-a-dia, como também estimula o desempenho das atividades e fomenta nos profissionais a vontade de se tornarem mais capacitados. Aliado a fatores como estímulo a qualificação continua e práticas motivacionais, o clima organizacional é uma válvula propulsora a realização profissional das pessoas e consequentemente das organizações em que elas atuam. A pesquisa será descritiva, de campo, bibliográfica e estudo de caso e terá uma abordagem qualitativa. O universo da pesquisa é a empresa Belém Digital, a amostra não probabilística foi definida pelo critério de acessibilidade. Como instrumentos de coleta de dados serão utilizados a entrevista com o gestor e a aplicação de formulário e questionário aos funcionários, de acordo com a amostra definida. PALAVRAS-CHAVE Gestão; Qualificação; Motivação; Retenção; Clima Organizacional. ABSTRACT This article looks to analyse the impacts, the contribution of the organization’s climate to work and the variables qualification and motivation in the management of persons, as well as their influence in the professionals’ retetion inside the organizations. To reach a special position in the market is interprises’ main objective and to dispose of strategies and tools that make it possible is very important for their development and the reach of marks and results. To consider the human factor and to make persons feel interested in participating on the organizations and, especially, in remaining in their staff, is a sign that managers are treading the correct way. To dispose of a good organizational climate provides not only the well-being and the enthusiasm of the staff in day by day, since it also stimulates the perfomance of the activities and promotes in the staff the necessary will to become more enabled. Allied to factors as stimulus the continuous qualification and motivation pratices, the organizations’ climate to work is a propulsion valve to the persons’ professional realization and consequently of the organizations in which they act. The inquiry will be descriptive, of field, invilving bibliographical and case study and it will have a qualitative approach. The universe of the inquiry is the enterprise “Belém Digital”, the sample without probability was defined by the criterion of acessibility. As instruments of collection of data, wil be used the interview with the manager and the distribution of forms and questionnaires among the staff, in accordance with the definite samples. KEY WORDS: Management; Qualification; Motivation; Retention; Organizaton’s climate to work. INTRODUÇÃO A análise do clima organizacional, a percepção das pessoas a cerca do ambiente de trabalho onde estão inseridas, vem despertando o interesse das organizações e dos profissionais que fazem parte delas a algumas décadas no cenário mundial e nacional. O clima revela o estado de animo dos funcionários com o cotidiano das empresas, demonstra como se sentem em relação aos valores e padrões de comportamento estabelecidos, as atitudes e decisões tomadas, manifesta o nível de satisfação com o ambiente onde desenvolvem suas atividades e com a gestão em si. O dinamismo do mercado, o crescimento da competição entre as empresas bem como o desenvolvimento do empreendedorismo, fazem com que as organizações busquem diferenciais competitivos a fim de alcançar resultados positivos e uma posição de destaque no ramo em que atuam. O fator humano passa a ser uma preocupação estratégica nas empresas, os gestores estão mais atentos à forma de pensar dos seus colaboradores, as suas expectativas e potencialidades, visto que estas questões afetam o clima e suas variáveis. Neste contexto, a pesquisa de clima torna-se uma ação estratégica para identificar e intervir quando necessário nos fatores que o afetam, cabendo ao gestor de recursos humanos promove-la, avaliando diversos fatores, dentre eles as práticas motivacionais e o estímulo a qualificação contínua, que serão tratados neste artigo. O departamento de gestão de pessoas é responsável pelos recursos humanos que estruturam a organização nos seus diversos níveis hierárquicos, ele está à frente dos processos pessoais desde o recrutamento e seleção até o desligamento do funcionário da empresa. É sua atribuição também propor um equilíbrio entre as partes envolvidas no vínculo empregatício, para que ele seja duradouro. Pesquisas apontam que a maioria das pessoas em atividade no mercado, dedica grande parte do seu tempo ao trabalho, logo, mantê-las motivadas a produzir bons resultados é um grande desafio. No âmbito profissional, a motivação está relacionada com as expectativas individuais dos colaboradores em relação à empresa, ao ambiente de trabalho e os fatores que o afetam. Se motivado, o funcionário produz de forma eficiente, procurando ser eficaz no que faz de acordo com suas habilidades, a motivação está diretamente relacionada com o seu rendimento. Ainda na esfera organizacional, a motivação é um dos fatores que leva os profissionais a busca pela qualificação continua, as organizações almejam por colaboradores que não limitam o seu conhecimento e que estejam constantemente o aprimorando. A qualificação é atingida com o aperfeiçoamento de habilidades ou através do desenvolvimento de novas, diversas são as instituições que oferecem os caminhos para a qualificação continuada. O crescente acesso aos cursos de ensino a distância (EAD), por exemplo, contribuem para a formação de profissionais proativos, que desenvolvem diversas atividades e que buscam estar inseridos em empresas inovadoras, que se adaptam ao mercado e que proporcionam benefícios diferenciados. As pessoas se sentem atraídas por organizações que possibilitam o seu desenvolvimento profissional e consequentemente estimulam a sua permanência no quadro funcional. Este artigo tem como tema a análise dos impactos do clima organizacional e das variáveis: qualificação e motivação na gestão de pessoas. Um estudo de caso da empresa Belém Digital. A pesquisa avalia o seguinte problema: quais os impactos do clima organizacional e das variáveis: qualificação e motivação na retenção de pessoas na empresa Belém Digital? O objetivo geral da pesquisa é a otimização do clima organizacional positivo para gerar reflexos nas variáveis qualificação e motivação na gestão de pessoas. Como objetivos intermediários, têm-se: observar as práticas do setor de gestão de pessoas quanto às ferramentas de estimulo a qualificação e motivação profissional, pesquisar o nível de satisfação / insatisfação dos funcionários com o clima da empresa e detectar como o clima organizacional e suas variáveis influenciam na retenção de talentos e na redução da rotatividade de pessoal. A delimitação da pesquisa será na empresa Belém Digital durante o mês de novembro de 2014. A referida empresa desenvolve atividades no comércio varejista, especializado em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo e na instalação e manutenção elétrica. Fundada em 2012 com o intuito de atuar como parceira de uma TV por assinatura, a empresa tem como objetivo fornecer um serviço de qualidade aos seus clientes, prezando pelo compromisso e transparência. Os seus funcionários trabalham com espírito de equipe e têm como foco o serviço e os resultados obtidos através dele. Com dois anos de atividade, possui em seu quadro funcional trinta funcionários distribuídos em duas lojas na região metropolitana de Belém. Serão avaliados os impactos do clima organizacional e das variáveis: qualificação e motivação na gestão de pessoas. A realização da pesquisa se justifica, no aspecto profissional, a fatores como a disposição do ambiente, as políticas internas adotadas e as práticas do setor de recursos humanos despertaram o interesse em realizar a pesquisa. O estudo é relevante, visto que disponibiliza no meio acadêmico uma forma de pensar o clima organizacional sob as óticas da qualificação e da motivação, variáveis essenciais na gestão de uma empresa. O estudo possibilita ainda, no contexto social, que as pessoas conheçam a Belém Digital, empresa que exerce uma atividade em expansão no Estado, através do estabelecimento de uma parceria com a maior operadora de TV por assinatura via satélite do país. 2 AS PRÁTICAS DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS Diferentes recursos integrados e coordenados contribuem para o alcance dos objetivos de uma empresa. Dentre eles, encontram-se os recursos humanos. Luz (2008, p. 06), conceitua administração de recursos humanos como o campo de conhecimento que estuda e trata todas as questões relacionadas às pessoas no ambiente de trabalho, com o objetivo de compreender e melhorar continuamente o principal ativo das organizações, seu potencial humano, assim como os resultados. Para Gil (2014, p. 17): Gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais. Constitui, a rigor, uma evolução das áreas designadas no passado como Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos Humanos. A gestão de pessoas contribui para o desenvolvimento de uma organização quando promove o desenvolvimento dos seus recursos humanos, os funcionários são vistos como parceiros da empresa, que investem seu capital intelectual nela e consequentemente esperam um retorno por isto. Uma de suas principais atribuições é atrair e reter profissionais através de mecanismos como: salário atrelado a benefícios, possibilidades de desenvolvimento profissional e um bom ambiente de trabalho. Benefícios segundo Luz (2008, p. 150), são produtos e/ou serviços oferecidos aos funcionários, direta ou indiretamente, pela empresa, visando criar ou aprimorar as condições de bem-estar dos seus funcionários. Ainda segundo o autor, os benefícios podem ser concedidos de três formas: benefícios legais, benefícios concedidos por mera liberdade da empresa e benefícios contratuais. Os benefícios legais são aqueles que são amparados por lei, como o vale transporte, vale alimentação, 13º salário, seguro desemprego e etc. Entre os benefícios concedidos por mera liberdade da empresa, estão o seguro de vida e a assistência médica (plano de saúde e plano odontológico). Os benefícios contratuais são os que concedidos de acordo com a convenção, acordo coletivo ou sentença normativa adotada. Geralmente as causas internas de rotatividade de pessoal estão ligadas aos baixos salários e aos benefícios oferecidos, poucas oportunidades de crescimento e o próprio clima organizacional. Programas de treinamento e desenvolvimento (T&D) contribuem para o progresso profissional e para que as funções desenvolvidas estejam de acordo com o cargo ocupado, com os processos e com a tecnologia oferecida pela empresa. Luz (2008, p. 11), afirma que o Treinamento e Desenvolvimento é um dos órgãos que compõe os subsistemas da administração de recursos humanos. Através da prática do treinamento, espera-se proporciona o crescimento profissional e pessoal, ou seja, o desenvolvimento. Assim como as pessoas são preparadas ao serem selecionadas para ocupar determinados cargos, o treinamento deve ser uma ferramenta permanente para acompanhar as mudanças impostas pelo tempo e para que os profissionais mantenham-se atualizados dos processos e aptos a ocupar cargos futuros. Gil (2014, p. 121) explica: [...] prevê-se que o tempo destinado ao treinamento dos empregados venha a aumentar significativamente nos próximos anos. Mais ainda: a nova missão da empresa não é apenas treinar seus funcionários, mas garantir o aprendizado contínuo de toda a sua cadeia de valor, que envolve também seus clientes e fornecedores. Tanto é que muitas empresas, como General Motors, Xerox e Motorola, nos Estados Unidos, e Bhahma, Accor e Algar, no Brasil, vêm criando suas próprias universidades corporativas. O treinamento voltado ao desenvolvimento de carreiras é uma alternativa para promover a continua qualificação profissional. Na administração moderna, o gestor tende a assumir uma postura de educador e incentivador dos seus colaboradores no processo de amadurecimento profissional. Luz (2008, p. 15), reforça que para a empresa e seus funcionários atinjam seus objetivos, é necessária a existência de um bom clima organizacional. Ele revela o grau de satisfação das pessoas numa organização, num dado momento, retrata a atmosfera psicológica que envolve a relação entre empresa e seus recursos humanos. O desempenho das pessoas no trabalho é fruto do conhecimento que elas possuem, dos recursos que têm para trabalhar e da sua motivação. Logo, se a empresa tem pessoas satisfeitas, motivadas, terá melhores condições para obter um bom desempenho de seus funcionários. Proporcionando um bom clima na empresa, a administração de recursos humanos estará contribuindo para que os funcionários tenham um bom lugar para trabalhar. A qualificação é uma característica, uma atribuição pessoal, que identifica, difere e destaca uma pessoa. No mercado de trabalho, ela representa o aprimoramento de habilidades, a formação profissional, os pré-requisitos para a ocupação de um cargo ou o exercício de uma atividade. Chiavenato (2009, p. 17), considera que a qualificação é a educação formal ou experiência profissional para exercer determinadas funções ou o exercício de profissões. Ela complementa os conhecimentos obtidos através da educação formal nos níveis fundamental, médio e superior e é essencial para se obter sucesso na carreira exercida. Muitas empresas através do processo de recrutamento e seleção, já consideram o nível superior uma atribuição mínima necessária para a ocupação de determinados cargos. Por este motivo, os cursos de formação complementar são muito procurados, destacando-se os cursos profissionalizantes para área ou ramo de atividade específico, curso de idiomas, pós-graduações, dentre outros que venham a enriquecer o currículo. Gil (2014, p. 121), assegura que: Mais do que em qualquer outra época, portanto, trabalhador qualificado é que passa a ser a diferença. Cabe, pois, aos gestores de pessoas, em boa parte, proporcionar os meios necessários para garantir esses ajustamento. Tanto é que a Gestão de Pessoas também vem sendo designada Gestão de Competências. Para que uma organização seja composta dos melhores profissionais, eles devem ser selecionados e treinados de acordo com o perfil desejado, porém, primeiro deve-se considerar o contexto em que estes profissionais serão inseridos a fim de que produzam os resultados esperados. A falta de mão de obra qualificada é um grave limitador para o crescimento de uma organização. Entretanto, ter um profissional qualificado no quadro funcional por si só não é o suficiente, a empresa precisa oferecer os requisitos básicos ao bom desenvolvimento das atividades e tarefas do cotidiano deste profissional. Para Luz (2008, p. 13): Muitas empresas não sabem explorar o potencial de seus funcionários,seus conhecimentos, suas habilidades, seus interesses e suas competências. Por conta dessa lamentável situação, muitos funcionários ficam desmotivados, deixam de ser promovidos, e muitos serviços passam a ser executados por terceiros (consultores, prestadores de serviços), quando poderiam ser realizados internamente. Profissionais que buscam estar constantemente se qualificando são valorizados e, as empresas que percebem esse perfil no profissional que já atua na empresa, estimulam o mesmo a permanecer se desenvolvendo na carreira que escolhida a fim de alcançar o reconhecimento pretendido, partindo da premissa que a qualificação deve ser contínua. A organização que está atenta a estas questões, produz benefícios internos e externos, reduz custos com recrutamento, investe em treinamento e em benefícios diferenciados que proporcionam a elevação do nível de qualificação dos seus funcionários, mantendo-os no seu quadro funcional por longos períodos. Gil (2014, p. 45), acredita que [...] certa garantia de estabilidade no emprego deve ser encarada pela empresa como fator importante para garantir a produtividade e a qualidade do trabalho de seus empregados. Em algumas empresas, o benefício da bolsa de estudos é um dos mais disputados e está entre os benefícios mais valorizados pelos profissionais. As empresas que custeiam total ou parcialmente cursos de formação profissional dos seus colaboradores estão oferecendo não somente um benefício a pessoa que o usufrui, mas também estão gerando benefícios internos, visto que o que será aprendido através deste incentivo poderá ser aplicado na própria empresa. A motivação é um sentimento que estimula o ser humano a agir para atingir seus objetivos. Ela está presente em diversos momentos na vida das pessoas. Antes de agir, as pessoas são motivadas a ação e espera-se obter um resultado positivo quando elas agem motivadas. Vergara (2000, p. 42), assegura que motivação é uma força, uma energia que impulsiona as pessoas na direção de alguma coisa, é um motivo para a ação. É um sentimento que nasce das necessidades de cada um de nós e é construída e reconstruída de acordo com o contexto social em que vivemos. Para Gil (2014, p. 45): A motivação ou disposição para empenhar-se o melhor possível no desenvolvimento de suas atribuições tem naturalmente muito a ver com o próprio empregado, mas também é fortemente influenciada pela empresa. Hoje, reconhece-se que os empregados preferem trabalhar em empresas que oferecem qualidade de vida, ou seja, capazes de proporcionar segurança e satisfação. Assim cabe à empresa cuidar para que o ambiente oferecido a seus empregados seja suficientemente motivador, se quiser manter profissionais qualificados. Muitas organizações buscam desenvolver estratégias, práticas motivacionais que produzam resultados efetivos nos seus colaboradores. Bergamini (2008, p. 11), analisa que a motivação para o trabalho depende do significado que cada qual atribui a ele. Partindo sempre das expectativas individuais, acredita-se que a ligação do trabalhador com a empresa possa representar um elo natural. As práticas motivacionais correspondem aos incentivos e recompensas que as empresas oferecem para que os funcionários tenham um desempenho satisfatório e que possibilite a realização dos seus objetivos. Elas podem ser na forma de elogios e desafios e também na participação dos funcionários em processos de grande importância para a empresa como: o processo decisório, a participação nos lucros, na propriedade da empresa, passando ainda por benefícios espontâneos, premiações, programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreiras. Entre as práticas mais utilizadas pelas organizações para motivar os funcionários estão o redesenho de cargos, os programas de incentivos e a participação nos lucros e resultados (PLR). No meio organizacional, a liderança e a forma como ela é praticada é uma das grandes responsáveis em fazer com que o vínculo empregatício seja encarado com naturalidade. Quando o líder conhece as pessoas que vai liderar, o objetivo por trás delas e, sobretudo, os objetivos que andam em conjunto com os da empresa, torna-se mais fácil ajustá-las ao ambiente de trabalho e motivá-las no presente e para atingir metas futuras. 3 O CLIMA ORGANIZACIONAL COMO INDICADOR DE SATISFAÇÃO O clima organizacional é um importante indicador de satisfação quanto ao ambiente de trabalho e os aspectos internos das organizações. Estima-se que é um dos temas mais pesquisados atualmente, visto que o comportamento das pessoas reflete não somente o seu estado de ânimo com o trabalho, como também os impactos que fatos sociais e econômicos causam no seu dia-a-dia e interferem no seu rendimento. Ele é composto por elementos do meio organizacional, desde as instalações até as relações que ocorrem entrem as pessoas que podem gerar um clima bom ou ruim em determinado momento. Ele chega à frente, é uma divulgação gratuita daqueles que o usufruem, quem primeiro propaga os benefícios ou malefícios proporcionados pelo clima são os próprios colaboradores da empresa. Ao saber que o clima de uma empresa é bom, o profissional de imediato sente-se atraído por ela, o contrário também acontece. Atentos a isso, constantemente gestores dedicam o seu tempo a análise e pesquisa do clima e a promoção de melhorias no ambiente de trabalho. Para Chiavenato (2009, p. 53): Clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, a atmosfera psicológica e característica que existe em cada organização. O clima organizacional é o ambiente humano dentro do qual as pessoas de uma organização fazem seu trabalho. Constitui a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influencia o seu comportamento. Em síntese, o clima reflete os valores, o comportamento, as atitudes, a forma de interpretação e percepção das pessoas do ambiente de trabalho em que estão inseridas. Luz (2010, p. 13), atesta ainda que alguns autores tratam clima e cultura como sendo coisas parecidas, fazendo sempre menção à cultura quando se referem ao clima. Isso porque a cultura influencia, sobremaneira, o clima de uma empresa. São faces de uma mesma moeda, são questões complementares. A cultura organizacional está relacionada com o que é inerente a empresa desde a sua criação, características que foram se fixando com o passar do tempo e que a representam no momento presente. É a personalidade da organização, sua identidade, seu modo de ser que a distingue de outras empresas, em muito se assemelha aos valores culturais da sociedade. Gil (2014, p. 42), declara que: Todas as organizações apresentam uma cultura organizacional que se caracteriza pelos valores que esposam, pela regularidade do comportamento de seus membros, pela filosofia que guia suas políticas e pelo clima expresso tanto por seu layout 1 físico quanto pela interação de seus membros entre si e com o público externo. Com a abertura da economia nos anos noventa, o mercado brasileiro deixa para trás o período em que os ativos tangíveis, como por exemplo as máquinas e estoques, eram os únicos que movimentavam a economia. As organizações estão inseridas num território instável e flexível, onde as pessoas e as suas crenças, valores, comportamentos e relacionamentos passam a ser determinantes para o sucesso ou o fracasso do negócio. As organizações que dispõem de um clima organizacional favorável são reconhecidas por isto. Seus colaboradores, concorrentes, parceiros e o público em geral associam esta empresa ao bom clima que transparece aos que dela fazem parte. Diversos fatores contribuem para a apresentação de uma organização, o bom clima por si só apresenta a empresa como um bom lugar para se trabalhar. De acordo com Luz (2010, p. 42), a pesquisa de clima é um método formal de se avaliar o clima de uma empresa. Tal pesquisa já é realizada no interior de diversas organizações. É avaliado, dentre outras coisas, o grau de satisfação com as variáveis organizacionais. Abaixo estão dispostas as variáveis que apresentam relação direta com este estudo: Treinamento/Desenvolvimento/Carreira/Progresso e Realização: avalia as oportunidades que os trabalhadores têm de se qualificar, de se atualizar, de se desenvolver profissionalmente. Possibilidades de Progresso Profissional: aponta a satisfação dos trabalhadores quanto às possibilidades de promoção e crescimento na carreira, as possibilidades de realização de trabalhos desafiadores e de projetos que representem experiências geradoras de aumento de empregabilidade e realização profissional; avalia o uso e aproveitamento das potencialidades dos funcionários. Reconhecimento: avalia o quanto a empresa adota mecanismos de valorização e reconhecimento para seus funcionários. Valorização dos funcionários: identifica o quanto a empresa valoriza, respeita, dá oportunidades, e investe nos seus recursos humanos. Fatores motivacionais: esta variável procura identificar quais fatores do ambiente de trabalho são percebidos pelos funcionários como de maior contribuição para a motivação deles. Gil (2014, p. 272), alerta ao fato de que convém considerar que os empregados passam muitas horas dentro da empresa. Se essas oito ou mais horas puderem ser agradáveis, as pessoas se sentirão mais motivadas e consequentemente mais envolvidas com a qualidade. O termo de qualidade de vida no trabalho (QVT) tem sido amplamente utilizado quando se analisa o clima organizacional e suas variáveis. Segundo Gil (2014, p. 275), os programas de qualidade de vida no trabalho envolvem: resolução participativa dos problemas, reestruturação do trabalho, inovações no sistema de recompensas, melhoria do meio ambiente do trabalho e etc. 1 Layout é um termo, do idioma inglês, utilizado para caracterizar a forma como alguma coisa está organizada num determinado espaço. Chiavenato (2009, p. 59), define: A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) representa o grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais por meio de suas experiências na organização. A qualidade de vida no trabalho afeta atitudes pessoais e comportamentos importantes para a produtividade individual, tais como: motivação para o trabalho, adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças. O desempenho no cargo e o clima organizacional representam fatores importantes na determinação da (QVT). Os programas de qualidade de vida no trabalho (QVT) almejam formar empresas mais humanas ao atribuir um maior grau de responsabilidade e autonomia a seus colaboradores, estimulando um constante feedback 2 sobre questões como desempenho, tarefas e desenvolvimento. Esses programas são eficazes na obtenção de comprometimento por parte dos funcionários, visto que prezam pela participação e envolvimento nas decisões que influenciam diretamente suas áreas de trabalho. 4 O CLIMA ORGANIZACIONAL E SUA INFLUENCIA NA RETENÇÃO DE TALENTOS E NA REDUÇÃO DA ROTATIVIDADE As organizações constantemente traçam e revêem estratégias competitivas para atender a demanda e as expectativas do mercado. É uma realidade nas empresas que o seu capital humano é o grande diferencial competitivo. Para Bohlander e Sneel (2010, p. 13), a expressão capital humano diz respeito ao valor econômico do conhecimento, das habilidades e das capacidades da empresa. Os gestores almejam que os melhores profissionais possam fazer parte de sua equipe em algum momento. São os profissionais qualificados que em conjunto possibilitam o crescimento de uma organização. Esses profissionais preferem estar em empresas que possibilitem o seu crescimento e que proporcionem um ambiente organizacional positivo. Gil (2014, p. 46), destaca que: [...] as empresas são desafiadas a investir no ambiente, tanto para atrair talentos quanto para melhorar a produtividade do trabalho. Mais do que isso, as empresas são desafiadas a implantar programas de qualidade de vida no trabalho que envolvam também as dimensões relacionadas ao estilo gerencial, à liberdade e autonomia para a tomada de decisões e o oferecimento de tarefas significativas. É importante que as empresas busquem constantes melhorias para oferecer um bom ambiente de trabalho, visto que ele está diretamente relacionado com o rendimento positivo ou negativo dos seus colaboradores. Avaliar o clima organizacional possibilita verificar onde devem ser implantadas melhorias e como o profissional pensa e se sente em relação à organização. Para a gestão de pessoas, 2 Feedback é um termo, do idioma inglês, que caracteriza o processo em que uma pessoa, emissor, emite uma mensagem e obtém uma reação de quem a recebe, receptor, sendo usada para avaliar os efeitos desse processo: feedback positivo ou feedback negativo. identificar essas necessidades é fundamental para oferecer aos funcionários um ambiente que satisfaça suas expectativas, influencie positivamente na motivação de todos, na qualificação continua e no rendimento e execução das atividades cotidianas. Profissionais satisfeitos geram bons resultados, ou seja, proporcionam lucratividade as organizações. Analisar e procurar manter um bom clima organizacional auxilia na retenção de talentos, visto que transparece o interesse da organização em oferecer o melhor ambiente para os seus funcionários. A rotatividade de pessoal ou turnover 3 está relacionada com a entrada e saída de profissionais de uma organização, reflete os processos de admissão e demissão (por parte do empregado ou do empregador) em um determinado período. Segundo Bohlander e Sneel (2010, p. 79), mesmo que todos os outros aspectos em uma organização permaneçam estáveis, à medida que ocorre a rotatividade de empregados, diminui a disponibilidade de pessoal. A alta rotatividade de pessoal gera custos para a empresa, que podem ser evitados se o processo de recrutamento e seleção adotado for mais criterioso. O clima organizacional é afetado pela rotatividade, bem como os relacionamentos interpessoais, a produção e os resultados. Para Robbins (200, p. 21), [...] a antiga noção de que você entrava em uma organização quando era jovem, trabalhava duro durante algum tempo, construía créditos significativos e, depois, aportava numa aposentadoria, já não mais se aplica [...]. Entre as causas de rotatividade mais comuns, estão a opção do funcionário, que pode estar ligada a fatores pessoais ou a vontade de fazer parte de outra empresa e a fatores influenciados pela organização, como: salário e benefícios oferecidos, ambiente organizacional, cultura organizacional, possibilidades de crescimento, reconhecimento profissional, dentre outros. Luz (2008, p. 32),explica que os dois extremos da rotatividade de mão-deobra são ruins, ou seja, tanto o excesso da rotatividade quanto o total imobilismo. A redução da rotatividade auxilia na redução de indenizações, na perda de produção, nos custos com seleção e treinamento de novos empregados. Entre as causas internas de rotatividade, o ambiente de trabalho é um deles. Gil (2014, p. 46), avalia que: [...] a evasão de talentos não poderá ser evitada apenas mediante compensação salarial ou oferecimento de benefícios indiretos. Será necessário criar condições para que os empregados desejem realmente permanecer na empresa, sintam a contribuição significativa para seu desenvolvimento pessoal e profissional. 3 Turnover é um termo, do idioma inglês, utilizado para indicar o movimento de entradas e saídas, admissões e desligamentos de profissionais empregados em uma empresa num determinado período. Quanto aos desligamentos, podem ser espontâneos ou provocados pelas empresas. 12 5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 5.1 Tipo de Pesquisa Para o presente artigo, foram adotados dois critérios de classificação da pesquisa: quanto aos fins e quanto aos meios. 5.1.1 Quanto aos Fins A pesquisa será descritiva, segundo Vergara (2011, p.42) a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. 5.1.2 Quanto aos Meios A pesquisa será de campo, bibliográfica e estudo de caso. Vergara (2011, p. 43) afirma que a pesquisa de campo é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante ou não. 5.2 Tipo de Abordagem Quanto à abordagem da pesquisa, ela será qualitativa. Para Minayo (2003, p. 16-18) é o caminho do pensamento a ser seguido. Ocupa um lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser adotada para construir uma realidade. 5.3 Universo e Amostra O universo da pesquisa de campo foi à empresa Belém Digital. A amostra foi não probabilística e definida pelo critério de acessibilidade, sendo composta por 10 (dez) funcionários, representando aproximadamente 33,3% (trinta e três virgula três por cento) do universo de 30 (trinta) pessoas. 5.4 Instrumentos de Coleta de Dados Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a entrevista com o gestor da empresa e a aplicação de formulário e questionário para a amostra de funcionários. Para Vergara (2011, p. 52), a entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas a alguém que, oralmente lhe responde. O questionário foi apresentado aos funcionários de forma impressa e composto por seis questões fechadas e uma aberta para sugestões. A autora considera ainda que o formulário é um meio-termo entre questionário e entrevista. É apresentado por escrito, como no questionário, mas é você que assinala as respostas que o respondente dá oralmente. 5.5 Tratamento dos Dados Para o tratamento dos dados foi utilizado o método não estatístico fenomenológico. Este método visa o dado, sem querer decidir se este dado é uma realidade ou uma aparência. Segundo Gil (1999, p. 32), a intenção da fenomenologia é de proporcionar uma descrição direta da experiência tal como ela é, sem nenhuma consideração de sua gênese psicológica e das explicações causais que os especialistas podem dar. 7 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os questionários e formulários compostos por seis questões fechadas e uma aberta para sugestões foram respondidos, analisados e os resultados apurados foram traduzidos em percentuais elucidativos de cada questão. O questionário sendo apresentado aos funcionários que desenvolvem suas atividades no interior da empresa, já o formulário sendo utilizado com os funcionários que desempenham a maioria de suas atividades no meio externo a empresa. Fonte: Suelen Abdon 2014. Em relação aos benefícios espontâneos oferecidos pela empresa, de acordo com o gráfico 1, têm-se que 40% dos entrevistados os consideram bons, 20% excelentes, 20% ótimos, 20% regulares, 0% ruins e 0% péssimos. Fonte: Suelen Abdon 2014. Quando questionados se a qualificação que possuem está de acordo com o cargo ocupado na empresa, conforme o gráfico 2, 80% dos entrevistados pensam estar ocupando um cargo de acordo com a sua qualificação e somente 20% crêem ocupar um cargo que não está de acordo com a sua qualificação. Fonte: Suelen Abdon 2014. Quanto ao estimulo a qualificação continua, o gráfico 3 aponta que 50% dos entrevistados sentem-se estimulados sempre, 20% quase sempre, 30% raramente e 0% nunca. Fonte: Suelen Abdon 2014. No gráfico 4, quando se pergunta se a empresa utiliza de práticas motivacionais, 40% afirmam que sempre, 40% quase sempre, 20% raramente e 0% nunca. Fonte: Suelen Abdon 2014. No que tange as práticas motivacionais utilizadas pela empresa, em conformidade com o gráfico 5, 50% dos entrevistados as consideram boas, 20% ótimas, 20% excelentes, 10% regulares, 0% ruins e 0% péssimas. Fonte: Suelen Abdon 2014. Com relação ao clima organizacional, segundo o gráfico 6, 50% dos entrevistados o consideram excelente, 50% ótimo, 0% bom, 0%, regular, 0% ruim e 0% péssimo. Como sugestão, alguns funcionários manifestaram interesse de que se acentuem as práticas motivacionais que já existem. A entrevista com o gestor revela que a empresa busca dispor do ambiente organizacional de forma agradável, dentro dos padrões estabelecidos. As instalações e equipamentos são modernos e organizados para de que o espírito de equipe prevaleça, proporcionando ainda que as relações entre funcionários e clientes ocorram de forma satisfatória. A retenção de talentos na organização tem sido constante, consequentemente têm-se tido gastos mínimos com rotatividade de pessoal. Os benefícios espontâneos oferecidos atualmente são: seguro de vida, plano de saúde, plano odontológico e bonificações em dinheiro atreladas ao rendimento mensal do funcionário. A qualificação é observada no processo de recrutamento e seleção para que, ao ser selecionado, o profissional venha a engrandecer a empresa com o conhecimento que já possui, bem como adquirir novos conhecimentos através do vínculo empregatício. A organização estimula a qualificação continua verbalmente e também dispõe de um sistema chamado SKY Central de Conhecimentos – sistema disponibilizado pela empresa parceira de trabalho SKY HD TV - composto por vídeoaulas, treinamentos online, reciclagem e atualização de processos que contribuem para o aumento da capacitação dos seus colaboradores. Como práticas motivacionais, o gestor realiza reuniões mensais para que todos sejam ouvidos e também ouçam os acontecimentos e rendimentos do período. A bonificação foi citada como benefício e também como prática motivacional utilizada no estímulo ao bom desempenho e rendimento. A empresa preza pela comunicação efetiva, não são impostas barreiras na comunicação gestorfuncionário, pelo contrário, o gestor é acessível e além do contato diário e das reuniões mensais, realiza reuniões individuais para que os profissionais sejam ouvidos como pessoas que possuem suas expectativas e peculiaridades. 8 CONCLUSÃO Realizada a pesquisa, que tem como objetivo à otimização do clima organizacional positivo para gerar reflexos nas variáveis qualificação e motivação na gestão de pessoas, conclui-se após a entrevista com o gestor e da análise dos questionários e formulários, que o bom clima de fato gera benefícios que refletem positivamente nas variáveis organizacionais, especialmente nas duas variáveis que foram referenciadas neste artigo. O problema da pesquisa foi respondido à medida que se constatou os impactos positivos do clima organizacional e da qualificação e motivação na retenção de pessoas na empresa Belém Digital. Em seguida, apresenta-se um contraponto entre o que a empresa já oferece e o que pode ser feito para melhorar o seu desempenho. Em relação às práticas do setor de pessoas e aos benefícios espontâneos oferecidos e avaliados em sua maioria como bons, podem ser incrementados a eles: assistência social as famílias, bolsa de estudos e práticas recreativas. Através do benefício da bolsa de estudos a empresa beneficia o funcionário e em contrapartida a si mesma, pois dispõe de uma alternativa para a qualificação contínua, fundamental no exercício de qualquer atividade no mercado em constante agitação. O estabelecimento de parcerias com cursos profissionalizantes também é uma alternativa para que a qualificação seja continuada. No processo de motivação dos funcionários, além da bonificação, prática motivacional atualmente exercida, a empresa pode dispor de atividades laborais, palestras, eventos com o tema que, apesar de apresentar certa subjetividade, proporciona resultados benéficos quando relacionado a equipes, quanto mais motivas elas forem, maior será o rendimento e lucratividade das partes envolvidas. Através do gestor e do setor de pessoal (assim denominado na empresa), existe a atenção quanto à disposição do ambiente de trabalho e a preocupação em proporcionar um bom clima organizacional, tanto é que se obteve excelentes conceitos dos seus funcionários quanto ao tema, o que demonstra um nível de satisfação elevado, que reflete na retenção de talentos e na redução da rotatividade. A empresa ainda não realize a pesquisa de clima formalmente, sugere-se que pelo menos uma vez ao ano a empresa realize a pesquisa de clima a fim de que o avanço / atraso em relação ao assunto seja medido e, caso necessário, sejam tomadas medidas efetivas que possam servir de elo comparativo para anos seguintes. A gestão de pessoas visa à cooperação para o alcance de objetivos que venham a satisfazer os profissionais e a empresa com um todo. Os gestores compreendem que mais do que meros recursos que a organização dispõe, os recursos humanos são as pessoas com as quais eles estabelecem a sua primeira parceria, se esta parceria for de sucesso, os envolvidos ficarão satisfeitos e permanecerão impulsionando a empresa. Para prosperar, a organização precisa estar atenta e pronta a ajustar-se ao ritmo de mudança imposto pelos avanços tecnológicos, o aumento da competitividade, a qualidade de vida no trabalho e, sobretudo, aos profissionais cada vez mais qualificados e sedentos por empresas que os reconheçam, mantenham-os motivados e ofereçam um bom clima organizacional.