Farmacêutico do HSPE ensina como guardar

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Volume 127 • Número 32 • São Paulo, quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
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P
rocurar atendimento médico
diante de algum problema de
saúde e tomar o remédio conforme dosagem e períodos receitados pelo especialista não basta
para garantir a retomada da
qualidade de vida.
FOTOS: FERNANDES DIAS PEREIRA
Farmacêutico do HSPE ensina
como guardar remédios em casa
Proteja os
medicamentos
corretamente
Conservação: a maioria dos medicamentos é sensível à luz e, por isso,
deve permanecer em sua embalagem
original, longe de lugares úmidos,
quentes ou frios, como armário de
banheiro, porta-luvas de veículos ou
em cima da geladeira

Especialista recomenda
cuidados na conservação
dos medicamentos
para garantir eficácia
no tratamento, além
de ficar de olho no
prazo de validade
Medicamentos: ideal
é guardá-los em locais
que não haja incidência
direta de luz solar,
mofo, nem umidade
Fique de olho na validade: não
tome medicamentos com prazo
vencido. Além de perder a eficácia,
há fatores de risco que podem prejudicar o tratamento ou até causar
intoxicação

Remédio devidamente separado:
usualmente, as pessoas costumam
ter uma pequena farmácia em casa,
porém, é importante guardar os me dicamentos com a bula e separados
de outros produtos, principalmente
os cosméticos

O farmacêutico Luís Henrique Oliveira Rezende, chefe da
Farmácia Ambulatorial do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na zona sul da capital paulista, recomenda cuidados na conservação dos medicamentos em casa, para garantir
eficácia no tratamento.
Ao consumir comprimidos,
pomadas, cremes e similares é
importante verificar a validade e locais de armazenamento.
“Um dos erros mais comuns é
guardar remédio no banheiro
ou na cozinha da residência.
São locais que sofrem bastante
alteração de temperatura, o que
prejudica a ação do produto”,
observa Rezende.
Geladeira: não
armazene remédios
na porta
Bula – Ele sugere guardá-los, por
exemplo, na gaveta de algum armário ou no
guarda-roupa do quarto ou em outro cômodo da casa, desde que não haja incidência
direta de luz solar, mofo, nem umidade.
Como o Brasil é um país tropical, os pacientes devem estar atentos e saber que a maioria de suas formulações não resiste a altas
temperaturas (acima de 30 graus).
“É necessário ler a bula, mas geralmente eles devem ser conservados num
ambiente com temperatura entre 15 graus
e 30 graus”, ensina. O farmacêutico diz que
seus remédios, de uso pessoal, ficam numa
caixa de papelão, dentro do armário, num
local visível.
Também se deve deixar os medicamentos longe do alcance de crianças e de
animais para evitar riscos de intoxicação.
Idosos em tratamento de diabetes, em
geral usam insulina, a qual exige refrigeração de 2 graus a 8 graus.
“Ela não deve ser posta na porta de geladeira, para evitar oscilações de temperatura,
nem muito próxima do congelador ou do
freezer, pois há risco de seu congelamento. O
ideal é guardá-la no meio do refrigerador, no
fundo da prateleira, onde as pessoas mexem
menos e há menos variação de temperatura”,
orienta o farmacêutico do HSPE.
Prazo – Caso o médico prescreva metade de um comprimido, por exemplo, e parte
dele esfarelar, não se deve usá-lo posteriormente, recomenda o farmacêutico. O mais
apropriado é comprar um cortador próprio,
vendido em farmácias. O aparelho tem lâmina bem fina, que divide o produto de forma
precisa, sem comprometer a segurança do
paciente. Além disso, oferece reservatório
para o restante do comprimido, o que evita
seu contato com o ambiente externo.
É importante lembrar que nenhum
remédio deve ser consumido após a validade.
“É difícil mensurar os efeitos desse consumo,
mas o principal é a perda da eficácia esperada. Por exemplo, quem tem pressão alta
e toma remédio vencido, pode sofrer continuidade da hipertensão. Outros pacientes,
possivelmente, terão alergia a algum componente vencido”, esclarece.
Riscos – Assunto bastante relevante é
o perigo da automedicação. O médico prescreve um remédio de forma individual,
dependendo da análise clínica do paciente e
seu histórico de alergias.
“É errado tomar um remédio receitado por um especialista há dois anos,
por exemplo, ou indicado por vizinho ou
amigo. Seu quadro de saúde pode piorar
ou resultar em alergia, devido à ausência
de orientação médica. O caso é considerado
intoxicação”, enfatiza Rezende.
A automedicação, segundo o farmacêutico, ocorre com bastante frequência
em países com crise econômica, quando
os cidadãos perdem o emprego, convênio
médico e têm dificuldade de acesso à saúde.
“Vi muitos trabalhos científicos que confirmam alto índice de automedicação entre
essas pessoas”, lamenta.
Para evitar a automedicação, pode-se
procurar um farmacêutico. “Toda farmácia
tem um. Em vez de seguir a dica de um vizinho, o paciente pode dizer o que está sentindo
a um profissional e ouvir sua opinião”, sugere.
Viviane Gomes
 Não descarte a embalagem: você
pode até usar um organizador de
comprimidos, o que ajuda a separar
medicamentos por dia e horário.
No entanto, evite descartar a embalagem que acondiciona o remédio,
algo que pode alterar a composição
das substâncias. Prefira fazer um
recorte da embalagem, preservando o comprimido, e só utilizá-lo no
momento da medicação
Geladeira: alguns remédios, como
a insulina, precisam ser guardados
na geladeira. Entretanto, não devem
ser colocados na porta. Nesse caso,
siga a orientação do fabricante para
garantir a eficácia. Também é importante que o paciente mantenha todo
o tipo de medicamento fora do alcance de crianças – elas podem confundi-lo com balas, sucos ou doces

Preserve a natureza: para evitar
a contaminação da água dos rios e
do solo, não jogue restos de medicamentos ou com a validade vencida no
vaso sanitário ou no lixo doméstico.
Faça o descarte de forma adequada nas Unidades Básicas de Saúde
(UBSs) da prefeitura ou drogarias

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Iamspe)
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017 às 02:31:50.
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