Apresentação HPV

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VACINAÇÃO HPV 2015
Papiloma Vírus Humano - HPV
O vírus HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se
com uma única exposição.
A sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa
infectada.
Muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal
ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.
Existem 150 tipos de HPV, 12 são de alto risco e podem provocar câncer
e outros podem provocar verrugas genitais.
Outros tipos de câncer: vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe..
Câncer do Colo do Útero no Brasil
Segundo OMS, aproximadamente 291 milhões de mulheres no
mundo estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos;
●
80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou
mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas;
●
●
É o 3º tumor mais frequente na população feminina;
●
É a 3ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil;
●
Por ano: 5.264 vítimas fatais (Brasil).
Vacina Quadrivalente contra HPV
VACINA QUADRIVALENTE RECOMBINANTE CONTRA PAPILOMAVÍRUS
HUMANO (TIPOS 6, 11,16 e 18)
4 tipos de câncer +
verrugas genitais
1
vacina
Subtipos:
16 e 18 – responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo de útero
6 e 11 – responsáveis 90% das verrugas genitais
Vacinação HPV no Brasil
Objetivo: Prevenção do Ca do colo do útero redução da incidência e da
mortalidade.
População Alvo:
- 2014: Adolescente do sexo feminino de 11 a 13 anos.
- 2015: Adolescentes do sexo feminino de 9 a 11 anos.
Mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV.
- A partir de 2016: Adolescentes do sexo feminino com 9 anos de idade.
Meta: vacinar 80% da população-alvo.
Impacto: 80% de cobertura vacinal→ “imunidade coletiva ou de rebanho”.
Esquema de Vacinação 2015
Esquema estendido (9 a 11 anos)
Administrar 3 doses: 0, 6 e 60 meses
Dose
Esquema
(meses)
Mês da
vacinação
(recomendado)
Estratégia
1ª dose (D1)
0
Março
UBS e escolas públicas e
privadas
2ª dose (D2)
6
Setembro
UBS e/ou escolas
3ª dose (D3)
60
Março (2019)
UBS
Esquema de Vacinação 2015
Esquema tradicional ( Mulheres vivendo com HIV
de 9 a 26 anos)
Administrar 3 doses: 0, 2 e 6 meses
Dose
Esquema
(meses)
Mês da
vacinação
(recomendado)
Estratégia
1ª dose (D1)
0
Março
UBS, SAE, CTA e CRIEs
2ª dose (D2)
2
Maio
UBS, SAE, CTA e CRIEs
3ª dose (D3)
6
Setembro
UBS, SAE, CTA e CRIEs
Mulheres vivendo com HIV
●
Neoplasias anogenitais e as lesões intraepiteliais decorrentes do
HPV ocorrem com mais frequência;
●
5 vezes maior a incidência de câncer cervical;
●
São mais suscetíveis a ter infecção persistente pelo HPV;
●
Lesões maiores em tamanho e número e propensas a recidivas
após o tratamento.
Mulheres vivendo com HIV
●
●
●
Vacinação recomendada pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e pelo Comitê Consultivo em Práticas de Imunização
(ACIP);
Adolescentes soropositivas: três vezes mais chances de
desenvolver lesões epiteliais de alto grau como resultado das
infecções pelo HPV;
Taxas de soroconversão entre HIV positivas são comparáveis
aos HIV negativos vacinados, independente de estarem
recebendo terapia antirretroviral.
Vacinação de mulheres vivendo com HIV
●
●
●
●
●
●
Esquema tradicional: 0, 2 e 6 meses;
Independente
antirretroviral;
de
CD4
e
preferencialmente
sob
terapia
Vacinação deste grupo será realizada em UBS, SAE, CTA e nos
CRIEs;
Necessária prescrição médica para mulheres soropositivas,
que deverá ser apresentada no ato da vacinação;
Não há obrigatoriedade de CID, para evitar exposição da mulher;
Meninas de 9 a 11 anos soropositivas deverão receber as três
doses no esquema tradicional.
Vacinação de mulheres vivendo com HIV
●
●
●
●
Meninas que já iniciaram o esquema estendido e já tenham duas
doses, tomar a terceira dose respeitando no prazo de 120 dias entre
a 2ª e a 3ª dose;
Manter sigilo e descrição no atendimento desse público;
Buscar parceria com SAE (Serviço de Atendimento Especializado em
HIV/AIDS) e CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento);
Mulheres vivendo com HIV de 9 a 26 anos, privadas de liberdade,
deverão ser vacinadas.
Vigilância de EAPV
• Realizar a notificação e investigação de todos os eventos
adversos que venham a ocorrer.
• Eventos adversos graves deverão ser notificados dentro das
primeiras 24 horas, do nível local até o nacional.
Vigilância de EAPV
• REAÇÕES LOCAIS:
✔
dor, edema e eritema de intensidade moderada.
• MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
✔
cefaleia;
✔
febre de 38ºC ou mais;
✔
síncope (ou desmaio);
✔
reações de hipersensibilidade.
• REAÇÃO DE ANSIEDADE PÓS-VACINAÇÃO
✔
tonturas;
✔
desmaios;
✔
cefaleia;
✔
falta de ar;
✔
fraqueza nas pernas.
Vigilância de EAPV
●
●
●
Todos os eventos adversos pós vacinação notificados no Brasil foram
investigados e até o momento, apenas os casos de anafilaxia, foram
confirmados como relacionados à vacinação e o percentual
encontrado destes eventos está dentro do esperado na literatura
científica.
No Estado de Goiás, foram vacinadas 236.129 adolescentes nas
duas etapas de 2014 e foram notificados 183 adolescentes com
eventos adversos leves e moderados de boa evolução e não tivemos
nenhuma reação de hipersensibilidade grave associada à vacina
HPV.
Um caso de evento adverso com presença de parestesia/paralisia
em membro superior está sendo investigado, sem relação de
causalidade definida.
Notas Gerais
• Meninas que fazem parte do grupo etário e já iniciaram esquema na
rede privada poderão dar continuidade na rede pública, conforme
esquema de 0, 2 e 6 meses;
• No caso da realização da 2ª dose, não há a necessidade de envio
do “Termo de Recusa de Vacinação contra o HPV”;
• A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras
vacinas do Calendário Nacional de Vacinação;
• Devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas
distintas.
Notas Gerais
•
A vacina não é indicada em gestantes; Pode ser aplicada em
lactantes;
• Devem ser vacinadas as adolescentes de até 13 anos, 11 meses
e 29 dias que não tenham recebido a 1ª dose.
• A imunossupressão por doença ou medicamentos não contraindica a
vacinação;
• A vacina HPV faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e,
portanto, deverá estar disponível nas ações de rotina das UBSs para
as adolescentes e mulheres vivendo com HIV/ AIDS incluídas na
faixa etária preconizada.
O que devemos fazer !!!
• Vacinar meninas de 9 a13 anos 11 meses e 29 dias;
• Vacinar mulheres de 09 a 26 anos vivendo com HIV;
• Vacinar mulheres de 09 a 26 anos vivendo com HIV/AIDS privadas
de liberdade;
• Resgatar meninas até 13 anos 11 meses e 29 dias que não tomaram
a 1ª dose;
• Buscar adolescentes que iniciaram esquema e ainda não tomaram a
2ª dose.
AVALIAÇÃO DA VACINAÇÃO
HPV 2014
Coberturas vacinais da HPV, por UF. Goiás 2014 e 2015*.
140
120
100
%
80
60
40
20
0
1ª dose
Fonte: pni.datasus.gov.br
2ª dose
Ideal
* Até 20 de fevereiro de
2015
Coberturas vacinais da HPV. Goiás, 2014 e 2015*.
82.003 meninas
que tomaram a
1ª dose e não
tomaram a 2ª
dose. Portanto
não estão
protegidas.
Fonte: pni.datasus.gov.br
* Até 20 de fevereiro 2015
CV: 104,09%
Doses Aplicadas: 159.066
Homogeneidade: 85,36% (210
municípios)
CV: 50,18 %
Doses Aplicadas: 77.063
Homogeneidade: 16,66% (41
municípios)
Coberturas vacinais da HPV, por faixa etária.
Goiânia, 2014 e 2015*
120
100
80
60
40
20
0
11 anos
12 anos
1ª dose
Fonte: pni.datasus.gov.br
13 anos
2ª dose
14 anos
Ideal
* Até 20 fevereiro de 2015
Lições aprendidas
●
Na 2ª dose de HPV em Goiás, entre as causas de baixa cobertura vacinal, estão a não
adesão das escolas.
- A vacinação em 2015 seguirá a estratégia mista, buscando alta participação das escolas,
pelo menos no primeiro mês de vacinação;
- Articulação já firmada entre o Ministério da Saúde e Ministério da Educação;
- Envolvimento das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação;
- Articular a execução das ações (vacinação nas escolas) junto com a Secretaria Municipal
de Educação;
- - Mantém-se a necessidade do “Termo de Recusa de Vacinação contra o HPV” na primeira
dose;
- Normalmente o público na faixa etária de 9 a 11 anos não procura serviço de saúde;
Lições aprendidas
●
Rumores: “A vacina provoca EAPVS” e “A preocupação dos familiares de
que a vacina possa estimular a jovem a iniciar precocemente sua vida
sexual”.
- Promover/ divulgar a campanha através da mídia local (carros de som, rádio local, anúncios
em locais de ampla circulação de pessoas) mostrando a importância da vacina e por que ela é
feita nessa faixa etária;
- Mobilização e participação ampla de todos os seguimentos da sociedade em especial aos
mais ligados ao grupo contemplado;
- Promoção de debates nas escolas sobre o tema, com maior envolvimento de professores,
pais/ responsáveis e alunos;
- Buscar apoio de profissionais na área da saúde para esclarecimentos sobre o assunto
através de entrevistas e palestras.
- Indicar Curso à Distância para profissionais de saúde , professores e população em geral.
Site: www.unasus.gov.br/cursos/hpv;
- Carta de Esclarecimento aos professores e pais.
Lições aprendidas
●
Os nossos profissionais não estão preparados para atender pessoas
com EAPVs ;
- Para a vacinação extramuros, as equipes de saúde que realizarão esta
atividade tenham retaguarda em unidades de referência para atendimento de
casos que requeiram assistência médica imediata.
- Carta dirigidas aos profissionais de saúde: “Recomendações para
atendimento em caso de Eventos Adversos Pós Vacinação com a Vacina
HPV.”
Lições aprendidas
Aglomeração das adolescentes na hora da vacinação, aumenta
a possibilidade da reação de ansiedade.
- Reduzir o potencial efeito da reação de ansiedade pós-vacinação,
regulando o fluxo de vacinação das estudantes, evitando-se filas e
aglomerações;
- Desmaios podem acontecer depois da aplicação de qualquer
vacina, especialmente em adolescentes e adultos jovens, portanto,
as adolescentes devem ser vacinadas sentadas e não realizar
atividade física por, pelo menos, 15 minutos após a administração da
vacina.
- Definir o tempo de observação (15 a 20 minutos) antes de retornar
para a sala de aula;
Lições aprendidas
Falta e/ou erro, duplicidade nos registro de dados (boletim de
doses aplicadas e/ou no sistema de informações) refletem
negativamente nas coberturas vacinais.
- Registrar boletim correto;
- Registrar no campo correto: HPV X HPV quadrivalente ( API web)
- Lançar somente em um sistema;
- Manter versões atualizadas.
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