Maioria não mede pulsação regularmente

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Diário de Aveiro
A1
ID: 30641806
17-06-2010
Tiragem: 7014
Pág: 20
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Diária
Área: 18,27 x 33,13 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Maioria não mede
pulsação regularmente
População não sabe como fazê-lo ou desconhece a importância
deste gesto, que permite detectar uma arritmia cardíaca
TEMA DA SEMANA
A maioria dos portugueses
não mede a pulsação com regularidade, o que é fundamental
para detectar uma arritmia cardíaca, revela um estudo europeu
divulgado no domingo, por ocasião da comemoração do Dia
Mundial do Ritmo Cardíaco.
De acordo com o médico cardiologista e coordenador nacional
da campanha “Bate, Bate Coração”, Carlos Morais, o estudo indica que cerca de 70 por cento dos
portugueses já mediram a pulsação no passado, mas não o fazem
com regularidade. Segundo o cardiologista, os portugueses justificam-no com o facto de não saberem como o fazer (86 por cento) e
desconhecerem a importância do
teste (15 por cento).
“A mediação do pulso é uma
técnica muito simples e rápida
que permite saber qual o ritmo
cardíaco. É a maneira mais simples de nos apercebermos logo se
existe alguma coisa de errado
D.R.
I
MUITAS VEZES, as arritmias são assintomáticas
com o ritmo do nosso coração”,
diz o coordenador da campanha
que, em parceria com a Aliança
Arrítmica Europeia, realizou o
estudo em Portugal, Inglaterra e
Itália.
O inquérito mostra, também,
que 74 por cento dos portugueses
pensa que não está em risco de ter
um problema do ritmo cardíaco,
apesar de 42 por cento ter confessado já ter tido palpitações e 33 por
cento pensar que o seu coração
bate irregularmente.
Arritmia mata 15 mil
portugueses por ano
“É preocupante considerar que
uma grande parte das pessoas
não pense estar em risco de sofrer
uma arritmia cardíaca, porque
esse factor pode conduzir a uma
desvalorização dos sintomas desta doença fatal”, sustenta.
Uma arritmia é uma perturbação do ritmo dos batimentos cardíacos e pode ter consequências
fatais, quando não tratada. Os
sintomas de alerta são as palpita-
SABIA QUE...
DICA DA SEMANA
COMO MEDIR A PULSAÇÃO?
I Aproxime o indicador e o dedo médio da região próxima ao
punho, até sentir os impulsos.
I Pressione levemente, para não comprometer o fluxo de sangue que chega ao cérebro.
I Conte os batimentos durante 15 segundos e multiplique-os
por quatro, para obter o número de batimentos num minuto.
I No entanto, se o objectivo é obter a frequência cardíaca imediatamente a seguir ao exercício físico, o número de batimentos por minuto será resultado do produto da contagem dos
batimentos por seis.
ções, fadiga, tonturas, falta de ar e
dor de peito.
No entanto, sublinha o médico,
muitas vezes, as arritmias não
provocam sintomas e, por isso,
grande parte da população em
geral desconhece esta doença, alertando para as arritmias graves,
que podem ser causa de morte.
“Aliás, a principal causa de morte
súbita cardíaca na Europa são as
arritmias, matando mais pessoas
do que o cancro da mama, o cancro
do pulmão ou a SIDA”, frisa.
A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente,
afectando cinco a dez por cento da
população portuguesa acima dos
70 anos e é uma das principais
causas de acidente vascular cerebral. Todos os anos, mata cerca de
15 mil portugueses.
“Surpreendentemente, qualquer pessoa, em qualquer idade
pode estar em risco. A morte súbita pode afectar os jovens, e mesmo os atletas que estão fisicamente aptos”, comenta Trudie Lobban,
fundadora da Aliança Arrítmica.l
CAUSAS DA ARRITMIA CARDÍACA
I A arritmia pode ocorrer quando os sinais eléctricos que controlam os batimentos cardíacos ficam atrasados ou bloqueados. Isso pode acontecer quando as células nervosas especiais que produzem o sinal eléctrico não funcionam apropriadamente, ou quando os sinais eléctricos não viajam, normalmente, pelo coração.
Também pode ocorrer quando outra parte do coração começa
a produzir sinais eléctricos, adicionando aos sinais das células
nervosas especiais, e alterando o batimento cardíaco normal.
Stress, fumo, grande ingestão de álcool, exercício físico muito
forte, uso de certas drogas ou determinados medicamentos e
muita cafeína podem ocasionar arritmia nalgumas pessoas.
Um ataque cardíaco, ou outras condições que danificam o sistema eléctrico do coração, também podem causar arritmia.
Essas condições incluem pressão alta, doença da artéria coronária, insuficiência cardíaca, hipotiroidismo, hipertiroidismo e
doença reumática do coração.
SINTOMAS
Quando os sinais e sintomas estão presentes, os mais
comuns são:
Palpitações cardíacas (sensação de que o coração saltou um
batimento ou está a bater muito forte).
Batimento cardíaco lento.
Batimento cardíaco irregular.
Sensação de pausa entre os batimentos cardíacos.
I
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