PROJETO EXTENÇÃO: ÓLEO SUJO, CIDADE LIMPA! Alexandre A. D. E. Santos1 (IC), Ana Carolina C. Silva1 (IC), Arthur I. do Prado1 (IC), Geicyellen F. Dias1 (IC), Jaqueline S. Costa1 (IC), Kelly C. A. Borges1 (IC), Lucas G. F. da S Carvalho1 (IC), Mateus J. Luz1 (IC), Priscila R. de Oliveira1*(IC), Joyce R. Rosa2 (PQ). ¹*Discente do curso de Farmácia, UEG, Câmpus Itumbiara E-mail: [email protected] ²Professora e coordenadora do projeto, curso de Farmácia, UEG, Câmpus Itumbiara. Endereço: Av. Modesto de Carvalho, S/Nº Distrito Agro Industrial Itumbiara – GO CEP: 75536-100 O descarte do óleo de cozinha residual de forma inadequada no meio ambiente provoca danos aos ecossistemas aquáticos, além de provocar impermeabilização do solo, obstrui galerias de esgoto gerando transtornos para toda a sociedade. Assim sendo, o Projeto de Extensão “Óleo sujo, cidade limpa” visa a contribuição para a preservação do meio ambiente a partir do reaproveitamento do óleo comestível residual, bem como a conscientização da sociedade sobre a reciclagem de óleos e gorduras para a fabricação de sabão. Portanto, foi feita a divulgação do projeto e de informações a respeito da importância e forma de reutilização do óleo residual de cozinha, além disso, foi possível produzir 130 sabões sólidos a partir de 12 litros de óleo comestível residual arrecadado. Palavras-chave: Óleo comestível residual. Sabão. Reação de saponificação. Introdução No Brasil grande parte da população ainda não sabe o que fazer com o óleo residual de cozinha e acaba descartando-o de maneira inadequada, jogando em pias, vasos sanitários e diretamente no solo. O que ocasiona impactos ambientais sérios. Cada litro de óleo contamina 20 mil litros de água, se considerar que cada domicílio tem uma caixa de água de 1000 litros, cada litro desse resíduo descartado inadequadamente deixa 20 famílias sem água para consumo. (BIODIESELBR, 2007). Segundo a Resolução nº 275 de 25 de abril de 2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e água, considerando que as campanhas de educação ambiental e projetos desenvolvidos em universidades partido desse principio são peças chaves para essa prática. Dentro desse contexto de praticas desenvolvidas dentro da universidade para levar conhecimento e incentivar a reciclagem de resíduo que podem causar prejuízo para o meio ambiente foi criado o projeto “Óleo sujo, Cidade limpa” que foca no reaproveitamento do óleo comestível residual, sendo assim uma alternativa de evitar a poluição pelo descarte incorreto do óleo residual de cozinha, passando a recolher e utilizar esse óleo residual como matéria-prima na formulação de sabão, beneficiando no final instituições publicas da cidade de Itumbiara- Goiás. Material e Métodos O projeto foi dividido basicamente em três etapas, sendo a primeira divulgação do projeto e arrecadação de óleo residual, onde a principio foi feita a divulgação do projeto no campus Itumbiara da UEG, escolas e comunidade através de folders e palestras, após a divulgação começou o recolhimento do óleo residual. A segunda etapa foi a produção do sabão, nessa etapa para cada preparação realizada foram utilizados 6 litros de óleo residual, 2 litros de água, 1kg de soda caustica e 4 litros de álcool. A terceira etapa consistiu na distribuição, foi escolhida uma instituição pública que é parceira do projeto para receber o sabão produzido como forma de agradecimento por nos ajudar. Resultados e Discussão Em principio o projeto Óleo sujo, cidade limpa divulgou a importância da reutilização do óleo residual de cozinha, uma vez que seu descarte na rede de esgoto é prejudicial ao meio ambiente, além disso, esse reaproveitamento é uma alternativa para obtenção de produtos com valor agregado. Assim sendo, o aproveitamento de óleo residual de cozinha na produção de sabão é uma forma de contribuir com a preservação ambiental e pode trazer lucro para famílias carentes. A divulgação foi realizada por meio da confecção de folders, banners e camisetas contendo informações sobre a forma e importância da reutilização do óleo comestível residual (Figura 1). Os alunos colaboradores do projeto levaram essas informações à comunidade através de participação em eventos científicos, distribuição dos folders e pit-stops na praça central do município de Itumbiara-GO. Após a divulgação do projeto, foi feito o recolhimento de óleo residual de forma correta, em garrafas pets, o que também contribuiu com a reutilização de pets e diminuição da geração de resíduos. Após a coleta de 12 litros de óleos residuais foram produzidos 130 quadros de sabão sólido (Figura 2). Os óleos e gorduras que utilizamos em nossa alimentação fazem parte do grupo de substâncias existentes em metabolismos vegetais, os quais são denominados de triacilglicerídeos. Quimicamente, estas substâncias são ésteres de ácidos graxos e glicerol (BORSATO et al., 2004), os quais sofrem reação de hidrólise básica produzindo glicerol e os sais de ácidos graxos. Esses sais (carboxilato de sódio) são o que chamamos de sabão, e esta reação é denominada de saponificação. Após o período de maturação dos sabões produzidos (Figura 2d), estes foram recolhidos e doados pelos alunos do projeto para a própria UEG - Câmpus Itumbiara para ser usado como material de limpeza do Câmpus. Figura 1. Divulgação do projeto. Figura 2. Produção do sabão. A C B D Considerações Finais O projeto está levando conhecimento à população sobre descarte correto de óleo residual de cozinha, contribuindo para a preservação e manutenção do meio ambiente, bem como agregação de valor a este resíduo através de seu aproveitamento na produção de sabão. Além disso, com o sabão produzido, pode-se economizar na compra de materiais de limpeza da UEG Câmpus Itumbiara e organizações não-governamentais parceiras deste projeto. Agradecimentos Os integrantes do projeto Óleo sujo, cidade limpa agradecem à UEG- Campus Itumbiara pela parceria e fomento. Referências CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução N° 275/01. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27501.html> acessado em: 10/08/2016. BIODIESELBR. Descarte inadequado do óleo. Dispnivel em: <http://bioleo.org.br/programa-bioleo/descarte-inadequado/ > acessado em: 10/08/2016.