SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Crise de 1929

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AULA 01
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Crise de 1929
(Mackenzie) Após a primeira guerra mundial, ocorreu a crise de 1929, podemos citar como causas:
a) aumento das taxas de juros, explosão de consumo, quebra da produção agrícola.
b) consolidação do Nazi-Fascismo, aumento do consumo, valorização do mercado financeiro e
aumento das exportações.
c)
"crack" da Bolsa de New York, aumento dos preços do petróleo, redução dos salários.
d) intervenção do Estado na economia, contradição entre capacidade de consumo e produção e
concorrência com os produtos asiáticos.
e) superprodução agrícola e industrial, diminuição do consumo, "crack" da
Bolsa de New York e diminuição das exportações.
A crise de 1929 foi o principal evento que marcou o entre-guerras (período entre
o fim da 1GM e o inicio da 2GM). O sentimento de vitória enchia o coração dos
americanos, que começaram a investir grandes quantias
de dinheiro baseados na especulação da
bolsa de valores.
Não só o povo americano, a
indústria começou a produzir
até demais. Essa produção
começou a dar excedentes, pois
a população não conseguia consumir
tudo que era produzido.
A queda da bolsa dos EUA desencadeou crises econômicas no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Esse
período foi chamado de Grande Depressão e criou um cenário propício à 2ª Guerra Mundial.
Toda empresa tem ações. Essas
ações são investimentos que as pessoas
podem fazer na empresa. Uma ação
custa em torno de 10 reais. A bolsa de
valores é o mercado organizado onde
se negociam essas ações.
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Figura 1 -
Preço das ações
da Petrobrás de
2011 até 2016.
Nacionalismo
Após a Primeira Guerra Mundial, a Grande Depressão e todas as
consequências dos confrontos armados, o mundo enfrentou um período
conturbado, tendo que lidar com a grande quantidade de mortes, instabilidade
econômica devido aos gastos com as batalhas e um cenário político frágil.
Imagine-se como um alemão ou alemã ou italiano ou italiana. Seu país,
após a humilhante derrota, teve todo o território dividido, pagando uma
grande multa. Levou toda a culpa pelas mortes e horrores causados.
Desemprego, pobreza, miséria e sendo surrado(a) por propagandas
difamando seu país. Mas, em um momento, chega um homem. Ele, com
uma oratória admirável, infla o peito e defende sua pátria. Diz que, caso
o apoie, trará de volta o orgulho pela nação. Todos unidos, marchando
contra aqueles que vinham os humilhando, alcançariam as antigas glórias.
Sim, esse cara foi Adolf Hitler para a Alemanha e Benito Mussolini para a
Itália.
Figuras 1 e 2 – Benito
Mussolini (em cima); Adolf
Hitler (embaixo).
(FUVEST) "Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior."
(Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941).
A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira
Guerra Mundial, que contribuíram para alimentar antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra
Mundial. Entre esses problemas, identificamos:
a) o crescente nacionalismo e o aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de
investimentos;
b) o desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com abertura para o Ocidente;
c) os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da Alsácia-Lorena;
d) a oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de
nacionalismo;
e) a divisão da Alemanha, que a levou a uma política agressiva de expansão marítima.
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Lembrando as aulas passadas, esse período entre guerras foi marcado pelo forte nacionalismo
excitando certas nações. Alemanha e Itália na Europa e o Japão na Ásia se instauraram com políticas
expansionistas visando o domínio de territórios, sob diferentes pretextos. Alemanha, sob domínio nazista,
buscou reunir o povo germânico, dito a raça ariana. No Japão, buscou-se o domínio da Manchúria, região
chinesa, e o alcance de potência oriental. Na Itália, buscou-se a expansão colonial. Todas as invasões,
somadas a negligência por parte das Liga das Nações, que não conseguiu apaziguar a situação, levou ao
estopim, a faísca que faltava para se iniciar o grande incêndio que estava por vir.
Vale a pena refletir...
Antes de mais nada, vale a reflexão sobre o que significa uma guerra. No decorrer da nossa história,
manchas a obscurecem. Não se trata do certo e errado, mas do conflito de interesses de nações
diferentes que, por falta de diplomacia e união, acabaram gerando batalhas sangrentas. Veja nas aulas
de atualidades e preconceitos. Até hoje preservamos mentalidades que geram conflitos, só que em
menor escala. Qualquer forma de preconceito, desde racial até sexista, acaba por expor uma grande
falha que busca persistir ao longo do tempo: o egocentrismo. Esquecemos do altruísmo e empatia,
valores a muito perdidos e pouco cultuados atualmente. Não que seja errado seguirmos uma religião,
país ou qualquer que seja o caso. Mas nunca se pode esquecer de respeitar o próximo.
Que comece a guerra!
Sim,
na
situação
descrita
anteriormente, o revanchismo alemão, o
nacionalismo inflado alemão, italiano e
japonês e todo o contexto envolvendo a crise
política econômica mundial serviram para
alavancar a que viria ser a Segunda Guerra
Mundial. Inicialmente, a Alemanha, assim
como na Grande Primeira Guerra, se opôs a
Inglaterra e França, principais rivais e alvos de
um desejado acerto de contas.
Hitler, vendo possível alinhamento
ideológico, aliou-se a Itália de Mussolini e,
mais tardar, ao Japão Imperialista, para formar
o Eixo, contra a que viriam ser os Aliados,
Figura 3 - Charge “O sonho de Hitler”, Inglaterra e
Estados Unidos acorrentados pedindo clemência, e o
resto do mundo ao seu dispor.
formados incialmente pela França e Inglaterra. Contaram também com a entrada dos Estados Unidos e
da União Soviética (pós quebra do pacto Germano-Soviético).
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Holocausto - Antissemitismo
A 2ª Guerra Mundial ficou marcada como um dos períodos mais tristes da história da humanidade.
Não apenas pelo número de mortes, mas pelas atrocidades cometidas. Tanto o nazismo quanto o
fascismo eram fundados no preconceito, principalmente com judeus e qualquer “raça” dita diferente da
ariana. No caso dos judeus (chamado de antissemitismo), a minoria mais emblemática quando tratamos
dos horrores da guerra, sofreram com o que viria a ser denominado o Holocausto. Esse foi denominado
o período no qual ocorreu o extermínio de milhares de judeus em campos de concentração.
Figura 04 - Fotografia de um dos maiores campos de concentração nazista, o campo de Auschwitz.
Pacto Germano-Soviético
Caracterizado como um pacto de não agressão, tanto a
Alemanha quanto a União Soviética viram a oportunidade de
conciliar seus interesses e uma ajudar a outra. Mas, mais tarde,
viria acabar com a agressão alemã ao acordo.
Figura 05 – Charge representativa do Pacto. Tanto Hitler (o
noivo) quanto Stalin (a noiva) sabiam que não duraria muito.
Primeira metade – Vitórias do Eixo (1939 – 1941)
Esse período ficou marcado pelas diversas vitórias conquistadas pelos países do Eixo, principalmente
Alemanha. Primeiro, invasão na Polônia em 1939. Em poucos dias, já era domínio alemão. Diferente da
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Grande Guerra com as trincheiras, a parte inicial ficou
marcada pela “guerra relâmpago”, ou blitzkrieg, tática
alemã que consistia no ataque com armamento
pesado, compostos de aviões e tanques. Em pouco
tempo, a França havia sido tomada pelos alemães.
Com
a
queda
francesa,
começaram-se
os
bombardeios na Inglaterra. Também ocorreu o fim do
pacto de não agressão e a invasão alemã na União
Soviética. Ao mesmo tempo, o Japão atacava a base
militar de Pearl Harbor e tomava grande parte do leste
e sudeste asiático, como Filipinas, Malásia, Cingapura,
Hong Kong, além de inúmeras ilhas.
Figura 6 – Charge “Dessa Vez não adiantou o oceano ser pacífico...”. E guerra com
a China, o Japão desafio os Estados Unidos. Toda costa asiática estaria em jogo.
Segunda metade – Reviravolta e vitórias dos Aliados (1942 – 1945)
Em 1942, ocorreu a grande reviravolta. O ponto inicial foi a Batalha de Stalingrado, final de 1942 e
começo de 1943, que culminou na primeira grande derrota alemã. Mesmo com um vasto exército, a
Alemanha amargou sua primeira derrota pois enfrentava muito mais que o exército russo, mas o rigoroso
inverno soviético e a tática de terras arrasadas. Esta estratégia era baseada na inutilização das terras a fim
de oferecer um ambiente hostil ao inimigo, ou seja, com dificuldade em conseguir comida e água.
Já passado certo intervalo de tempo, viu-se as discrepâncias de forças e recursos falarem mais alto:
os Aliados tinham mais contingente para suprir a demanda do exército e mão de obra para as indústrias
bélicas e de base; possuíam mais recurso; tinham membros espalhados por todos os cantos do mundo e
ainda contava com as duas maiores potências econômicas mundiais: União Soviética e Estados Unidos.
O último, com seu território intacto pela destruição da guerra e com uma industrialização forte, resultou
em uma ampla participação e fator determinante para a vitória dos Aliados após o ataque de Pearl
Harbor. Em junho de 1944, no Dia D, tropas inglesas e estadunidenses invadiram a costa norte da França,
iniciando a retomada do país. De um lado, os ingleses e norte-americanos, de outro, os soviéticos. Era
esse o fim de Hitler.
Um dos pontos mais simbólicos do tamanho da força dos Aliados foi o bombardeio de Nagasaki e
Hiroshima, em 1945. Este episódio ficou marcado como o ponto final na rendição dos japoneses e
também como um dos marcos mais obscuros da história da humanidade.
Ao ser anunciada a rendição do Japão e da Alemanha, iniciou-se o período de paz, mais
apropriadamente entendido como a “punição” que os países derrotados arcariam para se redimir de seus
erros. A divisão da Europa em zonas de influência soviéticas e estadunidenses daria início ao período da
Guerra Fria.
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Para saber mais:
A participação dos Estados Unidos da América (EUA) na
Segunda
Guerra
Mundial
ficou
marcada
pela
forte
propaganda e campanha nacionalista. Ícones destacáveis
dela foi a criação de um personagem para derrotar o Hitler,
a figura central da tida maldade do mundo. Este personagem
personificaria todo amor à pátria e representaria a “esperança
mundial”. Sim, este é o Capitão América.
Outro personagem marcante foi o Tio Sam, inventado na Primeira Guerra,
sua imagem foi utilizada em grande escala na Segunda. Desenho de um
senhor que incorpora as cores da
bandeira dos EUA. Muito utilizado na
Primeira
Guerra
Mundial,
ele
representa de forma fiel o espírito da
nação norte-americana na guerra:
obrigação de zelar pela paz mundial e
deter o “mal” que se alastrou pelo
mundo. Até hoje o Tio Sam é
representação dos EUA.
Figuras 7 e 8 – Desenho do Capitão América
à direita e Cartaz da Primeira Guerra Mundial, 1917 à esquerda.
Veja a incorporação do espírito patriótico em ambos.
(ENEM 2012) Com sua entrada no universo dos gibis, o
Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo
militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de
guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana
no peito aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar
destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.
A capa da primeira edição norte-americana da revista
do Capitão América demonstra sua associação com a
participação dos Estados Unidos na luta contra:
Figura 9 - Primeira história em quadrinhos do Capitão
América, o primeiro vingador.
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a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
c) o poder soviético, durante a Guerra Fria.
d) o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.
e) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001.
Regime totalitário é um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única
pessoa, não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida
pública e privada, sempre que possível. Hoje, o sistema político que prevalece é o presidencialismo.
Como estudar esse conteúdo?
Há diversos vídeos no youtube, como esse documentário do Discovery Civilization
(https://www.youtube.com/watch?v=r3Qe2T4CnJA) e esse Documentário do History Channel da
Segunda Guerra - Terceiro Reich - A Queda (https://www.youtube.com/watch?v=lR6DKvtik9g). Caso
queira se aprofundar mais nos fatos e datas, recomendamos o site da Enciclopédia do Holocausto
(https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10007306).
Uma iniciativa curiosa é são as matérias da Revista VEJA, que simulam edições retratando o
período, com entrevistas com personagens marcantes da guerra e reportagens trazendo as noticias das
batalhas.
Vale
a
pena
conferir:
REVISTA
VEJA
–
matérias
da
Segunda
Guerra
(http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html).
Livros também são uma ótima fonte de estudos! Algumas sugestões são :
 MAUS, de Art Spiegelman. Ganhador do prêmio Pulitzer, o autor retrata a história do pai do
escritor, judeu que viveu na época do Holocausto. Alguns dos aspectos peculiares da obra é a
utilização de animais para representar diferentes grupos étnicos e por ser em desenhos em tiras
de quadrinhos, em preto e branco.
 Diário de Anne Frank. Escrito por Annellies Marie Frank, ela relata em seu diário todas as
experiências vividas por ela e sua família judia, no período da Segunda Guerra Mundial.
 Trilogia O Século. Escrito por Ken Follet, o primeiro livro da trilogia, Queda de Gigantes, retrata
o período do início do século XX, com ênfase na Primeira Guerra Mundial. Já o segundo, Inverno
do Mundo, retrata principalmente a Segunda Guerra Mundial. Já o último, Eternidade por um
fio, retrata o período da Guerra Fria.
Bons Estudos!
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