Projeto sustent vel

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14/02/12
Revista T chne
Projeto sustent vel
Arquitetura com foco na sustentabilidade requer integração de equipes e
coordenação de um profissional especializado
Por Valen ina Fig erola
O desenvolvimento sustentável deve atender às
necessidades do presente, sem comprometer o
atendimento das necessidades de gerações futuras." A
definição de um conceito tão debatido atualmente foi
publicada, em 1987, no Brundtland Report, relatório
emitido pela Comissão Mundial das Nações Unidas para
o Meio Ambiente e Desenvolvimento (World Commission
on Environment and Development) ou Brundtland
Commission, criada em 1983, pelas Nações Unidas. O
objetivo era definir políticas e estratégias de desenvolvimento sustentável nos âmbitos
social, econômico e, sobretudo, ambiental. E no que concerne à arquitetura? Existe algum
consenso sobre o que é um projeto de arquitetura sustentável e quais diretrizes deve
seguir?
Segundo Valério Gomes Neto, conselheiro do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção
Sustentável), uma edificação sustentável é aquela que quantifica os impactos que causa
ao meio ambiente e à sa de humana, empregando todas as tecnologias disponíveis para
mitigá-los. "É um edifício que consome menos energia, água e outros recursos naturais,
considera o ciclo de vida dos materiais utilizados e o da edificação desde o seu projeto,
passando pela construção, operação e manutenção, até o esgotamento da sua
destinação original", afirma o conselheiro.
O projeto sustentável deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar integrada que
trabalhe em conjunto desde a concepção - sob a figura de gerenciador ou coordenador,
especialista em sustentabilidade (veja organograma do ciclo de produção do projeto
sustentável). O arquiteto Célio Diniz, um dos sócios do escritório DDG Arquitetura, rejeita
o modelo linear de trabalho em que o projeto arquitetônico é entregue aos projetistas
complementares que, a partir daí, desenvolvem trabalhos para compatibilização. "Hoje, o
processo projetual passou a ser circular e todos contribuem desde o início", afirma Diniz.
O projeto sustentável, assim como qualquer projeto de arquitetura, deve ter início após a
identificação das características dos usuários do edifício, do entorno e, sobretudo, do
clima. Neste sentido, as simulações computacionais poderão ser teis para definir
materiais e critérios de desenho que aproveitem melhor as condições climáticas do local
onde o edifício será implantado.
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Um dos elementos fundamentais no desempenho térmico das construç es é a fachada.
"Quando bem projetada, a fachada ventilada é eficiente na diminuição da transmissão do
calor, reduz o consumo de energia com ar-condicionado, diminui a pressão do vento na
vedação interna e, além disso, controla melhor a infiltração de água, reduzindo os custos
com manutenção", diz o engenheiro Jonas Silvestre Medeiros, da Inovatech.
Apesar dos benefícios que trazem, recursos como a fachada ventilada deixam de ser
adotados no Brasil por onerarem demasiadamente os custos de um empreendimento. O
mesmo acontece com o processo de projetos. "As fases de planejamento e projeto no
modelo sustentável são mais demoradas e custosas, mas vão trazer economias de
recursos, tempo e dinheiro nas fases de construção, uso e manutenção da edificação
(ciclo de vida da edificação)", explica Alexandra Lichtenberg, arquiteta da Ecohouse e
mestre em conforto ambiental e eficiência energética pela FAU (Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Segundo Gomes Neto, o Brasil carece de critérios mensuráveis para projetar e medir a
eficiência dos prédios no que se refere à sustentabilidade. "Suprimos essa lacuna
aplicando as normas norte-americanas do sistema LEED (Leadership in Energy and
Environmental Design), que é o mais difundido no mundo", diz o conselheiro. Desenvolvido
pela organização USGBC (United States Green Building Council), o LEED é um sistema de
classificação de edificaç es a partir de critérios de sustentabilidade ambiental em
diferentes categorias.
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A agência do Banco Real, em Cotia, na Grande São Paulo, foi o primeiro edifício da
América Latina a ser certificado pelo LEED. Ao desenvolver programas como o "Real Obra
Sustentável", o banco cria parâmetros para projeto e construção sustentável, além de
promover a responsabilidade nas questões social e ambiental nos empreendimentos
imobiliários que financia. "Avaliamos o projeto arquitetônico, a política interna da
construtora e os cuidados no canteiro de obras", explica Carolina Piccin Silberberg, sócia
da Sistema Ambiental, empresa criadora do programa e que tem avaliado o grau de
sustentabilidade dos empreendimentos financiados pelo banco desde 2007. "Criamos uma
ferramenta de avaliação de sustentabilidade e desenvolvemos índices de desempenho
para cada requisito", acrescenta Carolina.
A flexibilidade é outro item importante num projeto de arquitetura sustentável. "Deve-se
evitar a excessiva customização da edificação, pois isso gera, em caso de um novo uso,
uma grande quantidade de entulhos de demolição com altos custos financeiros e
ambientais", afirma Gomes Neto. Ele explica que, para ser flexível, o projeto deve
contemplar itens como grandes vãos, lajes amplas com poucos apoios, pé-direito pouco
maior que os tradicionais e divisórias internas leves, como as de gesso acartonado. Veja a
seguir sete obras escolhidas pela Téchne pelos seus diferenciais de projeto sustentável.
O que é sustentabilidade
O que caracteriza um projeto sustentável?
A principal característica de um projeto sustentável é a eficiência
no uso de energia, água e recursos ao mesmo tempo em que
propicia um excelente nível de conforto (higrotérmico, lumínico,
acústico, visual e de mobilidade) ao usuário. Como conseq ência,
redução na emissão de carbono. A edificação deve ser monitorada
em sua fase de uso e manutenção para verificação de consumos
(benchmarking) e possíveis correções a serem feitas.
Que critérios balizam a elaboração de um projeto que visa ser
sustentável? Defende a idéia de que, no futuro, esses critérios
sejam requisitos obrigat rios para os projetos de arquitetura?
Ale x andra Lichte nbe rg,
arquite ta da Ecohouse
e m e stre e m conforto
am bie ntal e e ficiê ncia
e ne rgé tica pe la FAU
(Faculdade de
Acredito que não seja possível tornar obrigatório um processo de
produção. Porém, o próprio mercado vai induzir a isso, porque
atualmente os melhores resultados foram atingidos com o uso desse
modelo.
Arquite tura e
Urbanism o) da UFR J
(Unive rsidade Fe de ral
do R io de Jane iro).
Como se dividem e como devem trabalhar as equipes nesse contexto?
Deve sempre existir um gerenciador ou coordenador do projeto, que vai convocar a
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presença dos diversos profissionais envolvidos. Mas a maioria deles vai estar presente
desde a fase inicial. As fases de planejamento e projeto nesse modelo demoram e custam
mais, mas vão trazer economias de recursos, tempo e dinheiro nas fases de construção,
uso e manutenção da edificação.
A flexibilidade de uso caracteriza a construção sustentável? Que aspectos um
edifício deve reunir para atender, de forma eficiente, as necessidades de
proprietários distintos?
Sem d vida. Uma edificação deve durar no mínimo 50 anos, e durante esse período é
muito provável que as necessidades de seus usuários sejam variáveis, mesmo que dentro
do mesmo tipo de uso. E atualmente vemos várias edificações mudando de uso, por
exemplo, de edifício de escritórios para edifício residencial, de armazém para edifício de
escritórios ou residencial etc. Os aspectos principais são: a estrutura da edificação deve
ser bem detalhada e flexível. A alvenaria estrutural, por exemplo, apesar de ser mais
barata para a construção, não permite essa flexibilidade. As instalações elétricas e
hidrossanitárias devem ser bem detalhadas e instaladas em shafts com boa acessibilidade,
para permitir modificações futuras de projeto.
Quais novos conhecimentos devem possuir arquitetos, projetistas, empreiteiros e
incorporadores diante desse novo quadro mundial? Como deve ser a formação
desses profissionais?
Os profissionais devem sempre se manter atualizados a respeito de novas tecnologias,
principalmente sobre energias renováveis e novos materiais. Precisam entender os
benefícios e saber como projetar de acordo com o clima e a topografia local, e saber
especificar os melhores materiais para cada situação.
As escolas de engenharia, arquitetura e negócios devem incluir o tema sustentabilidade
integrada em seus currículos.
No Brasil, quais as reais implicações da adoção das estratégias da arquitetura
ecológica para a ind stria da construção civil e para o mercado imobiliário?
Veja, a fachada ventilada, recurso bastante usado lá fora, ainda não é difundida no Brasil,
por onerar o custo dos imóveis, sobretudo os residenciais. Isso é mito. Alguns relatórios
oficiais já foram produzidos nos Estados Unidos para provar isso. Estratégias de
arquitetura de acordo com o clima do local não são utilizadas por falta de conhecimento
dos profissionais envolvidos.
O que as incorporadoras exigem hoje nos projetos? O que o edifício deve ter de
sustentabilidade mínima para atrair locadores e compradores?
Os incorporadores e investidores no Brasil atualmente exigem lucro máximo em detrimento
do conforto do usuário e da sustentabilidade da edificação - e levam os legisladores a
reboque nesse esforço.
A grande maioria dos edifícios residenciais está sendo construída com pé-direito
2,40 m e 2,55 m.
til entre
No clima tropical mido é impossível conseguir conforto higrotérmico com essa altura de
pé-direito sem uso de ar-condicionado (equipamento intensivo em uso de energia). Não
há preocupação com a proteção das fachadas e aberturas contra insolação direta - mais
uso de ar-condicionado. As construções de antes do advento do ar-condicionado tinham
um pé-direito alto (mínimo 3 m) para que o ar quente que se acumulasse no teto e não
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interferisse no conforto do usuário, e ventilação cruzada, para que esse ar quente
pudesse ser levado para fora. O que ainda se vê muito no nosso mercado é o "green
washing", expressão utilizada para indicar apenas o uso cosmético da sustentabilidade.
Com as recentes publicações do IPCC (em português, Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas), a sustentabilidade mínima de edificação passou a ser mais
abrangente - os quesitos de eficiência energética, uso da água e tratamento de esgotos,
uso de recursos naturais e mobilidade precisam todos ser considerados no projeto.
Assembléia Nacional do Pa s de
Gales, em Cardiff, no Reino Unido
Selecionado por meio de uma licitação
internacional, o projeto do arquiteto
ítalo-britânico Richard Rogers para a
nova sede do parlamento de Gales,
inaugurada em 2006, tem como destaque
uma imensa
cobertura de
chapas metálicas
e forro de
madeira
certificada pelo
FSC (Forest
Stewardship
Council). Sua
extensa
superfície
propicia a coleta de água de chuva que é armazenada num tanque subterrâneo de 100
m . A água é destinada para os lavatórios, bacias e jardinagem. O edifício conta ainda
com estratégias passivas de climatização, como o sistema de esfriamento que extrai água
a 100 m debaixo da terra, a uma temperatura de 16ºC. A cobertura dispõe de um cone
envidraçado com um jogo de espelhos que promove a entrada de luz natural até a câmara
dos deputados, localizada no centro da edificação. Cerca de 36% do valor da construção
foi investido em materiais e mão-de-obra locais.
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The Beddington Zero Energ Development
(BedZED), Reino Unido
O projeto de Bill Dunster e Jimena Ugarte implantase num terreno de 1,4 ha, no bairro de Sutton, sul
de Londres. Essa ecovila, inaugurada em 2002,
re ne 82 unidades habitacionais, escritórios, clube
desportivo, campo de futebol e centro de sa de e
de alimentação. As construções de três
pavimentos, erguidas com materiais e mão-de-obra locais, madeira certificada pelo FSC e
aço reciclado, foram desenhadas para não emitir qualquer percentual de dióxido de
carbono. Os sistemas elétrico e de calefação das residências exploram fontes renováveis
de energia. Todas as unidades têm o terraço voltado para o Sul, otimizando o
aproveitamento da luz do sol. As coberturas verdes dos edifícios estão associadas a
extensas superfícies de painéis fotovoltaicos que, além de sombrear as construções,
geram energia capaz de abastecer 40 automóveis elétricos, reduzindo mais ainda o uso de
combustíveis fósseis. Além de armazenar e utilizar água de chuva para a descarga de
vasos sanitários, a vila possui uma estação de tratamento de esgoto negro. BedZED foi
desenvolvida pela Peabody Trust, em parceria com a Arup, Ellis and Moore, e Gardiner and
Theobald.
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To e Hea
Do escritório Foster & Partners e Gensler,
inaugurada em 2006, depois de três anos de obras,
a Torre Hearst, de 182 m de altura, é o primeiro
arranha-céu nova-iorquino a obter o Gold LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design).
A estrutura em aço inoxidável - formada por
diagonais que configuram volumes triangulares nas
fachadas - maximizou a entrada de luz nos
escritórios e, além disso, permitiu a economia de
cerca de 2 mil t de aço estrutural. Aliás, cerca de
85% do material utilizado na estrutura é reciclado.
A torre foi erguida sobre um antigo edifício de seis
andares (construído em 1928) que, após a reforma,
foi convertido num imenso átrio, uma zona de uso
comum conhecida como "Praça Urbana". A água da
chuva, coletada na cobertura do prédio, é usada para irrigar jardins, abastecer fontes e o
sistema de refrigeração. A refrigeração e calefação dos espaços são feitas através de um
sistema de circulação de água localizado nos pisos. O arranha-céu consome cerca de
25% a menos de energia se comparado aos similares. Além de sensores de presença, os
escritórios disp em de recursos que controlam a quantidade de luz artificial em função da
natural.
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The Solai e
Edifício residencial ecológico projetado por
Pelli Clarke Pelli Architects, localizado na
zona de Battery Park, em Nova York, o "The
Solaire" consome 35% a menos de energia e
50% a menos de água potável, se
comparado a outros de mesma tipologia.
Inaugurada em 2003, a construção, de 27
pavimentos, re ne sistemas de controle
inteligentes e painéis fotovoltaicos que geram 5% de toda a energia gasta nos
apartamentos nos horários de pico. Sensores de presença e de luz natural reduzem o
consumo de energia e o projeto de arquitetura privilegia o aproveitamento da luz natural
ao máximo nas unidades habitacionais. O edifício possui um sistema de captação de água
de chuva, utilizada na irrigação do jardim da cobertura, e uma estação de tratamento do
esgoto negro, cuja água é aproveitada na descarga das bacias sanitárias e na torre de
resfriamento.
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Rochaverá Corporate Towers, S o Paulo
O complexo de escritório de alto padrão
projetado por Aflalo & Gaperini, formado por
quatro torres de escritório, ainda está em
processo de obtenção do certificado LEED
(Leadership in Energy and Environmental
Design), emitido pela ONG norte-americana
USGBC (United States Green Building Council)
somente para empreendimentos já
concluídos. Além de prever áreas verdes e
praças para convívio e bem-estar dos usuários e transeuntes, o projeto de arquitetura
privilegia a flexibilidade dos escritórios, que dispõe de área livre (vão variável de 11, 5 m a
20 m nas torres A e B, onde a fachada é inclinada) entre as janelas e o n cleo da
construção, sem colunas. Dispositivos economizadores como válvulas de descarga com
acionamentos independentes para líquidos e sólidos, torneiras temporizadas e sensor de
presença nos mictórios permitirão uma redução de 30% no consumo de água. A fachada é
composta por vidros laminados refletivos especiais, de 10 mm, com alta transmitância
luminosa e baixa transmissão térmica. Além de servir como isolamento térmico, a
cobertura verde evita a impermeabilização de uma superfície grande. A distribuição de ar
será feita com sistema de volume de ar variável (VAV) automatizado, que garante máxima
eficiência e menor consumo de energia elétrica.
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Col gio Cruzeiro, Rio de Janeiro
Ao privilegiar o conforto ambiental e incorporar conceitos da arquitetura bioclimática como iluminação e ventilação naturais - o projeto de ampliação do Campus do Colégio
Cruzeiro, de Michael Laar e DDG Arquitetura, conseguiu reduzir de forma extrema o
consumo de energia da edificação. A idéia é que, no futuro, os telhados verdes do
conjunto abriguem coletores solares e outras tecnologias que tornem a escola autosuficiente energeticamente. O grande jardim central, situado entre os dois blocos de salas
de aula, exerce um papel relevante na composição do conjunto, reunindo os alunos nas
horas livres e atuando como um regulador térmico do clima local. Além desses conceitos,
o projeto adota outros, como iluminação artificial eficiente, automação predial, materiais
de baixa condutibilidade e capacidade térmica, brises, pilotis e terraços-jardins. O projeto
rendeu aos seus autores o pr mio Destaque na Bienal de Arquitetura de São Paulo, a
segunda colocação no pr mio Holcim para Arquitetura Sustentável 2005, na categoria
"América Latina", o Pr mio IAB/RJ e Pr mio de Efici ncia Energética do Procel/Eletrobrás
2004.
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Sim ulaç e s com putacionais fe itas por program as com o o Ene rgy Plus
(distribuído gratuitam e nte pe lo de partam e nto de e ne rgia dos Estados Unidos)
ajudam a avaliar com o o proje to de arquite tura inte rfe re no consum o
e ne rgé tico de um a construção
No C olé gio C ruze iro, a im plantação, a ve dação e a pre se nça do jardim e ntre
os blocos de salas de aula favore ce m a ve ntilação cruzada
Fórum Chriesbach Eawag-Empa, em D bendorf, Suíça
Localizado no Eawag (Instituto Federal de
Ciências Aquáticas e Technologia), o Fórum
Chriesbach, de Bob Gysin + Partner, BGP, foi
inaugurado em junho de 2006. Possui seis
pavimentos que funcionam sem calefação ou
ar-condicionado e consome quatro vezes menos
energia do que um prédio convencional. As
fachadas são cobertas por brises de vidro azul
de posição ajustável, de acordo com a estação
do ano. No inverno, o ar frio é pré-aquecido em
canalizaç es subterrâneas (80 tubos com 20 m)
para, posteriormente, ter sua temperatura elevada por meio de trocadores de calor que é
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aquecido com o ar proveniente da sala do servidor. A água é aquecida pelos coletores
solares da cobertura e pelo calor proveniente das unidades de refrigeração da cozinha.
Uma superfície de 460 m de painéis fotovoltaicos fornece 1/3 da eletricidade utilizada no
edifício. A água da chuva, coletada na cobertura, é utilizada para a descarga dos vasos
sanitários.
O edifício dispõe ainda de um sistema que coleta e armazena a urina para a realização de
pesquisas. A idéia é utilizar o líquido excrementício para o preparo de fertilizantes.
O ar e x te rno é sugado por ondulação e pe rcorre trê s e staçõe s: re gistro té rm ico, sala do se rvidor e
m onobloco
A altura do átrio pe rm ite a saída de ar que nte por e fe ito cham iné e as jane las
supe riore s que , por sua ve z, favore ce m a ve ntilação cruzada
Conte do online exclusivo >>> Veja mais imagens das edificações que
empregaram tecnologias para diminuir os impactos ao meio ambiente e à sa de
humana.
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