Mitose e comportamento do núcleo em conídios e hifas de

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Mitose e comportamento do núcleo em conídios e hifas
de Colletotrichum lindemuthianum utilizando núcleo
marcado com GFP
Ishikawa, FH1*; de Souza, EA1; Read, ND2; Roca, MG2
Laboratório de Resistência de Plantas a Doenças, Setor de Genética e Melhoramento de Plantas, Departamento de Biologia,
Universidade Federal de Lavras
2
Fungal Cell Biology Group, Institute of Cell biology, Rutherford Building, University of Edinburgh, Edinburgh EH9 3JR
* [email protected]
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Palavras-chave: Proteína fluorescente; fusão de hifas; Microscopia confocal; anastomoses de conídio; migração nuclear.
Introdução: A utilização de proteínas fluorescentes e análise de células vivas têm permitido um grande avanço no
estudo da dinâmica nuclear em fungos filamentosos. Durante os estágios iniciais de desenvolvimento da colônia,
conídios podem germinar e/ou fundir-se por meio de tubos de anastomoses de conídios (CATs). Este fenômeno
tem sido observado em espécies como Neurospora crassa e Colletotrichum lindemuthianum. Acredita-se que os
CATs tenham um importante papel no desenvolvimento da colônia, assim como na transferência de material
genético entre indivíduos diferentes. Posteriormente, as hifas se desenvolvem formando o micélio. Em fungos
filamentosos como N. crassa, Ashbya gossypii, Aspergillus nidulans e Ceratocystis fagacearum são relatados diferente
padrões de divisão mitótica nas hifas vegetativas. Trabalhos desta natureza com C. lindemuthianum são escassos
e os já realizados utilizaram células fixadas, o que dificulta o entendimento da dinâmica nuclear nesta espécie.
Objetivo: Analisar o comportamento de núcleos de C. lindemuthianum em diferentes estágios de desenvolvimento,
utilizando análise de células vivas e núcleo marcado com GFP. Material e Métodos: A divisão mitótica e movimento
nuclear foram analisados em conídios não germinados, conídios germinados e nas hifas. Protoplastos do isolado
LV115 (raça 65) de C. lindemuthianum, foram transformados utilizando o plasmídeo pMF357 (possui o gene de
histona H1-eGFP e para resistência à higromicina). Para quantificação de núcleos por célula germinada e/ ou
em fusão foram amostrados 300 conídios por repetição, em um total de três repetições. Suspensão de conídios
em água destilada (1,2 x 106 conídios/ml) foi colocada em lâminas de cultura de oito células (LabTek II, Nunc)
e incubadas por 24-48 h à ± 20° C. Para avaliação das hifas foi utilizado método do bloco de ágar invertido. As
imagens foram analisadas em microscópio confocal sistema Radiance 2100 equipado com lasers de diodo azul e
íons de argônio (Bio Rad) montados em microscópio invertido (Nikon TE 2000U Eclipse). Resultados: Conídios não
germinados mostraram-se uninucleados (~99%) e não necessariamente sofrem mitose para germinação (~11%
uninucleados) ou fusão (~6% uninucleados). A mitose em conídios fundidos mostrou-se assincrônica e o núcleo
pode migrar através dos CATs logo após a mitose. A movimentação dos núcleos normalmente é lenta, sendo
que exatamente na divisão é que ocorre a maior movimentação. Já a divisão mitótica nas hifas segue diferentes
padrões. A mitose pode ser sincrônica ou parassincrônica (em onda) na ponta das hifas. Na região intercalar da
hifa a mitose ocorre sincronicamente dentro de cada célula, que pode se ramificar e os novos núcleos migrarem
através dessas ramificações. Conclusões: Mitose não é necessária para germinação ou fusão, no entanto, apresenta
importante papel na migração nuclear através dos CATs. Diferentes padrões de divisão ocorrem nas hifas
dependendo do tipo de célula (ponta ou intercalar), padrões semelhantes são descritos para diferentes espécies.
Apoio financeiro: CNPq, CAPES e FAPEMIG
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