BACIAS HIDROGRÁFICAS – UM ESTUDO COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ALCIDE JUBÉ Regiane dos SantosFerreira Universidade Estadual de Goiás/UnU Goiás [email protected] Tiago da Silva Soares Universidade Estadual de Goiás/UnU Goiás [email protected] Dominga Correia Pedroso Moraes Universidade Estadual de Goiás/UnU Goiás [email protected] Introdução O estágio supervisionado constitui uma das fases mais importantes na vida acadêmica dos estudantes de graduação, neste caso, do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Goiás. O estagio propicia aos acadêmicos o conhecimento da realidade profissional a partir da realização de observações e semi-regências de aulas e da elaboração e desenvolvimento de projetos de ensino para fazer a regência. Durante os momentos de observação realizados na escola campo Alcide Jubé na cidade de Goiás, junto com a professora regente de geografia, decidiu-se trabalhar um projeto com a temática das Bacias Hidrográficas. Com a finalidade estudar com os alunos a importância das bacias hidrográficas em nosso meio. Diante disso, algumas questões nortearam o projeto: Qual é a importância das bacias hidrográficas em nosso meio? Existe relação entre o homem e as bacias hidrográficas? O que são bacias hidrográficas? Qual é a bacia hidrográfica do município de Goiás? E do estado de Goiás? Como está a situação das nascentes de rios e córregos no município de Goiás? Qual é o rio principal da bacia hidrográfica do município de Goiás? Qual o rio principal da bacia hidrográfica do município e do Estado de Goiás? O objetivo do projeto foi o de discutir com os alunos a importância das bacias hidrográficas para a sociedade e o ambiente. Também, proporcionar aos alunos a construção do conhecimento sobre as bacias hidrográficas; levar os alunos a compreender a necessidade de conhecer os conceitos Anais - Goiás, v.1, n.1, p.49-52, ano 2013.. 49 referentes às bacias hidrográficas e compreender a relação do homem com os rios e as bacias hidrográficas. A metodologia para a realização do projeto sobre Bacias Hidrográficas foi feita através de um levantamento com os alunos sobre o que eles conhecem das bacias hidrográficas, suas estruturas, se sabem a relação que o homem estabelece com elas. Feito isso, planejou-se seqüências didáticas por meio de atividades de leitura e interpretação de textos. Planejar, uma aula na visão de Libâneo (1994) , requer um envolvimento do professor versus aluno daquilo que se procura atingir no contexto social. Pensando dessa forma, percebe-se que se existe alguma proposta pedagógica na escola é porque alunos e professores fazem parte diretamente da dinamicidade do meio em que vivem. Embasados nisso, deve-se sempre buscar novos conhecimentos, pois compomo-nos com o passar do tempo. E na realidade, os alunos precisam de temas que os façam refletirem o papel que desempenham dentro da sociedade. Para Libâneo: O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais;tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas , políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes.Isso significa que os elementos do planejamento escolar-objetivos, conteúdos , métodos – estão recheados de implicações sociais , têm um significado genuinamente político .(Libâneo,1994.p.222) Conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa caminhos e estratégias metodológicas. A metodologia é valida somente com a definição de objetivos pertinentes nas estratégias pedagógicas. Resultados Os resultados do Projeto aplicado no 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Professor Alcide Jubé, foram positivos e os objetivos alcançados. Tivemos a oportunidade de dialogar, pesquisar, interagir, refletir sobre as bacias hidrográficas, suas características, sobre a questão das nascentes e mananciais que formam e abastecem as bacias e sobre a importância da preservação dos mesmos. Para apresentar o tema bacias hidrográficas utilizamos de textos de livros, jornais, revistas. No intuito de dinamizar e facilitar a compreensão dos alunos fizemos uma aula de campo com finalidade de que os alunos pudessem fazer analises e comparações do conteúdo, tornando relevante a discussão das informações e para que acontecesse a consolidação da aprendizagem. Anais - Goiás, v.1, n.1, p.49-52, ano 2013.. 50 Das atividades desenvolvidas, a aula de campo teve maior destaque e aceitação por parte dos alunos, pois puderam vivenciar e interagir com o meio, visualizando o córrego Manoel Gomes afluente do Rio Vermelho. Nesta aula de campo observamos um longo trecho, na área urbana, do Rio Vermelho que é um dos principais afluentes do Rio Araguaia e que foi muito explorado com a mineração no período colonial. No campo os alunos tiveram a oportunidade de observar, na prática, o encontro de um afluente com o rio principal, entendendo como se dá a formação real de uma bacia hidrográfica. No retorno à sala de aula fizemos uma dinâmica para consolidar a aprendizagem do campo, cada aluno teve a oportunidade de comparar o que estudamos nos textos, imagens e vídeo anteriores ao campo, com o que observaram na prática. Nesta atividade foi possível perceber que o conhecimento sobre bacias hidrográficas da turma foi significativo. Observamos que em uma aula de campo os alunos se interagem mais do que na sala de aula, tanto entre eles, como com os professores e também, apesar das brincadeiras e conversas, atendem à proposta estabelecida em sala de aula. Considerações finais O mais importante é salientar a satisfação de ver o conhecimento adquirido pelos alunos durante a aplicação do projeto, constatamos isso ao corrigir as atividades e os textos produzidos por eles e através das participações orais em sala de aula. Ressaltamos que, para os acadêmicos, a realização da regência durante as atividades do Estágio Supervisionado foi muito importante, pois tivemos a oportunidade de ver como é o dia a dia em uma sala de aula e a organização da escola como um todo. Esta experiência foi à base para que possamos, no futuro, assumir como profissionais regentes no ensino de Geografia. Referências BIGOTTO, José Francisco. VITIELLO, Marcio Abandanza. Albuquerque, Maria Adailza Martins. Coleção Geografia: Sociedade e cotidiano. 2 ed-São Paulo: Escala Educacional, 2010. CAVALCANTI, Lana de Souza. As bacias hidrográficas da região metropolitana de Goiânia. Goiânia :Gráfica e editora Vieira, 2009. Anais - Goiás, v.1, n.1, p.49-52, ano 2013.. 51 CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino/ Lana de Souza Cavalcanti. Goiânia]: Alternativa, 2002. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 52 Anais - Goiás, v.1, n.1, p.49-52, ano 2013..