Esquecimento global- a Terra aquecida - UPPLAY

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ESQUECIMENTO GLOBAL - A TERRA AQUECIDA
Marilene Bolzan 1
Selma Helgenstiler Arendt2
Resumo:
Encontra-se neste artigo o retrato de preocupações, de uma jovem população da Escola De
Ensino Fundamental Dom José Baréa quanto ao aquecimento do planeta. Após reflexões e
leituras realizadas surgiram questões como: O que podem fazer para auxiliar na redução do
Aquecimento Global? Quais ações e medidas estão sendo tomadas? Saber se a população em
geral já possui conhecimento do fato? Se ações pequenas (caseiras) auxiliam no todo? Após
sondagem realizada percebe-se que as pessoas entrevistadas possuem mais de 30 anos, mudaram
algumas atitudes em relação a separação do lixo (nota-se que foram responsáveis por grande
estrago na natureza devido a não separação e preocupação com o lixo produzido), dizem saber
ou ter ouvido falar sobre o aquecimento global, concordam que pequenas atitudes podem ajudar
a melhorar o planeta e que já se preocupam com a arborização do local onde vivem. A natureza
está mandando a conta e o Planeta começa a responder com derretimento geleiras, secas,
escassez de água e aquecimento global. Os seis milhões de pessoas tornaram-se um fardo pesado
demais para o Planeta, tanto sobre o solo quanto no mar e no ar.Assim sendo, a resolução do
problema do aquecimento global não é simples, vê–se a necessidade de estimular mais e mais as
pessoas, sensibilizando-as para novas medidas, e assiduidade nas ações que provocam melhorias
no ambiente que vivem, mostrar que vivemos em uma época de grande preocupação pois os
resultados de ações passadas desencadeou um caos para as novas gerações. È preciso acima de
tudo manter o princípio da responsabilidade comum, porém diferenciada, onde todos possam
cooperar para melhorar as condições ambientais da Terra, mas o que degradaram mais devem
contribuir mais.
Palavras - chave: aquecimento, lixo, natureza, ações.
1
Bolzan, Marilene Professora da rede municipal de São Marcos. Licenciatura em língua italiana.
Selma Arendt Professora da rede municipal e estadual de São Marcos. Licenciada em História e pós-graduada em
Religião pela UCS.
2
QUANDO TUDO COMEÇOU
Após centenas de anos vivendo em perfeita harmonia com a Natureza de forma simples e
rudimentar, o homem criou a máquina. A partir daí o progresso ganhou dimensões mundiais e
não parou mais. Fábricas, grandes indústrias e um dos grandes vilões do aquecimento global, o
automóvel, ocuparam os quatro cantos do mundo.
Vemos que o Planeta não está suportando tanto descaso, consumo exagerado, progresso
desenfreado, ações individuais sem responsabilidade. Com tudo isto estamos colhendo frutos
ruins plantados e colheremos ainda mais se não tivermos radicais e efetivas atitudes.Este deverá
ser o nosso princípio nestes novos tempos, pensarmos se precisamos mesmo de certos produtos,
certos progressos, excessivo consumo, descaso com nosso meio ambiente, descaso com nosso
próximo e principalmente agirmos no coletivo e no individual com o mesmo princípio,visando o
bem comum.
Nossas atitudes deverão serem repensadas cada vez mais no coletivo, onde devemos reciclar
nossa mente nossos atos trocarmos a facilidade do mundo moderno por fazeres e pensamentos
mais ecológicos e corretos.
Acreditamos que a escola, como meio formal responsável pela educação dos indivíduos e
consequentemente da sociedade, é capaz de resgatar, por meio de orientações permanentes, o elo
perdido entre a Natureza e o homem, onde a raça humana é um elemento importante do meio e
não o dono dele.
Sendo assim estes novos indivíduos contagiarão contínua e progressivamente o ambiente em
que vivem modificando aos poucos atitudes erradas que fizeram com que colhêssemos este nosso
Planeta aquecido de problemas.
CRISE AMBIENTAL: O FUTURO DO MUNDO DEPENDE DE NÓS
De todos os lados vemos desastres que acabam gerando conseqüências terríveis e às vezes
irreversíveis sobre a natureza. Muitas pesquisas são feitas para buscar melhor forma de entender
os porquês de tamanho problema. Quais são as origens deste caos ecológico e quais soluções
corretas a serem tomadas? Talvez as respostas não estejam tão longe de nós.
[...] tudo que existe e vive precisa ser cuidado para continuar a existir e viver: uma
planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra. Uma antiga fábula diz
que a essência do ser humano reside no cuidado. O cuidado é mais fundamental
do que a razão e a vontade (BOFF, Leonardo. Saber Cuidar, Editora Vozes).
O ser humano é um ser da natureza, que interage e se relaciona com ela, embora até pouco
tempo atrás o homem não pensava assim.Todas as nossas ações se refletem no meio e este se
reflete em nossas ações.”Vivemos numa teia da vida , como diz Fritjof Capra”. Assim estamos
interligados por frágeis fios: qualquer movimento altera e propaga alterações em todas as
direções.
Como o ser humano tornou-se individualista por demais, acabou esquecendo do frágil fio que
nos une, cada movimento individualista, cada ação impensada, visado benefício próprio e a curto
prazo, lucro fácil, e falta de princípios, propaga alterações em todos os âmbitos e desencadeia
catástrofes a longo ou curto prazo.
O ser humano não sabe mais estabelecer as relações de valor de humanidade com
os outros. Tal crise é a falta de cuidado com as crianças, com os velhos, com os
bens públicos e com a natureza. A batalha pela vida consistirá na busca de um
fundamento ético mais humano, onde o ponto de partida e de chegada seja o ser
humano em toda sua essência (Jornal Mundo Jovem, maio/2002).
Precisamos voltar as mentes para o coletivo e a manutenção harmoniosa do meio em que
vivemos e precisamos fazer isto com rapidez pois o tempo também é importante para a longo
prazo não colhermos apenas sofrimento.
. O efeito estufa é formado por uma camada de gases que envolvem a Terra, inclusive o Co2.
Esta camada funciona como um cobertor que mantém a temperatura ideal para a existência de
vida no Planeta. Deste modo, a luz do sol que atravessa a atmosfera, aquece a superfície terrestre
e a parte desse calor volta para o espaço. Esta camada de gases impede que todo o calor se perca
no espaço, deixando a Terra quentinha. Porém quanto mais gases de efeito estufa forem
liberados para a atmosfera, como o Co2, o metano, entre outros, mais grosso ficará este cobertor.
Como resultado, mais calor será retido no interior da Terra, assim, será intensificado o efeito
estufa natural. É especificamente este acúmulo o causador do aquecimento global.
Já sabemos o porquê isto acontece e conhecemos algumas formas de tratamento, embora os
resultados surjam apenas a longo prazo.
O desmatamento e as queimadas contribuem para a liberação de toneladas de Co2, em
contrapartida, as florestas são consideradas as principais sugadoras de carbono, além de darem
um refresco ao Planeta.Assim precisamos preservá-las e cada vez plantar mais árvores.
Atualmente produzimos o dobro de alimentos que a população humana precisa, portanto,
desmatar para produzir alimentos não é justificativa verdadeira.
O desenvolvimento de tecnologias energéticas que emite menos dióxido de carbono, como a
energia eólica, solar, hidrelétrica, biocombustíveis, entre outras, já estão disponíveis ao homem.
Basta adotá-las. Precisamos caminhar rapidamente rumo à construção de um Planeta Verde, no
qual a redução dos gases de efeito estufa sejam uma tarefa de todas as pessoas e não apenas dos
grandes emissores, assim como a preservação e a criação de novas florestas sejam consideradas
metas fundamentais.
As consequências deste fenômeno podem ser desde : Aumento do nível dos oceanos:casos as
calotas polares derretam, haverá uma elevação de cerca de 7m no nível dos oceanos;
Crescimento e surgimento de desertos;Maior ocorrência de tempestades, furacões, tornados,
tufões e ciclones; Ondas de calor;Falta de água potável;Extinção de diversas espécies animais e
vegetais, entre suas conseqüências.
Em 1997, líderes de 160 países se reuniram em KYoto, no Japão , na Convensão sobre
Mudanças no Clima. Na oportunidade fizeram um tratado para reduzir o aquecimento global.
Seu principal objetivo é reduzir as emissões de dióxido de carbono no período de 2008 a 2012
em mais de 5% em relação aos níveis registrados em 1990 e incentivar o plantio de florestas para
absorver o carbono liberado na atmosfera.
O problema é que todos os países poluem, o Brasil também é grande poluidor devido à
queimadas de grande porte, criação de gado emissão de dióxido de carbono por sua frota
automobilística, etc, outros países também. O campeão, o que lança mais gases na atmosfera, os
Estados Unidos, assinou o Protocolo de KYoto, mas não ratificou o documento, endossando-o, e
o governo justificou a não-adesão dizendo que, para reduzir a poluição os países poderiam
prejudicar as sua economia.
O Protocolo de Kyoto instituiu três instrumentos econômicos, denominados mecanismos de
flexibilidade: o comércio internacional de emissões, a implementação conjunta e o mecanismo
de desenvolvimento limpo. O objetivo destes mecanismos de flexibilidade é permitir que os
países que têm as maiores emissões e onde os custos de redução são altos, possam cumprir suas
responsabilidades investindo em projetos de redução em outros países, onde o custo dessa
redução é mais baixo.
É NOSSA VEZ
Com preocupações em relação a esta crise ambiental alguns alunos dizem :“Mas como e por
que é tão recente a reciclagem de lixo, e o novo pensar em relação ao consumo exagerado? Por
que o mundo demorou tanto para tomar medidas efetivas sobre este grave problema? Não somos
tão responsáveis por esta catástrofe, pois tenho doze anos e cresci sempre ouvindo advertências
sobre o cuidado com a natureza.”
Infelizmente vivemos numa crise de valores. Somos cada vez mais materialistas, egoístas e
orgulhosos. Vivemos no mundo do descartável, e o planeta se torna um grande mercado, onde o
mais importante é o lucro e o dinheiro. Valores são esquecidos e a natureza é cruelmente
devastada e o ser humano se torna cada vez mais pobre em sentimentos. Com este intuito
iniciou-se uma investigação sobre o tema e quais possíveis soluções para o problema do
aquecimento global. Primeiramente, temos de nos conscientizar do ritmo acelerado em que as
mudanças ambientais estão ocorrendo, e o pouco tempo que temos para agir se quisermos evitar
o pior.
Com o degelo das calotas polares, o nível do mar irá subir. Em longo prazo, o degelo das
calotas fará os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas no Brasil, além
de provocar a escassez de comida, disseminação de doenças e mortes. Famosas praias brasileiras
como Copacabana e Ipanema podem ir para o reino de Netuno, claro, em longo prazo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de
diarréia e 2% dos casos de malária em todo o mundo. No nosso caso, a dengue poderá provocar
uma epidemia nas regiões alagadas ou até mesmo em regiões planálticas, resultado na falta de
definição das estações. Além disso, as ondas de calor, que com o fenômeno irão aumentar em
proporção e intensidade, serão responsáveis por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo, e
no
Brasil
isso
também
será
realidade.
A incidência de furacões, que é praticamente inexistente no Brasil, poderá ser grande. Isso já
está acontecendo aos poucos, principalmente na região Sul, como o furacão Catarina, que tinha
ventos
que
variavam
entre
118
km/h
a
152
km/h.
A solução para essa preocupante história é a conscientização em massa. Desta forma, a idéia
de conscientização verdadeira, de que não somos a última geração do planeta e não temos o
direito de arruinar a vida dos nossos descendentes deve proliferar.
A situação desesperadora que vivemos atualmente por causa do aquecimento global precisa de
mudanças e estas comprometem hábitos e rotinas de todo ser humano. Mas, o que os eletrônicos
em modo standby têm a ver com o aquecimento global? É simples. Os equipamentos que
permanecem em standby, em estado de espera, são responsáveis por 15% do consumo de energia
doméstica e quanto mais alto o consumo elétrico, mais necessidade de produção de energia. A
energia elétrica pode ser produzida por hidrelétricas, usinas nucleares, termoelétricas e usinas
eólicas.
As usinas hidrelétricas provocam alagamento em diferentes ecossistemas destruindo florestas,
lagos e animais aquáticos. As usinas nucleares liberam poluentes na atmosfera e radiação que
podem demorar séculos para se dissiparem. As usinas termoelétricas convertem poluentes em
energia e são responsáveis pelo efeito estufa, aquecimento global e chuvas ácidas. As usinas
eólicas provocam poluição sonora, a morte de espécies de pássaros e a interferência em
transmissões de rádio e televisores.
Como podemos perceber, qualquer tipo de gerador de energia prejudica de alguma forma o
sistema terrestre e contribui para a aceleração do aquecimento global. Os eletrônicos, por causa
da energia que consomem, participam da destruição terrestre e há necessidade de que tais
aparelhos tenham sua utilização diminuída ou até mesmo extinta, para que o processo de
destruição da natureza seja desacelerado.
camada de ozônio ou ozonosfera é um filtro de proteção formado pelo gás ozônio (oxigênio
concentrado) que protege a atmosfera das radiações liberadas pelo sol. Situada na estratosfera, o
gás é fortemente oxidante e reativo se chegar à troposfera. Também utiliza sua forte radiação
para conseguir impedir a passagem dos raios ultravioletas que se porventura chegassem à
atmosfera
acabaria
com
todo
ser
vivo
existente.
Com o buraco na camada de ozônio, os raios ultravioletas conseguem penetrar pelo filtro de
proteção e chegam até a atmosfera, provocando câncer de pele, cegueira, alergias, afetando todo
o sistema imunológico deixando-o mais vulnerável ao ataque de fungos, bactérias e outros.
Em 1985, foi assinada a Convenção de Viena e dois anos depois o Protocolo de Montreal
(que por duas vezes foi modificado) por alguns países que se comprometeram em trabalhar
contra o aumento do buraco na camada de ozônio. Declarado pela ONU, o dia 16 de setembro é
o dia em que se comemora o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.
A Amazônia que antes era um terreno florestal que abrigava inúmeras espécies de animais, aves
e índios é um lugar invadido se transformando em agropecuária, produção de grãos e até centro
urbano. Estima-se que se nenhuma providência for tomada em 40 anos a Amazônia estará
totalmente
desmatada.
Pessoas já foram vítimas da grande violência por tentarem defender a terra, os índios
Manokis, por exemplo, foram expulsos do seu território e outros 170 povos que ali residiam.
Tudo começou em 1970, quando a ditadura militar decidiu ocupar o território para não correrem
o risco de perdê-la. Chegavam milhares de pessoas de todos os lugares do país para trabalharem
nas terras, mas a maioria dessas pessoas morria ou voltavam para a terra natal por falta de
recursos. Os que conseguiram permanecer nas terras, começaram a fazer queimadas para cultivar
seu
alimento.
Havia e ainda há vários fazendeiros e especuladores interessados em apropriar-se de um
pedaço de terra da Amazônia e isso além de desmatar o que formalmente seria preservado,
provoca várias mortes, pois a busca incansável por terras os leva a cometer além de crimes
ambientais,
crimes
contra
a
vida
humana.
Algumas empresas renomadas também contribuem para a destruição da Amazônia, pois ao
comprarem matéria-prima ou qualquer tipo de material ilegal estão contribuindo para que essa
ação seja continuada e o ambiente altamente prejudicado. Sem falar que a floresta ameniza o
aquecimento global retendo e absorvendo o dióxido de carbono, limpa a atmosfera, traz
circulações de águas entre outros benefícios que estão sendo inibidos por pessoas sem
escrúpulos. É necessário que medidas rígidas e severas sejam tomadas para o bem da nação e da
vida humana que necessita da Amazônia para amenizar o estrago já feito pelo homem.
A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de
enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na
atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva,
assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao
caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias
alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e
edificações.
O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos
vegetais,
plâncton
e
fitoplâncton
e
o
restante
permanece
na
atmosfera.
Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior,
devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição.
Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados
na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres
humanos,
pois
causam,
entre
outras
coisas,
as
chuvas
ácidas.
Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de
grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.
A comunidade em que a escola está inserida fica no interior do município de São Marcos,
uma comunidade rural onde a maioria dos moradores produz uva, alho, frutas para o comércio e
também desenvolvem a agricultura de subsistência (onde produzem produtos agrícolas para a
sua subsistência).
A nossa atual Constituição no Capítulo VI trata do meio ambiente. No artigo 225 da diz “
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial á sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e á coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes futuras gerações”.
As drásticas alterações que o homem provocou no meio ambiente dizimaram milhares de
espécies e estão a comprometer o próprio futuro da humanidade, sendo o Brasil o país com maior
biodiversidade do planeta, devemos acreditar na capacidade humana de reverter situações, e uma
das formas é sem dúvida é sem dúvida através da educação. Uma educação capaz de contribuir
para a formação de uma nova ética planetária, em que o humano e tudo o que é vivo se
sobreponha á exploração do capital. Como diz Leonardo Boff3 “Urgência de um ethos mundial:
o éthos mundial de que precisamos.
3
BOFF, Leonardo.Éthos mundial. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.
A sustentabilidade do Planeta, urdida em bilhões de anos de trabalho
cósmico, poderá desfazer-se. A Terra buscará um novo equilíbrio que,
seguramente, acarretará uma devastação fantástica de vidas. Tal
princípio de autodestruição convoca urgentemente outro: o princípio de
co-responsabilidade por nossa existência como espécie e como Planeta.”
O mundo está solicitantdo urgente uma nova sociedade, uma sociedade global, que não seja
individualista. Esses novos tempos requerem cidadãos capazes, responsáveis, que pense global,
mas que aja em seu local, sendo capaz de intervir e modificar a realidade. Ainda Leonardo Boff
nos lembra “ Que se não mudarmos o paradigm,a civilizatório, se não reivertarmos relações mais
benevolentes, dificilmente conservaremos a sustentabilidade necessária para realizar projetos
humanos.
Ao tabularmos os dados da pesquisa concluímos que a maioria das pessoas entrevistadas sabe
que o problema do aquecimento global existe, e concordam que pequenas ações são viáveis para
não aquecer cada vez mais o Planeta, mas na hora da compra dos produtos precisa ter mais
informações, levar em conta além da validade do produto se embalagens são recicláveis, se
possuem embalagem necessárias e não em exagero. Nosso comodismo em adquirir tudo pronto e
de fácil acesso, faz com que se compre mais sem prestar atenção se é realmente necessário fazêlo. ( “Na nossa comunidade, fazíamos quase tudo em casa, pão, massa, suco, roupas etc. hoje
compre-se quase tudo, dá menos trabalho, temos produtos a disposição tão perto, segundo
Rafaela Meneguzzo - aluna”)
Mas, depois de perceberem que este comodismo trouxe muitas complicações ambientais
começaram a discutir em como era interessante ver a mãe fazendo o pão, o seu cheirinho - dava
mais trabalho, mas era tudo mais gostoso.
Precisamos se o tempo nos permite,pois somos atarefados demais, voltar para as coisas simples,
e amarmos mais a natureza e a nós mesmos.
Nossa população pesquisada foi acima de vinte anos de idade, pois os alunos dizem que
cresceram ouvindo para estarem atentos com relação à natureza e assim sendo não são os
causadores deste estrago com o meio ambiente e comunidade em que vivem.
Você já ouviu falar sobre o
aquecimento Global e suas
consequências?
Sim
Não
Você acredita que nossa pequenas
ações podem ajudar a melhorar o
nosso planeta?
Sim
Não
Quando vais às compras no
supermercado, observa além da
validade do produto, se a embalagem
é reciclável?
Sim
Não
Nunca pensei
nisso
SOLUÇÕES
Atualmente, são poucas as perspectivas para a solução do problema. Investir na redução dos
chamados gases-estufa pode reduzir os prejuízos, mas não saná-los. Além deles, crescem
problemas graves e que também tem interferência nesse contexto, como os desmatamentos, os
incêndios, o crescimento da fronteira agrícola. O homem pode acabar sendo surpreendido pela
própria natureza, que pode encontrar no crescente aquecimento global a solução para revertê-lo.
È possível que talvez sejamos surpreendidos, se o aquecimento global gerar um aumento
significativo de nuvens, que geram um alto índice de reflexão da energia solar. Dessa forma,
poderíamos ter um efeito de redução do aquecimento provocado por ele mesmo. Não sabemos se
vai ocorrer, mas, fisicamente, é possível que ocorra. Podemos ser agraciados com esses efeitos,
que gerariam uma atenuação do aquecimento global. Esses fenômenos naturais têm poder de agir
sobre o clima do planeta até em curto prazo.
Ainda assim, eliminada a ação do homem no meio-ambiente, fica a incerteza de saber se
estamos passando por um ciclo climático do planeta. Se for esse o caso, dificilmente saberemos.
Se observarmos os períodos da terra, já passamos por uma era glacial e depois veio o degelo.
Por essa observação, sabemos que já houve um aquecimento natural da terra, há milhões de anos.
Então, como esses ciclos são muito lentos, talvez a gente não viva para saber se vai passar.
Reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa passa por uma série de
alterações nos padrões e condutas da sociedade atual. Buscar a melhor eficiência energética nos
edifícios, nos transportes e na produção industrial, privilegiar automóveis com motores de
combustíveis renováveis (álcool, bio-diesel), novas fontes alternativas de energia (solar, eólica,
etc). Tudo isso deve ser procurado para a obtenção de um resultado duradouro e eficaz.
Para essa mudança não basta apenas uma ação governamental. É necessário que os indivíduos
e empresas desempenhem cada um seu papel nesse processo. Isso passa por uma mudança no
estilo de vida e nos comportamentos de utilização de meios de transporte e equipamentos
elétricos de maior eficiência.
O plantio de árvores com finalidade de diminuição dos níveis de concentração de CO2 na
atmosfera é uma das possibilidades que são consideradas hoje em dia, mas como apoio a um
sério
programa
de
redução
de
emissões
de
gases
de
efeito
estufa.
Para as atividades produtivas
Incentivar a utilização de energias renováveis no mundo, com ênfase especial para a energia
eólica,
solar,
hídrica
e
biomassa.
Para o setor residencial e de serviços
Adotar tecnologias eficientes e alternativas, tais como utilização de energia solar, arquitetura
integrada
sustentável
e
sistemas
de
climatização
eficientes.
Para os meios de transporte
•
Propor novos designs e novos materiais para o desenvolvimento de automóveis;
•
Expandir a utilização de automóveis movidos a combustíveis renováveis já disponíveis
no mercado;
•
Aumentar a utilização de transportes coletivos, que reduzem drasticamente a energia
gasta na relação passageiro-quilômetro;
•
Propor novas modalidades de deslocamento pessoal nas grandes cidades, tais como
ciclovias, caminhos para pedestres e compartilhamento de veículos.
Para as florestas
•
Aumentar a capacidade de armazenamento de carbono nos produtos originários da
madeira das florestas;
•
Promover a gestão sustentável da floresta de modo a gerar biomassa como recurso
energético renovável.
Com preocupações em relação a esta crise ambiental alguns alunos dizem “Mas como e por que
é tão recente a reciclagem de lixo, e o novo pensar em relação ao consumo exagerado? Por que o
mundo demorou tanto para tomar medidas efetivas sobre este grave problema? Não somos tão
responsáveis por esta catástrofe, pois tenho doze anos e cresci sempre ouvindo advertências
sobre o cuidado com a natureza.”
Infelizmente vivemos numa crise de valores. Somos cada vez mais materialistas, egoístas e
orgulhosos. Vivemos no mundo do descartável, e o planeta se torna um grande mercado, onde o
mais importante é o lucro e o dinheiro. Valores são esquecidos e a natureza é cruelmente
devastada e o ser humano se torna cada vez mais pobre em sentimentos. Com este intuito
iniciou-se uma investigação sobre o tema e quais possíveis soluções para o problema do
aquecimento global. Primeiramente, temos de nos conscientizar do ritmo acelerado em que as
mudanças ambientais estão ocorrendo, e o pouco tempo que temos para agir se quisermos evitar
o pior.
Ao tabularmos os dados da pesquisa concluímos que a maioria das pessoas entrevistadas sabe
que o problema do aquecimento global existe, e concordam que pequenas ações são viáveis para
não aquecer cada vez mais o Planeta, mas na hora da compra dos produtos precisa ter mais
informações, levar em conta além da validade do produto se embalagens são recicláveis, se
possuem embalagem necessárias e não em exagero.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Os problemas ligados a poluição não são recentes, mas no entanto a poluição do passado
ficava relacionada ao meio ambiente local. Hoje os reflexos ambientais estão relacionados ao
desenvolvimento econômico e o impacto é muito brusco e impossibilita a natureza de se
recompor.
A primeira manifestação que buscou a conservação dos recursos naturais existentes em terras
que hoje pertencem ao Brasil foi um decreto de 1534, emitido pela corte portuguesa. Ele tornou
o pau-brasil propriedade de Portugal e resultou do sucesso comercial de sua venda na Europa e
de uma tentativa de evitar sua pilhagem por outros povos. Anos mais tarde Portugal criou a que é
considerada a primeira lei de proteção a florestal do país, o Regimento Do Pau-Brasil, que mais
uma vez tentou evitar a retirada das árvores por estrangeiros.
Outro ponto também é a questão ambiental como prática interdisciplinar que deve despertar nos
estudantes a consciência dos problemas ambientais e levá-los a uma mudança de atitude diante
da sociedade de consumo a qual estamos vivendo
Acreditamos que a escola, como meio formal responsável pela educação dos indivíduos e
consequentemente da sociedade, é capaz de resgatar, por meio de orientações permanentes, o elo
perdido entre a Natureza e o homem, onde a raça humana é um elemento importante do meio e
não o dono dele. Principalmente após a nossa pesquisa muito se refletiu em cima dos seus
resultados, ficou mais evidente ainda, que o ser humano necessita urgente mudar a sua forma de
agir em relação a natureza e difundir informações que possibilitem a construção da consciência
cidadã.
Sendo assim, estes novos cidadaãos contagiarão contínua e progressivamente o ambiente em
que vivem modificando aos poucos atitudes erradas que fez com que colhêssemos este nosso
Planeta aquecido de problemas.
Se cada semente plantada germinar começará a brotar mais: produtos recicláveis, pensamento
recicláveis, atitudes recicláveis, consumos reduzidos, reutilização ao invés do descartável = a
destrutivo, poluente, e problemático, começando uma nova postura de ecocidadão. Repensar e
refletir um pouco sobre pequenas atitudes é o mínimo que cada um pode fazer, e o mais
interessante é que isso realmente é possível.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aquecimento Global. Disponível <www.suapesquisa.com > Acesso em 04 set 2008.
Aquecimento Global. Disponível www.iped.com.br>.Acesso em 02 set.2008.
Aquecimento Global. Disponível <www.aquecimentoglobal.com.br/> Acesso em 01 set.2008.
Aquecimento Global. Disponível < www.cartanaescola.com.br> Acesso em 20 out. 2008.
Aquecimento Global. Disponível <www.desaquecimento.com/> Acesso em 02 set.2008.
Aquecimento Global. Disponível <www.brasilescola.com/geografia> Acesso em 02 set.2008.
BOFF, Leonardo. Ethós mundia. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.
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