A população brasileira

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Banco de Questões• 73
GEOGRAFIA
Geral e do Brasil
4. edição
a
Paulo Roberto Moraes
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BANCO DE QUESTÕES 16
A população brasileira
1. (UFMS) Com base no quadro a seguir, referente à população urbana e rural do Brasil, de 1970
a 2000, é correto afirmar:
Urbana
Ano
Milhões de
habitantes
1970
Rural
Total
%
Milhões de
habitantes
Milhões de
habitantes
%
52,1
55,92
41,1
44,08
93,2
1980
80,5
67,57
38,6
32,43
119,1
1991
108,1
74,00
38,0
26,00
146,1
2000
137,9
81,20
31,8
18,80
169,8
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Fonte: IBGE.
(01) O crescimento da população urbana está relacionado exclusivamente ao êxodo rural.
(02) O declínio da população rural, nos últimos 30 anos, está relacionado à redistribuição espacial da população em assentamentos rurais.
(04) A contenção do declínio da população brasileira, na zona rural, não exclui a possibilidade
de urbanização do país.
(08) O reflexo da urbanização do país ficou evidente no recenseamento de 1970.
(16) O número de áreas metropolitanas e aglomerações urbanas no país tende a aumentar.
2. (UEL – PR)
90 milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu coração.
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a seleção.
De repente é aquela corrente pra frente.
Parece que todo o Brasil deu a mão.
Todos ligados na mesma emoção.
Tudo é um só coração.
Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil,
Salve a seleção.
(Canção: Pra frente Brasil/ Copa 1970. Autor: Miguel Gustavo)
Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população brasileira passou de 93.139.037 para uma população estimada em 193.114.840 habitantes.
(IBGE – Popclock em 23 jun. 2010).
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Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do crescimento vegetativo da população no
Brasil, ao longo desses 40 anos, assinale a alternativa correta.
a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi maior na primeira década do século
XXI que nos anos 1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.
b)A contínua redução da taxa de fecundidade explica a queda na taxa de crescimento anual da
população, apesar de o número total de habitantes ter mais que dobrado.
c) Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas brutas de natalidade, as taxas anuais
de crescimento vegetativo da população brasileira se estabilizaram devido ao comportamento do saldo migratório.
d)O crescimento absoluto de aproximadamente 100 milhões de habitantes foi proporcionado
pela elevação das taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.
e) O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no período se deve ao saldo migratório
positivo ocasionado pela absorção de centenas de milhares de imigrantes italianos e japoneses.
3. (UFG – GO) As migrações internas no território brasileiro tiveram papel de destaque, com
movimentos variáveis no tempo e no espaço. Os fluxos migratórios internos, durante a década
de 1990, direcionaram-se predominantemente para
a) o Sudeste por causa da expansão da atividade industrial.
b)as grandes metrópoles em consequência dos deslocamentos da população rural em direção
às cidades.
c) o Centro-Oeste em decorrência da Marcha para o Oeste.
d)os municípios de pequeno e médio porte, em razão do acesso ao emprego e pelo custo de
vida mais baixo.
e) o Sul, estimulados pelas políticas desenvolvidas pelo governo federal.
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5. (UnB – DF) O caráter violento da inserção precoce de crianças e adolescentes no mercado
formal e informal de trabalho revela-se em não poucas situações. No campo, a eternização
do insulamento no rural faz que eles estejam permanentemente disponíveis para os usos e os
abusos dos proprietários de terras e em estreita dependência do poder pessoal do turmeiro.
O direito de mando, de que se investem tais figuras, inspiradas no modelo patriarcal de organização familiar e societária, é fonte de profundas humilhações e desmoralizações quando as
tarefas não são realizadas conforme padrões de quantidade e qualidade desejadas. Na cidade,
as condições não são mais favoráveis. Via de regra, têm de concorrer em condições desiguais
com o trabalhador adulto. Fragilizados, suportam, com maior dureza, as condições adversas de
trabalho, que marcam as condições de vida da classe trabalhadora brasileira.
Paulo Sérgio Pinheiro e Sérgio Adorno.
Internet: <www.nevusp.org> (com adaptações).
Considerando o texto acima como referência inicial e a multiplicidade de aspectos que ele
evoca, julgue os itens a seguir:
a) Com o surgimento da grande empresa agrícola moderna, áreas no Brasil onde predominavam latifúndios com baixa produtividade assistiram ao desaparecimento dos boias-frias e
do trabalho infantil.
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4. (UFG – GO) Os dados dos últimos Censos Demográficos do Brasil indicam aumento da
migração urbano-urbano e da pendular. Com base nesta afirmação,
a) apresente dois fatores que explicam a relevância atual da migração urbano-urbano;
b)explique uma causa para o aumento atual da migração pendular.
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Banco de Questões• 75
b)No Brasil, o mercado informal da economia, do qual participa a mão de obra infantil, engloba atividades econômicas relacionadas ao setor terciário, evidenciando o caráter urbano
na distribuição da população brasileira.
c)O incremento da urbanização brasileira, verificado a partir de um rápido processo de industrialização, caracteriza-se pelo trabalho da população rural em fábricas e pelo trabalho
infantil, sendo este necessário para suprir a demanda de mão de obra nos mercados formal
e informal de trabalho.
d)No Brasil, não tendo sido erradicados os problemas das más condições de trabalho e da pobreza, a informalidade do trabalho no meio urbano, dada a insuficiência de oferta de postos
de trabalhos nos setores formais da economia, proporciona à classe trabalhadora brasileira,
qualificada e não qualificada, diferentes formas de ocupação, o que confirma a existência de
um processo de exclusão social.
e) Depreende-se do texto que, tanto no campo quanto na cidade, crianças e adolescentes são
os que mais trabalham sob condições adversas.
f) Infere-se do texto que o modelo de organização familiar e societária adotado pelos proprietários de terra no Brasil tem definido o aumento de relações de trabalho baseadas em
trabalho não assalariado, a partir da busca da maximização de fatores como quantidade e
qualidade.
6. (UFG – GO) Leia o trecho a seguir.
Cortes temporais no calendário da história surpreendem estruturas populacionais específicas,
conformadas por processos demográficos que são, a um só tempo, resultado de mudanças nas
formas e concepções de viver e sobreviver de uma sociedade e condicionantes de novas possibilidades e estilos de vida diferentes.
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BERQUÓ, E. Arranjos familiares no Brasil: uma visão demográfica. In:
SCHWARCZ, Lilian M. História da vida privada no Brasil – Contrastes da
intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. v. 4.
Essas novas “formas e concepções de viver” refletem mudanças na composição da família brasileira. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada
pelo IBGE, o número médio de filhos por mulher no Brasil caiu de 2,3 (2000) para 1,8 (2008).
De acordo com o trecho acima e com os dados apresentados, são fatores da queda da fecundidade:
a) o declínio do número de casamentos civis e religiosos e o aumento do número de mulheres
como chefes de família.
b)a crise da família tradicional baseada na dominação masculina e o crescimento da violência
urbana.
c) a ampliação do número de uniões conjugais sem vínculos legais e o crescimento das famílias
monoparentais.
d)o aumento da migração internacional e o crescimento do contingente de idosos.
e) a incorporação de métodos anticonceptivos e a inserção das mulheres no mercado de trabalho formal.
7. (UFG – GO) Leia o fragmento de texto a seguir.
Retrocedendo no tempo, verifica-se que para os homens, já em 1940, a média de idade no
ato do casamento legal era de 27,1 anos, a qual se manteve quase inalterada até 1998. Com as
mulheres não ocorreu o mesmo. Em 1940, elas se casavam no civil mais cedo, em média aos
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21,7 anos, idade que veio crescendo sistematicamente e passou a 23,3 anos em 1950, 23,8 em
1960 e 24 em 1970.
O texto retrata diferenças na idade média das mulheres, em relação à dos homens, no que se
refere ao casamento civil. No Brasil, o aumento progressivo da idade de casamento das mulheres entre as décadas de 1940 e 1970 se deve, sobretudo, à
a) instituição do divórcio, que deu aos divorciados o direito de contrair novo matrimônio.
b)aprovação do código eleitoral, que garantiu a participação política das mulheres.
c) elevação da escolaridade, que possibilitou maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
d)ampliação da longevidade feminina, que influenciou na nupcialidade e nas parturições.
e) implementação de políticas de saúde pública, que permitiu o acesso à contracepção e à esterilização.
8. (ENEM) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) permite avaliar as condições de qualidade de vida e de desenvolvimento de um país, de uma região ou de uma cidade, a partir de
seus indicadores de renda, longevidade e educação. Cada indicador varia de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (desenvolvimento máximo). A tabela apresenta os valores de IDH de três
municípios brasileiros, X, Y e Z, medidos nos anos de 1991 e 2000.
Município
IDH – Renda
IDH – Longevidade
IDH – Educação
1991
2000
1991
2000
1991
2000
X
0,431
0,402
0,456
0,551
0,328
0,568
Y
0,374
0,379
0,459
0,548
0,422
0,634
Z
0,501
0,420
0,611
0,6478
0,188
0,448
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BERQUÓ, E. Arranjos familiares no Brasil: uma visão demográfica.
In: SCHWARCZ, L. M. História da vida privada no Brasil.
Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. v. 4. p. 416-417. (Adaptado).
Mudanças desses indicadores de IDH podem ser obtidas com a implantação de políticas públicas, tais como:
I.Expansão dos empregos com melhoria de renda média.
II.Ações de promoção de saúde e de prevenção de doenças.
III.Ampliação de escolas de ensino básico e de educação de jovens e adultos.
Os resultados apresentados em 2000 são compatíveis com a implementação bem-sucedida em
todos esses três municípios, ao longo da década de noventa, das políticas
a) I, II e III.
b)I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d)II e III, apenas.
e) II, apenas.
9. (UEPB) As proposições fazem uma análise e um balanço das formas de ocupação do espaço
brasileiro. Logo:
I.As transformações ocorridas na estrutura produtiva do país nas últimas décadas levaram
a um redirecionamento do perfil demográfico brasileiro. A modernização da economia
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Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.
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Estão corretas
a) Todas as proposições.
b)Apenas as proposições I e II.
c)Apenas as proposições I e III.
d)Apenas as preposições II e III.
e)Apenas as proposições I, II e III.
10. (UFJF – MG) Leia, com atenção, o texto:
Entre as mudanças que vêm ocorrendo na sociedade brasileira destaca-se o agravamento da
pobreza e da exclusão social nas regiões metropolitanas. Além dos problemas que acarreta, a
expansão da pobreza metropolitana não encontra arranjos institucionais que contribuam para
a eficácia das políticas governamentais.
Estas raramente consideram a nova geografia da exclusão e seus requisitos quanto à tomada
de decisões e à coordenação das ações que cabem às diferentes unidades da Federação. A
preocupação com o rápido agravamento das desigualdades sociais nas grandes cidades deu
origem à expressão “metropolização da pobreza”, que se justifica em termos quantitativos e
das transformações qualitativas que estão ocorrendo nas regiões metropolitanas a partir de
meados da última década.
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alterou, direta e indiretamente, a dinâmica populacional, reduzindo a taxa de fecundidade
e a mortalidade infantil, e deu ênfase à transição demográfica.
II.A industrialização rapidamente alterou a proporção entre a população rural e a urbana, e o
processo de modernização do campo contribuiu para a expulsão de grandes contingentes
populacionais para as cidades.
III.As transformações econômicas vinculadas à globalização da economia contribuíram para
mudanças no perfil da estrutura urbana, impondo mudanças no modo de vida das pessoas
nas cidades.
IV.A pobreza existente no país é fruto do excesso populacional que eleva a distribuição de
renda.
REZENDE, F.; TAFNER, P. (Orgs.). Brasil: o estado de uma nação.
São Paulo: Ipea, 2005.
A expansão da pobreza nas regiões metropolitanas ocorre porque:
a)é um problema que se restringe exclusivamente a essas aglomerações e é um processo
de degradação urbana por meio da invasão e ocupação ilegal de áreas públicas e privadas,
como é o caso das áreas de preservação ambiental e de proteção de mananciais.
b)os domicílios pobres e indigentes localizados nessas regiões são os menos afetados pela
crise da economia, já que neles a renda do trabalho aumenta e é menor o peso dos benefícios constitucionais sobre a renda familiar.
c) durante os períodos de estagnação econômica ou de crescimento lento, as atividades muito
sensíveis à queda no consumo são as primeiras a serem afetadas e uma parcela considerável
dessas atividades localiza-se nessas regiões.
d)as melhorias das condições de moradia das populações de baixa renda estão atreladas ao
financiamento privado, ocasionando a menor participação de favelas, casas de cômodos e
cortiços no total dos domicílios urbanos.
e)o setor informal, entendido como o conjunto dos postos de trabalho protegidos pela legislação trabalhista, decresceu na última década, explicando assim a propagação da qualificação da mão de obra nessas regiões.
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12. (UFPR) A velocidade do declínio dos níveis de fecundidade brasileiros em um curto espaço
de tempo teve importantes repercussões em termos de uma drástica redução da taxa de crescimento populacional brasileira e de uma profunda mudança na distribuição etária da população nacional, que resultou em um amplo declínio da participação relativa do grupo etário
jovem (menores de 15 anos) e uma mais do que duplicação do peso da população idosa (acima
de 65 anos) entre 1950 e 2000.
Inicia-se, dessa forma, o persistente processo de envelhecimento da população brasileira.
MOREIRA, M. de M. Envelhecimento da população brasileira: aspectos gerais.
Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/geral/textos>. Acesso em: 22 out. 2009.
Como é denominado o processo pelo qual o Brasil está passando e quais são suas razões e
consequências?
13. (ENEM) O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos
os dias. Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São
Paulo: a cada minuto sobre a bicicleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas
de poluição particulada – poeira, fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos,
nitratos, carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.
ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de S.Paulo, ago. 2008.
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11. (UFES) No Brasil, o êxodo rural tem provocado alterações populacionais, tanto na área urbana quanto na rural.
Estabeleça relações entre o êxodo rural, a infraestrutura urbana e a migração pendular.
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A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das
do professor citado no texto apresentará uma tendência de
a) ampliação da taxa de fecundidade.
b)diminuição da expectativa de vida.
c)elevação do crescimento vegetativo.
d)aumento na participação relativa de idosos.
e)redução na proporção de jovens na sociedade.
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