Apostila Teatro Cristão IMUB - Teatro IMUB

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Teatro Cristão
Como levarei a mensagem de Deus através do Teatro?
O mais importante no teatro cristão é a mensagem, ela não pode ser passada com “interferências”,
muito pelo contrário, tem de ser espiritual ungida e nítida. Mas o que é necessário para se passar uma
mensagem espiritual, ungida e nítida? Cuidar de três aspectos: O espiritual, o grupo e a técnica, e as
interferências ocorrem justamente quando omitimos ou negligenciamos quaisquer destes aspectos citados
abaixo:
 Espiritual: Como vamos encenar sobre Jesus e Sua Palavra se você não está em “sintonia” com Ele?
 Grupo: Nenhum trabalho é feito sozinho, Deus “ordena a benção” onde há união e concordância.
 Técnica: Como as pessoas prestarão atenção se nos mostrarmos despreparados?
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1. Espiritual
Fazer uma peça de teatro não é brincadeira. Estamos oferecendo nossas vidas para a pregação do
evangelho. Logo é oferta, e oferta não pode ser qualquer uma, nem oferecida num altar de qualquer jeito.
Conserte o altar: Tem algo errado em sua vida? Aquele erro no qual você se acomodou uma mágoa
guardada, um pecado não confessado, enfim, algo que te impede de servir a Deus com o coração inteiro?
Não dê lugar ao acusador, peça ao Espírito Santo que mude a sua vida e faça a sua parte, fugindo daquilo
que te faz cair e não se envolvendo com práticas que te induzam ao erro, ainda que a prática em si não seja
errada.
Ore: Dependemos de Deus em tudo, desde a vida de cada integrante, passando pelo texto, chegando à
apresentação e culminado com as vidas que assistiram. Tudo depende da benção de Deus.
Jejue: Através do jejum você renuncia uma vontade lícita, demonstrando que valoriza mais o espiritual em
detrimento do material. Não apenas faça um jejum, mas ofereça-o a Deus, pedindo a ele primeiro por sua
vida, depois pelo grupo e pelas pessoas que ouvirão.
É possível interpretar um cancerígeno sem nunca ter tido câncer, ou mesmo um drogado sem nunca ter
experimentado drogas. Mas dificilmente você conseguirá transmitir Cristo se não teve uma experiência
verdadeira com Ele.
Dele: A obra é de Deus, não se esqueça disso, principalmente quando pensar em fazer de qualquer jeito,
seja porque está triste ou por achar que ninguém reconhece seu trabalho.
Por Ele: Não é para aparecer, para se divertir, ou para seus pais tirarem fotos sua, é por amor a Ele. Por Ele
ainda nos lembra que sem Ele nada podemos fazer, ou seja, não é por mérito seu, ou meu, e sim por Ele.
Para Ele: O intuito principal não é agradar o líder, ou mesmo orgulhar sua mãe, e sim, oferecer um
trabalho a Deus. Ofereça seu tempo, sua dedicação, sua vida a Deus, pedindo que Ele te use conforme lhe
aprouver. E lembre-se que para Deus não é o que sobra ou o que não te faz falta e sim, o melhor.
A luta com certeza vai vir os problemas com certeza vão surgi e você precisará de maturidade e
força espiritual para lidar com isto. Por isso não comece a fazer teatro por qualquer outro motivo que não
seja servir a Deus, pois você pode se decepcionar.
Fazer teatro assim é fazer como Jesus faria. É tornar-se um reflexo de Cristo e, com isso, trazê-lo pra perto
do público. É dividir a vida abundante, que temos recebido de Deus, com outros. Logo é engrandecer e
fazer conhecer o Reino de Deus.
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2. Grupo
Conjunto de indivíduos que têm interesses comuns somos todos, ainda que diferentes integrantes
de um trabalho, cada qual com sua importância, não existindo assim o maior ou o melhor e sim um
objetivo.
A identificação do grupo é importante, e não me refiro aqui ao nome do Grupo e sim sobre seus
objetivos, a forma como encara o trabalho. Eis algumas características imprescindíveis:
 Temor a Deus;
 Submissão aos líderes;
 Responsabilidade;
 Bom testemunho;
 Comunhão, uns com os outros.
2.1. O Princípio da Igualdade
Estamos reunidos em torno de um interesse comum: Servir a Deus através do teatro. De forma que
não há o mais importante, ou o melhor, todos nós somos iguais, com responsabilidades iguais, porém em
personagens diferentes.
2.2. O Princípio da Ajuda Mútua
Não fique irritado com seu irmão só porque ele não possui as mesmas habilidades do que você.
Somos um grupo justamente para que o talento de um supra a falta dos outros.
Esteja disposto a aprender, ninguém sabe tudo, elogie, critique construtivamente, o apóie, enfim, o ajude.
2.3. O Líder do Teatro
O Líder do Grupo de Teatro deve ser capaz de unir os componentes num propósito comum, inspirálos e conduzi-los. Certamente um líder de Grupo de Teatro sabe que vai enfrentar muitas dificuldades da
pré-produção até a Apresentação de Estréia. Dificuldades de Reunir o grupo todo para o ensaio, entrosar o
grupo, tirar a timidez, dar estímulos, mostrar o valor desse tipo de trabalho para o Reino de Deus. É preciso
ter personalidade firme e influência sobre os demais de seu grupo, reconhecendo sempre que você foi
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chamado por Deus para o propósito especifico da utilização do teatro como forma de evangelização.
Confiando sempre em Deus, sendo humilde, aceitando sugestões, “fazendo parte” do grupo e entrosando
o grupo. Deve orientar e dirigir o ensaio com seriedade e sinceridade. Prestando auxilio maior aos que tem
mais dificuldade nas cenas. Valorizar o potencial de cada componente, esclarecer acerca da
responsabilidade do trabalho. Estabelecer regras a serem cumpridas. Ser sempre o primeiro a dar exemplo,
viver o que prega cobrar o máximo dos componentes.
2.4. A Escolha do Texto
O texto deve ser escolhido de acordo com a necessidade da Igreja. Escolha o tema que quer abordar
e o texto poderá ser escolhido de forma mais objetiva.
2.4.1. A Mensagem
Qual é a história?
Qual é a mensagem principal?
Quais são as outras mensagens (secundárias)?
2.4.2. As Falas
Porque isto foi escrito?
Qual é o propósito desta fala?
Qual a importância desta fala?
2.4.3. Personagem
O nome
As características
A função na história
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O ápice (entrada ou fala crucial na história)
Como entra, o porquê entra na história.
Como se desenvolve e o que causou o desenvolvimento?
E como termina na história.
2.4.4. Como ler uma peça de teatro
Uma obra teatral “narra um argumento que está constituído por uma seqüência de incidentes em
que as pessoas (agentes) fazem e dizem coisas, ao mesmo tempo em que acontecem outras”.
O primeiro objetivo de uma leitura seria o de tomar conhecimento do argumento, ou melhor, da
história da peça desde o princípio até o final. O diretor deverá ler a peça com uma imaginação dinâmica,
vendo a ação se desenvolver, sentindo as mutações, ouvindo os diálogos, vendo os cenários e a iluminação,
completando as rubricas com a força de sua criatividade. Existem peças cujas rubricas são insuficientes e o
diretor terá que usar de todo a sua fantasia para desvendar o que não foi dito. Algumas vezes o diretor terá
que descobrir dentro das próprias falas o que falta na rubrica.
Podemos então perguntar ao texto: Por que esta obra desperta interesse? Por que satisfaz o
interesse? Por causa da história que conta? Pelos pensamentos que emite? Pelos personagens? Pelas
emoções evocadas? Que é que faz com que os personagens de determinada obra sejam interessantes em
si mesmo e obrigue ao público se interessar pelo que ocorre em cena? Existe uma fonte de interesse nesta
obra? Que classe de efeitos produz? Serão efeitos cômicos? Dramáticos? Poéticos? — Um autor tenta
despertar o interesse do público e conduzi-lo a um determinado fim. “Se põe uma obra em cena por uma
necessidade de satisfação que no fundo é a finalidade do teatro, a necessidade que tem o autor de libertarse de algo que o persegue, e que leva dentro de si”, e o que poderíamos chamar de mensagem da peça.
Uma peça pode ter mais de uma mensagem ou pode durante o seu desenvolvimento trazer mais de um
efeito.
Continuando o nosso roteiro, o que conduz a uma grande cena? Uma obra é composta de cenas,
todas elas são inter-relacionadas, compondo a cadeia dramática. Em toda cena existe um momento alto,
mas existe um momento em que podemos situar a grande cena, passando a ser o momento culminante.
Para esta cena é que todas as outras cenas deverão ser conduzidas.
Se não descobrirmos as partes importantes à direção da peça perderá a unidade e
conseqüentemente mudaremos o sentido geral da obra.
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É necessário que cada cena seja condutora para a cena seguinte, e todas elas distribuídas para o
efeito total quando um caráter reage frente a outro, ou toma uma deliberada decisão angustiosa, os
elementos do conflito estão presentes. Em um drama bem organizado, as tensões e os conflitos internos
conduzem a combates externos.
Depois de determinarmos a natureza dos conflitos, como nascem, como se desenvolvem, para onde
nos conduzem estes mesmos conflitos e suas respectivas conseqüências, passamos a estabelecer os
matizes desses conflitos, as implicações secundárias, aquelas implicações que correm paralelas ao drama
principal. Com isto, vemos que além dos protagonistas, existe um mundo de pequenos outros personagens
possuidores de vidas próprias, com seus respectivos conflitos e problemas, que nos passam despercebidos
numa simples leitura. A eles devemos dar o devido cuidado. Eles fazem como que um fundo a figura
principal.
Desta forma um personagem que apenas aparece em uma pequena cena, serve muitas vezes para
situar o verdadeiro clima da peça, dar uma opinião do mundo exterior.
Muitas vezes o autor coloca um personagem de pequena importância unicamente para fazer um
comentário de como a sociedade vê o fato exposto, de maneira a mostrar melhor o contraste ou a
diversidade de opiniões. A esses pequenos personagens que muitas vezes são vestidos de vizinhos, criados,
camponeses, devemos dar muito atenção, em suas falas podem ocultar toda a estrutura da peça.
Outra pergunta a se fazer no texto seria: Qual a natureza da trama e do argumento? Qualquer
problema esboçado nas primeiras cenas levará ao problema principal pela progressão da trama. Muitas
vezes os primeiros problemas esboçados não são na verdade o verdadeiro conflito da peça, mas serão
fatalmente os elos condutores a este problema principal.
Numa peça os elos não devem ficar soltos ou abandonados. O que não for importante não é
necessário.
Para que a atenção do público não se disperse, deve o diretor conduzi-la para o efeito desejado,
enfatizar o que deve ser realmente percebido, selecionar aquilo que é mais importante para que o
espetáculo chegue a seu termo como uma obra única. Qual a principal questão da obra? Como respondida? Com isto já estaremos fazendo um processo seletivo.
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2.5. A Escolha do Elenco
Nenhum diretor estará apto para selecionar o elenco de uma peça se não conhecer muito bem o
texto que tenciona montar. Antes de fazer o reparto, deverá concentrar seus estudos na obra e seu
conjunto.
Uma vez que as peças são escritas para serem representadas, o ator pode ser considerado como
figura indispensável e de maior importância no teatro. É ele o responsável pela comunicação das idéias do
espetáculo ao público consumidor. A função do ator é representar o que foi escrito, e por isso a sua
escolha é um momento decisivo da encenação. O ator em pouco tempo passará a ser o personagem que
um autor idealizou e esboçou suas paixões, reações e personalidade.
A escolha dos atores é um processo vagaroso e difícil, porque é necessário um tipo especial de
percepção para relacionar a personalidade e habilitação do candidato ao papel que lhe é destinado na
peça. O diretor terá que ter muito cuidado para não se envolver em um processo de simpatia pessoal, de
amizade ou outro qualquer processo a fim de que não cometa um erro de seleção.
Muitos diretores fazem a escolha de seus atores através de certas características que parecem enquadrarse bem no papel, ou porque o personagem exige certo aspecto físico, tais como altura, cor da pele ou dos
cabelos, peso, idade, qualidade de voz etc.
A capacidade emocional de cada ator também deve ser levada em conta. Alguns atores
desenvolvem bem em cenas violentas e dão pouco rendimento aos momentos românticos ou psicológicos.
Certos atores têm uma natural veia cômica, como se costumam dizer, a estes seria mais acertado dar uma
participação num personagem cômico do que num personagem trágico. Devemos esclarecer, porém, que
nenhuma regra é fixada. Um ator que até o momento só tenha feito papéis leves e cômicos poderá vir a se
revelar como excelente ator dramático.
Uma boa maneira de se fazer um reparte, seria o de responder a um questionário simples: Estaria o
nosso candidato:












Apto fisicamente para o papel?
Sua complexão física corresponde à complexão física exigida pelo personagem em questão?
Muitas vezes uma desproporção física pode destruir totalmente uma situação dramática
Tem o candidato à voz adequada ao papel?
Sua voz é forte? Agradável?
Sua voz terá volume e capacidade para chegar às últimas filas e envolver a todos os espectadores?
Sua voz harmoniza particularmente com o seu principal antagonista?
Pode o ator andar, locomover-se e gesticular conforme o personagem exige?
Terá o ator o ritmo exigido pelo personagem? E pelo andamento que se pretende dar a peça?
Terá o candidato capacidade para entender e desenvolver o seu papel?
Nosso candidato terá capacidade para criar e desenvolver seu papel sozinho ou espera que todas as
idéias e sugestões para a valorização do seu personagem?
É disciplinado? Pontual? Qual a informação que tem do candidato em relação ao trabalho de grupo?
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Nem sempre é bom confiar papéis de grande fôlego a atores principiantes, principalmente quando
temos um elenco amadurecido e bem treinado. Ao distribuirmos um papel para um ator principiante,
teremos antes que verificar se o nosso tempo de ensaios será suficiente bom para darmos ao jovem ator
maior dedicação e maior treinamento particular. Por maiores que sejam os dotes do nosso ator principiante, devemos contar com um maior período de ensaios.
Já na primeira leitura, ao redor da mesa, enquanto os atores decifram seus papéis, vemos se o texto
harmoniza com suas vozes, quer dizer, se o personagem poderá ‘penetrar’ nos seus corpos. E da mesma
maneira que a obra harmoniza com os personagens, paralelamente é preciso que na companhia os atores
estejam harmonizados. Às vezes, dois atores concordam respectivamente com seus papéis, porém não
concordam entre eles, para fazer estes papéis. Então é necessário sacrificar a um dos dois. Começa então a
tarefa profundamente árdua do homem de teatro. Um homem de teatro jamais deveria fazer uma
injustiça.
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3. Técnica
Apesar de você dispor de um elenco disposto a servir, certamente eles enfrentarão diversos
“temores”, principalmente se forem iniciantes. Os exercícios da Oficina de Dramatização são
extremamente importantes durante os ensaios. Através deles, a timidez, a sensação de incapacidade, a
vergonha, o nervosismo, podem ser facilmente eliminados. É muito importante a participação de todo o
elenco, (incluindo a equipe de produção) desses exercícios. Os exercícios contribuem inclusive para o
entrosamento de todo Grupo de Teatro.
3.1. Começando a Ensaiar
Antes do início do ensaio, orem. Depois do ensaio, também. Estabeleça regras quanto a datas de
ensaios e horário e seja rígido. Ensaio serve para elaborar a apresentação da peça, marcar as cenas,
entrosar o grupo.
3.1.1. Primeira etapa de ensaio
Distribua os textos e dê um prazo para estar decorado. Comece ensaiando somente a voz, a
entonação das falas. Sente-se em círculo com o grupo e leiam o texto do início ao fim. Isso fará com que
conheçam a história a ser apresentada. Ensaie cenas isoladas, não precisa ser na ordem em que aparecem
no texto.
3.1.2. Segunda etapa de ensaio
Comece a cobrar o texto decorado. Os componentes que tiverem seus textos decorados podem
começar a terem suas cenas marcadas (movimento e voz). A cada erro em cena, faça com que se comece
do inicio da cena. Isso fará com que os atores decorem suas falas mais rápidas.
3.1.3. Terceira etapa de ensaio
Comece a ensaiar as cenas em ordem cronológica. Se houver cenas ainda não prontas, faça os
atores repetirem várias vezes depois do ensaio cronológico. Não permita que os componentes segurem o
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texto durante suas cenas nos ensaios. Se for preciso dite as palavras e eles repitam. Se isso não for feito
eles vão se prender ao texto e dificultar a marcação das cenas e o bom andamento do companheiro de
cena. Comece a incluir nos ensaios, cenário, iluminação e sonorização. Isso serve para adaptar os atores a
realidade da cena.
3.1.4. Quarta etapa de ensaio
Verificar o figurino e o tempo necessário para troca de roupa (caso haja). Organizar todo o
equipamento necessário para a apresentação.
3.1.5. Fazer o ensaio geral
Marcar as cenas de movimentos é estabelecer: locais de entrada e saída de personagens, posição
na cena, movimentos feitos durante a cena. Sentar-se, levantar-se, andar pra frente/trás etc. É
expressamente proibido ficar de costas para o publico, a não ser que a marcação de cena exija isso. Quanto
mais marcada a cena, mais bonito fica o efeito visto pelo público.
3.2. Voz
Aqui estão selecionadas algumas pequenas dicas, a serem colocadas em prática, antes, durante e
após a apresentação vocal:
• Procure falar sempre em pé, com postura ereta. Evite roupas apertadas;
• Postura ereta, neste caso, não significa rigidez, mas sim, prontidão. Prontidão às respostas imediatas do
organismo, exigidas para uma boa vocalização;
• Relaxe a musculatura do corpo, principalmente a do tronco;
• No teatro, a hidratação da mucosa é de fundamental importância. Procure tomar pelo menos dois litros
de água por dia;
• Com o microfone, é muito importante ouvir sua própria voz;
• Procure não comer em excesso momentos antes dos ensaios, e beba água sem gelo durante o
aprendizado;
• Atenção às comidas super condimentadas e gordurosas. Não fazem bem para a mucosa e prejudicam o
sistema respiratório;
• É relevante o hábito de exercícios de relaxamento, procurando evitar uma apresentação sob tensão e
esforço;
• Não exagere na ingestão de bebidas quentes em excesso, (chá, café, chocolate);
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• Cuidado com mudanças bruscas de temperatura, seja por ingestão de líquidos ou fatores climáticos. Fuja
do contato próximo a ares-condicionados e ventiladores. Se não for possível, aumente a ingestão de água à
temperatura ambiente;
• Nada de esforços vocais desnecessários, como gritar e falar alto. Evite falar demais ao telefone;
• Ao falar, não force sua tessitura vocal (tons agudos ou graves). Fale no seu tom normal de voz;
• Esqueça os problemas extra-ensaios. Certifique-se de que você necessita de total relaxamento e
concentração durante esse período;
• Procure, pelo menos uma vez ao ano, visitar um otorrino para uma avaliação médica;
• Alimentos pesados antes de dormir irritam as pregas vocais;
• Dormir bem é de fundamental importância;
3.2.1. Exercícios para a voz
Alguns exercícios ajudam a termos a percepção de como podemos controlar o ar, pois muitas vezes
jogamos muito ar fora logo na primeira palavra, aí não conseguimos acabar a frase ou desafinamos.
Confiram
alguns
abaixo:
Bexiga de ar: Inspirar enchendo todo o pulmão, sem estufar o peito, encher de uma vez só uma bexiga de
ar e vedar a saída com o indicador e o polegar. Inspirar de mesma maneira e soltar o ar devagar, em sopro,
controlando a saída, ao mesmo tempo em que solta o da bexiga com os dedos. Devem acabar juntos, o seu
ar e o da bexiga. No começo é difícil, mas é um ótimo exercício de percepção. Depois tente controlar o ar
com
as
frases
longas.
Vela: Acender uma vela posicioná-la a um palmo da boca; inspirar como acima e soltar o ar, como em
sopro, controlando a saída retraindo o abdômen devagar, sobre a chama da vela, sem apagá-la. Procurar
manter a chama sempre dançando da mesma maneira, se ela diminuir muito ou apagar, você soprou muito
forte,
se
ela
ficou
ereta,
seu
ar
falhou.
Contagem: Contar de 1 a 10, a cada número, aumentar gradativamente o volume da voz e na seqüência,
contar de 10 a 1, a cada número diminuir gradativamente o volume da voz.
OBJETIVO: Conhecer a capacidade de voz de cada componente e desenvolver em cada um o controle do
volume da voz.
Freqüência dos exercícios: três vezes cada, três vezes na semana
3.2.2. Dicção
A boa dicção é muito importante, pois se você não articula bem as palavras, fica difícil de entender o que
você está dizendo, e se não abre a boca o suficiente, a voz sai anasalada.
Exagerando: Um exercício fácil é cantar exagerando na articulação, ou ler textos exagerando, abrindo mais
a boca do que necessário, pra que ganhe mais abertura. Você pode também cantar os vocalizes articulando
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bem as vogais e consoantes, usando sílabas como:
TRA, TRE, TRI, TRO, TRU
BLA, BLE, BLI...
LARA LERA...
VINE... VIVIU
AU...AI...AÊ...ÓI
NAU...NOIM...
Leitura: Cada componente deve ler em voz alta o texto de seu personagem na trama, destacando todas as
silabas, pontuação e entonação.
OBJETIVO: Trabalhar as dificuldades encontradas pelos componentes ao pronunciar o texto de modo a
tornar mais claro para o público as falas dos personagens.
Vibração das cordas vocais: Molhar os lábios (inferior e superior) com a própria saliva, juntar os lábios
formando um bico, respirar profundamente e soltar o ar pela boca de maneira a fazer com que os lábios
vibrem. Fazer três serie de 10 repetições cada.
OBJETIVO: Exercitar as cordas vocais.
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4. Exercícios
4.1. Atividades complementares
Um ator inicia um movimento qualquer e outros procuram descobrir qual é essa atividade, para
então realizarem as atividades complementares.
Exemplo: os movimentos de um árbitro durante um jogo, complementado pelos jogadores
defensores e atacantes; um chofer de táxi complementado pelo passageiro; um Pastor realizando um culto
complementado por seus membros e pela congregação, etc.
4.2. O lugar do exagero
Durante os ensaios o exagero pode ser útil para o ator e diretores e às vezes deve ser incentivado,
principalmente pelo diretor. O objetivo do exagero nos ensaios é o de servir como um processo de
clarificação da verdade. O diretor, às vezes, pode ter uma perspectiva mais clara dos limites dos atores em
relação aos seus papéis. Para o ator, é útil quando unido a processos imaginativos de improvisação.
4.3. Contar a mímica feita por outro
Um ator vai ao palco e conta, em mímica, uma pequena história. Um segundo ator observa
enquanto que os outros três não podem ver. O segundo ator vai ao palco e reproduz o que viu, enquanto
os outros dois não vêm: só o terceiro. Vai o terceiro e o quarto o observa, mas não o quinto. Vai o quarto e
o quinto o observa. Finalmente vai o quinto ator e reproduz o que viu fazer ao quarto.
Compara-se depois o que fez o primeiro: em geral, o quinto já não tem nada mais a ver com o
primeiro. Depois, pede-se a cada um que diga em voz alta o que foi que pretendeu mostrar com a sua
mímica. Este exercício é divertidíssimo.
4.4. Ilustrar um tema
Dá-se um tema: prisão, por exemplo. Cada ator avança e sem que outros quatro o vejam faz com o
corpo a ilustração desse tema. Depois, cada um dos quatros vem, cada um da sua vez, e faz a sua própria
ilustração, diante dos companheiros que observam.
Por exemplo: o primeiro pode ilustrar o tema "prisão" ficando deitado, lendo; outro, olhando por
uma janela imaginária; um terceiro jogando cartas; um quarto cozinhando; um quinto olhando com raiva
para fora. Outro tema: Igreja. Pode um fazer-se de Pastor, outro de obreiro, outro de noivo, outro de
turista, etc.
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4.5. Inter-relação de personagens
Este exercício pode ou não ser mudo. Um ator inicia uma ação. Um segundo ator aproxima-se e,
através de ações físicas visíveis, relaciona-se com o primeiro de acordo com o papel que escolhe: irmão,
pai, tio, filho etc... O primeiro ator deve procurar descobrir qual o papel e estabelecer a inter-relação.
Seguidamente, entra um terceiro ator que se relaciona com os dois primeiros, depois um quarto e assim
sucessivamente.
4.6. Jogo das profissões
Os atores escrevem num papelzinho uma profissão, ofício ou ocupação: operário metalúrgico,
dentista, Pastor, sargento, motorista, pugilista etc... Misturam-se os papéis e cada ator tira um. Começam a
improvisar a profissão que lhes calhou sem falar dela, apenas mostrando a versão que têm dela. Após uns
15 minutos de improvisação (a cena passa-se na prisão depois de operação policial de rua ou numa fila de
ônibus, ou em qualquer outra parte) cada ator procura descobrir a profissão dos demais: se acertar sai do
jogo aquele que foi descoberto e ganham pontos os dois; se não, sai do jogo o que não acertou e perde
pontos o que não foi descoberto. Divirtam-se.
4.7. Personagem em trânsito
Um ou mais atores entram em cena e realizam certas ações para mostrar de onde vem, o que fazem
e para onde vão. Os outros devem descobrir tudo isso apenas através das ações físicas.
As ações físicas podem ser: vêm da rua, estão numa sala de espera de um dentista e vão tirar um
dente; vêm do bar, estão no hall do hotel e vão subir ao quarto; saem de suas casas pela manhã, estão no
elevador e vão começar o seu trabalho num escritório, etc.
4.8. Três tarefas
Faça uma lista de atividades simples de executar, como: subir numa cadeira, deitar-se no chão,
bater com o livro no chão etc... Após fazer uma lista, você, ou seu parceiro, deve posicionar-se no centro da
área de trabalho. Em seguida, o observador escolhe três atividades para que o ator represente como tarefa
inicial, central e final.
Tente encontrar uma forma lógica de realizar as três tarefas. Você pode encadear todos os três
segmentos do exercício em uma única seqüência motivada, mas, ainda assim, estará realizando três
atividades distintas. Por exemplo, suponha que você receba as três atividades citadas acima, na mesma
ordem. Você pode sentir-se atraído pelo objeto (livro) logo no início. Tente ler o livro. Perceba que está
muito escuro e acenda a luz. A luz não acende. Suba em uma cadeira para verificar se a lâmpada esta
frouxa. Atarraxe a lâmpada. A luz acende! Deite-se no chão, embaixo da lâmpada. Perceba que ainda não
esta claro o suficiente e que você está forçando a vista. Fique nervoso e bata com o livro no chão.
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Todo o objetivo do exercício passa por cinco etapas bem definidas, que podem ser seu super
objetivo, seu objetivo comum, uma unidade ou um objetivo antigo. As cinco etapas são: Enfoque;
Determinação; Preparação; Ataque e Liberação. No caso de unidades ou batidas, a liberação final
geralmente o levará ao próximo enfoque. Um indivíduo é atraído por um estímulo (Enfoque); decide fazer
algo a respeito (Determinação); reúne tudo o que precisa, incluindo coragem para lidar com o problema
(Preparação); faz aquilo que precisa fazer (Ataque); e relaxa para ver o efeito de suas ações (Liberação),
com a descrição dessas cinco etapas, acabamos de resumir a chamada ação gestáltica.
4.9. Pegadinha
Algumas cenas exigem da pessoa a necessidade de chorar ou de fazer uma cena de agressividade.
Algumas pessoas, às vezes não conseguem devido à timidez ou a vergonha, ou por não querer se expor. Se
você percebe que há necessidade que a pessoa chore, faça o seguinte: Discretamente, durante o ensaio,
combine com todo o elenco para que na cena que essa pessoa tem de chorar, todos comecem a reclamar
do mau desempenho dela e que ela não corresponde às expectativas do grupo, peça a todos para
reclamarem muito dela na frente dela. Até que ela chore e liberte suas emoções.
No final do exercício, revele a pessoa que a brincadeira tem por objetivo liberar as emoções. Se for
o caso da pessoa precisar demonstrar agressividade em cena e não esteja atingindo o objetivo, o líder do
grupo deverá ser “curto e grosso” e chamar a atenção dessa pessoa na frente de todo o grupo de maneira
que só pare na hora que conseguir “tirar do sério” a pessoa em questão. Depois revele que foi um
exercício.
OBJETIVO: Libertar as emoções.
4.10. Ordem executada
O líder deverá pedir para o grupo ficar andando, o grupo não pode falar tudo deverá ser feito
através mímica. No ouvido de cada um, o líder dará uma ordem que deverá ser executada. Exemplo: Clara,
leva a Maria para aquela parede. Maria, não faça o que a Clara quer que você faça. Ana, não deixe o Pedro
imitar um macaco. Pedro imite um macaco. Manoel imite um louco. João imite o Manoel. O líder pode
aproveitar esse exercício para
Aproximar pessoas do grupo que tem pouca afinidade.
OBJETIVO: Despertar a criatividade e o improviso nos atores. Também tirar a vergonha e a timidez uma vez
que todos estarão se expondo ao mesmo tempo.
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4.11. A pessoa e o espelho
Coloque um componente de frente para o outro. Um que seja extrovertido, este será a “pessoa” e outro
mais tímido, que será o “espelho”. A pessoa fará os movimentos faciais (sorriso, tristeza, espanto, risada,
caretas diversas) e o espelho terá que imitar. Depois inverta os papeis de pessoa e espelho.
OBJETIVO: Desenvolver expressão facial nos componentes, tirar a timidez e a vergonha.
4.12. Imaginação
Os componentes estarão espalhados pelo local de ensaio, então o líder lhes dirá como devem se
comportar. Os componentes têm liberdade para falar, se quiserem. Eles esquecerão que estão numa sala
fechada e se transportarão para outros lugares. Exemplo: Numa guerra, num temporal, numa floresta
sombria, andando sobre o fogo, a neve, na água, na beira de um abismo etc.
OBJETIVO: Desenvolver a capacidade de externar para o corpo sensações que precisem ser mostradas em
cena.
4.13. Criação de objetos
Os componentes devem estar um ao lado do outro numa fila reta. Em silêncio total, eles devem criar
objetos nas mãos e passar para o componente ao lado que deverá receber o objeto e transformá-lo em
outro e passar adiante até o ultimo componente. Deve-se levar em conta o peso, consistência e tamanho
do objeto. Quem receber uma agulha deverá recebê-la com cuidado para “não escapar de suas mãos”,
porem quem receber uma televisão fará muito esforço para segurá-la.
OBJETIVO: Desenvolver a criatividade e o improviso em cena. Tornar as mãos e o corpo ágeis.
4.14. Relaxamento
Faça esses exercícios com roupas confortáveis e ambiente tranqüilo. Tente adquirir o hábito de
"monitorar" a tensão muscular. Você pode fazer isso em qualquer situação do dia-a-dia: observe sua
postura, por exemplo, ao digitar ou segurar o mouse. Será que não está disperdiçando mais energia do que
o necessário? Faça uma pausa de alguns minutos, use um destes exercícios e retorne ao trabalho.
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Exercício-1
Bem devagar, faça movimentos com a cabeça: primeiro para frente, como se fosse encostar o queixo na
base do pescoço; para trás, fazendo o queixo apontar para o teto; para cada um dos lados, como se fossem
levar cada orelha ao ombro (atenção: não eleve o ombro, é a cabeça que se move!).
Exercício-2
Sempre devagar, faça movimentos de rotação com a cabeça. Deixe os ombros relaxados. Se ficar tonto,
leve a ponta da língua ao céu da boca e aperte.
Exercício-3
Faça movimentos circulares de rotação com os ombros - primeiro de trás para frente, depois invertendo a
direção.
Exercício-4
Em pé, procure alcançar o teto com as mãos. Tente sentir a musculatura se alongando, especialmente a
dos braços e as laterais do tronco. Então, deixe o corpo "desabar" para frente, com as mãos em direção ao
solo. Deixe a cabeça relaxada também (não tente olhar para frente). Vá então levantando bem devagar,
começando sempre pela cintura - a cabeça será a última a voltar à posição ereta.
Exercício-5
Esfregue as mãos para aquecê-las. Massageie então o seu pescoço, começando atrás das orelhas e
descendo até os ombros. Descubra onde estão os pontos mais tensos e tente "acalmá-los" com as pontas
dos dedos.
Exercício-6
Deitado contraia apenas os dedos dos pés. Observe a sensação de estar assim tenso. Então, relaxe os
dedos. Agora, observe bem a diferença entre estar tenso e relaxado. Repita esta experiência com cada
parte do corpo - pé, batata da perna, joelho, até chegar ao rosto. Tente vivenciar plenamente o contraste
entre tensão e relaxamento
Exercício-7
Deite-se de costas, certifique-se de que sua coluna esteja em contato com o chão.
Observe a oscilação natural de sua respiração, que se expande e contrai, por meio de seu tórax e abdome,
e pelo ouvir atento dos sons que emanam do interior. · Apenas observe e ouça as ações de seu corpo. Não
as manipule, não as controle. Apenas respire e conscientize-se de sua respiração.
Exercício-8
Fique ereto, com as pernas afastadas e na direção dos ombros. Distribua o peso igualmente. Imagine-se
agora segurando uma bola de praia debaixo de cada axila e sinta os espaços respiratórios que se abrem.
(Isso o encorajará a alongar os seus ombros e a abrir as suas axilas e, conseqüentemente, expandir o
volume de seu tórax para uma respiração mais profunda) Seu pescoço e cabeça devem estar alongados e
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livres. Mantenha essa posição por um minuto ou mais. Desfrute a extensão de sua coluna dorsal, o espaço
respiratório extra e a sensação de equilíbrio adequado entre o estado de calmaria e o de atenção.
Exercício-9
Sorria para o mundo! Em círculos, movimente, vigorosamente, as suas mãos, braços, pernas e pés.
Permitam-se alguns segundos de relaxamento entre cada rotação. Mas continue sorrindo. Você pode fazer
este exercício em pé, sentado ou deitado.
Exercício-10
O equilíbrio é importante. Tente estipular um horário para o exercício de "comportamento modal" – o
andar, o virar-se e o inclinar-se com livros sobre a cabeça. Respire suave e conscientemente, em harmonia
com os movimentos de seu corpo. Isto encoraja a coordenação suave graciosa dos músculos.
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO COMPLETA
Exercício 1
Permaneça com seus pés confortavelmente dissociados dos seus ombros, que apontam para cima; os
braços e as mãos soltas ao lado do corpo. Concentre-se em sim mesmo, confira a sua postura. Inspire pelo
nariz o mais demoradamente possível e expire todo o ar também devagar e silenciosamente.
Quando sentir-se vazio de ar, tussa e mostre para você mesmo que ainda possui reservas de ar escondidas.
Tente tocar o solo com a ponta dos dedos, curve os joelhos se necessário. Segure sua respiração por alguns
segundos.
Exercício 2
Conforme você respira, silenciosamente, pelo nariz, você, gradativamente, torna-se ereto. Estenda os
braços como asas, erguendo-as calma e suavemente, até equilibrá-los horizontalmente.
Exercício 3
Assim que você completar o movimento e a inspiração, coloque as mãos juntas acima da cabeça (como se
estivesse em oração). Lembre-se que as mãos postas devem estar acima do topo de sua cabeça. Segure a
inspiração.
Exercício 4
Quando você estiver preparado, silenciosamente, expire pela boca, e abaixe os seus braços, reta e
vagarosamente, até que estejam abaixo da horizontal. Rapidamente solte o ar que sobrou em um suspiro
forte e permita que a parte superior do seu corpo caia pesadamente, curve o quadril para frente, deixando
a cabeça pendente. Conscientemente libere todo o ar "usado", de que você não mais precisa. Relaxe por
algum tempo e repita o exercício desde o início.
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5. A Produção
5.1. Iluminação
Assistente de Iluminação. Ele é essencial numa apresentação teatral. É ele quem vai apagar e acender as
luzes e criar efeitos visuais com luzes. A iluminação deve ser testada durante os ensaios. A iluminação tem
que necessariamente vir do alto para não projetar “sombras” na parede de fundo do palco de
apresentação.
Quando falamos de iluminação cênica, falamos sobre uma arte que requer muito estudo como a música, a
cenografia, etc. A iluminação quando trabalhada com seriedade e profissionalismo pode criar ambientes e
modificá-los. Com um mesmo cenário base podemos representar ambientes opostos, apenas com uma
mudança na iluminação. Portanto, ao entender o tamanho potencial da iluminação e preciso buscar um
profissional habilitado para que, com acesso aos equipamentos necessários, possam ser alcançados os
objetivos da luz no espetáculo. Antes de qualquer coisa é necessário saber o objetivo da luz no espetáculo.
Cada refletor tem sua razão e importância. Sua posição, efeito produzido, ângulo de abertura, recorte da
luz, distribuição da luz, etc. Gostaria de apresentar alguns equipamentos muito utilizados em teatros.
Refletor Par
PAR significa Parabolic Aluminized Reflector. É um refletor completo, pois, possui sua lâmpada, espelho e
lente em um único conjunto selado. O espelho onde a luz é refletida, não sofre intempérie, não suja, não
arranha, não embaça, não oxida, fazendo com que o brilho e a distribuição do fluxo luminoso se
mantenham inalterado até o fim da vida da lâmpada.
Existem vários tipos de lâmpadas PAR, por exemplo: PAR20, PAR30, PAR36, PAR38, PAR56, PAR64, etc. O
número que vem após as letras é equivalente ao diâmetro do espelho parabólico. As PAR64 também
podem ser encontradas em focos diferentes:
PAR64 - foco 1 (vidro liso e transparente), abertura pequena;
PAR64 - foco 2 (vidro pontilhado), abertura média;
PAR64 - foco 5 (vidro entrelaçado), abertura grande.
Refletor Elipsoidal
São muito utilizados em teatros e em todo tipo de evento onde seja necessário um rigoroso controle da
luz. É o refletor mais complexo do mercado onde o iluminador pode controlar o ângulo de abertura, foco e
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fazer o recorte. Funciona de forma semelhante ao canhão seguidor só que em uma versão fixa onde o
ponto iluminado é previamente determinado.
Refletor Fresnel
Tem como objetivo distribuir a luz de forma que tenha um bom ângulo de abertura com bordas suavizadas.
É utilizado quando se tem a necessidade de banhar de luz um local de forma suave. Além de ser utilizado
em shows e teatros é muito requerido quando existe uma preocupação maior com a filmagem, lembrando
apenas que, apesar da possibilidade de utilização de bandors, a luz é bem distribuída podendo prejudicar a
visualização de telões por exemplo.
Refletor Plano Convexo (PC)
Tem a finalidade de iluminar destacadamente um local de forma semelhante ao elipsoidal, mas sem a sua
precisão. Existem muitos outros tipos de refletores. O importante é que o iluminador ou lighting designer
saiba o tipo de refletor a ser utilizado em cada situação e a forma de utilização. Também é importante
saber utilizar os acessórios como: bandors, gelatinas difusoras, gelatinas coloridas, etc.
O trabalho de iluminação cênica é muito mais que clarear um lugar, é dar vida a este lugar de forma que a
mensagem transmitida pelo show, teatro, palestra, etc, seja corretamente recebida pela platéia. A
iluminação mexe com um de nossos sentidos; a visão, por isso deve ser compreendida sua importância em
um evento, levando em consideração o poder em que nela existe de influenciar.
Em nosso caso, podemos explorar os aspectos mais positivos da iluminação de forma a honrar nosso Deus
e contagiar o público transmitindo as Suas verdades.
5.2. Sonorização
Selecione as musicas e fundos musicais a serem utilizados de acordo com o tema ou a cena a ser
desenrolada. Organize tudo de maneira prática. Fica por conta do Assistente de Som o bom andamento da
trilha sonora durante a apresentação da peça.
5.3. Figurino
Se houver necessidade de recriar roupas de época, haverá a necessidade de fazer vestimentas
específicas. Porém, se o texto abordar tema contemporâneo, converse com o Grupo para cada um cuidar
de seu próprio figurino. Caso haja troca de figurino de um mesmo personagem, é necessário ter um
Assistente de Figurino, para orientar a pessoa a respeito dessa mudança.
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O Figurino é uma arte dentro das artes cênicas. O figurinista desempenha um papel fundamental
dentro da dramaturgia, pois ele irá dar vida ao figurino e o figurino a apresentação. O figurinista deve criar
os figurinos do grupo juntamente para a personalidade de cada personagem, tipo físico e a época em que
será feita a obra. Além de criar o figurinista também é responsável pela supervisão e conservação das
roupas.
É importante lembrar que o figurino de teatro cristão é limitado, a cautela na criação é estritamente
necessária evitando a sensualidade no palco. A criatividade é o principal instrumento de trabalho do
figurinista e saiba que toda a criatividade vem de Deus.
FIGURINO (observar sempre os seguintes critérios):
 Tipo físico de cada ator
 Personalidade do personagem
 Repertório da peça
 Época (roupa, objetos, maquiagem)
INFLUÊNCIAS (observar as cores, que sentimentos elas trazem):
 PRETA: cor enriquecida, porém, pesada. Boa para representar pecado, tristeza, solidão... Reduz a
silhueta.
 BRANCA: anima o ambiente, mas, deve-se ter cuidado ao usá-la, pois engorda, alonga a silhueta.
 CINZA: entristece.
 AZUL: serenidade paz porque lembra o céu, mas ao mesmo tempo pode representar a tristeza.
 VERMELHA: cor quente, ideal para impactar, mas, CUIDADO ao usá-la, pois, ela tende o lado sensual.
 AMARELA: cor que representa alegria, luz, vivacidade... Também pode representar certa apatia quando
essa cor é usada em um tom mais claro.
IMPORTANTE:
 Observar o tipo físico de cada ator (baixo, alto, gorda, magro...), para ver que cor e modelo de figurino
lhe vestem melhor.
 Não coloque cores demais no palco, tira a concentração de quem está assistindo e também interfere no
desempenho (há exceções);
 Ter bastante CUIDADO com decotes, transparências, comprimento afim de não mostrar partes do corpo,
evitando a sensualidade.
 "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm..." Ao criarmos um figurino para uma
determinada peça devemos pedir a orientação de Deus para criarmos algo criativo e descente aos olhos
do Senhor.
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5.4. Cenário
Pode ser simples, ou muito bem estruturado. Isso vai depender da condição financeira do Grupo. De
qualquer maneira o uso do cenário pode ser dispensável, dependendo do assunto a ser abordado. Claro
que um cenário numa montagem teatral, produz um efeito visual muito bonito e realista.
5.5. Maquiagem
A maquiagem no teatro serve para acentuar a expressão do personagem e alterar os traços do ator.
Por isso você deve adaptar estas técnicas para o seu próprio uso, lembrando que pelo menos a metade do
trabalho de maquiagem é realizada antes de você tocar o rosto de um artista. Este trabalho pode incluir
pesquisa, rascunhos e testes de maquiagem para verificar se os efeitos desejados podem ser alcançados
pelos métodos que você dispõe.
MATERIAL PARA LIMPEZA DA PELE:
 Sabonete líquido ou creme de limpeza
 Loção tônica
 Demaquilante
 Lenço umedecido
 Hidratante
 Uma toalha
 Papel higiênico
MATERIAL UTILIZADO PARA A MAQUIAGEM:
 Base líquida (tons de pele)
 Pó compact (tons de pele)
 Lápis p/contorno (preto, vermelho, marrom e branco)
 Batom cor da pele ou corretivo (para maquiagem básica)
 Pancake (branco e colorido conforme o seu uso)
 Cotonete, lenço umedecido, demaquilante
 Sombra marrom (para envelhecer)
 Sombra azul (para drogado)
 Tinta de palhaço
 Sangue artificial
 Látex - Catherine Hill
 Rímel, deleneador
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 Glíter
 Pincel (vários tamanhos)
Processo de Maquiagem:
1.
Escolha o desenho e com o lápis azul faça-o;
2.
Comece pintando as cores claras (branco, amarelo,...);
3.
Pinte as cores escuras (como o azul, vermelho, preto,...);
4.
Dependendo do desenho pode-se usar um pincel grosso para ajudar
5.
O contorno é feito depois do desenho já pintado e deve ser feito com um pincel fino e bem traçado ou
lápis.
Maquiagem Teatro de Rua ou Pantomima:





Pancake branco como base
Lápis em torno do rosto como uma máscara
Lápis preto nos olhos e sobrancelhas
Baton preto
Rímel
Maquiagem de Palhaço, anjo ou demônio:


Pancake branco como base
Desenhar o que você quer com lápis azul e preencher os espaços com tinta de palhaço.
Como fazer: cicatriz corte ou tiro:
1. Modelar a massa
2. Opcional: Passar o látex com cotonete na região que será colocada a massa (cuidado com sobrancelha e
cabelo)
3. Esperar ficar pegajosa
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4. Colocar a massa
5. Trabalhar a massa com o lado oposto de um pincel ou com um grampo de roupa (fazer a arte)
6. Passar corretivo de maquiagem
7. Passar base cremosa
8. Passara sombra vermelha (com cotonete ou dedo) – (1º dia de machucado)
9. Passara sombra azul para dar profundidade (2º dia de machucado)
10. Passara sombra amarela (inflamação) (3º dia de machucado)
11. Poderá também passar a sombra marrom
12. Poderá passar a sombra azul em volta para dar mais profundidade
13. Colocar o sangue artificial (hematoma)
Como fazer Hematoma:
Aplicar as sombras
Sombra vermelha - batida lº dia
Sombra azul - profundidade 2º dia
Sombra amarela - inflamação 3º dia
Como fazer Pele Repuxada:
1. Passar o Látex com cotonete (na parte de dentro do braço)
2. Aplicar tira de papel higiênico
3. Aplicar látex
4. Aplicar papel higiênico
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5. Até formar +/- 3 ou 4 camadas
6. Depois de seco, remover o papel e utilizar como quiser
7. Pode ser feito no braço e trabalhado em outro local do corpo, pode ser utilizado para tampar um dos
olhos e também para maquiagem de envelhecimento.
Receita para Sangue:
Groselha, açúcar cristal e chocolate em pó
5.6. Divulgação
A Divulgação é extremamente importante para o Teatro. Afinal, se o objetivo é ganhar almas para o
Reino de Deus, a necessidade de chegar-se até essas almas é feita através da evangelização. Divulgue o
evento com pelo menos 1 mês de antecedência.
Varias são as formas de divulgar uma Apresentação de Teatro, aqui estão algumas dicas. É
necessário ter um convite ou um ingresso. Se for entrada franca, é imprescindível colocar isso de forma
clara e que chame atenção no convite. Distribua na Igreja, para os membros, jovens e grupos da Igreja.
Distribua nas ruas em pontos estratégicos.
- Faça cartazes e faixas.
- Se você tem acesso à internet, alguns sites cadastram eventos gratuitamente. Há também sites de
revistas e jornais que você pode enviar a matéria sobre o evento e eles publicam.
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