Geografia - Estuda Que Passa

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Geografia
Relevo, Altitude, Hidrografia, Clima e Vegetação
Professor Luciano Teixeira
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Geografia
RELEVO, ALTITUDE, HIDROGRAFIA, CLIMA E VEGETAÇÃO
Quanto ao clima, o estado acompanha o modelo da Região Norte, ou seja, equatorial e tropical
úmido. A média térmica anual varia de 20°C a 38°C, considerando dos pontos mais elevados
até os pontos mais baixos da região. O regime de chuvas também oscila de uma parte a outra
do estado, sendo de 2000 mm/ano na parte oriental e de cerca de 1500mm/ano na parte
ocidental. Na porção leste do estado, o clima é tropical com estação seca definida.
Observação:
As condições climáticas usuais da Região Norte e do Estado de Roraima sofrem alterações que
produzem efeitos diferenciados ao longo de certo período. O fenômeno El ninõ, por exemplo,
volta e meia contribui para uma reavaliação da dinâmica do tempo no estado. No ano de 2014,
na Região Norte, enquanto Acre e Rondônia sofriam com as fortes chuvas e com as cheias do
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Rio Madeira, o Estado de Roraima passava por uma situação completamente diferente: a seca,
que traz prejuízos à população. O Rio Branco está hoje com 63 centímetros. Na última quintafeira, teve o menor nível do ano, com apenas 53 centímetros, considerado o limite mínimo para
captação de água. A estiagem é a mais severa desde 1998, quando o nível do rio chegou a 47
centímetros. A seca ainda traz outro problema para Roraima, que é o aumento das queimadas.
Desde o dia 1º de fevereiro até hoje foram registrados 1.326 focos de calor em todo o Brasil, e o
estado em questão está em primeiro lugar, com 223 incêndios florestais. No mesmo período do
ano passado, Roraima estava em oitavo lugar no ranking nacional de queimadas, com apenas
53 focos.
Vegetação
A formação vegetal do estado é diferenciada considerando a dimensão do espaço geográfico.
Na porção ocidental e meridional, a floresta amazônica predomina; na porção centro-oriental,
a formação arbustiva e herbácea ganha contornos claros. O clima favorece a composição da
vegetação, sendo, portanto, caracterizada em:
a) Floresta amazônica – oeste e sul
b) Campos gerais do rio branco - norte
c) Região serrana – porções elevadas
A vegetação da floresta amazônica caracteriza-se como: arbórea, latifoliada, perenefolia,
higrófita, frondosa, umbrófila e ombrófila.
Relevo
O relevo do estado é variado. No sentido geral, cerca de 60% da área é inferior a 200 metros e
somente 1% é acima de 900 metros. Ao norte, há o planalto das Guianas, com seu pediplano
formado por maciços e picos isolados. As serras de Parima e Pacaraima situam-se nesta porção,
ao norte, onde também se localiza o ponto setentrional do Brasil. O pediplano é de baixa
declividade, variando entre 70 e 160 metros apenas e ocupa considerável porção das terras do
estado.
Observam-se cinco perspectivas no estado.
a) Regiões rebaixadas e inundáveis – sem feições definidas, apenas rebaixadas
b) Pediplano Rio Branco – mencionado acima
c) Elevações até 400 metros superiores – Serra da Lua, Serra Grande, Serra da Batata
d) Elevações de até 2000 metros - Cordilheira do Pacaraima, Serra do Parima e Serra do
Urucuzeiro
e) Elevações de até 3000 metros – Monte Roraima
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Observação
A antropização do Estado de Roraima promoveu uma forte alteração no ambiente amazônico
devido à retirada da cobertura vegetal para a ampliação da área urbana, além da construção
da rodovia BR- 174, que intensificou o processo erosivo, dando origem aos ravinamentos que
evoluíram para voçorocas. As significativas alterações nessas formas de relevo, ocasionadas
pela ação antrópica, seja pela atividade rural ou pela ocupação irregular, tornam-se um fator
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preponderante, que deve ser considerado no estudo da dinâmica evolutiva desses relevos.
Em razão dessa variedade de formas de relevo, as regiões desses percursos constituem-se em
áreas de interesse para o estudo da compartimentação geomorfológica do estado, visto que o
conhecimento e o entendimento dos processos evolutivos dessa paisagem bem como da sua
dinâmica são de fundamental importância para auxiliar na sua preservação e no uso racional.
Hidrografia
A Bacia Amazônica estimula a hidrografia do Estado de Roraima. O Rio Branco é o mais
importante do estado e sua área se estende por cerca de 45,5 mil km². Trata-se de um rio
afluente do Rio Negro. Os rios de Roraima são muito utilizados no lazer, com suas praias, o
turismo, a canoagem e outros esportes. Destacam-se os rios:
a) Ailã
b) Branco
c) Itapará
d) Surumu
Os rios, no período da seca, têm o volume das águas diminuído e a navegabilidade abre espaço
para as praias fluviais, muito frequentadas pela população.
Observação
Uma das preocupações do bioma amazônico é com a poluição hídrica. Em Roraima, no Dia
Mundial da Água, em 2013, os voluntários retiraram das margens dos rios da cidade sacos
plásticos, garrafas pet, pedaços de isopor e muito lixo.
Ao todo, 15 barqueiros da colônia de pescadores Z1 realizaram a limpeza das margens dos rios,
que contou com a participação de alunos de uma escola pública da cidade. Durante a ação,
as crianças foram alertadas quanto à importância da preservação dos rios, de suas margens
e das matas ciliares. A ação no Dia Mundial da Água, em Boa Vista, contou com a parceria da
Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Femarh).
Nascentes protegidas
Segundo Vladimir de Souza, coordenador e chefe do Departamento de Geologia da UFRR, 80%
das nascentes de Roraima estão em áreas protegidas – em reservas ambientais e indígenas.
“Isso faz com que a maior parte dos recursos hídricos da região esteja praticamente intocada”,
diz. Em Boa Vista, foi adotado um modelo inadequado de uso e ocupação do solo, a exemplo de
outras grandes capitais brasileiras nos últimos 50 anos. Ele cita as canalizações de esgoto sem
tratamento a céu aberto como um dos problemas. O pesquisador afirma que o lançamento
de esgoto in natura no Igarapé Caranã, que deságua no Rio Cauamé, o principal balneário da
capital, acaba prejudicando localidades em que há visitação. “As praias do Cauamé, Curupira,
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Polar e Caçari são as mais utilizadas pela população e estão sofrendo constante poluição”,
afirma.
Apesar isso, ele acredita que, no geral, Boa Vista apresenta uma boa condição de recursos
hídricos. “Não temos esgoto a céu aberto e a água que bebemos é de excelente qualidade.
Nossa água é praticamente pura, tem níveis muito baixos de elementos químicos, próximos
ao de uma água destilada. Mas se não lutarmos para preservar nossos recursos naturais,
deixaremos de ter esse privilégio”.
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