Região de Setúbal associada aos 75 anos do “Creoula”

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ID: 41773230
14-05-2012
Tiragem: 8000
Pág: 4
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: +2 por Semana
Área: 24,59 x 24,10 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 2
Tributo histórico à aventura marítima portuguesa
Região de Setúbal associada
aos 75 anos do “Creoula”
Alexandre Elias
José Maria da Fonseca, Malo Tojo
e Sivipa são os viticultores da região de Setúbal que, a convite da
Comissão Vitivinícola Regional da
Península de Setúbal (CVR) se associaram – juntamente com a marca de sabonetes “Ach Brito” - às
comemorações dos 75 anos do
navio “Creoula”, lançado ao mar a
10 de Maio de 1937. O antigo bacalhoeiro, hoje um dos últimos
sobreviventes da frota branca portuguesa, desempenha na actualidade as funções de embarcação
de treino de mar, dedicado a formar novas gerações de marinheiros portugueses.
Esta campanha de lançamentos
comemorativos, proposta à Marinha Portuguesa pela CVR da Península de Setúbal, já vai na sua
segunda etapa, tendo já passado
pelas comemorações do 75.º aniversário do navio-escola Sagres,
também inaugurado em 1937. Os
quatro novos vinhos lançados em
honra do “Creoula” (um branco, um
tinto, um tinto reserva e um moscatel roxo) foram seleccionados
pelos produtores especialmente
para a ocasião. Maria de Lurdes
Atalaia, da CVR da Península de
Setúbal, declarou a “O Setubalense” que o papel dos produtores é
o de “dilatar” a ocasião no tempo.
“O momento passa muito rápido, e este lançamento é uma forma de prolongar o aniversário do
“Creoula” na memória e no tempo”,
constata Lurdes Atalaia, reiteran-
José Luís
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PRESTÍGIO – Nome de Setúbal juntou-se ao de uma glória da náutica nacional
Quatros vinhos para o “Creoula”
Entre produtos consagrados internacionalmente e castas emblemáticas da região de Setúbal, os três
viticultores que se associaram ao aniversário do “Creoula” apresentam-se com alguma da sua melhor
produção. A José Maria da Fonseca teve a seu cargo o vinho branco comemorativo, e optou por utilizar
como casta base a emblemática uva moscatel. Já a Sivipa, que se dedicou ao tinto, apresenta um vinho
baseado na uva castelão, e um tinto reserva utilizando as castas touriga e alicante bouschet. A Sivipa, por
outro lado, optou por reeditar um produto já consagrado, mais especificamente o seu moscatel roxo de
2009, premiado recentemente em Bordéus (França), no concurso Challenge Internationale du Vin.
do também que a iniciativa partiu
de uma proposta inicial da Marinha Portuguesa. “O nosso trabalho
passou pela maturação dessa primeira proposta e por cativar os
agentes económicos da nossa região, até chegarmos aos três produtores que aceitaram o nosso
desafio”.
SE
TÚBAL E O M
AR: A história do
SETÚBAL
MAR:
“Creoula” está intimamente ligada
à cidade de Lisboa, mas segundo
Maria de Lurdes Atalaia, fará todo
o sentido que seja a região de
Setúbal a evocar o aniversário
da embarcação: “Setúbal tem
naturalmente uma ligação muito próxima com o mar... É delimitada por dois rios, por esse
território líquido”. Noutra vertente, a José Maria da Fonseca
já se juntou por duas vezes ao
navio-escola “Sagres” para reeditar o antigo “Torna Viagem”,
uma variedade de moscatel
que se tornou parte da história
do comércio marítimo português.
Um lugre de quatro mastros, o
“Creoula” foi lançado à água no estaleiro da Administração Geral do Porto de Lisboa, juntamente com o “Santa Maria Manuela”, que se encontra
ancorado até domingo junto ao
“Creoula” na marina do Parque das
Nações, em Lisboa. Entre 1937 e
1973, o “Creoula” realizou campanhas
de pesca do bacalhau à linha nos
mares gelados da Gronelândia e da
Terra Nova para o armador Parceria
Geral de Pescarias. Tendo estado
em serviço como navio pesqueiro
até inícios dos anos 70, o “Creoula” merece também a distinção de
ter sido um dos últimos veleiros a
atravessarem regularmente as
águas gélidas do Norte da Europa
(apesar de ser um navio com propulsão mista, possuindo também
um motor de 480 cv).
A segunda vida do “Creoula” começou então em 1979, quando foi
adquirido pela então recém formada Secretaria de Estado da Cultura, inicialmente com a intenção
de ser transformado num museu
de pesca. As boas condições do
casco, no entanto, levaram a que
em 1987 o navio fosse transferido
para a posse do Ministério da Defesa Nacional e classificado como
Navio de Treino Militar, função que
ainda hoje desempenha. Assim,
passam também 25 anos desde
que o navio se dedicou à formação.
O actual comandante do “Creoula”, Cornélio da Silva, considera que
estas “acções de diplomacia económica” fazem cada vez mais parte do papel da Marinha: “Juntamse aqui três boas vontades, a da
Marinha, que se propõe a promover a produção nacional no estrangeiro, a a dos produtores, e a dos
representantes económicos das
regiões. Há também outra vantagem, que é o facto de, em acções
diplomáticas ou de representação
que fazemos no estrangeiro, podermos receber os nossos convidados com vinhos nacionais de
qualidade seleccionada, e engarrafados em honra deste navio”.
Os quatro vinhos com o selo
“Creoula” estão já disponíveis à
venda nas lojas oficiais dos três
produtores participantes.
ID: 41773230
14-05-2012
•
Tiragem: 8000
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: +2 por Semana
Área: 4,97 x 4,32 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 2 de 2
Região de Setúbal
associou-se a bodas
de diamante
de navio histórico
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