Oftalmologia e Clínica Médica - Sistema de Controle de Matrículas

Propaganda
CLÍNICA CIRÚRGICA
Oftalmologia e
Clínica Médica
Autoria e colaboração
OFTALMOLOGIA
Daniel Cruz Nogueira
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellow em Retina pelo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital dos Olhos
de Dourados - Dourados - MS. Preceptor de catarata na Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo. Estágio em retina e vítreo na
University of California, San Francisco (UCSF - EUA).
Gustavo Malavazzi
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em
Oftalmologia pela Santa Casa de São Paulo e em Catarata pela
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é orientador no Instituto da Catarata.
José Paulo Ladeira
Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médica, em
Medicina Intensiva e em Medicina de Urgência pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HC-FMUSP). Médico plantonista das Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Kelly Roveran Genga
Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Clínica Médica pela Casa de Saúde Santa Marcelina,
em Hematologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Terapia Intensiva pelo Hospital do Servidor Público
Estadual (HSPE).
Fabrício Martins Valois
Graduado e especialista em Oftalmologia pela Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é médico assistente do
Instituto de Catarata.
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
(UFMA). Especialista em Clínica Médica no Conjunto Hospitalar
do Mandaqui. Especialista em Pneumologia pela Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professor da disciplina de Semiologia da UFMA.
Lincoln Lemes Freitas
Ana Cristina Martins Dal Santo Debiasi
Liang Shih Jung
Graduado em Medicina e especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutor em Ciências
Médicas pela Universidade da Califórnia. Diretor científico do
setor de Catarata da Oftalmologia da UNIFESP.
Wilson Takashi Hida
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade do
Oeste Paulista (UNOESTE). Especialista em Oftalmologia pela
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde é assistente
do setor de Catarata. Research fellow do setor de Catarata e
pós-graduado pelo HC-FMUSP. Médico do Banco de Olhos de
Sorocaba (BOS).
Atualização 2016
Daniel Cruz Nogueira
Assessoria didática
Eduardo Bertolli
CLÍNICA MÉDICA
Leandro Arthur Diehl
Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica e em
Endocrinologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Mestre em Medicina e
Ciências da Saúde pela UEL e doutor em Biotecnologia Aplicada
à Saúde da Criança e do Adolescente, linha de Ensino em Saúde,
pelas Faculdades Pequeno Príncipe. Médico docente da UEL, supervisor do programa de Residência Médica em Clínica Médica
do Hospital Universitário de Londrina/UEL e vice-coordenador
do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HU/UEL.
Graduada pela Faculdade de Medicina de Alfenas. Especialista
em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)
e em Nefrologia pela Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo. Mestre em Nefrologia pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Médica do corpo clínico dos Hospitais A. C. Camargo, São Camilo
(Pompeia) e São Luiz. Professora da graduação de Medicina da
Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Natália Corrêa Vieira de Melo
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Clínica Médica pela Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Nefrologia pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HC-FMUSP). Doutoranda em Nefrologia pela FMUSP.
Fábio Freire José
Graduado em Medicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde
Pública. Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médico assistente da disciplina de Clínica Médica e preceptor-chefe da enfermaria de clínica médica do Hospital São Paulo.
Fernanda Maria Santos
Graduada pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Marcos Laércio Pontes Reis
Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Pará
(UEPA). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia do Pará. Especialista em Hematologia e Hemoterapia
pela Casa de Saúde Santa Marcelina e mestre em Transplante
de Células-Tronco Hematopoéticas pela Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP).
Durval Alex Gomes e Costa
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia
pelo Hospital Heliópolis. Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Estadual Mário Covas, Santo
André. Médico infectologista do Serviço de Moléstias
Infecciosas do Hospital do Servidor Público Estadual de
São Paulo.
Carolina dos Santos Lázari
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de
Uberlândia (UFU). Especialista em Infectologia pelo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Ex-preceptora
do Programa de Residência Médica em Infectologia da
FMUSP. Médica infectologista do Serviço de Extensão ao
Atendimento a Pacientes com HIV/AIDS da Divisão de
Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP no
período de 2006 a 2012. Médica assistente da Enfermaria da mesma Divisão.
Bruno Sampaio Saba
Especialista pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em cuja UTI atua como médico plantonista. Título
de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC). Doutorando em Medicina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (HC-FMUSP). Cardiologista do checkup do Hospital
Alemão Oswaldo Cruz.
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Espe-
cialista em Clínica Médica, em Emergências Clínicas e em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente
da disciplina de Emergências Clínicas.
Mauro Augusto de Oliveira
Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Professor das
disciplinas de Neurocirurgia e Neurologia da PUC-Campinas. Médico da Casa de Saúde de Campinas.
Atualização 2016
Leandro Arthur Diehl
José Paulo Ladeira
Fabrício Martins Valois
Ana Cristina Martins Dal Santo Debiasi
Marcos Laércio Pontes Reis
Durval Alex Gomes e Costa
Mauro Augusto de Oliveira
Assessoria didática
Roberto Moraes Júnior
Ronald Reverdito
Gustavo Swarowsky
Fernando Sabia Tallo
Natália Varago Franchiosi
Revisão técnica
Alyne Duarte Bacha
Cleiton Geraldo Terra
Élide Correia Cervantes
Gleica Maria Josino de Macena
Jéssica Hae Lim Lee
Lívia Benini Kohler
Luiz Felipe Ribeiro Cordoni
Maíra de Camargos Resende
Priscilla Maggiotto Dias
Tamires de Menezes França
Apresentação
O estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apaixonado
por desafios, depois de anos submetido a aulas teóricas e plantões em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha de uma
especialização, sobretudo se esta exige pré-requisito, seguida da conquista
do ingresso em um centro e programa de Residência Médica de renome.
Mas isso só é possível com o auxílio de um material didático prático, bem
estruturado e preparado por quem é especialista no assunto, e a Coleção
R3, da qual fazem parte 6 volumes só de Clínica Cirúrgica, foi desenvolvida
nesse contexto. Os capítulos baseiam-se em temas recorrentes nas provas
dos principais concursos do Brasil, com pré-requisito em Clínica Cirúrgica,
ao passo que os casos clínicos e as questões são comentados a fim de oferecer a interpretação mais segura possível de cada resposta.
Bons estudos!
Índice
Capítulo 1 - Conceitos gerais...........................21
Capítulo 7 - Cristalino........................................75
1. Anatomia...................................................................... 22
2. Equipamentos oftalmológicos...............................27
Resumo............................................................................. 29
1. Introdução....................................................................76
2. Catarata........................................................................76
Resumo.............................................................................80
Capítulo 2 - Erros de refração......................... 31
Capítulo 8 - Glaucoma.......................................81
1. Introdução................................................................. 32
2. Conceitos......................................................................32
3. Tipos de lentes........................................................... 34
4. Ametropia....................................................................35
5. Ambliopia.................................................................... 38
6. Lentes de contato..................................................... 38
Resumo............................................................................. 39
Capítulo 3 - Pálpebras.......................................41
1. Introdução .................................................................. 42
2. Blefarite....................................................................... 42
3. Hordéolo externo.....................................................44
4. Calázio..........................................................................44
5. Anomalias da margem palpebral.........................44
6. Tumores benignos palpebrais............................... 46
7. Tumores malignos palpebrais.................................47
Resumo.............................................................................48
Capítulo 4 - Conjuntiva.................................... 49
1. Introdução................................................................... 50
2. Conjuntivite................................................................ 50
3. Conjuntivite por gonococos....................................53
4. Conjuntivite alérgica................................................ 54
5. Conjuntivites autoimunes...................................... 56
6. Pterígio.........................................................................57
7. Distúrbios do olho seco........................................... 58
Resumo.............................................................................60
Capítulo 5 - Esclera e episclera....................... 61
1. Introdução................................................................... 62
2. Episclerite.................................................................... 62
3. Esclerite imunomediada......................................... 62
4. Esclerite infecciosa................................................... 65
Resumo............................................................................. 66
Capítulo 6 - Córnea............................................67
1. Introdução................................................................... 68
2. Ceratites infecciosas................................................ 68
3. Ceratites intersticiais................................................ 71
4. Ceratites imunológicas............................................ 71
5. Ectasias corneais........................................................72
6. Distrofias corneanas.................................................73
Resumo..............................................................................74
1. Introdução................................................................... 82
2. Glaucoma primário de ângulo aberto ou
glaucoma crônico simples..................................... 83
3. Glaucoma de PIO normal........................................84
4. Glaucoma primário de ângulo fechado .............84
5. Glaucomas secundários.......................................... 85
Resumo.............................................................................88
Capítulo 9 - Uveítes.......................................... 89
1. Introdução...................................................................90
2. Classificação anatômica .........................................90
3. Classificação clínica..................................................90
4. Classificação etiológica...........................................90
5. Achados clínicos........................................................90
6. Tratamento..................................................................93
7. Etiologias...................................................................... 94
Resumo............................................................................. 98
Capítulo 10 - Retina.......................................... 99
1. Introdução.................................................................100
2. Descolamento de retina........................................100
3. Doença macular relacionada à idade.................101
4. Retinopatia diabética............................................ 102
5. Retinopatia hipertensiva......................................104
6. Oclusão arterial ...................................................... 105
7. Oclusão venosa ....................................................... 106
8. Retinopatia da prematuridade........................... 108
Resumo............................................................................110
Capítulo 11 - Órbita...........................................111
1. Introdução.................................................................. 112
2. Celulite orbitária...................................................... 112
3. Tumores benignos orbitários...............................114
4. Doença ocular tireoidiana..................................... 115
Resumo............................................................................118
Capítulo 12 - Tumores malignos ................... 119
1. Tumores malignos de pálpebra........................... 120
2. Tumores malignos de órbita................................. 121
3. Tumores malignos de bulbo ocular....................122
Resumo............................................................................126
Capítulo 13 - Estrabismo................................127
1. Introdução................................................................. 128
2. Diagnóstico............................................................... 128
3. Tipos............................................................................ 128
4. Tratamento................................................................129
Resumo........................................................................... 130
Capítulo 14 - Traumatismos oculares.......... 131
1. Introdução..................................................................132
2. Diagnóstico................................................................132
3. Tratamento............................................................... 134
Resumo............................................................................137
Capítulo 15 - Manifestações oculares na
AIDS....................................................................139
1. Definição....................................................................140
2. Classificação.............................................................140
3. Etiologia.....................................................................140
4. Quadro clínico..........................................................140
5. Diagnóstico laboratorial e tratamento............ 141
Resumo........................................................................... 144
Capítulo 16 - Toxicidade farmacológica.......145
1. Introdução................................................................. 146
2. Principais fármacos................................................ 146
3. Medicações tópicas oculares e efeitos
sistemicos..................................................................147
4. Drogas de abuso......................................................147
Resumo........................................................................... 148
Capítulo 1 - Anatomia e alterações no
traumatismo cranioencefálico ..................... 151
1. Introdução..................................................................152
2. Considerações anatômicas/fisiológicas............152
3. Hérnias cerebrais ....................................................155
4. Avaliação....................................................................156
5. Avaliação radiológica e neuroimagem..............159
6. Fraturas de crânio.................................................. 160
7. Lesões cerebrais difusas........................................162
8. Lesões cerebrais focais..........................................165
9. Hematoma subdural.............................................. 166
10. Contusão/hematoma cerebral traumático...169
11. Tratamento clínico................................................. 170
Resumo............................................................................176
Capítulo 2 - Pós-operatório de Cirurgia
Cardíaca.............................................................177
1. Introdução..................................................................178
2. Monitorização no pós-operatório imediato....178
3. Consequências fisiopatológicas da CEC........... 180
4. Suporte cardiovascular.........................................181
5. Complicações associadas ao suporte
ventilatório................................................................185
6. Complicações hemorrágicas............................... 186
7. Complicações neurológicas...................................187
8. Complicações renais e endócrinas.....................187
9. Complicações gastrintestinais............................ 188
10. Complicações infecciosas................................... 189
11. Considerações gerais............................................ 189
Resumo........................................................................... 190
Capítulo 3 - Parada cardiorrespiratória...... 191
1. Introdução..................................................................192
2. Manobras de suporte básico de vida.................193
3. Manobras de suporte avançado de vida......... 198
4. Cuidados após a reanimação............................. 204
5. Fatores prognósticos.............................................205
Resumo...........................................................................206
Capítulo 4 - Hipertensão arterial sistêmica conceitos fundamentais................................ 207
1. Introdução................................................................ 208
2. Fisiopatologia ......................................................... 208
3. Fatores de risco.......................................................209
4. Diagnóstico............................................................... 210
5. Classificação .............................................................213
6. Avaliações clínica e laboratorial......................... 214
Resumo........................................................................... 218
Capítulo 5 - Hipertensão arterial sistêmica tratamento .......................................................219
1. Tratamento................................................................220
2. Hipertensão arterial resistente..........................229
Resumo...........................................................................230
Capítulo 6 - Emergências hipertensivas.....231
1. Definição.................................................................... 232
2. Dissecção aguda de aorta.................................... 233
3. Encefalopatia hipertensiva..................................234
4. Hipertensão maligna............................................. 235
5. Edema agudo de pulmão......................................236
6. Síndrome coronariana aguda.............................236
7. Acidente vascular encefálico...............................236
Resumo...........................................................................239
Capítulo 7 - Distúrbio do equilíbrio
acidobásico........................................................241
1. Introdução.................................................................242
2. Controles respiratório e metabólico ................242
3. Diagnóstico laboratorial ......................................244
4. Abordagem sistemática para diagnóstico .....246
5. Desordens acidobásicas específicas..................251
Resumo...........................................................................260
Capítulo 8 - Choque.........................................261
1. Introdução.................................................................262
2. Oferta e consumo de O2........................................262
3. Monitorização hemodinâmica por cateter
de Swan-Ganz......................................................... 267
4. Choque hipovolêmico e reposição volêmica....... 272
5. Choque cardiogênico............................................. 281
6. Choque obstrutivo.................................................284
7. Choque distributivo................................................284
Resumo........................................................................... 292
Capítulo 9 - Tromboembolismo pulmonar...... 293
1. Introdução e definições.........................................294
2. Etiologia e fatores de risco..................................294
3. Achados clínicos......................................................296
4. Exames complementares..................................... 297
5. Avaliação de probabilidade pré-teste e uso
racional dos exames complementares............ 301
6. Diagnóstico diferencial.........................................302
7. Estratificação de risco...........................................303
8. Tratamento.............................................................. 304
9. Prevenção ................................................................307
Resumo ..........................................................................308
Capítulo 10 - Doenças da hipófise...............309
1. Introdução................................................................. 310
2. Hipopituitarismo...................................................... 311
3. Diabetes insipidus....................................................316
4. Tumores hipofisários..............................................319
5. Hiperprolactinemia e prolactinoma...................321
6. Acromegalia............................................................. 325
7. Doença de Cushing..................................................328
8. Tireotrofinomas......................................................329
9. Tumores clinicamente não funcionantes.........329
Resumo...........................................................................329
Capítulo 11 - Doenças das adrenais..............331
1. Introdução................................................................. 332
2. Insuficiência adrenal.............................................. 332
3. Síndrome de Cushing.............................................345
4. Síndrome de Nelson............................................... 352
5. Hiperplasia adrenal congênita............................ 352
6. Hiperaldosteronismo.............................................354
7. Feocromocitoma...................................................... 357
8. Tumores e massas adrenais.................................361
Resumo........................................................................... 363
Capítulo 12 - Abordagem inicial da
hemostasia e trombose................................. 365
1. Introdução e fisiologia da coagulação...............366
Resumo........................................................................... 372
Capítulo 13 - Distúrbios da hemostasia
primária............................................................. 373
1. Introdução................................................................. 374
2. Trombocitopenia..................................................... 375
Resumo...........................................................................389
Capítulo 14 - Distúrbios das hemostasias
secundária e terciária.....................................391
I. Distúrbios da hemostasia secundária............... 392
- Introdução e considerações gerais..................... 392
II. Distúrbios da hemostasia terciária...................401
- Introdução..................................................................401
Resumo.......................................................................... 402
Capítulo 15 - Trombofilias..............................405
1. Introdução................................................................ 406
Resumo........................................................................... 416
Capítulo 16 - Distúrbios do potássio............417
1. Introdução aos distúrbios hidroeletrolíticos.....418
2. Distúrbios do potássio.......................................... 418
Resumo...........................................................................443
Capítulo 17 - Distúrbios do sódio.................445
1. Introdução................................................................ 446
2. Hipernatremia..........................................................447
3. Hiponatremia...........................................................454
Resumo...........................................................................465
Capítulo 18 - Distúrbios do cálcio................ 467
1. Introdução................................................................ 468
2. Hipercalcemia..........................................................469
3. Hipocalcemia............................................................ 477
Resumo...........................................................................483
Capítulo 19 - Sepse.........................................485
1. Introdução................................................................ 486
2. Manifestações clínicas.......................................... 491
3. Diagnóstico etiológico...........................................493
4. Tratamento...............................................................495
5. Febre de origem indeterminada........................498
Resumo...........................................................................503
Capítulo 20 - Principais antimicrobianos.... 505
1. Antibióticos...............................................................506
2. Antifúngicos............................................................. 526
3. Antiparasitários...................................................... 532
4. Antivirais................................................................... 536
Resumo...........................................................................538
CASOS CLÍNICOS
COMENTÁRIOS
Oftalmologia.................................................................543
Clínica Médica.............................................................. 544
Oftalmologia
QUESTÕES
Oftalmologia
Cap. 1. Conceitos gerais............................................. 569
Cap. 2. Erros de refração.......................................... 569
Cap. 3. Pálpebras.........................................................570
Cap. 4. Conjuntiva........................................................570
Cap. 5. Esclera e episclera.........................................571
Cap. 6. Córnea................................................................571
Cap. 7. Cristalino.......................................................... 572
Cap. 8. Glaucoma......................................................... 573
Cap. 9. Uveítes.............................................................. 574
Cap. 10. Retina............................................................... 574
Cap. 11. Órbita ............................................................... 576
Cap. 12. Tumores malignos......................................... 576
Cap. 13. Estrabismo...................................................... 577
Cap. 14. Traumatismos oculares.............................. 578
Cap. 15. Manifestações oculares na AIDS............. 578
Cap. 16. Toxicidade farmacológica........................... 579
Outros temas................................................................ 579
Clínica Médica
Cap. 1. ­ Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico..............................................581
Cap. 2. Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca...... 583
Cap. 3. Parada cardiorrespiratória........................584
Cap. 4. Hipertensão arterial sistêmica conceitos fundamentais..............................586
Cap. 5. Hipertensão arterial sistêmica tratamento...................................................... 587
Cap. 6. Emergências hipertensivas........................588
Cap. 7. Distúrbio do equilíbrio acidobásico.........589
Cap. 8. Choque...............................................................591
Cap. 9. Tromboembolismo pulmonar................... 595
Cap. 10. Doenças da hipófise..................................... 597
Cap. 11. Doenças das adrenais..................................598
Cap. 12. Abordagem inicial da hemostasia e
trombose......................................................... 601
Cap. 13. Distúrbios da hemostasia primária.........602
Cap. 14. Distúrbios das hemostasias
secundária e terciária................................. 604
Cap. 15. Trombofilias....................................................605
Cap. 16. Distúrbios do potássio................................606
Cap. 17. Distúrbios do sódio...................................... 608
Cap. 18. Distúrbios do cálcio.......................................610
Cap. 19. Sepse..................................................................612
Cap. 20. Principais antimicrobianos........................614
Outros temas.................................................................616
Cap. 1. Conceitos gerais..............................................621
Cap. 2. Erros de refração...........................................621
Cap. 3. Pálpebras.........................................................622
Cap. 4. Conjuntiva........................................................ 623
Cap. 5. Esclera e episclera........................................ 623
Cap. 6. Córnea...............................................................624
Cap. 7. Cristalino.......................................................... 625
Cap. 8. Glaucoma......................................................... 625
Cap. 9. Uveítes..............................................................626
Cap. 10. Retina............................................................... 627
Cap. 11. Órbita................................................................628
Cap. 12. Tumores malignos.........................................629
Cap. 13. Estrabismo......................................................630
Cap. 14. Traumatismos oculares..............................630
Cap. 15. Manifestações oculares na AIDS..............631
Cap. 16. Toxicidade farmacológica............................631
Outros temas.................................................................631
Clínica Médica
Cap. 1. Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico............................................. 635
Cap. 2. Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca......638
Cap. 3. Parada cardiorrespiratória........................ 639
Cap. 4. Hipertensão arterial sistêmica conceitos fundamentais............................. 640
Cap. 5. Hipertensão arterial sistêmica tratamento...................................................... 641
Cap. 6. Emergências hipertensivas........................642
Cap. 7. Distúrbio do equilíbrio acidobásico.........643
Cap. 8. Choque..............................................................646
Cap. 9. Tromboembolismo pulmonar................... 652
Cap. 10. Doenças da hipófise.....................................654
Cap. 11. Doenças das adrenais.................................. 656
Cap. 12. Abordagem inicial da hemostasia e
trombose......................................................... 659
Cap. 13. Distúrbios da hemostasia primária.........662
Cap. 14. Distúrbios das hemostasias
secundária e terciária..................................664
Cap. 15. Trombofilias....................................................665
Cap. 16. Distúrbios do potássio................................ 667
Cap. 17. Distúrbios do sódio.......................................669
Cap. 18. Distúrbios do cálcio...................................... 672
Cap. 19. Sepse................................................................. 676
Cap. 20. Principais antimicrobianos....................... 679
Outros temas................................................................ 681
Referências bibliográficas.........................................687
CLÍNICA CIRÚRGICA
Oftalmologia
Daniel Cruz Nogueira
Neste capítulo, será revisada a anatomia do olho, além
dos principais equipamentos utilizados em Oftalmologia.
Na anatomia do olho, destacam-se as pálpebras, cuja função é a proteção do globo ocular; a córnea, que possui alto
poder de refração; o cristalino, que também está associado à refração e principalmente a acomodação visual;
e a retina, responsável por transformar o estímulo luminoso em impulsos elétricos ao encéfalo. É essencial que
o candidato compreenda a anatomia do olho para compreender as patologias que serão discutidas nos capítulos
subsequentes. No que se refere aos equipamentos utilizados, destacam-se o projetor de acuidade visual, usado
para quantificar a visão em cada olho, o refrator subjetivo, utilizado para medir a refração, a lâmpada de fenda,
utilizada no exame de fundo de olho e para a realização
da biomicroscopia anterior, o tanômetro, para medir a
pressão intraocular, e por fim o oftalmoscópio, que serve
para avaliar retina, nervo óptico e humor vítreo.
1
Conceitos gerais
conceitos geRais
K - Nervo óptico
Suas fibras iniciam-se nas células ganglionares da retina e vão até o
lobo occipital do encéfalo, cerca de 1.000.000 de neurônios. Divide-se
em:
- Porção bulbar: 1mm de comprimento intraocular e 1,5mm de diâmetro, o disco óptico;
- Intraorbital: 25 a 30mm;
- Intraóssea: 4 a 9mm;
- Intracranial: 5 a 16mm, tem continuidade com o quiasma óptico.
L - Humor vítreo
Gel transparente que ocupa a cavidade vítrea e 4/5 do volume do bulbo
ocular. É composto em 99% de água e o restante de ácido hialurônico,
glicosaminoglicanos, colágeno e outros.
Vídeo
Anatomia do olho
M - Músculos extrínsecos oculares
Responsáveis pelo alinhamento visual, têm origem na órbita e estão inseridos na esclera do bulbo ocular. São eles, com suas respectivas inervações: reto superior (III – oculomotor), reto inferior (III), reto lateral (VI
– abducente), reto medial (III), oblíquo superior (IV – troclear) e oblíquo
inferior (III). O desequilíbrio de suas funções gera o estrabismo.
Figura 6 - Músculos extrínsecos oculares
2. Equipamentos oftalmológicos
Para realizar um diagnóstico preciso, o oftalmologista necessita de
aparelhos desenvolvidos para avaliar a visão, o olho e os seus anexos.
Existem dezenas de aparelhos e centenas de modelos de todos os tamanhos e preços.
Vamos nos centrar nos 5 principais tipos, que ajudam no diagnóstico da
grande maioria das enfermidades:
A - Tabela ou projetor de acuidade visual
Com ela, é possível quantificar a visão de cada olho.
Figura 7 - Tabela de Snellen
com optotipos que não necessitam de alfabetização
27
Wilson Takashi Hida
Liang Shih Jung
Lincoln Lemes Freitas
Daniel Cruz Nogueira
Neste capítulo, serão abordadas as características normais
das pálpebras e as principais doenças nessa região. Pela localização, são situações que normalmente levam o paciente a
procurar atendimento médico prontamente, de modo que é
importante conhecer os diagnósticos diferenciais e as respectivas condutas. As principais afecções das pálpebras são
a blefarite, o hordéolo externo, o calázio e outras anomalias
da margem palpebral, como a ptose, o entrópio e o ectrópio; há, ainda, os tumores benignos (hemangiomas e nevos)
e malignos (carcinomas) palpebrais. Dentre elas, as mais
comuns são a blefarite, o hordéolo externo e o calázio. A blefarite pode decorrer de processos alérgicos ou infecciosos
relacionados a doenças dermatológicas (dermatoblefarite)
ou, ainda, de infecções bacterianas (estafilocócicas), virais
(herpes) e parasitarias (pitiríase) não associadas a dermatopatias. O hordéolo externo, também conhecido como terçol,
é um processo infeccioso agudo das glândulas de Meibomius
causado por Staphylococcus, enquanto o calázio se constitui em processo inflamatório não infeccioso dessas mesmas
glândulas decorrente da reação granulomatosa realizada
por tecidos vizinhos em virtude da secreção das glândulas
de Meibomius.
3
Pálpebras
PÁlPeBRas
neurogênica (defeito de inervação), miogênica (causada por miopatia
do próprio músculo levantador da pálpebra ou por defeito dos receptores neuromusculares – exemplo: miastenia gravis), aponeurótica (defeito da aponeurose do músculo levantador da pálpebra) ou mecânica
(causada por efeito gravitacional de uma massa ou cicatriz – Figura 4).
Tratamento
O tratamento da
ptose palpebral é a
correção cirúrgica.
Pergunta
Figura 4 - Ptose mecânica por massa amiloide
B - Entrópio
É a inversão da margem palpebral (Figura 5). Pode ser congênito ou
involucional. Este último ocorre por degeneração senil dos tecidos
elásticos e fibrosos da pálpebra. O constante atrito dos cílios na córnea
e na conjuntiva pode levar a lesões.
O tratamento é a correção cirúrgica.
2014 - INCA
1. Uma adolescente de 12 anos
apresenta um nódulo na pálpebra inferior pela 2ª vez no mês.
Respondeu adequadamente ao
tratamento com antibiótico oral
no episódio anterior, e agora o
nódulo não tem eritema ou enduração. Não há febre, alteração
visual ou alteração conjuntival. A
conduta mais adequada é:
a) aplicar compressa morna
b) injetar dexametasona
intralesional
c) corticoide tópico
d) encaminhar ao oftalmologista
de urgência
Resposta no final do capítulo
Figura 5 - Entrópio
C - Ectrópio
É a eversão da pálpebra inferior, expondo a conjuntiva palpebral (Figura
6). Resulta em irritação ocular e epífora (lacrimejamento por falta
de drenagem da lágrima). Pode ser involucional, cicatricial, paralítico
(comprometimento do nervo facial VII) e mecânico.
O tratamento é a correção cirúrgica.
Figura 6 - Ectrópio
Pergunta
2010 - UNIFESP - CLÍNICA
CIRÚRGICA
2. Com relação à ptose palpebral,
assinale a alternativa incorreta:
a) a correção em crianças deve ser
precoce
b) a suspensão frontal não deve ser
a 1ª escolha nos casos congênitos
c) a ptose aguda pode ser causada
pela lesão traumática do nervo
facial
d) o excesso cutâneo pode ou não
ser ressecado
e) pode ser causada pela desinserção do músculo levantador da
pálpebra superior
Resposta no final do capítulo
45
CLÍNICA CIRÚRGICA
Clínica Médica
Mauro Augusto de Oliveira
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é o principal
responsável pelas alterações encefálicas, como as herniações cerebrais, os hematomas (extra e subdural), as
fraturas (lineares, com afundamento, de base de crânio) e as lesões cerebrais propriamente ditas, como
as difusas (concussão cerebral, lesão axonal difusa e
cisalhamento) e focais (hematomas extradurais). Nos
traumas de crânio com suspeita de lesão encefálica, é
preciso atentar-se para o desenvolvimento da tríade de
Cushing, na qual o paciente apresenta um quadro clínico
com hipertensão associada a bradicardia e alteração
da frequência respiratória, configurando uma situação
emergencial e que requer tratamento cirúrgico de
emergência, possivelmente uma craniotomia ou drenagem de um hematoma que está causando o aumento de
pressão intracraniana. Todo traumatismo cranioencefálico necessita de uma avaliação por exame de imagem
para melhor detecção de lesões, e o exame de escolha, pela sua sensibilidade em detectar sangramentos
intracranianos e seu custo mais acessível, é a tomografia computadorizada, a ser solicitada assim que o
paciente tiver condições mínimas e relativa estabilidade
hemodinâmica.
1
Anatomia e
alterações no
traumatismo
cranioencefálico
anatomia e alteRaÇÕes no tRaUmatismo cRanioencefÁlico
- Lesões secundárias: ocorrem a partir do momento do trauma. São
dinâmicas e evolutivas e devem ser evitadas, identificadas e tratadas precocemente. Estão relacionadas a ruptura vascular, aumento da
PIC, isquemia e hipóxia cerebral.
3. Hérnias cerebrais
A - Herniação supratentorial
- Herniação subfalcina: giro cíngulo sob a foice do cérebro.
B - Herniação transtentorial (2 tipos)
- Herniação do úncus: dentro do hiato tentorial, comprimindo o mesencéfalo desse lado;
- Herniação central: deslocamento caudal do diencéfalo e do tronco cerebral dentro do hiato tentorial.
C - Herniação subtentorial
O aumento da pressão dentro da fossa posterior pode causar:
- Herniação das amígdalas cerebelares: dentro do forame magno, causando compressão do centro respiratório bulbar, com apneia súbita
e óbito;
Importante
A herniação do úncus do
lobo temporal usualmente
produz um efeito de massa
sobre o pedúnculo cerebral
ipsilateral, resultando em
hemiplegia contralateral.
Todavia, ocasionalmente, o
déficit motor é homolateral
à herniação. Isso ocorre
quando o lobo temporal herniado desloca o pedúnculo
cerebral contra a incisura
tentorial oposta, em um
fenômeno conhecido como
síndrome de Kernohan
(Kernohan’s notch).
Dica
Figura 3 - Hérnias cerebrais: (1) hérnia transtentorial do úncus; (2) hérnia transtentorial central; (3) hérnia subfalcina; (4) hérnia extracraniana; (5) hérnia cerebelar e
(6) hérnia subtentorial
- Sinais clínicos de herniação do úncus temporal (hérnia transtentorial
lateral): estado comatoso, alterações pupilares, anisocoria com midríase do lado da lesão (compressão do 3º par), hemiparesia contralateral e presença de respiração de Cheyne-Stokes.
Os sinais clínicos da herniação do úncus temporal
incluem estado comatoso,
anisocoria com presença de
midríase do lado da lesão,
hemiparesia contralateral
e respiração com ritmo de
Cheyne-Stokes.
155
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Natália Corrêa Vieira de Melo
Ana Cristina Martins Dal Santo
O potássio é o principal cátion intracelular do corpo
humano, em concentrações de 150mEq/L no intracelular e
de 3,5 a 5mEq/L no extracelular. Desempenha importante
função na contratura muscular, sendo as células musculares o principal reservatório desse íon no organismo.
Alguns hormônios contribuem para o controle, como insulina, adrenalina e aldosterona (o principal). A hipercalemia
é o distúrbio em que a concentração sérica de potássio atinge valores >5mEq/L, causada por carga excessiva
de potássio (ingestão ou infusão intravenosa, liberação
endógena de K+), translocação de potássio do intracelular para o extracelular e excreção urinária diminuída. Os
principais sintomas estão ligados ao miocárdio (extrassístoles, arritmias e parada cardiorrespiratória) e músculos
periféricos (fraqueza muscular, fadiga, insuficiência respiratória aguda), além dos hormonais (aumento de insulina
e aldosterona). Com diagnóstico feito pela dosagem sérica
de potássio (>5mEq/L), associada a eletrocardiograma
alterado (ondas T apiculadas, onda P achatada e prolongada, elevação de ST, alargamento do complexo QRS), o
tratamento é feito por medidas que promovam a estabilização elétrica da membrana celular (gluconato de
cálcio a 10% 10mL IV de 2 a 5 minutos, com monitorização cardíaca contínua; repetir após 5 minutos, em caso de
persistência de alteração no eletrocardiograma), medidas
que promovem translocação do potássio para o intracelular (beta-2-adrenérgico agonista inalatório 10 gotas até
4/4h + bicarbonato de sódio intravenoso 1mEq/kg IV, em
1 a 2 horas, até 4/4h + solução polarizante ou glicoinsulinoterapia 10UI IV em bolus, com 50mL de glicose a 50%) e
medidas que promovem aumento da excreção de potássio
(Sorcal® 15 a 30g diluídas em 100mL de manitol 10 a 20%
via oral ou retal até 4/4h + furosemida 20 a 40mg IV + terapia dialítica). A hipocalemia ocorre quando a concentração
sérica de potássio fica inferior a 3,5mEq/L, por redução
da ingestão de potássio, hipocalemia por redistribuição
ou aumento da excreção (urinária, fecal ou sudorese). No
quadro clínico, há mialgia, fraqueza muscular, paralisia
flácida, insuficiência respiratória, rabdomiólise, poliúria,
noctúria, polidipsia, bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular e taquicardia/fibrilação ventricular. Outra vez
o diagnóstico se baseia na concentração sérica <3,5mEq/L
de potássio, associada a alterações no eletrocardiograma
(achatamento da onda T, presença de ondas U, depressão
do segmento ST, arritmias). O tratamento pode ser feito
pela via oral se a hipocalemia é leve/moderada e o paciente
vive manifestações clínicas secundárias a hipocalemia (KCl
xarope a 10% 10 a 20mL, 2 a 4x/d, ou KCl comprimido –
Slow-K® – 1 a 2cp, 3 a 4x/d); já a reposição intravenosa
deve ser realizada a incapazes de se alimentar, ou conjuntamente com a terapia oral em portadores de hipocalemia
grave sintomática (KCl a 19,1% IV; cada 1mL tem 2,5mEq de
potássio, devendo-se repor de 5 a 10mEq/h).
16
Distúrbios do
potássio
424
R3
CLÍNICA CIRÚRGICA - NEFROLOGIA
Tabela 6 - Causas de deficiência e resistência de aldosterona
Deficiência de aldosterona
- Primário:
· Insuficiência adrenal primária;
· Hiperplasia adrenal congênita, deficiência particularmente de 21-hidroxilase;
· A deficiência isolada de síntese de aldosterona;
· Heparina e heparina de baixo peso molecular.
- Hipoaldosteronismo hiporreninêmico:
· Doença renal, na maioria das vezes nefropatia diabética;
· Expansão de volume, como na glomerulonefrite aguda;
· Inibição da angiotensina, como IECAs, Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARA-II), direta ou inibidores da renina;
· AINEs;
· Ciclosporina;
· Infecção pelo HIV;
· Alguns casos de uropatia obstrutiva.
Resistência a aldosterona
- Drogas que fecham o canal de sódio no túbulo:
· Amilorida;
· Espironolactona;
· Triantereno;
· Trimetoprima (geralmente em doses elevadas);
· Pentamidina.
- Doença tubulointersticial;
- Pseudo-hipoaldosteronismo.
Figura 1 - Investigação de hipoaldosteronismo
-Há deficiência de insulina, hiperglicemia e/ou hiperosmolalidade?
A insulina promove a entrada de potássio nas células, logo, em condições normais, a ingestão de glicose (que estimula a secreção endó-
Rodrigo Antônio Brandão Neto
Natália Corrêa Vieira de Melo
Ana Cristina Martins Dal Santo
O cálcio é um cátion predominante extracelular (8,5 a
10,5mg/dL) no organismo, com 2 funções principais:
conferir integridade fisiológica ao esqueleto e, no extracelular, atuar na transmissão neurológica, contração
muscular e coagulação. Sua regulação envolve hormônios como paratormônio, vitamina D e calcitonina. A
hipercalcemia ocorre quando o cálcio sérico é superior a
10,5mg/dL, em geral por aumento da reabsorção óssea,
como no hiperparatireoidismo ou na malignidade (juntos, 90% dos casos). São outros exemplos tuberculose,
sarcoidose, granulomatose de Wegener, hipertireoidismo, hanseníase, lítio etc. Pacientes crônicos podem
ser assintomáticos ou evoluir com letargia, fraqueza
muscular, confusão mental, anorexia, náusea, vômitos,
constipação, poliúria e polidipsia, que podem levar a
nefrolitíase, insuficiência renal, hipertensão, arritmias
cardíacas e até coma. Agudamente, observam-se confusão mental, psicose orgânica e letargia, que pode
progredir para estupor e coma. O diagnóstico é confirmado com a dosagem sérica de cálcio >10,5mg/
dL, devendo-se investigar a causa-base: dosagem do
paratormônio (PTH) intacto (hiperparatireoidismo),
neoplasia (se PTH baixo ou no limite inferior) e dosagem
de vitamina D. O tratamento divide-se em pacientes
com Ca++ <14mg/dL (SF a 0,9%, 4 a 6L IV, em 24 horas;
em caso de manutenção, pamidronato 90mg IV, em 4 a
6 horas, ou furosemida 20 a 40mg IV, 12/12h, até 6/6h)
e pacientes graves com Ca++ >14mg/dL (SF a 0,9%, pamidronato, furosemida e calcitonina 4 a 8U/kg IM ou SC,
12/12h, por 24 horas). A hipocalcemia ocorre quando
cálcio total <8,5mg/dL, oriunda de doenças como agenesia, destruição, doença autoimune da paratireoide,
hiperparatireoidismo secundário, deficiência de vitamina D, raquitismo e osteomalácia, hipomagnesemia,
pancreatite aguda e lise tumoral maciça. O paciente
pode ter sinais de hipocalcemia aguda (tetania, parestesias perioral e de extremidades, espasmos musculares,
sinais de Trousseau e Chvostek, convulsões, prolongamento do intervalo QT, hipotensão, arritmias) ou crônica
(sinais extrapiramidais, calcificações de gânglios basais,
parkinsonismo, demência, dentição anormal, pele seca,
catarata). O diagnóstico baseia-se em cálcio sérico
<8,5mg/dL, seguido de investigação de causa-base, em
geral hipoparatireoidismo, deficiência ou metabolismo
anormal da vitamina D, insuficiência renal e hipomagnesemia. O tratamento da hipocalcemia leve assintomática
baseia-se na reposição de cálcio pela dieta ou por meio
de carbonato ou citrato de cálcio; em casos de hipocalcemia sintomática, gluconato de cálcio 1 a 2g, em 10 a
20 minutos, em SF a 0,9%; após, reposição intravenosa
de 0,5 a 1,5mg/kg/h de cálcio elementar + calcitriol 0,25
a 0,5µg/d; e, em caso de hipomagnesemia, sulfato de
magnésio 2g, em SF a 0,9% 100mL, em 10 minutos.
18
Distúrbios do
cálcio
468
R3
CLÍNICA CIRÚRGICA - NEFROLOGIA
1. Introdução
O adulto apresenta cerca de 1.000 a 1.500mg de cálcio, 99% em forma
de hidroxiapatita no esqueleto e 1% no compartimento extracelular e
nos tecidos moles.
O cálcio tem 2 papéis fisiológicos importantes no organismo. No osso,
confere integridade fisiológica ao esqueleto; no compartimento extracelular, é responsável pela manutenção e pelo controle de vários processos bioquímicos e atua na transmissão neurológica, na contração
muscular na coagulação sanguínea e como sinal intracelular.
O cálcio é o íon que predomina no compartimento extracelular, e seus
níveis séricos são mantidos por alguns hormônios reguladores, como
o paratormônio (PTH), a vitamina D e a calcitonina. O objetivo desses
hormônios é manter a calcemia dentro da normalidade (8,5 a 10,5mg/
dL); 50 a 60% do cálcio presente no sangue encontram-se ligados a
proteínas plasmáticas ou complexados ao citrato e fosfato. O cálcio ionizado (livre) restante controla as ações fisiológicas.
O corpo regula não só as concentrações de cálcio ionizado, como
também a entrada e a saída de cálcio de seu principal sítio de armazenamento – os ossos –, por meio da atividade do PTH e da 1,25-diidroxivitamina D3 (1,25-(OH)2-D3). O PTH, secretado pelas glândulas
paratireoides, consiste em um peptídio composto por 84 aminoácidos,
cuja meia-vida plasmática é bastante curta (2 a 4 minutos). O colecalciferol (vitamina D3) é gerado na pele, mediante exposição à luz ultravioleta, além de ser fornecido pela dieta (principalmente derivados de
leite e líquidos enriquecidos). No fígado, a vitamina D3 é hidroxilada em
25-hidroxivitamina D3 (25-(OH)D3) que, por sua vez, é hidroxilado nos
rins em 1,25-(OH)2-D3 (calcitriol), cuja potência é notavelmente maior.
De forma conjunta, esse sistema atua no trato gastrintestinal (GI), nos ossos e
nos rins, além de manter o
controle rígido das concentrações de cálcio ionizado
circulante (variação <0,1mg/
dL), apesar das variações significativas do suprimento de
cálcio. A ingestão de cálcio é
de cerca de 1g/d, dos quais
300mg são absorvidos pelo
intestino. O cálcio é absorvido por mecanismo ativo
por meio de metabólitos da
vitamina D, principalmente
1,25-diidroxicolecalciferol
(calcitriol); e absorção passiva por mecanismo paracelular por meio de ATPase
cálcio-dependente.
Figura 1 - Metabolismo do cálcio
A excreção do cálcio é realizada pelos rins, processo
muito influenciado pelo PTH.
CLÍNICA CIRÚRGICA
Oftalmologia e
Clínica Médica
CASOS CLÍNICOS, QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Ú DO M ED
Caro leitor,
Este espaço é reservado para os Casos Clínicos das instituições que optam por esse formato de prova em seus concursos, além de questões dissertativas sobre condutas diagnósticas e terapêuticas elaboradas pelo corpo docente Medcel.
Isso significa que o seu conteúdo é exclusivo, servindo como complementação às questões comentadas ao final do livro.
Para tanto, foi extraído material de importantes provas, além de novos casos, com base nos temas mais abordados em
processos seletivos para Residência Médica, o que permite estudar resolvendo testes semelhantes aos aplicados nos
principais concursos do país. Temos certeza de que, com mais forma de revisar o conteúdo dos capítulos, você se sentirá
mais preparado para garantir a sua vaga na especialidade e na instituição desejadas.
OFTALMOLOGIA
MEDCEL
1. Considere a paciente J.L.S., de 33 anos, referindo conjuntivite há 2 semanas, com piora visual há 5 dias em
ambos os olhos. O quadro clínico iniciou-se com lacrimejamento, prurido, secreção amarelo-clara com piora ao
acordar, fotofobia e vermelhidão dos olhos, com princípio
no olho direito e passando para o esquerdo após 2 dias.
No começo, usou os colírios Moura Brasil® e Maxitrol®
e água boricada, mas parou com a medicação devido a
melhora da irritação após 5 dias de tratamento. Vem percebendo que a visão de ambos os olhos está diminuindo
progressivamente. Preocupada, procurou o oftalmologista. Nega antecedentes patológicos e oculares.
- Acuidade visual: OD = 0,6/OE = 0,7;
- Biomicroscopia de ambos os olhos: semelhantes entre
si (Figura mostrando o OD);
- Pálpebras, cílios: s.p.;
- Conjuntiva: sem folículos ou papilas e sem hiperemia;
- Córnea: infiltrados subepiteliais difusos comprometendo o eixo visual;
- Câmara anterior, íris, cristalino e vítreo anterior: s.p.;
- Mapeamento de retina: s.p.;
- Tonometria: 12mmHg em ambos os olhos.
a) Qual é a hipótese diagnóstica?
b) Comente sobre o tratamento que a paciente realizou
para essa conjuntivite.
c) Qual é o tratamento inicial das conjuntivites?
Perante o quadro clínico, responda:
R3 Casos Clínicos
CE
TE
Oftalmologia e Clínica Médica
C ON
L
L
C ON
Ú DO M ED
CE
Casos Clínicos
TE
558
sic
R3
oftalmologia e clínica médica
c) Descreva suas medidas.
é fugaz. Possui muitas substâncias alérgicas aos olhos. Não trata nenhuma enfermidade ocular, apenas vasoconstrição.
c) O tratamento inicial de qualquer tipo de conjuntivite consiste em compressa gelada nos olhos (8 vezes, ou mais, ao dia) e
colírios lubrificantes. Para as adenovirais que sugiram pseudomembranas, infiltrados subepiteliais ou até mesmo casos estritos de resposta inflamatória exacerbada após 3 dias de início
de infecção, o uso controlado de corticosteroides está indicado.
Para as infecções bacterianas, devem-se usar antibióticos.
O paciente evolui com piora clínica e necessidade de noradrenalina a despeito das medidas iniciais. Seu colega
interno classifica como sepse grave e relata que você
deveria ter iniciado corticoide em dose alta nas medidas iniciais.
d) Você concorda com estas afirmações?
d) Usar colírios de corticoides visando diminuir a resposta inflamatória do hospedeiro à lesão provocada pelo adenovírus, pois,
neste momento, não há infecção ativa. É um tratamento das
sequelas deixadas por uma virulência exacerbada prévia. Fazer
medidas da acuidade visual e acompanhar o caso, regredindo o
uso dos corticoides aos poucos.
Caso 2
a) Flogismo nas pálpebras superior e inferior esquerdas e restrição da movimentação ocular esquerda. Note que o olho esquerdo não acompanhou a movimentação do olho direito. Hiperemia e quemose de conjuntiva bulbar esquerda.
b) Celulite orbitária (pós-septal).
c) Neste caso, os focos prováveis são os seios da face (mais
comumente o etmoidal), e os agentes são S. pneumoniae, S.
aureus, S. pyogenes e Haemophilus influenzae. Outros focos
infecciosos possíveis: extensão de celulite pré-septal, extensão
local (dacriocistite adjacente, infecção dentária ou hemifacial),
disseminação hematogênica, pós-traumática e pós-cirúrgica.
RESPOSTAS
OFTALMOLOGIA
Caso 1
a) Infiltrados subepiteliais decorrentes da ceratoconjuntivite
adenoviral.
R3 Casos Clínicos
b) A paciente utilizou o colírio Maxitrol® (dexametasona, polimixina B, neomicina). Na conjuntivite adenoviral, em sua fase
inicial, não se devem usar corticoides, pois inibem a sensibilização do hospedeiro ao vírus. Com isso, o olho se torna “imunossuprimido” e a infecção é mais virulenta. O corticoide está
indicado em conjuntivites quando ocorrem pseudomembranas
conjuntivais, infiltrados subepiteliais e nos casos em que a resposta inflamatória for muito exacerbada, mas nunca antes de 3
dias do início da infecção. Antibióticos para conjuntivites virais
não estão indicados, pois podem piorar a reação alérgica ocular.
Água boricada (ácido bórico), bastante usada por clínicos gerais
e oftalmologistas mais antigos, está contraindicada em qualquer tipo de afecção ocular, pois aumenta a resposta alérgica,
variando de casos brandos a conjuntivites tóxicas ao ácido bórico. O efeito benéfico desse ácido é diminuir a temperatura
ocular quando em contato com os olhos, porém este resultado
é melhor e possível sem efeitos colaterais com compressas de
água gelada. O colírio Moura Brasil® (cloridrato de nafazolina
vasoconstritor, sulfato de zinco e ácido bórico adstringentes,
borato de sódio e timerosal conservantes) é um ótimo medicamento para quando se está com os olhos muitos vermelhos e é
necessário, por exemplo, gravar uma entrevista, pois seu efeito
d) Hospitalização, investigação de foco infeccioso (contagem
de células brancas, hemocultura, tomografia computadorizada
de órbita, seios da face e do cérebro, e punção lombar quando ocorrem sinais meníngeos), antibioticoterapia intravenosa
ou intramuscular com ceftazidima ou ceftriaxona associada
ao metronidazol intravenoso ou via oral (cobrir anaeróbios). O
antibiótico deve ser mantido até o paciente não ter febre por 4
dias. Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides. Intervenção cirúrgica deve ser avaliada em caso de:
- Ausência de resposta a antibióticos;
- Diminuição da visão;
- Abscesso orbitário ou subperiostal.
CLÍNICA MÉDICA
Caso 3
a) A hiponatremia pós-operatória pode ocorrer em 1 a 2 dias
após cirurgia eletiva em pacientes saudáveis. A ressecção transuretral está frequentemente associada com uso de 20 ou 30L
de solução contendo glicina, sorbitol ou manitol. O fluido entra
na circulação rapidamente através das grandes veias prostáticas; alguns pacientes absorvem mais de 3L, podendo levar o
sódio a concentrações abaixo de 100mEq/L.
b) Mielinólise pontina/síndrome da desmielinização central.
A hiponatremia causa entrada de água nas células cerebrais,
resultando em edema cerebral. Felizmente, solutos deixam o
tecido cerebral em poucas horas, induzindo a perda de água
da célula cerebral. Esse processo de absorção também é fonte
de risco para desmielinização osmótica (central). Embora rara,
a desmielinização osmótica é grave e pode desenvolver-se,
geralmente, dentro de 2 a 6 dias após tratamento agressivo
Oftalmologia
Conceitos gerais
2014 - HAC
1. Profissionais da rede pública de saúde no Brasil devem estar preparados para a suspeição de etiologia de
diferentes e muitas queixas. Associe as queixas selecionadas às possíveis hipóteses diagnósticas:
I - Dor à movimentação ocular
II - Dor ocular com hiperemia ocular
III - Dor que se irradia para o olho
IV - Não cursa com dor
( ) Glaucoma agudo
( ) Herpes-zóster
( ) Corpo estranho
a) III, I, II
b) II, III, I
c) I, IV, III
d) IV, II, I
e) II, I, III
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2013 - MEDCEL
2. Assinale a alternativa que contém glândulas sebáceas
das pálpebras:
a) Moll, Zeiss
b) Meibomius e Zeiss
c) Moll e lacrimal
d) Meibomius e lacrimal
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
d) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos →
saco lacrimal → meato nasal inferior → ducto nasolacrimal
e) pontos lacrimais → glândulas lacrimais → canalículos →
saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2013 - MEDCEL
4. Qual estrutura é responsável pelo maior poder dióptrico do olho?
a) retina
b) cristalino
c) íris
d) coroide
e) córnea
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2012 - MEDCEL
5. Sobre as camadas da córnea, qual tem o papel fundamental de manter a deturgescência corneana?
a) epitélio
b) camada de Bowman
c) estroma
d) membrana de Descemet
e) endotélio
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
Erros de refração
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2013 - MEDCEL
3. Qual é o trajeto da lágrima?
a) glândulas lacrimais → canalículos → pontos lacrimais →
saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior
b) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos
→ ducto nasolacrimal → saco lacrimal → meato nasal inferior
c) glândulas lacrimais → pontos lacrimais → canalículos
→ saco lacrimal → ducto nasolacrimal → meato nasal inferior
2002 - UNIFESP
6. Qual ametropia faz o usuário de óculos aos 50 anos
enxergar melhor de perto, sem o uso da correção óptica?
a) presbiopia
b) hipermetropia
c) miopia
d) astigmatismo hipermetrópico
e) astigmatismo misto
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
Oftalmologia - R3 Questões
Questões
Clínica Médica
Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico
d) infecções intracranianas são as complicações mais
frequentes na monitorização da PIC
e) pressão intracraniana (PIC) normal é <20mmHg
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
2014 - SANTA CASA-SP - ACESSO DIRETO/CLÍNICA MÉDICA
87. Um paciente dá entrada na Emergência por trauma
cranioencefálico grave. Após 12 horas da admissão, é
feito o 1º protocolo para morte encefálica em um possível doador de órgãos. Todos os itens a seguir são requisitos mínimos e indispensáveis para a abertura do
protocolo de morte encefálica, exceto:
a) a pressão arterial deve estar dentro dos parâmetros
de normalidade
b) em caso de hipotermia grave, o paciente deve ser
aquecido, de preferência à temperatura mínima de 35°C
c) não há efeitos de drogas neurodepressoras e bloqueadores neuromusculares
d) não há alterações metabólicas, como hipoglicemia e
acidose metabólica importante
e) não há hipernatremia, independente da sua etiologia
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2013 - UNICAMP - CLÍNICA CIRÚRGICA
88. A pressão intracraniana pode ser agudamente reduzida por qual das manobras a seguir?
a) diminuição da pCO2 arterial
b) diminuição do pH arterial
c) infusão intravenosa de noradrenalina
d) aumento do débito cardíaco
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2013 - UEL - CLÍNICA CIRÚRGICA
89. Sobre hipertensão intracraniana, assinale a alternativa correta:
a) a pressão de perfusão cerebral é obtida por meio do
seguinte cálculo: Pressão Arterial Média (PAM) - Pressão
Intracraniana (PIC)
b) a avaliação clínica neurológica é muito sensível na detecção de hipertensão intracraniana, descartando com
frequência, a necessidade de exames complementares
c) a hipertensão intracraniana é a lesão primária intracraniana mais frequente na 1ª semana de trauma cranioencefálico grave e AVCH
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2012 - UEL - CLÍNICA CIRÚRGICA
90. Dentre os diagnósticos de demência, qual se apresenta classicamente pela tríade demência, incontinência urinária e ataxia de marcha, além de ser passível de
tratamento neurocirúrgico?
a) demência dos corpúsculos de Lewy
b) demência secundária à doença priônica
c) doença de Alzheimer
d) hidrocefalia de pressão normal
e) hidrocefalia por atrofia cortical
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2012 - HMSJ - CLÍNICA CIRÚRGICA
91. Sobre as síndromes heredofamiliares associadas aos
tumores do sistema nervoso central, associe corretamente as 2 colunas a seguir:
I - von Hippel-Lindau
II - Esclerose tuberosa
III - Neurofibromatose tipo I
IV - Neurofibromatose tipo II
V - Li-Fraumeni
( ) Astrocitoma e tumores neuroectodérmicos primitivos
( ) Hemangioblastomas
( ) Schwannoma do acústico bilateral
( ) Glioma óptico e neurofibroma
( ) Astrocitoma subependimal de células gigantes
Assinale a sequência correta:
a) II, I, III, IV, V
b) II, I, IV, III, V
c) IV, V, I, III, II
d) V, I, IV, III, II
e) V, IV, III, II, I
Tenho domínio do assunto
Reler o comentário
Refazer essa questão
Encontrei dificuldade para responder
2012 - HMSJ - CLÍNICA CIRÚRGICA
92. Considere uma mulher de 47 anos, apresentando
cefaleia intensa súbita, rigidez de nuca, paralisia do III
nervo craniano esquerdo, Glasgow = 15 e tomografia
de crânio mostrando hemorragia subaracnoide difusa,
com camadas verticais >2mm. Com relação às escalas de
Hunt-Hess e Fisher, assinale a alternativa correta:
Clínica Médica - R3 Questões
Questões
Oftalmologia
Conceitos gerais
Questão 1. O glaucoma agudo primário de ângulo fechado pode desencadear um quadro clínico no qual o
paciente apresenta dor ocular de forte intensidade associado a náuseas, vômitos, visão embaçada e halos coloridos. Ao exame biomicroscópico, observam-se hiperemia
conjuntival, edema de córnea em grau variável, câmara
anterior rasa com algumas células e pigmentos e pressão intraocular em níveis elevados geralmente acima de
40mmHg.
O herpes-zóster ocular apresenta um quadro clínico com
vesículas e crostas perioculares na pele, respeitando o
dermátomo correspondente ao nervo trigêmeo não cruzando a linha média. Muitas vezes, acomete a fronte e a
pálpebra superior e está associado, muitas vezes, a formigamento na região. A dor que se irradia para a região
ocular pode estar presente, também associada à presença de vesículas e posteriormente à formação de crostas.
Outros achados incluem blefarite, conjuntivite e ceratite
epitelial pseudodendrítica.
A presença de corpo estranho subpalpebral pode levar a
sensação de areia, dor, fotofobia e dor à movimentação
do olho, além de hiperemia conjuntival e irritação.
Gabarito = B
Questão 2. - Glândulas de Meibomius: são glândulas sebáceas modificadas e localizadas na placa tarsal, em uma
fileira de cerca de 30 aberturas em cada pálpebra;
- Glândulas de Zeiss: são glândulas sebáceas modificadas
e localizadas nos folículos ciliares;
- Glândulas de Moll: são glândulas sudoríparas modificadas que se comunicam com um folículo ciliar;
- Glândulas lacrimais: principais e acessórias, são responsáveis pela secreção da lágrima.
Gabarito = B
Questão 3. As vias lacrimais são formadas pela produção
e pelo escoamento da lágrima. A produção é realizada
pela glândula lacrimal principal, na porção superolateral
anterior da órbita. As glândulas acessórias são pequenas
e adjacentes à principal. O escoamento é feito pelos pontos lacrimais superior e inferior, ambos na porção medial
das pálpebras; destes a lágrima passa para os canalículos, que se juntam e formam o canalículo comum, desem-
bocando no saco lacrimal. Este, por sua vez, é localizado
na fossa do osso lacrimal e a lágrima continua pelo ducto
nasolacrimal, que se abre no meato nasal inferior.
Gabarito = C
Questão 4. A córnea é responsável por cerca de 2/3 do
poder refracional do olho, cerca de 43 dioptrias, e o cristalino, por cerca de 1/3 do total, cerca de 22 dioptrias. As
demais estruturas não exercem refração significativa.
Gabarito = E
Questão 5. A córnea mede 11,5mm de diâmetro na vertical e 12mm na horizontal e é constituída pelas seguintes
camadas:
- Epitélio: estratificado, escamoso e não queratinizado. A
renovação do epitélio ocorre principalmente pelas células-tronco, que se localizam no limbo, com migração
celular centrípeta, mas também ocorre pela membrana
basal do epitélio;
- Camada de Bowman: camada acelular do estroma;
- Estroma: corresponde a 90% da espessura da córnea,
composto, principalmente, por fibrilas de colágeno;
- Membrana de Descemet: fina trama de fibrilas de colágeno;
- Endotélio: consiste em uma camada única de células
hexagonais que não se regeneram e tem o papel fundamental de manter a deturgescência (estado de baixa
hidratação) corneana.
Gabarito = E
Erros de refração
Questão 6. Essa questão induz o estudante a marcar a
alternativa “a”. Porém, presbiopia é a perda da capacidade visual para perto, decorrente da idade, e inicia-se
por volta dos 40 anos. Um paciente de 50 anos já possui
presbiopia, que é corrigida com o uso de lentes positivas,
para compensar a acomodação perdida. Um paciente
míope necessita de lentes negativas para ter uma visão
de longe. Se esse paciente tiver 50 anos, vai continuar a
precisar dessas lentes para continuar com uma boa visão de longe, mas vai precisar de uma adição de lentes
positivas para enxergar de perto (já é presbita). E, se
somar uma lente negativa com uma positiva? Não ficará mais próximo de zero? Por exemplo, se o paciente for
Oftalmologia - R3 Comentários
Comentários
Clínica Médica
Anatomia e alterações no traumatismo
cranioencefálico
Questão 87. Analisando as alternativas:
a) Correta. A PAS deve estar acima de 90mmHg ou a
PAM >65mmHg.
b) Correta. A paciente não pode estar com temperatura
central <32 a 35°C.
c) Correta. A paciente não pode estar sob efeito de drogas com ação depressora do sistema nervoso central.
d) Correta. A paciente não pode estar em hipoglicemia e
acidose metabólica que possam ser a causa da alteração
cerebral.
e) Incorreta. Cerca de 95% dos que evoluem para morte
encefálica desenvolvem diabetes insipidus ocasionando hipernatremia. Portanto, quando há causa óbvia da
lesão cerebral e do coma irreversível (como a questão
refere trauma cranioencefálico grave), fica descaracterizada a correlação do distúrbio eletrolítico com a piora
do coma.
Gabarito = E
Questão 88. A hiperventilação, com uso de ventilação
mecânica para diminuir a paCO2 para 27 a 30mmHg,
demonstra reduzir rapidamente a PIC pela vasoconstrição, à hipocapnia, e o volume de sangue intracraniano.
O efeito da hiperventilação na PIC inicia-se quase imediatamente, mas é de curta duração, a alcalose induzida pela hiperventilação é que determina seu efeito, e
este se perde à medida que a alcalose é revertida pela
eliminação renal de bicarbonato. A hiperventilação estará indicada se houver sinais clínicos de herniação ou
PIC >20mmHg. A noradrenalina pode ser usada com a
finalidade de aumento da pressão arterial média, visando manter uma pressão de perfusão adequada, porém
necessita do uso de medidas redutoras de PIC em conjunto.
Gabarito = A
Questão 89. Valores da PIC:
- PIC <10mmHg – normal;
- PIC entre 11 e 20mmHg levemente elevada;
- PIC entre 21 e 40 moderadamente elevada;
- PIC >40mmHg;
- PIC ≥20 gatilho para início do tratamento.
Complicações da monitorização da PIC incluem hemorragia (0 a 17%) como complicação mais frequente. A explicação, segundo a literatura médica, é a consequência
da introdução da ponta do cateter, além de que alguns
pacientes podem apresentar coagulopatias; Infecção (0
a 8,5%) relacionada ao maior tempo de permanência do
cateter; mau funcionamento da monitorização devido
a problemas com o sistema, obstrução e mau funcionamento do cateter (erros técnicos); Lesões primárias,
resultado de um dano mecânico direto que ocorre no
momento do trauma e não podem ser revertidas; o traumatismo secundário ocorre depois do trauma inicial e é
devido às respostas fisiológicas ou patológicas ao trauma inicial. Portanto, a HIC é uma lesão secundária (resposta à agressão).
Gabarito = A
Questão 90. Trata-se, tipicamente, de um desenvolvimento gradual (ao longo de semanas ou meses), de
alterações na marcha, associada a graus variáveis de
declínio intelectual, que progride insidiosamente para
níveis mais avançados de demência e incontinência urinária. A tríade é considerada classicamente o marcador
clínico da doença, embora não esteja presente em todos
os casos nem seja específica. Pacientes, geralmente, não
apresentam cefaleia ou outros sinais de hipertensão intracraniana. E punções liquóricas, usualmente, demonstram pressão inicial normal.
As outras demências citadas na questão são diagnóstico
diferencial da demência de pressão normal:
- A demência por corpúsculos de Lewy acomete cerca de
20% dos pacientes com demência. O diagnóstico clínico
é feito quando o declínio cognitivo é flutuante, acompanhado de alucinações visuais e sintomas extrapiramidais. O quadro demencial apresenta-se com rápido
início e declínio progressivo, com déficits proeminentes
na função executiva, resolução de problemas, fluência
verbal e performance audiovisual;
- A doença de Creutzfeldt-Jakob é o protótipo de doença
causada por príons em humanos. Trata-se de uma enfermidade infecciosa e invariavelmente fatal, que atinge o sistema nervoso central e se caracteriza por demência rapidamente progressiva e envolvimento focal
variável do córtex cerebral, gânglios da base, cerebelo,
tronco cerebral e medula espinal;
- A doença de Alzheimer responde por cerca de 60% de
todas as demências, sendo a principal causa de de-
Clínica Médica - R3 Comentários
Comentários
Download