Alunos: Danrley Augusto Meurer; Lucas Vinícius Ruchel; Rogério Cristiano Midding; Grupo 6. O Processo de Independência da América Espanhola Antecedentes às independências; Colonização espanhola; Primeiros movimentos de rebeldia; Reação da Espanha contra tais movimentos; Início da conquista da independência na América Espanhola; Independência Total; Independência: limites e contradições; Conseqüências da independência; Introdução Há mais de um século a América espanhola conquistou a independência. Desde então, os latino-americanos lutam pela autonomia política e econômica. A independência não proporcionou muitos benefícios às novas nações americanas, pois as diferenças sociais e a miséria social não desapareceram. Embora tenha tornado-se livre da monarquia hereditária, os governos republicanos mantiveram a população afastada da política, o que acontece até hoje. Uma tradição de autonomia Os espanhóis, que vieram para a América no século XVI, tinham uma tradição de localismo e particularismo. Seus costumes e o ideal de autonomia política acompanharam os colonos para o Novo Mundo, desde o início esses homens acreditavam na possibilidade de arrancar o poder de qualquer governo despótico. As condições peculiares do ambiente colonial (fatores geográficos, mistura de etnias, conflitos internacionais e idéias originárias da Europa) aumentaram a disputa entre a Coroa e os colonos. Quanto mais iam sendo influenciados pelas idéias iluministas, eles iam tornando-se mais egoístas, e assim acirravam as hostilidades em relação às instituições oficiais. Dois séculos depois, as idéias de liberdade e independência chegaram à América, assim regiões como Venezuela e Colômbia foram contagiadas pelo sonho de autonomia política. Causas da independência A Espanha tornou-se grande devedora da Inglaterra e da França, pois importava produtos, já que seu desenvolvimento industrial era atrasado. Então aumentaram os impostos e restringiu ainda mais o comércio colonial, o que desagradou os colonos, em especial os criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América). Além dessas restrições econômicas, os criollos também eram proibidos de tomar decisões políticas, pois o controle estava nas mãos dos Chapetones (pessoas nascidas na metrópole que ocupavam os cargos mais importantes). Algumas causas de influência mundial, como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos da América, atuaram mais como padrão que como uma causa direta. Basicamente, os movimentos de rebeldia começaram graças ao desejo dos Criollos de independência, que queriam mais poder político e maior liberdade para exercer livremente a suas atividades econômicas, e também graças as idéias liberais espalhados ao redor do mundo após a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos. Os primeiros movimentos de rebeldia Com a chegada das idéias de liberdade e independência e o sentimento de revolta, o povo foi se organizando, e assim no século XVIII começaram a surgir os primeiros movimentos. Geralmente eram reivindicações buscando maior autonomia, direito de escolher as autoridades e eram contra o domínio espanhol. Esses movimentos foram acontecendo em vários países, como Paraguai (1721), Venezuela (1749), Equador (1765) e etc. Esses movimentos não buscavam a ruptura do sistema colonial, mas eram contrários às autoridades das metrópoles. Sua conseqüência principal foi manter um espírito de rebelião que se manifestou fortemente no início do século XIX. Rumo à liberdade? Em quase toda América Espanhola, os movimentos de secessão consolidaram o poder de uma classe já dominante na esfera colonial. A crise espanhola de 1808 a 1815 favoreceu o surgimento do primeiro movimento mexicano de independência. Esse movimento representava uma revolução tanto social quanto anti-espanhola. Após a derrota de Napoleão em 1815, a Europa presenciou a restauração do absolutismo monárquico. As derrotas dos anti-coloniais e do movimento de independência do México levaram a Espanha a sonhar com o restabelecimento do pacto colonial. Mas em 1817 os movimentos autonomistas ganharam força e chegaram à independência da América Espanhola com o apoio dos britânicos, assim com exceção do México, todos os outros países da América Espanhola constituíram-se em repúblicas independentes. Independência: limites e contradições A “descolonização” e a formação dos Estados nacionais foram possíveis graças ao rompimento do sistema colonial, liderado por setores dominantes insatisfeitos com a impossibilidade de desfrutarem as vantagens concedidas pelo desenvolvimento do capitalismo no século XX. Consequências Na conferência do Panamá, em 1826, quando quase toda a América era independente, Bolívar tentou reunificar a América, mas fracassou, pois os ingleses e norte-americanos temiam encontrar dificuldades econômicas com a América unificada. A independência das colônias espanholas não causou mudanças sociais, econômicas e políticas efetivas, continuou vigorando o modelo colonial baseado na produção de matérias-primas para abastecer o mercado externo. Na política local, elementos da força militar disputaram o poder em seus respectivos países, assim chegaram ao governo por meio de golpes e causando inúmeros conflitos sociais.